Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

A P�GINA_ --

- - _. - ... -.�- ._ - --

Teus c.ibcllos negras 11l1\'1.:!1� que eu

q uizcra cum u lar d e beijos, mordel-a­ncste insano ;"Oi111::1I, ,

( ·\:"IJL) sonho, uh sonho dus 111eLl:-. S(llih,),.. que [\ noite. IIi) �l­..,� 1":11,"0 dI) (eu perfumado boudorr velado dl_IS 111e�l� CLí!1ie:O;; olhn-

1 es t u solta-, eleix'l:.. cair. rolai' e-u desdenho-o (!!).111liI11111 ri 1111111<::11::".1vaga 1111JLllaJ" dn t ua lorign , tlexivcl. basta e 111CI)mp,II',1\',,·1 trnu c 1 um

iI1disi\'el,/r,',ç,':::OJI vibra-me tudn: e, s ern 1',111,1, ern cspa-rnr S d',1111()l'. si n­Ir) que lTIC transport am par.i esses extremos (1,1 terra illfinel'ls 11')I'IZ(,n­tl�, o nd e a noite polar enx olve ll:- :-eios ;11\'0", das nevadas .';;{E'PP!':..;e tudo H11Sor\'e nurn demorado, casto e ubsorvc nte hCIJ()".

l_á l ieus 11(JZ iI .'\111'111',1 lo.eal 11111�1i +os cl,,!"-Ie.; q ue "e 11'lcI co mpa­[',1111110 fLllg r dos teus olhos deu sa t iurnphal !

J�, o h coincidencia ! nas ,'fJ,'I,:/I"I'.�.':; nevadas o eterno gel'l11ill,llsoliuu in Edclwcis: c, 110 111ClI coração S,'I tu vicejas, m i nh a 111\;' I

I I E:"rl!.IL·I', SII,\.\-

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S 110S::,I)S patricios d o l it (11':11, descendentes c!,}!:i mel h.u e-. rua: i­nllCIIOS do mundo, dc: SCS 111L:I.Jnlp'II"I\'eis cm bruvuru c lua l d.iceq ue dos Açores \'ICI',tll1 PO\'()iI!' ;1 nossa Jinda terra, 1'111 cousa

alguma tem degenerado.Corno (lS !:iClIS antepassados �i\(, brax os e leites 01i11 il1hel,flS, c de lle-,

llecJ:1l,1111 até \1 111()d() de Iallnr CilI1l;tC!C', que turn a CI)1111eciLII) l' cat h a­

ri ne nse CI11 qualquer parte J(, Brasil.P.1SSanl a mnior �',II te ll:\ vida 11(l rn ar, e rn peque na., c fl'ilgt,is 1:111-

barcaçôes de um �);lLI S('), ilf",'Clllt:111d(1 loiS tempestades L:()111 urna cIII:l.genli nnud i ta,

Esses 110n1en" tGlll csrarnpudo no rosto,CZ:l e n bondade LII) rnugestos» eIC[11cI1tl)c ,\111;lr d esdc ,I 111,li::; tenra idade.

SLI,I Iro nte calma »u rugosa �';ll'ccc-�e com () n1:1,', o v cl h. e gr;111-llill�ll :\tl!1111e, que ;�s vezes apresenta ,I superficie placida dus !;lg",., t r.u v­

q ui llus , e outras vezes urrador I.: procel loso , arrus.nn d» f',II';\ IIS seus tc­Ilel'!'I)SLS abysmos milhares de vidas preciosas.

Causa espanto e ao mesmo tC111PI) e nt h u-Jasmo , \'<':1' esse� luunen-,correrem rl)[ sobre as o ndas encrespadas 1-'01' forte vento de sul. til(l

,

rapido- e gr;lci0sos COrTI SLI:IS velinhas brancas, cornu a br.uic., g;\i\'I't:1q ue 1110111c (IS azas na flor d,1S agllns murmurantes.

Xlas, ,111 ) quantos e q unntos s'i() \ ictlmas de sua l'l)r;l,L!;CI11 :<jtll!ntos. confiando d e rnns iad a me ute em suas Iorças j az e m 1-1"r es­

sc� fundos servindo de pasto ,lOS vorazes habitantes elo 111al',

, ,I\. � -'

e gravado 11l) clJ!':i.\-'.;l();l l'�I­

que ;1, I) I'C li li <.:, ,1111 i\ lL)1111CCel'

De urna entrevistaI

Entro. Oh I sus(o", Urn jardim. A d hal ia,

.\ rosa, o <lcanlho", eSpi!1111. 0:ão demOI,!Sllnlil'-se a lua, I�lvlra a (l111ar-me, cÓI'a;Beijo-a", ['uI;;;! e, em L'lesigu,ll cadencia,

:1 hortenc.u,

o peito: ê no\'a, é beIJa", }�, assustadol'a.,

J'ede que eu tiyue mais". �llnca' a imprlldencirl,:-',Sol()-llle as nlãos, beijando-a com \'ehemencia;.\[1" qller éjlle eu saia; insisto", t: eis-me Iii f,'II:I,

13�ITl cedo, unla carlinh;l: -.Deshumano,�!Cllti�te." T��quece-nlc, <Issignad,\: "I�l\'ir:l"-\ '.} ::-,',: tarJ<.! arl'epend,t-Sol (le lllll cng,lll0:

Relldidi1 a an1ar-te ;1 'I'enl)fJana I\:ra,-

:\1fiOS entre n1ãos, d001;ldo o ai' soberano,-SI nr!O por nlllito alnOl', (jlleOl llle fLlgir<l ! ,,'

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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

A PAG�hA-

:\' :-! I3,,-

.� d()is genelos de luctas t-ern distinctos L.: 111 que se trava no

C,\1�11)0 de Xl arte entre o ribombar do canhão e o sibilar da bala,e o outro LjUe Se trava 11,1 JI11pref'S:1 entre r.� fulgurações do ge-

II Cl e as I ucil I aç,·' c'" do talento.Illurnincm vse ,IS i nte l ligencia-. que ac-rrn apll,110r[\111-Se (IS caractéres

e Jcvanta-xe (, nivct moral (In 11l1n1,111,\ socic.lade.<2Llizél'a possuir toda a força he.culea dos tr.Jerucs agigantados para

em linguagem tCIS" e primorosa, d iz cr a esses valentes campeões, comet' t-elío, corno é ideialmcn te gl'�llltie o (.::"t'lI11CI1 qUI! se esforçam ror le­vnr <\'1111te. J"':sst:s jovens. l11Sl nct i-snnos mimosos penhores do Iut uro ,

�lggrcll11:!nlio-"'': pilr,t ;1 c onqu.s t.i de l111,l vellocino mais precioso que o doslcgcndnrios .-\rgllI1:1L:ta:o, de, ur•• provn» de haverem bem cornprehendidouue ii vida é ti i nc: I�.' té\ Iorrr I,ir.\ el de terrivel problema traçado 1-'01'Deus na louz.i (1:1 Il:,tLt:'CZ,;,

:\..:11:11' esta i!lC{)�"lta: fnze. jr rrnr IlIZ :í. sociedade, no bojo enorrn e

deste problema li ... t'ldos os secul rs. eis o que esmalta o homem, eis o

'11!C Sl�l curacterrsa c c infunu; de 1110,! , inco ntestuvel a sua grandeza e

s(Jt'er�11::1 real sobre todos (JS seres do universo crendo.Rt:11111tll:" ',1\ 'r e nào s.ibe.' 1-111I'ljllC é que vive, viver e não compre­

hender nada do que "e p::""n e:n si, nem fl',C;\ de si, \ iver e 11:10 con he­cer 11S C,,::II'en,!,\s 111arl1\'ill1,15, os prod igios inauditos corn que a mãoti "I Ornnipotent e arch it ectou c con-rruro (J templo da natureza; viver e

'lã., ter olhos, nem alma, nCI11 COI':IÇi"I\) P'\:':\ apreciar este azul o pal ino do

ti: mameru» tnuxrado de fL.r"" sl:- ... i'110� d in muntes. CSS:I vegetação opu-1,-,11(:t, que estende urn mnuto lle esrncraldn por sobre ,1 superfície irn-111CI1::;,1 (lo I'Ianetu, c este Sll] deslumbrunte , q ue bII111)�1 o mundo i nteiro11LII11 oceano de luz: \ ive,: a-s-i m é :;er parv l' demais, é ser ridículoc un parsa II') --u bli me thentro J,\ creação u niversnl ,

é descer lodos cs de­gl·!'ÍI':-i d a 1�,Ci()llnlill:t.it: e reuuz.ir-se :1 exist ir corno pedra, vegeta. C0n10

nlant a , sentir C(1111'1 I'.tll l, ,.,';111 11\II1C:\ p�11S'Il'. riem reflectir. nern racio­cuar CI'll1Cl houcm.

:\"'ll,1 li'i,) b�II'J. 11-(' grandios» cerno ::" lucras do pensamento. cornoIS tri u ruphos d o mleutu, corno ,'1( conquistas da raz âo , como as desce­l'ert,l!-- (II) gCI11\),

:\',1'" I1IC",8. o peus.unent o St; arrija e se apri mcra, nos n iu m phos, o

t.'I.'II:" '!l digniüc. e se cnnnb.e cc. nas conquistus, ii razão Se ill usü a c

� ...' ;tCtJf:lillf!., e I �l'" (1..!�·..;t')tlt!:t;�S () gt;11ic) tié !:ltgl':t e �e inlIl10ltnlist.l.

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!-, nlinhn lêllti,l r:'(l� llllcn d..: eenobill\ Crrl111te, 1'01' tardes em- tiel!qul()S (ie cnSc)mbrflnlclltl'S \;\,[!(.'S, eis-me fl.5.<;istilldo, o espi-

1'ltO er:1 trllln!p!lt1, é:", tlll111111S Cnud;\çl".es de OutonlnO y_ue se

<\","reJe, 11'l101fl csthe�I:! l]l(1ge�·i'.tl,:a lle luze�, lit SOIIS e lle perfumes.,\ fl1illhn tellci;l é �)vbre; 11 l�l:nhn tenda é rIC;I: -\'eII13 e nc,lcl1apada,

c,lnl.J yU11lyu<!r telhf;irJ ;:rltl),!'ll de est)'lu In,llllIClillO, conlludo, fi exi­:�l!r)Cla :11·tl�;ie<t dc I\lf,llm burguez pretencil)so add:elonl)u-Ihe lll<as bel­!,:s escadilriils de 8:-'plléllto el11 ;\spi"aes, f01n,l1nci\) elllpse, e que Ji"io para11'1' I'<':seilal sUlnplll(l:'O,

'l'udcl () sell Interior é O intt.flor tie casa de Job C'Jn1 �lspirações 11

nlI11it.,n;:rio em :\l'te :-13,;;, prr f'Jla, I1beI1ç()ada pl'odlgalidade inlmensa(!ll,':; clilllél,-; tl'oricaes I elreu:11Jfllll 11i1 explendlclos rOll1al'eS cnl'regados(IC fruelO!;' cllClrO,s\ s: di,I,-llle Ul1S t()I,S aSSi!11 assim de castello antigc)IClltJUCS ele r;llnlel':I�, de tr ..,neos nnno:'I�". sCl1-ell1ando enormese5pallil­(1llreS em lil111a fincfl,i,'s 11,\ tel'ra; ar\:oredos inlponenle,> de ran1arias far­l-.llhllntc:s �()l'I'enl os seu'" lel!11lL1os COn1() péllllt1S pl'otectare:: da miSéria('llf'eltaJ;I; cll1quallto o S li, !)ello e }'cr\'erSl), acaricia-lhe ;I� gelosiélS enl

"::{!COS, formantl0 ;lrco-iris de effeitcI,'" s"rpI'ehendentes e de quando em\CZ atlr:1 -,,(II,re ns 5ll,15 11.:."peitP\'ci" paredes ,!enegridns uma frlllChatln(!c luz, re\CI(lll,!ll. exponJo ae)s 01110S do í,,)pulach() c dos peJreir,)s ill1'f1enitt:nle.:' o ;;eu reb,').:(), cn1 peli�i'io dé nliseri:1 "

r=rltretnnto: na apllrélção conscienci()sa e solemne Jos Illcros e per•

das, lic(1-lne a c lnsolaçi'i{), aliás jll,�tissinla. de que, ef!'eeti,'anlellte, pos-..;t"IO e 11,lbito Ul)11 tenda nl!1gI1ifica. , .

,

J)o ,Ilto pOIS da cscad:lria de ac;phalto ..• (é llnl luxo!) eI'a meu

c"pirito errand'J pI)r l'hant:t5ins esotel'ic,\s, !�tl contenlplação das cousas

:ll,"Steí 10StlS, pel'dldo o oItlar para o úZ1,l1 inlinito-l-�ls quando a ca­\ atina ,jas a\es enl deseantes nle:anc(,licos nle chan1C,ll á l'ealidade dasC(lll<:OS t\!llenaS; e a paisagenl nlultic(ll' silhuetal1do as l!r\'OI'e5 lron::!o�sas (jue ct)l)rem ()S contrafortes Ja n1ontantlfl, l:nl �uj\) so!:é 11tlbltO, e.l'­

tar.lpaln C:l1 '1lell espirito as llnl18s fortes desLe quadro l',UgUSto que a

llntureza nos of'fel'ece nestes tlltin10:; llalos de llm QUlonlno bI'ilhante(j u e se \'i:é ...

\'eio elltão .is fl'onteil'as li;l mirlha razão consciente, a con\'icção de! tle os flleL!S amig0s intellectuaes erll boa llor,l souberan1 daI' ri modesta

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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