acentuação grafica para concurso

Upload: virginia-freitas

Post on 06-Jul-2015

164 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Especial para a Pgina 3 Pedagogia & Comunicao

Tipo de palavra ou slaba Proparoxtonas

Quando acentuar sempre

Exemplos (como eram) simptica, lcido, slido, cmodo

Observaes (como ficaram) Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. Observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronncia da regio: acadmico, fenmeno (Brasil) acadmico, fenmeno (Portugal). Continua tudo igual. Observe: 1) Terminadas em ENS no levam acento: hifens, polens. 2) Usa-se indiferentemen te agudo ou circunflexo se houver variao de pronncia: smen, fmur (Brasil) ou smen, fmur (Portugal). 3) No ponha acento nos prefixo paroxtonos que terminam em R nem nos que terminam em I: interhelnico, super-homem, anti-heri, semi-internato. Continua tudo igual. Observe: 1. terminadas em I, IS, U, US no levam

Paroxtonas

Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, , S, O, OS; ditongo oral, seguido ou no de S

fcil, txi, tnis, hfen, prton, lbum(ns), vrus, carter, ltex, bceps, m, rfs, bno, rfos, crie, rduos, plen, den.

Oxtonas

Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS

vatap, igarap, av, avs, refm, parabns

acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemen te agudo ou circunflexo se houver variao de pronncia: beb, pur (Brasil); beb, pur (Portugal). Monosslabos tnicos (so oxtonas tambm) terminados em A, AS, E, ES, O,OS v, ps, p, ms, p, ps Continua tudo igual. Atente para os acentos nos verbos com formas oxtonas: ador-lo, debat-lo, etc. 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantm: balastre, egosmo, bas, jacus. 2. No se acentuam i e u se depois vier 'nh': rainha, tainha, moinho. 3. Esta regra nova: nas paroxtonas, o i e u no sero mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nas oxtonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haver

e em palavras oxtonas e paroxtonas

e levam acento se estiverem sozinhos na slaba (hiato)

sada, sade, mido, a, Arajo, Esa, Lus, Ita, bas, Piau

acento: tuiui, Piau, tei. Ditongos abertos em palavras paroxtonas EI, OI, idia, colmia, bia Esta regra desapareceu (para palavras paroxtonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: h casos em que a palavra se enquadrar em outra regra de acentuao. Por exemplo: continer, Mier, destrier sero acentuados porque terminam em R. Continua tudo igual (mas, cuidado: somente para palavras oxtonas com uma ou mais slabas). Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em vrias formas (rizotnicas): eu arguo (fale: ar-g-o, mas no acentue); ele argui (fale: ar-gi), mas no acentue. Esta regra sofreu alterao. Observe:. Quando o verbo admitir duas pronncias diferentes,

Ditongos abertos em palavras oxtonas

IS, U(S), I(S)

papis, heri, heris, trofu, cu, mi (moer)

Verbos arguir e redarguir (agora sem trema)

arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.

Verbos terminados em guar, quar e quir

aguar enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do

indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.

usando a ou i tnicos, a acentuamos estas vogais: eu guo, eles guam e enxguam a roupa (a tnico); eu delnquo, eles delnquem ( tnico). tu apazguas as brigas; apazguem os grevistas. Se a tnica, na pronncia, cair sobre o u, ele no ser acentuado: Eu averiguo (diga averi-g-o, mas no acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-g-o, mas no acentue). Esta regra desapareceu. Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo. eles tm, eles vm Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vm aqui. Eles tm sede; ela tem sede. Continua tudo igual.

o, ee

vo, zo, enjo, vem

Verbos ter e vir

na terceira pessoa do plural do presente do indicativo

Derivados de ter e na terceira vir (obter, manter, pessoa do intervir) singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo Acento diferencial

ele obtm, detm, mantm; eles obtm, detm, mantm

Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferena entre passado e presente.

Ele no pde ir ontem, mas pode ir hoje. PR (diferena com a preposio por): Vamos por um caminho novo, ento vamos pr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2)FRMA (de bolo): O acento ser opcional; se possvel, deve-se evitlo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento parcelada. Trema (O trema no acento grfico.) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do portugus: Linguia, averiguei, delinquente, tranquilo, lingustico. Exceto as de lngua estrangeira: Gnter, Gisele Bndchen, mleriano

REFORMA ORTOGRFICA: HFEN - COMPOSTOS

Uso em palavras compostasMrcia Lgia Guidin* Especial para a Pgina 3 Pedagogia & Comunicao PALAVAS COMPOSTAS ELEMENTOS OU PALAVRAS Compostas comuns REGRAS 1. Usa-se hfen nas palavras compostas comuns, sem preposies, quando o primeiro elemento for EXEMPLOS Amor-perfeito, boa-f, guarda-noturno, guarda-chuva, criado-mudo, decreto-lei. OBSERVAES; SAIBA MAIS A) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino no se ligam por hfen: afrodescendente, eurocntrico, lusofobia, eurocomunista.

substantivo, adjetivo, verbo ou numeral.

B) Mas com adjetivos ptrios (de identidade), usa-se o hfen: afro-americano, latino-americano, indo-europeu, talo-brasileira, anglo-saxo. C) Se a noo de composio desapareceu com o tempo, deve-se unir o composto sem hfen: pontap, madressilva, girassol, paraquedas, paraquedismo (perdida a noo do verbo parar); mandachuva (perdida a noo do verbo mandar). D) Demais casos com para e manda usam hfen: para-brisa, para-choque (sem acento no para); manda-tudo, manda-lua. E) Compostos com elementos repetidos tambm levam hfen: tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, bl-bl-bl. F) Compostos com apstrofo tambm levam hfen: cobra-d'gua, me-d'gua, mestre-d'armas. Demais nomes geogrficos compostos no usam hfen: Amrica do Norte, Belo Horizonte, Cabo Verde. (O nome Guin-Bissau uma exceo). Se a palavra for usada em sentido figurado, no leva hfen: Ela est cheia de no me toques (melindres).

Nomes geogrficos antecedidos de gro, gr ou verbos

2. Usa-se o Gr-Bretanha, hfen em Gro-Par, nomes Passa-Quatro. geogrficos compostos com gr e gro ou verbos de qualquer tipo.

Espcies vegetais/ animais

3. Usa-se o hfen nos compostos que designam espcies vegetais e animais.

bem-te-vi, bem-me-quer, erva-de-cheiro, couve-flor, erva-doce, feijo-verde, coco-da-baa, joo-de-barro, no-me-toques (planta). mal-afamado, mal-estar, mal-acabado, mal-humorada, mal-limpo.

Mal

4. Usa-se hfen com mal antes de vogais ou h ou l.

A) Escreva, porm: malcriado, malnascido, malvisto, malquerer, malpassado. B) Escreva com

hfen no feminino: m-lngua, ms-lnguas. Alm, aqum, 5. Usa-se hfen recm, bem, com alm, sem aqum, recm, bem e sem. alm-mar, aqum-oceano, recm-casado, recm-nascido, bem-estar, bem-vindo, sem-vergonha. vontade, co de guarda, caf com leite, cor de vinho, fim de semana, fim de sculo, quem quer que seja, um disse me disse. Quando o bem se aglutina com o segundo elemento, no se usa hfen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto. A) Certas grafias consagradas agora so excees regra. Escreva: gua-de-colnia, arco-da-velha, p-de-meia, mais-queperfeito, cor-de-rosa, queima-roupa, ao deus-dar. B) Outras expresses/locues que no usaro hfen: bumba meu boi, tomara que caia, arco e flecha, to somente, ponto e vrgula. C) Escreva tambm sem hfen as locues toa (adjetivo ou advrbio), dia a dia (substantivo e advrbio) e arco e flecha.

Locues

6. No se usa hfen nas locues dos vrios tipos (substantivas, adjetivasetc).

Encadeamentos 7. Os de palavras encadeamentos vocabulares levam hfen (e no mais trao).

A relao professor-aluno. O trajeto Tquio-So Paulo. A ponte Rio-Niteri. Um acordo Angola-Brasil. ustria-Hungria. Alscia-Lorena. Atravesso a ponte Rio-Niteri. Couve-flor.

Hfen no fim da 8. Quando cai linha no fim da linha, o hfen deve ser repetido, por clareza, na linha abaixo.

Este quadro est apoiado nas obras: BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortogrfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008. INSTITUTO ANTNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/So Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008. GOMES, Francisco lvaro. O acordo ortogrfico. Porto, Porto Editora, 2008.

REFORMA ORTOGRFICA: MINIVOCABULRIO

Palavras e expresses com ou sem hfenInez Sautchuk* Especial para a Pgina 3 Pedagogia & Comunicao Palavras e expresses mais usadas com ou sem hfen, atualizadas conforme o Acordo Ortogrfico.

Aa fim de queima-roupa toa 1 vontade abaixo-assinado 2 ab-rupto acerca de aeroespacial afro-americano afro-asitico afro-brasileiro afrodescendente afro-luso-brasileiro agroindustrial gua-de-colnia alm-Brasil alm-fronteiras alm-mar amor-perfeito andorinha-do-mar anel de Saturno anglomania anglo-saxo ano-luz antessala antiaderente antiareo antieconmico anti-hemorrgico anti-heri anti-higinico anti-ibrico anti-imperialista anti-infeccioso anti-inflacionrio anti-inflamatrio antirreligioso antissemita antissocial ao deus-dar arco e flecha arco-da-velha arco-ris arqui-inimigo autoadesivo autoafirmao autoajuda autoaprendizagem autoeducao autoescola autoestima autoestrada auto-hipnose auto-observao auto-nibus auto-organizao autorregulamentao ave-maria

Eem cima embaixo entre-eixo euro-asitico eurocntrico ex-almirante ex-diretor ex-presidente ex-primeiro-ministro ex-secretria extra-alcance extraclasse extraescolar extrafino extraoficial extrarregular extrassolar extrauterino

P

pan-africano pan-americano pan-hispnico para-brisa para-choque para-lama paraquedas paraquedismo paraquedista para-raios p-de-meia pingue-pongue plurianual poli-hidratao pontap ponto e vrgula por baixo de por isso porta-avies F faz de contas (um ...) porta-retrato porto-alegrense feijo-verde ps-graduao fim de sculo pospor fim de semana ps-tnico folha de flandres predeterminado francofone preenchido G pr-escolar general de diviso preexistente geo-histria preexistir giga-hertz pr-histria girassol pr-natal gr-fina pr-nupcial gro-duque pr-requisito gro-mestre pressupor Gro-Par primeiro-ministro guarda-chuva primeiro-sargento guarda-noturno pr-ativo Guin-Bissau proeminente H propor habeas-corpus (o...) pr-reitor hidroeltrico pseudohidreltrico organizao hidrossolvel pseudossigla hidroterapia Q hipermercado quem quer que seja hiper-raqutico R hiper-realista reabilitar hiper-requintado reabituar I reaver inbil 7 recm-casado indo-chins 8 recm-eleito indochins recm-nascido indo-europeu reco-reco infra-assinado reedio infra-axilar reeleio infraestrutura reescrita infrassom reidratar inter-hemisfrico retroalimentao inter-racial

azul-escuro

BBaa de Todos-osSantos belo-horizontino bem-aventurado bem-criado bem-dito bem-dizer bem-estar bem-falante bem-humorado bem-me-quer bem-nascido bem-te-vi bem-vestido bem-vindo bem-visto bendito (= abenoado) benfazejo benfeito benfeitor benfeitoria benquerena benquerer benquisto bico-de-papagaio (planta) bio-histrico biorritmo biossocial bl-bl-bl boa-f bumba meu boi

inter-regional inter-relacionado intramuscular intraocular intraoral intrauterino inumano

reumanizar

Ssala de jantar segunda-feira sem-cerimnia semiaberto semianalfabeto semirido semicrculo semi-interno semiobscuridade semirrgido semisselvagem sem-nmero sem-vergonha sobreaquecer sobre-elevao sobre-estimar sobre-exceder sobre-humano sobrepor social-democracia social-democrata sociocultural socioeconmico subalimentao subalugar subaqutico subarrendar sub-brigadeiro subemprego subestimar subdiretor subumano (ou subhumano) subfaturar sub-reitor sub-rogar sul-africano superestrutura super-homem super-racional super-resistente super-revista supraocular suprarrenal suprassumo

Jjoo-de-barro joo-ningum

Llatino-americano lenga-lenga luso-brasileiro lusofobia lusofonia

Mmacroestrutura macrorregio madressilva me-d'gua m-f mais-que-perfeito mal de Alzheimer mal-acabado mal-afortunado malcriado malditoso mal-entendido mal-estar malgrado mal-humorado mal-informado m-lngua mal-limpo malmequer malnascido malpassado malpesado malquerer malquisto malsoante malvisto mandachuva manda-lua manda-tudo maria vai com as outras mdico-cirurgio mesa-redonda mestre-d'armas microcirurgia microempresa microestrutura micro-ondas micro-organismo microssistema minicurrculo minissaia

Ccaf com leite calcanhar de aquiles co de guarda 3 carboidrato causa-mortis (a...) centroafricano4 centro-africano 5 circum-murado circum-navegao coabitao coautor cobra-d'gua coco-da-baa coedio coeducao coenzima coerdar coerdeiro coexistente coexistir cofator coirmo comum de dois conta-gotas

Ttenente-coronel tico-tico tio-av tique-taque tomara que caia

Uultraelevado ultrarromntico ultrassecreto ultrassensvel ultrassom

contra-almirante contra-ataque contracheque contraexemplo contraindicao contraindicado contraofensiva contraoferta contraordem contrarregra contrassenha contrassenso coobrigao coocupante coocupar cooptar cor de caf cor de caf com leite cor de vinho cor-de-rosa couve-flor criado-mudo

minissrie multissegmentado

ultrassonografia

Vvaga-lume vassoura-de-bruxa verbo-nominal vice-almirante vice-presidente vice-rei vira-casaca

Nno agresso no fumante no me toques 9 no violncia 10 no-me-toques neoafricano neoexpressionista neoimperialista neo-ortodoxo norte-americano

Xxique-xique 12 xiquexique Z zs-trs z-povinho zigue-zague zum-zum11

Oolho-d'gua

Ddecreto-lei dente-de-leo depois de amanh desumano deus nos acuda (um...) dia a dia 6 disse me disse (um...) doena de Chagas1 2

como adjetivo ou como advrbio. prefervel esta forma a "abrupto", tambm correta. 3 a forma carbo-hidrato tambm est correta. 4 refere-se Repblica Centroafricana. 5 refere-se regio central da frica. 6 como substantivo ou como advrbio. 7 quando significar ndia + China; indianos + chineses. 8 referente Indochina. 9 significando "facilidade de magoar-se". 10 planta. 11 chocalho. 12 planta. Este quadro est apoiado nas obras: BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortogrfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008. INSTITUTO ANTNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/So Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008. GOMES, Francisco lvaro. O Acordo Ortogrfico. Porto, Porto Editora, 2008.

Dicas para Analisar, Compreender e Interpretar TextosMaterial de Estudo - Portugus

Texto

Os concursos apresentam questes interpretativas que tm por finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de necessitar de um bom lxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que esto inseridas. Torna-se, assim, necessrio sempre fazer um confronto entre todas as partes que compem o texto. Alm disso, fundamental apreender as informaes apresentadas por trs do texto e as inferncias a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideolgica do autor diante de uma temtica qualquer. Denotao e Conotao Sabe-se que no h associao necessria entre significante (expresso grfica, palavra) e significado, por esta ligao representar uma conveno. baseado neste conceito de signo lingstico (significante + significado) que se constroem as noes de denotao e conotao. O sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios, o chamado sentido verdadeiro, real. J o uso conotativo das palavras a atribuio de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreenso, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construo frasal, uma nova relao entre significante e significado. Os textos literrios exploram bastante as construes de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espao do texto e provocar reaes diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo lingstico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significaes). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem mltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de nibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, no se est atribuindo um sentido fantasioso palavra ponto, e sim ampliando sua significao atravs de expresses que lhe completem e esclaream o sentido. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcanar a dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idia central de cada pargrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual, favorecendo o entendimento. No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva, h limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fim de responder s interpretaes que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte da poca em que o autor viveu. Se no houver esta viso global dos momentos literrios e dos escritores, a interpretao pode ficar comprometida. Aqui no se podem dispensar as dicas que aparecem na referncia bibliogrfica da fonte e na identificao do autor. A ltima fase da interpretao concentra-se nas perguntas e opes de resposta. Aqui so fundamentais marcaes de palavras como no, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferena na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretao, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto , o que responde melhor ao questionamento

proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder pergunta, mas no ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questes apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de anlise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente parea ser perda de tempo. A descontextualizao de palavras ou frases, certas vezes, so tambm um recurso para instaurar a dvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta ser mais consciente e segura.

Por: Colgio Energia

comum encontrarmos alunos se queixando de que no sabem interpretar textos. Muitos tmaverso a exerccios nessa categoria. Acham montono, sem graa, e outras vezes dizem: cada um tem o seu prprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literrio, essa idia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os smbolos criados, mas em texto no-literrio isso um equvoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para voc analisar, compreender e interpretar com mais proficincia. 1 - Crie o hbito da leitura e o gosto por ela. Quando ns passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a ns mesmos. No se deixe levar pela falsa impresso de que ler no faz diferena. Tambm no se intimide caso algum diga que voc l porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo voc se tornar mais seleto e perceber que algumas leituras foram superficiais e, s vezes, at ridculas. Porm elas foram o ponto de partida e o estmulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. No fique chateado com comentrios desagradveis. 2 - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 3 - Aumente seu vocabulrio e sua cultura. Alm da leitura, um bom exerccio para ampliar o lxico fazer palavras cruzadas. 4 - Faa exerccios de sinnimos e antnimos. 5 - Leia verdadeiramente. Somos um Pas de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa Internacional de Avaliao de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 pases submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil o pior da turma. A julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de dezembro, em Braslia, os estudantes brasileiros pouco entendem do que lem. O Brasil ficou em ltimo lugar, numa pesquisa que envolveu 32 pases e avaliou, sobretudo, a compreenso de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 4,8 mil alunos, da 7a srie ao 2 ano do Ensino Mdio. 6 - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impresso pode ser falsa. preciso pacincia para ler outras vezes. Antes de responder as questes, retorne ao texto para sanar as dvidas. 7 - Ateno ao que se pede. s vezes a interpretao est voltada a uma linha do texto e por isso voc deve voltar ao pargrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questo est voltada idia geral do texto. 8 - Fique atento a leituras de texto de todas as reas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que est escrito. Veja um exemplo disso:

Texto: Pode dizer-se que a presena do negro representou sempre fator obrigatrio no desenvolvimento dos latifndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indstria extrativa, na caa, na pesca, em determinados ofcios mecnicos e na criao do gado. Dificilmente se acomodavam, porm, ao trabalho acurado e metdico que exige a explorao dos canaviais. Sua tendncia espontnea era para as atividades menos sedentrias e que pudessem exercer-se sem regularidade forada e sem vigilncia e fiscalizao de estranhos. (Srgio Buarque de Holanda, in Razes) - Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: a) os portugueses. b) os negros. c) os ndios. d) tanto os ndios quanto aos negros. e) a miscigenao de portugueses e ndios. (Aquino, Renato. Interpretao de textos, 2 edio. Rio de Janeiro :Impetus, 2003.) Resposta: Letra C. Apesar do autor no ter citado o nome dos ndios, possvel concluir pelas caractersticas apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto. 9 - Tome cuidado com as vrgulas. Veja por exemplo a diferena de sentido nas frases a seguir. a) S, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. b) S o Diego da M110 fez o trabalho de artes. c) Os alunos dedicados passaram no vestibular. d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. e) Marco, canta Garom, de Reginaldo Rossi. f) Marco canta Garom, de Reginaldo Rossi. Explicaes: a) Diego fez sozinho o trabalho de artes. b) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. c) Havia, nesse caso, alunos dedicados e no-dedicados e, passaram no vestibular, somente, os que se dedicaram, restringindo o grupo de alunos. d) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. e) Marco chamado para cantar. f) Marco pratica a ao de cantar. 10 - Leia o trecho e analise a afirmao que foi feita sobre ele. "Sempre fez parte do desafio do magistrio administrar adolescente com hormnios em ebulio e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferena que, hoje, em muitos casos, a relao comercial entre a escola e os pais se sobrepe autoridade do professor." (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.) Frase para anlise. Desafiar as regras uma atitude prpria do adolescente das escolas privadas. E esse o grande desafio do professor moderno. 1 No mencionado que a escola seja da rede privada.

2 O desafio no apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistrio. Outra questo que o grande desafio no s administrar os desafios s regras, isso parte do desafio, h tambm os hormnios em ebulio que fazem parte do desafio do magistrio. 11- Ateno ao uso da parfrase (reescritura do texto sem prejuzo do sentido original). Veja o exemplo: Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trnsito, quando olho na esquina, prximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava tambm.(Concurso TRE/ SC 2005) A frase parafraseada : a) Parado em um sinal de trnsito hoje cedo, numa esquina, prximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela tambm me olhou. b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trnsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona. c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trnsito quando vi, numa esquina, prxima a uma porta, uma louraa a me olhar. d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trnsito, quando olho na esquina, prximo a uma porta, vejo uma loiraa a me olhar tambm. Resposta: Letra C. A parfrase pode ser construda de vrias formas, veja algumas delas. a) substituio de locues por palavras; b) uso de sinnimos; c) mudana de discurso direto por indireto e vice-versa; d) converter a voz ativa para a passiva; e) emprego de antonomsias ou perfrases (Rui Barbosa = A guia de Haia; o povo lusitano = portugueses). 12- Observe a mudana de posio de palavras ou de expresses nas frases. Exemplos a) Certos alunos no Brasil no convivem com a falta de professores. b) Alunos certos no Brasil no convivem com a falta de professores. c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores. d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores. Explicaes: a) Certos alunos = qualquer aluno b) Alunos certos = aluno correto c) Alunos determinados = alunos decididos d) Determinados alunos = qualquer aluno

GRAMATICAIS

EMPREGO DO ARTIGO

I emprega-se o artigo definido em:

a) nomes prprios geogrficos.

Exemplo:

A Argentina O Rio de Janeiro as Canrias

Observao:

Alguns nomes prprios geogrficos no aceitam o uso do artigo.

Exemplo:

Portugal Minas Gerais

b) antes de nomes de pessoas que denotem intimidade.

Exemplo:

A Rita viajou para Portugal.

A Roberta passou no vestibular da UFPE.

c) depois do pronome indefinido todos e do numeral ambos(as). Exemplo:

Todos os professores responderam pesquisa.

Ambos os pilotos recusaram-se a correr hoje.

d) para substantivar qualquer palavra

Exemplo:

O jantar estava uma delicia.

II geralmente, no se usa o artigo definido nos seguintes casos:

a) antes de pronomes de tratamento

Exemplo:

Vossa Senhoria errou numa hora imprpria.

Vossa Excelncia recebeu nosso recado?

No caso dos pronomes de tratamento excetua -se senhor (a).

Exemplo:

A senhora vai ao cinema?

O senhor no foi feliz no comentrio.

b) antes do nome de pessoas que no denotam intimidade

Exemplo:

Marcos conseguiu consertar o computado r.

c) antes da palavra casa quando designa a residncia que fala ou de quem se trata.

Exemplo:

Ficou em casa o dia todo.

d) depois do pronome relativo cujo e variaes

Exemplo:

Esse o problema cuja resoluo est complicada.

O trofu, cujo ttulo ns disputamos, foi roubado.

III geralmente usamos o artigo indefinido antes de numerais que exprimem aproximao.

Exemplo:

Caruaru fica a uns 120 quilmetros do Recife.

Ricardo deve pesar uns 100 quilos.

EMPREGO DO ADJETIVO

a) o adjetivo exerce as funes de adjunto adnominal, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

Exemplo:

ADJUNTO ADNOMINAL

Raquel uma linda garota.

Esse hotel tem quartos suntuosos.

PREDICATIVO DO SUJEITO

Os alunos dessa escola so inteligentes.

O celular estava quebrado.

PREDICATIVO DO OBJETO

A vitria tornou o jogador famoso.

b) dependendo da posio do adjetivo, se anteposto ou posposto ao substantivo, h mudana no significado das palavras.

Exemplo:

O pobre homem perdeu o emprego. (a palavra pobre nesse caso significa infeliz)

O homem pobre vive pedindo esmolas. (a palavra pobre nesse caso indica sem condies financeiras)

c) o adjetivo pode aparecer no masculino singular como advrbio

Exemplo:

Precisamos falar srio com nosso filho.

d) referir qualidades a substantivos abstratos em vez de a concretos

Exemplo:

Que sorriso amarelo tem esse garoto.

e) certos adjetivos em suas formas diminutivas tm o valor de superlativos.

Exemplo:

Amanh bem cedinho estarei viajando.

Acordamos cedinho para tomar caf.

EMPREGO DO NUMERAL

a) o numeral pode aparecer como palavra adjetiva; nesse caso funciona como adjunto adnominal.

Exemplo:

Os dois pilotos no conseguiram treinar. Adjunto adnominal

Os quatro irmos viviam brigando. Adjunto adnominal

Se aparecer como palavra substantiva assume as funes de substantivo.

1994 foi o ano do tetra. sujeito

b) ambos (ambas) nmero dual, porque se refere a dois seres.

Exemplo:

Brasil e Portugal tm caractersticas comuns: ambos falam portugus e possuem uma economia em desenvolvimento.

Ambas as alunas acertaram a resposta do problema.

c) na designao de sculos, papas e reis usam -se:

- de 1 a 10 ordinais

Exemplo:

Sculo V (quinto)

Joo Paulo II (segundo)

Paulo VI (sexto)

- de 11 em diante cardinais

Exemplo:

Sculo XXI (vinte e um)

Bento XVI (dezesseis)

Observao:

Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, lemos sempre como ordinal.

Exemplo:

A empresa participou do XI Congresso de Informtica. (dcimo primeiro)

Os ingressos para a X Infoshow j esto venda.

d) referindo-se ao primeiro dia do ms, prefere-se o numeral ordinal.

Exemplo:

Primeiro de maio um dia importante para a classe operria.

e) nos endereos de casas e referncias s pginas usam -se os cardinais.

Exemplo:

Leiam a pgina 22 (vinte e dois) do livro de Histria.

Voc rasgou a pgina 35 (trinta e cinco) do meu livro.

O nmero da minha casa 99 (noventa e nove).

f) tambm usado no sentido figurado, no expressando exatido numrica.

Exemplo:

J bati nessa tecla mil vezes.

Nossa professora dez.

SNTESE DO TUTORIAL

Empregamos o artigo definido antes de nomes prprios geogrficos, nem todos aceitam o uso do artigo. Podemos us-lo antes do nome de pessoas que denotem intimidade; depois do pronome indefinido todos e do numeral ambos; para substantivar qualquer palavra. Geralmente, no usamos o artigo definido antes de pronomes de tratamento, exceto senhor (a); antes do nome de pessoas que no denotam intimidade; antes da palavra casa, quando designa a residncia da pessoa que fala ou de quem se fala; depois do pronome relativo cujo e suas variaes.

O adjetivo empregado nas funes de adjunt adnominal, predicativo do sujeito e o predicativo do objeto. Dependendo da posio do adjetivo, se posposto ou anteposto ao substantivo, h mudana no significado da palavra; o adjetivo pode aparecer no masculino singular como advrbio, referir qualidades a substantivos abstratos e alguns adjetivos em suas formas diminutivas tm valor de superlativo.

O numeral pode aparecer como palavra adjetiva; nesse caso funciona como adjunto adnominal. Se aparecer como palavra substantiva assume funes de substanti o. Na v designao de sculos, papas e reis usam -se ordinais de 1 a 10 e de 11 em diante como cardinais. Caso o numeral esteja anteposto ao substantivo deve ser lido sempre como ordinal.

Encerramos mais um tutorial e espero ter alcanado o meu objetivo que foi passar o conhecimento do emprego de algumas classes gramaticais.