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AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL

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Page 1: AÇÃO PENAL. Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado-Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso concreto. (TOURINHO FILHO) Ação é o direito

AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL

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AÇÃO PENALAÇÃO PENAL

“ “Ação é o direito subjetivo de se Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado-Juiz a aplicação invocar do Estado-Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso do direito objetivo a um caso concreto.” concreto.” (TOURINHO FILHO)(TOURINHO FILHO)

“ “Ação penal é o direito subjetivo Ação penal é o direito subjetivo público de exigir do Estado a público de exigir do Estado a prestação jurisdicional sobre uma prestação jurisdicional sobre uma determinada relação de direito determinada relação de direito penal.”penal.” (JORGE ALBERTO ROMEIRO)(JORGE ALBERTO ROMEIRO)

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CARACTERÍSITCASCARACTERÍSITCAS

2. SUBJETIVO;2. SUBJETIVO;

1. É UM DIREITO PÚBLICO;1. É UM DIREITO PÚBLICO;

3. AUTÔNOMO;3. AUTÔNOMO;

5. INSTRUMENTAL;5. INSTRUMENTAL;4. ABSTRATO;4. ABSTRATO;

““Ação é o direito público, subjetivo, Ação é o direito público, subjetivo, autônomo, abstrato e instrumental de autônomo, abstrato e instrumental de exigir do Estado que, pelo exercício da exigir do Estado que, pelo exercício da jurisdição, dê um provimento para jurisdição, dê um provimento para resolver uma controvérsia resolver uma controvérsia penal”penal”(M.Zanóide)(M.Zanóide)

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CONDIÇÕES DA AÇÃO PENALCONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

1. LEGITIMIDADE DE PARTE: 1. LEGITIMIDADE DE PARTE: o autor deve estar legitimado o autor deve estar legitimado para agir em relação ao objeto da demanda, propondo-a contra o outro para agir em relação ao objeto da demanda, propondo-a contra o outro pólo da relação jurídica discutida, ou seja, o réu deve ser aquele que, por pólo da relação jurídica discutida, ou seja, o réu deve ser aquele que, por força da ordem jurídica material, deve, adequadamente, suportar as força da ordem jurídica material, deve, adequadamente, suportar as conseqüências da demanda.conseqüências da demanda.

2. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:2. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:a)a) Faltará a possibilidade jurídica do pedido se o fato levado ao conhecimento Faltará a possibilidade jurídica do pedido se o fato levado ao conhecimento

do juiz não for típico; b) Pleitear-se pena não prevista/vedada (ex.: pena de do juiz não for típico; b) Pleitear-se pena não prevista/vedada (ex.: pena de morte – art 5°, inc. 47 da CF); morte – art 5°, inc. 47 da CF);

Com a reforma do CPP através da Lei 11.719/08 Com a reforma do CPP através da Lei 11.719/08 as condições da ação penal limitam-se as as condições da ação penal limitam-se as seguintes:seguintes:

3. INTERESSE EM AGIR: 3. INTERESSE EM AGIR: Costuma-se caracterizar o interesse em Costuma-se caracterizar o interesse em agir pelo binômio necessidade-utilidade. O provimento jurisdicional deve ser agir pelo binômio necessidade-utilidade. O provimento jurisdicional deve ser necessário e útil ao autor. Isto se liga a adequação, o instrumento deve ser necessário e útil ao autor. Isto se liga a adequação, o instrumento deve ser adequado para a tutela do direito. Vincula-se ao interesse de agir as causa de adequado para a tutela do direito. Vincula-se ao interesse de agir as causa de extinção de punibilidade.extinção de punibilidade.

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4. JUSTA CAUSA: Não se admite a propositura da ação 4. JUSTA CAUSA: Não se admite a propositura da ação penal sem um lastro probatório mínimo (inquérito ou penal sem um lastro probatório mínimo (inquérito ou peças de informação). Modernamente, a justa causa peças de informação). Modernamente, a justa causa passa a pressupor a existência de um lastro probatório passa a pressupor a existência de um lastro probatório mínimo, consistente na prova da existência material de mínimo, consistente na prova da existência material de um crime e em indícios de que o acusado seja seu um crime e em indícios de que o acusado seja seu autor. autor.

5. ORIGINALIDADE: não litispendência, não violação a 5. ORIGINALIDADE: não litispendência, não violação a coisa julgada. No processo penal os elementos que coisa julgada. No processo penal os elementos que identificam a ação penal são o fato e o autor.identificam a ação penal são o fato e o autor.

A Doutrina Moderna aponta outras duas condições :A Doutrina Moderna aponta outras duas condições :

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CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAISPENAIS

A. QUANTO AO PROVIMENTO JURISDICONALI – CONHECIMENTO

- CONDENATÓRIA: é dirigida ao reconhecimento da pretensão punitiva, impondo-se ao imputado a sanção penal de direito objetivo.

- CONSTITUTIVA: que procura a criação, modificação, ou extinção de uma situação jurídica (ex. revisão criminal, homologação de sentença estrangeira).

- DECLARATÓRIA: que visa à declaração de um direito (Habeas- corpus preventivo, pedido de extradição passiva, toda sentença absolvitória gera sentença declaratória negativa).

- MANDAMENTAL: que determina a realização ou não realização de um ato. II - AÇÃO PENAL EXECUTÓRIA: encarrega-se da execução da pena imposta ao condenado. III - AÇÃO CAUTELAR: antecipa provisoriamente os efeitos da ação principal, assegurando a eficácia da decisão final.

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CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAISPENAIS

A. QUANTO A LEGITIMAÇÃO ATIVA

I – AÇÃO PÚBLICA: é aquela movida pelo Estado-administração através do Ministério Público, iniciando-se por denúncia.

- INCONDICIONADA: sendo esta a regra, e cabe ao MP promovê-la (Art.129, I da CF) independentemente da manifestação de vontade, de quem quer que seja. ( Art. 100, CP)

- CONDICIONADA: é também chamada de semi-plena. Subordina-se á condição de presença da manifestação de vontade, representação, do ofendido, ou requisição do ministro da justiça. ( Art. 100, § 1º. CP)

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CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAISPENAIS

II – PRIVADA: é aquela em que o direito de acusar pertence, exclusiva ou subsidiariamente, ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo.

- EXCLUSIVA: propriamente dita, hipóteses que também somente procede mediante queixa-crime, ou seja, hipótese que a iniciativa da ação penal é conferida, com exclusividade ao particular. ( Art. 24, parágrafo primeiro do CPP)

- PERSONALISSÍMA: sua titularidade é exclusiva do ofendido. Único caso: induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento, art. 236 do CP e o de adultério, atualmente revogado.

- SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: em verdade este ação é uma ação penal pública, embora denominada de ação penal privada, ou seja, a ação penal privada subsidiária da pública é uma ação penal pública, promovida pelo particular, em razão da inércia do MP. ( Art. 5º. Inc LIX da CF e Art. 29 do CPP)

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Á ESPÉCIE DE AÇÃO PENAL É DETERMINADA PELO CÓDIGO PENAL. SE O LEGILADOR, APÓS TITPIFICAR A CONDUTA, NADA DISSER QUANTO AO EXERCÍCIO DA AÇÃO PENAL, POR EXCLUSÃO, A AÇÃO PENAL SERÁ PÚBLICA.

SERÁ AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA QUANDO MENCIONAR: A AÇÃO “SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REPRESENTAÇÃO” OU “ SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REQUISIÇÃO” , AO FINAL DO ARTIGO OU DO CAPÍTULO.

SERÁ AÇÃO PRIVADA QUANDO MENCIONAR A EXPRESSÃO: “SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE QUEIXA”

CRITÉRIO DE DETERMINAÇÃO CRITÉRIO DE DETERMINAÇÃO DA ESPÉCIE DE AÇÃO PENALDA ESPÉCIE DE AÇÃO PENAL

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AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAINCONDICIONADA

O MINISTÉRIO PÚBLICO DETÉM A PRIVATIVIDADE O MINISTÉRIO PÚBLICO DETÉM A PRIVATIVIDADE DA SUA PROMOÇÃO. DA SUA PROMOÇÃO. ( Art. 129, I da CF/ Art. 24 do CPP)( Art. 129, I da CF/ Art. 24 do CPP)

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICAPENAL PÚBLICA

1º. Principio da Oficialidade da Ação Penal Pública: A ação penal publica é promovida pelo MP, órgão oficial do Estado, daí falar em Principio da Oficialidade, ou seja, a investigação preparatória da ação penal, em regra é feita pela policia judiciária, que é órgão do Estado. Policia Judiciária e MP são os órgãos do Estado.

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PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICAPÚBLICA

2º. Princípio da Legalidade ou da Obrigatoriedade da Ação Penal Pública: O MP tem o dever de promover a ação penal, não podendo deixar de fazê-lo por razões de oportunidade ou conveniência, pois presentes as condições da ação, entra as quais, a justa causa, deve o MP promovê-la. A possibilidade de Transação Penal, nas infrações de menor potencial ofensivo, mitigou o princípio da Obrigatoriedade da ação penal pública.

3º. Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal Pública:A ação penal deve ser promovida contra todos os autores do crime, a acusação deve abranger todos aqueles que concorreram para a pratica da infração penal, ou seja, o MP deve oferecer a denúncia contra todos os autores, co-autores e eventuais partícipes do crime.

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PRINCÍPIOS DA AÇÃO PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICAPENAL PÚBLICA

4º. O Princípio da Indisponibilidade: também denominada de Principio da Indesistibilidade, pelo qual, é vedado ao MP desistir da ação penal. O Princípio da Indisponibilidade alcança, inclusive, a fase recursal, sendo assim o MP não pode desistir da ação penal, ou tampouco, de recurso que haja interposto.

5º. Princípio da Intranscendência da Ação Penal Publica: é comum a ambas as espécies de ação penal, sendo assim aplica-se a ação penal pública e a ação penal privada, e constitui um consectário lógico e inafastável do Princípio Constitucional da Intranscendência da Pena, consagrado pelo art. 5º, XLVI, ora se a pena não pode transcender a pessoa do condenado, a ação penal condenatória, não pode ultrapassar a pessoa do autor do crime.

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DENÚNCIA DENÚNCIA Ao oferecer a Denúncia, o MP formaliza a acusação imputando ao denunciado a prática de um fato penalmente relevante, deduzindo em juízo a pretensão punitiva Estatal, formalizando a acusação.

QUESTÕES POLÊMICAS RELATIVAS A DENÚNCIA:1ª. Pode o Promotor oferecer a Denúncia, e requerer desde logo a absolvição do acusado?

2ª. A denúncia pode ser aditada para incluir novos crimes, como para incluir co-autores e partícipes?

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PRAZO PARA A DENÚNCIA PRAZO PARA A DENÚNCIA

● Estando o réu solto, 15 dias. Se preso, 5 dias. O excesso de prazo não invalida a denúncia. O prazo conta do recebimento do inquérito. Quando não houver inquérito, do recebimento, pelo Promotor, das peças de informação.

ADITAMENTO DA DENÚNCIAADITAMENTO DA DENÚNCIA

A denúncia pode ser aditada para incluir novos crimes, como para incluir co-autores e partícipes. O aditamento pode ser feito até ocorrer a prescrição do crime.

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CAUSAS DE REJEIÇÃO DA DENÚNCIACAUSAS DE REJEIÇÃO DA DENÚNCIA(Nova redação do Art. 395/ Lei (Nova redação do Art. 395/ Lei

11.719/08)11.719/08)a)For manifestamente inepta ; ( deve atender os requisitos contidos no Art. 41) b)Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;c)Falta justa causa para o exercício da ação penal.

•Uma vez rejeitada a denúncia, não há coisa julgada material. Assim, sanado o vício, a inicial pode ser novamente ofertada, exceto no caso de extinção da punibilidade.

•O juiz não pode rejeitar a denúncia, após tê-la recebido.

•A jurisprudência tem entendido que a decisão que recebe a denúncia ou queixa não tem caráter decisório, não precisando de fundamentação.

•Não cabe recurso da decisão que recebe a denúncia ou queixa, apenas Habeas-Corpus. Da decisão que rejeita, cabe recurso em sentido estrito.

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AÇÃO PENAL PRIVADAAÇÃO PENAL PRIVADA

● A AÇÃO PENAL PRIVADA DIFERE-SE DA PÚBLICA EM RAZÃO DA LEGITIMIDADE PARA AGIR, CUJO TITULAR É O OFENDIDO OU SEU REPRESENTANTE LEGAL.

● AS PRINCIPAIS RAZÕES PARA O ESTADO TER CONFERIDO AO OFENDIDO O DIREITO DE ACUSAR, SÃO:

A) TENUIDADE DA LESÃO A SOCIEDADE.B) CARÁTER PRIVADO DO BEM JURÍDICO.C) EVITAR UM MAL MAIOR COM A PUBLICIDADE

DO PROCESSO E A PECHA DA VITIMIZAÇÃO.

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PRINCÍPIOS DA AÇÃO PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADAPENAL PRIVADA

Principio da Oportunidade e Conveniência da Ação Principio da Oportunidade e Conveniência da Ação Penal PrivadaPenal Privada: Cabe ao ofendido exercer ou não, o : Cabe ao ofendido exercer ou não, o direito de queixa, a seu exclusivo critério, ou seja, o direito de queixa, a seu exclusivo critério, ou seja, o ofendido não está obrigado a promover a ação penal ofendido não está obrigado a promover a ação penal privada, ninguém pode obrigá-lo a exercer o direito de privada, ninguém pode obrigá-lo a exercer o direito de queixa.queixa.Principio da Indivisibilidade da Ação Penal Privada:Como o Ofendido não esta obrigado a promover a ação penal privada, ou seja, não está obrigado a formular a queixa, mas se quiser fazê-lo, terá que acusar todos aqueles que contribuíram para a prática do delito, sendo assim, a queixa-crime deve compreender todos aqueles que concorreram para a pratica do delito, como os autores, co-autores e participes, e cabe ao MP intervir, na ação penal privada como custos legis, com a função básica, de zelar pela observância do Principio da Indivisibilidade. (art.48 CPP).

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Principio da Disponibilidade da Ação Penal Privada:O querelante poderá desistir da ação penal,

isso porque a ação penal privada é disponível. (Perempção e Perdão)

Principio da Intranscedência da Ação Penal Privada:.A ação penal não pode ultrapassar o autor do crime, a morte do agente extingue a punibilidade.

“A AÇÃO PENAL PRIVADA É UM CASO DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL EM QUE O ESTADO TRANSFERE AO PARTICULAR O DIREITO DE AGIR E DE ACUSAR, PARA QUE ESTE PROMOVA A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO PENAL, ADUZINDO EM JUIZO A PRETENSÃO PUNITIVA NASCIDA DO FATO DELITUOSO.” (FREDERICO MARQUES, apud in Marcellus Polastri Lima)

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NAS AÇÕES PENAIS PRIVADASNAS AÇÕES PENAIS PRIVADAS

Em razão dos princípios da oportunidade e Em razão dos princípios da oportunidade e disponibilidade, temos causas extintivas da disponibilidade, temos causas extintivas da punibilidade próprias á ação penal privada.punibilidade próprias á ação penal privada.

1. DECADÊNCIA1. DECADÊNCIA::É a perda do direito de queixa ou representação É a perda do direito de queixa ou representação por não ter sido exercido no prazo legal (seis por não ter sido exercido no prazo legal (seis meses), acarretando a extinção da punibilidade. meses), acarretando a extinção da punibilidade. (CP, Art. 107, inciso IV)(CP, Art. 107, inciso IV)

É um instituto que se opera somente antes É um instituto que se opera somente antes do oferecimento da queixa ou da representação.do oferecimento da queixa ou da representação.2. RENÚNCIA2. RENÚNCIA::É o ato unilateral e voluntário pelo qual a vítima É o ato unilateral e voluntário pelo qual a vítima manifesta a vontade de não ingressar com a ação manifesta a vontade de não ingressar com a ação penal, abdicando do direito de oferecer queixa-penal, abdicando do direito de oferecer queixa-crime, extinguindo-se a punibilidade. Pode ser crime, extinguindo-se a punibilidade. Pode ser expressa ou tácita (CP, Art. 104, expressa ou tácita (CP, Art. 104, caput). caput). Ocorre Ocorre antes do oferecimento da queixa.antes do oferecimento da queixa.

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3. PERDÃO3. PERDÃO::É o ato pelo qual a vítima resolve perdoar o É o ato pelo qual a vítima resolve perdoar o autor do crime, seja no processo ou fora do autor do crime, seja no processo ou fora do processo, podendo ser expresso ou tácito processo, podendo ser expresso ou tácito (CPP, Art. 106, (CPP, Art. 106, § 2º.). Ocorre via de regra § 2º.). Ocorre via de regra quando já iniciado o processo. Só produz quando já iniciado o processo. Só produz efeito aos querelados que aceitarem, é um ato efeito aos querelados que aceitarem, é um ato bilateral.bilateral.4. PEREMPÇÃO4. PEREMPÇÃO::É a extinção do direito de ação, pelo É a extinção do direito de ação, pelo

desinteresse ou negligência do querelante desinteresse ou negligência do querelante em prosseguir na ação. A queixa já deve ter em prosseguir na ação. A queixa já deve ter sido oferecida para que ocorra a perempção sido oferecida para que ocorra a perempção com base nos motivos estabelecidos pelo com base nos motivos estabelecidos pelo Art. 60 do CPP:Art. 60 do CPP:

a)a) O querelante deixa de promover o andamento do O querelante deixa de promover o andamento do processo por mais de 30 dias;processo por mais de 30 dias;

b)b) Em caso de falecimento ou incapacidade do Em caso de falecimento ou incapacidade do querelante não houver prosseguimento em 60 dias, querelante não houver prosseguimento em 60 dias, ressalva Art. 36 CPP;ressalva Art. 36 CPP;

c)c) Ausência do querelante a ato essencial do processo Ausência do querelante a ato essencial do processo ou falta de pedido de condenação;ou falta de pedido de condenação;

d)d) Extinção do querelante pessoa jurídica s/ sucessor.Extinção do querelante pessoa jurídica s/ sucessor.

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A QUEIXA-A QUEIXA-CRIMECRIME É a petição inicial da ação penal É a petição inicial da ação penal

privada, intentada pelo ofendido privada, intentada pelo ofendido ou seu representante legal, por ou seu representante legal, por um advogado, onde será narrado um advogado, onde será narrado o fato que consubstancia a o fato que consubstancia a infração penal.infração penal.

● Na queixa crime o conteúdo é o mesmo expresso no Art. 41 do CPP. ● O autor é chamado de querelante e o acusado de querelado

Quando oferecida através de advogado a Quando oferecida através de advogado a procuração deve conter poderes especiais para procuração deve conter poderes especiais para oferecer a queixa. (Art. 44)oferecer a queixa. (Art. 44)

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DA PRAZO QUEIXA-DA PRAZO QUEIXA-CRIMECRIME O prazo é de seis meses, em regra a contar do conhecimento do autor dos fatos.

ADITAMENTO DA QUEIXA-CRIMEADITAMENTO DA QUEIXA-CRIME

a)a) O Ministério público para incluir circunstâncias que O Ministério público para incluir circunstâncias que melhor caracterizem ou classifiquem o crime ou melhor caracterizem ou classifiquem o crime ou tenham relevância na aplicação da pena [tríduo legal] tenham relevância na aplicação da pena [tríduo legal] ; (CPP, 45 e 46, ; (CPP, 45 e 46, § 2º. do CPP).§ 2º. do CPP).

b)b) Ao querelante, dentro do prazo decadencial, para Ao querelante, dentro do prazo decadencial, para incluir co-autor desconhecido e circunstâncias que incluir co-autor desconhecido e circunstâncias que agravem a imputação; (CPP, Art. 48)agravem a imputação; (CPP, Art. 48)

c)c) Não é possível incluir os participeis ou co-autores se Não é possível incluir os participeis ou co-autores se excluídos pelo querelante na inicial.excluídos pelo querelante na inicial.

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RANGEL, Paulo. RANGEL, Paulo. Direito Processual Direito Processual Penal. Penal. 12.ª edição – 884 páginas. 12.ª edição – 884 páginas.

Editora: Lumen Juris. 2007.Editora: Lumen Juris. 2007.TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa.

Processo Penal. São Paulo: Ed. Processo Penal. São Paulo: Ed. Saraiva, 21ª ed., 1999. 3° Vol.Saraiva, 21ª ed., 1999. 3° Vol.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA