ação para reabertura de rádio comunitária

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___VARA FEDERAL - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA PARAÍBA. A ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB, CNPJ nº 02.907.151./0001-53, com sede na cidade de Desterro, no Estado da Paraíba, na Rua Cônego Florentino, 53, Centro, CEP 58.695-000, neste ato representada pelo seu Presidente, DEKSON BEZERRA DE QUEIROZ, brasileiro, casado, estudante, portador do CPF 019.208.184-56 e da Cédula de Identidade 1.548.225 SSP/PB, residente na Rua Aprígio Leite, 57, Centro, Desterro PB, vem por seu procurador, infra-assinado, ut mandato anexo, com endereço profissional na Avenida Assis Chateaubriand, 300, sala 07, Liberdade, Campina Grande PB, com fundamento nos artigos 5º, IV e IX, 109, §3º, 215, caput, e 220, §1º, todos da Constituição Federal e art. 796 e seguintes do CPC, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO CAUTELAR INOMINADA PREPARATÓRIA, com pedido de LIMINAR, em face da UNIÃO FEDERAL, representada pela ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, na pessoa de seu responsável legal, Sr. FULANO, Gerente Regional da ANATEL, Posto Avançado da Paraíba, com endereço na Avenida Coronel Estevão D'avila Lins, s/n, Cruz das Armas João Pessoa PB, CEP 58085-010, telefone (83) 214-4802, pelos fatos que a seguir passa a aduzir: DOS FATOS A requerente, ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB, é uma associação nascida em meio a necessidade de impulsionar o desenvolvimento cultural da comunidade desterrense, assim, com o escopo de proporcionar à população, tão carente e desprovida de cultura, lazer e informações, uma melhor formação educacional, cultural, religiosa, desportiva, em entretenimento e atualidades, foi então criada uma estação de Rádio Comunitária, a RÁDIO ENTRE RIOS FM, a qual é uma emissora comunitária que funcionava em caráter social, e que, após cumprir com todas as exigências impostas pelo Ministério das Comunicações, ansiosamente estava aguardando a Licença formal de funcionamento, a ser expedida pelo próprio Ministério. Após requerer este direito, sempre funcionou de acordo com a Regulamentação das Emissoras de Baixa Potência, cumprindo com todas as

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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___VARA FEDERAL - SEO JUDICIRIA DO ESTADO DA PARABA.

A ASSOCIAO COMUNITRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB, CNPJ n 02.907.151./0001-53, com sede na cidade de Desterro, no Estado da Paraba, na Rua Cnego Florentino, 53, Centro, CEP 58.695-000, neste ato representada pelo seu Presidente, DEKSON BEZERRA DE QUEIROZ, brasileiro, casado, estudante, portador do CPF 019.208.184-56 e da Cdula de Identidade 1.548.225 SSP/PB, residente na Rua Aprgio Leite, 57, Centro, Desterro PB, vem por seu procurador, infra-assinado, ut mandato anexo, com endereo profissional na Avenida Assis Chateaubriand, 300, sala 07, Liberdade, Campina Grande PB, com fundamento nos artigos 5, IV e IX, 109, 3, 215, caput, e 220, 1, todos da Constituio Federal e art. 796 e seguintes do CPC, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, propor a presente AO CAUTELAR INOMINADA PREPARATRIA, com pedido de LIMINAR, em face da UNIO FEDERAL, representada pela ANATEL, Agncia Nacional de Telecomunicaes, na pessoa de seu responsvel legal, Sr. FULANO, Gerente Regional da ANATEL, Posto Avanado da Paraba, com endereo na Avenida Coronel Estevo D'avila Lins, s/n, Cruz das Armas Joo Pessoa PB, CEP 58085-010, telefone (83) 214-4802, pelos fatos que a seguir passa a aduzir:

DOS FATOSA requerente, ASSOCIAO COMUNITRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB, uma associao nascida em meio a necessidade de impulsionar o desenvolvimento cultural da comunidade desterrense, assim, com o escopo de proporcionar populao, to carente e desprovida de cultura, lazer e informaes, uma melhor formao educacional, cultural, religiosa, desportiva, em entretenimento e atualidades, foi ento criada uma estao de Rdio Comunitria, a RDIO ENTRE RIOS FM, a qual uma emissora comunitria que funcionava em carter social, e que, aps cumprir com todas as exigncias impostas pelo Ministrio das Comunicaes, ansiosamente estava aguardando a Licena formal de funcionamento, a ser expedida pelo prprio Ministrio.Aps requerer este direito, sempre funcionou de acordo com a Regulamentao das Emissoras de Baixa Potncia, cumprindo com todas as exigncias da Lei 9.612 de 19/02/98, regulamentadora da Radiodifuso Comunitria, conforme comprova o Processo n 53730000053/99 no Ministrio das Comunicaes, transmitindo sua programao atravs de um transmissor de baixa potncia, HOMOLOGADO pela prpria ANATEL, empresa ligada ao Ministrio das Comunicaes, o qual fora doado pela comunidade local, tudo com o intuito de difundir informaes preventivas, didticas e culturais, sem objetivar fins lucrativos, exercendo esta atividade com a participao e incentivo da populao desterrense e no interesse dela, sem objetivos polticos-partidrios ou comerciais, excluindo qualquer conotao deste porte, conforme prova seu Estatuto, em anexo.Contudo, atravs do documento Termo de Lacrao de Servios de Radiodifuso (RADCOM), em anexo, os senhores FBIO SANTANA NUNES e IVANILDO BEZERRA DE ALBUQUERQUE, identificando-se como Fiscais da ANATEL, interromperam o funcionamento da emissora em 10/08/2000, alegando que o servio de Radiodifuso Comunitria em FM mantido pela requerente, no estava autorizado pelo Ministrio das Comunicaes. Em seguida, sem examinarem nem mesmo a documentao que a autora tentou lhes apresentar, lavraram o Termo de Lacrao. Essa atitude nem mesmo respeitou a condio de deficiente visual do Presidente da Associao, que veio a assinar o referido Termo, sem que lhe fosse oportunizado maiores esclarecimentos sobre aquele ato. Se pessoas humildes, com plena capacidade visual, no conseguiram entender o contedo complexo daquele Termo, o que dizer de uma pessoa desprovida da viso e coagido pela prpria emoo.Tudo feito contra uma Associao j enquadrada na Lei 9.612/98 e o mais grave, j habilitada no prprio Ministrio das Comunicaes, dizendo os referidos Agentes que eles eram a LEI e que papel algum no interessava naquele momento, e, sem darem a mnima chance de defesa, como ainda, ameaando prender quem se opusesse a tal ato, agindo de forma abusiva e arbitrria, lacraram todos os equipamentos da emissora. Se eles ao menos tivessem considerado os documentos l existentes, inclusive o da habilitao j publicada no Dirio Oficial da Unio, cpia em anexo, que naquela hora lhes estavam sendo apresentados, talvez no tivessem cometido tal torpeza, desrespeitando pessoas e princpios constitucionais, os quais esto acima de qualquer lei, pois so a concretizao da verdadeira JUSTIA.Ocorre tambm que, os referidos Agentes deixaram de discriminar corretamente o motivo pelo qual estavam praticando o ato, de cunho abusivo e ilegal, at mesmo deixando de declinar as irregularidades que motivaram o indigitado ato. O Termo de Lacrao reporta atribuies da Lei 9.612/98, porm, caso nela se baseassem, no encontrariam como punio a figura do Lacre, mas os Agentes, na realidade, impuseram a outorga e documentos somente exigidos das RDIOS COMERCIAIS DE ALTA POTNCIA, regidas pela Lei 4.117/62, modificada pelo Decreto 236/67, ambos editados em plena Ditadura Militar. Note-se que, nos termos do rodap do Termo de Lacre, cpia em anexo, existe uma sentena j impressa, uma forma padro, localizada logo abaixo da assinatura do Presidente da Associao, a quem eles denominam de Proprietrio: "Certifico(amos) que o proprietrio preposto, em presena da(s) testemunha(s) acima nomeada(s), recusou-se a assinar o presente Termo de Lacrao".M.M. Juiza, os documentos que os Impetrados se negaram a verificar, so os que fazemos juntada para Vossa apreciao.Cabe ainda salientar que, a Rdio Comunitria foi fundada e formalizada com a Associao em 25/05/98, para atender Regulamentao da Lei 9.612 de 19/02/98. Est, portanto, funcionando h mais de 02 (dois) anos, e desde sua habilitao publicada no Dirio Oficial da Unio, em 09/09/99, pretende cada vez mais, com a atividade diria da emissora, prestar grandes servios comunidade, inclusive habilitando seus locutores em sua humilde formao profissional, que percebem como salrio o reconhecimento popular, e fazendo parte do dia-a-dia dos moradores do municpio de Desterro - PB, atender aos mais variados apelos populares, individuais e coletivos, visto que prestar auxlio aos menos afortunados sempre foi e ser o lema principal desta Rdio Comunitria.Fica evidenciado, que a emissora da requerente no funciona de modo irregular, clandestino, como quiseram os Agentes insinuar e assim, justificarem a arbitrariedade, lacrando seus equipamentos, seno vejamos a documentao em anexo, ora juntada ao presente petitrio. Desta forma, cabe esclarecer que no se pode comparar uma Rdio Comunitria a uma "rdio pirata", posto que, esta totalmente irregular, sem estrutura funcional ou administrativa, sem nenhuma documentao ou mesmo representante legal, totalmente ao contrrio daquela, que uma emissora sria, pertencente a uma Associao legalmente constituda, devidamente inscrita no CNPJ, com estrutura funcional e administrativa definidas, farta documentao conforme requer o Ministrio das Comunicaes, e o principal, comprometida exclusivamente com o desenvolvimento de sua comunidade. Pacincia! Somente a arbitrariedade para distorcer a viso da ANATEL e faz-la tratar por igual duas figuras to distintas entre si.Sendo oportuno, informamos que, como resposta ao requerimento oficial da requerente, no processo de n 53730000053/99, o Ministrio das Comunicaes, habilitou oficialmente atravs do Dirio Oficial da Unio, na III Seo da Edio 173-E de 09/09/99, a instalao da emissora na latitude 07 17 26 S e 37 05 38 W de longitude, instalada na Rua Cnego Florentino, 53, Centro, Desterro - PB, e at cobrou e recebeu a Taxa do CGAD/MC, para os cofres do Caixa do Ministrio das Comunicaes, conforme cpias em anexo.Ressalte-se ainda que, o TERMO DE LACRAO do transmissor e equipamentos da Associao, equivocadamente tida como clandestina, encontra seu fundamento em um Decreto-Lei, em detrimento e desrespeito ao Pargrafo LIV, do Artigo 5 da Constituio Federal, o qual textual e forte "NINGUM PODER SER PRIVADO DA LIBERDADE OU DE SEUS BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL", lei superior aos termos ameaadores do Artigo 70 da Lei 4.117/62, com a redao atualizada no auge da Ditadura Militar em 1967.A requerente faz prova que ao Ministrio das Comunicaes, de boa f, aps a HABILITAO, em 09/09/99, publicada no Dirio Oficial da Unio, e em resposta a determinao oriunda do mesmo, para completar o seu processo de n 53730000053/99, encaminhou todos os documentos da Associao, os mesmos que os Agentes se negaram a verificar antes de realizarem o Lacre, a saber:a) Estatuto da ASSOCIAO COMUNITRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB;b) Ata da Constituio da Entidade e eleio dos seus dirigentes, devidamente registrada;c) Inscrio no CNPJ 02.907.151/0001-53;d) Novo Requerimento ao Ministrio das Comunicaes, conforme prev a Lei 9.612/98, anunciando novamente o endereo, as coordenadas geogrficas aonde se instalou o sistema irradiante da Estao, o que a torna impossvel de ser tratada como clandestina, conforme insinua o Termo do Lacre;e) A cpia da publicao da Habilitao requerida;f) Pagamento da Taxa do CGAD, cobrada pelo Ministrio das Comunicaes.Ocorre que, como j delineamos, lamentavelmente no dia 10/08/2000, a Autoridade requerida, atravs de seus Agentes retro mencionados, ameaou e lacrou na sede da Rdio, o Transmissor e outros equipamentos da indignada Associao, em flagrante violao Lei 9.612/98, qual j estamos submetidos, aos direitos constitucionalmente defendidos e s normas oriundas de Tratados Internacionais dos quais o Brasil signatrio. Reiteramos, se os Agentes tivessem examinado toda a documentao, Excelncia, saberiam no se tratar de uma emissora "clandestina", visto que ela j est LEGALMENTE HABILITADA conforme as normas da Lei 9.612/98.Na realidade, o que existe contra muitas Rdios Comunitrias uma premeditada demora do Ministrio das Comunicaes e da ANATEL, dificultando a execuo dos servios de Radiodifuso Comunitria, mesmo que a Associao e a Emissora estejam devidamente habilitadas conforme a Lei 9.612/98. Dessa forma, a requerente e as tantas outras Associaes, vivem de sobressaltos, ameaadas, por dependerem eternamente de um papel formal de licena. como se o Estado Soberano, aps nos fornecer uma Carteira de Habilitao para podermos dirigir um veculo, nos cobrasse tambm um infindvel aguardar, at que o rgo X, que est totalmente desaparelhado e enraigado de burocracias, emitisse tambm sua licena formal. O que vemos um jogo de acusaes onde ningum assume a culpa e a responsabilidade, a ANATEL diz que o Ministrio das Comunicaes o competente para tudo, este diz que depende do Congresso Nacional, enfim, o que realmente constatamos uma tremenda omisso do Legislativo e do Executivo, que "criam" a legislao e no a pem em prtica, sabe Deus o verdadeiro motivo. E, mais uma vez, o povo que tem que arcar com as conseqncias? Sem contar que esse governo atual, o mesmo da clebre frase "esqueam o que escrevi", se dizia "defensor da democracia"!Igualmente assim ocorre com as Associaes. Nada notificado claramente, sem serem apontadas as possveis irregularidades que se dizem existir, possibilitando assim, a prtica imediata do ato abusivo, causando srios e graves prejuzos s Associaes, visto que lacrando e apreendendo seus transmissores de baixa potncia, as impossibilitam de testarem seus equipamentos.O transmissor da requerente de baixa potncia, como tambm, tem o Certificado de Homologao do Ministrio das Comunicaes, no valendo a mentira institucional e orquestrada, que o mesmo interfere em Rdios Comerciais, da Polcia, do Corpo de Bombeiros, etc. Chegando ao absurdo de ser afirmado pela ANATEL, que as ondas emitidas pelas estaes comunitrias interferem at mesmo nos avies. Pois , isso nos remete aos grandes centros, porqu os avies no vivem caindo por l, j que esto cheios de rdios comerciais super potentes, Televises, Celulares, milhares de fornos de microondas, etc..., todos emitindo ondas? No caso em tela, o corpo de bombeiros mais prximo est localizado no municpio de Patos, o Aeroporto mais prximo est localizado em Campina Grande, ou seja, como prejudic-los se a Rdio Entre Rios FM somente alcana a rea territorial do municpio de Desterro? E isso ocorre devido a baixa potncia de seu transmissor, a qual foi determinada pela prpria ANATEL, sendo ela de 25 W. Portanto, uma emissora de baixa potncia, compondo o grupo das Rdios com potncia abaixo de 100W.Somente uma coisa certa e precisa, a comunidade foi brutalmente prejudicada e sofre as conseqncias h trs meses, pois tal ato s angariou um grande prejuzo social, transtorno comunidade local e aos membros da Associao que, com o Lacre dos equipamentos, ficaram lesados e impedidos do seu direito de funcionamento experimental. "As RDIOS PROFISSIONAIS, buscam LUCRO COMERCIAL, enquanto que as COMUNITRIAS, tm como objetivo produzir apenas LUCRO SOCIAL".

DA LEGISLAO EM VIGORRegularizando a matria em debate, quando se trata de Rdios Comerciais, h no mundo jurdico o Cdigo Brasileiro das Telecomunicaes Lei 4.117 de 27/08/62 que foi substancialmente modificado pelo Decreto 236 de 28/02/67, o qual tem por escopo o carter de regulamentar as telecomunicaes e seu funcionamento, as formas de explorao e quais so os servios de radiodifuso, em nada se fala das emissoras comunitrias, mesmo porque elas no se enquadram na terminologia "telecomunicaes", termo que se refere a transmisses distncia.Contudo, ressalte-se, tais leis no se aplicam s emissoras com "baixa potncia", ou seja, que tm potncia abaixo de 100W (0,1 KW), pois essas emissoras no necessitam de concesso do Poder Pblico, como expressa a Lei 5.785 de 23/06/72, sobre as Emissoras que esto sujeitas concesso "in literis".Para baixa potncia a Lei prpria e vigente a 9.612/98, REGULAMENTADORA e NO LEGALIZADORA. Aprovada em 1998, a Lei complicada por burocratas atravs de Normas, Decretos e Portarias, que mesmo cumpridas, titulam a todos de clandestinos, piratas, etc. Pois j se passaram mais de 02 (dois) anos e milhares de Instituies honestas, continuam sendo vtimas do Governo, que ainda no conseguiu produzir ou outorgar uma s Licena como prova de Capacidade Legal da requerente, que encaminhou seu ltimo requerimento ao Ministrio das Comunicaes em Outubro do ano passado e nem sequer um Ofcio recebeu, esse que informaria em que estado se encontra o processo em andamento e quais as suas expectativas. Tudo revela um ato omisso, acobertando uma incompetncia administrativa, que somente pode ser suprida com um Ato Jurdico."Artigo 1 - As concesses e permisses para execuo dos servios de radiodifuso sonora que, em decorrncia do Artigo 117 da Lei 4.117 de 27 de Agosto de 1962 (Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes), foram mantidas por mais de 10 (dez) anos, contados da publicao da referida Lei, ficam automaticamente prorrogados pelos seguintes prazos:I At 1 de Maio de 1973, entidade concessionria de servio de radiodifuso sonora em onda tropical e onda mdia de mbito nacional (de potncia superior a 10 KW);II - At 1 de Maio de 1973, entidade concessionria de servio de radiodifuso sonora em onda curta e em onda mdia de mbito nacional (potncia de 1 a 10 KW, inclusive);III - At 1 de Maio de 1973, entidade concessionria de servio de radiodifuso sonora em freqncia modulada e em onda mdia de mbito nacional (potncia de 100, 250, 500 W)".Como se observa, os artigos transcritos acima, da supra citada Lei 5.785 de 23/06/72, no fazem qualquer referncia s emissoras de "baixa potncia", ou seja, aquelas com potncia inferior a 100 watts (0,1 KW). Conclui-se, portanto, atravs de uma interpretao sistemtica, que emissoras de "baixa potncia" no esto obrigadas exigncia legal da concesso do Poder Pblico.Para regulamentar as Rdios Comunitrias, como a da requerente, que possui uma potncia de 25 watts, existe a Lei prpria, Decreto e Norma, os quais regulamentam as Rdios Comunitrias, vejamos: a Lei 9.612 de 19/02/98, a Norma 02/98 de 07/08/98; e para complementar, pergunta-se: em qual artigo ou pargrafo, encontramos determinado como Crime a RADCOM de baixa potncia? Quais as penalidades nelas previstas? Veja, em anexo, o Decreto 2.615 de 03/06/98, Captulo XI.Entretanto, a ANATEL se socorre do art. 70, da Lei 4.117/62, com redao alterada pelo Decreto-Lei 236/67, no s para ameaar as emissoras comunitrias, como ainda, para enquadr-las como criminosas, posto que o referido artigo reza em seu bojo:"Art. 70 Constitui crime punvel com a pena de deteno de um a dois anos, aumentada da metade se houver danos a terceiros, a instalao ou utilizaes de telecomunicaes, sem observncia do dispositivo nesta Lei e nos regulamentos"Definitivamente, esse artigo no se impe ao controle das Rdios Comunitrias, como bem entende a Superintendncia da Polcia Federal de nosso estado, conforme cpia em anexo, que defende a existncia da descriminalizao, haja vista essas rdios possurem Lei especfica para regulament-las. Fica evidenciado que, a Lei 4.117/62 e seu Decreto-Lei 236/97, ambos s vm a atender os objetivos de um regime ditatorial que faleceu h quinze anos e no deixou saudades. Um regime que visava cercear a manifestao do pensamento e da veiculao de qualquer forma de atividade cultural, tudo em nome do controle da sociedade e da segurana nacional, que eram exercidas em detrimento da dignidade da pessoa humana, esta que deveria agir como verdadeiro "fantoche" do interesse dominante.Felizmente o pesadelo passou, mas se esqueceram de enterrar alguns dos seus pertences, dentre eles esta Lei. Quem calou a educao e a cultura sob ameaas, parece querer esmagar a nossa Constituio Federal de 88, a qual tem buscado incessantemente promover um Estado Democrtico de Direito, mesmo que muitos no queiram. Porm, ainda existem pessoas que exercem a Justia com brao forte, como o Tribunal Federal da 1 Regio, que afastou a tipificao do crime previsto no mencionado artigo 70, atravs da Ap. Crim. n 95.0102768-6-BA, publ. DJU em 29/07/96, julgamento esse que serve para rejeitar denncias sobre o tema em questo ou mesmo para fechar inquritos policiais j instaurados, por absoluta falta de justa causa.

DA CONSTITUIO FEDERALA Carta Poltica e Democrtica Brasileira, foi um marco na histria deste pas, determinando a derrocada do Regime Militar e iniciando o Estado Democrtico de Direito, pena ainda haver resqucios em leis vigentes. Em seu texto Democrtico, a Constituio Federal, Ttulo II, Captulo I, DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS, traz, em seu Artigo 5, direitos intocveis, garantidos nas clusulas ptreas, encontradas no Artigo 60, IV, e que tm aplicao imediata, "ex vi" do pargrafo 1 do referido artigo.Nos incisos IV e IX do supra citado artigo, claramente pode-se notar que, a Carta Magna "garante como direito, a manifestao de pensamento e a livre expresso da atividade intelectual, de comunicao, independente de censura ou licena"."Artigo 5 (...)IV livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;IX livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena;(...)" (Negritei)Ainda em esfera Constitucional:Art. 215 - "O Estado garantir a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais". (Negritei)Neste norte e esprito, cabe ao ESTADO garantir democraticamente a todos a difuso das manifestaes culturais, que sempre foi e ser a premissa maior da pequena ASSOCIAO COMUNITRIA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL DE DESTERRO PB, mantida por homens livres, querendo simplesmente participar da libertao cultural da sua comunidade, sonhando com a concretizao da democracia e da cidadania, as quais so difundidas a cada programa da Rdio Entre Rios FM, com a linguagem local e o poder de absoro altamente comprovado, basta observar as inmeras declaraes de apoio que esto em anexo, as quais s vm a corroborar com uma afirmao: "o povo desterrense est silenciado com a ausncia de sua rdio".Por sua vez, o Artigo 223 da CF, feito para controlar as Rdios Comerciais de alta potncia, dispe que:"Art. 223 Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar a concesso, permisso e autorizao para o servio de radiodifuso sonora e de sons e imagens, observando o princpio da complementariedade dos sistemas privados, pblicos e estatal".Conforme j exposto, tal artigo versa to somente sobre a radiodifuso com fins comerciais, que tenham potncia acima de 100 Watts. Esta a nica interpretao possvel para compatibilizar este dispositivo que exige a concesso do Poder Pblico para o funcionamento da emissora de radiodifuso com o comando assegurado da livre manifestao do pensamento e expresso de atividade intelectual e de comunicao.Sobre a conciliao entre os Artigos 215 e 223 da Constituio federal, o Juiz Federal Substituto da 4 Vara da Justia Federal de So Paulo, no processo n 91.01010212, onde foi Autora a Justia Pblica e Ru o Sr. VALIONEL TOMMAZ PIGATTI, faz a seguinte explanao na sentena proferida no dia 03/03/94, "in verbis":"(...) E o artigo 215, caput, da Lei Maior, estabelece que o Estado garantir a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais.Por outro lado, o artigo 223 dispe que Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar a concesso, permisso e autorizao para o servio de radiodifuso sonora e de sons e imagens.Assim, surge a indagao: como conciliar tais dispositivos?A resposta parece aflorar clara: destinando-se a radiodifuso a fins comerciais ou outros que no culturais, necessria a licena ou autorizao do Poder Pblico. Porm, em se tratando de veiculao unicamente de atividades culturais, nenhuma licena prvia poder ser exigida pelo Poder Pblico para a sua veiculao, seja qualquer de suas formas".Mesmo tendo estas exigncias, o Poder Executivo, tambm no vem cumprindo com a Constituio no que diz respeito aos Pargrafos 1, 2 e 3 do Artigo 223, que diz: 1: O Congresso Nacional apreciar o ato no prazo do Artigo 64, pargrafos 2 e 4, a contar do recebimento da mensagem. 2: A no renovao da concesso ou permisso depender de aprovao de, no mnimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votao nominal. 3: O ato de outorga ou renovao somente produzir efeitos legais aps deliberao do Congresso Nacional, na forma dos pargrafos anteriores." (Grifos nossos)J no Artigo 64, no seu 2, tambm da CF, ao qual se referiu o Artigo 223, 1, diz o seguinte:Art. 64: A discusso e votao dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da Repblica, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores tero incio na Cmara dos Deputados. 2: Se, no caso do pargrafo anterior, a Cmara dos Deputados e o Senado Federal no se manifestarem, cada qual, sucessivamente, em at quarenta e cinco dias, sobre a proposio, ser esta includa na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votao."Mais uma vez fica clara e gritante a omisso do Governo Federal, pois, como acima foi descrito, ele divulga que est ao lado das rdios comunitrias, mas, na realidade, encontra-se em um jogo de eterna espera com o Congresso, pior ainda, ambos descumprem o que est prescrito pela prpria CF, como no caso do art. 64 c/c o art.223.Excelncia, o que tememos ainda que: Alm de infringir todos os dispositivos Constitucionais supra assinalados, a requerida que lacrou os equipamentos, no tem observado outro importante requisito. que, como se trata de um direito individual, somente atravs de Processo, poderia a requerida lacrar os equipamentos da Rdio, mantida por uma Associao abrigada no Direito Individual da Constituio Federal, pois os direitos e garantias individuais no esto ao alcance do poder de polcia auto executvel.

DA CONVENO DOS DIREITOS HUMANOSNo bastasse a agresso a norma constitucional, o ato da ANATEL agride tambm a prpria Conveno Americana dos Direitos Humanos, recepcionado pelo Brasil atravs do Decreto 678 de 06 de Novembro de 1992. Dispe o art. 1 do Decreto 678/92:"Art. 1 - A Conveno Americana sobre os Direitos Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica), celebrada em 22 de Novembro de 1969, apensa por cpia do presente Decreto, dever ser cumprida to integralmente como nela se contm".J que a Conveno dever ser fielmente cumprida, vejamos o que nos fala o seu art. 13:"Art. 13 Liberdade de Pensamento e Expresso.I Toda pessoa tem o direito liberdade de pensamento e de expresso. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informaes de fronteira, verbalmente ou por escrito, ou de forma impressa ou artstica, ou por qualquer outro processo de sua escolha.II (...)III No se pode restringir o direito de expresso por vias ou meios indiretos, tais como o abuso dos controles oficiais e particulares de papel de imprensa, de freqncia radioeltrica ou de equipamentos e aparelhos usados na difuso de informao, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicao de idias e opinies"(Grifo nosso).Dessa forma, evidenciamos que o Estado brasileiro no pode restringir o direito do povo brasileiro informao, especialmente, quando ela se destina a beneficiar o desenvolvimento da comunidade local. Reforando ainda mais a tese da agresso Conveno e de ato abusivo e arbitrrio da ANATEL ao lacrar e fechar rdios comunitrias, o STF julgou que em matria de direitos humanos, as normas de direito internacional prevalecem sobre as normas de direito interno (Re. 80.004-SE, in RTJ 83/803-817). No caso em tela ambas as normas, internacionais e nacionais, esto sendo arbitrariamente descumpridas!

DA JURISPRUDNCIANo sentido em favor das demandas pleiteadas pelas emissoras comunitrias de rdio, vejamos algumas decises:"Mesmo que a radiodifuso se submetesse ao regime de concesso (o que em princpio inconstitucional, pois incidiria na vedao da prvia licena), ainda assim, ela s poderia ser negada se houvesse relevante razo social. De modo que, com concesso, ou sem ela, o nus da prova, para a negativa de funcionamento, incumbe ao Executivo, que deve vir ao Judicirio pleitear autorizao para tanto, j que tratando-se de direito individual, no est ao alcance do Poder de Polcia auto-executvel MM Juiz Paulo Fernandes Silveira, Juiz Federal de Uberaba, MG. Processo n 960200505-0, em venervel deciso no mandamus, concedido em caso anlogo, determinando a retirada do lacre dos bens e sua imediata liberao para funcionamento. "Nessa mesma linha de raciocnio a MM Juza da Comarca de Crato CE, concedeu a liminar requerida pela Associao dos Filhos e Amigos de Jardim (Rdio Comunitria Expanso FM), sob a fundamentao de que:" pblico e notrio que rdios denominadas de comunitria, vm sendo implantadas em vrias cidades do interior desse imenso pas e, aqui, na Regio Caririense o sucesso dessas emissoras realmente animador. A Rdio supra referida tem transmissor de baixa potncia, conseqentemente, de pequeno alcance, atingindo somente algumas comunidades que integram a sua prpria gerncia". A sede da Rdio mencionada foi vistoriada por funcionrios do Departamento Nacional de Telecomunicaes, antigo DENTEL, com a polcia local os quais, sem a devida ordem judicial lacraram o transmissor da emissora de maneira arbitrria, causando com essa atitude, transtorno comunidade e aos membros da Associao aludida. Destarte, defiro liminarmente, a medida liminar pleiteada, com fulcro nos artigos 798 e 804 de o CPC e mais na lei 8785/72 e art. 5, IV e IX da CF. Processo n 1997.009.00089-1, Ao Cautelar inominada".E ainda com o mesmo norte, o MM Juiz Federal da 4 Vara, Dr. Andr Prado de Vasconcelos, no dia 11 de maio de 1999, aps brilhante relatrio, sobre o postulado pela Associao Cultural Amigos de Dores de Campos, no processo 1998.38.00.046336-01, com a mesma luz sobre o Direito aflorado em todo pas, tambm concedeu a segurana pleiteada na Justia.Ilustre Julgadora, a promovente pede vnia a Vossa Excelncia, para juntar ainda a esta exordial, algumas das muitas decises com deferimento em favor dos pedidos das emissoras comunitrias. So decises existentes em nosso pas, todas referentes ao tema em tela; so vises de diferentes julgadores e regies, porm com o mesmo senso de justia social, as quais seguiro em anexo. Vale salientar, com muito orgulho, admirao e respeito, as decises de magistrados e magistradas que labutam prximo ao nosso convvio, tais como as provenientes da Comarca de Itapetim - PE e da 1 Vara da Comarca de Cajazeiras PB, esta ltima na responsabilidade de uma guerreira e incansvel defensora dos ideais comunitrios, a Dr Maria de Ftima Lcia Ramalho, na pessoa de quem sado os julgadores vocacionados a aplicar a Justia, em detrimento da simples aplicao da lei.

DA AO PRINCIPAL A SER PROPOSTAA requerente pretende ingressar, dentro do prazo legal, com ao de Procedimento Ordinrio denominada AO DECLARATRIA DE DIREITO, objetivando demonstrar a justeza e a legalidade de suas pretenses em manter o funcionamento da Rdio Entre Rios FM, na cidade de Desterro PB, por ser de baixa potncia, controlada pela prpria comunidade e possuindo finalidade exclusiva de difundir informao, educao, sade e cultura, no comungando do fim econmico.

DA CONCESSO DA MEDIDA LIMINARComo cedio, a pretenso cautelar tem por escopo buscar um resultado til para o processo de mrito, afastando o perigo de uma natural demora da demanda principal. Assim, possui uma funo auxiliar e subsidiria de servir a tutela pleiteada no processo principal, aonde ser o direito resguardado e o litgio eliminado, como bem preconiza o mestre italiano Carnelutti. Dessa forma, sendo em sede cautelar inadmissvel querer discutir amplamente o direito material, o qual ser oportunamente debatido, quando da fase cognitiva. Pleitea-se o processo cautelar no intuito de garantir com eficcia o desenvolvimento e profcuo resultado do processo principal.Tendo em vista a demonstrao clara do fumus boni juris, pois ficou claro o direito que protege a requerente, e evidente o periculum in mora, caracterizado pelos atos dos agentes da ANATEL e respectivos prejuzos sociais arcados pela comunidade desterrense, que teve abruptamente cortado o seu canal de comunicao.Ao lacrar a sede e equipamentos da requerente, atravs de informaes equivocadas e usando a cobertura da Polcia para coagir os dirigentes da Associao, sem verificar sua vlida e atualizada documentao, da autoridade requerida ato totalmente arbitrrio, o que tornar nulo o ato administrativo pratica do em face da ilegalidade do objeto, que "ocorre quando o resultado do ato importa violao na lei, que regulamenta outro ato normativo" (Lei 4717/65, art. 2, pargrafo nico, alnea e), este dano h de ser contido, inicialmente pela concesso de Liminar.

DO PEDIDODiante do exposto, requer se digne Vossa Excelncia:1. Seja concedida Medida Liminar, inaudita altera parte, com o fito de determinar que a ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes, rgo ligado ao Ministrio das Comunicaes, Posto Avanado na Paraba, com endereo na Rua Cel. Estevo Dvila Lins, s/n, Bairro de Cruz das Armas, Joo Pessoa PB, proceda ao deslacramento dos equipamentos da emissora pertencente a requerente, a Rdio Entre Rios FM, que tem um pequeno alcance, mas suficiente a prestar relevantes servios comunidade desterrense, e seja assegurado o livre funcionamento da emissora, bem como a ANATEL abstenha-se de qualquer ato que implique em perseguies e interrupes em seu funcionamento, at que seja concludo o procedimento administrativo para a concesso definitiva do servio de radiodifuso comunitria.2. Seja citada a UNIO FEDERAL, atravs da Advocacia Geral da Unio, localizada na cidade de Joo Pessoa PB, na Avenida Juarez Tvora, 1007, Bairro da Torre, para querendo, responder aos termos da presente ao.3. Seja ouvido o Ilustre Representante do Parquet.4. No mrito, seja julgada procedente a presente Ao Cautelar Inominada Preparatria, mantendo-se os termos da Liminar concedida, ou seja, determinar que a ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes, rgo ligado ao Ministrio das Comunicaes, Posto Avanado na Paraba, com endereo na Rua Cel. Estevo Dvila Lins, s/n, Bairro de Cruz das Armas, Joo Pessoa PB, proceda a retirada do lacre dos equipamentos da emissora pertencente a requerente, a Rdio Entre Rios FM, que tem um pequeno alcance, mas suficiente a prestar relevantes servios comunidade desterrense, e seja assegurado o livre funcionamento da emissora, bem como a ANATEL abstenha-se de qualquer ato que implique em perseguies e interrupes em seu funcionamento, at que seja concludo o procedimento administrativo para a concesso definitiva do servio de radiodifuso comunitria, inclusive seja condenada no pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios pertinentes.5. Requer, por fim, o plio da gratuidade de Justia por se tratar de entidade comunitria sem fins lucrativos.Protesta provar o alegado pela produo de todas as provas em Direito permitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da requerida, prova pericial e testemunhal.D-se causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 150,00 (Cento e cinqenta reais).Nestes termos,E. Deferimento.Desterro, 13 de Novembro de 2000.Otaviano Henrique Silva BarbosaOAB/PB 10114

RELAO DOS DOCUMENTOS EM ANEXO:01. Procurao Ad Judicia02. Cpia do Alvar de Licena e Funcionamento, concedido pela Prefeitura Municipal de Desterro - PB03. Cpia da Habilitao da Rdio perante o Ministrio das Comunicaes,conforme Publicao no Dirio Oficial da Unio (09/09/99)04. Cpia da Ata da Assemblia de Constituio da Associao Comunitria de Desenvolvimento Cultural de Desterro PB (ACDCD)05. Cpia do Estatuto da ACDCD06. Cpia da Ata da Eleio da atual Diretoria da ACDCD07. Cpia do CNPJ08. Cpias dos Requerimentos encaminhados ao Ministrio das Comunicaes09. Cpia do Termo de Lacrao da Emissora10. Cpia do Pagamento da Taxa do CGAD/MC11. Cpia da Lei 9.612/9812. Cpia do Decreto 2.615/9813. Cpia da Norma 02/9814. Declarao da Igreja Catlica local - Parquia de Nossa Senhora do Desterro15. Declarao da Igreja Adventista do 7 Dia - Desterro16. Declarao da Igreja Evanglica Assemblia de Deus Desterro17. Declarao da Secretaria Municipal de Sade18. Declarao da Coordenao de Vigilncia Sanitria Municipal deDesterro - PB19. Declarao do Laboratrio Santa Tereza20. Declarao de Participao no Programa Nacional de "Sade no Ar", promovido pelo Ministrio da Sade21. Declarao da Secretaria Municipal de Educao e Cultura22. Declarao do Centro Pr-Escolar "Gente Inocente"23.Declarao do Programa Alfabetizao Solidria Desterro24.Declarao da Escola Estadual de Ensino Fundamental "Silveira Dantas"25.Declarao da Escola Municipal de Ensino Fundamental "Cassimira Leite Montenegro"26.Declarao da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Mdio "Gertrudes Leite"26.Declarao da CAGEPA Agncia de Desterro27.Declarao da EMATER Escritrio de Desterro28.Declarao do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Desterro - PB29.Declarao do Ministrio da Defesa - Junta de Servio Militar local30.Declarao da Agncia dos Correios31.Declarao da Cmara Municipal de Vereadores de Desterro - PB32.Declarao da Prefeitura Municipal de Desterro - PB33.Grade de Programao da "Rdio Comunitria Entre Rios FM" Emissora da ACDCD34.Cpias de Decises Judiciais, em processos similares questo em tela35.Pedido de Assistncia Judiciria Gratuita