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8/13/2019 ACAO INDENIZATORIA - MICHELLE AMORIM.docx http://slidepdf.com/reader/full/acao-indenizatoria-michelle-amorimdocx 1/12  Rua Eliseu Martins, 1272, Sala 107-B, 1º Andar, Centro, Teresina - Piauí - Brasil CEP: 64.000-120 • Telefones: (86)3226-3878 / 9999-8829 / 8845-9506 /99503527 [email protected] EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA  PIAUÍ. DARNAN MICHELE SILVA AMORIM , brasileira, divorciada, professora, portador do documento de identidade RG nº. 1.511.528 SSP/PI, devidamente inscrita no CPF/MF 739.173.203-63, residente e domiciliada na Rua Padre Aureo Oliveira, Nº 1964, Cond. Del Rei Residence, Bloco C, Apto 104, bairro cristo rei, CEP: 64.015-470, na cidade de Teresina  PI, através de sua advogada e bastante procuradora que a este subscreve (instrumento procuratório em anexo doc. 01), com escritório profissional à Rua Eliseu Martins, Nº. 1272 Sala 107- B, 1º Andar, bairro Centro, CEP: 64.000-120, vem com o devido respeito e merecido acatamento à honrosa presença de Vossa Excelência propor a presente:  AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. em face de SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA., localizada na Avenida Marcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, 1000, Resid. Três(Tamboré), CEP: 065.43/900, na cidade Santana de Parnaíba - SP, inscrita no CNPJ sob o nº 72.820.822/0027, e Inscrição Estadual 623.096.082-110, pelos fatos e substratos jurídicos que abaixo passa a expor:

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADOESPECIAL CIVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA – PIAUÍ.

DARNAN MICHELE SILVA AMORIM , brasileira,

divorciada, professora, portador do documento de identidade RGnº. 1.511.528 SSP/PI, devidamente inscrita no CPF/MF nº739.173.203-63, residente e domiciliada na Rua Padre AureoOliveira, Nº 1964, Cond. Del Rei Residence, Bloco C, Apto 104,bairro cristo rei, CEP: 64.015-470, na cidade de Teresina – PI, através de sua advogada e bastante procuradora que a estesubscreve (instrumento procuratório em anexo doc. 01), comescritório profissional à Rua Eliseu Martins, Nº. 1272 Sala107- B, 1º Andar, bairro Centro, CEP: 64.000-120, vem com odevido respeito e merecido acatamento à honrosa presença deVossa Excelência propor a presente:

 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO.

em face de SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA.,  localizada na AvenidaMarcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, nº 1000, Resid.Três(Tamboré), CEP: 065.43/900, na cidade Santana de Parnaíba- SP, inscrita no CNPJ sob o nº 72.820.822/0027, e InscriçãoEstadual nº 623.096.082-110, pelos fatos e substratos

jurídicos que abaixo passa a expor:

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1.DOS FATOS

A Requerente no dia 11/03/2013, passou em um

posto de vendas da Sky Brasil Serviços LTDA, ocasião em que o

vendedor da referida operadora ofereceu uma promoção.

Assim, a Requerente realizou a assinatura da

referida TV a cabo, momento em que efetuou o primeiro

pagamento com débito em conta no valor de R$ 39,95 (Trinta e

nove reais e noventa e cinco centavos), conforme extrato

bancário em anexo, ficando programado o pagamento com débito

automático em conta dos meses seguintes que seria a 2º,3º e 4º

parcela no valor de R$69,90 (Sessenta e nove reais e noventacentavos) e as demais no valor de R$ 79,90( Setenta e nove

reais e noventa centavos).

Ocorre que, após 07( sete) dias da contratação

do serviço foi feita toda a instalação por um técnico que ao

finalizar não obteve sinal, o mesmo pediu que a requerente

aguardasse até o final do dia quando o sinal seria liberado,

entretanto passou-se várias semanas a requerente entrando em

contato com a central e a mesma não solucionava o problema.

Após ser realizado o pagamento do 2º mês, bem

como a espera e ligações realizadas pela requerente

solicitando da empresa a solução do problema, a mesma

informou-lhe que enviaria um técnico para averiguar o que

estava ocorrendo, entretanto nunca compareceu nenhum técnico

em sua residência.

Vale ressaltar, que depois de todo o tempo

aguardando que empresa solucionasse o referido problema, aRequerente entrou em contato com a mesma solicitando o

cancelamento da assinatura, pois já estava a quase dois meses

pagando o que não estava usufruindo, bem como solicitou também

o ressarcimento dos valores pagos, momento em que a empresa se

recusou a ressarci-la informando-lhe que a única forma da

Requerente ter seu dinheiro de volta, era realizando a

assinatura novamente onde nas primeiras parcelas seriam

descontadas e por não ter mais interesse nos serviços da

referida empresa, a requerente não assinou nenhum contrato

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novamente, bem como não foi ressarcida dos valores pagos

indevidamente pela falta de prestação de serviço.

Ressalte-se Excelência que a Requerente JAMAISconseguiu utilizar os serviços da Requerida, razão pela qual

socorre-se ao Poder Judiciário para ver tutetalos os seus

direitos.

2.DO DIREITO

2.1 DA NECESSIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Dada a condição de consumidora e como tal,hipossuficiente em face da empresa Ré, faz-se mister a

inversão do ônus  probandi, conforme se aufere do dispositivo

consumeirista abaixo transcrito, in verbis: 

“Art. 6º.

(...)

VIII- a facilitação da defesa de seus direitos,

inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu

favor, no processo civil, quando, a critério do

juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele

hipossuficiente, segundo as regras ordinárias deexperiência.” (Destaques inovados) 

Ao tecer comentário sobre o citado inciso,

leciona Nelson Nery Jr.:

“O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor

do consumidor, sempre que for ou hipossuficiente ou

verossímil sua alegação. Trata-se de aplicação do

princípio constitucional da isonomia, pois o

consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca

e vulnerável na relação de consumo, tem de sertratado de forma diferente, a fim de que seja

alcançada a igualdade real entre os partícipes da

relação de consumo (...).” 

A jurisprudência pátria também mostra-se

pacífica no que diz respeito à inversão do ônus da prova:

ÔNUS - INVERSÃO - CABIMENTO  - Inaplicabilidade doartigo 333, I do Código de Processo Civil , em faceda prevalência do artigo 6º, VIII do Código de

Defesa do Consumidor por ser norma específica -

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Recurso não provido. (Agravo de Instrumento n.18.455-4 - São Paulo - 8ª Câmara de Direito Privado- Relator: Debatin Cardoso - 26.03.97 - V.U.)

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA  –Prestação de serviços –“ 

Disque 900”- Consumidor que não tem condições dedemonstrar que não utilizou os serviços – Necessidade da inversão da prova para que acompanhia telefônica comprove a efetiva realizaçãodas ligações –  Inteligência do art. 6°, VIII, daLei n. 8078/90( RT 758/245, 1° TACivSP , 11° Cam., Ap. 772.447-6, Rel. Juiz Maia da Cunha, j. 25-5-1998, v.u.)

Por todo o exposto, a Autora requer a

inversão do ônus da prova em seu favor, muito embora o fato

ocorrido restar devidamente demonstrado, por ser medida de

mais pura justiça.

2.2 PACTA SUNT SERVANDA.

PACTA SUNT SERVANDA  é o Princípio da Força

Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as partes nos

limites da lei. É uma regra que versa sobre a vinculação das

partes ao contrato, como se norma legal fosse, tangenciando a

imutabilidade. A expressão significa “os pactos devem ser

cumpridos”. 

Ao longo deste século, impulsionado pela

nova idéia de justiça contratual, o princípio da  pacta sunt

servanda passou por um período de transformação, ganhando um

matiz mais discreto.

GAGLIANO e PAMPLONA FILHO (2006, p. 38/39)

lecionam que o princípio da força obrigatória, manifestado

especialmente na imodificabilidade ou intangibilidade dos

termos do contrato, tornou-se um instrumento de opressãoeconômica, que no decorrer do século XX acentuou as

desigualdades sociais, facilitando a opressão do fraco pelo

forte. Assim, em época como a atual, em que os contratos

paritários cedem lugar aos contratos de adesão, a  pacta sunt

servanda é temperada por mecanismos jurídicos de regulação doequilíbrio contratual, a exemplo da teoria da imprevisão. 

Sob a égide do Código Civil, o princípio da

força obrigatória, pode ser relativizado  se o conteúdo do

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pacto divergir com os demais princípios gerais do direito

contratual. A doutrinadora VILMA MARIA INOCÊNCIO CARLI (2005,p. 48/49), preceituando a respeito desta matéria acrescenta

que:

A obrigatoriedade, todavia não é absoluta. Há quese respeitar a lei e, sobretudo, outros princípioscom os quais o da força obrigatória coexiste como oda Boa-fé, o da Legalidade, o da Igualdade, entretantos outros; afinal, os princípios gerais doDireito integram um sistema harmônico. Assim, sepode dizer que  pacta sunt servanda  é o princípiosegundo o contrato obriga as partes nos limites dalei.

Embora com menor rigidez, o princípio da

força obrigatória se faz presente no direito contratual para

dar segurança e credibilidade aos acordos. Como expõem

GAGLIANO E PAMPLONA FILHO (2006, p. 38), “de nada valeria o

negócio, se o acordo firmado entre os contraentes não tivesse

força obrigatória. Seria mero protocolo de intenções, sem

validade jurídica” .

Sem a obrigatoriedade dos contratos, não

teria segurança as relações negociais, pois a palavra dos

homens seria carente de força jurídica.

Arremata GOMES (apud  GAGLIANO e PAMPLONA

FILHO, 2006, p. 38) que ”o contrato   celebrado que seja, com

observância de todos os pressupostos e requisitos necessários

à sua validade, deve ser executado pelas partes como se suas

cláusulas fossem preceitos legais imperativos” .

Nota-se assim, após essa análise, que

embora sob a nova ótica da justiça e da igualdade, o  pacta

sunt servanda, encontra-se presente na relação contratual,dando garantias as partes do cumprimento do negócio acordado.

2.3 DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO.

O art. 421, do Código Civil expressa que:

 Art. 421: A liberdade de contratar será exercida emrazão e nos limites da função social do contrato.

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Este princípio veio ao encontro do fenômeno

da sociabilidade já presente no direito brasileiro, sob

tendências jurisprudenciais, antes mesmo de existir o Código

atual. Neste aspecto lembram GAGLIANO E PAMPLONA FILHO (2006,p. 45) que:

A socialização da idéia de contrato não é idéianova. A partir do momento em que o Estado passou aadotar uma postura mais intervencionista,abandonando o ultrapassado papel de mero expectadorda ambiência econômica, a função social do contratoganhou contornos mais específicos.

O ideal de justiça social trazido pela

Constituição Federal de 1988 serviu de diretriz para a

inclusão do princípio da função social do contrato noinstrumento civilista. Sobre esse aspecto, elucida Reale

(2003), o “pai” do atual Código Civil: 

Um dos motivos determinantes desse mandamentoresulta da Constituição de 1988, a qual, nosincisos XXII e XXIII do Art.5, salvaguarda odireito de propriedade  que “atenderá a sua funçãosocial”. Ora, a realização da função social dapropriedade somente se dará se igual princípio forestendido aos contratos, cuja conclusão e exercícionão interessa somente às partes contratantes, mas atoda a coletividade. 

No entendimento de LUIZ GUILHERME  LOUREIRO(2002, p. 52), a função social vela pela distribuição de

riquezas, pois o cumprimento do contrato não deve gerar fonte

de enriquecimento sem causa ou violar as noções de equidade.

Seu papel fundamental é assegurar a produção de riquezas e a

realização de negócios, sempre de forma a favorecer o

 progresso social, evitando o abuso do poder econômico e a

relação desigual entre os contratantes. 

Assim, ocorrendo violação aos princípios

acima explanados, a pessoa prejudicada, sendo parte ou não do

negócio,  pode pedir a intervenção do Estado para declarar a

nulidade ou ineficácia do ato, conforme o caso. Tratando-se de

terceiros prejudicados, a tutela estende-se ainda para

determinar o ressarcimento dos atos ilícitos, quando os

negócios não puderem ser mais desfeitos.

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2.4 DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO - RESTITUIÇÃO EM DOBRO DOQUE FORA COBRADO.

A repetição de indébito tem respaldo nateoria do enriquecimento sem causa, apresentando-se como

sanção da regra de que não é permitido a ninguém enriquecer

injustamente às custas de outrem.

Diante da comprovação nos autos do contrato

não cumprido pelo Requerido e do prejuízo da autora que pagou

a primeira e segunda parcela nos valores respectivamente de R$

39,95(Trinta e nove reais e noventa e cinco centavos) e R$

69,90(Sessenta e nove reais e noventa centavos), totalizando o

valor de R$ 109,85 (Cento e nove reais e oitenta e cinco

centavos) tendo direito, a Requerente, a receber a título de

REPETIÇÃO DO INDÉBIDO, o valor de R$ 219,70 (Duzentos e

dezenove reais e setenta centavos).

Assim, demonstrado estar à vantagem

indevida por parte da empresa réu e, em contrapartida, o

empobrecimento da consumidora, não se podendo olvidar a

possibilidade de ressarcimento dos valores indevidamente pagos

com a incidência da repetição do indébito.

Considerando as alegações acima, insta

destacar que a parte Autora faz jus ao pagamento em dobro

daquilo que lhe foi cobrado e pago indevidamente já que não

houve a contraprestação adimplida pela parte Requerida, de

sorte que nunca é demais lembrar o que determina o art. 42 da

Lei n. 8.078.90, do Código de Defesa do Consumidor:

 Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor

inadimplente não será exposto a ridículo, nemserá submetido a qualquer tipo deconstrangimento ou ameaça. 

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantiaindevida tem o direito à repetição do indébito, porvalor igual ao dobro do que pagou em excesso,acrescido de correção monetária e juros legais,salvo hipótese de engano justificável.

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Ressalte-se, também, o disposto no art. 876

do Código Civil de 2002, segundo o qual, constatando-se o

pagamento de valores a maior, possível a sua restituição, com

o intuito de evitar o enriquecimento ilícito.

O que fica, desde já, postulado.

2.5 DO DANO MORAL.

Em decorrência dos fatos acima expostos, a

requerente experimentou situação constrangedora, angustiante,

tendo sua moral abalada, devido ao fato de ter efetuado a

assinatura da Tv a cabo, bem como os pagamentos, ficando assim

a requerente e sua família no aguardo da prestação do serviçocontratado e não tê-lo.

Ressalte-se ainda, que a Requerente se viu

frustrada por mesmo tendo pago tudo corretamente não ter o

serviço prestado, o que por si só foi suficiente a ensejar

danos morais, até porque, cumpriu com a sua parte do contrato

firmado com o Requerido.

O certo é que até o presente momento, a

requerente permanece com o ataque a seu patrimônio, tendo em

vista a empresa Ré não ter solucionado o problema no tempo

correto, bem como após a solicitação do cancelamento da

assinatura feita pela requerente, a referida empresa se negou

a ressarcir-la da totalidade dos valores ilegalmente

recebidos, bem como informou a parte autora que a única forma

da mesma ter seu dinheiro de volta, era fazendo outra

assinatura com a empresa para que nas primeiras parcelas

fossem descontados os valores pagos, proposta esta que não é

de interesse da requerente, ficando assim sem o ressarcimentodo que lhe é de direito.

A empresa requerida atualmente está agindo

com manifesta negligência e evidente descaso com a requerente,

pois jamais poderia ter deixado de prestar os serviços

contratados, já que o mesmo sabia do seu dever de cumprir com

o pacto firmado e de ao menos ter solucionado a situação

objeto da presente ação.

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 Vale destacar a estrita relação da

dignidade do indivíduo e a função social do contrato em todas

as leis infraconstitucionais e a própria Constituição Federal

defende a observância do princípio da dignidade da pessoa

humana e sua estrita relação com a boa-fé objetiva dos

contratos, que trata do modelo ideal de conduta das partes

contratantes.

Assim, o contrato deve orientar as diversas

relações de forma a atender os princípios básicos de nossa

sociedade: a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do

trabalho e da livre iniciativa; a equidade; a solidariedade e

a produção de riquezas. Toda vez que o contrato descumprir comum desses objetivos, tem-se que ele não cumpre a sua função

social.

Não é debalde mencionar que a

obrigatoriedade de reparar o dano moral está consagrada na

Constituição Federal, precisamente em seu art. 5.º, inc. X,

donde:

“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a

imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo

dano material ou moral decorrente de sua violação ."

Ressalve-se, ainda, que a importância da

indenização vai além do caso concreto, posto que a sentença

tem alcance muito elevado, na medida em que traz consequências

ao direito e toda sociedade.

Por isso, deve haver a correspondente e

necessária exacerbação do quantum da indenização tendo em

vista a gravidade da ofensa à honra da autora; os efeitos

sancionadores da sentença só produzirão seus efeitos e

alcançarão sua finalidade se esse quantum for suficientemente

alto a ponto de apenar o banco-réu e assim coibir que outros

casos semelhantes aconteçam.

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MARIA HELENA DINIZ (Curso de Direito Civil

Brasileiro, 7º vol., 9ª ed., Saraiva), ao tratar do dano

moral, ressalva que a reparação tem sua dupla função, a penal

"constituindo uma sanção imposta ao ofensor,visando a diminuição de seu patrimônio, pelaindenização paga ao ofendido, visto que o bemjurídico da pessoa (integridade física, moral eintelectual) não poderá ser violado impunemente", ea função satisfatória ou compensatória, pois "comoo dano moral constitui um menoscabo a interessesjurídicos extrapatrimoniais, provocando sentimentosque não têm preço, a reparação pecuniária visaproporcionar ao prejudicado uma satisfação queatenue a ofensa causada."

Daí, a necessidade de observar-se ascondições da ambas as partes.

Diante do exposto acima, a Autora requer a

condenação da empresa Ré no dever de indenizar pelos danos

morais que provocou, em valor a ser arbitrado por Vossa

Excelência.

Outrossim, deve-se levar em conta, ainda, o

poder econômico do requerido e o fato de que a função

sancionadora que a indenização por dano moral busca, só

surtirá algum efeito se atingir sensivelmente o patrimônio da

empresa-réu, de forma que o impeça que a desorganização

prejudique toda a coletividade que com ela mantém relação de

consumo.

3. DO PEDIDO.

Isto posto, e fartamente comprovado o

direito da parte Autora, requer:

a)   A citação da parte requerida, noendereço descrito na exordial, paraquerendo, responder aos termos dapresente ação, sob pena de revelia;

b)   A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA EM FAVOR DACONSUMIDORA , ante a suahipossuficiência em relação ao Banco

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requerido, a verossimilhança das suasalegações conforme o Art. 6º, incisoVIII do Código de Defesa do Consumidor;

c)   A PROCEDÊNCIA DO PEDIDO para condenar oRequerido a:

I-  Ao pagamento em dobro dos valoresilegalmente pagos conforme extratos daConta bancária em anexo, no valor de R$219,70 (Duzentos e dezenove reais e setentacentavos);  com fulcro no art. 42 do CDC,devidamente corrigido monetariamente;

II-  Requer, nos termos do art. 5º daConstituição Federal, a condenação dobanco-réu no pagamento da JUSTA INDENIZAÇÃOPELOS DANOS MORAIS causados a Autora, cujovalor deverá ser arbitrado por VossaExcelência, nos termos declinados napresente petição, tendo em vista a fartalegislação e jurisprudência anteriormentecitada.

Protesta por todos os meios de prova em direito

admitidas, em especial a documental, depoimento pessoal eoitiva de testemunhas.

Dá-se à causa, para meros efeitos fiscais, o valor

de R$ 13.560,00 (Treze mil e quinhentos e sessenta reais)

Por ser de direito e da mais pura forma de

realização da JUSTIÇA , 

PEDE E ESPERA DEFERIMENTO.

Teresina(PI), 01 de Outubro de 2013.

 ___________________________________ Mishelle Coelho e Silva

 AdvogadaOAB/PI Nº 7.520

OAB/MA Nº 10.109-A