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AÇÃO DO ÁCIDO MANDÉLICO E SALICÍLICO NO TRATAMENTO DE ACNE

JUVENIL Camila Jacqueline de Oliveira¹, Renata da Silva Dias², Silvia Patrícia de Oliveira³, Neiva Cristina

Lubi4.

1. Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do

Paraná.

2. Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do

Paraná.

3. Fisioterapeuta Dermato Funcional - Professora Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do

Paraná.

4. Farmacêutica MSc. - Professora Co-Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná.

Endereço para correspondência: [email protected], [email protected]

RESUMO: A acne é uma afecção dermatológica muito comum que afeta o folículo piloso causando uma inflamação crônica, podendo afetar não só esteticamente, mas emocionalmente o indivíduo. Entre os tratamentos que a estética pode utilizar, existe a possibilidade de aplicação dos ácidos mandélico e salicílico no tratamento da acne e manchas decorrentes da mesma e tendo pouco efeito colateral. O peeling químico é um agente que promove esfoliação profunda e controlada da derme que resulta na regeneração tecidual. O acido salicílico é um beta-hidroxiacido derivado do salgueiro branco, tem função queratolítico, fungicida, bactericida, anti-inflamatório. O ácido mandélico é um alfa-hidroxiacido que deriva das amêndoas amargas, diminui concentração de corneócitos e é recomendado para tratamentos de acne, melasma, melanose e envelhecimento, com baixa ação irritativa.O objetivo deste estudo de caso é verificar a ação dos ácidos mandélico e salicílico quando associados para o tratamento da acne juvenil. Palavras-chave: Acne; Ácidos mandélico e salicílico; Tratamento. ABSTRACT: Acne is a very common dermatological condition that affects the hair follicle causing chronic inflammation, affecting not only aesthetically, but emotionally the individual. Among the cosmetic treatments that can be used, there is the possibility of applying mandelic and salicylic acids for the treatment of acne and blemishes resulting from the same and having little side effect. The chemical peel is an agent that promotes deep and controlled exfoliation of the dermis which results in tissue regeneration. Salicylic acid is a beta-hydroxyacid derived from white willow has keratolytic function, fungicide, bactericide, anti-inflammatory. The mandelic acid is an alpha-hydroxy acid that is derived from bitter almonds, reduces concentration of corneocytes and is recommended for acne treatments, melasma, melanosis and aging, low irritating effect. The objective of this study is to check the action of mandelic and salicylic acids when combined for the treatment of juvenile acne. Keywords: Acne;Mandelic and salicylic acids; Treatment.

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Introdução

A adolescência é um período de transição da infância para a fase adulta,

mudanças biológicas no organismo ocorrerão devido à liberação de hormônios,

sendo estes responsáveis por várias mudanças tanto físicas quanto emocionais no

indivíduo, e nessa fase poderá surgir lesões de acne em algumas regiões do corpo,

especialmente na face (SUDO, 2014).

Os peelings químicos geram uma destruição controlada na epiderme e, ou na

derme através das aplicações dos ácidos realizando uma regeneração celular

(GIACOMIN,2011). Para Carvalho (2006) essa renovação celular ocasionará um

afinamento na pele, auxiliando em várias alterações estéticas, como atenuar rugas

superficiais, remover comedões e reduzir discromias.

O ácido mandélico é um alfa-hidroxiacido (AHA), derivado do extrato de

amêndoas amargas, utilizado em tratamentos de acne e hiperpigmentação, quando

utilizado em acne age no processo infeccioso, combatendo e controlando novas

formações de bactérias (PINTO et al, 2011).

O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido derivado do salgueiro branco, possui

efeito quieratolítico, bactericida, anti-inflamatório, promove a redução de produção

de sebo, ajuda a reduzir comedões (KAWATA, 2011).

O objetivo deste estudo de caso é verificar a ação dos ácidos mandélico e

salicílico quando associados para o tratamento da acne juvenil.

Acne vulgar

A acne vulgar é uma das afecções da pele mais comuns da dermatologia. É

considerada uma dermatose crônica do folículo pilossebáceo, apresentando

inicialmente com presença de comedões (ZUCHETO & BRANDÃO 2011).

A acne vulgar esta presente em 80% dos adolescentes (ARAUJO et al, 2011).

Esta afecção dermatológica afeta regiões com grande quantidade de folículos

pilossebáceos, tais eles como face, tórax anterior e dorso. As glândulas sebáceas e

os queratinócitos presentes na derme aos sete anos de idade começam a ser

estimulados pelos hormônios androgênicos, ocasionando o aumento das secreções

sebáceas, que dão origem a formação de microcomedões e após lesões

inflamatórias (PANTOJA, 2014). Sabe-se que este fato ocorre pela obstrução da

saída da unidade pilossebácea, promovendo acúmulo de secreções, restos celulares

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e raramente apresenta presença de microrganismos (ZUCHETO & BRANDÃO

2011).

Fatores de aparecimento da acne vulgar Para (KAWATA, 2011) existem causas multifatoriais para o surgimento da

acne, como predisposição genética, hiperqueratinização do folículo piloso, grande

quantidade de hormônio androgênico, aumento da produção do sebo, presença de

microorganismos tais como Propionibacterium acnes e Staphylococcus epidermides.

Podendo ser também agravante para o quadro de acne, tensão emocional, ciclo

menstrual, má alimentação e uso de drogas. As lesões causadas por essa

dermatose crônica algumas vezes são mínimas e outras vezes mais evidentes

(CORAL, 2012).

Sabe-se que algumas dietas e alimentos podem favorecer a mudança no

metabolismo ocasionando aumento da proliferação da acne (COSTA; LAGE;

MOISES, 2010).

Para LOUZADA et al (2009) o fator hereditário traz grande influência na

puberdade favorecendo o surgimento da acne entre os jovens. Quando os pais

apresentaram esse tipo de afecção na juventude, maior a probabilidade dos filhos

terem na adolescência (CASTANHA, 2012).

Um dos fatores a ser considerado como uma das causas da acne é o

estresse, afeta a autoestima, a autoconfiança do adolescente podendo levá-lo a

reclusão social, causando traumas irreversíveis (CORTÊS, 2009). Quando a acne

for causada por estresse muito grande deve se tratar não somente a acne, mas o

indivíduo também se necessário, utilizando algumas técnicas de psicoterapia

auxiliando o paciente a superar essas dificuldades (CASTANHA,2012).

Classificação de graus de acne vulgar

Para ARAUJO et al (2011) a evolução da acne possui diferentes tipos,

podendo ser classificado como acne não inflamatória ou comedogênica, de grau

leve, moderado ou grave. É localizado no folículo pilossebáceos à formação de

comedões, pústulas e lesões nódulo-císticas, com agravante pode apresentar

processo inflamatório que acarreta a formação de pústulas e abscessos (AZULAY,

2008). A acne vulgar é classificada de duas formas, acne não inflamatória e acne

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inflamatória: acne não inflamatória não possui quadro inflamatório, contendo apenas

a presença de comedões, a acne inflamatória possui o quadro inflamatório que é

classificado em cinco graus de acne, é analisado conforme a lesão inflamatória, a

quantidade de acne e a intensidade que ela é acometida.

Graus de acne:

Grau I - acne comedogênica

Forma mais leve da acne, não inflamatória,

caracterizada com comedões fechados

e/ou abertos, raramente tem presença de

cicatrizes.

Grau II - acne papulopustulosa

Lesões acneicas inflamatórias, que são

denominadas como pápulas e pústulas

com presença de diversos comedões.

Grau III - acne nodulocística

Lesões maiores, mais profundas

avermelhadas,surgem devido a seborréia

presente na pele, nódulos, comedões

abertos, pústulas, pápulas, contendo

intensa lesão inflamatória que deriva a

formação de nódulos e cistos.

Grau VI - acne congloata

Há formação de abscessos e fissuras na

pele, há lesões com inflamação intensa,

relação entre dois comedões abertos sobre

a pele, classificado como comedões

duplos, pápulas, pústulas e cistos.

Grau V - acne fulminans

Forma infecciosa e sistêmica da acne, rara

e grave, pode haver pápulas, pústulas e

nódulos que evoluem para úlceras, mais

comum no sexo masculino. Em alguns

caso pode haver dor, necrose e quadro

clínico inflamatório causando febre local. Fonte: Adaptado de Rotta (2008) e Manfrinato (2009).

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Tratamento para acne A estética possui diversos recursos para tratar a acne, considerada uma das

afecções da pele mais comuns. O tecnólogo em estética e cosmética deve possuir o

conhecimento adequado não só para tratar a acne, mas também as manchas e

cicatrizes decorrentes da mesma. Um dos recursos mais utilizados e com bons

resultados é o peeling químico.

Peeling

Consiste em um procedimento que resulta na renovação celular, promovendo

ação inflamatória no tecido, com o uso acontece o aumento da síntese de colágeno

e por fim melhorando o aspecto cutâneo pela reparação tecidual (PINTO et al,

2011).

Peeling químico

Sabe-se que o peeling químico é um agente que promove uma esfoliação

profunda controlada conhecida também como quimioesfoliação ou dermopeeling,

resultando descamação da derme e epiderme para regeneração do tecido (JAHARA,

2006; REBELLO & BEZERRA, 1996).

Podem ser aplicadas na face com lesões de doenças de pele como a acne,

melasma, verrugas, também tem finalidade no tratamento para rejuvenescimento

melhorando sua textura e cor (DALLABRIDA & CONCEIÇÃO, 2012; REBELLO &

BEZERRA, 1996).

A profundidade para permeação do ácido depende da quantidade,

concentração e o PH do ativo (PINTO et al, 2011).

Os cosméticos que são usados nos peelings podem ser encontrados em

forma de gel, creme, loção alcoólica, pó ou microgrânulos (PINTO et al, 2011).

As contra indicações dos peelings químicos são a utilização em ferimentos,

cicatrizes de pós-operatório recente, herpes zoster, alergia aos ácidos, exposição ao

sol durante ao tratamento para evitar manchas (PEREIRA, 2013; MENÊ et al, 2012).

Para Guerra et al (2013) é contra indicadonos casos de má utilização de

fotoproteção, casos de gravidez, estresse ou escoriações neuróticas. Uso de

isotretinoina oral menos de seis meses, cicatrização deficiente, quadro de

hiperpigmentação permanente.

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Ácido salicílico

Segundo (SUDO,2014) o ácido salicílico possui efeito bactericida, fungicida,

queratolítico, antimicrobiano e anti-inflamatório, por sua vez ao possuir ação

queratolítica promove redução na produção de sebo, sabe-se que contémfacilidade

de permeação no folículo pilossebáceo por possuir característica lipofílica tornando

eficaz no tratamento contra lesões e comedões. Kawata (2011) ressalta que o ácido

salicílico é um beta-hidroxiácido derivado do salgueiro branco (Salix alba), usado

com concentração de no máximo 20% e de 10% para tratamentos em acne, na

estética.

Esse produto causa descamação do tecido e melhora processos

inflamatórios, sua ação pode ser utilizada como tratamento alternativo para

pacientes com pele sensíveis que não podem usar a tretinoína (DALLABRIDA &

CONCEIÇÃO, 2012).

O ácido salicílico pode ser solúvel em água, mas sua solubilidade é melhor

em éter e etanol. Por ter propriedades queratolíticas é mais utilizada isoladamente

de forma tópica ou soluções para peeling (PINTO et al, 2011).

A concentração segundo JAHARA (2006) varia entre 1 a 20%, veículos para

aplicação do ácido são géis, loções alcoólicas ou pomadas.

Contra indicações para a utilização do ácido salicílico é a aplicação em

cicatrizes muito recentes, alergia ao ácido, depilação recente, dermatites, urticárias,

tratamento com outros ácidos e laser (SILVA, 2014).

Ácido Mandélico

O ácido Mandélico é um Alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de

amêndoas amarga, estudos mostram sua eficácia em alguns tratamentos da pele

como fotoenvelhecimento, hiperpigmentação e acne.Os AHAs têm ação de diminuir

a concentração dos corneócitos no estrato córneo da epiderme, agindo na

renovação celular fazendo a pele ficar mais fina e com maior permeabilidade a

outros ativos (PINTO et al, 2011).

Os AHAs são recomendados para tratamentos de rugas finas, lesões

acneicas, melasma, melanose, efélides, acnes, hiperpigmentação,

fotoenvelhecimento e queratoses (SOUZA, ANTUNES JUNIOR, 2006). Tem grande

ação umectante fazendo aumentar a retenção de água na pele ajudando na

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hidratação (PINTO et al, 2011). Auxilia no processo infeccioso da acne, ajuda a

combater e a prevenir a proliferação de novas bactérias, estimula o processo de

cicatrização, auxiliando também nos casos de tratamento para manchas existentes

(SILVA, 2012).

Entre todos os AHAs o ácido Mandélico é o que possui maior peso molecular,

significando que seu processo de absorção é mais lento, uniformiza e minimiza a

ação que outros ácidos podem causar em suas utilizações (PINTO et al, 2011).

Sua aplicação também mostra ser menos irritativa quando comparado a

outros ácidos conhecidos. Tem resultados satisfatórios para tratamentos de

rejuvenescimento de peles com fototipos elevados, agirá no processo infeccioso da

acne, combatendo as bactérias já existentes e não permitindo a proliferação de

novas bactérias (PINTO et al, 2011).

Após a aplicação pode levar de 5 a 10 minutos para agir dependendo da

espessura da pele, sendo o eritema a primeira reação, após ardência que

determinará a epidermólise, podendo ser profundo ou superficial isso vai depender

do tempo de exposição ao ácido (PERSSONELLE, 2004). Quando aplicado o alfa-

hidroxiácido em peles sensíveis pode ocasionar sensação de formigamento,

ardência ou até irritação (GIACOMIN, 2011).

Metodologia

O trabalho realizado foi um estudo de caso prático, em um adolescente de 14

anos do gênero masculino, 1,74 de altura, 65 kg, pratica capoeira duas vezes na

semana, apresentando acne grau II presença de comedões, pápulas e pústulas,

com surgimento inicial do quadro acneico no segundo semestre de 2013 e

permanecendo até o presente momento não foi realizado nenhum tratamento clínico

ou medicamentoso, apenas uso de cosméticos para controle da acne.

Na fase inicial do tratamento foi realizado limpeza de pele sem

intercorrências, após sete dias iniciou-se a higienização da pele com sabonete

liquido neutro facial e posterior aplicação do peeling químico de salicílico mais

mandélico, concentração 10%, pH 3,5.

A sequência desse tratamento foi duas vezes semanal por vinte minutos,

retirando com água e aplicação de fotoprotetor fator 50, fluído, toque seco.

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O peeling foi realizado da seguinte forma: região frontal da glabela para as

têmporas, lateral para o centro, nariz, mento e região supra mandibular, e realizado

nove aplicações, o paciente referiu ardência e desconforto inicial após aplicação não

relatou nenhuma queixa. A pele não apresentou sinais de vermelhidão, edema ou

qualquer outra alteração.

Os recursos de pesquisa utilizados foram artigos científicos e referências

bibliográficas, dos anos de 1995 à 2011.

Discussão

O tratamento de acne tem função de melhorar a autoestima, relacionamento e

aparência do indivíduo (BACCOLI et al, 2015). Devido a todos os transtornos que

essa afecção pode causar ao paciente é indicado fazer um acompanhamento para

superar as dificuldades que essa afecção poderá acarretar (CASTANHA, 2012).

Para (SILVA et al, 2014) o ácido salicílico possui baixa existência de

complicações, pois não tem potência suficiente para ação de peeling químico sendo

usado sozinho, devido a isso agirá superficialmente.

É um produto volátil, segundo (FONSECA, 2014) a evaporação do ácido

salicílico é rápida não permitindo penetração profunda do ácido. Corroborando com

a literatura confirma-se o esbranquiçamento da face pela precipitação do sal e não

pelo efeito frost.

A aplicação do ácido promove ardor tolerável, cerca de 3 minutos após esse

período tem ação de hipoestasia, corroborando com os autores acima, nesse

trabalho também foi relatado essas alterações, para (FONSECA, 2014) e (JAHARA,

2006) a aplicação do ácido não pode ser áreas muito extensas, pois possui ação de

salicilismo na apresentação líquida.

A associação entre o ácido salicílico e o ácido mandélico traz benefícios para

a pele pela ação lenta e uniforme do ácido mandélico, ideal para peles sensíveis, e a

penetração rápida do ácido salicílico agindo na prevenção da pigmentação pós-

inflamatória. Essa junção é indicada para tratamentos de acne, cicatrizes pós-acne e

discromias, podendo ser também utilizado no melasma. Sabe-se que a combinação

entre esses dois ácidos é efetiva no tratamento de acne ativa e hiperpigmentação

com poucos efeitos colaterais (YOKOMIZO et al, 2013).

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Conclusão

A acne é uma alteração que afeta principalmente adolescentes. A análise

desse estudo demonstrou que a acne pode ser controlada assim que descoberta a

causa do quadro acneico, seja o tipo de acne hormonal, por stress, medicamentosa

ou qualquer outra, o tratamento estético só será eficaz com tratamento conjunto com

dermatologista em graus avançados. Verificou-se que o uso combinado do ácido

salicílico e mandélico foram efetivos para o controle da acne ativa através do efeito

queratolítico do ácido salicílico, observou-se afinamento da pele e controle

seborreico , e através do clareamento e uniformização da textura da pele

proporcionado pelo ácido mandélico, obteve-se resposta nas hipercromias pós

inflamatórias.

Sugere-se para os futuros tratamentos estéticos em acne, que o uso

combinado dos ácidos sejam realizados, mediante avaliação e devidas precauções

com relação aos cuidados e complicações para assim obter bons resultados.

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