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CADEIA PRODUTIVADO AÇAÍ NO

ESTADO DO AMAZONAS

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Carlos Eduardo de Souza BragaGovernador do Estado Amazonas

Virgílio Maurício VianaSecretário de Estado do

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Comissão organizadora daI Conferência Estadual das Populações Tradicionais

do AmazonasCoordenador

Francisco Ademar da Silva CruzSecretário Executivo Adjunto de Extrativismo

Secretário ExecutivoMarcelo Marquesini

ColaboradoresAdevaldo Dias da Costa

SEAE/SDS

Aguimar Simões VasconcelosAg.de Florestas/SDS

Ana Paula CardosoAg. de Florestas/SDS

José Max DiasAg. de Florestas/SDS

Karina Ladeira VilarAg. de Florestas/SDS

Marcelo CortezSEAE/SDS

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Manaus • 2005

Governo do Estado do Amazonas

CADEIA PRODUTIVADO AÇAÍ NO

ESTADO DO AMAZONAS

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TextoMário Menezes

Marcos Roberto PinheiroAna Cíntia Guazzelli

Fábio Martins

RevisãoAdemar Cruz (SDS)Rita Menquita (SDS)

Projeto Gráfico e EditoraçãoÁttema Design Editorial

Marcos Roberto Pinheiro

MapasIPAAM/SDS

Laboratório de Geoprocessamento

Ficha Catalográfica elaborada por Maria Edna Freitas da Costa CRB/11-104

Copyright © SDS-2005

A479 AMAZONAS, Governo do Estado.Cadeia produtiva do açaí no estado do Amazonas / Mário Menezes,Marcos Roberto Pinheiro, Ana Cíntia Guazzell e Fábio Martins. -Manaus: SDS, 2005. Série Técnica Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável, 1.32p.; il.

1. Produtos da Floresta - Açai - Amazonas. I. Título. II. Série. CDU: 630.8 (811.3)

Este conteúdo foi organizado a partir dos resultados daI Conferência Estadual das Populações Tradicionais do Amazonas,

realizada de 08 a 11 de novembro de 2004,na cidade de Manaus, Amazonas

Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo daSecretaria de Estado do Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentável (SDS)

Rua Recife, 3280 - Parque Dez - Manaus - AM - CEP 69.050-030(92) 3643.2316 - [email protected]

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Sumário

Apresentação ........................................................................7

1. Introdução ......................................................................9

2. Áreas de produção de açaí no estado .......................... 11

3. Número de famílias envolvidas na produção ................ 20

4. Produção atual e potencial (por ano) ........................... 20

5. Renda média das famílias/participação doproduto na renda familiar ............................................. 21

6. Processamento do produto ......................................... 22

7. Possibilidades de maior verticalizaçãoda produção nas comunidades/município .................... 22

8. Organização da produção ........................................... 23

9. Principais mercados alcançados................................. 23

10. Formas de comercialização ........................................ 23

11. Instituições/projetos que atuam nosprincipais municípios produtores ................................. 23

12. Principais gargalos da cadeia produtiva ealternativas para sua superação,segundo a bibliografia ................................................. 24

13. Principais problemas da cadeia produtiva ealternativas para sua superação, segundo aI Conferência das Populações Tradicionais. ................ 25

14. Debate ........................................................................ 28

15. Instâncias e documentos consultados .......................... 31

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CADEIA PRODUTIVA DO AÇAÍ

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Apresentação

A I Conferência Estadual das Populações Tradicionais doAmazonas foi realizada no período de 8 a 11 de novembro de2004, com o objetivo de viabilizar a participação dostrabalhadores extrativistas na construção de um programaestratégico de desenvolvimento para o setor extrativista doestado, no âmbito do Programa Zona Franca Verde.

Do evento participaram em torno de 250 pessoas, entretrabalhadores, comerciantes, funcionários públicos (estaduaise municipais), técnicos e pesquisadores, representando 38 dos62 municípios amazonenses.

Dois temas centrais dominaram a Conferência: a cadeiaprodutiva de produtos extrativos e a proposta formulada pelaSDS para conservação da biodiversidade no estado. Subsídiossobre esses temas foram apresentados aos participantes,através de documentos básicos elaborados pela SecretariaExecutiva Adjunta de Extrativismo e pelo Departamento deProjetos Especiais da SDS.

A metodologia das atividades desenvolvidas durante o encontrose constituiu de palestras de representantes das comunidadesextrativistas, órgãos públicos e ONGs ambientalistas e deassessoria técnica, e de grupos de trabalho reunidos em doismomentos. Um primeiro conjunto de grupos, divididos porproduto extrativo, discutiu e propôs sobre a cadeia produtiva doaçaí, borracha, castanha, fibras vegetais extrativas, madeira,óleos extrativos vegetais e pesca; o segundo, organizado porsub-região, analisou as áreas propostas para conservação da

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biodiversidade nas sub-regiões de alto Solimões-Japurá, Juruá,médio Solimões, Purus, Madeira, baixo Amazonas e rio Negro.

A I Conferência Estadual das Populações Tradicionais doAmazonas é mais um resultado da parceria da SDS com oMinistério do Meio Ambiente e o WWF-Brasil, que muitocontribuíram para a realização e êxito do evento. Os Cadernosdo Extrativismo têm o objetivo de apresentar os resultados destaprimeira conferência e, principalmente, o conteúdo discutido nosgrupos de trabalho sobre as cadeias produtivas extrativistas.

Virgílio Maurício Viana

Secretário de Estado doMeio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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1. IntroduçãoO açaizeiro é palmeira de ampla distribuição no Amazonas e naAmazônia, constituindo produto de grande relevância sócio-ambiental e econômica para a região. Duas espécies dapalmeira predominam na floresta: o açaí de touceira (Euterpeoleracea), adaptado às condições das várzeas, concentrando-se no estuário amazônico, nos estados do Pará e Amapá, e ode terra-firme (Euterpe precatoria), prevalecente no Amazonase demais estados. Rico em antioxidantes e aminoácidos, o açaíé tido como uma das frutas mais nutritivas da Bacia Amazônica.Essa característica, descoberta nos anos recentes por adeptosde dietas à base de produtos naturais e mais saudáveis e pordesportistas, inclusive do exterior, vem fazendo crescer oconsumo do produto para além da fronteira amazônica econsolidando perspectivas promissoras nos mercados nacionale internacional, atraindo o interesse de produtores e empresáriospelo seu cultivo. Atualmente, a produção anual de açaí é de 132mil toneladas de frutos, conforme o IBGE, mas há dados emdiscussão que apontam para um consumo nacional de cerca de180 mil toneladas por ano (1).

Mesmo em plantios comerciais, o açaí tem se mostrado umacultura rústica, livre de problemas fitossanitários. Presta-se àexploração nas várzeas periodicamente inundáveis, onde umplantio com concentração de 400 plantas por hectare chega aproduzir 15 toneladas de frutos por ano. Também pode sercultivado em terra-firme, desenvolvendo-se bem em solos dediversas texturas, variando do bastante argiloso ao areno-argiloso.

A industrialização do açaí apresenta-se promissora, em vistade sua produção sazonal e alta perecibilidade, não podendoser conservado in natura. A polpa congelada e o produto em pópermitem tornar o açaí disponível no mercado durante o ano todo,aumentando seu consumo e melhorando a qualidade de vidadas famílias produtoras.

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Comparado aos outros estados do norte, o estado do Amazonaspossui uma pequena produção. O açaí tem grande importânciacomo produto de consumo local (alimentação básica dapopulação) e para pequenas indústrias, com potencial bastantesignificativo, segundo os especialistas, para ser produzido emmaior escala e alcançar os mercados consumidores, crescentesdentro e fora da Amazônia e do Brasil.

Segundo relatos dos produtores na I Conferência de PopulaçõesTradicionais, o potencial da produção do açaí no estado é muitogrande. Estima-se que a produção no Amazonas, no ano de2004, atinja 7.000 toneladas; também se estima que o consumoatual em Manaus é cerca de 5.000 t/ano e o consumo potencial,para o mesmo local, é de 10.000 t/ano.

Praticamente toda a produção do açaí é extrativista. Cerca de98% do açaí produzido vêm da floresta (Euterpe precatoria) esomente 2% vêm de plantios mistos (Euterpe precatoria eEuterpe oleracea) (I CEPTAM, 2004). Além disso, a produçãovai de janeiro a dezembro devido a grande variação da épocade produção das palmeiras de açaís. Por exemplo, a coleta deaçaí-do-amazonas (Euterpe precatoria) ocorre de dezembro ajunho, já a coleta de açaí-do-pará (Euterpe oleracea) ocorre dejulho a novembro.

A capacidade produtiva também varia entre as palmeiras deaçaí, a produtividade do açaí-do-amazonas (Euterpe precatoria)em área nativa, com cerca de 50 a 100 plantas de açaí/ha,podem produzir 900 a 2.000 kg/de frutos/ha/ano. Com boaspráticas de manejo, com 200 a 500 plantas de açaí/ha podechegar a produzir 6.000 a 10.000 kg de frutos/ha/ano.

Já a produtividade do açaí-do-pará (Euterpe oleracea) emplantio planejado, em condições adequadas (calagem,adubação, desbaste de perfilhos e controle de ervas daninhas),utilizando espaçamento de 5m x 5m ou 4m x 5m, com 300 a 500plantas/ha, pode-se produzir 6.000 a 12.000 t/ha/ano.

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2. Áreas de produção de açaí no estadoSabidamente, a ocorrência de açaí no Amazonas tem grandeamplitude, mas, segundo o IBGE, 28 dos 62 municípiosamazonenses podem ser considerados produtores (Mapa 1). Osmunicípios amazonenses que mais produziram açaí, em 2002,foram (em ordem decrescente): Manicoré (284 t), Manacapuru (184t), Jutaí (150 t), Codajás (141 t) e Fonte Boa (103 t), que, juntos,respondem por mais de 75% da produção estadual, equivalente a1.103 toneladas naquele ano (Tabela 1). Muito embora a produçãodo Estado não tenha alcançado 1% da produção regional anual,de 125.726 t, em 2002, cuja liderança cabe ao Pará, com mais de95% do volume produzido, o Amazonas teve sua produçãoaumentada em mais de 10.000% na última década, passando de10 t, em 1993, para 1.103 t, em 2002.

Para pesquisadores e técnicos que trabalham com açaí, noentanto, os dados do IBGE estão subestimados. Reunidos emuma oficina programada pela Secretaria Executiva Adjunta deExtrativismo (SEAE) para discutirem a cadeia produtiva do açaíe outros produtos extrativistas, no dia 03 de agosto de 2004,eles asseguraram que Codajás, Anori e Anamã formam osprincipais núcleos (pólos) produtores do Estado, que podem serexpandidos para Caapiranga e Manacapuru.

Ainda para o grupo de pesquisadores e técnicos, os dados doIBGE indicam que Manicoré é o principal produtor, mas seuescoamento depende da BR 319, o que é problemático. FonteBoa e Jutaí carecem de diagnóstico para futuro investimento(Mapa 2).

Na opinião dos participantes da I Conferência de PopulaçõesTradicionais a produção registrada pelo IBGE é subestimada.Nela, não constam dados da zona rural de Manaus (= 300 t/ano),Iranduba (= 200 t/ano), Caapiranga (= 200t/ano) e Anori (= 100 t/ano).

Complementando o principal pólo produtor de açaí no Estado,formado pelos municípios de Codajás, Anori, Anamã,

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Caapiranga e Manacapuru (sugerido na oficina da SEAE, deagosto/2004), pode-se incluir Iranduba e a zona rural de Manaus.Esse pólo tem em comum o mercado de Manaus, abrangendoas calhas dos rios Solimões e Negro. Além desse pólo, foramidentificados outros dois de produção na calha do alto Solimões-Japurá: o pólo de Fonte Boa e o pólo de Tabatinga e seusmunicípios vizinhos.

O pólo de Fonte Boa, cuja produção atual destina-se ao mercadolocal, tem potencial para exportar para o mercado regional enacional. Um entreposto para beneficiar o açaí poderia serimplantado e favorecer o escoamento da produção excedente.A produção atual é de 300 sacos/mês na safra (março a julho).Possui potencial de triplicar a produção (900 sacos/mês nasafra). Envolve, aproximadamente, 45 famílias. Necessita demercado e pode ser interligada ao pólo de Codajás. A alternativalocal é ampliar o mercado pela inclusão do açaí na merendaescolar, tanto nas escolas da sede do município, como nasescolas das comunidades rurais. A vigilância sanitária domunicípio deve garantir padronização e qualidade do produto.

O pólo de Tabatinga já possui uma micro-processadora de açaícom capacidade de até 400 litros/dia. A produção de Tabatingaé destinada ao consumo local e exportada para a Colômbia(Letícia e Bogotá). A média de produção atual é de 100 litros/dia/safra (janeiro – junho). Possui potencial para 48.000 litros/safra. Os produtores estão em processo de organização emassociação, envolvendo 30 famílias, para padronizar a produção,garantir a qualidade que o consumidor exige, garantir preço eatender a demanda de mercado da Colômbia e também omercado nacional (a estratégia é aproveitar o transporte fluvialde retorno). Preço atual: R$ 1,00 a R$ 1,50 por litro. Os principaisproblemas encontrados foram:

- Dificuldade de organização dos produtores;- Padronização da produção de polpa;- Cuidados de higiene no beneficiamento, para evitar a

contaminação – principalmente, por coliformes fecais;

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Tabela 1 – Produção de Açaí no Brasil e Municípios Estado do Amazonas (em toneladas de frutos)

Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Brasil 120.795 116.559 124.555 85.286 98.857108.922 111.438 100.214 119.074 116.132 121.800 123.135 131.958

Norte 116.766 112.605 120.751 81.813 95.545106.000 106.376 94.888 113.757 110.895 115.864 116.927 125.726

Nordeste 4.030 3.954 3.804 3.473 3.311 2.922 5.058 5.189 5.182 5.237 5.936 6.208 6.233

Sudeste - - - - - - 4 125 130 - - - -

Centro-Oeste - - - - - - - 12 5 - - - -

Amazonas - - - 10 58 64 619 769 875 887 932 1.003 1.103

Alvarães - - - - - - 22 23 25 25 27 29 31

Amaturá - - - - - - 1 1 1 1 1 1 1

Anamã - - - - - - 3 3 3 3 4 4 4

Anori - - - - - - 0 0 0 0 0 0 0

Atalaia do Norte - - - - - - 5 7 8 8 8 8 9

Autazes - - - - - - 1 2 2 2 2 2 3

Barcelos - - - - - - 8 10 11 11 11 12 13

Barreirinha - - - - - - 4 6 6 6 7 7 8

Beruri - - - - - - 3 6 6 6 7 7 8

Borba - - - - - - 1 2 2 2 2 2 2

Codajás - - - - - - 95 101 114 115 120 128 141

Eirunepé - - - - - - 2 2 2 2 2 2 2

Fonte Boa - - - - - - 69 72 82 83 88 94 103

Guajará - - - 5 53 59 - - - - - - -

Ipixuna - - - 4 5 5 - - - - - - -

Itacoatiara - - - - - - 12 13 14 15 15 16 18

Jutaí - - - - - - 101 108 121 122 129 136 150

Lábrea - - - - - - 27 35 40 40 42 44 49

Manacapuru - - - - - - 118 130 149 151 159 167 184

Manaquiri - - - - - - 18 19 22 22 23 25 27

Manicoré - - - - - - 101 198 228 231 243 259 284

Parintins - - - - - - 4 4 5 5 5 5 6

Santo Antônio do Içá - - - - - - 1 - - - - - -

São Gabrielda Cachoeira - - - - - - - 1 1 1 1 1 2

Tabatinga - - - - - - 3 3 7 7 8 8 9

Tapauá - - - - - - 3 3 3 3 4 17 19

Tefé - - - - - - 12 13 15 15 16 17 19

Tonantins - - - - - - 5 6 7 7 7 8 9

Fonte: IBGE - Produção Extrativa Vegetal, 2002.

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- Padronização e aquisição de novos equipamentos parabeneficiar o açaí;

- Necessidade da vigilância sanitária no município, paragarantir a padronização e qualidade do produto e preçojusto aos produtores que atendem às condições dequalidade e pureza.

Para os participantes da I Conferência de PopulaçõesTradicionais, a produção de Manicoré não depende totalmenteda BR 319. O escoamento da produção in natura (caroço) éfeito via fluvial para Manaus e Porto Velho, num percurso quedura cerca de 24 horas. A produção apresenta potencial dequadruplicar as atuais 284 t/ano (IBGE, 2002), de acordo comárea geográfica de ocorrência de açaí natural no município einiciativas de plantios consorciados com a castanha e a seringa.Para atingir esse objetivo, os extrativistas necessitam de apoiodo poder público e das ONGs para organizarem a produção ebeneficiarem o açaí na sede do município.

O pólo de Guajará e municípios vizinhos, na calha do rio Juruá,onde de 15 a 30 famílias estão envolvidas. A produção estimadaé de 66 t/ano (IBGE, 2002), porém as informações sobre aprodução de açaí neste município não são atualizadas. O destinoda produção é o mercado local e Cruzeiro do Sul-AC. Osprincipais problemas levantados foram:

- Dificuldade de transporte, do local de coleta até obeneficiamento e até o mercado consumidor (Acre), devidoà prioridade de transporte ser destinada à produçãoagrícola - de farinha “padrão Cruzeiro do Sul”;

- Padronização e qualidade no beneficiamento;- Organização dos produtores, que também são produtores

de farinha. O açaí é uma alternativa de renda ao sistemade “patrão-aviadores” da farinha de Cruzeiro do Sul.

Os participantes também informaram que a calha do Purus temgrande potencial para o extrativismo do açaí. Relacionaram oaçaí como um dos produtos que merecem ser incentivados, afim de garantir a manutenção das UCs e enfrentar o avanço da

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pecuária e da soja na região. Atualmente, a produção é baixa eo envolvimento das famílias também; parte da produção écomercializada no local e parte é exportada para Rio Branco-AC. Não souberam informar a produção e a quantidade defamílias envolvidas com a produção atual.

A extração de açaí nas calhas do rio Negro e médio Solimõesenvolve cerca de 430 famílias, não havendo estatísticaatualizada. A produção é estimada em 1.000 t/ano, tendo Manauscomo mercado principal. A safra é curta: de fevereiro a abril. Aprincipal via de transporte do açaí em caroço é fluvial (sai doporto da comunidade, direto para os diferentes portos deManaus, até as feiras e mercados), processo que dificulta aestatística oficial. Estima-se uma demanda de 5.000 t/ano deaçaí em Manaus.

O preço da saca de 50 kg de açaí em caroço varia de R$ 10,00a R$ 40,00. Nas feiras e mercados, o preço da polpa (vinho) doaçaí varia de R$ l,00 a R$ 2,50 o litro. Nas lanchonetes deManaus, o preço da cuia do açaí (300-350 ml) varia de R$ 2,00a R$ 3,50.

A população tradicional extrativista dessa micro-região tem umaampla relação com o mercado consumidor de Manaus e compõea sua renda familiar com produtos da floresta e produtoscultivados. Os principais problemas levantados foram:

- Manejo inadequado na coleta, embalagem e transporte,gerando perda de produção durante a coleta e fermentaçãodos frutos pelas embalagens inadequadas e manuseiodurante o transporte;

- Falta de assistência técnica para o manejo de açaí nativoe o plantio de açaí;

- A região apresenta alto potencial para aumentar a produçãoextrativista e também de plantio em terra-firme paragarantir a produção o ano todo. Entretanto, falta assistênciatécnica para o manejo de açaí nativo e o plantio de açaí; eas agências de fomento e financiamento têm poucaexperiência em atender a demanda de produtos extrativos.

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Nesse contexto, a área de produção das calhas do alto Solimõese Japurá é responsável por 65% do açaí no Amazonas, seguidada calha do médio Solimões (10%), do Madeira (5%) e do rioNegro e médio Solimões (5%).

O armazenamento do açaí depois de beneficiado, que é feito afrio, foi um dos principais problemas encontrados em todas asregiões, fato que dificulta a ampliação do mercado desseproduto, bem como torná-lo alternativa de renda para aspopulações extrativistas.

3. Número de famílias envolvidas na produçãoPólo de Codajás, alto Solimões Japurá = 700 famíliasPólo de Tabatinga, alto Solimões Japurá = 30 famíliasPólo de Fonte Boa, alto Solimões Japurá = 45 famíliasCalha do rio Madeira = 100 famíliasCalha do Juruá (Guajará-Ipixuna ) = 15 famíliasCalha do rio Negro = 230 famíliasCalha do médio Solimões = 200 famíliasCalha do rio Purus = 30 famíliasTotal = 1.350 famílias

4. Produção atual e potencial (por ano)Os números disponíveis sobre a produção atual de açaí noAmazonas são os do IBGE, da ordem de 1.100 toneladas, em2002 (Tabela 1), que técnicos e especialistas consideramsubestimados. Para esse grupo, a produção potencial dependede investimentos (2). Nos últimos anos, a produção no estadotem crescido de forma muito significativa, saindo de pouco maisde 60 t, em 1995, para as 1.100 t em 2002 (Gráfico 1).

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5. Renda média das famílias/participação doproduto na renda familiar

Tabela 1. Indicadores de Renda nos Principais Municípios Produtores de Açaí.

Município Renda per Proporção decapita/mês Variação pobres Variação

(R$) (%) (%) (%)

1991 2000 1991 2000

Manicoré 81,90 70,26 -14,21 70,78 74,94 +5,87

Manacapuru 102,98 101,23 -1,69 58,27 64,18 +10,14

Jutaí 74,41 60,79 -18,30 67,56 83,59 +23,72

Codajás 134,70 70,90 -47,36 67,22 79,83 +18,75

Fonte Boa 82,58 44,09 -46,60 70,83 86,97 +22,78

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil.

Obs.: para cálculo da renda média familiar, considera-se que uma família no

meio rural do Amazonas é composta por cinco membros.

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Não há informações disponíveis sobre a participação do açaína renda familiar. Dados do IBGE indicam que o valor daprodução de açaí no estado subiu de R$ 5 mil, em 1994, paraR$ 632 mil, em 2002. Um salto, que, evidentemente,acompanhou o grande aumento da produção no período, masque evidencia o baixo preço que o produtor está conseguindopelo produto: menos de R$ 0,60 por quilo do fruto (a produção,em 2002, foi de 1.103 toneladas). Certamente, reflexos dessasituação estão atingindo a renda das famílias produtoras de açaí,que em grande medida ainda dependem da intermediação paracomercializar seu produto.

Os participantes da I Conferência de Populações Tradicionaisestimam que a safra do açaí no estado do Amazonas, durante 6meses do ano, a média da participação do açaí na renda familiaré de 38%.

6. Processamento do produtoEm geral, o açaí sai das comunidades em grão, o que limita seuacesso ao mercado de Manaus. Codajás conta com indústrianova financiada pela SUFRAMA, com assessoria da Campo,empresa executora do Projeto Revitalização da CadeiaProdutiva do Açaí desenvolvido pela SUFRAMA.

A SUFRAMA tem informações não oficiais sobre a existência deembarcações paraenses que compram açaí no Amazonas paracomercializar em Belém. É provável que essas embarcaçõesprocessem o produto durante a viagem até Belém (2).

7. Possibilidades de maior verticalização daprodução nas comunidades/municípioA verticalização da produção de açaí depende de investimentose organização. O projeto da Suframa, de implantação deindústria e apoio à organização da produção de açaí, emCodajás, executado pela empresa Campo, mostra um caminho

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que poderia ser seguido para o desenvolvimento da atividadeem outros municípios (2).

8. Organização da produçãoEm Codajás, a SUFRAMA, através da Campo, organizoualgumas comunidades para atender à industria. O Sebraecomeça a fazer esse trabalho em Anori. A educação dascomunidades para permitir sua organização autônoma éessencial em qualquer esforço de expansão das cadeias deprodução-comercialização. Com o açaí não é diferente (2).

9. Principais mercados alcançadosLocal, subsistência, Manaus, Belém e exportação (2).

10. Formas de comercializaçãoPrincipalmente intermediação.

11. Instituições/projetos que atuam nosprincipais municípios produtores (4)

- Manicoré: CNS, CAAM, IBAMA, CNPT, IPAAM, ResexCapanã Grande (4).

- Manacapuru: Reserva do Piranha, Reserva Ecológica,Projeto Pira (protege os lagos), Ecovida.

- Jutaí: sem informação.- Codajás: Petrobras, associações comunitárias,

financiamentos de projetos pelo BASA/BANCO DOBRASIL, com o apoio do IDAM.

- Fonte Boa: sem informação.

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12. Principais gargalos da cadeia produtiva ealternativas para sua superação, segundo abibliografia (2) (5) (6)

Gargalo- Dificuldades de escoamento da produção.- Inexistência de organização da produção.- Comercialização do produto em grão.- Pouca produção e baixa qualidade do produto.- Falta de informações sobre as áreas de produção.

Alternativa- Implantação de entrepostos e meios de transporte

adequados.- Apoio à organização comunitária e municipal via

capacitação para adoção de boas práticas, desde a coletaaté o mercado.

- Implantação de indústrias e pré-processamento.- Adoção de Arranjos Produtivos Locais-APL (ex. da

Sambazon-Saving and Managing the Brazilian Amazon,no município de Igarapé-Miri-Pará).

- Manejo dos açaizais e plantios (agroflorestais) comgermoplasma de boa qualidade.

- Diagnóstico nos municípios produtores (principalmente,Jutaí, Fonte Boa e Manicoré).

A listagem de gargalos e de alternativas para superá-los incluitópicos de quase todos os segmentos da cadeia de produção/comercialização de açaí, o que evidencia o pouco conhecimentosobre o produto e o grande esforço que será necessário fazerpara apoiar a proposta de Suframa/Campo e expandi-la para onúcleo de produção sugerido. Expandir esse processo para oJuruá exigirá maiores investimentos ainda, já que a região émenos desenvolvida e, portanto, menos preparada para iniciara expansão (2).

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Observações:1. A friagem (fenômeno que acontece no Amazonas) ocasiona

a secagem do fruto no pé.2. Há necessidade de melhoramento da qualidade da planta,

para aumentar a produção do açaí cultivado.3. Para o escoamento do açaí beneficiado, é necessário o

armazenamento a frio. A exigência de resfriamento sugereum entreposto de maior escala em cada município-pólo,para atender a produção de açaí beneficiado nascomunidades ou nos municípios vizinhos, pelos micro-processadores locais. A armazenagem adequada garantea qualidade do produto até o mercado consumidor.

4. Na opinião da maioria dos membros do grupo, a produçãodos açaizais nativos não é suficiente para atender àdemanda dos mercados nacional e internacional, sendonecessário o seu cultivo para garantir a oferta de açaí nosmercados regional, nacional e internacional.

13. Principais problemas da cadeia produtiva ealternativas para sua superação, segundo a IConferência das Populações Tradicionais.Problemas

- Perda de frutos durante a queda do cacho e contaminaçãodos frutos no solo.

- Aumento da perecibilidade dos frutos, devido àembalagem inadequada (sacos de polipropileno).

- Aumento da perecibilidade dos frutos, devido ao manuseioe transporte inadequado (os sacos são jogados eempilhados em mais de três sacos).

- Transporte do local da coleta até o local do beneficiamento.

- Fermentação da polpa ou vinho, devido ao preparo deresfriamento e congelamento do açaí.

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- Padronização e qualidade do açaí beneficiado, paragarantir o preço do produto.

- Falta de fiscalização da vigilância sanitária municipalpenaliza os produtores que investem na qualidade.

- Regiões mais distantes de Manaus carecem de ummercado consumidor garantido.

- Falta de apoio técnico para manejo do açaí nativo e açaícultivado.

- Falta de crédito para incentivar coleta, transporte ebeneficiamento para incentivar a maior oferta de açaí

Alternativas- Uso de lona (plástica ou algodão) embaixo do açaizeiro.

- Uso de sacos de fibra natural, paneiros e os frutos noscachos até a hora do embarque.

- Capacitação para os produtores no manuseio dos sacosde açaí e empilhagem.

- Construção de entrepostos para o beneficiamento do açaípróximos ao local de coleta. Sugestão: entrepostoitinerante.

- Capacitar os produtores com técnica de resfriamento econgelamento, pasteurização e embalagem.

- Capacitação dos produtores com técnicas para padronizare garantir a qualidade do açaí beneficiado.

- Campanha de informação tanto para o consumidor comopara o produtor.

- Inclusão na merenda escolar das escolas estaduais emunicipais, tanto da sede do município como das escolasdas comunidades rurais. Ampla campanha mostrando osbenefícios nutricionais e energético do açaí para osestudantes.

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- Treinamento e capacitação dos técnicos para atenderema essa demanda. Cartilhas e informativos com práticas demanejo e cultivo do açaí.

- Abertura de linhas de crédito especificas para coletas deaçaí (material e equipamento), transporte (combustível) ebeneficiamento (equipamentos e material para pré-beneficiamento, máquinas de beneficiamento, embalageme refrigeração para o armazenamento do açaí).

Ações Governamentais- Ag. Fomento facilita aquisição da lona; IDAM / Ag. Floresta

capacitam produtores na prática do bom manejo.

- Ag. Fomento facilita aquisição dos sacos de fibra (sacosde juta).

- IDAM / Ag. Floresta capacitam produtores na prática domanuseio, empilhamento e transporte do produto.

- IDAM / Ag. Floresta / SEBRAE capacitam e treinamprodutores para organizarem-se, adquirirem eadministrarem uma beneficiadora de açaí. Ag. de Fomentoe Financiamento facilita aquisição dos equipamentos einfraestrutura.

- IDAM / Ag. Floresta / SEBRAE capacitam produtores paraarmazenamento do açaí. Ag. de Fomento e Financiamentofacilita aquisição dos equipamentos e infraestrutura.

- Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária devempromover campanhas informativas e fiscalização.

- Secretarias de Governo (SDS, SEPROR e SEDUC) deveformular um programa para inclusão do açaí na merendaescolar, como alternativa ao achocolatado atualmentefornecido durante o período da safra. ONGs podempromover campanhas para inclusão do açaí na merendaescolar.

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- IDAM, Ag. Floresta e ONGs podem promover essetreinamento e capacitação, inclusive dos produtores. Basa,FBB, SDS e SEBRAE podem financiar as cartilhas.

- Agência Estadual de Fomento e Financiamento e BASA

14. Debate

Antônio Manoel Barroso - Boca do AcreEu gostaria de saber se nos municípios que tem o ConselhoMunicipal de Desenvolvimento Rural, através do IDAM e doPRONAF, se se pode adquirir financiamento para compra demáquina despolpadeira, câmaras frigoríficas. Isso é assuntoperdido. Eu digo isso porque nós tivemos essa oportunidade láem Boca do Acre e, infelizmente, a administração deixouescapar. O IDAM também dá assistência, existe uma linha decredito; já no BASA, não vou dizer específica para o cultivo doaçaí, mas já tem porque no nosso município já tem pessoas commais ou menos uns oito hectares de açaí cultivado. Então, euvejo que isso aí não seria problema, é mais uma questão deentendimento. E quanto à questão de inserir na merenda escolar,lá no meu município também o açaí já está sendo inserido namerenda escolar. É só uma questão de entendimento.

Ronaldo Rocha - CoariSilas, eu quero informação sobre o que as instituições depesquisa como o INPA, EMBRAPA, estão fazendo para melhorara variedade de açaí em termos de produtividade e tempo deprodução.

José Matias - EconomistaEu queria complementar a exposição do Silas, quando ele disseem substituir o saco que é usado hoje no transporte pelo sacode fibras. Eu creio que isso aí talvez inviabilizasse o preço, seriamuito caro hoje você comprar um saco de juta ou malva. Eusugeriria que se usasse o antigo paneiro, que nós usávamosantes, combinando as coisas que já estão na floresta, gerando

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atividade e renda para a própria família que trabalha nessa área.Então, o paneiro poderia voltar a ser utilizado, inclusiveprotegendo bem melhor os frutos. Essa é minha contribuição.

Getúlio Pereira - ManicoréTenho um plantio de açaí, inclusive tem mil árvores que já dãocachos há dois anos. É açaí Jussara, comum na nossa área. Eutenho mandado açaí para Porto Velho e para Manaus. Tenhovendido pequena quantidade, mas tenho vendido. Eles preferemque se mande naqueles sacos de cebola, eles acham melhorpara chegar lá em Porto Velho, e a gente está mandando açaípra lá. Esse meu açaí deu sem adubo sem nada; em seis anoscomeçou a produzir.

Manoel Cunha - CarauariEu vi vários municípios e não vi sair nenhum município da Calhado Juruá, como o próprio Juruá, Carauari, Itamarati. Não sei seera falta de representação. Por exemplo, no médio Juruá, nomunicípio de Carauari, tem um grande potencial, que eu soutestemunha. Eu sou de lá e espero sair daqui da Conferênciacom alguma coisa para a exploração desse grande potencial.Não vi isso aí e estou com medo de, de repente, ficar de fora naquestão da subvenção ou coisa assim. Obrigado.

Em resposta, Silas GarciaComplementando o que o colega falou sobre a questão dosinvestimentos, também foi levantado e está no nosso texto queapesar de ter essas linhas de financiamento elas ainda são muitoburocráticas, principalmente para a questão da populaçãotradicional que vive da extração, na questão de não ter aquelafamosa garantia que o banco quer para financiar. É claro quetem os investimentos aí a fundo perdido, mas o açaí tem recebido,vamos dizer assim, esses pilotos, ou seja, essas experiênciastêm recebido incentivo desses pilotos, que justamente temcontribuído para que se possa ganhar experiência e fazer comque essa questão da extração do açaí possa manter, porexemplo, a sustentabilidade das unidades de conservação.

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Com referência à pesquisa, a EMBRAPA de Belémrecentemente lançou uma variedade de pequeno porte, quefacilita a coleta e que inicia sua produção aí em torno dos quatroanos - normalmente, a produção começa a partir dos cinco anose só vai estar estabilizada lá para os oito, dez anos. Com essaprecocidade, a nova variedade deve ter o tempo de estabilizaçãotambém reduzido – lá pelo seis, sete anos.

Eu acho salutar que a gente pudesse não só ter alternativas paraa questão do saco de fibra natural, mas também para a questãodo paneiro, até mesmo o aproveitamento como o colega deManicoré colocou aqui, desse saco de cebola, que, normalmente,se não houver um aproveitamento para ele acaba no lixo e nóssabemos que o plástico demora muito tempo para se decompor.

Com referência à pergunta do colega aqui do Juruá, realmenteficou essa lacuna. Nós não tínhamos representantes da região.Eu não sei se os demais colegas que estavam trabalhando comos mapas indicaram produção de açaí nessa área. Se não foramcolocadas, nós vamos ter oportunidade hoje à tarde, ou amanhã,de fazer com que essa informação esteja contida nos mapas.

15. Instâncias e documentos consultados(1) Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). Produção Extrativa Vegetal (ano 1990 a 2002).

(2) Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo/SDS. “Oficinasobre a cadeia produtiva de produtos extrativos (Manaus,03 de agosto de 2004)”. Grupo do Açaí: Dr. João BatistaMoreira Gomes, Dr. Charles Clement e Dr. Lenoir Santos,pesquisadores do INPA, Dra. Fernanda B. Cardoso e Dr.Luis César F. Monteiro, técnicos do SEBRAE-AM, e Dr.Henrique Silva, técnico da SUFRAMA.

(3) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.Governo do Estado do Amazonas. “Potencialidades doEstado do Amazonas”. Manaus, dez/2001.

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(4) Governo do Estado do Amazonas - SDS/IPAAM e SEDUC.Relatório Síntese da Pré-Conferência Estadual de MeioAmbiente. Manaus, nov/2003.

(5) Federação das Indústrias do Estado do Amazonas -FIEAM/ Assessoria das Coordenadorias Técnicas(Arquivo). Manaus.

(6) Governo do Amazonas - SDS/SEAE. “DiagnósticoPreliminar para Subsidiar o Estabelecimento de MedidasCompensatórias do Gasoduto no Trecho Coari-Manaus”.Manaus, mar/2004.

(7) Governo do Amazonas - SDS. “Pronunciamentos deabertura e Resultados dos Grupos de Trabalho sobreCadeias Produtivas de Produtos Extrativos”. Volume I.Manaus, nov/2004.

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