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Académicos frelimistas, videntes do actual impasse político em Moçambique?
Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo
(André Gide)
Ângelo Pelembe Bunguele1
Este artigo analisa a crise política que Moçambique vive em vésperas de cada eleição2, com
enfâse desde a véspera do pretérito ciclo eleitoral (2014), a partir do garimpo de três artigos de
intelectuais próximos ao partido Frelimo, ex-membros do Comité Central, que alertaram sobre
os perigos do sequestro do Estado pelos vencedores nas eleições de 1994, sugerindo-se cautelas
na vinculação da crítica à governação só aos grupos excluídos, oque projecta o risco político de
adjudicar o cognome apostolado da desgraça a todos extractos activos da sociedade.
O artigo retoma, nesta sequência, a indagação da eficácia dos mecanismos de escuta interna
neste partido com responsabilidades acrescidas sobre a governação e desenvolvimento do país,
por se vislumbrar que as ideias dos académicos em referencia não foram atendidas pelo
partidão. O termo escuta inspira-se em Jügem Hebermas, para quem não há democracia se não
escutarmos e não reconhecermos o outro, se não procurarmos o que tem um valor universal na
expressão subjectiva de uma preferência, pois toda a deliberação democrática pressupõe, antes
de mais, reconhecer uma certa validade à posição do outro3 (Touraine,1994:399).
O repto deste exercício analítico é provocar um debate sobre dois temas programáticos, no
âmbito da ciência política, nomeadamente:
(I)lógicas do funcionamento democrático dos partidos políticos4, na sua essência
de luta pelo controlo do poder dos processos decisórios nos órgãos de soberania;
1 Docente de História política no Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade
Pedagógica, Bacharel e licenciado em ensino de História e Geografia, pós-graduado em administração Pública e
Mestre em Desenvolvimento Local.
2 Desde a independência nacional (1975) o pais vive uma instabilidade político-militar que inicialme3nte assumiu o
paradigma de guerra de desestabilização porquanto movida pelos regimes rodesianos e do apartheid, mas após o fim
da guerra fria e queda daqueles regimes os moçambicanos não lograram assinar acordos políticos reconciliatórios
duradouros. Repto para indagar porque os ex-beligerantes não conseguem ser interlocutores eficazes e estender o
debate sobre questões nacionais a todos? Algumas vozes desesperadas caracterizam o Acordo de Lusaka como o
único que não foi violado na nossa história, ora, para repetir esta proeza não seria condição que quem está na posição
hoje alargasse o espaço de cedências tal como sucedeu em 1974?
3 Superando a irreal, simplista e populista definição da democracia como governo do e para o povo. Touraine
(1994:388) explica que a democracia é definida e defendida como regime que impede a quem quer que seja de se
apoderar do poder ou de o conservar contra a vontade da maioria e sua qualidade se mede pelo respeito às minorias
do que pelo governo da maioria, oque implica probidade e politicas públicas éticas.
4 Tema do plano temático do 2º ano do currículo de HIPOGEP revisto, omisso ou talvez implícito no 4º ano do
currículo vigente. Note-se que o plano de estudo do curso de ensino de história não inclui nenhuma cadeira de
história política e muito menos de ciência política, daí que os futuro graduados tem condições de ser os analfabetos
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(Ir)relevância da faina científica dos académicos engajados nas organizações
partidárias, limitações da sua actuação5 e respectivos determinantes.
Antes de mais uma ressalva de certo modo subversiva merece ser feita em relação à democracia
liberal, tal regime que representa o fim da história, em Fukuyama (1992), tal invenção humana
que se pretende cosmopolita e que represente o culminar das criações do espírito humano em
termos de sistemas de gestão do espaço público. Subversão porque a democracia com hoje e
interpretada e praticada transporta consigo uma alguns de coabitação difícil, como sejam:
Contradição entre a essência do partido político, uma empresa de associados criadas
para conquistar, conservar e distribuir o poder sobre a coisa pública e a necessidade de
evocar nas suas campanhas e servir o interesse da colectividade depois da eleição;
Executivo formado pelos representadas a maioria (50.1%), sem atender os
remanescentes 49.9%, uma franja significativa dos cidadãos;
A contradição entre os valores democráticos da liberdade e igualdade com a
necessidade dos partidos governamentais combaterem as ameaças ao seu poder e a
males sociais como o terrorismo. Disto resulta que em tempos de crise ela e suspensa ,
tal o foi do caso do new deal nos EUA da 1ª ½ da década de 1930 e a tendência actual
de emergência de regimes com tendência totalitária (a abortada solução golpista na
Turquia e o endurecimento do regime, o referendo a favor da saída da Inglaterra da
união europeia e a indicação pelo partido trabalhista de uma nova dama de ferro, o
prenúncio do retorno dos conservadores nos EUA, com Trump, o golpe legislativo
conservadores no Brasil) para limitar as liberdades e igualdades que tornam a europa
porosa a elementos das células terroristas. Ora se por um lado estes eventos pronunciam
a degeneração de democracia no conceito aristotélico da teoria da evolução cíclica dos
regimes políticos, por outro lado, premeia o paradigma realista que considera a política
do apaziguamento a as liberdades e igualdade como retórica do idealismo político
(Frederic Ratzel, Hans Morgenthau, Margaret Thatcher …).
Ora, o suporte doutrinário desta análise é a teoria de burtoniana (John Burton) da abordagem
integrada da paz e desenvolvimento, segundo na qual a sociedade não se contenta apenas com o
políticos caracterizados Bertolt Brecht, cidadãos politicamente quadrados no nosso verbalismo comum. Esta é a
figura geométrica projectada?
5 Considere-se que a sobrevivência académica das ciências humanas exige compromissos entre o sábio e o político,
onde a tecnicização das ciências humanas é a ingerência do político na ordem científica que acompanhou o
desenvolvimento da sociedade industrial, enquanto aplicação tecnológica das ciências aos mais diversos domínios da
produção tanto de objectos como de consensos do mercado económico e do mercado político. Assim, aos resultados
susceptíveis de questionar criticamente esta função técnica das disciplinas estão reservadas varias formas de
excomunhão, desde a suspeita ideológica e a marginalização institucional até os cortes de verbas às instituições
académicas e aos investigadores Rodrigues (1997:10/11).
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alcance da paz negativa, entendida como o calar das armas, mas almeja a paz positiva, que é a
ausência de violência estrutural nas relações humanas e na comunidade, pois a violência
estrutural é a condição crucial para a eclosão da violência activa e da guerra (Nilsson,2001).
Esta teoria fundamenta a necessidade de políticas de inclusão e respeito às dimensões da boa
democracia, porque a coesão social6 é a argamassa da promoção do desenvolvimento. Gunilla
Akesson & Anders Nilsson (2008) reforçam esta tese ao sustentar que a pobreza não é apenas a
falta de recursos materiais, mas também a falta de poder de escolha e de influenciar as decisões.
A análise proposta aos textos de Mazula, Machili e Cabaço parece indiciar a ausência de
mecanismos eficazes da prática de escuta no país e ao interno do partidão, o que é desolador
considerando o privilegiado acesso que estas figuras tiveram ao espaço decisório, antes e/ou
depois da publicação dos artigos considerados nesta comunicação.
Para o período pós-guerra civil, Brazão Mazula (1995:66), perspectivou três cenários da
governação: o 1º do pós-AGP, caracterizado pela instabilidade político-militar, ambiguidade
entre cooptação e busca de convivência social; o 2º de real convivência democrática, em que os
partidos se complementassem numa cultura de tolerância e forte presença da sociedade civil que
evidentemente reconhecia-o distante e, numa expressão insípida mas com uma esperança
solitária, sentenciou: A Democracia é possível. De facto, as cartas pastorais dos católicos, e não
só, revelam que este cenário continua uma miragem e o país vive o 3º cenário, o da cooptação
política e económica, em que o Estado é dirigido para resistir à interpelação da história e da
descentralização, condicionando a admissão no aparelho do Estado e nos sectores económicos à
filiação partidária, evitando-se reformas profundas, onde a reconciliação nacional é entendida
como clemência do partido histórico, caracterizando o risco eminente do isolamento do Estado e
negação da democracia. A terminar adverte que esta situação que só assegura uma paz relativa
efémera, que sobrevive enquanto o descontentamento social não explode.
Carlos Machili (1995:397), no capítulo sobre unidade e diversidade7 considera que o
Comunicado Conjunto (AGP) identifica divergências reconciliáveis, ao reconhecer a
necessidade de se pôr de lado aquilo que dividia as partes, concentrando-se no que as unia, o
que pressupunha: a) que o diálogo continuaria nas etapas seguintes e b) a permanência do
7 Cf. Machili (1994:400/1) uma interessante descrição das afinidades dos partidos da oposição sobre a promoção da
diversidade política, defendendo que sem a revisão da Constituição, a operacionalização da diversidade tanto política
como cultural, seria antidemocrática e subversiva, visão comungada por Michel Cahen (1996), para quem a lei
eleitoral é antidemocrática por bloquear a criação de paridos de base étnico-regional, num Estado multicultural.
Machili (1994:406) elege como elos fracos da diversidade política defendida pela Frelimo a etnocracia da região sul,
o adiamento da descentralização e subsequente má fé do governo e da sociedade urbana em reduzir assimetrias
regionais e, segundo Raul Domingos apud Machli (1994:404) a despartidarização da governação seria o primeiro
sinal da aceitação e viabilização da diversidade ideológica.
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espírito e letra dos documentos do AGP, por isso as posturas posteriores a cerca da vinculação
dos documentos teria longa duração, isto é, enquanto o processo decorresse seria procurada a
conciliação das divergências postergadas.
Segundo Machili (1995:398), a omissão de qualquer referência a questões económicas pode ser
interpretada em dois ângulos: a) positivamente, como intencional para que fossem discutidos
abertamente no período da governação e diz que os encontros entre os presidentes Chissano e
Dhlakama concentraram-se em questões sociais, económicas e outras omissas no AGP e b)
negativamente, se o vencedor tivesse uma postura fechada de que emergiriam tensões,
provocaria cisões e perigaria a paz (!!!).
Ora, se é visível que a actual crise se enquadra no cenário negativo, o argumento oficial
recorrente de que o diálogo com a RENAMO deve-se conformar à Constituição e que o AGP
ficou vencido pelas eleições/1994 e Constituição/2004, se não é falacioso, pelo menos não se
enquadra na leitura de Machili e de vários analistas mediáticos indiferentes ao partidão. Por
outro lado, havendo pertinência de negociar questões económicas a favor da RENAMO,
profeticamente o texto citado parece enquadrar Chissano na interpretação positiva e Guebuza na
negativa, aliás esta é a mensagem recorrente na análise mediática actual, com interlocutores
com audiência garantida como João Mosca e Graça Machel8.
De qualquer modo, esta crise de diálogo político pode ser interpretada em dois contextos: a) na
lógica partidária de conquista, distribuição e manutenção do poder, muitas vezes, a todo custo e
risco e b) na volatilidade do real centro decisório, no sentido de quem na realidade deve decidir
pelo diálogo construtivo dentro da Frelimo? Pois, a ciência política ensina que o epicentro das
decisões depende do regime político, isto é, da estrutura e dinâmica dos intervenientes na
formação das decisões. Ora, a análise do processo da formação das decisões políticas esconde a
real estrutura do poder, porque desejando o poder passar uma imagem de regra normativa e
constante de leis constitucionais, torna inacessível ao investigador o conhecimento do processo
real e dos reais intervenientes e, por cautela não documenta a formação das decisões, não
fazendo ou não divulgando actas do núcleo restrito que decide (Amaral,2009:167).
8 Esta constatação conduz legitima os estudos de liderança política e personalidade, campo que questiona
historicamente os traços dos estadistas, através de apreciações feitas por estadistas e embaixadores com quem
lidaram. Estes estudos permitem sondar o estadista adequado ao estádio político do país e reconhecem os seguintes:
doutrinário oposto a oportunista; lutador oposto a conciliador; rígido oposto a imaginário; jogador oposto a
prudente e revolucionário oposto a reformista. Esclareça-se que o lutador gosta de fazer inimigos, agrega a
hostilidade da classe política e esmaga os inimigos com desprezo, contrário a consensos e ávido em impor sua
vontade, enquanto o conciliador, mesmo que as circunstâncias indiquem para a luta, assume uma atitude de
conciliação, não implica que seja obrigatoriamente pronto a ceder, mas propenso à negociação, ao entendimento e ao
apaziguamento das partes. Por seu turno, o jogador gosta do risco, por isso é célere nas decisões, distingue-se
estadistas jogadores ligeiros, presunçosos e fracos, que praticam a política de deixa andar, aceitam o risco por
vaidade, sem o calcular; dos que são audaciosos, resolutos, com decisões prontas e ousadas, mas correndo riscos
calculados. Os prudentes, por satisfação ou temperamento são de sangue frio, dominam emoções, não gostam do
risco e lentos nas decisões, preferindo a evolução dos acontecimentos (Silva,2012:108/9).
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Paradoxalmente, considerando a actual crise de diálogo, a Frelimo avaliou os consensos
alcançados do AGP e Lei eleitoral, como plataformas da paz e do diálogo permanente, que
transcendia posturas sobre a governação legitimada pela vitória nas eleições, transcendência
então questionada pelos partidos não signatários, pois limitava sua participação. Por outro lado,
a mesma fonte, tal como Cabaço (1995), invalida o argumento oficial de que a oposição
participa na governação através do legislativo, pois não é fácil em África conceber o poder
legislativo como eixo da descentralização [vertical e não horizontal], esta é peculiar do
executivo, porque descentralizar é partilhar o poder executivo (Machili,1995:412/3).
José Luís Cabaço (1995:99) por seu turno, explica que depois do AGP o Estado sofreu uma
contracção dramática, limitou-se a sua capacidade de governar, porque o êxito da paz e os
compromissos liberais impunham a sua incontornável desmobilização, reduzindo sua
capacidade de prever os acontecimentos e ter iniciativa das medidas de soluções para os
problemas do país.
Por outro lado, a RENAMO teve que reconhecer o governo e abdicar da exigência de gerir
política e administrativamente as zonas sob sua influência, onde pretendia obter o direito de
participações nas receitas tributárias e nos investimentos, questão pendente e repto de
instabilidade. Disto, adverte que a tese de que Moçambique é exemplo de pacificação não é
absoluta, porque prevalece uma paz negativa, por a questão do poder não estar resolvida
(Cabaço,1995:100). Sustenta ainda que, porque escasseiam símbolos alternativos de prestígio
social e com débeis mecanismos de reprodução económica, o poder político é a via principal de
acesso à riqueza material e prestígio, de modo que ao excluir a oposição da esfera executiva do
poder, a Frelimo fez da Assembleia da República a única via possível de partilha do poder para
a oposição (Cabaço,1995:109), disto vaticinava um futuro tenebroso devido à marginalização,
tanto dos partidos da oposição, como da velha geração da Frelimo (Cabaço,1995:110).
Olhando ao passado, o autor observa que se pode aprender dos erros cometidos por impaciência,
entusiasmo, ignorância, arrogância, gosto pelo poder, perversão do dever de servir a
comunidade (Cabaço,1995:114), ainda actuais e factores de violência estrutural.
Para terminar, mais ou menos ingenuamente parece caber colocar alguns questionamentos que
não requerendo necessariamente respostas, são prováveis linhas de reflexão nas entrevistas com
os três autores em análise.
Porquê o partido e o governo da Frelimo, não se aconselharam nas prudentes
reflexões académicas publicadas por seus quadros?
Estes quadros vincularam estas posturas nos órgãos do partido a que tiveram
acesso? Ou em suas personalidades, o político é oposto ao académico?
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Se fossem declarados conselheiros do chefe de Estado, este estaria em
condições de respeitar seus conselhos? Eles estariam dispostos a uma atitude
tecnocrática, não de burocratas flutuantes9, e emitir pareceres com genuína
consciência política, mas apelando à sua veia académica?
(In) conclusão
Para terminar, interessa observar que os assuntos económicos e de partilha dos órgãos de acesso
a recursos não é invocado, pelo menos publicamente, por nenhuma das partes activas da crise de
diálogo em curso, como se fosse um assunto marginal ao debate do pacote eleitoral,
descentralização e paz duradoura, o que seguramente não é verdade.
Subsidariamente, no espaço académico onde o autor interage, é de reconhecer a necessidade do
aprofundamento, nas cadeiras ligadas à política, do estudo do AGP fazendo-o constar nos
planos de estudo de História e HIPOGEP, onde a história política e ciência política estão
secundarizados no currículo vigente. Por outro lado, o funcionamento democrático dos partidos
e possibilidades de a academia assessorar a acção dos partidos, são temas que podem elevar a
cidadania do graduado em ensino de história e em história política e gestão pública.
Fontes bibliográficas
Akesson, G. & Nilsson, A. (2008). Governação Nacional e chefactura local: uma
avaliação multi-nível do poder de Moçambique da perspectiva do Niassa. Maputo:
Asdi/CIEDIMA.
Cabaço, J.L. (1995) A longa estrada da democracia moçambicana. In Mazula, Brazão.
(Editor) Moçambique, Eleições, Democracia e Desenvolvimento.
Cahen, Michael (1996) Unicidade, unidade ou pluralismo do Estado? In: Magode, J.
(edr.) Moçambique: Etnicidade, nacionalismo e o estado - Transição inacabada (pp.18-
39), Maputo: Fundação Friedrich Ebert/CEEI
Fukukama, F. (1992). O fim da história e o último homem, Lisboa: Gradiva.
Machili, C. (1995) Unidade e diversidade: Centralização e descentralização no processo
eleitoral 94 em Moçambique. In Mazula, Brazão. (Editor) Moçambique, Eleições,
Democracia e Desenvolvimento.
Mazula, B (1995). As eleições moçambicanas: Uma trajectória da paz e da democracia.
In Mazula, Brazão. (Editor) Moçambique, Eleições, Democracia e Desenvolvimento.
9 No Estado moderno é frequente o poder eliminar a burocracia intermediária da formação de decisões, que em defesa
de seu status social e privilégios tende a bloquear as decisões políticas, criando burocracias paralelas e flutuantes,
recrutadas por confiança dos detentores do poder decidir, é mais uma burocracia política do que administrativa, por
isso mais selectiva nas influências e predeterminada para compromissos políticos (Moreira,2009:173/4). Ora, a
partidarização de todo o aparelho estatal é sinal do extremar desta preocupação do poder.
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Moreira, Adriano (2009) Ciência política, 4ª edição, Coimbra: Almedina.
Morgenthau, H. (2003) A politica entre as nações, São Paulo: Clássicos IPRI
Nilson, Anders (2001), Paz na nossa época. Maputo: CEEI-ISRI/Padrigo.
Rodrigues, A. Duarte (1997) Estratégias da comunicação, 2ª edição, Lisboa: Editorial
Presença.
Silva, Sérgio vieira da (2012) Introdução às relações internacionais, Lisboa: Escolar
Editora.
Thatcher, M. (2002) A arte de bem governar: Estratégias para um mundo em mudança,
Lisboa: Quetzal.
Touraine, Alain (1994) Crítica da modernidade, Lisboa: Instituto Piaget.