acadÉmico 190

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Falácia do empreendedorismo gera protesto local Página 02 “Mão cheia de ouro” com nota artística para os atletas da AAUMinho nos CNU’s da Cova da Beira desporto Página 18 Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 190 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 30.ABR.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico BRUNO BARRACOSA, PRESIDENTE DA FADU, EM GRANDE ENTREVISTA AO ACADÉMICO UMplugged e dj@UM terminam com grande adesão da academia minhota campus Página 05 O que achas do cartaz do Enterro da Gata ‘13? inquérito Página 07 “Há mesmo muito por fazer pelo desporto universitário”

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ACADEMICO190

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Page 1: ACADÉMICO 190

Falácia do empreendedorismo gera protesto

local

Página 02

“Mão cheia de ouro” com nota artística para os atletas da AAUMinho nos CNU’s da Cova da Beira

desporto

Página 18

Página 07

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA190 / ANO 9 / SÉRIE 4

TERÇA-FEIRA, 30.ABR.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

BRUNO BARRACOSA,PRESIDENTE DA FADU, EM GRANDE ENTREVISTAAO ACADÉMICO

UMplugged e dj@UM terminam com grande adesão da academia minhota

campus

Página 05

O que achas do cartaz do Enterro da Gata ‘13?

inquérito

Página 07

“Há mesmo muito por fazer pelo desporto universitário”

Page 2: ACADÉMICO 190

30.A

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

As medalhas da AAUMinhoForam muitas e significativas. Os ouros no futsal masculino e feminino e no voleibol feminino culminaram uma participação muito positiva da AAUMinho nos CNU’s organizados na Uni-versidade da Beira Interior. A aposta da AAUM e SASUM no desporto está a dar frutos que durante anos foram semeados. A Universidade do Minho é, cada vez mais, uma referência desportiva. E o que seria se cá existisse um curso de Desporto?

Os “suplementos informativos”Braga e um dos seus “órgãos de comunicação” não páram de nos surpreender. Qual o meu espanto quando vi uma primeira página de um deles na passada semana. Julguei, na altura, estar na presença de uma capa falsa de publicidade. Mas não! Era um suplemento de informação onde o atual presidente do município “passa a pasta” a um candidato ao lugar. Uma passagem de tes-temunho de nível “olímpico” só ao nível do jornal cá do burgo!

FADUNecessário fazer-se algum reco-nhecimento quando as institui-ções assim o merecem. É o caso da Federação Académica do Des-porto Universitário que, depois do desafio que foram os Campeo-natos Nacionais Universitários na UBI, fortaleceu uma imagem es-clarecedora de sentido de respon-sabilidade, trabalho e dedicação em prol do desporto em Portu-gal. Os universitários agradecem, mas é o desporto em Portugal que deve estar orgulhoso!

FICH

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 30 Abril 2013 / N190 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // DESIGN de CAPA: Nélson valente // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO:

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.

Vera Mendes - 2º ano - Estudos Portugueses e Lusófonos

A cultura do desportoNotável a prestação das equipas da AAUMinho nos CNU’s que decorreram nas duas últimas semanas na Cova da Beira. A aposta na qualidade do desporto universitário assume-se como um desígnios mais marcantes na Universidade do Minho. Fruto disso, a sinergia existente entre os Serviços de Ação Social e a Associação Académica que vai colhendo, ano após ano, os louros por coexistirem na academia.Se do andebol masculino já era esperado o título (os jogos só se complicam na Europa), o mesmo não se pode dizer dos restantes jogos que, à partida, seriam um pouco mais complicados. Ainda assim, o voleibol feminino não deu hipótese a Coimbra (3-0), o futsal feminino também foi superior frente às jogadoras de Coimbra e, por fim... Coimbra, o carrasco do futsal minhoto ao encaixar 7 golos num jogo de sentido único. Note-se aqui alguns denominadores comuns. A AAUMinho, as vitórias da AAUMinho e a Académica de Coimbra.Perdoem-me os vencedores, mas há aqui algum espaço para os atletas de negro. Estes, fizeram questão de, mesmo saindo derrotados, mostrar o seu descontentamento face às condições que a AAC lhes proporciona durante o ano. Revoltaram-se! Até porque o fizeram-no dia 25 de Abril e a sublinhar que o presidente da AAC não devia abusar do seu amor à camisola. Uma mensagem forte que foi presenciada in loco por Ricardo Morgado, presidente da AAC, que ficou impávido e sereno face ao protesto. É de lamentar. Lamentar que jo-gadores com tanto futuro, qualidade e, acima de tudo, amor à Académica, sejam privados de vestir o manto negro com todas as condições a que têm direito. Nós, por cá, e sem cursos de desporto, mantemo-nos no top europeu do desporto universitário. Estamos lá bem e com todo o direito que fomos, ao longo dos anos, conquistando legitimamente.

EDITO

RIA

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IEL VIEIR

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A SILVA

// daniel.silva@rum

.pt

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PÁGINA 03 // 30.ABR.13// ACADÉMICO

LOCAL

PUB.

falácia do empreendedorismo gera protesto ANA PINHEIRO

[email protected]

Será já no próximo dia 1 de maio, quarta-feira, que se vai realizar uma ação de protesto na Avenida Cen-tral de Braga, por volta das 15.30h. Esta ação visa fazer uma “homenagem” a Mi-guel Gonçalves, o “embaixa-dor” do programa Impulso Jovem (IJ) que recentemen-te tem gerado polémica com os seus discursos acerca do desemprego jovem. O Nú-cleo de Teatro do Oprimido de Braga está a organizar este protesto e pretende atrair o máximo de pesso-

as, vestidas a rigor, para que simulem a venda de pipo-cas, seguindo os conselhos do empreendedor, Miguel Gonçalves. A ideia da venda de pipocas vem no segui-mento de declarações de Mi-guel Gonçalves: “Amigo, se tu com 20 anos não conse-gues arranjar 100 euros por mês para pagar os estudos, então vais ter muitos pro-blemas na vida, porque até a vender pipocas se arranja cem euros por mês”.Segundo o Núcleo de Tea-tro do Oprimido de Braga (NTO), esta será uma forma de lembrar os 40% de jovens desempregados do nosso país e alertar para a falácia do empreendedorismo que está a culpabilizar os indiví-

duos, principalmente os jo-vens, e a desresponsabilizar o Estado.De notar que o NTO, tem desenvolvido desde há uns meses alguns trabalhos crí-ticos em torno do discurso

durante a manifestação do dia 2 de março, do “Que se lixe a Troika”. O grupo está também a trabalhar para re-alizar um projeto mais sóli-do com o grupo de NTO do Porto.

do empreendedorismo. A primeira foi durante o Ópri-ma - Encontro de Teatro do Oprimido e Ativismo, que se realizou em Braga, no início de fevereiro. A se-gunda, também em Braga,

publico

NTO

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PÁGINA 04 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO

CAMPUS

LÉNIA RÊGO

[email protected]

A Universidade do Minho (UM) vai abrir as portas en-tre os dias 22 e 26 de julho a vários jovens do ensino se-cundário.Os alunos vão participar na VI edição do Verão no Cam-

pus.Os futuros universitários partem à descoberta da aca-demia minhota, onde estão a ser preparadas várias ati-vidades, explicou à RUM e ACADÉMICO a docente Fe-lisbela Lopes.“As várias escolas oferecem vários encontros temáticos com os alunos. Temos ofer-ta na área das ciências, no

abertas as inscrições para o verão no campus da universidade do minho

âmbito das letras e ciências humanas, da psicologia, da engenharia, da educação, da arquitetura e das ciências sociais. Todas as escolas es-tão muito envolvidas nesta iniciativa que queremos que seja muito participativa”, afirmou Felisbela Lopes.Contas feitas, há 16 ativi-dades para desenvolver e que visam a promoção da

cultura, da ciência, da arte e das letras junto dos mais jovens. E há cada vez mais interessados: “Costumam aderir muitíssimo, alunos das escolas da região, mas também alunos que vêm de diversos pontos do país, por-que é possível ficar aqui em regime de internato. Nós asseguramos as dormidas, asseguramos também a ali-

mentação, portanto temos todas as condições para re-ceber alunos aqui da região, mas também receber alunos mais longinquos”, referiu a pró-reitora. Os jovens irão ser acompa-nhados por professores e investigadores da universi-dade nesta que já é uma ati-vidade de sucesso promovi-da pela academia minhota.

Page 5: ACADÉMICO 190

CAMPUSPÁGINA 05 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO

PUB.

CÁTIA SILVA

[email protected]

Na semana passada acon-teceram as finais dos con-cursos a decorrer entre os académicos minhotos: UMplugged e DJ@UM. O primeiro no dia 23 de abril, terça-feira, e o segundo no dia 24 de abril, ambos no B.A. de Guimarães. Do concurso de bandas, UMplugged, saiu vencedo-ra a banda As Viagens do Capitão Barba Ruiva, que competiu com as outras três bandas chegadas à final: The Modisons, Sigla Dep e The Tie.Esta final contou ainda com a banda Let the Jam Roll como convidada, banda que também irá atuar na edi-ção deste ano do Enterro da Gata. O júri era composto por qua-tro elementos: um represen-tante do estúdio Lobo Mau, um representante da banda convidada, um representan-te da banda vencedora do ano passado e um represen-tante do B.A. de Guimarães.

Adesão superou expetativas para a AAUM

“A adesão foi acima do es-perado pela organização e tivemos bandas muito boas este ano, sendo a final bas-

tante renhida e agradável”, confessou Paulo Pimenta, diretor do Departamento Cultural e de Tradições Aca-démicas da Associação Aca-démica da Universidade do Minho. Quanto à final do DJ@UM, esta contou com três aspi-rantes a dj: Dj Tiago Cruz, Dj Luís Marinho e Dj Mi-zuni.O júri composto pelos Djs Carlos Guerreiro e Alexan-dre (dos Eletro Domestic) escolheram Tiago Cruz como vencedor da noite. “No início quando entrei foi numa de aventura, por ter gosto de fazer isto. Mas depois de passar nas elimi-natórias fui acreditando na “coisa”, se bem que a final foi renhida e que os outros concorrentes têm os meus parabéns”, disse ao ACADÉ-MICO o dj vencedor. Ao falar sobre a adesão des-ta noite, Paulo Pimenta afir-mou que “superou as expec-tativas”.“Por ser uma quarta-feira a afluência foi muito boa e acima do esperado, com casa cheia para os djs”, ter-minou. A banda vencedora atua no domingo das festas do En-terro da Gata, no palco prin-cipal, e ganhou também uma gravação no estúdio Lobo Mau. Já o dj vencedor poderá ser ouvido na tenda da RUM, num dos dias do Enterro da Gata.

umplugged e dj@um terminam com grande adesão

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CAMPUSPÁGINA 06 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO

o lado religioso da azeituna em concerto na sé de bragaALEXANDRE VALE

[email protected]

Hoje à noite, a partir das 21h30 a Sé Catedral de Bra-ga vai ser palco para um es-petáculo muito diferente do que a Azeituna já habituou os estudantes e fiéis do gru-po. Inserido nas comemorações dos 20 anos da tuna, o con-certo, estipulado para durar duas horas, irá contar com um reportório de músicas religiosas. A atuação será, posteriormente, editada

para CD, com data de lança-mento por definir. Em conferência de impren-sa, Emanuel Gouveia, da Azeituna, explicou que a ideia de organizar um con-certo composto por músi-cas de igreja “surgiu com alguns casamentos de ele-mentos do grupo que levou à adaptação do reportório da Azeituna para músicas religiosas”. O mesmo apro-veitou para esclarecer o que esperar desta atuação: “Um concerto aberto à cidade onde a Azeituna vai mos-

Tuna de Ciências dá concerto único na catedral bracarense

ipum celebraram cinco anosADRIANA COuTO

[email protected]

A iPUM – Percussão Uni-versitária do Minho, com-pletou 5 anos de existência numa festa que reuniu os grupos culturais da Uni-versidade do Minho, no Bar Académico de Braga.O mais jovem grupo de per-cussão da Universidade do Minho, organizou a primei-ra festa azul, no dia 25 de abril, festejando assim cinco anos de existência que, se-gundo Rita Lisboa, membro do grupo e uma das orga-nizadoras da festa, foi uma tentativa de se “mostrarem mais à academia num am-biente bem conhecido dos estudantes minhotos”. Para Rita, a escolha do Bar Aca-démico de Braga para a rea-lização da festa fazia todo o sentido: “tem mais impacto do que qualquer outro local que seja frequentado por estudantes e, desta forma, damo-nos a conhecer mais um bocado aos alunos da nossa universidade, visto que somos ainda um grupo muito jovem.”Num bar completamente lotado, os festejos começa-

ram com o tradicional can-tar de parabéns e o cortar do bolo, continuando de seguida com a atuação dos quatro dj’s convidados para o evento: João Loureiro e Rui Pires, ex-Xau Laura e organizadores do festival Ponte Party People, assim como Marco Carvalho e Fi-lipe Palas, conhecido voca-

trar, ao longo de uma hora e meia, o novo reportório composto por 21 músicas de Igreja”. O concerto solene vai contar com a presença de alguns convidados espe-ciais, como a cantora Raquel Ferreira, a Gatuna e o agru-pamento 323 (Santa Eufé-mia, Guimarães) do Corpo Nacional de Escutas. A Azeituna também está a preparar o lançamento de um livro sobre a tuna e so-bre os seus momentos mais marcantes. O espetáculo é gratuito e de entrada livre.

lista da banda bracarense Smix Smox Smux, num dj set preparado para dar ao Bar Académico uma noite de, puramente, Rock. Os presentes, puderam ainda adquirir maquilhagem em Glow Painting, personali-zada pela equipa do grupo Toc’a Brincar.A contar, mais uma vez,

com a presença de alguns grupos culturais da Univer-sidade do Minho, para Joana Teixeira, membro do Coro Académico Universitário do Minho (CAUM), o convívio entre os vários grupos cul-turais é fundamental “faze-mos todos parte da mesma academia e pode dar azo a futuras parcerias entre os grupos. Acho que também contribui para criar bom ambiente entre os mesmos e para passarmos bons bo-cados”, considerando, ainda, que a “a festa foi uma exce-lente ideia, pois acho que é importante aproveitar cada evento ao máximo para pu-blicitar e fazer chegar aos estudantes os grupos cul-turais, porque é por e para eles que os grupos exis-tem. Além disso, acho que a iPUM é um grupo unido e coeso, vendo-se que os membros se dão muito bem uns com os outros e que há bom ambiente, e essa é uma imagem importante a ser passada em eventos públi-cos como foi a festa de ani-versário deste ano.”Num percurso já invejável a nível de espetáculos, a iPUM tem-se vindo a im-por no panorama musical,

contando já com mais de 200 atuações e variadas presenças televisivas. Nas palavras de Nuno Silva, membro ativo na iPUM, o balanço dos cinco anos de iPUM não podia ser mais positivo: “Ao longo destes 5 anos conseguimos as mais variadas atuações por todo o país e além fronteiras, onde se inclui uma digressão pela Europa de leste, sem nos esquecermos dos variados eventos de carácter social que a iPUM tem vindo sem-pre a apoiar e a colaborar. O nosso principal objectivo era divulgar a música e tra-dições nacionais e isso tem--se conseguido ao tocarmos para milhares de pessoas, portuguesas ou não.” Exem-plo da fama além fronteiras, é o próprio grupo, que aco-lhe estudantes de nacionali-dade espanhola, brasileira, austríaca ou alemã, tendo visto o número de novos ele-mentos a aumentar todos os dias. “É sempre importante que venham novos elemen-tos para a iPUM, criando assim novas gerações que permitam que o grupo te-nha força para continuar ao longo de muitos e muitos anos”, explica Rita Lisboa.

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PÁGINA 07 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO

INQUÉRITO

Para Adriana Correia, o car-taz “não está mau, mas po-dia estar melhor”. Apesar de já ter visto a maior parte das bandas, a estudante de CC admite que “é sempre bom rever algumas”. Contu-do, salienta que “podiam ter trazido coisas novas, mais variedade”. A melhor ban-da para a aluna minhota é Kaiser Chiefs, os cabeças de cartaz de sexta-Feira. Esta foi a maior surpresa para Adriana, que há muito que queria ver os britânicos e “não esperava vê-los num Enterro”. Já para melhor noite, Adriana elege a quar-ta-feira, “porque é a noite mais divertida, é música portuguesa, o pessoal está sempre em festa e cria me-lhor ambiente”. A estudan-te de Comunicação espera, ainda, com expectativa o concerto de Buraka Som Sistema: “Apesar de já ter visto, são muito animados e dão grande espetáculo”. A jovem bracarense “esperava mais do cartaz” e acha que “foi mais do mesmo”. “Ape-sar das bandas serem boas para Enterro, esperava mais, nomes novos e diferentes”, revelou Adriana, que con-cluiu: “Se calhar não vou ter tanta vontade de ver alguns concertos, porque já vi, es-perava ter sido mais surpre-endida”.

Elizabete Gonçalves consi-dera que o cartaz “tem pon-tos positivos e negativos”. “O que mais gostei foi o facto de haver uma grande diversidade musical, acho que há maior diversidade de géneros do que em anos an-teriores”, revelou a estudan-te minhota. Elizabete, que prevê que a melhor noite seja a de sexta-Feira. A es-tudante de Psicologia acha que os britânicos vão levar mais gente ao Gatódromo e, além disso, “também é a úl-tima noite”. “Kaiser Chiefs é o concerto que espero com mais expectativa, porque nunca os vi e é o que mais quero ver”, admitiu Elizabe-te. Surpreendida com Deo-linda e Mónica Ferraz, a jo-vem estudante não esperava que estes nomes surgissem no cartaz, ao contrário de The Gift e Buraka, que já previa que viessem a Braga. “O cartaz até me surpre-endeu pela positiva. Acho que conseguiram fugir ao género, porque apostaram numa grande diversidade musical”, explicou Elizabete Gonçalves, que acrescentou: “Para quem gosta de vários géneros de música, acho que está bom.”

“Acho, sinceramente, que o cartaz está melhor do que no ano passado”, admi-tiu a aluna de Gestão, que acrescentou: “O facto de vir Kaiser Chiefs, acho que já compensa”. Para Flávia, os britânicos são, sem dúvida, a melhor banda e vão, cer-tamente, garantir a melhor noite deste Enterro. A ban-da do Reino Unido surpre-endeu-a muito: “Acho que já estava na altura de o cartaz do Enterro da Gata ter uma banda com mais peso”. A estudante minhota nun-ca viu Kaiser Chiefs e é o concerto que mais quer ver. Para além destes, a jovem aluna destaca Buraka, “por-que o pessoal adere muito ao espetáculo deles”. Flávia revelou ainda que já viu The Gift e Deolinda e, portanto, não aguarda com tanta an-siedade por estes concertos. “Assisto sempre aos con-certos, desde que estou na universidade, vou sempre para o recinto de forma a apanhar os espetáculos e vou toda a semana”, contou a jovem. Para concluir, Flá-via afirmou que “o cartaz está bom”, mas que acha que bandas como Deolinda o tornam repetitivo.

ELIzABETE GONçALVES2º ANO//

PSICOLOGIA

FLÁVIA OLIVEIRA3º ANO//GESTÃO

CATARINA SILVA

[email protected]

O cartaz das monumentais festas do Enterro da Gata foi apresentado há uma semana e as opiniões dividem-se. Se, por um lado, alguns elogiam um cartaz que “marca pela diversidade musical”, por outro são muitos os estudantes minhotos que revelam que “é mais do mesmo”. O grande destaque vai para Kaiser Chiefs. O grupo britânico, conhecido pelas suas performances, é a maior expectativa dos alunos do Minho. Depois de reveladas as duas primeiras grandes bandas, Kaiser Chiefs e Natiruts, os brasileiros regressam a Braga dois anos depois, o cartaz ficou finalmente completo por nomes como Buraka Som Sistema, The Gift e Deolinda.

ADRIANA CORREIA3º ANO //

CIÊNCIAS COMUNICAçÃO

o que achas do cartaz do enterro da gata ‘13?

O estudante de Economia não se interessa muito pelo cartaz, porque não vai ao Enterro para ver as ban-das. “Normalmente, quan-do chego ao recinto, ou já atuou a branda principal ou acabo por ir para as barracas e só ouço ao longe”, revelou Rafael, que justificou: “Eu vou para o recinto para me divertir e não tanto pelos concertos”. Apesar de ha-bitualmente não assistir às atuações, Rafael Silva ele-geu Kaiser Chiefs como a melhor banda. O estudan-te de Economia conside-ra, para além disto, que a melhor noite é a de quarta--feira: “Já vamos com a ani-mação do cortejo e é conti-nuar com o espírito”. Pouco surpreendido com o cartaz, Rafael revelou que não teve nenhuma grande surpresa: “Kaiser Chiefs já se sabia há algum tempo, portanto não foi nada de mais”. O jovem estudante “esperava mais um bocadinho deste car-taz”, além disso, referiu que “preferia Quim Barreiros outra vez, do que José Ma-lhoa”. Rafael sugeriu, ainda, que The Hives regressas-sem ao Gatódromo: “Con-segui assistir ao concerto no ano passado e gostei muito”.

RAFAEL SILVA3º ANO //

ECONOMIA

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PÁGINA 08 // 30.ABR.13 //ACADÉMICO

ranking global avalia competências de estudantes e recém-licenciadosELSA MOuRA

[email protected]

É um ranking global que permite aos estudantes universitários e recém--licenciados verem avalia-do internacionalmente o seu valor enquanto futuros profissionais. O objetivo é mesmo tarnsmitir aos estu-dantes o valor que têm para apresentarem candidaturas a propostas de trabalho. Um ranking que pretende ava-liar, para além das médias, o valor ligado ao estudan-te, como explicou Ricardo Guerreiro, representante em Portugal do thestuden-tranking.com.“O objetivo é transmitirmos aos estudantes universitá-rios e recém-graduados qual é o seu valor no mercado de trabalho. Valor em função das competências que vão acumulando ao longo do percurso universitário. Esta-mos a falar de competências diversas como línguas, que eventualmente vão apren-dendo, experiências de vo-luntariado, bolsas, prémios, e as notas”.Ricardo Guerreiro adian-ta que assim será possível transmitir o valor de cada

universitário que se registe. “Dizer às empresas, a nível global, qual é o valor de cada estudante. Estamos a falar para um público entre os 18 e os 30 anos, alunos de licenciatura, mestrado, dou-turamento, que no final da sua formação querem tam-bém entender exatamente qual é o seu valor perante as empresas, poderem trans-mitir às empresas, de uma forma mais objetiva, aqui-lo que estiveram a fazer ao longo do seu percurso, em que atividades estiveram envolvidos. Se estiveram en-volvidos em associações, se estiveram a prestar serviço à comunidade, se estiveram a melhorar o seu perfil para além do curso propriamen-te dito. Consideramos todas essas experiências”, expli-cou Ricardo Guerreiro.A inicitiva surgiu de um jo-vem estrangeiro de 30 anos que lançou a ideia de criar este ranking global. A cada experiência é atribuida uma pontuação.“Cada experiência dessas dá um conjunto de pontos. Depois há a tua pontuação final e tens uma posição no ranking em função dos pon-

tos. Não são pontos estáti-cos, ou seja, és por exemplo um aluno de segundo ano, tens 2500 pontos, quando acabares o segundo ano po-des ir ao site, dizes que já acabaste, dizes as notas que tiveste e vais ter mais pontos por isso”.Depois do registo do perfil, o site deixa alguns conse-lhos ao utilizador. “Quando uma pessoa acaba de se re-gistar no perfil nós damos uma recomendação. Dize-mos, por exemplo, que o teu perfil pode não estar tão competitivo face aos estu-dantes que estão registados no nosso ranking na tua área de estudo, em Portugal ou os estudantes a nível eu-ropeu, e damos um conse-lho às pessoas: estudar, es-forçar um bocadinho mais para ter uma melhor média, ou então tentar aprender ou-tra língua para melhorar as competências linguísticas, que são importantíssimas”.

Site já está disponível e irá “medir” pontuações das universidades

Quem quiser já pode entrar em jogo. Ricardo Guerreiro

deixa o aviso: ”A partir do momento em que as pes-soas percebam o valor que isto pode ter, porque pode funcionar muito como uma orientação do próprio per-curso universitário para cada pessoa, ou seja, mui-tas vezes chegas ao fim do percurso académico e nem sabes aquilo que vais trans-mitir às empresas, o que é o teu valor. Aquilo que preten-demos é que um estudante possa transmitir muito ob-jetivamente aquilo que es-teve a fazer durante o seu percurso. Há pessoas que nunca tiveram um ‘traba-lho oficial’, mas tiveram na faculdade envolvidos em as-sociações, a gerir orçamen-tos, a gerir pessoas, a tomar decisões de markting, de parcerias, e trazem já uma bagagem que por vezes têm dificuldade depois em tra-duzir junto do mercado de trabalho”.A ligação com as próprias universidades é importante, até porque com a participa-ção dos estudantes será feito também um ranking dos alunos da própria academia. “É importantíssimo por um motivo: os pontos dos

estudantes vão alimentar um ranking das universi-dades. De seis em seis me-ses, vamos dizer quais são as universidades onde estão os melhores estudantes, sob o ponto de vista de um conjunto muito variado de competências. Não só das nossas, mas também das competências interpessoais e das experiências que têm. Pode haver algumas surpre-sas, poderão não aparecer até as universidades que estamos normalmente habi-tuados, porque depende do envolvimento que os alunos têm com o seu próprio per-curso académico”.O site que pretende avaliar para além das medias o va-lor ligado ao estudante já está disponível. http://www.thestudentranking.com/pt/index pode ser visitado pe-los estudantes da universi-dade do minho que queiram perceber melhor o valor que o seu perfil tem para o mer-cado de trabalho, nacional e internacional. Um perfil que pode ser atualizado à medida que o aluno vai ad-quirindo mais competên-cias e experiências que con-sidere uma mais valia.

UNIVERSITÁRIO

Page 9: ACADÉMICO 190

Esta semana, a Burning List gravita pela órbita de Filipe Melo. Músico, realizador, au-tor de banda desenhada, é um dos grandes talentos do Portugal contemporâneo. A título de exemplo, Filipe já venceu o Fantasporto, já tocou com Carlos do Carmo e Camané e já foi premiado no Festival de BD da Amadora, apenas para citar alguns exemplos.Filipe nasceu em Lisboa, sendo que um dos seus grandes feitos de juventude foi conseguir ser detido e interrogado pela polícia por pira-taria informática. Desde então o jazz passou a ser uma das suas grandes paixões, a par do cinema e da banda desenhada. Estudou no Hot Clube de Portugal e graduou-se no Berk-lee College of Music em Boston, nos Estados Unidos da América.Uma das suas grandes paixões é o cinema. Apesar de Filipe encarar a sétima arte como um hobby, o facto é que já venceu a edição de 2004 do Fantasporto com “I’ll See you in my dreams”, tendo ainda realizado a série para televisão “Um Mundo Catita” para a RTP.Outra das áreas de destaque do trabalho de Filipe Melo é a banda desenhada, em que a sua obra “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy” tem recebido inúmeros elogios, vencendo o prémio de melhor argu-mento no Festival de BD da Amadora 2010. Filipe confessa que por vezes torna-se difícil decidir qual a área a seguir. Mas, apesar de não ter tido tempo para o seu trabalho a solo, é um músico extremamente requisitado, tendo acompanhado inúmeros músicos portugue-ses, por entre JP Simões, Luísa Sobral, ou Marta Hugon. Daí que se entenda que a sua principal paixão seja o jazz.

Segunda: Keith Jarrett - Jasmine (Jasmine, 2010)“É impossível falar de piano sem falar no Keith Jarrett que é, sem dúvida, um dos gigantes vivos da história do Jazz e do piano em geral. Ele tem uma reputação de ser rude com o público - eu vi um concerto dele em Lisboa que foi muito tenso e em que toda a gente pensava que ele iria em-bora a meio! Mas também vi-o a tocar em Nova Iorque a tocar, há uns anos atrás, num concerto de três horas em que toda a gente se sentiu abra-çada pelo grupo. É sempre imprevisível!”

Terça: Bill Evans - Some other Time (The Complete Village Vanguard Recordings, 1961)“O Bill Evans é um dos mais inf luentes músicos da história do Jazz.Ele veio numa altura em que a maioria dos pianistas tocava um estilo chamado bebop, caracterizado pelo uso da mão direita em em que a mão esquerda é apenas um acessório rítmico. Como o Bill Evans tinha formação clássica, começou a trazer para o Jazz uma série de acordes e harmonias que vinham de Debussy, Bach e Chopin. Ele é o verdadeiro Cavalheiro do Jazz e inf luenciou pianistas desde então.”

Quarta: Beatles - Across the Universe (Let it Be, 1970)“uma pessoa que diga que não gosta dos Beatles é alguém que não tem grande sensibilidade! É o mesmo que dizer que não se gosta de música ou que não se gosta de beber água! Os Beatles são, incontestavelmente, a melhor banda do mundo - estou a brincar - mas digo isto porque há algo de impressionante: desde o lançamento do primeiro single à última gravação decorreram nove anos, o

que é pouquíssimo tempo. Depois foram inteli-gentes: começaram no rock e foram evoluindo até terem um conceito musical, artístico e visual muito avançado.”

Quinta: Nat KIng Cole - September Song (Nat King Cole Sings/George Shearing Plays, 1962)“Acho que o Nat King Cole tem uma forma muito simples e, ao mesmo tempo, muito especial de cantar os temas. Lembro-me do Nat King Cole já de miúdo, porque o meu pai fartava-se de ouvir aquilo e eu odiava! E não sei exatamente quando é que comecei a gostar - penso que foi na altura em que passei a nutrir uma grande paixão pelos Standards. É uma canção que foi aparecendo em momentos chave na minha vida e não há temas que emanem tamanho carisma. Quando se ouve o Nat King Cole não se sente qualquer esforço! “

FILIPE MELO

Sexta: Glenn Gould - Aria (Bach: The Gold-berg Variations, 1955)“O Glenn Gould é, sem dúvida, um monstro do piano. É um dos músicos mais inteligentes que já surgiu e vê-lo a trab-alhar é incrível, é um génio quer em termos de velocidade quer em termos de musicalidade. Não há muito mais a dizer!”

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fez com que todos os nossos receios fossem ultrapassa-dos. Envolvemos dezenas de estudantes do curso de Ciências do Desporto e de Ciências da Comunicação da UBI, estudantes do en-sino secundário também, ou seja, foi uma experiência coletiva de aprendizagem, contribuindo, assim, para que esta região ficasse mais apta a envolver-se neste tipo de atividades. Depois de tudo o que assistimos e que vivemos nestas duas sema-nas, foi, sem dúvida, uma aposta ganha.

Em termos de organização, qual o ponto mais positivo e o ponto mais negativo que

tanto menor conforme o esforço que colocamos na organização. É uma ques-tão, acima de tudo, de res-ponsabilidade, de sermos frontais e assumirmos os riscos que existem, pois só assim podemos compensá--los. Efetivamente, a inex-periência com eventos desta envergadura, o facto de ser uma região do interior que obrigava a maiores desloca-ções e maior logística e ser uma universidade que não tem os serviços desportivos com a dimensão que outras têm, fez com que a própria FADU tivesse que assumir um papel pedagógico. Este empenho da nossa parte e da Comissão Organizadora

ENTREVISTA

RITA MAGALHÃES

[email protected]

Qual o balanço que faz dos CNUs 2013?

Estas duas semanas tive-ram, este ano, alguns factos diferentes do ano passado, nomeadamente, o número de modalidades, que foi in-ferior, focando-se mais nas coletivas, e estamos a falar de uma zona do país que não costuma acolher even-tos desta dimensão. Tanto os voluntários como a Co-missão Organizadora foram incansáveis e a universidade empenhou-se bastante, o que nos proporcionou todas as condições para termos

um evento desportivo ao mais alto nível: um forte companheirismo, respeito entre todos, um ambiente mais informal, sem que isso afetasse, de forma alguma, a competição. Nestas duas semanas, deci-dimos quem vai ao europeu e, por isso, as equipas man-tiveram sempre um grande entusiasmo durante a prova e, acima de tudo, todos os participantes estão satisfei-tos, aqueles que ganharam, aqueles que não ganharam e os que não puderam vir mas que nos acompanha-ram a partir das redes so-ciais, do website oficial ou das transmissões em direto dos jogos.

Em termos de balanço, pos-so dizer que estamos muito satisfeitos enquanto FADU, organismo de tutela desta competição, que é o expo-ente máximo desportivo do nosso calendário anual. Saímos daqui com um sen-timento de missão cumpri-da e sabendo que se elevou, mais uma vez, a fasquia para o próximo ano.

Inicialmente, estava um pouco reticente relativamen-te à realização dos CNU’s na Beira Interior. Foi dema-siado arriscado trazer esta competição para a Covilhã, Fundão e Belmonte?

O risco é tanto maior ou

Bruno Barracosa faz balanço positivo dos CNU’s e destaca envolvimento da comunidade académica

BRUNO BARRACOSAJoana Meira

Nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNUs), que tiveram lugar na Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, entre os dias 15 e 25 de Abril, o presidente da Federação Académica de De-sporto Universitário (FADU), Bruno Barracosa falou ao ACADÉMICO sobre o balanço dos CNU’s

2013, o desporto universitário em Portugal e o fim do seu mandato na federação.

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-se cada vez mais nesta área. Os números falam por si e, com as transmissões que fizemos nestes CNUs, tive-mos milhares de pessoas a assistir à competição pela internet. As pessoas não se podem interessar por algo que não conhecem e, por isso, nós temos que tornar o produto disponível e dar--lhe visibilidade. É bom sa-ber que o que fazemos aqui tem, cada vez mais, interes-

destaca destes dez dias?

O ponto mais positivo foi, claramente, a dedicação dos voluntários, sem eles seria impossível organi-zar qualquer evento desta dimensão. O ponto mais negativo foram alguns com-portamentos menos éticos e com menos fair-play por parte de algumas equipas, algo que a FADU terá que assumir como prioridade. O ano passado foi o ano na-cional para ética no despor-to, projeto em que a FADU está diretamente envolvida nos próximos quatro anos e, por essa razão, nós, estu-dantes do ensino superior, devemos ser um exemplo, enquanto futuros cidadãos com responsabilidade.

O desporto universitário tem, aos poucos, conquista-do um cada vez maior reco-nhecimento, em Portugal. Este é resultado do trabalho que a FADU tem feito ao longo dos últimos anos?

A FADU acaba por funcio-nar como um agregador e um dinamizador, mas quem, efetivamente, faz o trabalho são os nossos clu-bes, os nossos associados que, no terreno, dia após dia, promovem treinos, par-ticipam e organizam com-petições e conseguem ainda motivar os atletas. Aos pou-cos, vamos chegando a mais

gente, principalmente, por termos tido o discernimen-to de tentar enveredar por meios menos convencio-nais de divulgação. Durante muito tempo focamo-nos na questão da televisão, com ajuda da RTP, por exemplo, mas o nosso público-alvo não está aí. A nossa audiên-cia está nas redes sociais, na internet, está onde tão os to-dos jovens e a FADU foi, nos últimos anos, posicionando-

se e desperta, cada vez mais, a curiosidade do público. No campo político temos tam-bém uma maior visibilidade e uma cada vez maior cons-ciência dos decisores polí-ticos da importância desta atividade enquanto uma ferramenta para a educa-ção. Por estas razões, julgo que, nos próximos dez anos, vamos assistir a um cres-cimento do desporto uni-versitário no nosso país e vamos ficar todos a ganhar enquanto sociedade.

Sente que, internacional-mente, a FADU ainda não é reconhecida como deveria ser?

Há questões com as quais nós não conseguimos com-petir. A partir do momento em que em Portugal, a taxa de prática desportiva é infe-rior a 5%, não vai ser o des-porto universitário que irá atingir taxas mais altas que esta, como acontece nou-tros países. Nós somos um reflexo da sociedade e, se a nossa sociedade não pratica desporto, nós conseguimos contribuir para inverter esta tendência mas não conse-guimos solucionar o proble-ma. No campo desportivo, em relação aos números de participação, é a principal

reflexão que temos de fazer, ou seja, não ambicionarmos chegar a algo que é impos-sível. No campo político e de trabalho, a FADU é uma instituição muito respei-tada internacionalmente. Em Março, tivemos a As-sembleia Geral da Associa-ção Europeia de Desporto Universitário (EUSA) aqui em Portugal, há dois anos conseguimos eleger um membro para o Comité Exe-cutivo da EUSA, já tivemos elementos no Comité Exe-cutivo da Federação Inter-nacional (FISU), somos um participante ativo no pano-rama internacional tendo, nas competições europeias e mundiais participantes de todas as modalidades. Tudo isto somado faz com que tenhamos uma estrutura jovem, capaz e ágil. Por isso, só temos que ter orgulho naquilo que fazemos e con-tinuar o trabalho que temos vindo a fazer para nos pro-mover internacionalmente e para sermos um exemplo a seguir.

Há ainda muito por fazer no desporto universitário?

Há mesmo muito por fazer! O desporto nacional só vai ter, efetivamente, um pulo quando os órgãos máximos

Bruno Barracosa (na foto com a restante direção da FADU) salienta que ainda há muito por fazer no seio do desporto universitário em Portugal

Presidente da FADU assume que a instituição está a mudar de estratégia para chegar aos mais jovens

Nuno

Gonçalves

FADU

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assistir em Portugal?

Este ano vamos ter o Cam-peonato europeu de volei-bol de praia a decorrer, em julho, na cidade do Porto, uma atividade que muito nos orgulha porque, sendo Portugal um país costeiro, é importante usarmos estas mais valias como promoção do que temos para oferecer. O Europeu de voleibol de praia estará interligado, na mesma organização, com o Mundial da mesma modali-dade a realizar no verão do próximo ano, também na cidade invicta. Em outubro, Coimbra recebe o Campeo-nato Europeu de judo, mo-dalidade na qual temos uma forte tradição e uma grande capacidade de obter bons re-sultados.Para o ano que vem, tere-mos uma modalidade que é muito querida no nosso país, o Campeonato Mun-

das universidades entende-ram que isto é prioritário e, felizmente, temos bons exemplos como os reitores de Coimbra, do Porto e do Minho. No entanto, ainda há instituições arredadas da realidade que não consi-deram o desporto universi-tário uma fonte de enrique-cimento para os estudantes. No campo nacional, o pro-blema são as barreiras e, por isso, estamos a trabalhar no estatuto do atleta e no seguro escolar, no sentido de normalizar, no campo legislativo, aqueles que são alguns direitos que devem ser garantidos aos estudan-tes que tomam a decisão de serem atletas universitários. Quanto mais caminharmos nesse sentido, mais jovens do ensino superior teremos a participar no desporto. Com a quantidade também vem, muitas vezes, a quali-dade.

No campo internacional, quanto maior visibilidade o desporto nacional tiver den-tro do próprio país, maior visibilidade, naturalmente, terá no estrangeiro. Julgo que, neste aspeto, se aplica a velha máxima do “agir lo-cal, pensar global” para um melhor desenvolvimento do desporto universitário quer a nível nacional, quer a nível internacional. Temos sido os primeiros a tentar passar esta mensagem e há uma margem de progressão mui-to grande até chegarmos a um nível em que possamos ter um impacto na socieda-de próximo ou equivalente aos jogos olímpicos, porque é de louvar que os atletas consigam conciliar o seu alto rendimento desportivo com o seu percurso acadé-mico.

Quais são as próximas com-petições a que poderemos

dial de andebol que se vai realizar na Universidade do Minho e, visto que fomos vice-campeões do Mundo, no ano passado no Brasil, as expetativas estarão, com certeza bastante elevadas.Neste momento, somos can-didatos a vários eventos, uns que vamos, provavelmen-te, conseguir e outros não. A Universidade do Minho mostrou a sua vontade em receber o Campeonato do Mundo de karaté em 2016 e a Associação Académica de Coimbra também se mos-trou recetiva para acolher os Jogos Europeus Universitá-rios, no mesmo ano.A UBI é candidata à orga-nização do Mundial de bas-quetebol 3x3, um desporto que tem já uma grande tra-dição na Covilhã e, por este motivo, pode servir para im-pulsionar e dinamizar a prá-tica desta modalidade em Portugal. Ainda para 2016, fala-se da possibilidade da Universidade do Algarve receber o Campeonato do Mundo de golfe e do interes-se da Associação Académica da Madeira em acolher o Campeonato do Mundo de corta-mato. Temos candidaturas muito fortes que, possivelmente, trarão, pelo menos, mais dois campeonatos para o

nosso país.

Para finalizar, o que espera do seu futuro na FADU?O meu mandato termina agora em outubro e, quan-do chegar ao fim, eu quero olhar para trás e ver que deixei um legado, que deixei algo que possa ter melhora-do o desporto universitário português, a federação e os clubes. Agora que me apro-ximo da reta final, é um momento de introspeção e acredito que conseguimos dar mais visibilidade ao des-porto, criar mais consciên-cia política e vamos deixar mais ferramentas para que, no futuro, cada vez mais es-tudantes participem no des-porto universitário. Depois do mandato, irei concluir o meu curso e seguir o meu percurso.Não sei se me irei envolver em questões desportivas ou não, mas relativamente à FADU, espero quem venha para o nosso lugar, aprovei-te aquilo que nós deixamos e que tente elevar ainda mais o desporto universitá-rio, para torná-lo mais for-te, mais abrangente e mais sólido. É o encerrar de um capítulo da minha vida, mas acho que deixo uma “famí-lia FADU” feliz com aquilo que conseguimos.

Bruno Barracosa deixa o cargo de presidente da FADU em outubro

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Nuno

Gonçalves

Joana Meira

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

DANIEL MOTA

[email protected]

Twitter lança serviço de música

A rede social Twitter lançou, no passado dia 18 de Abril, um ser-viço de música personalizado denominado por #music.De acordo com a Agência Lusa, cada utilizador poderá desco-brir e ouvir canções em função das suas atividades, das prefer-ências musicais e dos seus se-guidores na rede.As músicas disponíveis estão agregadas ao iTunes, ao Spo-tify e ao Rdio mas a rede social promete associar-se a mais plat-aformas ligadas à música.O serviço encontra-se, nesta fase inicial, apenas disponível nos EUA, Canadá, Reino Unido, República da Irlanda, Austrália e

Nova zelândia.

Ameaças na Internet aumentam em Portugal

O estudo da Symantec, líder global em soluções de segu-rança, revelou um aumento na ordem dos 42% a nível global nos ataques dirigidos em 2012, em comparação com o ano an-terior (2011).Estes estão cada vez mais a atingir o sector industrial, bem como pequenas empresas.Portugal foi o 38.º país a regi-star mais ameaças na Internet em 2012, face ao 44.º lugar ocu-pado no ano anterior.Em Fevereiro de 2012, “60% do tráfego de e-mails monitoriza-dos em Portugal dizia respeito a mensagens de ‘spam’ (men-sagem eletrónicas não solicita-das).

Jogo português destacado na AppStore

Fangz é o nome do jogo por-tuguês que está a fazer furor na loja virtual de aplicações da Apple. “Mata, desfaz e esmaga advogados, banqueiros e outros vampiros” é a frase de apre-sentação do 1º jogo português em destaque e com mais de 13 mil downloads na AppStore. De acordo com o JN, o jogo funcio-na em tablets e smartphones e reflete um investimento de cer-ca de 150 mil euros e mais de 10

mil horas de trabalho. Alexandre Ribeiro começou a trabalhar no projeto em 2009, primeiro nas horas livres do emprego na Nokia Siemens, depois a tempo inteiro após cessar funções na empresa.

Surfistas e as ondas no telemóv-el

Desde o passado mês de abril que quem quiser surfar poderá saber o estado das ondas a partir do telemóvel. A aplicação via internet com as previsões

das condições para a prática da modalidade em várias pra-ias da costa portuguesa tem o nome de “Qual é a tua onda?”. Esta pertence ao projeto do In-stituto Hidrográfico (IH) que, em parceria com a Federação Portuguesa de Surf vai apoiar o desenvolvimento do surf em Portugal.Os produtos que vão ser dis-ponibilizados à escala das pra-ias agrupam previsões espaciais da altura e período das ondas, assim como previsões da maré e do vento local.

twittadas

BRuNO fERNANDES

[email protected]

Um estudo, divulgado pela União Europeia, revela que, cada vez mais, as escolas es-tão a usar as TIC. Portugal é apontado como um exemplo positivo.

Alunos estudam em escolas com banda larga

O estudo chega à conclusão que os 9 em cada 10 alunos estudam em escolas equipa-das com ligação à internet entre os 2 e os 30mbps (me-gabites por segundo) de ve-locidade, ficando o número de computadores por núme-ro de alunos entre os três e os sete equipamentos. No entanto, nem tudo é po-sitivo!Só metade dos alunos eu-ropeus com 16 anos estuda em escolas equipadas com

equipamentos recentes e li-gações à internet acima dos 10mbps, para além de am-bientes virtuais, redes sem fios ou serviços de e-mail para alunos. Ainda nesta faixa etária, 20% nunca ou quase nunca usaram um computador na escola. O estudo também revela que uma em quatro crianças com nove anos es-tuda em escolas totalmente digitais. O estudo também põe em destaque a substituição dos computadores de secretária pelos computadores portá-teis.

Portugal entre os melhores

Apesar da reduzida quanti-dade de respostas (35%, per-centagem referente à amos-tra/escolas onde pelo menos um aluno ou um professor respondeu ao questionário), é possível concluir que Por-

escolas usam cada vez mais tecnologias de informação

DRtugal é um dos melhores países na utilização das TIC em ambiente escolar. Segundo o estudo, os alu-nos levam os seus próprios equipamentos para a escola e os ambientes virtuais são muito utilizados. No entanto, o número de equipamentos por aluno deixa muito a desejar: a mé-dia de equipamentos por aluno anda na ordem do um computador por 71 alunos, enquanto que a média eu-ropeia é de um computador por vinte alunos. A Romé-nia tem a pior situação deste item do estudo (um compu-tador para 500 alunos) e a Dinamarca a melhor situ-ação (um computador por quatro alunos). Quanto a quadros eletró-nicos, Portugal apresenta uma média de um quadro eletrónico por 83 alunos, sendo o quinto melhor da União Europeia.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 30.ABR.12 // ACADÉMICO

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Conferência “Emprego Bom e Já!”10 de Maio no Campus de Gualtar

> 10 MAIO ‘13Conferência “Emprego Bom e Já” Campus de Gualtar, em Braga

>

Building Global Innovators

Sessão de Apresentação na Universidade do MinhoÉs empreendedor?Tens uma inovação em mente?Então não podes deixar de conhecer a 4ªEdição da Building Global Innovators.Este programa visa identificar e apoiar ideias de negócio de carácter tecnológico, promover a conexão entre empreendedores e investidores à escala global e encorajar a colaboração a nível internacional. Na sessão de apresentação a decorrer a 22 de Maio na Universidade do Minho será explicado o funcionamento do programa, quais os resultados alcançados e quais os benefícios. Alguns Alumni estarão presentes para falar da sua experiência!

O programa conta com os seguintes resultados até à data:- 80% dos semifinalistas lançaram as suas startups;- 15 mil euros de financiamento garantido;- Cerca de 100 postos de trabalho qulificado criados.

Local:campus de Gualtar (espaço a confirmar)Mais informações em http://mitportugal-iei.com/

> 8 MAIO ‘13Workshop “Nega o ócio, mas pla-neia!”B>IN em Guimarães

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Gabinete-de-Inserção-Profissional-da-AAUM

> 22 MAIO ‘13Sessão de Apresentação “Building Global Innovators”Campus de Gualtar

> 29 MAIO ‘13Startup Tour

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CULTURA

JOSÉ REIS

[email protected]

É assumido: os Long Way to Alaska têm uma relação muito próxima com a água. Já havíamos notado isso em “Eastriver”, o primeiro longa duração da banda, através das letras e das ima-gens que acompanhavam a edição. Mas o novo EP, “Life Aquatic”, aprofunda essa relação ao mergulhar na imensidão da vida aquática. “É música de verão, num espírito mais tropical, mais festivo e menos melancó-lico”, revela Nuno Abreu, um dos elementos da ban-da, que acaba de editar o EP novo. “É um registo que tem uma essência diferente, em que as guitarras e as vozes estão diferentes, em que as músicas estão mais adultas, mais sólidas”, assegura Gil Amado, outro dos elemen-tos dos Long Way to Alaska.

Músicas mais longas Um trabalho que apresen-ta uma banda com estrada feita, onde o disco espelha os concertos dados entre álbuns, onde a idade que

avança sintetiza um disco mais coeso, “mais denso”. “As músicas estão mais co-loridas, há uma nova cor na vida dos Long Way to Alaska”, revela Gil, logo as-sumindo que “não foi algo pensado, foi algo que foi acontecendo naturalmente”. A banda, que parte agora

long way to alaska vão até ao fundo do mar

para os concertos pelo país, sabe que leva “uma brisa re-frescante” que, acreditamos nós, poderá animar muitas pessoas que os virem ao vivo. São quatro os temas que compõem este novo EP, ao longo de mais de 20 minutos, onde a presença de Miguel Nicolau, dos Me-

mória de Peixe, vem acres-centar ainda mais ritmo ao existente no próprio tema, “King of Your Own”. “Sem-pre fizemos músicas muito curtas, mas este disco apos-ta em músicas mais longas. É mais uma das diferenças que encontramos quando comparamos as duas edi-

ções. Conseguimos mudar”, dizem os elementos da ban-da. Banda esta que, por ago-ra, não pensa lançar uma longa duração; por agora, aproveita a vinda no fundo do mar, refrescante, exótica mas, acima de tudo, muito promissora do qur virá de-pois.

DR

“Life Aquatic” é o nome dos mais recente EP dos Long Way to Alaska. Um trabalho com quatro novos temas, onde a água e o mar estão novamente presentes no imaginário dos músicos.

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4 - Eu (Não) Sou Um Cromo de Jim Smith - Bertrand. Mais uma novidade, irreverente e imaginativa, para ombrear com todos os diários “bananas” e, por cima, fará as delícias dos leitores mais “pequenos”.

5 - Filha do papa de Luís Miguel Rocha - Porto Editora. O Vaticano, Pio XII, a II Guerra Mundial, a dupla Sophia e Rafa, numa aventura plausível e trepidante. Lê-se num fôlego.

PÁGINA 17 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 16 / 201319 ABRIL

1 NICK CAVE & THE BAD SEEDSWe no who u r

2 JUNIP - Your life your call

3 CALIFORNIA WIVES - Tokyo

4 MIRALDO - The ancient days

5 PALMA VIOLETSBest of friends

6 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege

7 ORLANDO SANTOSFor real (electric mood)

8 RHYE - The fall

9 DEOLINDA - Seja agora

10 FOXYGEN - No destruction

11 OS SOBREVIVENTESQue força é essa

12 QUEENS OF THE STONE AGE - My god is the sun

13 DEERHUNTERBack to the middle

14 B FACHADA - Carlos T

15 SOAKED LAMB, THEA flor e o espinho

16 CAT POWER - Ruin

17 DJANGO DJANGOHail bop

18 WE TRUST & BEST YOUTH Tell me something

19 ALLAH-LASDon’t you forget it

20 DIABO NA CRUz - Luzia

POST-IT

29 abril > 3 maio

ORELHA NEGRAMy Best Kept Secret feat. Kika Santos

DAFT PUNKGet Lucky

IGGY AND THE STOOGES Burn

SÉRGIO XAVIER

[email protected]

Os Dear Telephone apresen-taram-se ao mundo em 2011 com o EP ‘Birth of a Robot’. Segundo os próprios, a in-tenção residia na “vontade de decantar soap operas e melodramas de bolso, em pop duro, frugal e minima-lista”. Um disco que serviu de introdução a um novo território sonoro de uma banda cujos membros têm

um passado (e presente) musical bastante rico e di-versificado, com ligações a bandas como os The Asto-nishing Urbana Fall, La la la Ressonance, Peixe:Avião, Green Machine ou Kafka. A mudança de formação em relação ao EP, com a entra-da de Ricardo Cibrão para o lugar de Paulo Araújo, não alterou a coesão nem a orientação da sonoridade da banda. Ainda assim há a destacar uma maior presen-

CD RUMça das guitarras, bem evi-dente logo na faixa de aber-tura ‘O dearest knight in shining armour’, e a “liber-tação” das vozes de André Simão e de Graciela Coelho, que muitas vezes surgiam em unísssono, funcionan-do como um bloco. Esta maior autonomia enriquece o trabalho. Permite “jogar”

com a duplicidade e com o exercício de personagens tão característicos dos Dear Telephone, para além de de-monstrar a qualidade vocal excepcional de Graciela, um pouco escondida em ‘Birth of a Robot’. Não sendo um disco de fácil acesso, a música dos Dear Telephone mantém uma

certa austeridade e frieza, as sucessivas audições vão-nos revelando um grande disco! A primeira apresentação em palco acontece a 4 de Maio no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. No final do mês os Dear Tele-phone marcam presença na segunda edição do Optimus Primavera Sound, no Porto.

AGENDA CULTURALBRAGA

DANçA3 de MaioEstrangeirosTheatro Circo

MÚSICA30 de AbrilAzeituna na SéSé de Braga

30 de AbrilRhys ChathamGNRation

3 de MaioDead ComboGNRation

GUIMARÃES

MÚSICA7 de MaioJosé JamesNo Beginning no endCCVF

5 de MaioSónia e as ProfissõesSão Mamede

FAMALICÃO

TEATRO29 e 30 de AbrilMemorial do ConventoCasa das Artes

2 e 3 de MaioBrightfield Casa das Artes

EXPOSIçÃO4 a 30 de MaioExposição Helena RomãoCasa das Artes

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

dear telephone“taxi ballad”

1 - Agosto de Rubem Fonseca - Sextante. O comissário Alberto Mattos, a crise política, manipulações de toda a ordem, o suicídio de Getúlio Vargas num romance genial e perfeito de um autor incomparável. Merecedor do Nobel.

2 - Este é o Reino de Portugal de José Brandão - Saída de Emergência. Antologia de textos, diários e cartas, de autores estrangeiros, sobre

Portugal e os portugueses, às vezes, justo, outras vezes, sobranceiro.

3 - As recordações de Edna de Sam Savage - Planeta. Um autor “tardio” com um romance delicado e pungente, sobre e da vida de uma mulher.

DR

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DESPORTO

Académica, campeã em tí-tulo e campeã europeia em 2010, as minhotas entraram melhor, mas só perto do in-tervalo chegaram à vanta-gem.2ª parte, quando muitos sus-peitavam da reviravolta, as minhotas deram mostras da excelente forma com que se apresentaram na Covilhã e fecharam o encontro com 3-1.A turma feminina deu lugar aos masculinos que, cedo quiseram repetir a proeza. Foi, uma vez mais, frente à Académica da Coimbra quea AAUM brilhou.Desta vez excedeu a vitória convencional e destronou os homens de Coimbra. Ao in-tervalo o resultado não deixa-

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

O voleibol feminino e as equipas de futsal feminino e masculino da AAUMinho subiram ao lugar mais alto do pódio nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) que se realizaram na Covilhã, após vencerem nas finais as suas adversárias da Acadé-mica de Coimbra. Um feito inédito, uma vez que nunca a academia minhota tinha chegado à “mão cheia” de títulos colectivos em fases finais.Foi a 25 abril que se deu a revolução minhota nestes

CNU’s com estas conquistas. Os pavilhões desportivos da UBI, sempre bem compos-tos, foram o palco destas fi-nais. No entanto, o dia não começou tão bem como se esperaria com a equipa de voleibol masculino a deixar fugir o bronze no jogo de atribuição de 3º e 4º lugares.Foi frente à equipa da U. Porto que os minhotos su-cumbiram no primeiro jogo minhoto do dia com uma derrota inequívoca de 3-0.As atenções da tarde e noite viraram-se para o principal pavilhão da UBI com as fi-nais de futsal e voleibol a chamar a atenção dos estu-dantes.No voleibol feminino, jogo

“mão cheia de ouro” em cnu’s com nota artística para os atletas da aauminho

que pareceu fácil para o Mi-nho. 3-0 frente à Académica selaram o regresso da taça para o Minho, dois anos de-pois. Muita estratégia do treinador minhoto que estu-dou bem a equipa adversária conseguindo, desde cedo, aniquilar os pontos fortes da AAC. Com este brilhante triunfo a AAUMinho conquistou pela 5ª vez o título nacional na variante feminina e garantiu a presença no Europeu Uni-versitário que decorrerá em Chipre.Do voleibol para o futsal... Mudou a modalidade, não mudou o resultado. Só deu Minho!No futsal feminino, frente à

va espaço a dúvidas. AAUM 5 - 0 AAC. Na segunda meta-de a AAUM geriu da melhor forma o marcador, aguentou a pressão da Académica, mas sempre com o triunfo asse-gurado, apesar das investidas adversárias.Resultado final... 7-1 para o Minho, desta feita, com nota artística 10 para alguns joga-dores minhotos que chega-ram ao tetra campeonato.Contas feitas, foram uns CNU’s memoráveis paras as contas da AAUMinho que juntaram ao futsal masculi-no e feminino e ao voleibol feminino, os títulos de an-debol masculino, futebol de 11 e o bronze do basquetebol feminino.

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Nuno Gonçalves

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