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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 180 / ANO 8 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 27.NOV.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Eleições EEUM: Os candidatos em discurso direto no ACADÉMICO especial Página 11 Optimus Discos: Entre a pop melancólica e os casamentos (quase) perfeitos... cultura Página 16 Tu decides... Carlos Videira Carlos Silva Filipe Oliveira Nuno Rodrigues Um deles será o futuro presidente da AAUM Dia 4 de dezembro, vota!

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ACADEMICO 1800

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA180 / ANO 8 / SÉRIE 4TERÇA-FEIRA, 27.NOV.12

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Eleições EEUM:Os candidatos em discurso direto no ACADÉMICO

especial

Página 11

Optimus Discos:Entre a pop melancólica e os casamentos (quase) perfeitos...

cultura

Página 16

Tu decides...

Carlos Videira Carlos Silva

Filipe Oliveira

Nuno Rodrigues

Um deles será o futuro presidente da AAUMDia 4 de dezembro, vota!

27.NO

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Façam-se ouvir!Chegou um dos momentos mais importantes do ano para os es-tudantes da Universidade do Minho. Os alunos vão ter, no pró-ximo dia 4 de dezembro, a opor-tunidade de escolher aqueles que os irão representar durante um ano de mandato. Quatro listas a concorrer à direção, três à mesa da RGA e três ao CFj são sinóni-mo de pluralidade. Os estudan-tes saberão escolher aqueles em quem acreditam. Uma coisa é certa, seja na X ou na Z... Votem!!!

AbstençãoÉ habitual que, ano após ano, os níveis de abstenção nas eleições da AAUM sejam muito eleva-dos. A rondar os 90%. Resulta de um total alheamento dos es-tudantes. Por outro, talvez por não verem uma real “alternativa” às sucessivas listas de continui-dade. Este ano, aparecem qua-tro listas, logo, mais discussão, mais ideias, mais debate, mais empenho de quem compõe as listas. Esperemos que o número deste ano seja menor.

1º dezembroA cultura elevada ao expoente má-ximo na Universidade do Minho. Felizemente, uma tradição que se mantém, que as sucessivas direções da AAUM não deixam cair. Na noite de 30 de novem-bro celebra-se o 1º de dezembro no Theatro Circo. Um palco de excelência para se mostrar o que de melhor se faz através da cul-tura académica. Certamente que a qualidade não ficará a desejar e por quem lá passar terá um serão, certamente, memorável.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 27 Novembro 2012 / N180 / Ano 8 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

PÁGINA 03 // 27.NOV.12// ACADÉMICO

INQUÉRITOA escassa informação sobre as listas leva o aluno a afir-mar que a sua intenção de voto ainda não se encontra definida. Tendo o hábito de votar, avalia este ato como fundamental na manifesta-ção de opinião dos estudan-tes, seja ela de agrado ou descontentamento. No seu parecer, a Lista A “poderá ser a principal candidata à vitória, desde logo pela ex-periência de vice-presidente do atual candidato”. Pedro considera ainda o “conceito de continuidade”, que lhe parece ser um for-te indicador para o sucesso da lista em questão. O es-tudante afirma ainda: “Vou optar por esperar pela con-clusão da campanha e na al-tura certa, colocarei o meu voto naquela que penso ser a lista que continuará a dig-nificar esta academia. É ne-cessário que alguém dê a co-nhecer “a alma do Minho”.

Filipe tenciona votar na lista A. Embora reconheça a im-portância do voto, nunca vo-tou na renovação de órgãos da AAUM, mas tenciona fazê-lo este ano pela primei-ra vez. Afirmando conhecer todos os candidatos, atenta na motivação que todos de-têm em melhorar a AAUM. Uma das razões que o levam a votar na lista A, é o facto de conhecer pessoalmente o líder da lista, Carlos Videira, e achar que o mesmo daria um “excelente presidente”. Filipe Fernandes remata o seu parecer dizendo que “a Lista A tem ideias para levar a AAUM para a frente”.

Fernando pretende votar na lista A para a direção da AAUM, na lista E para a Mesa da RGA e na lista H para o Concelho Fiscal. Co-nhecendo a maior parte dos candidatos afirma: “Sempre votei para estes três órgãos desde que estou na UM.” “É bastante triste ver todos os anos uma alta taxa de abs-tenção, e não penso que isto se deva maioritariamente à falta de divulgação, mas sim à atitude de indiferença de alguns estudantes. Pen-so que são listas com ideais distintos, o que revela uma grande possibilidade de es-colha ao eleitor”, acrescenta.Quanto às razões de voto, aponta a confiança nas lis-tas como principal motivo: “Acredito que estas listas irão manter a nossa acade-mia como uma das princi-pais referências do associa-tivismo a nível nacional.”

“Não estou a par de quais são as listas”, revelou Cátia, que irá ter a oportunida-de de votar nas eleições da AAUM pela primeira vez este ano. Reconhece a im-portância do voto e afirma que “se não desfrutarmos deste direito, não temos o di-reito à critica”. Ainda assim, confessa não ter o hábito de o fazer: “Não tenho esse há-bito. Já no secundário, não costumava participar na eleição das listas para a As-sociação de Estudantes”. A aluna conclui assegurando que a sua escolha ainda não foi feita.

FILIPE FERNANDES2º ANO//

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

FERNANDO MARTINS5º ANO//

ENG. BIOMÉDICA

CÁTIA COUTO1º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

ana filipa gaspar

[email protected]

Dia 4 de dezembro, o direito ao voto volta a estar disponível a todos os alunos da Universidade do Minho.

Está em causa a eleição de uma nova presidência nos três órgãos que constituem a AAUM: Direção, mesa da Reunião Geral de Alunos e o Conselho Fiscal e Jurisdicional. Nos anos anteriores, o desinteresse neste assunto por parte dos alunos foi evidente, com uma abstenção que tem ultrapassado amplamente os 80%.

O ACADÉMICO tentou perceber quais são as intenções de votos dos estudantes e as opiniões dividem-se. Enquanto uns parecem já estar certos do voto, outros apontam a falta de informação como culpada das indecisões.

PEDRO TORRES2º ANO (PÓS-LABORAL)//

CONTABILIDADE

em quem votas no dia 4 de dezembro?

PÁGINA 04 // 27.NOV.12 // ACADÉMICO

especial eleições aaum[direção] lista acarlos alberto fonte videiraana pinHEirO

[email protected]

DaniEl MOTa

[email protected]

isabEl raMOs

[email protected]

O que te levou a apresentar a candidatura?

A motivação de servir os estudantes, de os defender e representar, entendendo que havia condições para desenvolver esse mesmo trabalho num quadro de responsabilidade, em que fosse possível acrescentar valor àquilo que tem sido a associação académica ao longo dos últimos anos. O percurso que tenho desen-volvido a nível associativo, quer ao nível dos núcleos de curso quer ao nível da pró-pria associação académica, dá-me alguma experiência importante neste projeto. O apoio de pessoas bastante experientes que constituem a lista, reúne todas as condi-ções necessárias para levar este projeto a bom porto.

Quais as linhas orientadoras da lista que propões para di-rigir a direção da AAUM?

Em primeiro lugar entendo que deve ser dada priorida-de à vertente social, nome-adamente nestes tempos difíceis, com esta crise so-cioeconómica muitos estu-dantes deixam de frequen-tar o ensino superior por falta de verbas. Com isto pretendemos revindicar ao nível de ações sociais, com estudo de estabelecimento de alguns fundos, seja fun-do perdido, seja mediante campanhas de colaboração, empréstimos e algumas campanhas de solidarieda-

de que possam auxiliar os estudantes e as suas famí-lias mais carenciadas. Em segundo lugar, uma maior presença da associação académica em Guimarães revindicando melhores con-dições de acesso entre as re-sidências universitárias e o campus de Azurém, traba-lhar no estabelecimento efe-tivo da reprografia da escola de Arquitetura, procurando oferecer mais serviços aos estudantes.

Quais as principais ideias para os diferentes departa-mentos da AAUM? Há al-gum prioritário?

O departamento social, como anteriormente, terá uma palavra muito impor-tante a dizer. Queremos desenvolver alguns proje-tos nomeadamente no que diz respeito a atividades e iniciativas que promovam inclusão de alunos com mo-bilidade reduzida, portado-res de alguma deficiência fazendo um estudo que per-mita adotar os campi a esta realidade. Dar um reforço ao departamento de pós-gra-duação da associação acadé-mica, procurando dar uma maior atenção nas questões relativas às bolsas de inves-tigação e do financiamento das mesmas por parte da FCT. Acompanhar ao nível das relações internacionais, o apoio dos alunos da Uni-versidade do Minho que têm experiências de mobili-dade fora do país.

Onde pensas que deve haver uma intervenção rápida?

Com a situação que vive-mos a aposta tem de ser claramente ao nível dos pro-cessos de ação social quer direta quer indiretamente procurando junto do gover-

no um reforço do sistema de ação social em Portugal. Para isto é necessário veri-ficar quais são as carências mais emergentes que os alunos da Universidade do Minho estão a passar.

Que inovações pretendes in-cutir no seio da AAUM?

A presença da Associação Académica no campus de Azurém, ao nível das saídas profissionais com as ativida-des setoriais junto das esco-las e dos institutos. Dar um novo impulso ao processo relativo à nova sede da as-sociação académica, porque cada vez mais sentimos a necessidade de ter esse es-paço inserido no campus.

Qual deve ser a posição da tua Lista no que respeita à

relação com a Reitoria?

É uma posição de total in-dependência. São duas ins-tituições autónomas que desenvolvem um trabalho no mesmo meio, sendo por isso também necessário es-tabelecer quadros de colabo-ração muito ativos porque ambas procuram melhorar o bem-estar dos estudantes.

No que diz respeito à po-lémica em torno da praxe, qual a posição da lista?

Esta lista defende a praxe e todos os valores que estão inerentes à praxe, o compa-nheirismo a solidariedade e entreajuda. Esta lista vê com muito bons olhos a praxe quando assim é e quando está subordinada a causas sociais e pedagógicas, esta-belecendo quadros de cola-

boração com núcleos, com a associação e com a cidade. O sentimento de pertença para com a instituição mãe e o incutir o orgulho de ser estudante minhoto é outra mais-valia. Esta apenas faz sentido dentro do campus com algumas regras, tais como o barulho produzido junto dos CP’s.

Que diferenças existem en-tre a lista do ano passado onde estavas integrado, e a deste ano?

A questão de conferir ao cartão de sócio uma utilida-de diária, com mais vanta-gens e parcerias quer a nível comercial e institucional é umas das maiores altera-ções que pretendemos fazer quer nos serviços de trans-portes da AAUM, quer nos de reprografia.

PÁGINA 05 // 27.NOV.12 // ACADÉMICO

especial eleições aaum[direção] lista bcarlos sebastião bretão da silvaana pinHEirO

[email protected]

DaniEl MOTa

[email protected]

isabEl raMOs

[email protected]

O que te levou a apresentar candidatura?

Nós concorremos à direção da AAUM porque, enquan-to estudantes, não concorda-mos com a atual direção da Associação Académica. Esta é conivente com o gover-no que propõe austeridade como método de resolução da crise, o que traz inúme-ros problemas para a acade-mia.

Quais as linhas orientadoras da lista que propões para di-rigir a direção da AAUM?

Somos uma lista que assu-me uma posição contra a As-sociação Académica atual, contra a austeridade, porque ela também provoca conse-quências tremendamente nefastas para as universi-dades. A título exemplifica-tivo dou os recentes cortes nos financiamentos das universidades públicas que têm asfixiado programas sociais e, inclusivamente, na reitoria da Universidade do Minho, deram origem ao despedimento de docentes e de funcionários. O nosso principal objetivo enquanto lista candidata é zelar pelos interesses particulares dos alunos, que é, de um modo geral, assegurar as condi-ções para a sustentabilidade de um ensino superior pú-blico de qualidade.

Quais as principais ideias

para os diferentes departa-mentos da AAUM? Há al-gum prioritário?

A nossa prioridade não é dar mais relevo a um depar-tamento em detrimento de outro, mas acima de tudo, dar prioridade àquilo que são os nossos principais ob-jetivos enquanto lista candi-data.

Onde pensas que deve haver uma intervenção rápida?

Tentaremos impedir o mais possível os cortes na presta-ção de serviços sociais aos estudantes e isso conside-ramos ser o objetivo mais abrangente. Através da consciencialização, preten-demos informar os alunos, não nos abstendo da função pedagógica que uma Asso-ciação Académica deve as-sumir. Propomos, como já temos vindo a fazer desde 2008, informar os alunos e alimentar a consciência física dos estudantes e neste sentido alimentar também princípios que são básicos numa democracia, como sendo a informação e como é alimentar o espírito cívico dos cidadãos que são simul-taneamente estudantes da Universidade do Minho.

Que inovações pretendes in-cutir no seio da AAUM?

Uma das inovações que pre-tendemos incutir no seio da AAUM será na sequência da mobilização para a cons-ciencialização dos proble-mas cívicos e académicos. A criação e o fomento de debates, o fomento tam-bém da participação cívica e académica dos alunos. E nesse sentido procuraremos identificarmo-nos muito

mais com os problemas dos estudantes para que eles se revejam em nós, enquanto lista que os representa.

Qual deve ser a posição da tua lista no que respeita à relação com a Reitoria?

Esta não é de todo uma questão essencial a tratar. Uma lista deve representar os interesses dos alunos e não representar os interes-ses do Governo, nem mui-to menos os interesses da Reitoria, que muitas vezes

são semelhantes. Estare-mos de acordo com o reitor se as suas decisões vierem ao encontro dos interesses dos estudantes. Se isso não se processar desse modo, a posição da nossa lista será opor-se efetivamente à posi-ção do Reitor.

Em relação à polémica em torno da praxe, qual a tua posição?

Sendo que a própria cons-tituição da república portu-guesa consigna a liberdade de expressão e a estabelece

enquanto princípio, no nos-so entender, este assunto deve ser remetido para ins-tâncias estudantis.Devem ser os próprios estu-dantes a resolver esta ques-tão. Não remetemos para uma decisão interna deste organismo, mas sim para a decisão dos estudantes ain-da que proponhamos alter-nativas à praxe para aqueles que não estejam interessa-dos ou não vejam uma so-lução agradável na atividade praxante como atividade de acolhimento dos estudan-tes.

PÁGINA 06 // 27.NOV.12 // ACADÉMICO

especial eleições aaum[direção] lista cfilipe costa oliveiraana pinHEirO

[email protected]

DaniEl MOTa

[email protected]

isabEl raMOs

[email protected]

O que te levou a apresentar candidatura?

Acima de tudo o desejo de mudança. A falta de interes-se, a falta de vontade da nos-sa Associação de lutar pelos direitos dos estudantes. O pouco dinamismo fez com que muitos alunos não acre-ditem no verdadeiro poder associativo. O comodismo não faz parte da natureza do estudante, mas quando chega à Uni-versidade do Minho (UM) é-lhe apresentada uma rea-lidade: há Enterro da Gata, Recepção ao Caloiro e Gata na Praia e o estudante con-tenta-se com isto, sem pro-curar melhorar mas com a garantia de que não piora.

Quais as linhas orientadoras da lista que propões para di-rigir a direção da AAUM?

Queremos mudança na ati-tude dos órgãos representa-tivos da Associação Acadé-mica.Há cerca de 90% de absten-ção ao voto e este desinte-resse mostra que os órgãos que dirigem a AAUM não estão a fazer um trabalho suficiente para cativar o in-teresse das pessoas.O principal propósito da AAUM é defender os estu-dantes. Não devemos dizer “não” a um determinado tipo de medidas, temos que pensar nas soluções, não ex-cluindo nada antes de pen-sar nos alunos.

Quais as principais ideias para os diferentes departa-mentos da AAUM? Há al-gum prioritário?

A prioridade é o departa-mento social.A redução dos preços dos transportes é alcançável, não estamos aqui a sonhar.Pretendemos criar um ban-co alimentar para ajudar os alunos que têm que se privar de refeições para es-tudar. Como lista, já fomos procurar soluções e falamos com responsáveis do Pingo Doce.Foi-nos dito que temos que apresentar medidas de apoio concretas aos estu-dantes, mas que a marca nos quer ajudar.Também queremos a cria-ção de um Fundo de Emer-gência Social, juntar dinhei-ro para ajudar os alunos que, mediante a apresenta-ção de factos, nos mostrem que não têm forma de conti-nuar a estudar na UM.

Onde pensas que deve haver uma intervenção rápida?

As medidas do social não podem ser adiadas, trata-se da vida dos estudantes e da sua permanência na UM. Há pessoas que realizam apenas uma refeição, que são obrigadas a arranjar al-ternativas para esticar o or-çamento. Não quero que pensem que o que digo é só campanha, que no caso de ganharmos estas eleições nos vamos acomodar. Acontece que isto demora, as pessoas vão notar logo a intervenção da AAUM, mas é natural que o alcance das medidas se alongue por algum tempo.

Que inovações pretendes in-

cutir no seio da AAUM?

Acima de tudo queremos ter uma lide transparente. Queremos que os estudan-tes tenham sempre consci-ência real.Há um portal onde as des-pesas são colocadas, porque é que ele não é aberto?O CFJ revê e dá o seu pare-cer relativo às contas mas, no espaço de quatro meses, os alunos podiam ver se não se está a gastar dinheiro a mais, ou se os fundos estão a ser bem aplicados.

Qual deve ser a posição da tua lista no que respeita à

relação com a Reitoria?

Não se trata da posição de uma lista, trata-se da posi-ção dos estudantes.Caso seja preciso bater o pé e fazer vincar a posição dos alunos, assim faremos. Quando a Associação Aca-démica atual é questionada sobre quais serão as solu-ções para determinado pro-blema diz que o fez chegar à reitoria ou ao ministério, por exemplo. A nossa ideia não é só fazer chegar os problemas, é ser-mos ouvidos ou, se não nos quiserem ouvir, arranjar ou-tra forma de mostrar a nos-sa voz!

Em relação à polémica em torno da praxe, qual a tua posição?

Há medidas promovidas pelos órgãos praxísticos da Universidade do Minho (como recolhas de alimentos e de brinquedos ou acompa-nhamento de lares de ido-sos e orfanatos por parte de alunos da academia) que eu acho que não há como não apoiar ou aplaudir.Temos que respeitar os dois lados, ou seja, não podemos tolerar a censura por parte da reitoria nem consentir nenhum tipo de discrimi-nação entre os estudantes da academia.

PÁGINA 07 // 27 NOV.12 // ACADÉMICO

especial eleições aaum[direção] lista dnuno filipe moura rodriguesana pinHEirO

[email protected]

DaniEl MOTa

[email protected]

isabEl raMOs

[email protected]

O que te levou a apresentar a candidatura?

Basicamente, o objetivo é fa-zer uma alternativa à Asso-ciação Académica atual, em vários pontos entre os quais discordamos por completo, ao nível da intervenção, ao nível de oposição em relação às políticas do ensino supe-rior.A nível de intervenção inter-na, da relação com a Reito-ria.

Quais as linhas orientadoras da lista que propões para di-rigir a direção da AAUM?

Nós temos dois planos de intervenção, a nível geral no ensino superior e a ní-vel local, na Universidade. Achamos que relativamente às políticas de ensino supe-rior deve haver uma posição clara. Uma das coisas que nos discordamos é que a direção atual é que tem po-sições pouco claras, fecha-se e não discute posições. Nós temos uma posição clara e apresentámo-las desde já, achamos que as políticas de ensino superior são bastan-te lesivas. Os efeitos visíveis são o aumento das propinas, a falta de bolsas, falta de apoios, a subida dos preços da cantina, a restruturação de cursos.

Quais as principais ideias para os diferentes departa-

mentos da AAUM?

Nós, em relação aos depar-tamentos, achamos que há uma coisa que é essencial fazer, que é desburocrati-zar a associação académica. Queremos perceber quais são as necessidades relati-vamente às várias áreas e a partir daí formar depar-tamentos, menos burocra-tizados, mais acessíveis e com mais representação. Achamos que muitos de-partamentos que são forma-dos são desconhecidos para maior parte dos estudantes que não sabem qual é a sua função. Nesse ponto de vis-ta, em vez de fazer uma pré--formação, é de todo mais útil fazer uma pós-formação de departamentos.

Onde pensas que deve haver uma intervenção rápida?

Uma Associação Académi-ca não faz nada sozinha, não se vai fazer num escri-tório, não se resolve com uma direção, resolve-se sim, com os estudantes todos. Achamos que a Associação Académica é um meio ex-celente porque tem muita visibilidade. Nesse sentido, temos de chamar as pessoas para se manifestarem, fa-zerem abaixo-assinados, te-rem reuniões, falarem com os professores, consertarem posições entre si. Dar voz aos núcleos de estudantes dos vários cursos e das vá-rias escolas, fazer com que a praxe seja interventiva. Uma série de questões que uma Associação Académica tem de ter responsabilidade.

Que inovações pretendes in-cutir no seio da AAUM?

Uma das coisas que é era re-

almente inovador era dar voz aos estudantes. Nós acha-mos muito importante que a associação académica não monopolize uma opinião de todos os grupos. Queremos que faça o contrário. Reúna, conserte opiniões, chame as associações a discutir umas com as outras.

Qual deve ser a posição da tua lista no que respeita à relação com a Reitoria?

Nós achamos que a Asso-ciação Académica deve ter um papel intermédio entre os estudantes e a Reitoria.

Tem que informar o Reitor exatamente sobre o que os estudantes acham.Para saber o que os estu-dantes pensam, temos que os ouvir. Não é esperar que eles venham falar, mas sim ir falar com eles. Não tem sentido nenhum “dar a mão a um Reitor” porque se tor-na conveniente para ação da Direção. É provável que se tomarmos uma posição con-tra a do Reitor, ele limitará a ação da direção, mas é o risco que temos de assumir.

Em relação à polémica em torno da praxe, qual a tua

posição?Somos totalmente contra o limite que tem sido feito à praxe. Isto não é resultado da universidade nem resul-tado do reitor, por si só, isto é um ataque generalizado nas escolas, do ensino su-perior português, que tem a ver com o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que é o limite de reunião dentro das escolas. Não somos contra quem não quer ser praxado ou não quer praxar, mas achamos que a praxe deve ser livre e deve ser dentro da escola. Não devem impor limites a praxe.

PÁGINA 08 // 27.NOV.12 // ACADÉMICO

AAUM e os seus associados, por isso, se se aumentar o in-teresse dos nossos estudan-tes nestas temáticas, a taxa de participação aumentará no próximo mandato”.

são de dados que realmente chamem a atenção dos estu-dantes e incitem à sua parti-cipação”. Segundo o concor-rente pela Lista E, a RGA “é o espaço de diálogo entre a

CaTarina sOUsa silVa

[email protected]

riTa MagalHÃEs

[email protected]

José Diogo Teles é membro integrante de duas direções do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho, o que lhe trouxe “ex-periência ao nível do associa-tivismo estudantil e partici-pação cívica”. Vice-presidente da mesa da RGA durante o presente mandato, Diogo Te-les sente-se “à altura do desa-fio de assumir a presidência da mesma”.“A principal linha de ação da lista E será dar voz a todos os estudantes da Universidade do Minho”, esclareceu o can-didato, que considera que a RGA é o local certo para os

estudantes “se fazerem ouvir e participarem ativamente na vida académica”.Liderada por Diogo, a Lista E pretende ainda concluir a rea-tivação do site da RGA, já que o estudante de Medicina con-sidera que isto poderá aproxi-mar os alunos e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Por úl-timo, concluir o processo de revisão estatutária da AAUM integra também os objetivos desta lista. Apesar de a RGA continuar a não registar muita afluên-cia, Diogo Teles garante que tentar contrariar esta ten-dência e voltar a atrair mais estudantes consta também dos seus propósitos. “Nos úl-timos anos, tem-se verificado uma inércia e um distancia-mento por parte dos nossos

estudantes, que não demons-tram grande interesse no as-sociativismo e representação estudantil”, confirmou o candidato, que vai procurar promover a participação ati-va dos estudantes. “Além do envio das convocatórias antecipadamente para todos os alunos da UM, utilizan-do os meios de comunicação da AAUM (ACADÉMICO e RUM) e as plataformas so-ciais, amplamente utilizadas pelos estudantes universi-tários”, a Lista E pretende ainda apostar numa forte divulgação, no sentido de esclarecer dúvidas e de real-çar a importância dos temas abordados nas RGA’s.A par da divulgação mais intensiva, as campanhas de sensibilização vão ter um pa-pel importante, “com a difu-

[mesa RGA] lista e - diogo teles

estas reuniões mais transpa-rentes e mais focalizadas em problemáticas significativas para os estudantes, certa-mente que conseguiremos, a longo-prazo, ter uma taxa de participação dos estudan-tes muito mais significativa”, concluiu o candidato.

as reuniões urgem” e, por isso, a aposta intensiva na divulgação será o primeiro passo desta Lista. “Se este objetivo for cumpri-do, consideramos que o res-to virá por acréscimo. Isto é, tendo por base as medidas já apontadas, ao tornarmos

Alexandre Miguel Carneiro é o nome que lidera a Lista F, candidata à presidência das RGA’s. O estudante de Engenharia Civil considera que a universidade “não ser-ve apenas para emitir diplo-mas, mas também para ser um local de cultivo da de-mocracia e cidadania” e, por isso, decidiu candidatar-se. O objetivo é mudar a situação atual, “promovendo o debate e envolvendo os estudantes na definição do caminho da nossa academia”. Regida por ideias que con-sideram simples, a Lista F pretende apostar fortemen-te na divulgação: “Um dos pontos fundamentais passa pela efetiva divulgação, atem-pada e com comportamento regular, estipulando uma RGA ordinária na primeira quarta-feira de cada mês, com horários e locais alter-

nados”. Alexandre Carneiro pretende ainda mais temas nas reuniões, não descuran-do a atenção às preocupações dos estudantes, “para que to-dos tenham voz”. Com uma linha de ação bem definida, a Lista F quer incentivar os es-tudantes a participarem nas reuniões, pois, nas palavras do estudante de Engenharia, deste modo, acreditam “estar a contribuir para a criação de um espaço amplo de discus-são”. Contudo, Alexandre Silva tem noção da falta de adesão por parte da comunidade académica às Reuniões Ge-rais de Alunos. Neste sen-tido, além da fraca divulga-ção, o candidato denuncia o “ambiente monótono criado pelos monólogos e discursos de propaganda da associação académica, quando devia ser um debate de ideias entre os

estudantes na construção da sua academia”.O candidato sente “uma grande responsabilidade das anteriores mesas e da própria direção da AAUM”, ressal-vando que os temas levados a RGA não são do interesse dos alunos e denunciando a forma autoritária com que as reuniões foram desenvolvi-das até agora, servindo “ape-nas para retificar as decisões da direção”. No entanto, para o jovem, a receita para combater a bai-xa participação dos alunos é simples: empenho e des-treza de ideias. As propostas da Lista F passam por “fazer live streaming das reuniões”, assim como pela modifica-ção dos atuais estatutos da AAUM. Alexandre Carneiro revela a importância de “in-cutir nos novos estudantes a cultura de participação que

[mesa RGA] lista f - alexandre carneiro

especial eleições aaum

PÁGINA 09 // 27.NOV.12 //ACADÉMICO

palavras de Marília Laranjei-ra, “só prejudica e encurta a discussão dos problemas aca-démicos”.

dades dos estudantes, com o aumento do número de RGA’s e a diminuição da bu-rocracia excessiva, que, nas

CaTarina sOUsa silVa

[email protected]

riTa MagalHÃEs

[email protected]

Marília Laranjeira é o nome que preside a Lista G para a mesa da RGA do próximo ano. A aluna do curso de Es-tudos Portugueses e Lusófo-nos disse ao ACADÉMICO que “a candidatura não é fei-ta em nome individual, mas através de um grupo alarga-do de estudantes que, com a apresentação desta lista, pro-põe uma alternativa à atual mesa de RGA”. A candidata esclareceu tam-bém quais são os principais objetivos da Lista G, desta-cando em primeiro lugar “o aumento da participação estudantil nas RGA’s, atra-

vés da divulgação eficiente das mesmas e da conscien-cialização dos estudantes para a sua importância” e, de seguida, “a eliminação da burocracia excessiva que as caracteriza”.Na opinião de Marília La-ranjeira, as RGA’s devem ser “um espaço democrático e aberto a todos os estudantes para exporem os seus proble-mas e questões”, recusando o controlo da mesa por parte da direção da AAUM. A presidente da Lista G mostrou-se indignada com a prestação de anteriores presi-dentes da mesa das RGA’s no que diz respeito à divulgação das mesmas, considerando “um verdadeiro boicote à dis-cussão e à participação ativa dos estudantes naquele que é o mais importante órgão

de decisão da AAUM”. A estudante minhota vai mais longe ao dizer que “a pouca afluência às RGA’s não pro-vém da falta de interesse dos estudantes, mas da péssima divulgação e do escasso es-clarecimento que lhes tem sido facultado”, acrescentan-do que “é inaceitável que a divulgação da RGA seja feita com um dia de antecedência”Marília Laranjeira afirmou também que, além da me-lhoria nos meios de divulga-ção e promoção das RGAs, “é essencial consciencializar e sensibilizar os estudantes para a importância da sua participação nas decisões que mais lhes dizem respei-to”. A pouco mais de uma sema-na das eleições, a Lista G pro-mete estar atenta às necessi-

[mesa RGA] lista g - marília laranjeira

especial eleições aaum

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especial: eleições eeumPÁGINA 11 // 27.NOV.12 //ACADÉMICO

O lema desta candidatura é “Uma escola para o Mundo”. Porquê e em que consiste?Está ancorado no historial jovem desta esco-la, que tem 37 anos, mas já consolidada a nível nacional e internacional. O lema do atual presi-dente é “uma escola para a sociedade”, mas de fato uma escola de engenharia só faz sentido se estiver a trabalhar em ligação e para a socieda-de. Estamos numa fase em que interessa ter em atenção as novas oportunidades e desafios resul-tantes de países emergentes tais como o Brasil e a Indonésia.

Qual a posição desta lista em relação ao Regula-mento de avaliação do docente (RAD)?Esta Escola já há muitos anos fazia uma avalia-ção dos seus docentes. Houve apenas a neces-sidade de reestruturar esse processo. Tivemos o RAD, aprovado por unanimidade, que foi ob-jeto de uma simulação dos diferentes critérios em termos de avaliação de cada docente. É certo que, depois, há especificidades que nem sempre foram consensuais mas todas elas foram apro-vadas pela maioria. Estamos na primeira fase de aplicação, vamos durante os próximos meses analisar os resultados e eventualmente fazer correções.

Com os cortes aplicados ao Ensino Superior vai ser fácil contornar as limitações? Há restrições que se sentem, nomeadamente no período de funcionamento das universida-des, mas nada que prejudique os resultados. Há uma constante captação de recursos de verbas próprias através da interação com a sociedade, promovendo a transferência de conhecimentos através de programas de investigação e desenvol-vimento tecnológico com as empresas. Portanto esta capacidade de uma escola de engenharia captar receitas próprias continua em crescendo e não está ainda explorada ao seu máximo.

Qual o modelo de gestão de escola que está no seu projecto?Nos últimos três anos estivemos a adaptar a nossa escola à nova estrutura regulamentar. É natural que, ao fim de três anos se olhe de forma atenta para os resultados e que isso seja motivo de algumas reflexões e esta lista irá fazê-lo. A escola tem de atender às aspirações legítimas dos indivíduos, mas tem de estar focada na sua visão de uma escola naturalmente ágil perante desafios de investigação ou de transferência de conhecimentos com a sociedade.

DaniEl ViEira Da silVa

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Paulo PereiraO lema desta lista B é “Regresso ao futuro”. Por-quê?Consideramos que nos últimos três anos houve um grande retrocesso relativamente à imple-mentação da Escola e na atividade organizada desta perdeu-se muito tempo em questões que não são fulcrais. É preciso regressar a um futu-ro em que se reganhe os processos de confiança com a comunidade académica. A direção insis-tiu muito, neste período, em alguns vetores de implementação e de regulamentação como a avaliação do corpo docente, o que criou proble-mas gravíssimos.

Fazem uma proposta de alteração à avaliação dos docentes…A questão de avaliação dos docentes é central. Porque definir em 2012 os critérios com os quais os docentes seriam avaliados em 2008/09/11 é o mesmo que, depois do jogo terminar, dizer as regras do jogo. Isso, para mim é ilegal e mui-to injusto para muitos docentes. Vai haver uma seriação que, dadas as situações financeiras que estamos a imaginar para os próximos anos, não vai ter nenhuma correspondência na progressão na carreira. Aquilo que era uma mais-valia e que nos permitiu crescer foi a estrutura matricial que temos. Defendemos uma definição comple-tamente distinta em que cada caso é um caso.

Qual o vosso projecto na questão da internacio-nalização da Escola?Nós introduzimos, também, a questão da re-in-dustrialização que a própria reitoria refere. Não queremos uma internacionalização casuística. Conseguimos ser atrativos porque temos uma Escola e uns recursos humanos de altíssima qualidade e que podem responder às necessi-dades dos outros países, como por exemplo, do mercado asiático, sul-africano e alguns merca-dos dos PALOP.

Que diferenças pretende implementar no mode-lo da Escola?Não devemos replicar erros cometidos por ou-tras universidades que podem fazer perder eco-nomias de escala e até funcionalidades. Isto im-plica que haja uma ligação aos serviços centrais com alguma especialização dos serviços. Inte-ressa-nos defender aspetos ligados à agilização da divisão financeira e patrimonial. Outro dos aspetos tem a ver com a Cultura. Interessa-nos juntarmo-nos aos estudantes para ter iniciativas culturais.

João MonteiroHá aqui um projecto que gostaria que me sinte-tizasse as linhas principais.Esta candidatura existe porque achamos que o Conselho de Escola pode ter um papel muito im-portante no futuro da Escola. Não se deve limi-tar a eleger o presidente. O Conselho de Escola deve ter capacidade de perceção da escola e de apoio ao presidente, no sentido de evitar e corri-gir eventuais problemas.

... Mas sempre com independência como pano de fundo?

Exactamente. Para nós isso é fundamental. Como é que se pode dialogar e corrigir proble-mas se não tivermos essa independência? Na nossa opinião é importante que os membros do Conselho de Escola tenham essa independência.Esta não é uma candidatura por oposição a ne-nhuma outra. É uma candidatura que acredita no interesse do atual modelo de governo da Es-cola e acha que ter um Conselho de Escola forte é positivo para todos.

Qual a posição desta lista em relação ao egula-mento de avaliação do docente (RAD)?Notem que o Conselho de Escola é um órgão de reflexão estratégica. Nós não temos de ter posição definidas a priori, temos, sim, algumas ideias. Achamos que o Conselho de Escola deve ser seguir a opinião da comunidade académica. Ou seja, devemos ouvir a comunidade académi-ca. Não tenho, no entanto, grande dúvidas em afirmar que a opinião da comunidade é que, de facto, a avaliação deve ser feita, mas deve ser justa, equilibrada e não deve envolver um esfor-ço demasiado grande por parte da comunidade académica.

A internacionalização assume importância no vosso projeto?Isso nem faz parte do nosso programa porque nem devemos estar a falar disso nesta altura, por tão óbvio que é.

Mas acha que a Escola consegue ser atrativa para mercados externos com os sucessivos cortes?A pergunta é pertinente para um presidente da Escola. Não para um cadidato a Conselho de Es-cola e essa é a diferença nestas eleições. Acho que a escola deve melhorar o relacionamento com a sociedade civil em geral. É importante, acima, de tudo, que haja um Conselho de Escola forte e opinativo. Tem de haver independência.

António Covas

As três entrevistas serão transmitidas na RUM na quarta-feira, dia 28 de dezembro, às 15h.Podem também ser vistas, na íntegra, na AAUM TV.

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bemos à partida que é uma tarefa difícil, mas vamos tra-balhar nesse sentido e temos confiança que vamos conse-guir um bom resultado.

CFJ o órgão de fiscalização e jurisdição da AAUM, a fisca-lização de todas as atividades financeiras e administrativas passa pelo acompanhamento rigoroso de todo o plano de atividades e dos orçamentos e contas da AAUM.

Quantos elementos esperam eleger para o órgão?

Vamos trabalhar no sentido de eleger o máximo possível de elementos, e ficaria muito satisfeito se conseguíssemos eleger os nove elementos. Sa-

Que razões te levaram a can-didatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional?

A vontade de fazer mais e melhor. Sendo este um pro-jeto de continuidade, acha-mos por bem continuar a trabalhar em prol da AAUM e dos estudantes, aplicando a experiência e os conheci-mentos acumulados para a concretização de um traba-lho eficiente e rigoroso no acompanhamento de todas as atividades financeiras e administrativas da AAUM.

Da lista H fazem parte tam-bém pessoas novas, com novas ideias, motivação e so-bretudo, vontade de trabalhar cada vez mais e melhor, com rigor, isenção, transparência e dar ainda mais credibilida-de ao trabalho desenvolvido pelo CFJ.

Que característica comum destacas dos membros da tua lista?

A proatividade, a motivação e o gosto pelo associativismo. Grande parte dos membros

já esteve ou está ligado ao meio associativo e outros, como o meu caso, já passa-ram pela direção da AAUM, o que nos dá o conhecimento e a experiência necessários para desempenhar este cargo de forma mais eficiente e ri-gorosa.

Um apertado e rigoroso con-trolo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema?

Sim, penso que esse deve ser o lema de qualquer lista candidata ao CFJ. Sendo o

[cfj] lista h - nelson cerqueiraespecial eleições aaum

da independência, do rigor e da transparência sejam a regra no trabalho do CFJ e por conseguinte nas contas da AAUM.

da UM, logo, a eleição per-tence-lhes.Por esta razão recuso-me a fazer previsões, apenas pos-so prometer que faremos uma campanha combativa em que tentaremos mostrar as nossas ideias e provar o nosso valor para o trabalho a que nos propomos. E pro-metemos mais, garantimos a quem confiar em nós o seu voto, que tudo faremos para levar avante tudo o que propusermos durante a campanha eleitoral e por nos batermos incondicional-mente para que os valores

Que razões te levaram a can-didatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional?As razões que nos levam a candidatar ao CFJ, lista I que é apoiada pelo AGIR pelo coletivo 180º e por imensos alunos “independentes”, são muito simples, tornar este ór-gão mais transparente e mais rigoroso.Mais transparente, porque a desconfiança geral entre a comunidade académica relativa às contas da AAUM tem levado ao seu descrédi-to entre os estudantes, por-tanto é importante tornar o

órgão de controlo das contas da AAUM um órgão que trabalhe de forma transpa-rente. Mais rigoroso porque num momento em que se exige contenção orçamental, é imperioso termos um CFJ independente para que possa fazer um controlo das contas, e do despesismo constante da AAUM.

Que característica comum destaca dos membros da tua lista?A nossa lista integra pessoas que já provaram o seu valor quer no associativismo estu-

dantil, quer na suas interven-ções sociais fora da academia, portanto, a característica que une todos é a vontade de trabalhar para melhorar as comunidades em que se in-serem.

Um apertado e rigoroso con-trolo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema?É o nosso objetivo primor-dial, não é o único, mas o principal.

Quantos elementos esperam eleger para o órgão?O voto pertence aos alunos

[cfj] lista i - tiago henriques

sido bastante problemática, esperamos eleger um ou dois membros da nossa lista para o CFJ.

imparcial, que trabalhe para os alunos e não para a dire-ção da AAUM , informando--os se o dinheiro da AAUM está a ser usado devidamente ou não, e neste sentido criar também uma transparência financeira da própria asso-ciação.

Quantos elementos esperam eleger para o órgão?É um bocado complicado ter a noção de quantos elemen-tos iremos eleger, visto que são três listas, e que a abs-tenção nos últimos anos tem

Que razões te levaram a can-didatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional?

O Conselho Fiscal e Jurisdi-cional (CFJ) é um importan-te órgão da AAUM, indepen-dente da direção da mesma. O que temos visto é que as últimas direções do CFJ tem sido apenas apêndices da di-reção da AAUM, que apenas legitima as atitudes e com-portamentos da mesma.Isto não pode continuar.O CFJ tem de estar atento a tudo que a AAUM apresenta,

sempre com uma postura crítica, em todas as atividades que AAUM organiza com o intuito se realmente está a ser exercido o papel principal da AAUM que é defender os direitos dos estudantes

Que característica comum destacas dos membros da tua lista?

Todos os elementos da mi-nha lista tem uma conceção justa sobre o ensino superior, como a constituição da repú-blica dita, todos os estudan-

tes tem de ter a possibilidade de acesso a todos os níveis de ensino, e é isso que todos temos em comum, defende-mos um ensino democrático, gratuito e de qualidade para todos e não apenas para al-guns.

Um apertado e rigoroso con-trolo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema?

Claro que um controlo ri-goroso será um dos nossos lemas, mas não o único, nos queremos um CFJ integro e

[cfj] lista j - luis pinheiro

brUna ribEirO

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MarTa sOarEs

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O projecto At Freddy’s House nasceu a partir da vontade de Frederico Cristiano em 2006. Enquanto trabalhava no seu primeiro registo de originais as músicas “Rubber Nose” e “Drunken Boat” foram escolhidas para fazer parte do “Acorda!” primeira compilação de nova música portuguesa em mp3. Foi um começo que levou mais tarde à participação noutras colectâneas e à edição do seu pri-meiro EP.Em 2009 o projecto de Fred é alvo de de-staque na colectânea “Novos Talentos FNAC” com o tema “My Falling House”. At Freddy’s House surge ainda no segundo volume da colectânea “3 Pistas Vol.2” organizado pela Antena3. É aqui que Fred atinge o alvo na mouche com uma cover de “Dancing in the Dark” de Bruce Springsteen, que acabou por ser alvo de grande destaque nas rádios nacio-nais. Também em 2009 é editado “Lock”, o primeiro EP. pela Optimus DiscosNo ano de 2010, Fred lança uma versão com-pleta do seu EP, curiosamente denominada Lock Full Version, com algumas faixas adicio-nais. Neste ano, Fred assume que pretende uma viagem mais inimista na abordagem ao seu novo registo musical.

Segunda: Etta James - At Last! (At Last!, 1961)“a voz da Etta James tem referências que se estendem aos blues, ela foi descoberta pelos deten-tores da Chess records. Estes consideraram que a sua voz não se resumiria aos blues e que poderia ser um ícone da música pop. É uma voz quente, também próxima do soul, mas que assenta essen-cialmente nos blues. Este foi o tema que marcou a carreira da Etta James e, curiosamente, ainda hoje é o tema mais tocado nos casamentos nos Estados Unidos da américa.”

Terça: Ray Charles - Georgia on my Mind (The Genius Hit the Road, 1960)“Este tema não é um original do ray Charles, é uma canção datada de 1930 e composta por [Hoagy] Carmichael e com letra escrita por [stu-art] gorell. É uma canção que contém alguma ambiguidade, pois muitas pessoas pensam que é uma canção dedicada ao estado da geórgia en-quanto outros afirmam que a dedicatória é sim à irmã de gorell, ela própria chamada georgia. Em relação à questão dos temais originais e das versões, é um pouco como os pares de sapatos: servem melhor a alguns pés do que a outros...”

Quarta: Elvis Presley - If I Can Dream (single, 1968)“a coroa de rei do rock pode ser distribuída a vários músicos mas, efetivamente, Elvis é um dos maiores de sempre e é uma figura incontornável no mundo da música. O Elvis alternou o muito bom e o muito mau, não totalmente por culpa dele: ele foi apanhado naquela teia comercial e envolveu-se com um agente muito ambicioso e manipulador, que construiu a carreira do Elvis ao seu sabor e de acordo com os seus interesses. por incrível que pareça, o Elvis nunca atuou fora dos EUa e uma das razões tem a ver com problemas legais desse mesmo agente.”

Quinta: Bob Dylan - The Times They are A-Changin (The Times They are A-Changin, 1964)“O bob Dylan não se satisfazia com a mono-

tonia e era um compositor muito atento àquilo que se passava no mundo. Mesmo o seu dia-a-dia já era uma mudança muito grande, ele estava atento até aos minutos que passavam. Ele foi a um festival de música folk e, nesse concerto, utilizou uma guitarra elétrica e o produtor desse festival tentou, com um machado, cortar o fio de alimentação da guitarra pois considerava aquilo um escândalo... O bob Dylan era tudo, menos tradicional.” Sexta: Bob Marley - Redemption Song (Upris-ing, 1980)“Este tema foi composto em 1979 e tem uma história curiosa: nesta altura bob Marley já estava muito doente, tinha-lhe sido diagnosticado um cancro. neste período ele tinha que lidar com a sua dor e aprender a enfrentar a sua própria mortalidade. E é nesse estado de espírito que ele capta redemption song, um tema inspirado nos discursos do orador Marcus garvey, que têm uma mensagem muito forte - a da emancipação men-tal, que mais ninguém senão nós próprios pode libertar a nossa mente.”

FREDERICO CRISTIANO

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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brUnO fErnanDEs

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“Wareztuga” voltou

A ACAPOR fez queixa contra os sites “Oxe7” e “Wareztuga”, pá-ginas de partilha de filmes, séri-es e música de forma gratuita. Mas a intenção da associação de fechar as paginas não foi avante. O Wareztuga anunciou o seu regresso no passado fim de semana: “Ainda não foi desta que nos conseguiram abater.”,

referiram os responsáveis do site no Facebook. Na passada quinta feira, os administradores do site de par-tilha, referiam que o site tinha sido encerrado.Mas, no sábado, a mesma pá-gina dava conta do regresso do Wareztuga, dando um conselho à associação: “Em vez de nos apontarem o dedo, inovem, criem e desenvolvam algo útil e de valor [...].”

Portugueses passam hora e meia nas redes sociais

Os portugueses gastam, em

média, hora e meia nas redes sociais e, ao contrário do que se possa pensar, gastam esse tempo fora do horário de expe-diente. A conclusão é de um estudo da Marktest que chega também a outras conclusões: 46,2% dos inquiridos afirmam que consul-tam as redes sociais várias vez-es por dia e 15,2% afirmam que estão nas redes sociais mais de duas horas. Em média, um por-tuguês tem cerca de 316 amigos na sua “rede”.O Facebook é a rede social mais utilizada [91,3%], seguido do hi5 [3,9%] e do Twitter [2%]. O mesmo estudo refere que

95% dos portugueses têm perfil no Facebook e que as fotos são o conteúdo mais partilhado. No entanto, 24% dos inquiridos acha que se dedica tempo de-mais às redes sociais.

Ebay e Amazon chineses faturam 3 mil milhões de dólares em 24 horas

Os sites “Taobao” e “T-mail”, equivalentes chineses aos oci-dentais “Ebay” e “Amazon”, faturaram mais de três mil mil-hões de dólares em 24 horas, o triplo do lucro obtido, na “Black Friday” (dia de descontos) do

ano passado, pelos sites norte-americanosA explicação para este volume de venda é simples: juntos, os sites têm cerca de quinhentos milhões de utilizadores regista-dos e os pagamentos são feitos através do site “Alipay” (equiva-lente ao “PayPal”).Para além desta razão numéri-ca, outras razões apontadas são a mudança de hábitos na China, com os chineses a comprarem mais online, e a aposta das mar-cas em estarem presentes nest-es sites de venda na internet. Atualmente, são cerca de 50 mil marcas que querem espaço nes-tas páginas.

twittadas

redes de hóteis. Isto apenas na parte do chá. Depois no que respeita aos óleos, fornecemos muito material a chás e damos também muitas referências a empresas para criar aromar e sabores. Serve tudo isto para fazer um balanço positivo?

Sim, mas achamos que podem-os fazer muito melhor. Acham-os também que este ano poderá

resultar muito bem e ser muito importante, porque temos mui-tos projetos a acontecer em simultâneo. Estamos com con-tatos muito interessantes tam-bém. Engraçado que na Europa nem tanto, mas na Ásia e Médio Oriente temos bons contatos.

Como fazem essa mediação com esses continentes?É a internet a funcionar. Através

de sites ou forums, etc. Curio-samente somos procurados. O nome da empresa é internacio-nal e as pessoas até caem no site por acaso. Ainda assim, a nossa maneira de responder, permite às pessoas perceber que temos coerência científica, know-how e solidez nesses as-petos.Penso que isso é um fa-tor importante que faz valer a nossa empresa.

DaniEl ViEira Da silVa

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Uma das vossas principais áreas de ação é a comercializa-ção. Qual o produto principal na venda?

Trabalhamos muito com produ-tos groumet. Depois trabalham-os também com lojas de produ-tos naturais. Estamos agora a entrar numa área diferente,

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 27.NOV.12 // ACADÉMICO

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...

A TecMinho, em parceria com o SpinPark, organiza a 5ª Edição do SpinUM – Con-curso de Ideias de Negócio com o objetivo de premiar e apoiar as ideias de negó-cio mais inovadoras e com maior potencial de mercado

geradas na UMinho. O SpinUM destina-se a do-centes, alunos ou alumni da UMinho, concorrendo indi-vidualmente ou em equipa até um máximo de cinco elementos. Cada promotor ou equipa de promotores

só poderá apresentar uma ideia a concurso. As candi-daturas serão avaliadas ten-do em conta os seguintes critérios: ideia; potencial de mercado;e capacidade de execução. O SpinUM premiará os 1º e

5ª Edição do SpinUMConcurso de Ideias de Negócio

Startup Pirates @Braga1 a 8 de Dezembro em Braga

2º classificados, oferecendo prémios monetários e ser-viços de apoio à criação de empresas no valor total de 16.000 euros.O prazo de candidaturas de-corre até ao próximo dia 7 de dezembro.

O formulário de candida-tura online e demais in-formação sobre o concurso (incluindo o regulamento) estão disponíveis em:

www.tecminho.uminho.pt/empreender/spinum

Organizada pela Young Minho Enterprise (YME), júnior empresa da Universi-dade do Minho irá decorrer em Braga entre os dias 1 a 8 de Dezembro.O Startup Pirates é um programa de aceleração de

ideias de negócio contan-do com um historial de 8 eventos em 4 países, e que começou há pouco mais de um ano na cidade do Porto. É objectivo do Startup Pira-tes @Braga, colocar cerca de 30 participantes a trabalhar

nas suas ideias de negócio, contando com formação, mentoria e todas as condi-ções de trabalho para que, no último dia, as possam apresentar a potenciais in-vestidores. Pode-se encon-trar neste evento todas as

ferramentas e conhecimen-to necessários para poder desenvolver e lançar uma ideia de negócio; a possi-bilidade de conhecer uma rede de empreendedores e investidores;imensas ati-vidades: workshops, en-

trepreneur talks, meetup, momentos de descontração e muitas outras surpresas; e ainda, direito a todos os almoços e coffee breaks du-rante a semana.Inscreve-te em http://braga.startuppirates.org/register/

CULTURA

JOsÉ rEis

[email protected]

De um lado, o primeiro (e vitorioso) voo de um novo alter-ego nacional do outro o voo (espelhado) de um novo cantautor português; e ain-da o voo (mais do que mere-cido) de um portal/webzine musical que nos tem aju-dado a crescer nos últimos 10 anos. Em comum está a estrutura, Optimus Dis-cos, criada em parceria pela marca e com direcção artís-tica do radialista Henrique Amaro, que acaba de editar os três novos registos disco-gráficos num momento em

que os tempos de edição são outros/novos. “Na hora de escolher, há que fazer op-ções bem claras. O que mais pesa quando escolho tem mudado ao longo dos anos. Mas, neste momento, o tipo de investimento – e nao falo de monetário – que cada músico faz no seu projecto é o que mais me impressio-na”, revela Henrique Ama-ro, o director artístico deste projecto.

Edições novas

As novas edições procuram ainda mostrar a diversidade de nomes que surgem nos escaparates todos os dias. Diversidade de estilos e até

optimus discos: entre a pop melancólica e os casamentos (quase) perfeitos...

de público alvo. “Por exem-plo, o Pedro Cardoso [que edita “Mirrors”, o segundo trabalho neste ano de 2012] tem aquele tipo de música que se liga mais ao público mais juvenil. Passou pelo “Ídolos”, foi fazendo o seu processo de crescimento e os seus temas são bastante directos”, admite Amaro, sustentando desta forma que as edições não seguem uma linha musical pré-de-finida.Por outro lado, surge o tra-balho de estreia de Vitori-no Voador, “diferente do registo do Pedro, feito por um músico incrível que tem sido fundamental na afirmação de vários nomes

da música”. Falamos então de João Gil, uma das par-tes fundamentais dos mui aclamados Diabo na Cruz e You Can’t Win, Charlie Bro-wn ou de projectos recentes como Flume. “Ele mandou--me canções que tinha feito, em formato demo. Disse--me que as tinha composto e que gostava de ter a minha opinião”, revela Amaro.

Bodyspace com compilação

Uma plataforma que edita artistas em nome próprio mas, diz a história (recente, de apenas 3 anos), que edita compilações de estruturas sempre que assim se justi-fique. “E no caso do Bodys-

pace [site dedicado à divul-gação musical, a celebrar 10 anos neste 2012] era inegá-vel não o fazer. A proposta partiu do André [Gomes, editor do portal], que propôs fazer este conjunto de temas juntando 20 artistas a fa-zerem 10 canções”, conta o radialista, apelidando este trabalho de “um conjunto curioso de casamentos”.Os discos, esses, podem ser descarregados em op-timusdiscos.pt, de forma totalmente legal e gratuita (palavra mágica em tempo de crise financeira), num caminho que cada vez mais se faz caminhando. Ou me-lhor, editando regularmen-te.

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RUM BOXTOP RUM - 47 / 2012

23 NOVEMBRO

1 MANUEL FÚRIAQue haja festa não sei onde

2 MIRALDO - The ancient days

3 VALETE - Meu país

4 CAIS SODRÉ FUNK CONNECTIONSummer days of fun

5 CAT POWER - Ruin

6 CORSAGEChuva no meu verão

7 WE TRUST - Again

8 DA CHICK - Cocktail

9 SOAKED LAMB, THEA flor e o espinho

10 DIABO NA CRUZ - Luzia

11 GRIZZLY BEAR - Yet again

12 TV RURALCorrer de olhos fechados

13 BEACH HOUSE - Myth

14 ALT-J - Breezeblocks

15 LIARSNo. 1 against the rush

16 VALTER LOBOPensei que fosse fácil

17 WHITEYSaturday night ate our lives

18 BAT FOR LASHESAll your gold

19 PATTI SMITH - April fool

20 TAME IMPALA - Elephant

POST-IT

26 novembro > 30 novembro

RODRIGO LEÃOThe Long Run

MADNESSMy Girl 2

LEXICONDONPretending

abEl DUarTE

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É cada vez mais difícil en-contrar um disco que se possa considerar como algo único, o que não implica que não proporcione uma audição agradável, sempre com uma série de referên-cias como pano de fundo. “Nocturne”, o segundo ál-bum do projecto Wild No-

thing de Jack Tatum, é um desses casos. Acima de tudo é um disco de pop acessível, ou melhor, dream pop para ouvir de olhos fechados e sonhar. Apesar de utilizar os mesmos elementos de “Gemini” de 2010, Tatum amadureceu as suas ideias, presenteando-nos com um disco bem mais refinado, aliando muito bem os rit-mos e melodias. Em “Noc-turne”, o dream pop ganha novos contornos e permite

CD RUM

Wild NothingNocturne (2012, Bella Union)

ao ouvinte sonhar ainda mais longe. A aposta na electrónica e sobretudo a introdução de instrumentos de corda, acrescentam no-vos detalhes na construção de elegantes melodias.“Nocturne” é mais um dis-co que nos remete para os anos 80, mas que, apesar da distância, não deixa de ser agradável, atraindo a sim-patia dos ouvintes, ou pelo menos, os de ouvidos me-nos duros.

AGENDA CULTURALBRAGA

MÚSICA30 de novembroRécita 1º dezembroTheatro Circo

4 e 5 de dezembroConcerto a la carteTheatro Circo

CINEMA30 de novembroO Barão Casa do Professor

27 de novembroEm Bruges - Cinema de AlmofadaVideoteca Municipal

30 de novembroOne minute Movie Film FestivalGeNeRation

GUIMARÃES

MÚSICA30 novembro a 2 dezembroOptimus Primavera ClubVários locais

28 de novembroCercigui - 2ª sessão inclusivaCCVF

Até 9 de dezembroArchigram - Experimental Architecture

FAMALICÃO

TEATRO29, 30 de novembro e 1 de dezembroO amor das três laranjeiras de Casa das Artes

LEITURA EM DIAInformação e Civilização de J. Ferreira Salgado - Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Um ilustre bracarense, por adopção, manifesta o seu pensar sobre a liberdade e o direito à informação rigorosa. Leitura obrigatória.

Axilas & outras histórias indecorosas de Rubem Fonseca - Sextante. O último conjunto de contos do grande escritor de língua portuguesa.

Sexo e taras numa escrita genial

Pipocas com Telemóvel e outras Histórias de Falsa Ciência de Carlos Fiolhais e David Marçal - Gradiva.A desmontagem de muitos “mitos científicos” que resvalam

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

da ignorância mais crassa.

Uma Baleia no Quarto de João Miguel Tavares - Esfera dos Livros. Os medos das crianças, da Carolina, e o traço único de Ricardo Cabral. Mais um bom livro infantil para o Natal.

Novembro de Jaime Nogueira Pinto - Esfera dos Livros. A crise e o fim da ditadura num primeiro e muito bom romance de uma voz da direita portuguesa.

DR

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DESPORTO

pelo título resume-se agora: ao azul do Norte e ao verme-lho do Sul.Apesar do azedume da derro-ta, o SC Braga pode já vingar--se dos ‘dragões’, na próxima sexta-feira, uma vez que os caminhos de ambos se vol-tam a cruzar, desta vez para a Taça de Portugal.

tir: James Rodriguez (90’) e Jackson Martínez (90’+3) as-sinalaram o grito de revolta dos ‘dragões’. Com este resultado, a forma-ção da casa encontra-se ago-ra a nove pontos do Porto e Benfica, ficando mais difícil alcançar o sonho de um lu-gar ao sol. Parece, que a luta

filipa sOUsa sanTOs

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O Estádio do Axa tem sido, nos últimos anos, palco de boas recordações para os portistas. Ainda na época passada, a vitória azul e bran-ca em casa dos arsenalistas simbolizou a rampa de lan-çamento para a reconquista do título. A história do duelo de domingo, a contar para a 10ª jornada do campeonato, não foi diferente: os ‘dragões’ derrotaram os ‘gverreiros’, por 0-2, reassumindo assim o primeiro lugar da tabela classificativa.Sob a liderança de Vítor Pe-reira, o FC Porto registou apenas um desaire fora de casa, diante do Gil Vicente. Como os golos só surgiram perto do final, por momentos

parecia que os discípulos de José Peseiro estavam prestes a incutir um sabor amargo nas aspirações dos visitantes. Contudo, e com o sinal do bombo prestes a tocar, coube aos colombianos a salvaguar-da da honra portista.Do lado do SC Braga, Mosso-ró regressou ao onze titular, enquanto no FC Porto Alex Sandro e Fernando volta-ram a figurar nas escolhas iniciais. O coletivo da cidade invicta entrou de forma for-te na partida, com algumas oportunidades a surgir logo nos primeiros minutos. Já tinham passado 21 minu-tos, quando um cotovelo de Alex Sandro na grande área deixou os minhotos a queixa-rem-se de uma grande pena-lidade. Pouco depois, Helton puxou dos galões e, dando o

a história repete-se no duelo entre ‘gverreiros’ e ‘dragões

ar da sua graça, fez uma boa defesa face a um forte remate de Mossoró.O Braga ia crescendo de for-ma, e o jogo tornou-se mais disputado e interessante para o público, que devido ao rit-mo mais ‘quente’ ia iludindo a sensação de frio. Ao minu-to 32, os locais quase mar-cavam, por André Coelho. A primeira parte terminou com boas oportunidades para as ambas as equipas.No segundo tempo os âni-mos acalmaram, Porto e Braga partilhavam os divi-dendos da partida, à espera de um erro do adversário – o tédio estava à espreita no Axa. De destacar um remate de Éder, aos 87 minutos, que obrigou Helton a mais uma grande intervenção. Fartos da calmia que se fazia sen-

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Desta vez, Éder, ficou “em branco”

Catarina Morais