academia do concurso · referentes à despesa com pessoal ... os estados, o distrito federal e os...

24
1 www.academiadoconcurso.com.br ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana DIREITO CONSTITUCIONAL – PROFª. KARINA JAQUES AULA BÔNUS – JANEIRO DE 2015 TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1. (FGV/TJ/AM/Analista Judiciário/2013) Os bens listados a seguir, integram o domínio da União, à exceção de um. Assinale-o. a) Todas as terras devolutas. b) Recursos minerais do subsolo. c) Sítios arqueológicos e pré-históricos. d) Rios provenientes do estrangeiro que banhem apenas um Estado. e) Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 2. (FGV/TJ/AM/Analista Judiciário/2013) As alternativas a seguir apresentam algumas competências da União, à exceção de uma. Assinale-a. a) manter o correio aéreo nacional. b) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica. c) organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. d) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. e) promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 3. (FGV/MPE/MS/Analista/2013) De acordo com a Constituição da República, assinale a afirmativa correta. a) O mar territorial e os recursos vegetais são considerados bens da União. b) Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são considerados bens da União. c) Os recursos minerais e os solos férteis são considerados bens da União. d) Os recursos minerais e vegetais são considerados bens da União e) O mar territorial e os solos férteis são considerados bens da União. 4. (FGV/SENADO/Técnico Legislativo/2012) Objetivando melhor estabelecer a separação de competências no âmbito da Federação brasileira, o Legislador Constituinte se pautou por seguir o princípio da predominância do interesse, competindo à União zonas de atuação que guardem relevância nacional, aos Estados aqueles de interesse regional e aos Municípios as de interesse local. Assim, é certo afirmar que é de competência da União editar as leis a) que tratem do horário de funcionamento do comércio. b) que tratem do gabarito das construções. c) complementares que instituam regiões metropolitanas. d) complementares que tratem das normas gerais dos Regimentos Internos dos legislativos estaduais e municipais. e) que tratem do regimento dos portos, navegação lacustre, fluvial e marítima. 5. (FGV/OAB/2011) Lei estadual que regulamenta o serviço de mototáxi é a) constitucional porque se trata de competência legislativa reservada aos Estados. b) constitucional porque se trata de competência legislativa remanescente dos Estados.

Upload: ngohanh

Post on 12-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

DIREITO CONSTITUCIONAL – PROFª. KARINA JAQUES

AULA BÔNUS – JANEIRO DE 2015

TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

1. (FGV/TJ/AM/Analista Judiciário/2013) Os bens listados a seguir, integram o domínio da

União, à exceção de um. Assinale-o.

a) Todas as terras devolutas.

b) Recursos minerais do subsolo.

c) Sítios arqueológicos e pré-históricos.

d) Rios provenientes do estrangeiro que banhem apenas um Estado.

e) Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

2. (FGV/TJ/AM/Analista Judiciário/2013) As alternativas a seguir apresentam algumas competências da

União, à exceção de uma. Assinale-a.

a) manter o correio aéreo nacional.

b) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de

energia elétrica.

c) organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

d) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

e) promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

3. (FGV/MPE/MS/Analista/2013) De acordo com a Constituição da República, assinale a afirmativa correta.

a) O mar territorial e os recursos vegetais são considerados bens da União.

b) Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são considerados bens da União.

c) Os recursos minerais e os solos férteis são considerados bens da União.

d) Os recursos minerais e vegetais são considerados bens da União

e) O mar territorial e os solos férteis são considerados bens da União.

4. (FGV/SENADO/Técnico Legislativo/2012) Objetivando melhor estabelecer a separação de competências

no âmbito da Federação brasileira, o Legislador Constituinte se pautou por seguir o princípio da

predominância do interesse, competindo à União zonas de atuação que guardem relevância nacional, aos

Estados aqueles de interesse regional e aos Municípios as de interesse local. Assim, é certo afirmar que é de competência da União editar as leis

a) que tratem do horário de funcionamento do comércio.

b) que tratem do gabarito das construções.

c) complementares que instituam regiões metropolitanas.

d) complementares que tratem das normas gerais dos Regimentos Internos dos legislativos estaduais e

municipais.

e) que tratem do regimento dos portos, navegação lacustre, fluvial e marítima.

5. (FGV/OAB/2011) Lei estadual que regulamenta o serviço de mototáxi é

a) constitucional porque se trata de competência legislativa reservada aos Estados.

b) constitucional porque se trata de competência legislativa remanescente dos Estados.

2 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

c) inconstitucional porque se trata de competência legislativa dos Municípios.

d) inconstitucional porque se trata de competência legislativa privativa da União.

6. (FGV/CGE/MA/Auditor/2014) “X” é Deputado Federal representando o Estado “Z”. Com problemas de

saúde, sua permanência em Brasília se tornou inviável. Desejando continuar na vida política, consulta seus

assessores sobre o número de vagas para Deputado Estadual do Estado “Z”. Em resposta, sua assessoria

indica que o número de Deputados Estaduais deve, nos termos da Constituição Federal, corresponder, em princípio, ao

a) dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

b) triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

c) quádruplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

d) quíntuplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

e) sêxtuplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

7. (FGV/OAB/2011) Os Estados são autônomos e compõem a Federação com a União, os Municípios e o Distrito Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos Estados, é correto afirmar que

a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo.

b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios.

c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária.

d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.

8. (FGV/OAB/2011) José é cidadão do município W, onde está localizado o distrito de B. Após consultas

informais, José verifica o desejo da população distrital de obter a emancipação do distrito em relação ao

município de origem. De acordo com as normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um novo Município, são indispensáveis:

a) lei estadual e referendo.

b) lei municipal e plebiscito.

c) lei municipal e referendo.

d) lei estadual e plebiscito.

9. (FGV/DPE/RJ/Técnico Superior/2014) Durante o ano de 2013, após amplo debate político e social, houve

o desmembramento de um Município do interior do Estado do Rio de Janeiro. Sobre a constitucionalidade

da medida, é correto afirmar que :

a) seria constitucional, caso tivessem sido preenchidos os requisitos legais, quais sejam, desmembramento

através de lei municipal, contando com consulta prévia à população envolvida e estudo de viabilidade municipal.

b) seria constitucional, caso tivessem sido preenchidos os requisitos legais, quais sejam, desmembramento através de lei estadual, referendo popular e estudo de viabilidade municipal.

c) seria constitucional, caso tivessem sido preenchidos os requisitos legais, quais sejam, desmembramento

através de lei federal, referendo popular e estudo de viabilidade municipal.

d) é inconstitucional, porque a Constituição estabeleceu que somente por lei federal é feito o

desmembramento de municípios, em período de tempo previsto no ato das disposições constitucionais provisórias (ADCT) que já está ultrapassado.

e) é inconstitucional, porque a matéria de desmembramento de municípios ainda estava pendente de regulamentação no ano de 2013, através de lei complementar ainda não publicada.

10. (FGV/DPE/RJ/Técnico Superior/2014) Ao tratar da organização do Estado, a Constituição estabeleceu

que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os

3 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos. Especificamente sobre o Município, a Constituição prevê que.

a) é regido pela Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por

maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal

b) o número de vereadores varia de acordo com a quantidade de deputados estaduais, sendo fixado número mínimo e máximo.

c) existe a inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do território nacional.

d) sua fiscalização financeira é feita pelo sistema de controle interno do executivo, sendo o controle externo feito pelo respectivo Tribunal de Contas, órgão vinculado ao Poder Legislativo existente em todo Município.

e) o total da despesa do poder legislativo municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores, varia de acordo

com o número de habitantes do Município.

11. (ESAF/RFB/AFRF/2012) A Constituição Federal permite a criação de novos Estados. No que diz respeito

a esse tema (criação de Estados), é correto afirmar que:

a) é vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado, encargos

referentes à despesa com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública.

b) o Congresso Nacional deve se manifestar através de Lei Ordinária, aprovando a proposta.

c) a população diretamente interessada deve se manifestar, aprovando a proposição na hipótese de a Assembleia Estadual discordar da proposta.

d) o Tribunal de Justiça do novo Estado poderá funcionar com desembargadores do Tribunal de Justiça dos

Estados limítrofes, pelo prazo máximo de dois anos, até que se organize o Tribunal do novo Estado.

e) o primeiro Governador do novo Estado será indicado pelo Presidente da República, com mandato de no máximo dois anos, prazo em que devem estar concluídas as primeiras eleições gerais estaduais.

12. (ESAF/RFB/ATA/2013) Quanto à organização político-administrativa do Estado brasileiro, é correto afirmar que:

a) os Estados e o Distrito Federal podem criar normas que garantam tratamento diferenciado aos seus residentes em detrimento dos demais brasileiros.

b) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios devem ser feitos por lei estadual, obedecendo ao período determinado em lei federal ordinária.

c) a incorporação, subdivisão ou desmembramento – para anexação a outro ou para formação de novo

Estado ou de Território Federal –, de Estado ou Território Federal depende da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Senado Federal, através de resolução.

d) o Brasil é laico, na medida em que a Constituição Federal veda às entidades federativas estabelecer

cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus

representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse

público.

e) o Brasil é uma federação formada pela União, Estados, Municípios, Territórios e Distrito Federal, todos autônomos, nos termos do que dispõe a Constituição Federal.

13. (ESAF/MPOG/ESPCIALISTA/2013) Assinale a afirmativa incorreta quanto à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.

a) O princípio da indissolubilidade no Estado Federal Brasileiro tem duas básicas finalidades: a unidade nacional e a necessidade descentralizadora.

b) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração.

4 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

c) Compete aos municípios organizar e prestar, diretamente ou mediante concessão ou permissão, serviços públicos de interesse local, incluído o transporte coletivo, que tem caráter essencial.

d) Compete à União intervir e revogar decisões municipais quanto ao transporte público municipal em face

de clamor público, para manter a integridade nacional.

e) A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

14. (ESAF/STN/AFC/2012) Como reflexo da modelagem federativa implementada no Estado Brasileiro, a

Constituição Federal de 1988 outorgou à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

competência para instituição de específicos impostos. Feito este breve relato, e afastando a excepcional

possibilidade de a União instituir impostos de competência originária de Estados e Municípios no caso de Territórios Federais, compete à União a instituição do seguinte imposto:

a) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias.

b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

c) imposto sobre produtos industrializados.

d) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

e) imposto sobre serviços de qualquer natureza.

15. (ESAF/RFB/AFRF/2014) Com relação aos bens da União e dos Estados, é correto afirmar que:

a) a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada

como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas por Resolução do Senado Federal.

b) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva pertencem à União, sendo

assegurada, nos termos da lei, a outras unidades federativas, a participação no resultado da exploração de

petróleo, gás natural e outros recursos minerais e de recursos hídricos para fins de geração de energia

elétrica.

c) em razão de sua localização, as ilhas oceânicas e costeiras são de propriedade da União, sem exceção.

d) pertencem aos Estados as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos localizados dentro de sua respectiva área territorial.

e) a exploração de recursos minerais de qualquer espécie será objeto de autorização conjunta da União e do Estado quando os recursos estiverem localizados em área territorial do Estado.

16. (ESAF/RFB/ATRFB/2012) Sobre as competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a única opção correta.

a) Compete privativamente à União legislar sobre direito penitenciário.

b) Compete privativamente à União legislar sobre registros públicos.

c) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação.

d) Compete privativamente à União legislar sobre juntas comerciais.

e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados não estão autorizados a exercer a competência legislativa plena.

17. (ESAF/RFB/ATRFB/2012) Assinale a única opção correta.

a) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente

interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária.

b) A fusão de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,

5 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

sendo prescindível a realização de Estudo de Viabilidade Municipal.

c) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União.

d) Os recursos minerais do subsolo são bens dos Municípios.

e) Compete aos Estados organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

18. (ESAF/MF/PFN/2012) Sobre a repartição constitucional de competências entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, é incorreto afirmar que:

a) no âmbito da competência privativa da União, lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas.

b) no âmbito da competência material comum aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, não está

atribuída, exclusivamente, a competência de suplementar ou subsidiar as ações administrativas da União.

c) no âmbito da competência material comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

leis complementares fixarão normas para a cooperação entre os diversos entes da federação, tendo em

vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar em âmbito nacional, sem prejuízo da eventual

disciplina, por meio de lei, dos consórcios públicos e dos convênios de cooperação entre os mesmos entes

federados.

d) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, que

inclui o direito tributário, o direito financeiro, a matéria orçamentária e os procedimentos em matéria

processual, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena para dispor sobre situações urgentes e transitórias de suas peculiaridades administrativas.

e) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, para legislar a

competência federativa da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, sem prejuízo da por

igual competência da União para legislar, no mesmo ou em outro diploma legal, sobre a regulação específica de suas próprias ações administrativas.

19. (ESAF/MF/PFN/2012) Sobre a repartição constitucional de competências, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, para a exploração de serviços públicos, é correto afirmar que

a) compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e

instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Municípios onde se situam os potenciais hidroenergéticos.

b) compete aos Estados e ao Distrito Federal, na forma de lei federal ou mediante convênio de cooperação, entre aqueles diretamente envolvidos, explorar os serviços de transporte interestadual de passageiros.

c) compete aos Estados e aos Municípios, respectivamente no que for de âmbito intermunicipal e local,

legislar sobre transporte e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, o transporte

coletivo.

d) compete à União, aos Estados e aos Municípios, respectivamente no que se configurar como “diretrizes

nacionais”, “normas gerais estaduais” e “âmbito de interesse local”, legislar e explorar, na forma da lei, diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

e) compete aos Municípios, observadas as exceções fixadas na Constituição Federal, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local.

20. . (ESAF/MF/PFN/2012) Sobre a distribuição constitucional de bens da União

e dos Estados, é incorreto afirmar que

a) são do domínio dos Estados as águas superficiais em depósito.

b) são do domínio da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água interiores às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

c) são bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

d) são bens da União os potenciais de energia hidráulica, mesmo quando situados em águas do domínio dos Estados.

6 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

e) são bens da União, cabendo aos Estados na forma da lei apenas participação no resultado da exploração

ou compensação pela sua ocorrência, os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica

exclusiva.

21. (CONSULPLAN/2008/TRE/RS/Técnico Judiciário) Compete exclusivamente à União, EXCETO:

a) Emitir moeda.

b) Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e

dos Territórios.

c) Conceder anistia.

d) Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

e) Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional.

22. (CONSULPLAN/2014/CBTU-METROREC/Contador) Considerando o disposto na Constituição da

República Federativa do Brasil de 1988, a respeito da organização político-administrativa do país, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) O Distrito Federal é a capital do Brasil.

b) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos.

c) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou

formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente

interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

d) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro

do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante

plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

23. (CONSULPLAN/2012/TSE/Técnico Judiciário) Recentemente, no estado brasileiro do Pará, ocorreu um

plebiscito em que seria decidido pelos eleitores daquela unidade federativa sobre a divisão do estado, para

a criação dos estados de Carajás e Tapajós. Se efetivamente o resultado do plebiscito fosse pela

aprovação, após voto direto de todos os eleitores com domicílio eleitoral naquele estado e em dia com as

obrigações eleitorais, a próxima etapa deste processo de divisão seria a aprovação pelo legislativo da

divisão do estado, por meio de

a) Lei Ordinária Federal.

b) Medida Provisória.

c) Lei Complementar Federal.

d) Emenda Constitucional.

24. (CONSULPLAN/2008/TRE/RS/Técnico Administrativo) O Estado da Federação que possua 13(treze)

Deputados Federais terá o seguinte número de Deputados Estaduais:

a) 13.

b) 26.

c) 37.

d) 40.

e) 27.

25. (CONSULPLAN/2012/TSE/Analista Judiciário) São entes federativos quem podem ser divididos em

municípios

a) somente os Estados.

7 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

b) Estados e Distrito Federal.

c) Estados e Territórios.

d) Estados, Distrito Federal e Territórios.

26. (FCC\MPE\PE\Técnico Ministerial\2012) Segundo o artigo 25, § 3o da Constituição Federal, os Estados

poderão instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por

agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de

funções públicas de interesse comum, mediante:

(A) consulta popular e prévia autorização do Supremo Tribunal Federal.

(B) decreto.

(C) permissão da União.

(D) permissão do Supremo Tribunal Federal.

(E) lei complementar.

27. (TRT14\Técnico Judiciário Adm.\2011) Sobre a competência dos Municípios, é correto afirmar que

poderão

(A) organizar distritos, observada a legislação estadual, sendo que a criação e supressão de distritos deve ser realizada por Lei Federal.

(B) instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.

(C) prestar diretamente, sendo vedado o regime de concessão ou permissão, o serviço público de transporte coletivo, pois tem caráter essencial.

(D) manter programas de educação infantil, sendo vedada a cooperação técnica e financeira da União.

(E) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, dispensável prévio planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação de solo urbano.

28. (TRT8\Técnico Judiciário Adm.\2010) Com relação a Organização Político Administrativa,

(A) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei

Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na imprensa oficial.

(B) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Ordinária

Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

(C) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, mediante aprovação da

população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

(D) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação do Senado Federal.

(E) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados.

29. (FCC\TRE\SP\Analista\2012). Na hipótese de um Estado-membro da federação pretender legislar sobre direito eleitoral,

(A) dependerá de lei complementar federal que autorize os Estados a legislar sobre questões específicas da matéria.

(B) não poderá atingir seu objetivo, por se tratar de competência privativa da União, nos termos da

Constituição da República.

(C) poderia fazê-lo, desde que inexistisse lei federal sobre a matéria.

8 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

(D) terá a lei estadual sua eficácia eventualmente suspensa naquilo que for contrária a lei federal superveniente.

(E) poderia exercer competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades, desde que inexistisse

lei federal sobre normas gerais na matéria.

30. (FCC\TRE\CE\Analista Administrativo\2012) José, ao estudar a Constituição Federal, aprendeu que legislar sobre orçamento, direito econômico e desporto, entre outros, compete

(A) privativa e respectivamente à União, aos Estados e à União.

(B) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.

(C) privativamente à União.

(D) privativamente aos Estados.

(E) exclusiva e respectivamente à União, à União e aos Estados.

31. (FCC\TRE\CE\Analista\2012) O Governador do Estado do Pará teve a ideia de subdividir esse Estado em

mais dois Estados, cuja subdivisão só poderá ocorrer mediante aprovação

(A) do Presidente da República, ouvidos os Ministros da Justiça, da Casa Civil e do Planejamento.

(B) da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

(C) da maioria absoluta dos Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, após referendo popular.

(D) em dois turnos de votações na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, com aprovação de no mínimo dois terços dos Deputados Estaduais em ambos os turnos de votação.

(E) das Câmaras Municipais por maioria absoluta, cujos Municípios sejam afetados pela subdivisão do

Estado.

32. (FCC/TRF4/Analista Judiciário/2014A Lei Orgânica, como modalidade de lei fundamental na disciplina

de seu regime político, está prevista pela Constituição Federal para

a) Municípios e o Distrito Federal.

b) Distrito Federal, somente.

c) Municípios, Territórios e o Distrito Federal.

d) Territórios e o Distrito Federal.

e) Municípios, somente.

33. (FCC/PGE/BA/Analista de Procuradoria/2013) Os Territórios serão representados no Congresso

Nacional por :

a) oito deputados e três senadores.

b) quatro deputados e três senadores.

c) cinco deputados.

d) oito deputados.

e) quatro deputados.

34. (FCC/TCE/AP/Analista de Controle Externo/2012) O Distrito Federal, conforme a Constituição Federal,

a) elege Deputados Distritais para a Assembleia Legislativa e possui uma Constituição Distrital.

b) elege dois Senadores e não pode dividir-se em Municípios.

c) rege-se por uma lei orgânica e elege Governador e Vice-Governador.

d) exerce competências legislativas reservadas à União, aos Estados e aos Municípios e elege Deputados Federais.

9 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

e) possui uma Constituição Distrital e não pode dividir- se em Municípios.

35. (FCC/TCE/PI/Auditor Fiscal de Controle Externo/2014) A Constituição Federal, ao regular a organização político- administrativa do Brasil, determina que

a) o plebiscito para consulta da população diretamente interessada, no caso de desmembramento de

Estado, será restrito aos cidadãos habitantes da área a ser desmembrada.

b) o Distrito Federal é a Capital Federal, sendo vedada sua divisão em Municípios.

c) os Territórios Federais integram a União, sendo vedada sua divisão em Municípios.

d) o novo Estado terá, em seus dez primeiros anos, Tribunal de Contas composto por três membros,

nomeados pelo Governador eleito.

e) a vedação de subvenção a igrejas, por parte da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, impede a concessão de benefícios fiscais a tais entidades.

36. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior/ Direito/2012) A competência para legislar sobre desapropriação é

a) privativa da União Federal

b) comum de todos os entes federativos

c) comum dos Estados, Distrito Federal e Municípios, apenas quanto a normas específicas

d) concorrente da União Federal e dos Estados

e) concorrente dos Estados e Municípios, apenas quanto a normas específicas

37. (CESGRANRIO/BACEN/Analista/2010) Um governador de estado sancionou projeto de lei dispondo

sobre política de crédito no âmbito do estado que governa. Considerando a Constituição e a matéria sobre a qual dispõe o projeto, essa lei

a) será constitucional, desde que não contrarie lei federal.

b) é constitucional, porque a Constituição atribui expressamente essa competência aos estados.

c) é constitucional, porque se trata de competência comum à União e aos Estados.

d) é constitucional, pois se trata de lei específica para o estado.

e) é inconstitucional, porque a competência para legislar sobre a matéria é da União.

38. (CESGRANRIO/BACEN/Analista/2010) Determinado município aprovou uma lei estabelecendo horário de funcionamento do comércio local e das instituições bancárias instaladas naquele município. Essa lei é

a) constitucional, já que aos municípios compete legislar sobre matéria de interesse local.

b) parcialmente inconstitucional, já que os Municípios têm competência para legislar sobre horário de funcionamento de instituições financeiras, mas não do comércio local.

c) parcialmente inconstitucional, já que os Municípios têm competência para legislar sobre horário de funcionamento do comércio local, mas não de instituições financeiras.

d) totalmente inconstitucional, já que essas matérias são de competência da União Federal.

e) totalmente inconstitucional, já que essas matérias são de competência dos estados.

39. (CESGRANRIO/TJ/RO/Oficial de Justiça/2008) Legislar sobre custas dos serviços forenses é

competência

a) privativa dos Municípios.

b) privativa dos Estados.

c) privativa da União.

d) comum dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

10 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

40. (CESGRANRIO/PETROBRÁS/Advogado/2008) Quanto a legislar sobre o meio ambiente, é correto afirmar que se trata de competência:

a) privativa da União.

b) concorrente da União e dos Municípios, apenas.

c) concorrente dos Estados e dos Municípios, apenas.

d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) exclusiva dos Estados.

41. (CESPE/ANATEL/Comum a vários cargos/2014) Considere que determinado estado tenha editado norma

geral sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de normas gerais editadas pela União.

Nessa situação, se a União, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma matéria, a referida lei estadual será suspensa, no que for contrária à lei federal.

42. (CESPE/TJ/SE/Analista Judiciário/2014) A respeito da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue os próximos itens.

A repartição de competências entre os entes federativos atribui à União competência ampla e, aos estados, competência residual, motivo por que lei federal é hierarquicamente superior a lei estadual.

43. (CESPE/TC/DF/Técnico de Administração Pública/2014) À luz das normas constitucionais e da jurisprudência do STF, julgue os seguintes itens.

Não contrariaria a CF norma distrital que proibisse, com base no princípio da isonomia, a cobrança pelo uso

de estacionamento nos shopping centers situados no DF, com vistas à promoção do lazer e da cultura, uma

vez que o DF agiria, nessa situação, no exercício da competência concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanístico

44. (CESPE/TC/DF/Técnico de Administração Pública/2014) À luz das normas constitucionais e da jurisprudência do STF, julgue os seguintes itens.

Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos estudantes regulares do DF, de 50% de

desconto no valor cobrado em ingressos para eventos esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a competência para legislar sobre direito econômico.

45. (CESPE/TC/DF/Analista de Administração Pública/2014) Acerca da organização político-administrativa do Estado Federal brasileiro e da administração pública, julgue os seguintes itens.

É vedado à LODF definir os crimes de responsabilidade do governador.

46. (CESPE/TC/DF/Auditor de Controle Externo/2014) Em relação à competência legislativa estabelecida na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item abaixo.

A edição de normas gerais sobre licitações e contratos administrativos, em todas as modalidades, é competência privativa da União.

47. (CESPE/Câmara de Deputados Federais/Analista Legislativo/2014) A respeito da organização do Estado

brasileiro e do federalismo, julgue os itens que se seguem

De acordo com o STF, é inconstitucional lei estadual que autorize a utilização, pela polícia militar, de

veículos apreendidos e não identificados quanto à procedência e à propriedade exclusivamente no trabalho

de repressão penal, por infringir competência privativa da União para legislar sobre trânsito e direito processual penal.

11 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

48. (CESPE/Câmara de Deputados Federais/Analista Legislativo/2014) A respeito da organização do Estado e dos poderes, julgue o próximo item.

Se um estado da Federação editar norma que proíba revista íntima em empregados de estabelecimentos

situados em seu território, tal norma, ainda que proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de competência privativa da União.

49. (CESPE/Câmara de Deputados Federais/Técnico Legislativo/2014) Lei distrital que submeta as

desapropriações, no âmbito do Distrito Federal, à aprovação prévia da Câmara Legislativa será

inconstitucional, pois, além de violar o princípio da separação dos poderes, invadirá a competência

legislativa da União.

50. (CESPE/Câmara de Deputados Federais/Técnico Legislativo/2014) Será constitucional lei estadual que obrigue a instalação de cinto de segurança em veículos de transporte coletivo.

LEGISLAÇÃO DE APOIO

(NÃO É NECESSÁRIO IMPRIMIR)

1. Organização do Estado Brasileiro

A organização e estruturação do Estado Brasileiro podem ser estudadas primeiramente sob três

aspectos: Forma de Estado, Forma de Governo e Sistema de Governo. Posteriormente discutiremos a repartição de competência de cada componente da estrutura e organização estatal.

O que é o Estado?

Estado é uma ordenação que tem por fim específico e essencial a regulamentação global das relações

sociais entre os membros de uma determinada população sobre um determinado território, na qual a

palavra ordenação, expressa a idéia de poder soberano, institucionalizado. O Estado constitui-se de quatro

elementos essenciais: PODER SOBERANO de um POVO situado em um TERRITÓRIO com certas

FINALIDADES. E a Constituição é o conjunto de normas que organizam estes elementos constitutivos

do Estado: povo, território, poder e finalidades. Desse modo a Constituição figura como a lei suprema de

um Estado.

Uma coletividade territorial só adquire a qualificação de Estado quando conquista sua capacidade de

autodeterminação, com independência em relação a outros Estados. No Estado Brasileiro esta independência ocorreu em 1822.

República Federativa do Brasil é o nome do Estado Brasileiro; Brasil é o nome do país, a forma de

Estado e denominada Federativa, que indica tratar-se de um Estado Federal, e a forma de governo é a

República.

1.1. Formas de Estado: O modo de exercício do poder político, em função do território, da origem ao

conceito de forma de Estado. Vejamos as formas de Estado:

Estado Unitário: Há unidade de poder sobre o território, pessoas e bens. O Estado Unitário possui um centro de poder que, em regra, não se reparte. (França, Chile, Paraguai)

Estado Composto: Há a repartição do poder no espaço territorial, chamada divisão espacial dos poderes,

gerando uma multiplicidade de organizações governamentais, distribuídas regionalmente. É mais conhecido

como Estado Federado ou Estado Federal ou Federação de Estados. A essência do Estado Federal é a

repartição regional de poderes autônomos.

É certo que o Estado Unitário pode ser descentralizado e, geralmente apresenta-se dessa forma, mas

essa descentralização, por mais ampla que seja, não é do tipo federativo, como nas federações, mas do tipo

autárquico, gerando no máximo autarquias territoriais e nunca autonomias político-constitucionais. Desse modo permanece a dependência em relação ao Poder Unitário, Nacional e Central.

12 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

O federalismo, como expressão do Direito Constitucional nasceu sob a influência da Constituição

norte-americana, em 1787. Está fundado na união de coletividades políticas autônomas, ou seja, com

autonomia político-constitucional, autonomia federativa.

O Brasil assumiu a forma de Estado Federal em 1889, com a proclamação da República sendo

mantido nas Constituições de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e a Emenda 1/69, embora o federalismo da Constituição de 1967 e de sua Emenda 1/69 tenha sido apenas nominal.

A Constituição de 1988 recebeu o federalismo da evolução histórica, não sendo a instituidora do

federalismo. Manteve-o mediante a declaração constante do artigo 1º, que configura o Brasil como uma

República Federativa. Então a forma do Estado Brasileiro é a de Estado Federal ou Estado Composto.

1.2. Elementos do Estado Federal

A- União de coletividades regionais autônomas que a doutrina chama de Estados Federados, Estados-

membros ou simplesmente Estados. Há dois tipos de entidades a União e as coletividades regionais

autônomas, ou seja, os Estados Federados. No Brasil existem também as figuras do Distrito Federal e dos Municípios a quem a Constituição atribui distinção na estrutura político-administrativa da federal brasileira.

B - Estado Federal: É o todo, dotado de personalidade jurídica de Direito Público Internacional. O Estado

Federal é o único titular da soberania, considerada poder supremo consistente na capacidade de

autodeterminação. Os estados federados (estados-membros) são titulares de autonomia, compreendida pelo governo próprio, dentro do círculo de competência traçado pelo Constituição Federal.

C - União: entidade federal formada pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica de

Direito Público interno, autônoma em relação aos Estados e a que cabe exercer as prerrogativas da

soberania do Estado Brasileiro.

D - Estados-membros: entidades federativas componentes, dotadas de autonomia e também de

personalidade jurídica de Direito Público Interno. A autonomia federativa assenta-se em dois elementos

básicos: a) a existência de órgãos governamentais próprios que não dependem dos órgãos federais quanto

à forma de seleção e investidura; e b) competências exclusivas previstas na Constituição Federal

(competência concorrente para tributar, competência exclusiva para criar as Constituições Estaduais).

E - Repartição de Competência entre a União e os estados-membros prevista no texto constitucional. O

Estado Federal Brasileiro apresenta-se como um estado que embora aparecendo único nas relações

internacionais, é constituído por Estados-membros dotados de autonomia, notadamente quanto ao exercício da capacidade normativa sobre matérias reservadas à sua competência.

F - União Indissolúvel: princípio da indissolubilidade que integra o conceito de federação. Os membros da

Federação são os estados-membros, que formam a federação, união indissolúvel. Os municípios são componentes da Federação, mas para a maioria dos doutrinadores, não são considerados membros.

G - Município: é um componente da Federação e não uma entidade federativa. O Estado-membro é uma

entidade federativa. O que é indissociável é o Estado Federal, mas os estados-membros e os municípios

podem, nos termos legais, desmembrar-se, incorporar-se entre si, subdividirem-se ou anexarem-se (art.

18, § 3º e § 4º)

H - Constituição Rígida como base jurídica: A rigidez da CF/88 garante a correta distribuição de

competências entre os entes autônomos e os componentes (Municípios e Distrito Federal) da Federação, surgindo uma estabilidade institucional.

I - Órgão representativo dos Estados-membros: O Senado Federal representa os estados-membros, e, pelo

princípio da isonomia, os senadores eleitos, deverão ser sempre em número equivalente. Segundo o artigo

46 da CF/88, serão em número de três, com mandato de oito anos, representativos dos estados-membros e do Distrito Federal.

J - Auto-organização dos Estados-membros: através das constituições estaduais, fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. (Vide art. 25 da CF/88)

13 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

1.3. Formas de Governo: Refere-se à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se

dá a relação entre governantes e governados, respondendo a questão de quem deve exercer o poder e

como este se exerce.

Aristóteles concebeu três formas básicas de governo: a monarquia (governo de um só); a

aristocracia (governo de mais de um, mas de poucos), e a república (governo no qual o povo governa no

interesse do povo). Para Aristóteles essas três formas de governo podem degenerar-se: A monarquia em tirania; a aristocracia em oligarquia; e a república em democracia.

Essa doutrina permaneceu até que Maquiavel declarou em sua obra “O Príncipe”, que todos os

Estados, todos os domínios, que exerceram ou exercem o poder sobre os homens foram, e são, ou

repúblicas, ou principados. Daí por diante tem prevalecido a classificação dualista de forma de governo: ou república ou monarquia (governo republicano ou governo monárquico).

República: Eletividade Periódica do Chefe de Estado.

Monarquia: Hereditariedade e Vitaliciedade do Chefe de Estado.

Princípio Republicano: O artigo 1º da Constituição não instaura a República, recebe-a da evolução

constitucional de 1889. Desde a Constituição de 1891, a forma de governo republicana figura como princípio

constitucional, atualmente princípio constitucional sensível. O princípio republicano é protegido contra

possíveis afrontas dos Estados, prevista a intervenção federal ao estado-membro que desrespeitá-lo (art. 34, VII, a). Já a forma federativa permanece imutável, sendo cláusula pétrea (art. 60, § 4º da CF/88).

O princípio republicano não deve ser visto apenas como oposição à monarquia. A República não

apresenta apenas os três poderes indispensáveis a todos os governos constitucionais (Legislativo, Executivo

e Judiciário), mas sim a condição de que, existindo os três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, os

dois primeiros derivem realmente de eleições populares. Isso significa que a forma republicana implica a

necessidade de legitimidade popular do Presidente da República, do Governados de Estado e do Prefeito

Municipal, e a existência de assembléias e câmaras legislativas populares nas três órbitas de governo da

República Federativa, eleições periódicas por tempo determinado e conseqüente temporariedade dos

mandatos eletivos, não vitaliciedade dos cargos políticos e principalmente, prestação de contas da

administração pública. Também relacionado à República estão os sistemas de controle interno e externo

sobre a gestão pública e os interesses públicos, destacando-se a figura do Ministério Público como entidade independente e fiscalizadora dos interesses públicos.

1.4. Sistema de Governo: é o modo como se relacionam os poderes, especialmente o Legislativo e o

Executivo, não se confundindo com a Forma de Governo. Os Sistemas de Governo mais conhecidos são o Presidencialismo e o Parlamentarismo.

Presidencialismo: Independência orgânica e harmônica entre os poderes. O Poder Executivo, em geral, é

monocrático (o Chefe de Estado e também o Chefe do Governo), que não depende da confiança do Congresso Nacional, para ser investido no cargo, nem para nele permanecer, tendo mandato fixo.

Parlamentarismo: Consiste na colaboração dos Poderes, em que o Chefe do Governo depende da

confiança do Parlamento (equivalente à Câmara dos Deputados). O Chefe de Estado é o Presidente ou

Monarca, e o Chefe do Governo é um indivíduo (Primeiro Ministro ou Chanceler) ou um órgão colegiado

(Conselho ou Gabinete de Ministros), em relação estreita com o Parlamento.

O Sistema de Governo Brasileiro é o presidencialismo, entretanto não adquiriu a característica de

imutabilidade. Em 1993, por plebiscito, o Brasil decidiu manter-se uma República Presidencialista (Forma de Governo + Sistema de Governo).

1.5. Repartição de competência entre a União, Estados-membros, Municípios e Distrito Federal.

A Constituição Federal, em seus artigos 18 ao 36, dispõe sobre a repartição de competências entre a

União, Estados-membros, Municípios e Distrito Federal, distribuição da titularidade dos bens públicos e

também sobre a intervenção, que configura exceção ao princípio da autonomia, que rege o Estado

Federado.

14 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

A distribuição de competência rege-se pelo princípio de interesses, no qual o interesse da União é

geral, o interesse dos estados-membros é regional e o interesse dos municípios é local. A União tem

competência administrativa, que regulamenta o campo de exercício das funções governamentais, podendo

ser exclusiva da União (indelegável), ou comum entre os entes e componentes da Federação, também

chamada competência cumulativa ou paralela. A competência administrativa exclusiva da União está

prevista no artigo 21 da CF/88; já a competência administrativa comum está prescrita no art. 23, também do Texto constitucional.

A União também dispõe de competência legislativa privativa, prevista no art. 22 da CF/88, entretanto

pode delegá-la aos estados-membros e ao Distrito Federal, desde que seja por lei complementar, de maneira isonômica para todos e somente as matérias previstas no referido artigo.

O art. 24 da CF/88 ainda define as matérias de competência concorrente entre a União, estados-

membros e Distrito Federal, onde a União limita-se, pelo princípio de interesses, a legislar sobre normas

gerais. Nestes dispositivos funcionam as competências legislativas complementares e suplementares dos estados-membros e do distrito federal.

A competência legislativa complementar dos estados-membros e do Distrito Federal funciona no

sentido de completar, de acordo com suas peculiaridades, a legislação federal sobre normas gerais. Já a

competência legislativa suplementar, os estados-membros e o distrito federal exercem, quando a União não

estabelece nenhuma lei sobre determinado assunto, deixando deste modo, os entes autônomos com a

competência plena para suplementar, isto é, suprir a ausência de norma geral, já que, não se pode

complementar lei federal que não existe. Todavia se, supervenientemente houver a publicação de lei federal

dispondo sobre normas gerais acerca de determinado assunto, suspende-se a eficácia da lei estadual, no

que lhe for contrário. Observe-se que na competência legislativa concorrente não há a necessidade de delegação.

A competência dos estados-membros como citamos é direcionada para o interesse regional, e

segundo o § 1º do art. 25 da CF/88, é uma competência residual, pois os poderes remanescentes dos

Estados são todos aqueles que não lhe são vedados pela Constituição, ou seja, as competências que não sejam da União (art. 21 e 22), do Distrito Federal (art. 32, § 1º) e dos Municípios (art. 30).

A competência do distrito federal é híbrida, reunindo a competência legislativa estadual e municipal

(interesse regional e local). O Distrito Federal é uma figura distinta na organização estatal, com

peculiaridades, como por exemplo, na proibição de repartição em municípios, na atribuição da União em

criar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a polícia civil, militar e corpo de bombeiros do Distrito Federal.

Os territórios, apesar terem sido abolidos, podem ser criados por lei complementar, por isso

possuem regulamentação constitucional (art. 33), sujeitando-se a regência da União. Lembrando que os

territórios federais, se criados, não compõe a descentralização política do Estado Federal Brasileiro, mas

compõe a descentralização administrativa da União, tendo seu governador escolhido pelo Presidente da

República e aprovada a escolha pelo Senado. Os territórios não elegem senadores, mas elegem 4 deputados federais, tendo vários serviços mantidos pela União.

TÍTULO III

Da Organização do Estado

CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

§ 1º - Brasília é a Capital Federal.

§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a

outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

15 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,

dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante

plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou

manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTULO II

DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções

militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais

de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas

oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas

afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constituciona nº 46, de 2005)

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

VIII - os potenciais de energia hidráulica;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a

órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás

natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no

respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação

financeira por essa exploração.

§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,

designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21. Compete à União:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - assegurar a defesa nacional;

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

VII - emitir moeda;

16 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento

econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de

telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou

que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito

Federal e dos Territórios;

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito

Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e

televisão;

XVII - conceder anistia;

XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal

sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a

pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de

2006)

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

17 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do

trabalho;

II - desapropriação;

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

XI - trânsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações

públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o

disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas

das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio

público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

18 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor

histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de

saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito

nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,

estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência

suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS

19 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta

Constituição.

§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás

canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a

organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do

Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta

Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na

razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados

Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,

realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em

segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse

ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)

§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública

direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por

lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

CAPÍTULO IV DOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de

dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os

princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

20 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior

ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com

mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;

IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000

(cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até

80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de

até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e

de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até

450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)

habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de

até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)

habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de

até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)

habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)

habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)

habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)

habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

21 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil)

habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda

Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos

mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de

habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição

Constitucional nº 58, de 2009)

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de

habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de

habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição

Constitucional nº 58, de 2009)

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes

e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de

habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição

Constitucional nº 58, de 2009)

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da

Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura

para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na

respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos

Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

22 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto

nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso

X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros,

através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e

excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório

da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)

II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos

mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e

500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001

(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição

Constitucional nº 58, de 2009)

V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e

8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de

8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de

pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº

25, de 2000)

§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 25, de 2000)

§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

Art. 30. Compete aos Municípios:

23 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação

infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle

externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

CAPÍTULO V

DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Seção I DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada

em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e

Municípios.

§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos

Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.

§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.

§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.

Seção II

DOS TERRITÓRIOS

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o

disposto no Capítulo IV deste Título.

§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na

forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério

24 www.academiadoconcurso.com.br

ACADEMIA DO CONCURSO Avenida Presidente Vargas, 642 – 19º andar, Centro / Metrô Uruguaiana

Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

(***)

Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas:

I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for

inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro se igual ou superior a esse número, até um milhão e

quinhentos mil;

II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;

III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;

IV - o Tribunal de Justiça terá sete desembargadores;

V - os primeiros desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma:

a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário;

b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e

saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na

Constituição;

VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País;

VII - em cada comarca, o primeiro juiz de direito, o primeiro promotor de justiça e o primeiro defensor público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;

VIII - até a promulgação da Constituição estadual, responderão pela Procuradoria-Geral, pela

Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de

idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis ad nutum;

IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de

encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à administração federal ocorrerá da seguinte forma:

a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;

b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos

restantes cinqüenta por cento;

X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição estadual;

XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta por cento da receita do Estado.