ENFERMAGEM DE SAÚDE DO IDOSO

Programa de estimulação cognitiva "Fazer a Diferença"

Autores

João Luís Alves Apóstolo*, Daniela Filipa Batista Cardoso**, Lilia Marisa GonçalvesMarta***, Taciana Inês de Oliveira Amaral****

Apresentadores

Daniela Filipa Batista Cardoso**

Introdução: A Qualidade de vida e os cuidados de saúde actuais permitem uma longevidade bastante superior àde apenas umas décadas atrás. Consequentemente, observa-se um envelhecimento populacional, comconsequências económicas e sociais preocupantes. Deste modo, tem surgido uma preocupação crescente comos problemas cognitivos associados ao envelhecimento, aparecendo, assim, os primeiros estudos relativos àimplementação de programas de estimulação cognitiva em idosos como estratégia de intervenção, dos quais sedestaca o programa de estimulação cognitiva “Fazer a Diferença”.Objetivos: Apresentar o programa de estimulação cognitiva “Fazer a Diferença”.Metodologia: Após a aquisição do programa de estimulação cognitiva “Fazer a Diferença” procedeu-se à suatradução e adaptação cultural.Resultados: O programa “Fazer a Diferença” é um protocolo desenvolvido em Inglaterra por Spector et al(2006), para realização de estimulação cognitiva em indivíduos idosos (mais de 65 anos) que apresentemcompromisso cognitivo ou já tenham diagnóstico de demência. O objectivo deste programa é retardar os efeitosdo compromisso cognitivo em idosos. Consiste na realização de 2 sessões semanais com a duração de 45minutos cada, durante 7 semanas, num total de 14 sessões. Estas são orientadas de acordo com os conceitosde estimulação cognitiva e orientação para a realidade, incluindo temas variados como dinheiro, jogos físicos,alimentação ou quiz em equipa. Durante as sessões é apresentado um “quadro de orientação para a realidade”que contém o nome e música do grupo (escolhidos pelos participantes), referidos no inicio de cada sessão. É,ainda, realizado no inicio de cada sessão um jogo com uma bola, relacionado com o tema da sessãocorrespondente, que vai aumentando de dificuldade ao longo das 7 semanas.Conclusões: O compromisso cognitivo tem tido particular interesse para os investigadores ao longo dos últimosanos, devido às consequências e dificuldades que acarreta na realização das actividades do dia-a-dia. Aestimulação cognitiva tem vindo a revelar-se uma intervenção com resultados positivos, evidenciando umaumento do desempenho dos idosos, manifestado pelo desenvolvimento da sua autonomia e independência. Osprogramas de estimulação cognitiva promovem a independência e a autonomia do idoso. Desta forma, oenfermeiro ao desenvolver e auxiliar estes programas contribui para uma optimização das funções cognitivas,bem como para uma melhoria do funcionamento global dos idosos.Palavras chave: Estimulação Cognitiva, Programa de Estimulação Cognitiva “Fazer a Diferença”, Idosos.

* Escola Superior de Enfermagem de Coimbra , UCPEI ** Escola Superior de Enfermagem de Coimbra [dcardoso@esenfc.pt] *** Escola Superior de Enfemagem de Coimbra **** Escola Superior de Enfermagem de Coimbra