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abril/2015 145 Sociedade da Mesa do livre exercício dos prazeres clube de vinhos Villa Chavin Merlot Reserve 2013 | França Pimentão Prazer, sou o Capsicum annuum Picolé uma fria que todo mundo gosta de entrar Óleo de dendê A invenção do saca-rolhas R$ 16,00

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Page 1: abril/2015 Sociedade vinhos · Projeto Arte Contemporânea 23 / Almanaque 26 / Entrevista 30 / Ingredientes 34 / Canteiro 35 / Dica de quem sabe ... Descobrir seus vinhos brancos,

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145Sociedade

da Mesad o l i v r e e x e r c í c i o d o s p r a z e r e s

clube de vinhos

Villa ChavinMerlot Reserve 2013 | França

PimentãoPrazer, sou o Capsicum annuum

Picoléuma fria que todo mundo gosta de entrar

Óleo de dendêA invenção do

saca-rolhas

R$ 16,00

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GlicofobiaA mais desconcertante patologia do mercado consumidor brasileiro de vinho é a que chamo de glicofobia.

Tal patologia fica clara, e se manifesta com o nervosismo que causa entre alguns associados, a seleção de um vinho em cujo contrarrótulo não se leia “seco”.

Desenvolvi uma teoria para explicar esse fenômeno. Não é comprovada, é só uma conjectura, mas não consigo explicá-lo de outra forma: por muito tempo e até um par de décadas atrás, a oferta de vinhos no mercado brasileiro era massivamente feita de vinhos produzidos no Brasil, vinhos de qualidade baixa, muitos deles produzidos com uvas não viníferas e a maioria chaptalizados. A chaptalização é uma correção inevitável quando, seja pela mesma qualidade da uva, seja pelas condições climáticas, a uva não produz açúcar suficiente para posterior transformação em álcool, exigindo o acréscimo de açúcar ao mosto.

Esses mostos chaptalizados resultavam num vinho com razoável quantidade de açúcar residual, fazendo-o ligeiramente doce o que, por aqui, convencionou-se chamar “suave”.

Como eram vinhos ruins, a associação entre suave ou ligeiramente adocicado e a má qualidade foi inevitável. Vinho suave = meio doce = vinho ruim. Em contraposição, vinho seco = vinho bom.

Uma vez plantada a confusão, a mesma acabou por tomar volume com a ajuda de alguns conceitos, às vezes, confusos. Vamos ver:

Dario Taibosócio-diretor

Sociedade da Mesa

d o l i v r e e x e r c í c i o d o s p r a z e r e s

clube de vinhos

abril/2015

145

Direção GeralDario [email protected]

Direção Técnica Dario [email protected]

Direção da Revista Paula T. [email protected]

RevisãoAlessandra Nascimento

Projeto gráfico e diagramaçãoDebora [email protected]

Redaçã[email protected]

Atendimento ao cliente [email protected]

Contato de Publicidade [email protected]

Impressão 15.000 exemplares

Sociedadeda Mesa

c l u b e d e v i n h o s

Rua Branco de Moraes, 248/11Chácara Santo Antônio - São Paulo - SP - BrasilCEP 04718-010(55-11) 5180-6000 0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

EditorialA LEGISLAÇÃO

A legislação diz que um vinho é seco quando tem até mais ou menos – e digo mais ou menos porque depende da lei de cada país – 3,0 g/L e semi-seco de 3,0 a 15,0 g/L. Ora, aí há um problema. Um vinho pode ter 5 gramas de açúcar natural por litro, mas não pode ter 15 gramas de açúcar natural por litro, e portanto, aqueles vinhos que pela “lei do açúcar” estão na mesma categoria de semi-secos são vinhos bem distintos e produto de vinificações diferentes.

O CONCEITO DE QUALIDADE

Se é que se pode medir a qualidade de um vinho pelo seu teor de açúcar natural, então diríamos que, quanto mais açúcar residual tem um vinho, melhor ele é. Indica uma melhor qualidade e sanidade das uvas, bem como uma colheita numa situação de maturidade de uvas ideal. De fato, a lei alemã do vinho os qualifica por açúcar. Quanto mais açúcar, melhor o vinho.

O GOSTO

Não há uma relação direta necessária entre o gosto doce de um vinho e seu teor de açúcar. Um vinho com 2 g/L de açúcar pode parecer mais doce que um de 3 g/L, já que o gosto doce depende de uma coleção de fatores. Existem no vinho outros elementos de sabor doce – o álcool, por exemplo –, e existem também elementos de sabor amargo que reduzem a sensação de doce.

Finalizando: o fato de um vinho não ser qualificado como seco não tem nenhuma relação direta com sua qualidade, com a sua vinificação ou com seu gosto.

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Sociedade da Mesa

d o l i v r e e x e r c í c i o d o s p r a z e r e s

clube de vinhos

índice06 / Seleção Mensal

12 / Receita 1,2 e 3

14 / À mesa com

16 / Na cozinha tem

20 / Projeto Arte Contemporânea

23 / Almanaque

26 / Entrevista

30 / Ingredientes

34 / Canteiro

35 / Dica de quem sabe

36 / Drinks

38 / Por aí

40 / Química dos alimentos

42 / Perguntas frequentes

46 / Notícias

47 / Calendário

48 / Saca-rolha

50 / Acessórios

53 / Estoque

54 / Próximas seleções

0800 774 0303

Em 2015 passa a vigorar uma nova data limite para suspensão das seleções e alterações do pedido do mês. As solicitações deverão ser comunicadas até o último dia do mês anterior ao envio da seleção.

Veja como ficam as novas datas: Para a seleção de maio, a data limite para suspender ou alterar seu pedido será até o último dia de abril, ou seja, 30/4.

Para a seleção de junho, a data limite para suspender ou alterar seu pedido será até o último dia de maio, ou seja, 31/5.

Para a seleção de julho, a data limite para suspender ou alterar seu pedido será até o último dia de junho, ou seja, 30/6.

A data de pagamento da última seleção enviada também deixará de ser no dia 5 do mês e passará a ser no dia 1 do mês seguinte ao recebimento da seleção.

As informações sobre as próximas seleções estarão disponíveis no site após o dia primeiro de cada mês.

Essas mudanças têm o propósito de possibilitar que todos os nossos associados recebam seus pedidos dentro do mesmo mês, facilitando o controle e comunicação entre todos.

Estamos à disposição para esclarecer eventuais dúvidas.

Sociedade da Mesa

abril30

junho30

maio31

COMUNICADO IMPORTANTE

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MERCI, FRANCE!

A França ocupa, por mérito próprio, o primeiro posto no ranking mundial dos países produtores de vinho. Convém recordar que não é na França onde se originam o vinho e o vinhedo, mas ninguém pode duvidar de que este país é uma referência, em virtude de sua viticultura e seus vinhos. Desde que as primeiras cepas foram plantadas durante a dominação do Império Romano, os vinhedos fazem parte de sua paisagem. A França é um grande vinhedo, onde o cultivo da videira moldou, durante séculos, suas paisagens, sendo parte inseparável dos povos e da vida de seus cidadãos.

O vinho converteu-se em um símbolo para o país, no qual a cultura e a tradição fundiram-se em torno da mágica bebida, fazendo com que se desenvolvesse de forma mais profissional ao longo dos séculos. Esta referência, um farol da vitivinicultura, deve ser interpretada como o berço da enologia e viticultura modernas, e origem das variedades mais difundidas em todo o mundo, como a Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Chardonnay, Merlot, Syrah e Malbec entre outras.

O Vinho na FrançaSuperfície de vinhedo: 800.000 hectaresRanking mundial de superfície de vinhedo: 2ºVolume de vinho produzido: 41.422.000 hlRanking mundial por produção de vinho: 1ºDados: OIV 2012 (International Org. Vine and Wine)

Villa Chavin Merlot Reserve 2013 | França

Seleção Mensal

seleçãoMensal

Texto: Alberto PedrajoFotos: divulgação

Seleção Mensal

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A geografia francesa está coberta por dezenas de regiões vitivinícolas que formam, em seu conjunto, uma excepcional obra de arte da natureza. Na França, encontramos desde alguns dos vinhos mais caros do mundo até excelentes vinhos com uma ótima relação qualidade-preço. Entre outras coisas, a diversidade e a pluralidade de vinhos surpreendentes transformam-na neste gigante vitivinícola. Como ocorre nos vizinhos Espanha e Itália, a extensão, assim como a distribuição de regiões vitivinícolas, tem a qualidade assombrosa de elaborar inúmeras surpresas enológicas.

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A França é um destino excepcional. A visita a este país deveria ser uma obrigação para todo enófilo, uma espécie de pacto após o primeiro gole de vinho. Descobrir seus vinhos brancos, tintos, doces, espumantes... poder saboreá-los nas bodegas onde são elaborados, enquanto se conversa com o proprietário, entrar em um carro e percorrer extensas colinas cobertas por vinhedos, a caminho de um restaurante no qual é possível se perder entre dezenas de pratos locais, e despertar pela manhã em um hotel charmoso, contemplando um idílico vinhedo. Essa é uma declaração de intenções para os amantes do vinho. Uma deliciosa viagem, que nos permitiria mergulhar na cultura e no estilo de vida franceses para aprender a desfrutar dos prazeres que este país oferece. Quem pode recusar um plano tão sugestivo?

DOMAINES PIERRE CHAVIN

Domaines Pierre Chavin é um grupo de bodegueiros fundado em 2009, que está presente em algumas das regiões vitivinícolas mais famosas da França, como Bordeaux, Borgonha, Champagne, Loire, sul da França entre outras. É uma bodega jovem e dinâmica, que aproxima a tradição da modernidade.

O objetivo de Pierre Chavin é criar vinhos originais que se diferenciem por ter o caráter da região onde são elaborados: elegantes, modernos e inovadores, adaptados aos gostos dos consumidores de todo o mundo.

O enólogo Fabien Gross pertence a uma família que tem muita tradição bodegueira em Colmar, na Alsácia. Desde jovem trabalhou com os viticultores locais, aprendendo nas raízes e mostrando grande respeito pela tradição vitivinícola, hoje refletida na elaboração de seus vinhos, que são fruto da experiência adquirida na terra por ele e por toda a equipe da Domaines Pierre Chavin. Graças ao perfeito conhecimento dos vinhedos, à expressão “terroirs” e às técnicas enológicas, é capaz de elaborar vinhos como este magnífico Merlot que apresentamos neste mês.

Fabien Gross trabalhou nas principais regiões vitivinícolas do mundo, adquirindo um perfeito equilíbrio entre as tradições do Velho Mundo e a visão aberta do Novo Mundo. A isso uniu a experiência de 10 anos como responsável de compras para o maior grupo exportador de vinhos franceses, o JP Chenet.

“Quando crio um vinho, costumo comparar o processo com o de um estilista, criador de um artigo único de alta costura. Às vezes, imagino em minha mente a criação, o desenho, os contornos, a seleção de materiais, a montagem do tecido. Vou refinando cuidadosamente os detalhes, para fazer pequenas alterações e, finalmente, costurar os mais belos vestidos.

Como artista, eu me esmero e levo ao limite o que a natureza nos deu”.

Fabien Gross (enólogo)

Villa Chavin Merlot Reserve 2013 | França

País: França

Indicação Geográfica: Vin de France

Uvas: 100% Merlot

Álcool: 13,5%

Produtor: Domaines Pierre Chavin

Quando se degusta pela primeira vez o Villa Chavin Merlot Reserve 2013, a suavidade, a fluidez e a perfeita acidez nos surpreendem. Esse é o fruto do trabalho que, com paciência, foi realizado pelo jovem enólogo Fabien Gross. Como um pintor, um desenhista, um artista, ele define os vinhedos, elege a data perfeita para a vindima, seleciona cuidadosamente as uvas e fermenta os vinhos com esmero e atenção, buscando sempre aperfeiçoar todos os detalhes, para levar às nossas mesas vinhos como este delicioso Villa Chavin Merlot Reserve 2013.

O vinho: as uvas são cultivadas nos vinhedos do sul da França, onde a Merlot adquire a maturação e o equilíbrio perfeito. Após a recepção da uva na bodega, ela é fermentada em depósitos de aço inoxidável, sob temperaturas controladas, com o fim de realizar uma fermentação ideal para a obtenção da perfeita extração de fruta. Após a fermentação alcoólica e uma rápida maceração, o enólogo leva para barris de carvalho uma parte do vinho que, posteriormente, mistura-se a outra parte sem crianza, até obter um “blend” que respeite a Merlot e aporte um leve e elegante toque de crianza.

ficha técnica

seleçãoMensal

A cata: vermelho-cereja de boa intensidade, limpo e brilhante. As primeiras sensações no nariz são de fruta negra madura, como ameixas e amoras silvestres, com notas de crianza bem integradas e frutos secos. Na passagem pela boca, destaca-se o equilíbrio, a acidez correta, bom centro de boca e agradáveis notas de especiarias, que dão passagem à fruta negra madura. Longo e profundo, com retrogosto muito agradável.

Harmonização: seu equilíbrio e estrutura permitem harmonizá-lo com uma grande diversidade de pratos. A textura sedosa encaixa com pratos untuosos, como um risoto de cogumelos, para o qual este vinho se mostrará consistente. Mas não é um vinho de regras rígidas. Seu equilíbrio nos permitirá desfrutá-lo com um cardápio bem variado. Considero, como sempre, que os vinhos devem ser degustados em boa companhia, boa mesa e que devemos nos arriscar na hora de harmonizá-los, explorando novas sensações e sabores.

Temperatura: degustar a uma temperatura compreendida entre os 14 e 16ºC. O método mais rápido e confiável para mantê-lo na temperatura desejada é colocar a garrafa em um recipiente com água, e quatro ou cinco cubinhos de gelo flutuando. Desse modo, o vinho ficará fresco e não gelado.

Guarda: para consumir já, com um desenvolvimento positivo nos próximos meses e ótimo nos próximos três anos (2015 – 2018). Não há necessidade de arejá-lo pelos próximos dois anos. Após 2017, a recomendação é decantá-lo meia hora antes de seu consumo.

Com uma ótima relação qualidade-preço, este vinho é excelente para o consumo diário, já que mantém um equilíbrio perfeito entre acidez e volume. Trata-se de um vinho para ser desfrutado por consumidores experientes ou iniciantes.

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De 16 a 23 de maio de 2015.Uma viagem única por Madri e Rioja onde visitaremos vinícolas escolhidas pessoalmente por Dario Taibo, provaremos uma cozinha inesquecível e teremos encontros especiais com produtores espanhóis, amigos do nosso clube, que nos permitirão conhecer a Espanha através de olhos locais.

Mais informações no site

www.sociedadedamesa.com.br/viagens

0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

Sociedadeda Mesa

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Espanha com a Sociedade da Mesa.

QUE VENGAN LOS FUERTES

Últimas vagas!Viagem sujeita à confirmação de

acordo com a demanda.

8 DIAS.7 NOITES.CULINÁRIA.ENCONTROS.MADRI.RIOJA.E COM A COMPANHIA DE DARIO TAIBO.

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Salada de camarões com abacate

Hamburguinhos

Texto: João Belezia

Fotos: Elayne Massini

Texto: João Belezia

Fotos: Elayne Massini

Receita 1, 2 e 3Receita 1, 2 e 3

Quem tem filho põe o dedo aqui!

www.joaobelezia.com.br www.joaobelezia.com.br

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INGREDIENTES6 camarões médios limpos1 abacate maduro e firme, cortado em cubos2 tomates maduros cortados em cubos pequenosGergelim preto 1 limão sicilianoAzeite extravirgem Sal e pimenta-do-reino

PREPAROCozinhe os camarões no vapor e, ainda quentes, tempere-os com sal, pimenta e azeite. Reserve.

Tempere os tomates e o abacate com sal, pimenta e suco de limão.

Em uma forma, monte três camadas: uma com o abacate, outra com o tomate e a última com o abacate novamente.

Passe os camarões no gergelim.

Vire a forma num prato de servir e coloque por cima os camarões.

Regue com mais azeite e sirva em seguida.

receita

INGREDIENTES200 g de fraldinha moída30 g de barriga de porco moídaRodelas grossas de cebola roxa30 ml de molho inglês4 minipães de hambúrguerSal e pimenta-do-reinoÓleo para fritar

PREPAROMisture bem a carne com a gordura e molde 4 hambúrgueres. Tempere-os com sal e pimenta.

Numa frigideira com óleo aquecido, coloque as cebolas e, em fogo médio, deixe até que fiquem bem caramelizadas. Retire e reserve.

Na mesma frigideira, grelhe os hambúrgueres até o ponto desejado.

Monte os sanduiches e sirva em seguida.

receita

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Texto: João BeleziaFotos: Elayne Massaini

À mesa com... as mães!

Riso

to d

e Co

gum

elos Panna Cotta

INGREDIENTES200 g de arroz arbóreo2 dentes de alho finamente picados1 folha de louro2 l de caldo de frango ou legumes300 g de cogumelos fatiados (paris, shitaque e shimeji)Azeite extravirgem50 g de manteiga sem sal150 ml de vinho branco seco100 g de parmesão ralado finoSal e pimenta-do-reino.

PREPARO Em uma frigideira bem quente, doure rapidamente os cogumelos, temperando com sal e pimenta. Reserve. Em uma panela, aqueça o azeite e doure rapidamente o alho picado com o louro. Acrescente o arroz e mexa bem por 5 minutos. Adicione o vinho branco, incorpore e deixe-o evaporar.Cozinhe o risoto, mexendo sempre e acrescentando o caldo aos poucos. Coloque os cogumelos.Cozinhe até ficar “al dente”, mexendo sempre.Acerte o sal e a pimenta.Tire-o do fogo e adicione a manteiga e o parmesão.Mexa bem até ficar cremoso.Disponha uma porção no centro do prato.Finalize com um fio de azeite.Sirva em seguida.

INGREDIENTES 800 ml de creme de leite fresco200 ml de leite100 g de açúcar15 g de gelatina sem sabor1 baga de baunilha

CALDA 300 g de frutas vermelhas frescas 100 g de açúcar

PREPARO DA PANNA COTTAEm uma panela, coloque o açúcar, a baunilha e o creme. Aqueça-os em fogo moderado por 5 minutos e desligue.Hidrate a gelatina e coloque na panela com o creme.Coloque o leite e misture bem.Derrame o creme em forminhas e leve para firmar em geladeira por 4 horas até servir.Para a calda, coloque os ingredientes numa panela e cozinhe em fogo médio por 15 minutos. Retire e resfrie.

APRESENTAÇÃOColoque a calda no fundo de um prato e, por cima, desinforme a panna cotta.

receitareceita

Harmonização

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Ao longo dos muitos séculos nos quais os homens dedicaram-se a beber vinhos e a aperfeiçoá-los, o principal problema nunca foi a forma de abri-los, mas como mantê-los.

Desde as ânforas gregas e romanas – provavelmente os recipientes mais perfeitos da antiguidade clássica –, até as garrafas modernas, ninguém pensou que o problema seria a rolha. Porém, quando a indústria inglesa do vidro avançou sobre a fabricação das garrafas em série, por volta do século XVIII, e a técnica se estendeu pela Europa, aconteceu uma mudança sideral: pela primeira vez na história, havia um recipiente perfeito para o vinho, que não alterava seu sabor nem acelerava sua decrepitude. Mais do que isso: parecia que o sabor dos vinhos guardados era de outro planeta. Entretanto, aí tem-se o início do problema com a rolha. Um transtorno pelo qual todos nós, bebedores de vinho, passamos quando esquecemos de levar o saca-rolhas para um acampamento: como extrair a rolha tenazmente aderida ao vidro? Com essa pergunta nasce, exatamente em 1795, o saca-rolhas.

A invenção dos saca-rolhas é a história da engenhosidade, da criatividade movida pela sede, pois entre as coisas que incendiaram a imaginação criativa do homem, o desejo de beber está em primeiro lugar. O saca-rolhas é a parábola perfeita entre a sede de vinho e o engenho humano empenhado em saciá-la.

A invenção dos saca-rolhas

Texto: Joaquín Hidalgo Fotos: banco de imagens

Na cozinha tem história

17

AS PRIMEIRAS PATENTES

Foram os soldados que apresentaram uma solução inicial. Nas frentes napoleônicas, eles precisavam da necessária distração do vinho e levavam as novas garrafas para os acampamentos, ou as saqueavam nos povoados, perfeitamente vedadas com uma rolha, o que significava mais do que uma distração, uma dor de cabeça. Para abri-las, tentaram de tudo, até que um combatente teve a ideia de usar uma ferramenta espiral utilizada para a limpeza de mosquetes de “avant carga”. Se ela servia para extrair dos canos os resíduos dos disparos, poderia servir também para extrair a rolha das garrafas. E assim iluminou-se a ideia de usar o velho parafuso de Arquimedes para saciar a sede.

O assunto é polêmico, pois ter armas carregadas junto com garrafas de vinho não é algo recomendável. Mas, pode-se argumentar que, pelo menos neste ponto da história, a “inteligência militar” foi bem-sucedida.

Em 1795, ao tomar conhecimento da descoberta, um reverendo chamado Samuel Henshall, nascido em Oxford, Inglaterra, teve a genial ideia de patentear o primeiro saca-rolhas em “T”, empregando uma rosca de metal aderida a um pedaço de madeira. Consta que foi o primeiro registro de um saca-rolhas na história.

O próximo passo veio com Edward Thomason. Conhecido em Birmingham por sua criatividade e inventividade, ele adicionaria um elemento por causa da observação do saca-rolhas de Henshall: acrescentou um limite à rosca, para obrigá-la a rotacionar dentro da boca da garrafa e facilitar sua extração, desprendendo-a do vidro.

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A esses três métodos básicos foram somados todo tipo de multiplicadores de força e alavancas destinados a reduzir o esforço de extrair a rolha. Os garçons atualmente empregam um com uma única alavanca e um ponto de apoio (melhor ainda se for articulado). Por outro lado, em muitos lares, usa-se o de alavanca dupla, que é prático, mas incômodo para carregar por causa do tamanho. Usam-se também os de torque, que se prendem ao gargalo até ativar outra rosca, que levanta a cortiça. Em geral, o saca-rolhas converteu-se em uma ferramenta efetiva e portátil.

Apesar das inumeráveis patentes, a criatividade humana não descansa. Em 1979, empregou-se um ângulo especial de hélice (recoberta por teflon para torná-la escorregadia), sacando a cortiça pela espiral. A descoberta completa-se com o saca-rolha pneumático (patenteado apenas depois), no qual uma agulha injeta gás dentro da garrafa, gerando pressão interna e expulsando a rolha.

Diante disso, pode-se esperar que, a qualquer momento, um novo aparelho seja inventado, de modo a resolver o problema da remoção da rolha.

Pensando bem, o mais provável seja que a invenção se dê no recipiente ou na própria rolha, e a longa marcha do saca-rolhas chegue ao seu fim, após dois séculos de engenhosidade e criatividade. Quem sabe?

IDEIAS PARA EXTRAIR UMA ROLHA

Contudo, as diferenças entre as muitas patentes são pequenas e os saca-rolhas podem ser classificados, segundo três tipos de espessura e segundo o princípio empregado:

a) Saca-rolhas tipo Auger: a rosca é semelhante a uma escada em caracol, na qual a ponta situa-se no centro do espiral. Requer menor força, mas tende a romper a rolha, se ela não estiver em bom estado.

b) Saca-rolhas tipo hélice: reconhece-se facilmente, porque a ponta da espiral não está centrada. É construído de forma que a rosca deixe um cilindro de ar em seu interior. Exige mais cuidado para introduzi-lo, mas não rompe a rolha ao removê-la.

c) Saca-rolhas tipo “π” ou “ah-so”: emprega duas chapas de aço que se introduzem pelos lados da rolha, que é removida quando aplicada a torção.

A seu favor conta o fato de ser seguro. Ele não tem ponta e é ideal para rolhas velhas. A desvantagem é que as chapas geralmente se rompem com o uso e requerem perícia.

Patentes mais, patentes menos, se dermos crédito aos livros de história, essas duas patentes foram as primeiras a serem inscritas na história da propriedade intelectual. Aí se esconde outro dos dados curiosos do saca-rolhas: sua existência e seu desenvolvimento estão intimamente ligados ao de uma legislação defensora das ideias. Mas essa é outra história, da qual nos interessam alguns dados: a contar da primeira patente inglesa, houve, ao menos, mais 350 registros no Reino Unido, outros nos Estados Unidos e uma quantidade similar na França. Todas inscritas ao longo do século XIX.

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MOLHOS02.pdf 1 20/02/2015 16:55:25

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Para compra e mais informação em www.sociedadedamesa.com.br/arte

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Chegamos ao fim do nosso primeiro ciclo de Arte na Sociedade da Mesa. Neste projeto, encontramos o casamento perfeito entre a cultura gastronômica e a cultura artística. Em ambos os casos, tratamos de abrir fronteiras a partir de duas grandes bases: o prazer e a exploração de outras culturas.

arte contemporânea. descubra e aprecie.ProjetoARTE CONTEMPORÂNEA

gravuras

O melhor da arte contemporânea com exclusividade para nossos associados.

Título: S/T, 2014 Artista: Mintxo (Alfredo Fermín Cemillán)

Preço único de: R$2.150,00

Título: O Mediterrâneo, 2013 Artista: Sean Mackaoui

Preço único de: R$1.400,00

Título: série “Composições Livres”, 2013 Artista: Macaparana Preço único de: R$1.700,00

Título: Random evenings, precious objects, 2014 Artista: Jaroslaw Flicinski

Preço único de: R$1.850,00

Título: S/T, 2013

Artista:Eduardo Stupía

Preço único de: R$1.850,00

Título: OßO, 2013 Artista: Diango HernándezPreço único de: R$3.120,00

Benveniste Contemporary, um dos 5 melhores ateliers em edição de obra contemporânea no mundo, trouxe para nossos associados o trabalho de artistas de renome internacional a preços exclusivos.

Foram cinco artistas apresentados nos últimos dois anos. Para cada artista, fizemos uma apresentação da obra realizada, divulgamos informação crítica e curricular completa junto com exemplos de outras obras, para ajudar os colecionadores a conhecer em detalhe o artista e seu trabalho.

A iniciativa foi um sucesso, e junto com a Benveniste Contemporary acordamos a possibilidade de compra das obras até o final de maio deste ano.Abaixo, as obras para apreciação com valores e número das edições de apresentação. Aguardem novidades.

Forma de pagamentoPagamento à vista ou em até 3 vezes no cartão de crédito

PedidosPedidos devem ser feitos pelo e-mail [email protected] ou 0800 774 0303

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Em sua sexta edição, Wine

Weekend São Paulo Festival

reúne as melhores

oportunidades de

degustação e compra de

vinhos, com muitas atrações

gastronômicas e enoculturais,

no principal ponto de lazer da no principal ponto de lazer da

cidade: o Parque do

Ibirapuera.

- Mais de 2.000 rótulos

- Ofertas e promoções dos principais produtores e importadores

- Biergarten com variedade de cervejas artesanais

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- Análise técnica dos vinhos por especialistas convidados

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Destilados, com a presença de 20 jurados de 10 países

PROGRAME SUA AGENDA PARA ESSEFINAL DE SEMANA INESQUECÍVEL.

PICOLÉUMA FRIA QUE TODO

MUNDO GOSTA DE ENTRAR

Texto: Paulo SamáFotos: banco de imagens

Almanaque

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Tivemos neste ano um dos verões mais quentes de nossa história. Para quem pôde viajar e curtir uma praia, ótimo. Para quem não teve a mesma sorte, restou o consolo do ar condicionado do escritório, da piscina do prédio nas horas vagas, do sabadão no parque aquático ou... refrescar-se com um bom sorvete.

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DELÍCIA TROPICAL

No Brasil, apesar do sorvete já ser moda desde 1834/35, quando surgiu a primeira sorveteria, o picolé propriamente dito só ganhou força a partir de 1941, quando a U.S. Harkson chegou ao país. A empresa assumiu os galpões da Gato Preto (fábrica de sorvetes que havia falido) e iniciou verdadeiramente a produção e distribuição industrial de sorvetes e picolés. Em 1942 os carrinhos de sorvete e picolé da empresa começaram a tomar conta das ruas brasileiras, trazendo lançamentos como o Eski-Bon e o picolé Chicabon, que se tornaram paixões nacionais. Pelo nome dos produtos, já podemos imaginar em qual marca de sorvetes e picolés a U.S. Harkson se transformou 18 anos depois: a Kibon. Logo, novos players surgiram no mercado, e se formou o que por décadas seria a tríade dominante no mundo do picolé, com Kibon, Yopa (hoje Nestlé) e Gelato - alguém aí lembra do saudoso Fura-bolo? Ou do Gol, que vinha dentro de uma minibola de futebol? Hoje, a concorrência é maior e encontram-se diversas marcas de picolé por aí, como Diletto, Rochinha, Melona, Kopenhagen, que transformou alguns de seus grandes sucessos em picolés, e as agora famosas paletas mexicanas.

PALETA É “CULT”

Sim, saborear paletas mexicanas já se tornou uma febre em locais do Brasil como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e outros. Tradicionalíssimos em sua terra natal, os picolés quadrados são maiores do que o normal e trazem entre seus sabores, especialidades naturais e inusitadas, como hibisco, rum e tamarindo. A aceitação no Brasil foi imediata e, hoje, já há redes de paleterias nadando de braçada nessa gelada onda. Os sabores, além dos “importados” manga com pimenta, mojito e outros inspirados em drinques mexicanos, já incluem os tupiniquins açaí, maracujá, doce de leite com coco, melancia etc.

CURIOSIDADES GELADAS• No início de 2013, o Bloco Picolé de Manga, de João Pessoa, bateu o recorde brasileiro de maior picole de fruta: 227,1 kg, sabor manga, é claro.

• No Guinness Book o recorde é de 1997. Uma empresa da Holanda produziu um picolé de 21 pés (aproximadamente 6,40 metros de comprimento).

• Em 2005, na cidade de Nova Iorque, tentou-se bater o recorde dos holandeses, com um picolé de 25 metros de altura e 17,5 toneladas. Infelizmente, o sorvetão derreteu rapidamente e desabou, provocando uma verdadeira enchente de suco de kiwi e morango. O Guinness não registrou a proeza.

Ou será picolé? Ok, os dois são gelados e refrescam, mas qual é qual?

Sorvete, por definição, é aquele que chamamos sorvete de massa. O de palito é picolé. Quem é paulista pode até discordar e defender o vernáculo sorvete com unhas e dentes para ambos os tipos, mas não adianta espernear: picolé é aquele do palitinho. Aquele que, quando criança, a gente corria atrás do carrinho na praia - depois de se esbaldar no mar ou brincar na areia - gritando para o sorveteiro (ou “picolézeiro”?) esperar, enquanto pedíamos dinheiro aos nossos pais. Aquele que derretia mais rápido do que podíamos tomar. Aquele do palito que a gente fincava no topo do castelo de areia. Do palito marcado, da promoção que dava bicicleta.

Para comprovar tudo isso, vamos até as origens. Não há mais de 3000 anos, quando se produziu na China a primeira coisa parecida com um sorvete. Isso é assunto para um outro almanaque, quem sabe no verão que vem. Nossa viagem é mais curta. Afinal, o sorvete já existia quando foi criado o primeiro picolé da história.

CRIADO POR ACASO

Muita gente acredita que a palavra picolé vem de “picollo”, que é menino em italiano, e poderia muito bem ter vindo. Só que não, como dizem por aí. A coincidência começa e termina aí. Por quê? Simples: o picolé foi criado por um menino de 11 anos. E foi sem querer. Em uma noite muito, muito fria de 1905, Frank Epperson, um garoto americano de São Francisco, esqueceu um copo de suco com uma colher no quintal. A poderosa e implacável Providência fez a sua parte: pela manhã, o suco havia congelado em volta da colher, formando um gelo com sabor de fruta. Porém, Epperson não virou sorveteiro. Já crescido, ingressou no mercado imobiliário.

Só muitos anos depois de sua primeira experiência (as fontes discordam quanto às datas), é que Epperson mostrou sua receita, ao acaso - novamente o acaso - em uma festa de amigos. O suco congelado e espetado na colher acabou fazendo um enorme sucesso e, pouco tempo depois, surgia o Eppsicle, um trocadilho em referência ao nome de seu criador, que finalmente patenteou a invenção, e a palavra icicle - pingente de gelo. O nome logo mudaria para Popsicle, algo como “gelinho do papai” (pop’s icicle), que era como os filhos de Epperson chamavam o picolé.

Um ano após patentear o produto, no entanto, Epperson passou a enfrentar graves problemas financeiros e acabou tendo de vender os direitos da marca para uma companhia de Nova Iorque. O criador do picolé veio a falecer em 1983, mas seu legado gelado permanece. Ao longo do tempo, a marca Popsicle mudou de proprietário várias vezes, mas continua sendo uma das mais reconhecidas nos Estados Unidos e também no Canadá.

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Fábio VieiraTexto: Ana Caldeira

Fotos: Gladstone Campos

O chef Fábio Vieira começou tarde na cozinha – aos 30 anos –, mas é mais um representante da chamada “cozinha bossa-nova”, expressão cunhada pelo crítico gastronômico Josimar Melo, numa tentativa de nomear o movimento de renovação da cozinha brasileira. Chef e sócio-proprietário do restaurante Micaela, em São Paulo, Vieira combina um pouco da influência espanhola – fruto de sua passagem pelo estrelado Restaurante Hofmann, em Barcelona – à paixão por ingredientes e técnicas da cozinha brasileira, resultado de estágios nos restaurantes D.O.M. e Tordesilhas. “A ideia é ter um ambiente agradável com comida boa”, diz ele, que adota em suas receitas ingredientes pouco conhecidos, como o patchouli e a iquiriba. Eleito em 2014 chef-revelação pela Veja Comer e Beber, Vieira também se esforça por praticar preços módicos em tempos difíceis. “É preciso ter austeridade, fazer mais com menos. Temos muito produto bom”, ensina.

Entrevista

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Como começou na cozinha?

Na verdade comecei tarde, com 30 anos. Fui criado em Avaré com minha avó. Meu avô fazia pururuca para vender em boteco, tinha uma cozinha no quintal. Então, depois de ter feito Rádio e TV na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), e de já estar trabalhando na área há cinco anos, decidi fazer lá mesmo o curso de gastronomia. Era a primeira turma do curso. Terminei em 2007 e vim para São Paulo.

Em que restaurantes você trabalhou em São Paulo?

Quando cheguei, e sendo mais velho do que os alunos que saíam dos cursos, não tive oportunidade de trabalho logo de cara. Fiz um estágio no Tordesilhas, por três meses. Depois, fui fazer um estágio rápido no D.O.M., porque precisava trabalhar. Então, fui chamado por um hotel-fazenda, o Rep Lago, em Leme, no interior paulista. Lá, trabalhei na administração de Alimentos e Bebidas. Pus a casa em ordem e, depois de um ano e meio, comecei a fazer minhas pesquisas culinárias. Voltei para São Paulo contratado pelo dono de um bar-restaurante na Vila Madalena, a Casa de Maria Madalena, para abrir a casa. Mas não era o que eu queria fazer. Logo depois, surgiu a ideia do restaurante Micaela, com um investidor. Abrimos o restaurante em novembro de 2013.

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Qual é a ideia do restaurante Micaela?

Inicialmente, fiz essa homenagem para a minha bisavó, Micaela. Mas antes, fiz um estágio em Barcelona, no restaurante da Hofmann, a escola de cozinha de mesmo nome de lá. Foi um estágio de pouco mais de 15 dias – um restaurante estrelado (com uma estrela no Guia Michelin), de vanguarda –, onde aprendi muitas técnicas. Esse conceito, porém, não é minha praia. Eu já tinha um repertório que queria pôr em prática. Daí, peguei um pouco do conceito espanhol, um pouco de técnica e usei ingredientes nossos para fazer cozinha brasileira. No início, o cardápio tinha algumas coisas da Espanha e outras brasileiras. Mas cada vez mais fui descobrindo a cozinha brasileira. A ideia é também ter um ambiente simples, porque temos que nos adaptar à economia – nada de toalhas, vários garçons, taças na mesa... Nem tenho valet todo dia. A ideia é um ambiente agradável com comida boa. O Josimar Melo (crítico de gastronomia), quando visitou o restaurante, comentou comigo que “não precisava estar em um lugar com glamour para se comer bem”. Ele até me citou na abertura de seu último guia.

Quais foram suas descobertas em relação à cozinha brasileira?

Fui descobrindo muitos ingredientes, como castanhas frescas, puxuri, farinhas - como a de Cruzeiro do Sul, iquiriba, patchouli... E cada vez mais fui caminhando para longe da Espanha e para perto das coisas brasileiras. Hoje, no cardápio, ficou um ou outro conceito espanhol – por exemplo, a galinhada: para fazer o pimentão dela, eu coloco a escalivada (prato de vegetais assados, típico da Catalunha e de Valência). O risoto de tucupi, faço com o arroz bomba, que se usa para preparar a paella, e que não tem o sabor do carnaroli ou do arbório. Estou cada vez mais fazendo cozinha brasileira.

Como é fazer cozinha com boa relação preço-qualidade no Brasil de hoje?

É uma pergunta difícil... É fazer escolhas, com erros e acertos. Eu comprava bife ancho a 17, 23 reais. Hoje compro a 32. Também enfrentamos falta de padrão no produto. Mas é preciso ter austeridade, que quer dizer fazer mais com menos. Temos muito produto bom. Às vezes, uma semente que aromatiza o tucupi já dá um resultado diferente no prato. A tapioca, por exemplo, é um ingrediente relativamente barato. Os queijos brasileiros podem entrar na receita do purê de mandioquinha com queijos, sem que eu precise usar brie ou outro queijo francês, mais caro. Busco produtos brasileiros próximos e fáceis. Mas há coisas que não são possíveis. Tenho carne de queixada, que sai muito bem, mas custa 80 reais.

Como você faz suas pesquisas para descobrir ingredientes?

Sempre fiz as coisas como se estivesse na fogueira... Comecei tarde na gastronomia. Tinha que crescer logo, não tinha tempo, queria ter um espaço nesta selva. Sou muito autocrítico – isso me machuca e, ao mesmo tempo, me ajuda. Comecei a enxergar esse lado bom da autocobrança e a ir atrás de ingredientes. Quase não viajei. Agora é que estou querendo e podendo ir ao Pará. A Bahia, por exemplo, conheço pouco. Muito do tempero que faço aqui aprendi em casa. Por exemplo, minha avó acrescentava cravos-da-índia ao refogar a carne. Meu picadinho, então, tem uma trouxinha de cravos-da-índia. Outra coisa que faço e é herança de casa, é o arroz com ovo. Tenho um baião-de-dois, mas que não faço da maneira tradicional. Uso feijão-de-corda, mas coloco arroz com ovo e costelinha de lata.

O que você acha do cenário gastronômico paulistano?

Os cozinheiros que abrem restaurantes estão se adaptando à economia – a história das mesas sem toalhas. Há também o movimento de valorização da cozinha brasileira, que não é novo, mas está bem presente. As pessoas não estão querendo pagar muito para comer e, ao mesmo tempo, há muitas boas opções de restaurantes pelas quais vale a pena pagar.

Como funcionam os prêmios gastronômicos para você?

Em pouco tempo de restaurante, recebemos críticos para jantar. Foi tudo muito rápido, e no começo estava preocupado em querer agradar. Eram pessoas que eu lia e admirava, e quando os vi no meu restaurante, fiquei tenso. Ao mesmo tempo, eles só me ajudaram, e por isso sou grato, porque ouvi muitas coisas que eles disseram em suas resenhas. A mídia e os prêmios estão fazendo diferença na minha carreira.

“A ideia é também ter um ambiente simples, porque temos que nos adaptar à economia – nada de toalhas, vários garçons, taças na mesa... Nem tenho valet todo dia. A ideia é um ambiente agradável com comida boa.”

Quem são seus ídolos na cozinha?

Admiro o Alex Atala, porque ele levantou a nossa cozinha. Admiro muito o Rodrigo Oliveira, por ele ter mantido o restaurante simples do pai [o Mocotó], e porque é uma cozinha que tem uma história. E cozinha é isso, ela tem história. Admiro muito a Mara Salles, do Tordesilhas, por fazer comida típica. Admiro o Jefferson, que é o cozinheiro do restaurante dela, porque com ele aprendi a mexer com fogo – e cozinha é temperatura. Não adianta querer cozinhar e não saber fazer uma panelada de arroz e de feijão, uma feijoada, um caruru, uma carne de panela... No Tordesilhas, aprendi a ter padrão. É incrível o padrão da cozinha da Mara. E isso, na minha opinião, é o mais difícil. Também gosto do trabalho do Andoni Luis Aduriz, do restaurante espanhol Mugaritz. Além de admirar a Roberta Sudbrack (do restaurante de mesmo nome, no Rio de Janeiro).

Quais são seus próximos planos para o restaurante?

Com o movimento do restaurante, a cozinha ficou muito pequena. Pretendo criar uma cozinha de apoio, mas manter os 40 lugares do restaurante. Não quero trabalhar na loucura, quero trabalhar qualidade. A meta para 2015 é melhorar a qualidade e continuar criando, descobrindo novos produtos.

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ÓLEO DE DENDÊ

Texto: Fábio R. AngeliniFotos: banco de imagens

Ingredientes

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À primeira vista, pode-se pensar que o óleo mais consumido pelo homem vem da soja, da oliva ou do girassol. Nada disso. Ele nasce do fruto (um pequeno coco) do dendezeiro (Elaeis guineensis), palmeira tropical originária da África ocidental que nos fornece o óleo ou azeite de dendê. O líquido mais representativo da culinária baiana, no entanto, está longe de ser um item exclusivo da cozinha afro-brasileira. Basta dizer que Malásia e Indonésia respondem por 85% da produção global. Além da sua presença massiva nos alimentos – margarinas, biscoitos finos, sorvetes, bolos, cremes e pães –, o dendê entra como matéria-prima de outros produtos que nem fazíamos ideia. Velas, graxas, sabonetes, cosméticos e remédios são exemplos de sua aplicação industrial.

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Para provar que isso não passa de mito, vários eventos e workshops têm sido realizados em todo o território nacional, empenhados em desmistificar as qualidades desse azeite peculiar e de personalidade forte. Pouco a pouco, ele vai caindo nas graças de chefs daqui e de fora, ao descobrirem que o toque do dendê é capaz de transformar receitas triviais em pratos refinados, evidenciando o sabor de cada elemento e alimento. Delícia de exemplo é a lagosta na manteiga de endro com mirepoix de dendê e castanha de caju, criação de William Shen Yen. Para conferir suavidade e equilíbrio perfeitos à receita, a dica do chef brasiliense é mesclar 2/3 de azeite de oliva a 1/3 de dendê. Ícone da gastronomia de vanguarda atual, Alex Atala – que mistura como poucos os sabores regionais aos estrangeiros – também rendeu-se aos encantos do óleo ao criar, segundo ele mesmo diz, um de seus pratos mais incomuns: o risoto líquido de coco com azeite de dendê, hortelã, shoyo e algas nori.

Outro assunto que esquenta as polêmicas do dendê diz respeito à saúde. Ele é de fato bastante calórico e avesso às balanças, mas as contraindicações param por aí. Não há registros científicos que coloquem seu consumo em xeque. O que se sabe é que o uso exagerado – geralmente em pratos típicos da culinária baiana – pode desencadear distúrbios digestivos, porém isso ocorreria com outros óleos de qualquer forma. Utilizados com moderação, os óleos vegetais conhecidos só trazem benefícios, em especial quando refogam e assam alimentos ou regam saladas. Igualmente sábio é procurar alternar os tipos de óleo.

Por vezes chamado de óleo de palma, óleo da guiné ou azeite de cheiro, o dendê já era conhecido dos egípcios de 5.000 anos atrás. Séculos depois, tornou-se o unguento predileto de muitas tribos africanas: era espalhado nos corpos dos dançarinos para realçar seus movimentos. Também foi e é empregado para amaciar cabelos crespos, domar fios rebeldes e definir cachos. De acordo com a Dona Flor, de Jorge Amado, ele tem “a cor do ouro velho, a cor do vatapá”. E virou objeto de pesquisa em 2012, quando uma equipe da Universidade Federal da Bahia percorreu 12.000 quilômetros até o Peru, dentro de um utilitário movido a dendê, o palmdiesel.

Versatilidade à parte, aqui no Brasil esse azeite denso, de sabor adocicado e aroma marcante, deu um tempero precioso às tradições da Bahia e ajudou a celebrizar vatapás, carurus, bobós e acarajés, as moquecas e as farofas, além de tomar parte nos rituais de candomblé através do ipetê (inhame temperado com dendê, cebola, pimenta e camarão) e do omolocum (feito com feijão fradinho cozido, refogado de cebola ralada, pó de camarão, sal e dendê). Mas se nas ruas e ladeiras de Salvador o aroma inconfundível do dedê emana dos tabuleiros das quituteiras de turbantes brancos, deixando turistas e andarilhos com água na boca, seu aproveitamento em outras regiões do país ainda é limitado. Um dos possíveis motivos é a crença de que o dendê só combina com a cozinha nordestina.

Falando do dendê, em particular, ele é avermelhado devido ao grande teor de vitamina A, a vitamina da beleza, excelente para prevenir o envelhecimento da pele e ressecamento das córneas. Potente anticoagulante, ainda é rico em vitamina E e antioxidantes, ajuda a reduzir o colesterol ruim e elevar o bom. Outra vantagem do dendê sobre os demais é que a sua extração e o seu refino são executados mecanicamente, sem adição de produtos químicos. Isso quer dizer que ele é livre de ácidos graxos trans e uma alternativa saudável às gorduras hidrogenadas.

Se por algum motivo você ainda não foi iniciado nas sensações do dendê, seu primeiro contato pode começar com uma receitinha bem simples e popular, a pipoca baiana: coloque na panela uma colher de sopa do azeite com um pouco de caldo de pimenta, meia xícara (de chá) de milho para pipoca e sal a gosto. Rende cerca de 4 porções e fica mesmo bem diferente. Só tome cuidado com a roupa, pois nas palavras musicadas de Moraes Moreira e Paulo Leminski, “mancha de dendê não sai”. Na verdade sai, sim, embora dê um trabalho danado. Mas não nos deixa esquecê-lo.

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Terra, adubo e vaso

Texto: Érica OchoaFotos: banco de imagens

Fonte: Flores On Line

Canteiro

Para quem vai receber flores este mês...

Dica de quem sabe

Para manter a beleza dos buquês por mais tempo, retire as flores da embalagem e corte seus caules na diagonal, aproximadamente 2 cm acima do final de sua extensão. O corte possibilitará que a água seja absorvida mais rapidamente pelas flores, contribuindo para que durem mais. Outra ação interessante é trocar a água do vaso até três vezes por semana, deixando sempre o caule submerso em pelo menos 5 cm de água.

Evite a exposição direta ao sol, vento ou ambientes muito secos, para que possa desfrutar por mais tempo de suas flores.

Um vaso corretamente pronto para receber uma muda de planta deve contar com alguns itens essenciais:

- O MATERIAL DO VASO: dê preferência para modelos de cerâmica e barro (sem verniz) pois estes respeitam a “respiração” da terra e da raiz. Sim, o vaso ficará com musgos e tons maravilhosos em seu exterior, e é justamente esta troca de umidade que irá impedir o apodrecimento das raízes. Vasos de plástico e fibra precisam de uma atenção redobrada na hora da rega.

- DRENAGEM I: todo vaso deve ter pelo menos um furo no centro de seu fundo para que a água excedente possa sair. Não estamos lidando com plantas aquáticas, então, não queremos acúmulo de água, correto?

- DRENAGEM II: a primeira camada do vaso deve ser de cinasita (ou argila expandida). Uma camada simples e rasa, mas que preencha todo o fundo do vaso. Alternativas para a cinasita: brita, isopor picado ou cacos de telha e vasos de barro.

- DRENAGEM III: sobre a cinasita devemos colocar uma camada de manta geotêxtil (drenante). Esta manta é resistente e impedirá que a terra misture-se com a cinasita e saia pelo furo do vaso. Essas mantas são muito fáceis de ser encontradas e são compradas por metro. Cortamos o tamanho desejado de acordo com o vaso.

- DRENAGEM IV: alguns produtores aconselham a colocar uma camada de areia sobre a manta, pois esta ajudará a filtrar a água, fazendo com que os nutrientes permaneçam no vaso e não sejam eliminados.

Buquê de flores... lá vai a dica

- TERRA: finalmente a terra! Existem no mercado alguns compostos para floreiras e vasos. Eles já estão prontos para plantas ornamentais de vasos e contam com todos os nutrientes necessários. Nos próximos artigos, iremos falar especificamente sobre diferentes espécies e suas necessidades. Não encha completamente o vaso. Deixe um espaço no centro para o torrão da muda.

- MUDA: atenção na hora de tirar a muda dos saquinhos ou potes para replantar no seu vaso, pois o torrão não pode ser quebrado. O torrão deve estar a uns 3 cm da borda do vaso, não pode ultrapassar nem ficar afundado. Complete com mais terra.

- REGA: devemos regar o vaso pronto para testar a drenagem e ajudar na compactação da terra. Caso a terra baixe o nível, complete com mais, antes da próxima etapa.

- ACABAMENTO: depois de completar com mais terra e deixar a muda firme, sem machucar as raízes, podemos cobrir a terra com casca de árvores ou seixos. Além de evitar buracos na hora da rega, a casca de árvore ajuda a manter a umidade. Já o pedrisco é somente decorativo. Se preferir, você também pode separar a casca de árvore e os seixos da terra com uma manta geotêxtil. Se você gosta de acabamentos mais rústicos, coloque uma camada de folhas secas ou musgo como acabamento. Fica muito bom!

Agora escolha o melhor lugar para colocar o vaso, de acordo com a necessidade da espécie.

E se, ao plantar, a muda crescer e precisar de um vaso maior? Sem problemas, comece tudo de novo.

Plantar parece muito simples: um vaso, um pouco de terra e a muda.

E você está certo!

Não tem mistério nem segredo, mas algumas dicas e cuidados podem facilitar na hora da escolha e ajudar no bom desenvolvimento da sua plantinha.

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O Spritz dos Alpes

Uma nova sensação no efervescente universo dos coquetéis vem agitando os bares da Europa. Com a estirpe dos consagrados Spritz e consolidando a tendência em leveza e refrescância, a bebida do momento chama-se Hugo Cocktail.

A origem é italiana, precisamente na província de Bolzano, e pela proximidade com a charmosa estação de esqui Cortina d’Ampezzo, o coquetel ganhou o apelido de o “Spritz dos Alpes”. Foi criado pelo barman Rupert Gruber em 2005, na cidade de Naturno, na região vinícola de Trentino Alto-Adige. Logo difundiu-se entre austríacos e alemães, assim como entre os italianos do Norte. Atualmente é bebido no sul da França e nos badalados bares de Paris. Sua receita leva um bom prosecco ou até mesmo um espumante brut como base, e club soda ou água com gás, servidos em um cálice ou taça de Bordeaux com pedras de gelo, ramos de hortelã e slices (fatias) de limão taiti.

HUGO COCKTAIL

Texto: Rick AnsonFotos: banco de imagens

Drinks

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Contudo, o ingrediente curioso é o xarope de Elderflower. Também conhecido como “Sciroppo de sambuco”, o sabugueiro é uma planta fitoterápica cujo perfume aromatiza bebidas diversas, conferindo um leve amargor e toques de mel. O ingrediente traz charme e sabor ao drinque. As variedades ornamentais de sabugueiro são cultivadas em jardins na Europa por serem flores vistosas. Espécies nativas são frequentemente plantadas por pessoas que desejam atrair borboletas nativas e algumas espécies de aves. Sua delicadeza traz uma aura silvestre ao local. A empresa de xaropes Monin, que atua no Brasil, faz o xarope nos Estados Unidos e promete trazer este curioso e desejado ingrediente ao Brasil em breve. Sorte dos mixologistas... Cheers!

HUGO COCKTAIL: a receita original leva 60 ml de prosecco, 60 ml de club soda, 30 ml de xarope de Elderflower e folhas de hortelã. Deve ser montado em uma taça Bordeaux com muito gelo e finas fatias de limão como decoração. Serve-se com canudos pretos ou mesmo sem mexedores.

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Olá, amigos da comunidade Sociedade da Mesa. Uma grande saudação a todos. Existe coisa melhor do que compartilhar descobertas, experiências e dicas do mundo da boa mesa? Reunimos aqui impressões da nossa comunidade, adepta dos prazeres da gula. Estão presentes as minhas e as suas sugestões de pratos, restaurantes, bares, ingredientes, bebidas e opiniões em geral. Aqui, encontraremos tudo que eu mais gosto na minha “Sampa querida e nas cidades por onde andei.

Rua Doutor Melo Alves, 216, Jardins011 3796-0090De terça a sábado, das 12 às 15h e das 19h30 à 0hhttp://www.teteatete.com.br/

serviço

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Por aí, na capital paulistaTexto: D. Alejandro ([email protected])Fotos: divulgação

Os chefs Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha comandam as panelas e os fogões deste novíssimo restaurante. Gabriel trabalhou nos últimos anos no D.O.M. (e passou três anos no restaurante de Michel Bras, na França), Guilherme passou pelo Astrid y Gastón, em Lima, e também trabalhou no D.O.M., entre outros. O Tête à Tête já teve outro endereço alguns anos atrás, na rua Bahia, com o Gabriel no comando, mas durou muito pouco. Curiosamente, lembro-me de uma vez que estava estacionando na frente, e ele estava fechando a casa. Perguntei se podia estacionar e o que ia ser nessa casa, e ele, muito simpático, disse-me que havia sido um restaurante, mas estava fechando. Ele tinha acabado de chegar da França há um ano e ia trabalhar no D.O.M..

O novo endereço, visualmente muito diferente do anterior, que era um casarão antigo rodeado de prédios, é uma belíssima construção, com uma entrada imponente que começa na Melo Alves e termina na Avenida Rebouças. Um belíssimo bar, comandado por Heitor Marin, dá as boas-vindas, com dois salões: um no andar térreo e outro no andar superior, que ainda vai inaugurar. A cozinha ao fundo é maravilhosa, moderna e ampla. Atrás dela tem um belo jardim, com uma pequena horta.

Tête-à-Tête O menu executivo de segunda a sábado custa R$ 50,00 e consiste em couvert (com pães caseiros variados, azeite de oliva, azeitonas do interior paulista, sal e manteiga de ervas), entrada, prato e sobremesa. Todos os pratos, além de ESPETACULARES, são muito bem servidos. O cardápio é pequeno, mas muito consistente. São normalmente de 4 a 5 pratos, nos quais o produto oferecido é o grande destaque, muito bem apresentado e com pouco acompanhamento. Todos de uma excelência de sabor irretocável. Como entrada, sugiro o Ceviche de frutos do mar e/ou o Foie gras – algo para nunca esquecer! As carnes e os peixes mudam conforme a escolha dos chefs. Em uma das visitas, comi um lombo de porco divino e em outra, o carré de cordeiro - PETÁCULO! E mesmo o que parece um simples filé com batata é suculento no ponto certo e com o tempero ideal. Ainda tem à disposição o menu degustação, com couvert e seis pratos por R$ 280,00.

A carta de vinho é elaborada por Gabriela Monteleone, e a de drinques por Fabio Lisboa. Vá com tempo para degustar os coquetéis antes de sentar à mesa: são PETÁCULO!

Gostei muito e acredito que será um dos novos endereços da alta gastronomia paulistana.

Vale muito a pena! Viva la Vida! Viva el buen comer!

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Texto: Paulo SamáFotos: banco de imagens

Química dos Alimentos

Prazer, sou o Capsicum annuumPIMENTÃO

Nesta coluna você encontrará fatos e curiosidades sobre a química e a composição de alimentos, além de algumas de suas contribuições para o organismo, sempre de forma leve e gostosa, no espírito de enaltecer o viver bem, com prazer e alegria.

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CORES QUE COMBINAM CERTINHO COM O SEU APETITE

Principalmente na sua salada. Os frutos do pimentão podem ser vermelhos, verdes e amarelos, que são os mais comuns, e também de cor creme, roxa e até alaranjados, dependendo de sua variedade. Também podem ser médios ou grandes, cilíndricos ou quadrados. Seja qual for o formato e a cor, o fato é que o pimentão tem um sabor levemente picante, embora suave e elegante, contribui em refeições belas e aromáticas, e oferece benefícios que nem todos conhecem. Por exemplo, é riquíssimo em vitamina C, principalmente o pimentão amarelo: em 100 gramas do alimento, você consome mais que o dobro da ingestão diária recomendada pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. E ainda tem outras vitaminas e nutrientes. Vamos a eles?

• Vitamina A: contribui para o crescimento das crianças (caso você consiga convencê-las a comer pimentão). Ótima para a gravidez, protege os olhos e combate os radicais livres, que podem acelerar o envelhecimento.

• Vitamina B1 (tiamina): boa para os sistemas nervoso e cardiovascular, produz energia e contribui para diminuir o estresse.

• Vitamina B2 (Riboflavina): ajuda no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, transformando-os em energia.

• Vitamina E: contribui para a produção de glóbulos vermelhos, com o crescimento celular e tem colágeno, que deixa a pele mais firme. Ou seja, se quiser evitar ou protelar uma plástica, coma pimentão.

• Capsaicina: apesar do nome esquisito, este componente é altamente benéfico. Tem ação expectorante, descongestionante e antibacteriana.

• Outros componentes: minerais como potássio, que é bom para o coração; fósforo, que contribui com a memória; magnésio, ótimo para a pressão e cálcio, que tem excelente influência nos ossos.

Tudo isso sem falar em fantásticas receitas como pimentão recheado, assado, acompanhando sanduíches... É inventar, comer bem e ficar bem.

Bom apetite e boa saúde para você.

O nome científico é quase impronunciável, mas ele é companheiro inseparável de milhões de mesas: o pimentão é uma planta originária do sul do México e da América Central, e faz parte da saborosa família das Solenáceas. Sim, ele não é nada parecido, mas pode ser considerado um irmão da batata, do pepino, da pimenta, do tomate, da beringela e até mesmo do pequeno jiló e do tabaco, o que, para muitos, inclusive nós aqui, é uma surpresa.

Outra característica curiosa é que a flor do pimentão é hermafrodita e autógama: além de ter os dois sexos, reproduz-se sozinha, pelo pólen. Mas isso é pura curiosidade, pois o que nos interessa aqui não são as flores, mas sim os frutos.

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Texto: Joaquín HidalgoIlustração: estúdio

Perguntas Frequentes

RÓTULOo jogo das diferenças

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No mundo existem muitos rótulos e várias formas de organizá-los. Nesta matéria,

mostramos o básico para saber decodificá-los.

“O mundo do vinho é grande e estranho”, parafraseando um velho ditado. É mais ainda em matéria de rótulos, na qual a formalidade dos castelos e da linhagem que reinava em outro tempo, agora se soma a uma nova gama, com bichos raros desenhados, cores brilhantes e conceitos tipográficos de desenho contemporâneo. Porém, há várias coisas que convêm ter em mente na hora de lê-los.

Como no jogo das diferenças, os rótulos do Velho e Novo Mundo vitivinícola devem ser lidos de forma distinta. É verdade que ambos registram quase os mesmos dados (região, bodega, graduação alcoólica, colheita), mas a ordem e a importância de cada um deles fazem com que os rótulos sejam muito diferentes em cada caso.

O VELHO MUNDO

Por esse nome, reconhecem-se os vinhos dos países europeus que têm legislações construídas em torno dos últimos 300 anos, de modo que muitos dos critérios de classificação e de rotulagem não respondem a uma lógica contemporânea. No entanto, são úteis e precisos,

uma vez que são compreendidos. O melhor exemplo é o francês, e Bordeaux é o caso paradigmático. Uma das regiões mais constantes no tempo, seus vinhos são rotulados seguindo uma lógica de importância: primeiro, a região e a classificação do vinhedo, em seguida, o produtor e colheita e, como um detalhe menor, o teor alcoólico.

A razão para esta ordem é complexa. Os vinhedos de Bordeaux foram classificados em 1855, seguindo um padrão de preço e qualidade. Assim, a origem das uvas é ainda mais importante, mais que o produtor, inclusive. E para conhecer o gosto de um vinho é preciso saber que classe produz cada região. Não é fácil em princípio, mas os franceses partem da ideia de que aprender sobre vinhos é algo que leva toda a vida.

Depois, vem a categoria do produtor, que se classifica, segundo a escala do século XIX, em cinco níveis, desde os Premier Crus Classé até os Cinquièmes Crus. Todos eles são considerados Grands Crus. Quanto mais perto estão da ponta da pirâmide, os Premier tornam-se mais caros. É só nesta cúspide que o produtor é quase tão importante quanto à região e seus nomes são conhecidos: Latour, Margaux, Haut Brions, para citar alguns.

Todos eles levam, por sua vez, o esclarecimento de Mis en bouteille au château, ou au domaine, ou à la propriété: indica que foram engarrafados pelo produtor em sua bodega, o que certifica a qualidade dessa origem. Há 14 principais regiões na França e para todas vigora esta ordem. Com uma segunda condição: é possível que o vinho não tenha sido engarrafado pela bodega, mas por um négociant, ou seja, um comprador de vinho que produz sua própria marca. Neste caso, a região será mais destacável ainda e levará o esclarecimento pertinente: “mis en bouteille par”, quando for engarrafado por alguém. Com variações, Itália, Espanha e Alemanha rotulam com o mesmo sentido de região, produtor e colheita. Ainda que no momento haja produtores mais próximos ao Novo Mundo, pelo estilo de produto engarrafado.

O NOVO MUNDO

Por esse nome são conhecidos os países produtores de vinho que não estão dentro da tradição europeia, como por exemplo, Austrália, Nova Zelândia, Chile, África do Sul e Brasil. A Argentina, um pouco mais rebelde, enquadra-se no meio dos dois grupos. No entanto, em matéria de rótulo, cumpre com os critérios do Novo Mundo, que são fáceis de interpretar: primeiro, a marca comercial. Pode ou não ser um nome fantasia ou sobrenome do produtor. A lógica é simples: em um lugar do mundo onde as regiões produtoras não têm história, torna-se mais importante aqueles que produzem do que um acervo vazio. Daí a marca e o produtor estabelecerem a lógica dominante. Na falta de guia de estilo na região, detalha-se a composição varietal do vinho, isto é, se foi feito com Malbec, Carménère ou Cabernet Sauvignon, para citar algumas, e se é um vinho elaborado com mais de uma uva - um blend, corte ou assemblage -, podendo ou não estarem

mencionadas as variedades, ainda que a tendência atual seja mencioná-las. E em terceiro lugar, a região, cujo critério geralmente é da menor para a maior, seguindo a origem da uva, isto é, se o vinho anuncia Argentina, é porque contém uvas de mais de uma região (por exemplo, Mendoza e San Juan), ou quando menciona uma indicação geográfica em particular, como La Consulta (no departamento de San Carlos, Vale de Uco, Mendoza), significa que a uva provém de uma só região. Seria o caso equivalente ao francês, apesar de as regiões do Novo Mundo ainda estarem engatinhando um pouco – salvo o caso de Napa Valley, Califórnia, onde Mendoncino County não é o mesmo que Carneros County ou, no Chile, onde Casablanca ou Maipo ostentam prestígio.

A COLHEITA E A GRADUAÇÃO ALCOÓLICA

No que diz respeito ao ano da colheita , essa é uma informação importante tanto para os vinhos do Novo quanto do Velho Mundo, embora tal dado funcione de maneira muito diferente para ambos. De volta à França, onde as vinhas não são irrigadas, é um dado que aponta qualidade e justifica o alto preço de alguns vinhos: a colheita de 2002 é mais cara que as de 2001 e 2000. No Novo Mundo, por outro lado, são poucas as regiões de cultivo que não são irrigadas. Para elas, a importância da colheita é mais relativa, embora seja um índice da juventude do vinho.

Quanto à graduação alcoólica, sua menção destacada e escala dependem, sobretudo, do país de destino do vinho, não tanto do produtor, já que as legislações de consumo de cada país mudam significativamente. O que é constante é sua menção, porque, além de ser um valor indicativo da qualidade e de sua salubridade, é um índice natural do poder embriagador desta bebida.

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Indique um amigo e ganhe dois pares de taças: um par para você e outro para seu amigo!

Como eu faço?

Quer ser o favorito da turma?Recomende bons vinhos e distribua taças de presente!

Isso não é uma promoção. É regra do clube.

Indique um amigo para a Sociedade da Mesa e a cada amigo que se associar, você recebe um par de taças de cristal bordeaux e seu amigo também!

Envie um email com o nome, telefone ou e-mail de seu amigo para [email protected] e entraremos em contato com ele.

Preencha o formulário “Indique um Amigo” no nosso site www.sociedadedamesa.com.br

Seu amigo também pode acessar o nosso site www.sociedadedamesa.com.br e clicar em “Associe-se”. No campo do formulário, ”Caso tenha sido indicado por algum associado”, basta que ele preencha com o seu nome completo.

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c lube de v inhos

Eu quero!

Eu também!

Olha eu

aqui!

Me indique!

EU!

Não esqueça de mim!

Primeiro!

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Joaquín Hidalgofoto: banco de imagem

Texto: Joaquin Hidalgo

Notícias Calendário

18 a 20 de maio Milão 2015

O álcool ajuda a dormir, porém não muitoMuitos já experimentaram o efeito de umas taças antes de dormir: a sonolência é rápida e Morfeu, deus grego dos sonhos, age de forma precisa. No entanto, segundo um estudo publicado pela Universidade de Melbourne, aquilo que parece um calmante termina sendo uma armadilha. Para o Dr. Christian Nicholas, que liderou o experimento em 24 estudantes homens e mulheres, “o álcool ajuda a dormir a primeira metade da noite, mas causa inquietude e insônia na segunda metade, de maneira que não se alcança o descanso necessário”, afirma. Por isso, recomenda não beber à noite mais que uma taça, no caso das mulheres, e duas, no dos homens. “Nessa quantidade não se produz a alteração no sono”, explica Nicholas.

Um bom dado para ser levado em conta na hora de sair para um jantar durante a semana.

(Fonte: Winespectator.com)

Bordeaux, a melhor cidade da Europa para se visitarOs chateaux elegantes conhecidos como clos, o porto de La Garonne, a paisagem ondulada e uma cidade tão medieval quanto burguesa e moderna são os argumentos com os quais Bordeaux convence o viajante. E convence mesmo! O concurso organizado pela companhia de turismo European Best Destinations tirou de Lisboa e Atenas o posto de melhor cidade para se visitar em 2015. Do total de 250 mil votos, Bordeaux colheu 17%. A cidade do vinho acaba de consagrar-se como uma joia da França, um pouco antes da chegada da Vinexpo – a feira de vinhos mais importante do mundo, que acontecerá na cidade em junho – e um ano antes da inauguração do impactante museu Cite des Civilisations du Vin, um museu de arquitetura majestosa que permitirá experimentar o vinho como em nenhum outro lugar até o momento.

Melhor reservar a passagem porque, com tanto barulho, não será fácil visitar Bordeaux a curto prazo.

(Fonte: Decanter.com)

Chega a 35º edição da London Wine FairNo mundo do vinho, há alguns “pontos quentes” ao longo do ano. São lugares que o especialista e o aficionado deveriam ir ao menos uma vez na vida. Entre eles, a London Wine Fair é uma parada obrigatória. A maior feira de vinhos do Reino Unido, um dos mercados mais dinâmicos no consumo da bebida, oferece a radiografia mais completa das tendências de consumo global.

Mais de 100 seminários, 12 mil visitantes e 750 expositores converteram-na em uma das vitrines mais interessantes para se aproximar do mundo do vinho. Com um “plus”: junto com a ProWein, na Alemanha, são as feiras mais importantes para armar negócios. Assim, qualquer um que queira participar da cadeia comercial do vinho deve pôr os pés nesta feira.

Mais informações: www.londonwinefair.com

Retorna a Exposição Universal: Milão 2015Desde seu começo no século XIX, a Exposição Universal é uma das telas mais completas na qual a humanidade se reflete, mais ou menos, a cada década e meia (não é uma exposição periódica, a última foi em Xangai, em 2010). A Expo 2015 abre suas portas agora em Milão, de maio a outubro.

Neste ano, o tema da exposição é “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida” e estará cruzado de cabo a rabo com o universo culinário e sua problemática. O curioso desta proposta é que os pavilhões não serão nacionais como habitualmente, mas sim, temáticos. Estarão organizados em cinco eixos-rotas: “da história da humanidade à história da comida”; “banquete e fome, um paradoxo contemporâneo”; “o futuro da comida”; “comida sustentável, um mundo equitativo” e “o sabor é conhecimento”.

Com a participação de 140 países, esperam alcançar os 20 milhões de visitantes. Uma experiência para levar em conta na hora de organizar a próxima viagem à Europa.

Mais informações: www.expo2015.org

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outro

s esta

dos

BRASILEIRADIVINA GULA Maceió Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85 Maceió - Alagoas (82) 3235-1016

CONTEMPORÂNEADEL BARBIERI Porto Alegre Rua Jerônimo Coelho, 188 Centro - Porto Alegre - RS (51) 3019-4202DIVINO Nova Lima Quinta Avenida, 144 – Loja 6 Vale do Sol, Nova Lima - MG (31) 3541-4272

ITALIANADEGLI ANGELI Belo Horizonte Rua Francisco Deslandes, 156 Anchieta, Belo Horizonte - MG (31) 3281-7965DOMENICO Porto Alegre Rua Pe. Chagas, 293 Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS (51) 3389-2731VILA RICA Belo Horizonte Av. Fleming, 900 Pampulha - Belo Horizonte - MG (31) 3646-9946

VARIADAFLORES Belo Horizonte Rua Oriente, 609 Serra, Belo Horizonte - MG (31) 3227-6760

PERUANATAYPÁ Brasília QI 17, Comercial, Bloco G Fashion Park - Lago Sul - Brasília (61) 3248-0403

Abaixo os restaurantes participantes do Programa Saca-Rolha.

Seja muito bem-vindo e bom apetite.

saca-rolhaSociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolha

São P

aulo

- int

erior

/ lito

ral BRASILEIRA

GUAIAÓ Santos Rua Dom Lara, 65 Boqueirão, Santos - SP (13) 3877-5379BROTAS ZEN BISTRÔ Brotas Rodovia Brotas-Patrimônio, Km 15 Brotas - SP (14) 99121-8040

CONTEMPORÂNEACEDRO St. Ant. do Pinhal Estrada do Pico Agudo, km 5, Sto. Antônio do Pinhal - SP (12) 3666-1873ILHA SPLENDOR Ilhabela Av. Cel. José Vicente Faria Lima, 2.107 Reino, Ilhabela - SP (12) 3896-3346ESPAÇO W Ubatuba Av. Marginal, 2.244 Praia Grande, Ubatuba - SP (12) 3835-1374RONCO DO BUGIO Piedade Estrada PDD, 128 Bairro dos Pires, Piedade – SP (11) 8259-7788

ITALIANAPASTA DEL CAPITANO Ilhabela Av. Pedro Paula de Morais, 703 Ilhabela - SP (12) 3896-5241

PORTUGUESAVILA DON PATO São Roque Estrada do Vinho, km 2,5 São Roque – SP (11) 4711-3001

* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve até 2 garrafas de vinho, para acompanhar sua refeição, sem a cobrança de rolha.

ARGENTINABÁRBARO São Paulo Rua Dr. Sodré, 241A Vila Olímpia - SP (11) 3845-7743CHE BÁRBARO São Paulo Rua Harmonia, 277 Vila Madalena - SP (11) 2691-7628

ITALIANAANTONIETTA São Paulo Rua Mato Grosso, 402 Higienópolis - SP (11) 3214-0079GRAZIE A DIO! São Paulo Rua Girassol, 67 Vila Madalena - SP (11) 3031-6568FORNERIA DO SANTA São Paulo Av. Min. Gabriel de Resende Passos, 319 Moema - SP (11) 5054-1199GENOVA São Paulo Rua Lisboa, 346 Pinheiros - SP (11) 3064-3438 LA GRASSA São Paulo Av. Juriti, 32 Moema - SP (11) 3053-9303NICO São Paulo Rua Costa Aguiar, 1.586 Ipiranga - SP (11) 2068-3000BOTTEGA PARADISI São Paulo Rua Pirapora, 218 Paraíso - SP (11) 3052-1473SPADACCINO São Paulo Rua Mourato Coelho, 1.267 Vila Madalena - SP (11) 3032-8605ZEFFIRO São Paulo Rua Frei Caneca, 669 Consolação - SP (11) 3259-0932DA NINA São Paulo Rua Pirapora, 232 Paraíso - SP (11) 3052-3797

ESPANHOLACALÁ DEL GRAU São Paulo Rua Joaquim Távora, 1.266 Vila Mariana - SP (11) 5549-3210MARIPILI São Paulo Rua Alexandre Dumas, 1.152 Chácara Santo Antônio - SP (11) 5181-4422PAELLAS PEPE São Paulo Rua Bom Pastor, 1.660 Ipiranga – SP (11) 3798-7616 TORERO VALESE São Paulo Rua Horácio Lafer, 638 Itaim Bibi - SP (11) 3168-7917MUSEO VERONICA São Paulo Rua Tuim, 370 Moema - SP (11) 5051-2654

FRANCESAFREDDY São Paulo Rua Pedroso Alvarenga, 1.170 Itaim Bibi - SP (11) 3167-0977LIMONN São Paulo Rua Manuel Guedes, 545 Jardim Europa - SP (11) 2533-7710ROUGE São Paulo Rua Dr. Mário Ferraz, 561 Itaim Bibi - SP (11) 2628-8377

VARIADASACRA ROLHA São Paulo Rua Rio Grande, 304 Vila Mariana - SP (11) 4304-0300PRAÇA SÃO LOURENÇO São Paulo Rua Casa do Ator, 608 Vila Olímpia - SP (11) 3053-9300

URUGUAIAEL TRANVIA São Paulo Rua Conselheiro Brotero, 903 Santa Cecília - SP (11) 3664-8313

MARROQUINATANGER São Paulo Rua Harmonia, 359 Vila Madalena - SP (11) 3037-7223

CONTEMPORÂNEAANDY São Paulo Rua Desembargador do Vale, 439 Perdizes - SP (11) 2373-3745CASUAL MIL São Paulo Rua Hungria, 1.000 Jardim Europa - SP (11) 2579-1029CENA SBC Rua Doutor Fláquer, 571 Centro - SBC - SP (11) 4123-2799

ÁRABEGIBRAN São Paulo Rua Comendador Miguel Calfat, 296 Vila Olímpia - SP (11) 2083-1593

São P

aulo

- cap

ital

Aqui nesta coluna, publicamos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia, com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *

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TAÇA BORDEAUXPar de taças de cristal660 ml Preço para associado:R$ 50,00 (o par)

TAÇA BORGONHAPar de taças de cristal 500 ml Preço para associado:R$ 50,00 (o par)

BOLSA “SEIS”De lona vermelha, modelo engradado. Prática e ideal para carregar até 6 garrafas.Preço para associado:R$ 84,00

Mai

s além da garrafa

TAÇA DEGUSTAÇÃOPar de taças de cristal 255 mlPreço para associado:R$ 58,00 (o par)

TAÇA PORTOPar de taças de cristal 180 mlPreço para associado:R$ 63,00 (o par)

DECANTERCRISTALEX1500 mlPreço para associado:R$ 69,00

SACA-ROLHASModelo SommelierPreço para associado:R$ 28,00

VACUVINBomba de vácuo com rolhas para melhor garantir as características do vinho.Preço para associado: R$ 57,00

Sol ic i te que o acessór io se ja env iado jun to com a sua p róx ima se leção, para não pagar f re te ad ic iona l .

TAÇA DE CHAMPAGNEPar de taças de cristal228 mlPreço para associado:R$ 52,00 (o par)

Faça suas compras por telefone (0800 774 0303) ou site até o último dia do mês e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês de abril, tais como alteração de quantidades, pedidos adicionais ou suspensão até o último dia deste mês de março. Pedidos sujeitos à confirmação no estoque.

SeleçãoObrasPrimas

Além da Seleção Mensal e da Seleção Grandes Vinhos, a Sociedade da Mesa oferece a Seleção Obras-Primas. Uma seleção trimestral, com valor médio da garrafa ao associado de R$260,00 (aproximadamente 27% abaixo dos valores praticados pelo mercado).Uma seleção de vinhos únicos, com alto prestígio e reputação consagrada, apresentada por valores excepcionais.

Para receber a Seleção Obras-Primas, inscreva-se pelo site www.sociedadedamesa.com.br, 0800 774 0303 ou pelo e-mail [email protected]

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c lube de v inhos

Existem vinhos muito bons.Existem os grandes vinhos. E existem as obras-primas...

0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

BOLSA “TRÊS”De lona verde com detalhes em couro. Ideal para carregar até 3 garrafas.Preço para associado:R$ 120,00

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Triuno Malbec 2012ArgentinaUva: MalbecÁlcool: 13,4%R$ 44,80

Vinhos em consignaçãoSe você vai fazer um evento, festa ou jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos o vinho para você. Assim, nem sobrará nem faltará. Sem contar que será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho mais adequado para a ocasião. Pedido mínimo de 10 garrafas.

nosso estoque

Amani I Am 1 2009África do SulUvas: 36% Cabernet Sauvignon, 28% Merlot, 21% Cabernet Franc, 10% Shiraz, 3% Malbec e 2% Petit VerdotÁlcool: 14,5%R$ 79,25

Leone 2010ItáliaUvas: Sangiovese, Merlot, Cabernet SauvignonÁlcool: 13,5%R$ 89,00

El Vínculo Reserva 2008EspanhaUvas: TempranilloÁlcool: 14%R$ 94,00

Partal de Autor2005EspanhaUvas: 60% Monastrell, 20% Syrah, 10%, Tempranillo, 7% Cabernet Sauvignon e 3% MerlotÁlcool: 14,5%R$ 93,00

Machi Malbec 2012ArgentinaUva: MalbecÁlcool: 13,9%R$ 43,90

seleçãoMensal

seleçãoGrandes

Vinhos

seleçãoEspecial

Château Tour Chaigneau 2011FrançaUvas: 70% Merlot, 20% Cabernet Franc, 10% Cabernet SauvignonÁlcool: 13%R$ 109,00

Holly 2013

Nova ZelândiaUva: Pinot NoirÁlcool: 13%R$ 124,00

Holly 2013

Nova ZelândiaUva: Sauvignon BlancÁlcool: 13%R$ 124,00

Casa Vasari 2010ItáliaUvas: 70% Sangiovese, 10% Merlot, 10% Cabernet Sauvignon e 10% outras autóctonasÁlcool: 12,5%R$ 43,50

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s

Faça suas compras por telefone (0800 774 0303) ou site até o último dia do mês e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

Fleur du Thenac 2009FrançaUvas: 75% Merlot, 15% Cabernet Franc e 10% Cabernet SauvignonÁlcool: 15%R$ 49,00

MO Salinas2011EspanhaUvas: 85% Monastrell, 10% Cabernet Sauvignon e 5% Garnacha TintoreraÁlcool: 14%R$ 43,80

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GG 2013D.O.Ca. RiojaEspanhaUvas: 50% Garnacha e 50% GracianoÁlcool: 13%R$ 46,50

Oumsiyat Jaspe 2010LíbanoUvas: 30% Cabernet Sauvignon e 30% Syrah, 30% Cinsault e 10% CarignanÁlcool: 13%R$ 43,50

Cappupino Ccinotage 2013África do SulUva: 100% PinotageÁlcool: 13,5%R$ 49,80

The Devil’s Whiskers Shiraz 2012AustráliaUva: 100% ShirazÁlcool: 14,5%R$ 110,00

Há algo de grande em alguns vinhos.

Conheça a Seleção Grandes Vinhos, a seleção trimestral que explora vinhos

de origens e cortes fora do alcance da Seleção Mensal e

com algo de grande.

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Para receber esta seleção, inscreva-se por telefone, e-mail ou website.

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SeleçãoGrandes Vinhos

Experimente.

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janeiro, fevereiro, março, abril, MAIO, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro

O epicentro da viticultura chilena encontra-se no Valle Central, que se estende do Norte ao Sul, entre os rios Maipo e Maule. Seu limite a Leste é a Cordilheira dos Andes e a Oeste é o Oceano Pacífico. O Valle Central é formado pelos vales do Maipo, Rapel, Curicó e Maule. É lá que encontramos algumas das zonas vinícolas mais representativas do Chile.

Aproximamo-nos dessa região, mais uma vez, com a intenção de nos aprofundar um pouco mais neste grande vale e comprovar como duas variedades tão diferentes como a Pinot Noir e a Cabernet Sauvignon podem manifestar sua personalidade, graças à diversidade de condições edafoclimáticas encontradas nas diferentes sub-regiões dentro deste mundo de vinhedos que é o Valle Central.

Barón de Kinsmore Reserva Cabernet Sauvignon 2013 | Valle de Lontué | Chile

Barón de Kinsmore Reserva Pinot Noir 2013 | Valle do Maule | Chile

Em 1997, a família Korta iniciou um dos projetos mais ambiciosos e desafiadores de sua trajetória profissional – a plantação de vinhedos que seria a origem da elaboração de seus vinhos. Nasceu então a Bodega e Vinhedos Korta, para a produção de vinhos exclusivamente tintos. Conhecedora das características da região, a família soube administrar os microclimas e as diferentes condições que dão às uvas características próprias e inimitáveis, permitindo elaborar vinhos tintos de grande estrutura e concentração.

Do Valle de Curicó, especificamente da zona do Valle de Lontué, temos o soberbo Reserva Cabernet Sauvignon 2013 e, da sub-região do Valle do Maule, o elegante Reserva Pinot Noir 2013. Duas áreas próximas que, ao mesmo tempo, apresentam condições suficientemente diferentes para produzir estes dois vinhos fantásticos, pelas mãos da família Korta.

Valor para associado: R$ 47,00Valor aproximado de mercado: R$ 80,00

Valor para associado: R$ 47,00Valor aproximado de mercado: R$ 80,00

seleçãoMensal

Próxima Seleção

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janeiro, fevereiro, março, abril, MAIO, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro

Neste mês, nós estamos no Chile, em seu Valle Central, desfrutando a variedade de vinhos que ele nos revela.

Nesta Seleção Obras-Primas, apresentamos o que talvez seja um dos vinhos com mais caráter e personalidade do Chile: o Domus Aurea.

Sabemos que o vinhedo é a origem de um grande vinho e, certamente, um pilar fundamental da vitivinicultura atual. Ser o proprietário de um vinhedo excepcional te conduz, de uma forma quase insensata, à busca da essência de seu vinhedo, através da elaboração do vinho derivado daquelas uvas, que ninguém conhece como você. Foi assim que Isabelle e Ricardo Peña, proprietários de Clos Quebrada de Macul, deram seus primeiros passos, construindo sua bodega em 1995.

O impresionante vinhedo em Macul, no Valle del Maipo, aos pés dos Andes, foi a origem de grandes vinhos do Chile já que, durante anos, suas uvas foram vendidas às principais bodegas de todo o país, alcançando os preços mais altos do mercado. Pouco a pouco, Isabelle e Ricardo ganharam a confiança suficiente em sua Clos Quebrada de Macu, para almejar criação de um dos melhores vinhos do Chile.

Domus Aurea 2009 | Valle del Maipo | Chile

Desde seu primeiro vinho, em 1996, Domus Aurea tem ocupado um papel de destaque na história recente dos vinhos do Chile. A aposta contra a corrente, há 20 anos, por uma viticultura de baixo rendimento, respeitosa com seu entorno e uma enologia não intervencionista fez com que se conseguisse, sem demora, obter sucesso naquilo que parecia ser um projeto pouco realista – por sorte, o tempo confirmou tais convicções. Em Macul, como nas grandes regiões vitivinícolas do mundo, não existem os varietais; existe o vinho, o vinho de origem, o vinho com personalidade e o vinho de “terroir”.

Preparem-se para degustar este Domus Aurea: soberbo, delicioso e pleno de matizes, elaborado com a maestria e a delicadeza dos grande vinhos que nos apaixonam após o primeiro gole. Sem dúvida, um vinho para ser guardado na memória.

País: Chile

Região: Valle Central

Indicação Geográfica: Valle del Maipo

Uvas: 86% Cabernet Sauvignon, 7%Merlot e 7% Cabernet Franc

Álcool: 14,8%

Produtor: Clos Quebrada de Macul

Valor para associado: R$ 269,00Valor aproximado de mercado: R$ 329,00

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Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês de março, tais como alteração de quantidades, pedidos adicionais ou suspensão até o último deste mês de abril. Pedidos sujeitos à confirmação no estoque.

País: ChileRegião: Vale Central, sub-região do Valle de CuricóIndicação Geográfica: Valle de LontuéUvas: 100% Cabernet SauvignonÁlcool: 13,5%Produtor: Bodegas Korta

País: ChileRegião: Valle CentralIndicação Geográfica: Valle do MauleUvas: 100% Pinot NoirÁlcool: 12,5%Produtor: Bodegas e Vinhedos Korta

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Page 29: abril/2015 Sociedade vinhos · Projeto Arte Contemporânea 23 / Almanaque 26 / Entrevista 30 / Ingredientes 34 / Canteiro 35 / Dica de quem sabe ... Descobrir seus vinhos brancos,

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Grandes Vinhos

Seleção trimestral queexplora vinhos de origense cortes fora do alcance da Seleção Mensal.

Seleção Trimestral

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Seleção trimestral decom alto prestígio e reputaçãoconsagrada, apresentadopor valores excepcionais.

Seleção TrimestralSeleção com entregamensal na porta de suacasa com vinhos de altaqualidade técnica, variadosem tipo e origem.

MensalSeleção

Vinho não é para ser complicado.É para ser desfrutado.

Experimente sem moderação.

Receba uma, duas ou as três seleções, na porta da sua casa.

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