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Amigos das vocações Franciscanas Boletim informativo do Serviço Provincial de Animação Vocacional - nº 11 - Abr- Ago /2015 Estamos vivenciando o mês dedicado às vocações, o termo “vocação” vem do latim vocare (chamar). Trate-se, pois, dum chamado do próprio Deus e, se Ele chama, pre- cisa-se de uma resposta. Dessa forma, o chamado é a toda pessoa humana, indistintamente; por isso, todo homem ou mulher, pelo simples fato de estar no mundo, está em estado de “vocação”. Nestes anos, à frente do Serviço de Animação Vocacional, me conven- ci que podemos e devemos construir em nossas comunidades e fraternidades uma “cultura vocacional”, isto é, construir algo em que se acredita, co- locá-lo no centro da atenção geral, a fim de tornaá-lo um patrimônio de todos. Nesse sentido, Amedeo Cencine, no seu livro Construir cultura vo- cacional, nos fala de três com- ponentes para uma cultura vocacional: mentalidade (componente intelectual), sensibilidade (componente afetivo) e práxis (componente comportamental). Na primeira fase será necessário definir o sentido e o conteúdo do chamado; na segunda, como algo a ser continu- amente remotivado e, na terceira, fazer com que a mentalidade e a sensibilida- de se traduzam em gestos. Os nossos amigos e amigas das vo- cações são um bom exemplo de uma cultura vocacional, pois, mesmo no co- tidiano agitado dos muitos afazeres, se permitem mentalizar o cha- mado, se sensibilizando em cada contribuição material e espiritual, fazendo disso uma práxis constante. Por falar em oração, uma con- vicção que ganha cada vez mais espaço é a centrali- dade da oração pelas vo- cações, pois é o primeiro e insubstituível serviço que podemos oferecer à causa das vocações. Portanto, rezar pelas vocações é procu- rá-las, promovê-las e provocá-las. Mais do que nunca “é necessário que, na Igre- ja, cresça sempre mais a consciência da responsabilidade vocacional universal, pela qual cada um é responsável pela vocação dos outros. Esta é verdadeira e autêntica cultura vocacional”. ESTIMADOS AMIGOS E AMIGAS DAS VOCAÇÕES FRANCISCANAS, PAZ E BEM! Agradecemos a sua Colaboração Amigos das vocações ! Destaques 02 Palavras do Provincial 06 O sim de Santo Antônio 08 Jubileu de Ouro de Vida Religiosa Franciscana Frei Pedro Júnior, OFM Secretário Províncial para o Cuidado Pastoral das Vocações E EDITORIAL Acesse nosso site: www.francisanosne.org.br

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Boletim informativo do Serviço Provincial do Cuidado Pastoral das Vocações Franciscanas

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Page 1: Abril-Agosto 2015

Amigos das vocaçõesFranciscanas

Boletim informativo do Serviço Provincial de Animação Vocacional - nº 11 - Abr- Ago /2015

Estamos vivenciando o mês dedicado às vocações, o termo “vocação” vem do latim vocare

(chamar). Trate-se, pois, dum chamado do próprio Deus e, se Ele chama, pre-cisa-se de uma resposta. Dessa forma, o chamado é a toda pessoa humana, indistintamente; por isso, todo homem ou mulher, pelo simples fato de estar no mundo, está em estado de “vocação”. Nestes anos, à frente do Serviço de Animação Vocacional, me conven-ci que podemos e devemos construir em nossas comunidades e fraternidades uma “cultura vocacional”, isto é, construir algo em que se acredita, co-locá-lo no centro da atenção geral, a fim de tornaá-lo um patrimônio de todos. Nesse sentido, Amedeo Cencine, no seu livro Construir cultura vo-cacional, nos fala de três com-ponentes para uma cultura vocacional: mentalidade (componente intelectual),

sensibilidade (componente afetivo) e práxis (componente comportamental). Na primeira fase será necessário definir o sentido e o conteúdo do chamado; na segunda, como algo a ser continu-amente remotivado e, na terceira, fazer com que a mentalidade e a sensibilida-de se traduzam em gestos. Os nossos amigos e amigas das vo-cações são um bom exemplo de uma cultura vocacional, pois, mesmo no co-tidiano agitado dos muitos afazeres, se

permitem mentalizar o cha-mado, se sensibilizando em cada contribuição material e espiritual, fazendo disso uma práxis constante. Por falar em oração, uma con-vicção que ganha cada vez mais espaço é a centrali-dade da oração pelas vo-cações, pois é o primeiro

e insubstituível serviço que podemos oferecer à causa das vocações.Portanto, rezar pelas vocações é procu-

rá-las, promovê-las e provocá-las. Mais do que nunca “é necessário que, na Igre-ja, cresça sempre mais a consciência da responsabilidade vocacional universal, pela qual cada um é responsável pela vocação dos outros. Esta é verdadeira e autêntica cultura vocacional”.

ESTIMADOS AMIGOS E AMIGAS DAS VOCAÇÕES FRANCISCANAS, PAZ E BEM!

Agradecemos

a suaColaboração

Amigosdas vocações

!

Destaques

02 Palavras do Provincial

06 O sim de Santo Antônio

08 Jubileu de Ourode Vida Religiosa Franciscana

Frei Pedro Júnior, OFM Secretário Províncial para o Cuidado Pastoral das Vocações

E

E D I T O R I A L

Acesse nosso site: www.francisanosne.org.br

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Boletim informativo do Serviço Provincial de Animação Vocacional - nº 11 - Abr- Ago /2015

Agradecemos

a suaColaboração

Amigosdas vocações

!

om alegria nos dirigimos aos jovens vocacionados franciscanos e aos nossos caros Amigos das Vo-

cações Franciscanas através deste importante meio de comunicação e animação. Queremos trazer aqui o tema Vocação a partir do jeito franciscano de compreendê-la e assumi-la. Trata-se de VOCAÇÃO como uma atitude imprescindível e um itinerário que acompanha toda a vida da pessoa. No conjunto dos escritos de Fran-cisco de Assis não aparece uma única vez o termo Vocação, mesmo porque na teologia e na literatura espiritual dos séculos XII e XIII essa palavra não era comumente empre-gada segundo o sentido bíblico que em nossos dias redescobrimos. To-davia, se o termo vocação como tal é ausente, a ideia que ele expressa é aí densamente perceptível, bem como no conjunto das fontes hagiográficas franciscanas (primeiras biografias de São Francisco). Transparece em seus escritos que Francisco tem níti-da consciência do chamado de Deus que inspira a si e a seus companhei-ros a viverem o Santo Evangelho no seguimento radical daquele que “foi pobre e peregrino e viveu de esmo-las” . Nas duas versões da Regra dos Frades Menores que chegaram até nós (Bulada e Não Bulada) Fran-

cisco empre-ga o termo “por divina inspiração”

para referir-se ao que é exigido de quem quer “a s s u m i r

essa forma de vida” , bem como para tratar de um aspecto consti-tutivo da identidade vocacional do novo grupo, a Missão além-fron-teiras . Para Francisco, à luz de sua própria experiência pessoal, como veremos a seguir, quem move, ins-pira e dá a vocação para ‘receber’ essa forma de vida é o Espírito do Senhor. A nova forma de vida é as-sumida livremente como uma ade-são da própria vontade ao chama-do pessoal que o Senhor faz, como uma resposta clara à ação da Graça divina. Fundamental para essa abordagem é a leitura atenta do Testamento, texto significativo dentre os escritos de Francisco por conservar segura-mente a linguagem do Santo e suas mais profundas convicções. Com a lucidez que lhe é peculiar Francis-co atribui ao Senhor não só o ini-cio de sua conversão, mas todos os momentos decisivos de sua singu-lar trajetória. Soa como um refrão as referências ao agir pro-positivo de Deus, sempre seguidas de como foi sua res-posta generosa e atenta, expressa num modo radicalmente novo de pensar e de agir. Pro-pos-ta de Deus e res-posta humana as-sinalam um diálogo denso, rico e profundo, gerador de vida e de en-canto. Um diálogo que tem começo, mas nunca termina, nem se esgota. Assim, ficam evidentes os dois ele-mentos essenciais da Vocação para Francisco:► Nunca devo dizer “fui cha-mado”, ou “fui vocacionado”, mas sempre afirmar: “sou vocacionado”, “estou sendo chamado”. Francisco não pensa a sua vida e a dos irmãos menores como uma resposta dada num momento preciso, feito mero fato passado, mas permanentes en-cantamento e re-encantamento com aquele que pro-voca e re-nova o chamado a partir de circunstâncias e exigências novas e muitas vezes

i n e s -peradas. É nessa perspectiva que devemos compre-ender quando Francisco diz que o encontro com o leproso leva-o a “começar a fazer penitência” , afi-nal, a conversão evangélica é um empenho que nunca se conclui, apenas começa, pois importa que “perseveremos todos na verdadeira fé e na penitência, porque de outra maneira ninguém pode salvar-se” . Assim, é interessante lembrar que Tomás de Celano testemunha que Francisco no final da vida, mesmo com o corpo já dilacerado por tan-tas enfermidades e limitações, aspi-ra a “começar coisas mais perfeitas” abrasado de desejo de retornar “aos primórdios da humildade”, isto é, “voltar a servir os leprosos” ·. É no contexto desse desejo de voltar às origens da própria vocação, ao “pri-meiro amor” nunca relegado que se encontra a célebre frase atribuída a Francisco por seu primeiro biógra-fo: “Comecemos, irmãos, a servir ao Senhor Deus, porque até agora apenas pouco ou em nada progredi-mos”. ► Toda vocação é também con-vocação. O chamado do Se-nhor, sua “divina inspiração”, nunca se esgota na intimidade de um co-ração generoso. Ela se faz abertura aos outros em vida e missão com--partilhada com os outros. Em seu Testamento Francisco recorda que o mesmo Senhor que o chamou para observar o Evangelho também lhe deu irmãos.

VOCAÇÃO, PERMANENTE CON-VOCAÇÃO

Boletim informativo das vocações Abr- Ago /2015

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Frei Carlos Alberto Breis - Ministro Províncial

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Palavras do Províncial

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sta casa de formação conta com a presença de 2 postulantes (João Pedro e Flávio Lor-rane) e 4 frades: Frei Rogério Rodrigues, Frei Ivo, Frei Hermanno Wiggenhorn e Frei

César Lindemberg que este ano faz a sua Experiência Fraterno-Missionária em nossa fraternidade e junto a comunidade triunfense. Sobre sua presença: está sen-do ótima, oportuna para troca de experiências e para o aprendizado fraterno e comunitário.No dia 11 de junho celebramos o dom da Vida do nos-so querido Frei Ivo Luna, que na sua alegria, exemplo de oração e trabalho nos contagia e nos ensina a cada dia dar passos firmes na vocação franciscana.No dia 13 de junho, dia de santo Antônio, celebra-mos os 50 anos de Sacerdócio do Frei Hermano Wi-ggenhorn. Foi para nós dia muito especial, quando tivemos a grande oportunidade de ouvir um pouco da sua historia e do seu chamado ao seguimento de Jesus Cristo na forma proposta por São Francisco de Assis. Contamos com a presença do nosso bispo Dom Egídio Bisol e de algumas Congregações Reli-giosas Femininas do núcleo da CRB, a saber: Filhas da Caridade, Filhas de Santana e as Franciscanas de

Maristella que muito têm nos ajudado na missão. Ao Frei Hermano as nossas orações e cumprimentos por esse grande exemplo de fraternidade, serviço e dispo-nibilidade nos sacramentos e na escuta para o povo de Deus.Com grande alegria celebramos ainda a trezena de santo Antônio que foi uma bela festa. Com empenho e ajuda da JUFRA realizamos uma quermesse e um arraial dos namorados nas vésperas do dia de Santo Antônio. Em cada noite da trezena tivemos uma ben-ção especial, contamos com a participação do bispo da diocese e alguns padres diocesanos, bem como todo povo de Deus que muito tem nos ajudado no lado material e espiritual da nossa formação. Inicia-mos a trezena de Santo Antônio com a abertura das festividades do jubileu do convento, num clima de festa que culminará nos dias 9, 10,11 e 12 de julho ce-lebrando os 70 anos de fundação do convento de São Boaventura que será para a comunidade Triunfense e provincial grande motivo de louvor e agradecimento a Deus pela presença dos frades neste sertão pernam-bucano.Por fim quero dizer que a casa do postulantado tem caminhado bem conforme a graça de Deus e a cada dia a formação tem nos impulsionado a dar este sim como São Francisco deu a Jesus Crucificado.Abraço fraterno!

Notícias do Postulantado em poucos minutos!

João Pedro de lima Costa (Postulante)

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Frei Ivo Luna

Frei Hermano e Dom Egídio Bisol

Frei Hermano e Frei Rogério Rodrigues

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Boletim informativo das vocações Abr- Ago /2015

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A Animação Vocacional da Fratrenidade de Salvador-Bahia ini-ciou o ano com muita alegria e entu-siasmo. Além dos vocacionados que já estavam sendo acompanhados re-cebemos mais três novos jovens que buscam conhecer melhor o carisma franciscano (Gabriel, Luan e Genil-son). Acolhemos também o novo promotor vocacional, Frei Marcon-des, que junto com Frei Adriano irá nos ajudar nesse processo de discer-nimento. Desde o mês de março, quan-do retomamos os encontros, temos refletido sobre o tema VOCAÇÃO

nos mais variados contextos bíbli-cos. No encontro de maio visitamos o mosteiro das irmãs Clarissas na cida-de Feira de Santana, que foi para nós uma experiência sem igual. Para en-cerrar o semestre, participamos dos festejos de Santo Antonio. Enfim, os encontros deste se-

mestre foram momentos únicos de vivência fraterna e oração. Temos cer-teza que dia após dia estamos dando passos firmes na caminhada. Que São Francisco nos abençoe e abençoe a todos os vocacionados dessa querida Província de Santo Antonio do Brasil.

SalvadorAspirante Zenóbio Castro

Nos dias 26, 27 e 28 de ju-nho do corrente ano, foi realizado no Convento Ipuarana (Lagoa Seca - PB) o encontro vocacional com jo-vens aspirantes à Vida franciscana. Estes mesmos jovens foram acom-panhados na formação pelo Frei Erick Ramon e puderam desfrutar

do conhecimento de diversos do-cumentos da Igreja, como também, de documentos e temas próprios franciscanos, tendo em vista que o conhecimento da “Regra” e das “Constituições Gerais da Ordem dos Frades Menores”, irá levá-los a um maior conhecimento da vida

por eles desejada. Outros temas também fo-ram abordados, tais como: Justiça, Paz e Integridade da Criação; Mis-sões; Encontros Ecumênicos; Vi-vência do Carisma pelo mundo e Vida de Oração. O Frei Marcos Osmar, Guardião daquele Convento, tam-bém deu sua parcela de contribui-ção neste encontro, promovendo momentos de oração, partilha e de confraternização entre os aspiran-tes, noviços e demais Frades daque-la casa de formação. Ao término do Encontro, os jovens aspirantes puderam retornar aos seus lares, cheios de alegria por terem participado deste e já ansio-sos para participarem do próximo momento de oração, conhecimento e partilha.

Paraíba e PernambucoAspirante João Pascoal da Silva Neto

Aspirantes de Pernambuco e da Paraíba em Lagoa Seca

Aspirantes de Salvador -BA

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O mês de junho em muitos lugares do Bra-sil é celebrado com muita festa; principalmente para nós nordestinos, é um mês que tem a nossa “cara”! É bem verdade que as chuvas que tivemos em algumas regiões não foram o suficiente para encher as nossas mesas dos mais variados produ-tos, em especial o milho. Contudo, temos outra fartura que, independente das chuvas, nos carac-teriza: a alegria. É diante desse sentimento que re-verenciamos os santos que marcam o mês junino: Santo António, São João, São Pedro e São Paulo. O comum deles é que todos são exemplos vocacio-nais que muito nos ensinam e inspiram, por exem-plo: Paulo nos inspira a missionariedade, deixar tudo, sair de si, partir, mas não devorar quilôme-tros; Pedro nos ensina a perseverar mesmo diante das nossas limitações; João, a ousadia e coragem de profeta que denuncia e anuncia; já Santo Antô-nio, merece um parágrafo à parte, já que a nossa Província do Nordeste leva seu nome como iden-tidade. Durante a trezena de Santo Antônio a Pastoral Vo-cacional esteve presente em Penedo -AL, Aracaju – SE, Salvador e Campo Formoso na Bahia. Em todos esses lugares a presença dos promotores vo-cacionais locais e vocacionados foi a forma visível de manter viva a chama franciscana tão bem vivi-da por Santo Antônio! Que seu exemplo seja para nós motivo de grande inspiração vocacional.

Junho, um mês também vocacional

Celebrações da Trezena de Santo Antônio em Aracajú-SE

Celebrações da Trezena de Santo Antônio em Penedo - AL

Trezena de Santo Antônio em Campo Formoso - BA

De 20 a 22 de marco e de 24 a 26 de abril respectivamente aconteceu em Fortaleza-CE no Convento Nossa Senho-ra das Dores os primeiros encontros vo-cacionais deste ano. O primeiro encontro foi voltado para o tema “Vocação fran-ciscana” e contou com a participação de dois vocacionados, este foi orientado pelos frades Diego e Ricardo, o segundo, por sua vez, que contou com seis voca-cionados, se debruçou sobre a temática da formação humana e foi orientado pela psicóloga Ana Cristina. Nos encontros houve orações, formações, destacando-se nos recreios de um dos encontros, os jufristas que esta-vam em Fortaleza por conta da escola de formação, e ainda a participação da reu-nião e confraternização com o grupo de jovens da paróquia (VIP’s). Ainda acon-tecem a cada encontro conversas pessoais a fim de que cada frade acompanhe mais de perto o processo de cada aspirante.A todos os aspirantes um processo de grande discernimento e esperança.Paz e bem!

Encontros Vocacionais

Fortaleza

Aspirantes de Fortaleza - CE

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uando nos dispomos a anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus, o nosso desejo se encon-tra com o desejo Deus.

Porém, a maneira como devemos anunciar não é da forma que pen-samos. A vida de Santo Antônio foi marcada pelo anúncio do Santo Evangelho, isso já é do conheci-mento de todos. Porém, esconde-se como tudo iniciou: os tantos “sins” que Antônio teve que dar. Engana-se aquele que pensa que o sim é uma palavra pronunciada de uma só vez, e que no tempo e espa-ço permanece estática. Não. O sim brota como um botão de uma flor, paulatinamente vai desabrochan-do. Diria ainda, o “sim” é como uma belíssima peça de um concer-to (a exemplo da Bachianas nº 5 de Heitor Villa Lobos): um som que as poucos vai tomando o nosso ser, e, de repente, nos vemos perdidos naquele som. Assim recordo três grandes “sins” de Antônio, como os considero: o primeiro, de servir ao Senhor no silêncio do mosteiro dos monges agostinianos; o segundo, de ser um frade franciscano missionário; e o terceiro, de assumir que o anúncio do Evangelho não era da forma que ele entendia. O mais intrigante dos

“sins”, caro leitor, é sem dúvida o terceiro. Dizer o sim da aceitação, de dizer a si mesmo que o plano de anunciar o Evangelho não é, em hi-pótese alguma, da forma como eu traço, pois o projeto não é meu, é do Senhor. Eu sou chamado, iden-tifico-me, dou assentimento e con-formo-me. Antônio ao tomar o hábito francis-cano tinha a pretensão de morrer anunciando o Evangelho entre os Sarracenos, como outrora sucum-biram os primeiros cinco mártires franciscanos. De fato, uma grande pretensão que o levou a reconhecer queal é o seu pensamento indica o caminho. As nossas pretensões por vezes querem manifestar não a gló-ria de Deus, mas a nossa própria glória. Com essa intuição recordo a nossa vida cristã em nossas comu-nidades. Temos tantas pretensões em nossas comunidades de servir e anunciar o Evangelho, porém, no fundo, por vezes trata-se de pre-tensões egoístas. O nosso tão querido “Santo do mundo inteiro” teve que reconhe-cer e purificar as suas pretensões para tomar consciência do que o Altíssimo queria que ele fosse o anunciador. Vai à dica vocacional: purifica tuas pretensões para glori-ficar o Senhor com a totalidade da

tua vida. Por fim, permita-me retomar o exemplo do “sim” a partir da peça de concerto. No final escrevi “de repente nos vemos perdidos no som”. É sabido por todos que no Responsório de Santo Antônio num dos versos se lê: “recupera-se o perdido”. Pois bem, as nossas pre-tensões egoístas fazem nos perder de Deus. Peçamos a Santo Antô-nio que ele nos ajude a recuperar em nossa vida o desejo sincero que por muitas vezes ficou perdido de servir ao Senhor.Caro leitor não tenhas medo de te perder na Trindade: que ela te abençoe e guarde!

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O “sim” de Santo Antônio

Frei Dennys Santana Ferreira, OFM

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Celebrações da Trezena de Santo Antônio em Salvador

Boletim informativo das vocações . Abr- Ago /2015

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Boletim informativo das vocações Abr- Ago /2015

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omo acontece em tantos de nossos conventos, aqui em Salvador celebramos intensamente San-to Antônio. Uma ocasião especial para estarmos unidos, vocacionados e frades, compartilhando

de um único sentimento: experimentar a fé e perceber nos olhos dos devotos a veneração ao Glorioso Santo Antônio. Além disso, a ocasião pediu uma reflexão sobre a vida deste franciscano. Para tanto, na noite do dia treze, assistimos a um filme e no domingo expusemos nossas impressões; por fim participamos da Missa por ocasião dos 100 anos das Paulinas. Claro, não faltou o almoço; depois cada um tomou seu des-tino rumo às suas ca-sas para reavivar junto com familiares, ami-gos e irmãos de suas comunidades o dese-jo de descobrir o que Senhor deseja.

“Vou rezar uma Trezena reunir o povo em oração”

festa de Santo Antônio, Padroeiro de nossa Província, dentre as muitas atividades que acontecem, torna-se momento oportu-

no para conseguir meios de ajudar na promoção e acompanhamento dos jovens vocacionados pela venda de artigos religiosos; foi o que aconteceu em algumas realidades como Salvador, Fortaleza, Ara-caju, Penedo; além disso é interessante também por garante ao fiel devoto do santo a recordação do fes-tejo do santo popular.

Venda de Artigos Religiosos

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A

www.webradiosantoantonio.comSintonize já

Celebrações da Trezena de Santo Antônio em Salvador

Frades na venda de artigos religiosos em Fortaleza

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Aos 9 de Maio de 1965, a 50 anos atrás, Bernhard Ernest Kaup, inicia sua caminha-da vocacional à vida religiosa ingressando na Ordem dos Frades Menores quando

fez seu noviciado em Bardel-Alemanha. Ao ingressar, mudou o nome de batismo para Frei Urbano. O então frade foi acompanhado por seu mestre, Frei Agosti-nho Tepe, juntamente com mais 9 jovens.No fim do ano de 1966 fez sua profissão temporária e logo em seguida foi enviado para a missão no Brasil, mas precisamente no Nordeste, na Província Francis-cana de Santo Antônio do Brasil. Chegou à cidade do Recife- PE e imediatamente fora morar no Convento de Nossa Senhora das Neves em Olinda – PE; neste fez seus estudos de Filosofia por 3 anos. Em 1969 foi transferido para Salvador – BA, morou no Convento São Francisco onde fez seus estudos de Teologia por 4 anos e professou seus votos perpétuos no dia 02 de fevereiro de 1972. Após concluir os estudos fora orde-nado Diácono e, após seis messes, Sacerdote, no dia 01 de outubro de 1972. Daí então seguiu sua missão pela província a fora como guardião, pároco, missio-nário, construtor de capelas. Vejamos alguns dados sobre sua vida:•1973 a 1979: Pároco da Paroquia São José Operário, Cruz das Armas, João Pessoa – PB;•1979 a 1984: Pároco e Guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição, Mossoró – RN;•1984 a 1986: Pároco e Guardião do Convento São Francisco, Campina Grande – PB;•1986 a 1992: Morou no convento de Santo Antônio em Canindé – CE e foi Pároco em Paramonti – CE;•1992 a 2003: Morou no Convento de São Francisco em Salvador – BA e Pároco no bairro de Pernanbués;

•2003 a 2009: Pároco e Guardião do Convento São Francisco, Campina Grande – PB;•2009 a 2012: Pároco da paroquia de Nossa Senhora da Conceição, Mossoró – RN;•2012 a 2015: Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, João Pessoa – PB;•Atualmente mora no Convento São Francisco, Campina Grande – PB.

Jubileu de Ouro de Vida Religiosa Franciscana de Frei Urbano Kaup, OFM

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Boletim informativo das vocações Abr- Ago /2015

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ExpedienteAmigos das Vocações Franciscanas

Boletim do Serviço Provincial de Animação VocacionalJaneiro-Março/ 2015

Equipe de Elaboração: Frei Pedro Júnior, OFM, Frei Faustino Santos, OFM Frei Erick Ramon, OFM

Equipe de Redação: Animadores VocacionaisRevisão Final: Frei Faustino dos Santos, OFMFrei José Milton Coelho, OFMDiagramação: Frei Erick Ramon, OFMTiragem: 700

Nosso EndereçoConvento Santo Antônio, Rua do Imperador, nº 206, Centro - Recife - PE Fone: (81) 3224 0493E-mail: [email protected]