abraÇo no ar - edição nº5 -2013

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5ª Edição Ano 6 Janeiro 2013 Confira nesta edição: Página 2: Página 3: Página 4: MOBILIZAÇÃO NACIONAL EXIGE PUBLICAÇÃO DE DECRETO PRESIDENCIAL Encontro na Câmara dos Deputados unifica propostas para o Rádio Digital Digitalização do Rádio com inclusão social, democrático e sem custos de licenciamento também é pauta da mobilização Encontros Regionais da ABRAÇO-RS acontecerão nos meses de março e abril de 2013 Na primeira reunião de 2013 a Coordenação Estadual da ABRAÇO-RS definiu pela realização dos encontros regionais de rádios comunitárias para os meses de março e abril de 2013. Além da prestação de contas da entidade os encontros irão discutir temas como o Rádio Digital, mudanças na regulamentação e na legislação de rádios comunitárias, sustentabilidade, plano de formação e capacitação e a organização da entidade para o próximo período. Os eventos devem ocorrer nas regionais centro, sul, serra, litoral norte, noroeste, alto uruguai, campanha e fronteira oeste, vale do rio pardo, vale dos sinos, paranhama, produção, planalto médio e metropolitana. Confira página 2 Reunião no Plenário 12 da Câmara dos Deputados debateu propostas das Rádios Comunitárias para o Rádio Digital. Reunidas, associações comunitárias de diversos estados e representantes de entidades e movimentos da comunicação realizaram na tarde do dia 06 de dezembro, na Câmara Federal, uma reunião para debater propostas e posicionamentos do setor público e comunitário para os debates sobre o Rádio Digital no Brasil. O Ministério das Comunicações determinou a composição de um Conselho Consultivo para realizar parecer quanto a digitalização. Estão sendo realizados testes com padrões internacionais de digitalização para o rádio em rádios públicas, comerciais e comunitárias, estes testes são relatados e debatidos por este conselho que terá a tarefa de orientar o governo nas decisões de como se dará a digitalização. Os presentes reafirmaram a Carta Aberta ao Povo Brasileiro, assinada por diversas entidades e movimentos sociais, associações comunitárias, sindicatos. Nela é defendida uma maior participação da sociedade nos debates da digitalização do rádio, defende o desenvolvimento de tecnologia local, a ampliação de canais para comunicação pública e a realização de audiências públicas nos estados para debater o tema. Ainda a carta reivindica que o rádio digital seja considerado estratégico para o desenvolvimento social, portanto deve ter possibilidade de livre desenvolvimento e evolução, além de propriedade pública, sem pagamento de royalties João Carlos, Leandro Haag, Joaquim Goulart e Carlos Oliveira representam o Rio Grande do Sul Entrega da carta foi feita ao governo e ao conselho Associadas ABRAÇO-RS têm benefícios As associações comunitárias prestadoras do serviço de radiodifusão associadas à ABRAÇO-RS recebem assessoria nas áreas jurídica e são representadas em negociações com os governos e movimentos da sociedade. Além de contarem com representações regionais as associadas também podem obter vantagens como site gratis e auxílio em procedimentos burocráticos, jurídicos e capacitação permanente para gestores, técnicos e comunicadores nas áreas de produção de conteúdo, gestão de emissoras e associações comunitárias, técnica e de relação com organismos governamentais. Associe-se à ABRAÇO-RS e esteja junto nas lutas das rádios comunitárias. Informações pelo telefone 51-30562984 ou pelo sítio www.abracors.org.br. Grupo de Trabalho discute a política estadual para as Rádios Comunitárias Encontro Sul-Sudeste reúne representantes de Rádios Comunitárias Movimento Nacional de Rádios Comunitárias é fundado em Santa Catarina durante Encontro Rádios Comunitárias exigem a publicação de novo decreto para garantir avanços e acabar com limitações no alcance e na sustentabilidade Choque de frequências: O MMA da radiodifusão.

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Informativo da Associação Gaucha de Radiodifusão Comunitária

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Page 1: ABRAÇO NO AR - Edição nº5 -2013

5ª EdiçãoAno 6

Janeiro 2013

Confira nesta edição:Página 2: Página 3: Página 4:

MOBILIZAÇÃO NACIONAL EXIGE PUBLICAÇÃO DE DECRETO PRESIDENCIAL

Encontro na Câmara dos Deputados

unifica propostas

para o Rádio Digital

Digitalização do Rádio com inclusão social, democrático e sem custos de licenciamento também é pauta da mobilização

Encontros Regionais da ABRAÇO-RS acontecerão nos meses de março e abril de 2013Na primeira reunião de 2013 a Coordenação Estadual da ABRAÇO-RS definiu pela realização dos encontros regionais de rádios comunitárias para os meses de março e abril de 2013. Além da prestação de contas da entidade os encontros irão discutir temas como o Rádio Digital, mudanças na regulamentação e na legislação de rádios comunitárias, sustentabilidade, plano de formação e capacitação e a organização da entidade para o próximo período. Os eventos devem ocorrer nas regionais centro, sul, serra, litoral norte, noroeste, alto uruguai, campanha e fronteira oeste, vale do rio pardo, vale dos sinos, paranhama, produção, planalto médio e metropolitana.

Confira página 2

Reunião no Plenário 12 da Câmara dos Deputados debateu propostas das Rádios Comunitárias para o Rádio Digital. Reunidas, associações comunitárias de diversos estados e representantes de entidades e movimentos da comunicação realizaram na tarde do dia 06 de dezembro, na Câmara Federal, uma reunião para debater propostas e posicionamentos do setor público e comunitário para os debates sobre o Rádio Digital no Brasil. O Ministério das Comunicações determinou a composição de um Conselho Consultivo para realizar parecer quanto a digitalização. Estão sendo realizados testes com padrões internacionais de digitalização para o rádio em rádios públ icas, comerc ia i s e comunitárias, estes testes são relatados e debatidos por este conselho que terá a tarefa de orientar o governo nas decisões de como se dará a digitalização. Os presentes reafirmaram a Carta Aberta ao Povo Brasileiro, assinada por diversas en t idades e mov imentos soc i a i s, associações comunitárias, sindicatos. Nela é defendida uma maior participação da sociedade nos debates da digitalização do rádio, defende o desenvolvimento de tecnologia local, a ampliação de canais para comunicação pública e a realização de audiências públicas nos estados para debater o tema. Ainda a carta reivindica que o rádio digital seja considerado estratégico para o desenvolvimento social, portanto deve ter possibilidade de livre desenvolvimento e evolução, além de propriedade pública, sem pagamento de royalties

João Carlos, Leandro Haag, Joaquim Goulart e Carlos Oliveira representam o Rio Grande do Sul

Entrega da carta foi feita ao governo e ao conselho

Associadas ABRAÇO-RS têm benefícios

As associações comunitárias prestadoras do serviço de radiodifusão associadas à ABRAÇO-RS recebem assessoria nas áreas jurídica e são representadas em negociações com os governos e movimentos da sociedade. Além de contarem com representações regionais as associadas também podem obter vantagens como site gratis e auxílio em procedimentos burocráticos, jurídicos e capacitação permanente para gestores, técnicos e comunicadores nas áreas de produção de conteúdo, gestão de emissoras e associações comunitárias, técnica e de relação com organismos governamentais. Associe-se à ABRAÇO-RS e esteja junto nas lutas das rádios comunitárias. Informações pelo telefone 51-30562984 ou pelo sítio www.abracors.org.br.

Grupo de Trabalho discute a política estadual para as Rádios Comunitárias

Encontro Sul-Sudeste reúne representantes de Rádios Comunitárias

Movimento Nacional de Rádios Comunitárias é fundado em Santa Catarina durante Encontro

Rádios Comunitárias exigem a publicação de novo decreto para garantir avanços e acabar com limitações no alcance e na sustentabilidade

Choque de frequências: O MMA da radiodifusão.

Page 2: ABRAÇO NO AR - Edição nº5 -2013

Expediente:Expediente:

ABRAÇO no ar! Janeiro 2013 é garantir a democracia e o direito a comunicação!RÁDIO COMUNITÁRIA2

Testes com rádio digital são apresentados pelo Ministério das Comunicações

Coordenação Executiva da ABRAÇO-RS:Joaquim Antônio de Souza Goulart

Coordenação de Comunicação da ABRAÇO-RS:Ademir Telles

Coordenação de Secretaria da ABRAÇO-RS:Alan Camargo

Redação e diagramação:Alan Camargo

Finalização:Christofer Dalla Lana

Jornalista Responsável:Fernanda Almeida

Fotografia:Alan Camargo, ABRAÇO-SC, MNRC

Associação Gaúcha de Radiodifusão Comunitária ABRAÇO-RS

Rua Ramiro Barcelos - 1017 - Sala 502 Centro-Santa Cruz do Sul

CEP 96810 050 FONE: [email protected]

www.abracors.org.br

HistóricoHistórico2003- Brasil inicia discussão sobre digitalização da radiodifusão. TV digital passa a ser prioridade do Governo Federal. 2006- Governo define pelo padrão HD TV para transmissões em UHF e VHF. Sem alterar a concentração de espaços e sem garantir código livre e desenvolvimento de tecnologia local é anunciada a TV Digital em sinal aberto.2007- Manifestações em todo o país são contrárias à adesão do Brasil ao padrão digital privado. Padrão IBOC americano para emissoras de rádio, em teste pelo governo, é condenado pelas rádios comunitárias por não garantir repasse de tecnologia, democracia e limitar ainda mais o alcance das emissoras comunitárias, educativas e públicas. No RS rádios comunitárias protestam em Faxinal do Soturno com ato em Rádio Comercial Pirata de propriedade do então presidente da AGERT. Governo Federal interrompe definição sobre padrão digital para o rádio.2009- Conferências Estaduais de Comunicação e a I Conferência Nacional aprovam propostas e diretrizes para digitalização do rádio, sem diminuição de potência das emissoras públicas e comunitárias, sem pagamento de royalties pelo conhecimento e desenvolvimento do padrão brasileiro de rádio digital e que possibilite avanços na inclusão de sujeitos sociais na comunicação, ampliação de canais públicos e avanço democrático. Governo interrompe definição sobre padrão.2010- Ministro das Comunicações e Presidente da República assinam decreto que determina a digitalização do rádio.2011- Ministério das Comunicações define por testes de equipamentos digitais e retoma debates sobre a definição do padrão.2012- Rádios Iniciam testes com equipamentos digitais no Brasil. Radios comerciais, públicas e comunitárias são selecionadas para testarem equipamentos de diferentes padrões. Governo cria o Conselho Consultivo do Rádio Digital, com representação de ministérios, organismos de governo, técnicos, entidades do setor público e privado da radiodifusão, empresá r ios da produção de t ecno log i a e equipamentos, representantes da sociedade civil e do parlamento. Governo apresenta resultado dos testes com equipamentos com padrão DH IBOC (privado americano) e com o DRM (em operação em países da europa) e declara insuficientes e incapazes de gerarem definição quanto ao melhor sistema a ser adotado. Governo adia para 2013 definições sobre o rádio digital e decide ampliar os prazos para discussões. com o conselho consultivo.

Comunicadores comunitários participam da apresentação dos testes com equipamentos digitais ao conselho consultivo criado pelo governo

Rádios Comunitárias exigem a publicação de novo decreto para garantir avanços e acabar com limitações no alcance e na sustentabilidade

BRASÍLIA - Durante a mobilização nacional desencadeada pelo Movimento Nacional de Rádios Comunitárias e ABRAÇOS de diversos estados, uma comissão for mada por ent idades e movimentos sociais que debatem e atuam na comunicação, dentre elas o Fórum Nacional Pela Democratização foi recebida pelo Secretário Executivo e Ministro Interino das Comunicações Cézar Alvarez. No encontro a comissão pode expor ao ministério a insatisfação ao tratamento dado à emissoras comunitárias e comunicadores populares e exigiu a publicação do decreto presidencial que vem sendo discutido pelo governo para alterar a regulamentação da Lei 9612-98 que reconheceu as rádios comunitárias. As principais alterações tratam do fim da restrição de atuação das rádios comunitárias, definição de apoio cultural, d e s b u r o c r a t i z a ç ã o d a s o u t o r g a s e d o funcionamento das rádios comunitárias. Espera-se a inda a defin ição quanto à po l í t i ca de financiamento e de participação das rádios comunitárias nas verbas públicas de publicidade e comunicação. Para a representação das rádios

comunitárias o governo errou em editar uma normativa em 2011 que provocou restrição da cidadania na gestão das emissoras e definiu por critérios de área de moradia e raio limitado de abrangência para definição de diretores das associações, limitou a forma de financiamento por apoio cultural e aplica censura à programação das comunitárias. As rádios comunitárias tem muita dificuldades em acessar recursos públicos e com a normativa o governo também interfere da capitação de apoios culturais do comércio local das comunidades. A comissão ainda questionou o

tratamento diferenciado dado às rádios comunitárias pela fiscalização que interpreta de forma criminalizante a Portaria de 462 de 2011, ampliando a aplicação de multas e restrições ao trabalho das comunitárias. segundo Alvarez o novo decreto é o caminho para corrigir as distorções e está aguardando agenda para o despacho junto à Secretaria de Comunicação e a Presidenta Dilma Roussef. Alvarez ainda admitiu rever trechos da norma que tem dificultado avanços no setor e encaminhou a constituição de um grupo de trabalho para trabalhar o tema. Para Jerry de Oliveira, representante do MNRC e da ABRAÇO-SP o governo precisa dar fim à perseguição histórica sofrida pelas rádios comunitárias e comunicadores populares. Queremos avanços e o fim da criminalização. Isso passa pelo governo fazer a parte dele e o parlamento cumprir o seu papel». Jerry afirma ainda que os avanços na comunicação brasileira tem que representar a ampliação dos espaços de participação e expressão e que as rádios comunitárias são a comprovação que é possível e necessário que as comunidades executem serviços de comunicação de forma plural, pública, educativa e sem fins comerciais.

Reunião com Ministro Interino e Secretário Executivo do Ministério das Comunicações debate nova regulamentação para Rádios Comunitárias e rádio digital

Comissão entrega carta por rádio digital democráticoComissão entrega carta por rádio digital democráticoDurante a audiência com o Ministro Interino foi entregue também uma carta, assinada por mais de quatrocentas entidades e movimentos sociais, reivindicando ampliação das discussões sobre o rádio digital e reivindicando a garantia que a definição por um padrão de transmissão digital amplie a participação da sociedade na gestão e difusão de programação de rádio com ampliação do setor público, sem o pagamento de royalties por tecnologia e conhecimento, sem restringir a comunicação de interesse social e o livre desenvolvimento de tecnologias de comunicação no novo padrão de rádio. A Carta Aberta da Sociedade Brasileira sobre o rádio digital também foi entregue oficialmente ao conselho consultivo criado pelo governo.

Técnicos do Ministério das Comunicações apresentaram o resultado dos testes realizados com equipamentos de transmissão digital de rádio. Os testes foram realizados em rádios comerciais, emissoras públicas e rádios comunitárias. Os testes em rádios comunitárias apresentaram problemas pois limitaram em 10% a potencia total a ser utilizada pelas comunitárias que pela legislação operam com até 25watts. Ainda apresentaram problema da chamada sombra na propagação do sinal que são espaços que a transmissão não atinge em função de obstáculos naturais. Ruídos e diminuição de ganho também foram apontados. Foram testados equipamentos com padrão DRM e HD IBOC. Após a apresentação dos testes ao conselho consultivo do rádio digital foi aberta a apresentação, por parte dos consórcios que representam dois padrões digitais, das suas propostas para a adoção pelo Brasil do padrão digital de rádio. O primeiro Grupo a apresentar foi o DRM que informou ser seu sistema em código aberto, possível portanto de serem adotados por qualquer desenvolvimento de equipamentos de transmissão e recepção mas não descartou a cobrança de royalties por seus parceiros. Na sequência foi a vez do padrão HD IBOC ter sua apresentação realizada por representantes do consórcio com atuação no Brasil. Para seus representantes é possível sim que sejam mantidos os segredos industriais e prometeram fabricação de equipamentos para rádios comunitárias sem cobrança de licença de uso, porém mantiveram o interesse corporativo e comercial na nova tecnologia.

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Page 3: ABRAÇO NO AR - Edição nº5 -2013

ABRAÇO no ar! Janeiro 2013 3

Choque de frequências: O MMA da radiodifusão.

A irresponsável, contínua e sabotadora postura dos orgãos que regulam a distribuição de canais para radiodifusão no Brasil é o crime maior que se comete por parte do estado ao avanço da democracia. O favorecimento incondicional aos interesses comerciais de grandes grupos de comunicação cria interpretações absurdas da legislação que restringem o avanço e a consolidação de emissoras comunitárias, públicas e educativas. O maior exemplo disso é o chamado choque de frequências. Ocasionado por uma interpretação errônea, mas intencional do regramento para distribuição de canais, a ANATEL, agencia reguladora que controla o setor de telecomunicações, opera para causar choques entre emissoras comunitárias de municípios vizinhos e comunidades próximas. Funcionando no mesmo canal, com a mesma frequência, as emissoras comunitárias muitas vezes tem reduzido seu alcance, e no caso da população, o sinal recebido é de péssima qualidade, criando vazios na transmissão, onde, por mais próximos que estejam os ouvintes, só há ruídos e chiados. Este problema vem sendo discutido há muito tempo por comunicadores populares e o governo. Em 2011 as regionais da ABRAÇO-RS apresentaram solicitações organizadas entre rádios em conflito de sinal para solução por parte do governo e da agência reguladora. Um estudo técnico balizou pedidos de alteração de frequências e, em alguns casos, de destinação de canais alternativos para triangulação de sinais de emissoras próximas. Os pedidos foram entregues em bloco ao Ministério das Comunicações ainda em 2011 dentro de um estudo regional organizado pelas coordenações regionais da ABRAÇO-RS. Segundo o Ministério das Comunicações as solicitações foram encaminhadas à ANATEL para que se encontrasse alternativa para os conflitos. Até o momento nenhuma resposta oficial foi obtida pelas rádios comunitárias e muitas emissoras estão em dificuldades geradas pelos choques, pela fiscalização que não leva em consideração a lambança governamental e pela restrição cada vez mais voraz para a prestação de um serviço de qualidade. Uma comissão formada por coordenadores da ABRAÇO-RS se reuniu novamente no dia 7 de dezembro com a representação do Ministério das Comunicações. Frente ao descaso com o assunto por parte da ANATEL, uma solicitação de audiência com a Secretaria de Comunicação de Massa da agência deve ser marcada para o mês de fevereiro para discussão do tema. Para o Coordenador Executivo da ABRAÇO-RS, Joaquim Goulart, as comunidades devem manter a pressão sobre o Governo e a ANATEL: «Estamos denunciando o descaso com as comunidades e a comunicação comunitária, Estamos preparando denuncia aos organismos internacionais e manteremos as mobilizações para que o problema seja resolvido. Não aceitamos este crime que o estado brasileiro está cometendo contra as comunidades.»

Higiene vocal

Precisamos ter uma série de com a nossa voz para evitar o aparecimento de alterações e doenças no trabalho de locução e para termos uma voz mais bonita e saudável.

Evite fumo, ácool e drogas, pois atacam diretamente o nosso aparelho respiratório e fonador, causando prejuízos a voz;

Evite atos vocais inadequados, como pigarrear, tossir com força e competir com os sons de fundo;

Evite o contato com fumaças tóxicas e outros tipos de poluição;

Em caso de ter alergias que atacam a voz, siga corretamente as orientações médicas e evite situações de risco;

Alimente-se adequadamente; prefira comidas leves, verduras e frutas antes de realizar atividades que necessitem da voz. Evite alimentos e bebidas geladas. E, especialmente, beba muita água;

A produção da voz consome bastante energia, portanto, descanse bastante;

Evite lugares com ar condicionado e mudanças bruscas de temperatura.

EditorialEditorial

Acesse o sítio www.portalabraco.org.br

Page 4: ABRAÇO NO AR - Edição nº5 -2013

Encontro Sul-Sudeste reúne representantes de Rádios ComunitáriasEncontro Sul-Sudeste reúne representantes de Rádios Comunitárias

ABRAÇO no ar! Janeiro 2013 é garantir a democracia e o direito a comunicação!RÁDIO COMUNITÁRIA4

Evento em Itapema - SC recebe representação dos três estados do sul, além de São Paulo e Rio de Janeiro

Grupo de Trabalho discute a política estadual para as Rádios ComunitáriasGovernador instituiu grupo após manifestação das Rádios Comunitárias em agosto de 2011.

Nomeado em março de 2012, o Grupo de Trabalho formado para orientar a política estadual para as Rádios Comunitárias é composto por representação o Governo Estadual, Assembléia Legislativa, Judiciário Estadual e das Rádios Comunitárias do Rio Grande do Sul. Foram nove reuniões durante o ano de 2012 para composição de um relatório com os principais temas do setor, diagnóstico da situação das rádios comunitárias no Rio Grande do Sul, as dificuldades para ampliação do serviço e garantia do direto à comunicação de comunidades organizadas em todo o estado. No relatório estão propostas como a definição quanto à política de financiamento das emissoras públicas com a definição do percentual a ser destinado ao apoio cultural das rádios comunitárias do total de recursos gastos com publicidade e comunicação pelos órgão públicos; - Encaminhamento de lei de regulamentação que obriga os órgãos públicos das três esferas de poder em destinar percentual dos recursos de comunicação à comunicação pública e comunitária; - Publicação de decreto de regulamentação da destinação, por parte do executivo estadual, de verbas de comunicação às emissoras públicas e comunitárias instituindo a política de apoio cultural; - Investimento na Fundação Cultural Piratini para atender a programas de capacitação para comunicação comunitária além da política de conteúdo partilhado entre as rádios públicas e as rádios comunitárias; -Investimento na capacitação e formação de comunicadores, gestores e técnicos de rádios comunitárias; -Fim da política de agencias de publicidade para gestão de recursos repassados às Rádios Comunitárias;- Instituição do programa de fomento com investimento em suporte técnico na implantação e respostas de aviso de habilitação das rádios do Rio Grande do Sul - Política Estadual de Extensão na Comunicação; - Abertura de linhas de financiamento para aplicação em equipamentos e infraestrutura para rádios comunitárias; - Parceria do Estado na composição de estudos de distribuição do espaço eletromagnético para atender ao interesse do povo gaúcho na ampliação da malha pública de radiodifusão; - Posição do estado pela instalação da delegacia regional do Rio Grande do Sul do Ministério das Comunicações; - Inclusão das rádios na política estadual de universalização da banda larga para aproveitamento das rádios comunitárias como provedores de internet para as comunidades; -Posição do Governo do Rio Grande do Sul na defesa de um padrão para o rádio digital com inclusão social, democrático e pelo desenvolvimento científico e tecnológico nacional. Um Fundo Público formado por percentuais da tributação estadual também é recomendado para o financiamento público das emissoras públicas e comunitárias.

Com ob je t ivo de o rg an iza r comun icadores comunitários, militantes sociais, entidades de rádios comunitárias, coletivos locais e organizações sociais para mudanças na comunicação social no Brasil o MNCR foi proposto pelo Encontro Sul Sudeste de Rádios Comunitárias. O movimento deve ter seu primeiro

congresso nacional em 2013 e vai buscar avanços na democratização da comunicação com ampliação do trabalho das rádios comunitárias. Uma comissão nacional estará organizando o congresso que deve ter participação de lutadores sociais de diversos estados.

Aconteceu em julho de 2012 em Itapema, Santa Catarina, o Encontro Sul-Sudeste de lideranças comunitárias ligadas às rádios comunitárias filiadas a ABRAÇO nos estados do sul além do Rio de Janeiro e São Paulo. O encontro teve o objetivo de avaliar a situação das rádios comunitárias no Brasil e traçar caminhos conjuntos para a atuação das rádios comunitárias pela mudança da legislação e para pressionar o governo federal a dar fim a criminalização de entidades e militantes da comunicação comunitária. O Evento contou com a participação da representação do Ministério das Comunicações que recebeu as cobranças por parte das lideranças dos estados do sul e sudeste. Durante o evento foi discutida a fundação de um movimento nacional que unifique os lutadores sociais e suas entidades representativas. Um calendário de mobilizações que contará com a apresentação das propostas de alteração dos regramentos para o setor foi aprovado para o ano de 2013. «Estaremos na pressão no congresso nacional e junto ao governo federal para o avanço da democracia e da comunicação comunitária no país». Afirmou Joaquim Goulart, Coordenador Executivo da ABRAÇO-RS.

Movimento Nacional de Rádios Comunitárias é fundado em Santa Catarina durante Encontro

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