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Dados sobre aborto no BrasilTRANSCRIPT
22/03/2015 Abortamento | Fundação Perseu Abramo FPA
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Índice
Indígenas no Brasil Demandas dospovos e percepções da Opinião PúblicaPesquisa Mulheres brasileiras egênero nos espaços público e privado2010
Nota MetodológicaPerfil da amostraPercepção de ser mulher,machismo e feminismoDivisão sexual do trabalhodoméstico e remunerado satisfação com o tempo livreCorpo, mídia e sexualidadeSaúde reprodutiva eabortamento
Gravidez, filhos eviolênciainstitucional nopartoAbortamento
Violência DomésticaDemocracia, mulher epolítica
Conheça a pesquisa "DiversidadeSexual e Homofobia no Brasil",realizada em 2008 e 2009Idosos no Brasil 2007Imagem dos partidos e culturapolítica 2º Sem. 2006Imagem partidária e cultura política 1º sem. 2006Perfil da juventude brasileira 2004Conheça a pesquisa "Discriminaçãoracial", feita em 2003A mulher brasileira nos espaçospúblico e privado 2001Perfil da Delegação Petista noCongresso do PT 1999Juventude e cidadania 1999Cultura política e cidadania 1997Evolução das pesquisas eleitorais2010Evoluções de intenção de voto Eleições Municipais 2008Evolução pesquisas Eleições 2006Eleições 2002Eleições Municipais 2000Evolução resultados eleitorais 19891998
Abortamento
Aborto: prática e proximidade
Cap. 4b para download
Uma em cada quatro mulheres (25%) que já tiveram relações sexuais declarou já ter tido ao menosuma gravidez interrompida, seja natural (89%) ou provocada (16%) – taxas que em 2001 haviamsido, respectivamente, de 33%, 84% e 20%.
Apenas 4% assumiram agora já ter tido ao menos um aborto provocado (6% em 2001), mas metade(50%) afirma que “conhece pessoalmente alguma mulher que já fez um aborto” e uma em cada cinco(21%) assume ter na família alguma mulher que provocou aborto, com destaque para irmãs (5%) eprimas (5%).
Entre os homens também 4% assumiram ter engravidado parceiras que abortaram; um em cada três(33%) afirma que “conhece pessoalmente” e 10% assumem ter na família alguma mulher queprovocou um aborto.
As principais razões alegadas pelas entrevistadas para abortarem foram a falta de condiçõeseconômicas para ter um (ou mais um) filho (41%) e a falta de uma relação estável ou de apoio dohomem de quem engravidaram (20%).
Cerca de metade das mulheres que confessaram ter recorrido a um aborto tiveram o apoio ao menos doparceiro que as engravidara, mas uma em cada três (37%) o fizeram sem apoio de qualquer pessoapróxima.
Duas em cada três (65%) afirmam ter sido as principais responsáveis pela decisão de abortarem (61%em 2001), 14% dizem que foi principalmente do parceiro que as engravidou (antes 8%) e 8% que adecisão foi de ambos (antes 18%).
Entre os homens que souberam e assumiram ter engravidado parceiras que abortaram, 55% afirmamque as mulheres foram as principais responsáveis pela decisão, 30% consideram que a decisão foi deambos e 11% que foi principalmente delas.
A maioria das mulheres que assumiu ter abortado afirma ter provocado o aborto tomando algumfármaco industrializado (39%), como o Citotec, 29% recorreram a alguma clínica de abortosclandestinos (29%), 20% tomaram algum medicamento caseiro e 14% abortaram com parteiras ou‘curiosas’.
De cada cinco mulheres que assumiram já ter tido aborto provocado apenas cerca de duas (38%)tiveram “acompanhamento ou orientação de algum médico ou farmacêutico ou de algum outroprofissional de saúde” para abortarem e cerca de três passaram por alguma consulta de avaliaçãoposterior (59%). Uma em cada três (30%) não teve orientação médica nem antes nem depois deabortar.
Entre as que procuraram assistência médica posterior, cerca de metade (53%) sofreu alguma dasseguintes violências institucionais:
“perguntaram se tinha tirado o bebê e a trataram como suspeita” (34%); “não informaram sobre o procedimento que iam fazer” (22%); “disseram que tinha cometido um crime e ameaçaram denunciála à polícia (17%); “demoraram horas pra dizer se seria internada ou não” (16%); “a deixaram internada sem dar explicações” (14%);“mostraram os restos do feto e disseram algo como ‘olha o que você fez’” (5%).
Aborto: legislação e opiniõesDe 2001 a 2010 dobrou de 36% para 72% a taxa das mulheres que sabem que o aborto legal no país“depende do caso” – o conhecimento da legalidade do aborto decorrente de estupro passou de 25%para 50%. Apenas 13% acreditam que o aborto não é permitido em nenhum caso (antes 53%).
Entre os homens 63% sabem que o aborto legal no país “depende do caso” e o conhecimento dalegalidade do aborto por estupro é de 40%, contra 20% que acham que o aborto não é permitido emnenhum caso.
Acham que a lei deve ficar como está 61% das mulheres hoje (como em 2001, 59%) e 69% doshomens. A taxa das que acham que o aborto deveria ser permitido em qualquer caso oscilounegativamente (dentro das margens de erro) de 22% para 17%.
Só cerca de metade das mulheres (48%) e dos homens (52%), no entanto, acham que as mulheresque abortam devem punidas, e apenas 1/3 concordam com a punição prevista na legislação vigente(32% e 37%, respectivamente), de que recebam pena de prisão.
Entre as mulheres caiu o apoio à decisão autônoma para o aborto:
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22/03/2015 Abortamento | Fundação Perseu Abramo FPA
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diminuiu de 61% para 50% a concordância com a idéia de que a decisão de um aborto deve serda mulher ou do casal, “mas não da lei” – tema que divide também os homens (47% concordam,43% discordam);o a idéia que a mulher deveria ter o direito de decidir “em todas as situações”, que dividia aopinião das mulheres em 2001 (48% concordavam, 49% discordavam), tem agora maioria dediscordância 52% a 41%, bem como oposição ainda maior dos homens (61% discordam).
A maioria das mulheres e dos homens (59% cada) avalia que as igrejas estão certas “ao tentaremcontrolar as leis sobre o aborto”.
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Gravidez interrompida, natural e provocada Comparativo 2001/ 2010