abortamento - fundação perseu abramo

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Índice Indígenas no Brasil Demandas dos povos e percepções da Opinião Pública Pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado 2010 Nota Metodológica Perfil da amostra Percepção de ser mulher, machismo e feminismo Divisão sexual do trabalho doméstico e remunerado satisfação com o tempo livre Corpo, mídia e sexualidade Saúde reprodutiva e abortamento Gravidez, filhos e violência institucional no parto Abortamento Violência Doméstica Democracia, mulher e política Conheça a pesquisa "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil", realizada em 2008 e 2009 Idosos no Brasil 2007 Imagem dos partidos e cultura política 2º Sem. 2006 Imagem partidária e cultura política 1º sem. 2006 Perfil da juventude brasileira 2004 Conheça a pesquisa "Discriminação racial", feita em 2003 A mulher brasileira nos espaços público e privado 2001 Perfil da Delegação Petista no Congresso do PT 1999 Juventude e cidadania 1999 Cultura política e cidadania 1997 Evolução das pesquisas eleitorais 2010 Evoluções de intenção de voto Eleições Municipais 2008 Evolução pesquisas Eleições 2006 Eleições 2002 Eleições Municipais 2000 Evolução resultados eleitorais 1989 1998 Abortamento Aborto: prática e proximidade Cap. 4b para download Uma em cada quatro mulheres (25%) que já tiveram relações sexuais declarou já ter tido ao menos uma gravidez interrompida, seja natural (89%) ou provocada (16%) – taxas que em 2001 haviam sido, respectivamente, de 33%, 84% e 20%. Apenas 4% assumiram agora já ter tido ao menos um aborto provocado (6% em 2001), mas metade (50%) afirma que “conhece pessoalmente alguma mulher que já fez um aborto” e uma em cada cinco (21%) assume ter na família alguma mulher que provocou aborto, com destaque para irmãs (5%) e primas (5%). Entre os homens também 4% assumiram ter engravidado parceiras que abortaram; um em cada três (33%) afirma que “conhece pessoalmente” e 10% assumem ter na família alguma mulher que provocou um aborto. As principais razões alegadas pelas entrevistadas para abortarem foram a falta de condições econômicas para ter um (ou mais um) filho (41%) e a falta de uma relação estável ou de apoio do homem de quem engravidaram (20%). Cerca de metade das mulheres que confessaram ter recorrido a um aborto tiveram o apoio ao menos do parceiro que as engravidara, mas uma em cada três (37%) o fizeram sem apoio de qualquer pessoa próxima. Duas em cada três (65%) afirmam ter sido as principais responsáveis pela decisão de abortarem (61% em 2001), 14% dizem que foi principalmente do parceiro que as engravidou (antes 8%) e 8% que a decisão foi de ambos (antes 18%). Entre os homens que souberam e assumiram ter engravidado parceiras que abortaram, 55% afirmam que as mulheres foram as principais responsáveis pela decisão, 30% consideram que a decisão foi de ambos e 11% que foi principalmente delas. A maioria das mulheres que assumiu ter abortado afirma ter provocado o aborto tomando algum fármaco industrializado (39%), como o Citotec, 29% recorreram a alguma clínica de abortos clandestinos (29%), 20% tomaram algum medicamento caseiro e 14% abortaram com parteiras ou ‘curiosas’. De cada cinco mulheres que assumiram já ter tido aborto provocado apenas cerca de duas (38%) tiveram “acompanhamento ou orientação de algum médico ou farmacêutico ou de algum outro profissional de saúde” para abortarem e cerca de três passaram por alguma consulta de avaliação posterior (59%). Uma em cada três (30%) não teve orientação médica nem antes nem depois de abortar. Entre as que procuraram assistência médica posterior, cerca de metade (53%) sofreu alguma das seguintes violências institucionais: “perguntaram se tinha tirado o bebê e a trataram como suspeita” (34%); “não informaram sobre o procedimento que iam fazer” (22%); “disseram que tinha cometido um crime e ameaçaram denunciála à polícia (17%); “demoraram horas pra dizer se seria internada ou não” (16%); “a deixaram internada sem dar explicações” (14%); “mostraram os restos do feto e disseram algo como ‘olha o que você fez’” (5%). Aborto: legislação e opiniões De 2001 a 2010 dobrou de 36% para 72% a taxa das mulheres que sabem que o aborto legal no país “depende do caso” – o conhecimento da legalidade do aborto decorrente de estupro passou de 25% para 50%. Apenas 13% acreditam que o aborto não é permitido em nenhum caso (antes 53%). Entre os homens 63% sabem que o aborto legal no país “depende do caso” e o conhecimento da legalidade do aborto por estupro é de 40%, contra 20% que acham que o aborto não é permitido em nenhum caso. Acham que a lei deve ficar como está 61% das mulheres hoje (como em 2001, 59%) e 69% dos homens. A taxa das que acham que o aborto deveria ser permitido em qualquer caso oscilou negativamente (dentro das margens de erro) de 22% para 17%. Só cerca de metade das mulheres (48%) e dos homens (52%), no entanto, acham que as mulheres que abortam devem punidas, e apenas 1/3 concordam com a punição prevista na legislação vigente (32% e 37%, respectivamente), de que recebam pena de prisão. Entre as mulheres caiu o apoio à decisão autônoma para o aborto: Tags Pesquisas realizadas núcleo de opinião pública Mulheres Pesquisas de Opinião Pública Sociedade você está em: home > pesquisas realizadas > pesquisa mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado 2010 > saúde reprodutiva e abortamento > Abortamento

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Dados sobre aborto no Brasil

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Page 1: Abortamento - Fundação Perseu Abramo

22/03/2015 Abortamento | Fundação Perseu Abramo ­ FPA

http://csbh.fpabramo.org.br/node/7248 1/2

Índice

Indígenas no Brasil ­ Demandas dospovos e percepções da Opinião PúblicaPesquisa Mulheres brasileiras egênero nos espaços público e privado2010

Nota MetodológicaPerfil da amostraPercepção de ser mulher,machismo e feminismoDivisão sexual do trabalhodoméstico e remunerado ­satisfação com o tempo livreCorpo, mídia e sexualidadeSaúde reprodutiva eabortamento

Gravidez, filhos eviolênciainstitucional nopartoAbortamento

Violência DomésticaDemocracia, mulher epolítica

Conheça a pesquisa "DiversidadeSexual e Homofobia no Brasil",realizada em 2008 e 2009Idosos no Brasil ­ 2007Imagem dos partidos e culturapolítica ­ 2º Sem. 2006Imagem partidária e cultura política ­1º sem. 2006Perfil da juventude brasileira ­ 2004Conheça a pesquisa "Discriminaçãoracial", feita em 2003A mulher brasileira nos espaçospúblico e privado ­ 2001Perfil da Delegação Petista noCongresso do PT ­ 1999Juventude e cidadania ­ 1999Cultura política e cidadania ­ 1997Evolução das pesquisas eleitorais2010Evoluções de intenção de voto ­Eleições Municipais ­ 2008Evolução pesquisas ­ Eleições 2006Eleições 2002Eleições Municipais 2000Evolução resultados eleitorais 1989­1998

Abortamento

Aborto: prática e proximidade

Cap. 4b para download

Uma em cada quatro mulheres (25%) que já tiveram relações sexuais declarou já ter tido ao menosuma gravidez interrompida, seja natural (89%) ou provocada (16%) – taxas que em 2001 haviamsido, respectivamente, de 33%, 84% e 20%.

Apenas 4% assumiram agora já ter tido ao menos um aborto provocado (6% em 2001), mas metade(50%) afirma que “conhece pessoalmente alguma mulher que já fez um aborto” e uma em cada cinco(21%) assume ter na família alguma mulher que provocou aborto, com destaque para irmãs (5%) eprimas (5%).

Entre os homens também 4% assumiram ter engravidado parceiras que abortaram; um em cada três(33%) afirma que “conhece pessoalmente” e 10% assumem ter na família alguma mulher queprovocou um aborto.

As principais razões alegadas pelas entrevistadas para abortarem foram a falta de condiçõeseconômicas para ter um (ou mais um) filho (41%) e a falta de uma relação estável ou de apoio dohomem de quem engravidaram (20%).

Cerca de metade das mulheres que confessaram ter recorrido a um aborto tiveram o apoio ao menos doparceiro que as engravidara, mas uma em cada três (37%) o fizeram sem apoio de qualquer pessoapróxima.

Duas em cada três (65%) afirmam ter sido as principais responsáveis pela decisão de abortarem (61%em 2001), 14% dizem que foi principalmente do parceiro que as engravidou (antes 8%) e 8% que adecisão foi de ambos (antes 18%).

Entre os homens que souberam e assumiram ter engravidado parceiras que abortaram, 55% afirmamque as mulheres foram as principais responsáveis pela decisão, 30% consideram que a decisão foi deambos e 11% que foi principalmente delas.

A maioria das mulheres que assumiu ter abortado afirma ter provocado o aborto tomando algumfármaco industrializado (39%), como o Citotec, 29% recorreram a alguma clínica de abortosclandestinos (29%), 20% tomaram algum medicamento caseiro e 14% abortaram com parteiras ou‘curiosas’.

De cada cinco mulheres que assumiram já ter tido aborto provocado apenas cerca de duas (38%)tiveram “acompanhamento ou orientação de algum médico ou farmacêutico ou de algum outroprofissional de saúde” para abortarem e cerca de três passaram por alguma consulta de avaliaçãoposterior (59%). Uma em cada três (30%) não teve orientação médica nem antes nem depois deabortar.

Entre as que procuraram assistência médica posterior, cerca de metade (53%) sofreu alguma dasseguintes violências institucionais:

“perguntaram se tinha tirado o bebê e a trataram como suspeita” (34%); “não informaram sobre o procedimento que iam fazer” (22%); “disseram que tinha cometido um crime e ameaçaram denunciá­la à polícia (17%); “demoraram horas pra dizer se seria internada ou não” (16%); “a deixaram internada sem dar explicações” (14%);“mostraram os restos do feto e disseram algo como ‘olha o que você fez’” (5%).

Aborto: legislação e opiniõesDe 2001 a 2010 dobrou de 36% para 72% a taxa das mulheres que sabem que o aborto legal no país“depende do caso” – o conhecimento da legalidade do aborto decorrente de estupro passou de 25%para 50%. Apenas 13% acreditam que o aborto não é permitido em nenhum caso (antes 53%).

Entre os homens 63% sabem que o aborto legal no país “depende do caso” e o conhecimento dalegalidade do aborto por estupro é de 40%, contra 20% que acham que o aborto não é permitido emnenhum caso.

Acham que a lei deve ficar como está 61% das mulheres hoje (como em 2001, 59%) e 69% doshomens. A taxa das que acham que o aborto deveria ser permitido em qualquer caso oscilounegativamente (dentro das margens de erro) de 22% para 17%.

Só cerca de metade das mulheres (48%) e dos homens (52%), no entanto, acham que as mulheresque abortam devem punidas, e apenas 1/3 concordam com a punição prevista na legislação vigente(32% e 37%, respectivamente), de que recebam pena de prisão.

Entre as mulheres caiu o apoio à decisão autônoma para o aborto:

Tags Pesquisas realizadas núcleo de opinião pública Mulheres Pesquisas de Opinião Pública Sociedade

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22/03/2015 Abortamento | Fundação Perseu Abramo ­ FPA

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diminuiu de 61% para 50% a concordância com a idéia de que a decisão de um aborto deve serda mulher ou do casal, “mas não da lei” – tema que divide também os homens (47% concordam,43% discordam);o a idéia que a mulher deveria ter o direito de decidir “em todas as situações”, que dividia aopinião das mulheres em 2001 (48% concordavam, 49% discordavam), tem agora maioria dediscordância 52% a 41%, bem como oposição ainda maior dos homens (61% discordam).

A maioria das mulheres e dos homens (59% cada) avalia que as igrejas estão certas “ao tentaremcontrolar as leis sobre o aborto”.

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Gravidez interrompida, natural e provocada ­ Comparativo 2001/ 2010