abordagens para história medieval profa. dra. suzana l. s. ribeiro
TRANSCRIPT
Abordagens para
História Medieval
Profa. Dra. Suzana L. S. Ribeiro
Como podemos estudar este período?• 1 – Cronológica• mais usual • respeitando a subdivisão da Idade Média em fases:• IV a VII – Primeira Idade Média• VIII a X - Alta Idade Média• XI a XIII – Idade Média Central• XIV a XVI – Baixa Idade Média
Outra abordagem• Temática• Segundo linhas de estudo que extrapolam o passar do tempo cronológico• Focando as estruturas:
• Demográficas• Econômicas• Sociais• Políticas• Eclesiásticas• Culturais • Mentais
Em uma ou outra, o que importa?
• Trabalho do historiador• História – construção narrativa• Importância de mostrar isso para os nossos alunos
Uma história da História Medieval• A formação de uma área de conhecimento:• Estudos e conceito
• Leitura e discussão do texto!
Cada tempo uma Idade Média• Época intermediária? – renascimento e reforma XVI e XVII• Termo técnico? – renovação de estruturas - revolução francesa XVIII • Inspiração – lacunas e perdas -romantismo XIX (idade de ouro da idade média)
• Livros, preservação patrimonial/monumental
• Exaltação – III República – Joana D´arc – batalha pela memória (mártir fundadora de unidade e símbolo cristão)
• Convívio de 2 versões de Idd Média:• Escolas cristãs – força e unidade da igreja• Escolas laicas – busca por origens da Revolução
• Polêmica - Europa totalitária, Hitler e o Império SIRG- 1920• Hollywoodiana – Anacronismos para a Cultura de Massa – 1950• Diversa - Produção massiva 1970• Profunda e fundamentada – Nova História - sistema de parentesco; história dos corpos;
sistemas de representações (ler 548-549)
História Medieval produto de nosso tempo• A produção atual é resultado e resultante das forças que atuaram no
movimento de construção do conhecimento.• Foi marcada pelas preocupações da:• Nova História – fontes• História do tempo presente
• E mostrou alternativas para a escrita de:• História Vista de baixo• História do cotidiano
• Tal afirmação só é possível ao se fazer um balanço histórico e retomar os conhecimentos produzidos por pensadores que compuseram grupos como a Escola de Frankfurt com sua “teoria crítica da sociedade”, os Annales e seus desdobramentos em décadas posteriores na “Nova história”. Por meio da produção de intelectuais como esses, diferentes modos de narrar a história passaram a existir e ser aceitos. As diferenças entre a história dos vencedores e dos vencidos são enfrentadas, de modo a desmistificar o processo de construção do conhecimento e dar visibilidade a “outras histórias”. No caso dessa pesquisa, uma “história vista de baixo”, e também uma história dos movimentos sociais. De qualquer maneira, trata-se de histórias plurais, construídas a partir de diversas interpretações que ora se entrecruzam, ora se contradizem ou sobrepõem, em constantes disputas de poder. Cabe a cada um decidir com quais concordará e quais combaterá, encontrando seus caminhos.
• (RIBEIRO, 2007, 16) Sobre esse tema ver: THOMPSON, E. P. History from below. In: The times literary supplement, 7/4/1966, p.279-280; SHARPE, J. A história vista de baixo. In: BURKE (org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP, 1992, p.40.
Tempo presente• Seleção de temas a partir do presente. Isso garante à História um
constante movimento.• A chamada “história do tempo presente” passou das margens do campo
histórico para o centro da disciplina, mudando o papel e o ofício do historiador:
• “A reintegração do tempo presente faz varrer da visão da história, os últimos vestígios do positivismo: o historiador do tempo presente sabe o quanto sua objetividade é frágil, que seu papel não é o de uma chapa fotográfica que se contenta em observar fatos, ele contribuiu para construí-los.”
(RÉMOND, 1996, p. 208).
Presença do presente• O passado aproxima-se sempre mais do presente, que se
evoca e que se historiciza.• Desde o fim dos anos de 1960, este presente se descobriu
inquieto, em busca de raízes.• Posto que há uma ruptura entre presente e passado.
O que fazer?• Temos que ensinar nossos alunos a compreender esse processo de
construção da História.• E estabelecer com eles elos de ligação entre o passado e o presente.
Como ensinar história medieval?• Buscando sempre estabelecer relações com o presente:• com o cotidiano • e com a realidade do aluno.
• Explorando diferentes habilidades e competências.
• Dando ênfase à diversidade cultural: valorização e proposição de debates críticos a respeito dos diferentes povos.• Selecionando conteúdos com base em importantes eixos da pesquisa
e do ensino de História e abordados de acordo com a historiografia mais atualizada.
Atividades importantes• Pesquisa• Leitura e interpretação
• Análise documental• Iconográfico, material, escrito
• Produção de registros• organização de estudos
Repertório Cultural
As imagens possibiliam aos alunos dominar
recursos e expandir
significados.O texto permite decifrar códigos e desenvolver a percepção dos alunos a perceber a ciência como
produto cultural.
As perguntas estimulam a reflexão e auxiliam alunos na
transposição didática.
Adquirir capital cultural institucional e reconstruir o saber.
Repertório Conceitual Cabeçalho indica onde teve início o
trabalho dos termos.Alunos formalizam com suas próprias
palavras, exemplos e
representam não-verbalmente por
imagens ou desenhos seu
entendimento.
ExplicarExemplificar
Representar
Bibliografia • HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992.• RÉMOND, R. Algumas questões de alcance geral à guisa de
introdução. IN: FERREIRA, Marieta. M. e AMADO, Janaina. Usos e abusos da história. Rio de Janeiro, s/d.• RIBEIRO, S. L. S. Tramas e Traumas: identidades em marcha. São
Paulo: Tese de Doutorado – DH-FFLCH-USP, 2007.• Ribeiro, S. L. S., at all. Coleção Lumi – 6º ano. São Paulo: Ed. Oxford,
2013.