abnt nbr 8855 parafuso

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SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Condições gerais 4 Condições específicas 5 Inspeção 6 Aceitação e rejeição ANEXO - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as características mecânicas de pa- rafusos e prisioneiros quando ensaiados à temperatura ambiente (ver PB-18). As propriedades mecânicas variam com a temperatura alta ou baixa. Nota: No Anexo, a título orientativo, são dadas as propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas, de algumas classes de resistência. 1.2 Esta Norma aplica-se a parafusos e prisioneiros: a) com diâmetro nominal de rosca - 39 mm (passo normal e fino); b) com rosca métrica ISO, e com diâmetro, passos e tolerâncias de acordo a NB-97; c) de qualquer forma; d) fabricados de aço-carbono ou aço-liga. Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR EndereçoTelegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas CDU: 621.882.2 AGO./1991 Propriedades mecânicas de elementos de fixação - Parafusos e prisioneiros EB-168 Palavras-chave: Parafuso. Elemento de fixação 17 páginas Origem: Projeto EB-168/91 CB-04 - Comitê Brasileiro de Mecânica CE-04:003.01 - Comissão de Estudo de Elementos de Fixação Roscados EB-168 - Mechanical properties of fasteners - Bolts, screws and studs - Specification Esta Norma foi baseada na ISO 898-1 Esta Norma substitui a EB-168/84 Especificação Registrada no INMETRO como NBR 8855 NBR 3 - Norma Brasileira Registrada 1.3 Esta Norma não de aplica a parafusos sem cabeça e peças roscadas semelhantes (ver EB-1564). 1.4 Esta Norma não especifica requisitos tais como: a) soldabilidade; b) resistência à corrosão (ver NB-320); c) resistência à temperatura acima de + 300°C ou a- baixo de - 50°C. Nota: O sistema de designação para classes de resistência tam- bém pode ser utilizado fora do campo de aplicação descri- to, por exemplo: para tamanhos > 39 mm, sob a condição de que os parafusos apresentem todas as características mecânicas prescritas nesta Norma. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: Portaria INMETRO nº 76, de 31.12.69 - Parafusos - porcas, rebites e similares - Acondicionamento EB-1564 - Elementos de fixação - Características me- cânicas de parafusos sem cabeça e outros elemen- tos de fixação roscados similares, não sujeitos a ten- sões de tração - Especificação EB-1647 - Porcas com valores de cargas específi- cas - Características mecânicas de elementos de fixa- ção - Especificação

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SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Condições gerais4 Condições específicas5 Inspeção6 Aceitação e rejeiçãoANEXO - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as características mecânicas de pa-rafusos e prisioneiros quando ensaiados à temperaturaambiente (ver PB-18). As propriedades mecânicas variamcom a temperatura alta ou baixa.

Nota: No Anexo, a título orientativo, são dadas as propriedadesmecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturaselevadas, de algumas classes de resistência.

1.2 Esta Norma aplica-se a parafusos e prisioneiros:

a) com diâmetro nominal de rosca - 39 mm (passonormal e fino);

b) com rosca métrica ISO, e com diâmetro, passos etolerâncias de acordo a NB-97;

c) de qualquer forma;

d) fabricados de aço-carbono ou aço-liga.

Copyright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

CDU: 621.882.2 AGO./1991

Propriedades mecânicas de elementosde fixação - Parafusos e prisioneiros

EB-168

Palavras-chave: Parafuso. Elemento de fixação 17 páginas

Origem: Projeto EB-168/91CB-04 - Comitê Brasileiro de MecânicaCE-04:003.01 - Comissão de Estudo de Elementos de Fixação RoscadosEB-168 - Mechanical properties of fasteners - Bolts, screws and studs -SpecificationEsta Norma foi baseada na ISO 898-1Esta Norma substitui a EB-168/84

Especificação

Registrada no INMETRO como NBR 8855NBR 3 - Norma Brasileira Registrada

1.3 Esta Norma não de aplica a parafusos sem cabeça epeças roscadas semelhantes (ver EB-1564).

1.4 Esta Norma não especifica requisitos tais como:

a) soldabilidade;

b) resistência à corrosão (ver NB-320);

c) resistência à temperatura acima de + 300°C ou a-baixo de - 50°C.

Nota: O sistema de designação para classes de resistência tam-bém pode ser utilizado fora do campo de aplicação descri-to, por exemplo: para tamanhos > 39 mm, sob a condiçãode que os parafusos apresentem todas as característicasmecânicas prescritas nesta Norma.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

Portaria INMETRO nº 76, de 31.12.69 - Parafusos -porcas, rebites e similares - Acondicionamento

EB-1564 - Elementos de fixação - Características me-cânicas de parafusos sem cabeça e outros elemen-tos de fixação roscados similares, não sujeitos a ten-sões de tração - Especificação

EB-1647 - Porcas com valores de cargas específi-cas - Características mecânicas de elementos de fixa-ção - Especificação

2 EB-168/1991

MB-4 - Materiais metálicos - Determinação das pro-priedades mecânicas à tração - Método de ensaio

MB-60 - Determinação da dureza Brinell para mate-riais metálicos - Método de ensaio

MB-1116 - Determinação da resistência ao impactode materiais metálicos em corpos-de-prova enta-lhados simplesmente apoiados - Método de ensaio

MB-358 - Materiais metálicos - Determinação da du-reza Rockwell - Método de ensaio

MB-359 - Materiais metálicos - Determinação da du-reza Vickers - Método de ensaio

NB-97- Rosca métrica ISO - Procedimento

NB-320 - Elementos de fixação de aço inoxidável eaço resistente à corrosão - Especificação

NB-902 - Defeitos superficiais em parafusos - Pro-cedimento

PB-18 - Temperatura de referência para mediçõesindustriais de dimensões lineares - Padronização

PB-50 - Furos de passagem para parafusos e peçasroscadas similares - Padronização

PB-882 - Elementos de fixação roscados - Tolerân-cias dimensionais, de forma, posição e rugosidadepara graus de produto A, B e C - Padronização

TB-249 - Metalografia e tratamentos térmicos de li-gas ferro-carbono - Terminologia

3 Condições gerais

3.1 Sistema de designação

3.1.1 O sistema de designação para classes de resistênciade parafusos e prisioneiros está representado na Tabela 1.A abscissa representa o valor nominal da resistência àtração Rm em MPa e a ordenada, o alongamento mínimoapós a ruptura Amín. em percentagem. As classes deresistência são formadas por dois algarismos:

a) o primeiro algarismo indica 1/100 da resistência àtração nominal em MPa, ver Rm em 4.2;

b) o segundo algarismo indica 1/10 da relação entre oescoamento nominal ReL ou Rp0,2 e a resistência àtração nominal Rm (relação do escoamento).

3.1.1.1 A multiplicação dos dois algarismos resulta em 1/10do escoamento nominal em MPa. O escoamento mínimo,ReL ou Rp0,2, e a resistência à tração mínima (Rm) são iguaisou mais altos do que os valores nominais (ver 4.2).

Tabela 1 - Sistema de coordenadas

Alongamento mínimo após a ruptura Amín. (%)

7

8

9

10

12

14

16

18

2022

25

303.6

4.65.6

4.8

5.8

6.8

9.8 (A)

10.9

12.9

Resistência à tração nominal 300 400 500 600 700 800 900 1000 1200 1400Rm (MPa)

Relação entre o escoamento e a resistência à tração

Segundo algarismo do símbolo 6 8 9

Escoamento nominal ReL ou Rp0,2

Resistência à tração nominal Rm

(A) Aplicável somente a diâmetro d - 16 mm.

Nota: As classes de resistência apresentadas nesta Norma não se aplicam necessariamente a todos os tipos de parafusos. Uma apro-priada seleção das classes de resistência é apresentada nas respectivas padronizações. Para elementos não padronizados,recomenda-se aplicar as classes de resistência selecionadas para produtos semelhantes.

x 100 % 60 80 90

8.8

EB-168/1991 3

3.2 Marcação

3.2.1 Símbolos de marcação

Os parafusos devem ser marcados com os símbolos daTabela 2.

3.2.2 Identificação

3.2.2.1 Parafusos de cabeça sextavada

A marcação é obrigatória para todas as classes, devendoser efetuada na cabeça, de preferência em sua parte su-perior, em alto ou baixo-relevo, ou em sua parte lateral,em baixo-relevo (Exemplo, ver Figura 1). A marcação éobrigatória para parafusos de diâmetros d ¯ 5 mm.

3.2.2.2 Parafusos de cabeça cilíndrica com sextavado interno

3.2.2.2.1 A marcação é obrigatória para parafusos dasclasses de resistência a partir de 8.8 inclusive, e deve ser

aplicada de preferência na parte cilíndrica da cabeça embaixo-relevo, ou na superfície superior, em alto ou baixo-relevo.

3.2.2.2.2 A marcação é obrigatória para parafusos de ca-beça cilíndrica com sextavado interno de diâmetros derosca d ¯ 5 mm, sempre que a forma do parafuso permitauma marcação, de preferência na cabeça (ver Figura 2).

3.2.2.3 Prisioneiros

3.2.2.3.1 Prisioneiros devem ser marcados com os símbo-los da Tabela 2. Esta marcação em baixo-relevo é obriga-tória para as classes de resistência a partir de 8.8 inclu-sive, e deve ser aplicada de preferência na parte plana daextremidade da rosca. Em prisioneiros com rosca in-terferentes, a marcação da classe de resistência deve serfeita na superfície plana no lado da porca.

3.2.2.3.2 A marcação é obrigatória para prisioneiros dediâmetros de rosca d ¯ 5 mm (ver Figura 3).

Figura 2 - Exemplo de marcação de parafusos de cabeça cilíndrica com sextavado interno

Figura 3 - Exemplo de marcação de prisioneiros

Nota: É permitida uma marcação alternativa para prisioneiros, conforme Tabela 3.

Classe de resistência 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9

Símbolo (A) (B) 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9(A) O ponto entre os dois algarismos pode ser omitido.(B) Na utilização de aço de baixo carbono na classe de resistência 10.9 (ver 4.1), o s ím bolo de classe de resistência deve ser sublinhado 10.9.

Tabela 2 - Símbolos de marcação

Figura 1 - Exemplo de marcação de parafusos sextavados

4 EB-168/1991

3.2.2.4 Outros tipos de parafusos

A marcação da classe de resistência, conforme 3.2.2.1 e3.2.2.2, é também recomendada para outros tipos deparafusos de classe de resistência 4.6 e 5.6, e todas asclasses iguais ou mais altas que 8.8, por indicações nasrespectivas normas de padronização, ou por acordo en-tre fabricante e comprador.

3.2.3 Marcação de parafusos com rosca esquerda

3.2.3.1 Parafusos com rosca esquerda devem ser marca-dos adicionalmente com um símbolo, conforme Figura 4,na cabeça do parafuso ou na parte plana da extremidaderoscada. Esta marcação é obrigatória para parafusos dediâmetro de rosca d ¯ 5 mm.

3.2.3.2 Parafusos com rosca esquerda podem também sermarcados alternativamente com ranhura sobre os cantosdo sextavado, conforme Figura 5.

3.2.4 Marcação alternativa

Fica a critério do fabricante o uso de marcação alternativaprevista anteriormente.

3.2.5 Identificação de origem

A marcação de origem - marca do fabricante - é obrigató-ria para todos os parafusos, que são marcados com aclasse de resistência.

3.3 Embalagem

3.3.1 Parafusos e peças roscadas similares devem serembalados de modo que não sofram danos mecânicosdurante o transporte.

3.3.2 Parafusos e peças roscadas similares devem trazernas respectivas embalagens a designação completa, con-tendo a denominação, forma ou tipo, dimensões, classede resistência e quantidade.

3.3.3 As quantidades contidas nas embalagens devemestar de acordo com a portaria do INMETRO nº 76, de31.12.69, nas quantidades de uma, duas e cinco peças, oumúltiplos de 10, 100 e 1000. É permitida a venda de pa-rafusos de grau do produto C em unidades de massa;neste caso, as embalagens devem conter indicação dasunidades padronizadas, ou seja: 1 kg, 2 kg, 5 kg, 10 kg,20 kg e 50 kg.

Tabela 3 - Símbolos para marcação alternativa

Símbolo

Figura 4 - Exemplo de marcação de parafusos com rosca esquerda

Figura 5 - Exemplo de marcação alternativa de parafusos com rosca esquerda

Classe de resistência 8.8 9.8 10.9 12.9

EB-168/1991 5

4 Condições específicas

4.1 Materiais

4.1.1 A Tabela 4 especifica aços para as diferentes classesde resistência de parafusos e prisioneiros.

4.1.2 As tem peraturas m ínim as de reven im ento da Tabela 4são obrigató rias para as c lasses de resistência 8 .8 a té 12 .9 .

4.1.3 Os limites de composição química só são obrigatóriospara parafusos que não podem ser submetidos ao ensaiode tração.

4.2 Propriedades mecânicas

Os parafusos e prisioneiros devem apresentar as pro-priedades mecânicas da Tabela 5, quando ensaiados àtemperatura ambiente, conforme os ensaios de 5.1.

Classe de Material e tratamento térmico Limites de composição química Temperaturaresistência (análise da peça) de

% em massa revenimento C P Smín. máx. máx. máx. °C mín.

3.6(A) - 0,20

4.6(A), 4.8(A) - 0,05

5.6 0,15 0,55

5.8(A), 6.8(A) -

Aço-carbono temperado e revenido 0,25 425

Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro, - -Mn, Cr) temperado e revenido 0,15(C) 0,40

Aço-carbono temperado e revenido 0,25 0,55

Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro, 0,15(C) 0,35Mn, Cr) temperado e revenido

Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro,Mn, Cr) temperado e revenido

Aço-carbono temperado e revenido 0,25

Aço-carbono com adições (P.ex.: Boro,Mn, Cr) temperado e revenido

Aço-liga temperado e revenido(G) 0,20

12.9(E), (F) Aço-liga temperado e revenido (G) 0,20 0,50 380

Tabela 4 - Especificação de aços

Aço-carbono 0,06 -

8.8(B)

9.8

0,20(C) 0,5510.9(E)

10.9(D)0,35 0,035 340

(A) É permitido o uso de aço corte fácil nestas classes, com os seguintes valores máximos: enxofre - 0,34%; fósforo - 0,11%; chumbo -0,35%.

(B) Para tamanhos acima de 20 mm, pode ser necessário aplicar um material de classe de resistência 10.9, para assegurar suficiente temperabilidade.

(C) No caso de aço-carbono ligado com boro de teor de carbono abaixo de 0,25% (análise da corrida), o teor mínimo de Mn é de 0,6%para a classe de resistência 8.8 e 0,7% para as classes de resistência 9.8 e 10.9.

(D) Produto de aços de baixo carbono devem ser identificados adicionalmente com traço por baixo do símbolo da classe de resistência.

(E) O material destas classes de resistência deve ser suficientemente temperável, para assegurar que a estrutura da parte roscada apre-sente uma parte de martensita de aproximadamente 90% no estado temperado antes do revenimento.

(F) Não é permitida uma camada de fósforo branco, detectável metalurgicamente para a classe de resistência 12.9, em superfícies sujei-tas a tensões de tração.

(G) O aço-liga deve conter um ou mais dos seguintes elementos da liga: cromo, níquel, molibdênio ou vanádio.

ou

ou

ou

ou

425

6 EB-168/1991

Classe de resistênciaS eção Propriedades mecânicas 3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8(A) 9.8 (C) 10.9 12.9

d - d >(B)

16 m m 16 m m

4.2.1 Resistência nom. 300 400 500 600 800 800 900 1000 1200

4.2.2 à tração Rm(D), (E), MPa mín. 330 400 420 500 520 600 800 830 900 1040 1220

Dureza mín. 95 120 130 155 160 190 250 255 290 320 385

Vickers máx. 250 320 335 360 380 435

Dureza mín. 90 114 124 147 152 181 238 242 276 304 366

Brinell máx. 238 304 318 342 361 414

HRB 52 67 71 79 82 89 - - - - -

Dureza HRC - - - - - - 22 23 28 32 39

Rocwell HRB 99,5 - - - - -

HRC - 32 34 37 39 44

4.2.6 Dureza superficial HV 0,3 máx. - (F)

Limite inferior nom. 180 240 320 300 400 480 - - - - -

de escoamento ReL(G), MPa mín. 190 240 340 300 420 480 - - - - -

Limite de escoamento nom. - 640 640 720 900 1080

permanente Rp0,2 MPa mín. - 640 660 720 940 1100

Tensão sob carga de S p/R eL ou S p/R p 0,2 0,94 0,94 0,91 0,93 0,90 0,92 0,91 0,91 0,90 0,88 0,88

ensaio Sp MPa 180 225 310 280 380 440 580 600 650 830 970

4.2 .10 Alongamento após ruptura A mín. 25 22 14 20 10 8 12 12 10 9 8

O s va lores para parafusos in te iros (exceto pris ione iros) devem ser igua is aosva lores m ínim os de 4 .2 .2 .

4 .2 .12 Trabalho de impacto J mín. - 25 - 30 30 25 20 15

4.2.13 R esistência à m arte lagem na cabeça Sem ruptura

Altura mínima da zona não descar-

bonetada da rosca E

Profundidade máxima total-

mente descarbonetada G

e

4.2.3 HV. F ¯ 98 N

4.2.4 HB, F = 30 D2

HR4.2.5

4.2.7

4.2.9

4.2.11 Resistência sob carga com cunha(E)

4.2.14

mm

- H1 H 1 H112 3

243

- 0,015

Tabela 5 - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros

(A) Para parafusos de classe de resistência 8.8 em diâmetros d - 16 mm, existe um risco adicional de espanamento da porca, no caso de sobreaperto inadvertido acima da carga de ensaio. Recomenda-se consultar a EB-1647.

(B) Para parafusos estruturais ̄ M12.

(C) Aplicável a tamanhos até M16.

(D) As propriedades mínimas de tração aplicam-se a produtos de comprimento nominal L ̄ 2,5d. A dureza mínima se aplica a produtos de comprimento L < 2,5d e outros produtos que não podem ser ensaiados à tração (P.ex.: conforme a forma da cabeça).

(E) Para o ensaio de parafusos e prisioneiros inteiros, aplicam-se as cargas previstas na Tabela 7.

(F) A dureza da superfície não pode ser maior do que 30 pontos Vickers daquela medida no núcleo do produto, quando da leitura em am- bas as superfícies e o núcleo for carregado com HV 0,3. Para classe de resistência 10.9, qualquer aumento da dureza superficial acima de 390 HV não é aceitável.

(G) Se não for possível determinar o limite inferior de escoamento, é determinado o limite de escoamento permanente.

mín.

máx.

4.2.8

EB-168/1991 7

I 4.2.1 Resistência Ensaio Ensaio e à tração 5.1.1 de 5.1.2 de4.2.2 mínima Rm tração tração (A)

Durezamínima(B)

4.2.4 e Dureza Ensaio de Ensaio de4.2.5 máxima dureza (C) dureza (C)

Dureza super-ficial máxima

II Escoamento Ensaio4.2.7 inferior 5.1.1 de

mínimo ReL tração

Limite de es- Ensaio4.2.8 coamento per- 5.1.1 de

manente Rp 0,2 tração

Tensão sob car- Ensaio dega de ensaio Sp carga

III Alongamento Ensaio4.2.10 mínimo após 5.1.1 de

a ruptura A tração

Resistência à Ensaio a4.2.11 tração com 5.1.5 tração com

cunha(D) cunha (A)

Trabalho de EnsaioIV 4.2.12 impacto 5.1.6 de 5.1.6

mínimo impacto (E)

Resistência à Ensaio de4.2.13 martelagem na 5.1.7 martelagem

cabeça (G) na cabeça

Zona descar- Ensaio de Ensaio deV 4.2.14 bonetada 5.1.8 descarbo- 5.1.8 descarbo-

máxima netação netação

Temperatura Ensaio Ensaio4.2.15 de revenimento 5.1.9 de 5.1.9 de

mínimo revenimento revenimento

4.2.12 Integridade Ensaio de Ensaio desuperficial integridade 5.1.10 integridade

superficial superficial

8.8, 9.8,10.9,12.9

4.3 Propriedades mecânicas a serem determinadas

4.3.1 São definidos dois programas A e B de ensaios daspropriedades mecânicas para parafusos e prisioneirosdescritos em 5.1, que são assinalados na Tabela 6.

4.3.1.1 O programa de ensaio B deve ter aplicaçãopreferencial, mas é obrigatório para forças de rupturamenores do que 500 kN.

4.3.1.2 O programa de ensaio A é aplicável para corpos-de-prova usinados e para parafusos de seção de haste menordo que a seção resistente.

Nota: As chaves para os programas de ensaio (ver Tabela 6) sãoas descritas a seguir:

Parafusos com Parafusos comdiâmetros de diâmetros de

Tamanho rosca - 4 mm, rosca > 4 mm,ou comprimen- ou comprimen-to < 2,5 d (A) to ¯ 2,5 d

Ensaio decisivopara aceitação

(A) Também para parafusos com cabeça de formas especiais que são mais fracas do que a parte roscada.

4.2.3 5.1.3 5.1.3

4.2.6

4.2.9

5.1.10

5.1.4

3.6, 4.6,5.6

Classe deresistência

Programa de ensaio A Programa de ensaio B

3.6, 4.6,4.8, 5.6,5.8, 6.8

Classe deresistência

8.8, 9.8,10.9,12.9

Método MétodoPropriedades

Grupo deensaio

Tabela 6 - Programas A e B para ensaios de recepção

8 EB-168/1991

(A) Se o ensaio de carga com cunha é satisfatório, não é requerido o ensaio de trabalho axial.

(B) A dureza mínima aplica-se somente a produtos de comprimento nominal L < 2,5 d e outros produtos que não podem ser ensaiados à tração (P.ex.: forma da cabeça).

(C) A dureza pode ser determinada segundo Vickers, Brinell, Rockwell. No caso de dúvida, a dureza Vickers é decisiva para aceitação.

(D) Parafusos de forma de cabeça com configuração onde a cabeça é mais fraca do que a parte roscada estão excluídos do ensaio de tração com cunha.

(E) Somente parafusos de diâmetro ̄ 16 mm e quando requerido pelo comprador.

(F) Só para classe de resistência 5.6.

(G) Só para parafusos com diâmetro de rosca - 16 mm e que sejam muito curtos para um ensaio de carga com cunha.

(A) Onde o passo de rosca não estiver indicado na designação da rosca, vale o passo normal.

(B) Para parafusos estruturais: 70000 N, 95500 N e 130000 N, respectivamente.

D iâm etro Á rea de se- C lasse de resistência

nom inal ção resis- 3 .6 4 .6 4 .8 5 .6 5 .8 6 .8 8 .8 9 .8 10.9 12.9

da rosca tente A s,

(A) nom . Força de ruptura m ínim a (A s x R m), em N

(m m ) (m m 2)

M 3 5,03 1660 2010 2110 2510 2620 3020 4020 4530 5230 6140M 3,5 6,78 2240 2710 2850 3390 3530 4070 5420 6100 7050 8270M 4 8,78 2900 3510 3690 4390 4570 5270 7020 7900 9130 10700

M 5 14,2 4690 5680 5960 7100 7380 8520 11350 12800 14800 17300M 6 20,1 6630 8040 8440 10000 10400 12100 16100 18100 20900 24500M 7 28,9 9540 11600 12100 14400 15000 17300 23100 26000 30100 35300

M 8 36,6 12100 14600 15400 18300 19000 22000 29200 32900 38100 44600M 10 58,0 19100 23200 24400 29000 30200 34800 46400 52200 60300 70800M 12 84,3 27800 33700 35400 42200 43800 50600 67400(B) 75900 87700 103000

M 14 115 38000 46000 48300 57500 59800 69000 92000(B) 104000 120000 140000M 16 157 51800 62800 65900 78500 81600 94000 125000(B) 141000 163000 192000M 18 192 63400 76800 80600 96000 99800 115000 159000 - 200000 234000

M 20 245 80800 98000 103000 122000 127000 147000 203000 - 255000 299000M 22 303 100000 121000 127000 152000 158000 182000 252000 - 315000 370000M 24 353 116000 141000 148000 176000 184000 212000 293000 - 367000 431000

M 27 459 152000 184000 193000 230000 239000 275000 381000 - 477000 560000M 30 561 185000 224000 236000 280000 292000 337000 466000 - 583000 684000M 33 694 229000 278000 292000 347000 361000 416000 576000 - 722000 847000

M 36 817 270000 327000 343000 408000 425000 490000 678000 - 850000 997000M 39 976 322000 390000 410000 488000 508000 586000 810000 - 1020000 1200000

Tabela 7 - Forças de ruptura mínima - Rosca métrica normal

4.4 Forças de ruptura mínima e cargas de ensaio

4.4.1 Os valores de forças de ruptura e forças de ensaiopara rosca normal e fina constam nas Tabelas 7, 8, 9 e 10.

EB-168/1991 9

Diâm etro Á rea de se- C lasse de resistência

nom inal ção resis- 3 .6 4 .6 4 .8 5 .6 5 .8 6 .8 8 .8 9 .8 10.9 12.9

da rosca tente A s,

nom . Força de ruptura m ínim a (A s x R m), em N

(m m ) (m m 2)

M 8 x 1 39,2 12900 15700 16500 19600 20400 23500 31360 35300 40800 47800M 10 x 1 64,5 21300 25800 27100 32300 33500 38700 51600 58100 67100 78700M 12 x 1,5 88,1 29100 35200 37000 44100 45800 52900 70500 79300 91600 107500

M 14 x 1,5 125 41200 50000 52500 62500 65000 75000 100000 112000 130000 152000M 16 x 1,5 167 55100 66800 70100 83500 86800 100000 134000 150000 174000 204000M 18 x 1,5 216 71300 86400 90700 108000 112000 130000 179000 - 225000 264000

M 20 x 1,5 272 89800 109000 114000 136000 141000 163000 226000 - 283000 332000M 22 x 1,5 333 110000 133000 140000 166000 173000 200000 276000 - 346000 406000M 24 x 2 384 127000 154000 161000 192000 200000 230000 319000 - 399000 469000

M 27 x 2 496 164000 194000 208000 248000 258000 298000 412000 - 516000 605000M 30 x 2 621 205000 248000 261000 310000 323000 373000 515000 - 646000 758000M 33 x 2 761 251000 304000 320000 380000 396000 457000 632000 - 791000 928000

M 36 x 3 865 285000 346000 363000 432000 450000 519000 718000 - 900000 1055000M 39 x 3 1030 340000 412000 433000 515000 536000 618000 855000 - 1070000 1260000

Tabela 9 - Forças de ruptura mínimas - Rosca métrica fina

Tabela 8 - Forças de ensaio para ensaio de carga - Rosca métrica normal

Diâm etro Á rea de se- C lasse de resistência

nom inal ção resis- 3 .6 4 .6 4 .8 5 .6 5 .8 6 .8 8 .8 9 .8 10.9 12.9

da rosca tente A s,

(A) nom . Força de ensa io (A s x S p), em N

(m m ) (m m 2)

M 3 5,03 910 1130 1560 1410 1910 2210 2290 3270 4180 4880M 3,5 6,78 1220 1530 2100 1900 2580 2980 3940 4410 5630 6580M 4 8,78 1580 1980 2720 2460 3340 3860 5100 5710 7290 8520

M 5 14,2 2560 3200 4400 3980 5400 6250 8230 9230 11800 13800M 6 20,1 3620 4520 6230 5630 7640 8840 11600 13100 16700 19500M 7 28,9 5200 6500 8960 8090 11000 12700 16800 18800 24000 28000

M 8 36,6 6590 8240 11400 10200 13900 16100 21200 23800 30400 35500M 10 58,0 10400 13000 18000 16200 22000 25500 33700 37700 48100 56300M 12 84,3 15200 19000 26100 23600 32000 37100 48900(B) 54800 70000 81800

M 14 115 20700 25900 35600 32200 43700 50600 66700(B) 74800 95500 112000M 16 157 28300 35300 48700 44000 59700 69100 91000(B) 102000 130000 152000M 18 192 34600 43200 59500 53800 73000 84500 115000 - 159000 186000

M 20 245 44100 55100 76000 68600 93100 108000 147000 - 203000 238000M 22 303 54500 68200 93900 84800 115000 133000 182000 - 252000 294000M 24 353 63500 79400 109000 98800 134000 155000 212000 - 293000 342000

M 27 459 82600 103000 142000 128000 174000 202000 275000 - 381000 445000M 30 561 101000 126000 174000 157000 213000 247000 337000 - 466000 544000M 33 694 125000 156000 215000 194000 264000 305000 416000 - 570000 673000

M 36 817 147000 184000 253000 229000 310000 359000 490000 - 678000 792000M 39 976 176000 220000 303000 273000 371000 429000 586000 - 810000 947000

(A) Onde o passo de rosca não estiver indicado na designação da rosca, vale o passo normal (ver NB-97).

(B) Para parafusos estruturais: 50700 N, 68800 N e 94500 N, respectivamente.

10 EB-168/1991

Diâm etro Á rea de se- C lasse de resistência

nom inal ção resis- 3 .6 4 .6 4 .8 5 .6 5 .8 6 .8 8 .8 9 .8 10.9 12.9

da rosc a tente A s,

nom . Força de ensa io (A s x S p), em N

(m m ) (m m 2)

M 8 x 1 39,2 7060 8820 12200 11000 14900 17200 22700 25500 32500 38000M 10 x 1 64,5 11600 14500 20000 18100 24500 28400 37400 41900 53500 62700M 12 x 1,5 88,1 15900 19800 27300 24700 33500 38800 51100 57300 73100 85500

M 14 x 1,5 125 22500 28100 38800 35000 47500 55000 72500 81200 104000 121000M 16 x 1,5 167 30100 37600 51800 46800 63500 73500 96900 109000 139000 162000M 18 x 1,5 216 38900 48600 67000 60500 82100 95000 130000 - 179000 210000

M 20 x 1,5 272 49000 61200 84300 76200 103000 120000 163000 - 226000 264000M 22 x 1,5 333 59900 74900 103000 93200 126000 146000 200000 - 276000 323000M 24 x 2 384 69100 86400 119000 108000 146000 169000 230000 - 319000 372000

M 27 x 2 496 89300 112000 154000 139000 188000 218000 298000 - 412000 481000M 30 x 2 621 112000 140000 192000 174000 236000 273000 373000 - 515000 602000M 33 x 2 761 137000 171000 236000 213000 289000 335000 457000 - 632000 738000

M 36 x 3 865 156000 195000 268000 242000 329000 381000 519000 - 718000 839000M 39 x 3 1030 185000 232000 319000 288000 391000 453000 618000 - 855000 999000

Tabela 10 - Forças de ensaio para ensaio de carga - Rosca métrica fina

5 Inspeção

5.1 Ensaios

5.1.1 Ensaios de tração em corpos-de-prova usinados

5.1.1.1 As seguintes propriedades devem ser determina-das de acordo com a MB-4:

a) resistência à tração Rm;

b) limite inferior de escoamento ReL ou limite de es-coamento permanente 0,02%, Rp0,2;

c) percentagem de alongamento após a ruptura:

5.1.1.2 Para este ensaio, o corpo-de-prova deve serconforme a Figura 6.

Notas: a) Em parafusos tratados termicamente com diâmetro de rosca acima de 16 mm, a redução do diâmetro da haste não deve sermaior do que 25% (= 44% da área da seção transversal) na confecção do corpo-de-prova usinado.

b) Produtos nas classes de resistência 4.8, 5.8 e 6.8 (produtos conformados a frio) devem ser ensaiados à tração como peçasinteiras (ver 5.1.2).

Figura 6 - Corpo-de-prova para ensaio de tração

d = diâmetro nominal de roscado = diâmetro do corpo-de-prova (do < diâmetro menor da rosca)b = comprimento da rosca (b ¯ d)Lo = 5 do ou (5,65)

Lc = comprimento da parte cilíndrica (Lo + do)Lt = comprimento total do corpo-de-prova (Lc + 2r + b)Lu = comprimento de medição após rupturaSo = área transversal do corpo-de-provaR = raio de concordância (r ¯ 4 mm)

A = x 100Lu - Lo

Lo

EB-168/1991 11

5.1.2 Ensaio de tração em parafusos inteiros

5.1.2.1 O ensaio de tração do parafuso inteiro deve serrealizado conforme 5.1.1, para determinar a resistência àtração.

5.1.2.2 O cálculo da resistência à tração é baseado na áreada seção resistente, definida pela seguinte fórmula:

As =

Onde:

d2 = diâmetro de flanco

d3 = diâmetro menor: d3 = d1 - H/6

Sendo que: d1 = diâmetro básico menor

H = altura do triângulo fundamental

5.1.2.3 Para realização do ensaio, submete-se o parafusoa cargas de tração, conforme Tabelas 7 a 10, numa ex-tensão livre da rosca de uma vez o diâmetro. Para atenderàs exigências do ensaio, a ruptura deve ocorrer no corpodo parafuso ou na parte roscada livre, e não na região deconcordância do corpo com a cabeça. A porca de ensaiodeve ser dimensionada adequadamente. A velocidade doensaio não deve ultrapassar 25 mm/min. As garras damáquina de ensaio devem ser auto-alinháveis, de modo aevitar esforços laterais sobre a peça.

5.1.3 Ensaios de dureza

Para ensaios de rotina, a dureza de parafusos e prisionei-ros é determinada na cabeça, na haste ou na extremida-de, após ter sido removida a proteção superficial ou orevestimento, e feita uma preparação adequada dasamostras. Para as classes de resistência 4.8, 5.8 e 6.8, adureza deve ser determinada na extremidade do parafuso.Se a dureza máxima for ultrapassada neste ensaio, deveser realizado um segundo ensaio no centro de uma seçãoafastada da extremidade de um diâmetro de rosca nomeio do raio, onde o valor máximo de dureza não pode serultrapassado. Em caso de dúvida, o ensaio de durezaVickers é decisivo para aceitação. O ensaio de dureza nasuperfície deve ser realizado na extremidade ou face sex-tavada. O lugar escolhido para o ensaio deve ser no míni-mo lixado e polido para assegurar a reprodutibilidade daleitura e conservar a superfície original do material. Paradureza superficial, o ensaio de dureza Vickers HV 0,3 de-ve ser o ensaio de referência. As leituras da dureza su-perficial tomadas em HV 0,3 devem ser comparadas comuma leitura da dureza do núcleo similar em HV 0,3, com afinalidade de produzir uma comparação realista de de-terminar relativo incremento acima de 30 pontos Vickers.Um incremento de mais de 30 pontos indica carboneta-ção. Para classes de resistência 8.8 até 12.9, a diferençaentre a dureza do núcleo e a dureza superficial é decisivapara o julgamento da condição de carbonetação na cama-da superficial do parafuso ou prisioneiro. Isto pode não seruma relação direta entre a dureza e a resistência à traçãoteórica. Valores máximos de dureza devem ser escolhi-dos por outras razões, que não a resistência à traçãomáxima teórica (P.ex.: para evitar fragilidade).

Nota: Cuidado especial deve ser tomado para distinguir um incre-mento de dureza causado por carbonetação ou incrementodevido ao tratamento térmico ou deformação a frio dasuperfície.

5.1.3.1 Ensaio de dureza Vickers

O ensaio de dureza Vickers deve ser realizado conformeMB-359.

5.1.3.2 Ensaio de dureza Brinell

O ensaio de dureza Brinell deve ser realizado conformeMB-60.

5.1.3.3 Ensaio de dureza Rockwell

O ensaio de dureza Rockwell deve ser realizado conformeMB-358.

5.1.4 Ensaio de carga em parafusos inteiros

5.1.4.1 O ensaio de carga consiste em duas principaisseqüências, como segue:

a) aplicação de uma força específica de tração de en-saio (ver Figura 7);

b) medição do alongamento permanente causado pe-la força de ensaio.

5.1.4.2 As forças de ensaio, mostradas nas Tabelas 8 e 10,devem ser aplicadas axialmente ao parafuso em umamáquina normal de ensaio de tração. A força de ensaiodeve ser mantida integralmente por 15 s. O comprimentode rosca livre que suporta a força deve ser seis filetes derosca (6P). Para parafuso roscado até a cabeça, ocomprimento de rosca livre sujeita à força deve ser tãopróximo quanto possível de seis filetes de rosca. Para amedição do alongamento permanente, as duas extre-midades devem ser previstas com furos de centragem de60°. Antes e após a aplicação da força de ensaio, ocomprimento do parafuso deve ser medido com um ins-trumento de superfície de medição esférico. Na mediçãodevem ser usadas luvas ou pinças para assegurar quesejam excluídas dilatações por influência do calor. Orequisito básico para ensaio de carga é que o comprimentodo parafuso ou prisioneiro após a aplicação da força sejao mesmo que antes da aplicação da força com uma to-lerância de ± 12,5 µm, para compensar erros de medição.

5.1.4.3 A velocidade de ensaio é determinada com umamarcha em vazio da seção da cabeça e não deve ultrapas-sar 3 mm/min. As garras da máquina devem ser auto-a-linháveis, de modo a evitar esforços laterais sobre a peça.Algumas variáveis, tais como retilineidade e alinhamentoda rosca (mais erros de medição), podem resultar emaparente alongamento do elemento de fixação no início daaplicação da força. Nestes casos, o elemento de fixaçãopode ser reensaiado usando uma carga 3% maior, e éconsiderado satisfatório se apresentar comprimento igualao de antes da aplicação da força, com 12,5 µm detolerância para erros de medição.

Π4

d2 + d3

2( )2

12 EB-168/1991

Figura 7 - Aplicação de força de ensaio em parafusos inteiros

(A) Furo de passagem série média, conforme PB-50 (ver Tabela 11)

Força

Parafuso inteiro com rosca até a cabeça

Ao parafuso deve ser aplicada uma força até que ocorra aruptura. Para atender aos requisitos deste ensaio, a ruptu-ra deve ocorrer no corpo ou na rosca do parafuso e nãoentre a cabeça e o corpo. O parafuso deve atender aos re-quisitos de mínima resistência à tração, válidos para cadaclasse de resistência no ensaio de tração com cunha ouem um ensaio suplementar de tração sem cunha, antes deocorrer a ruptura.

5.1.5 Ensaio à tração com cunha em parafusos internos (nãoé válido para prisioneiros)

5.1.5.1 O ensaio à tração com cunha é ilustrado na Figu-ra 8. A distância mínima entre o início da saída de rosca ea porca ou o dispositivo de fixação deve ser no mínimo1 d. Uma cunha temperada com as medidas das Tabe-las 11 e 12 deve ser colocada sob a cabeça do parafuso.

Força

EB-168/1991 13

6.8, 12.9 6.8, 12.9

Diâmetro Parafusos com a parte do corpo Para parafusos com rosca até anominal não roscado Ls ¯ 2 d cabeça ou com a parte do corpoda rosca não roscado Ls - 2 d d

Classes de resistência Classes de resistência

3.6, 4.6, 4.8, 5.6, 3.6, 4.6, 4.8, 5.6,(mm) 5.8, 8.8, 9.8, 10.9 5.8, 8.8, 9.8, 10.9

α ± 30’

d - 20 10° 6° 60° 4°

20 < d - 39 6° 4° 4° 4°

Tabela 12 - Medidas da cunha

Diâmetro nominal d 3 3,5 4 5 6 7 8 10 12 14

dh 3,4 3,9 4,5 5,5 6,6 7,6 9 11 13,5 15,5

R1 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,8 1,3

Diâmetro nominal d 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39

dh 17,5 20 22 24 26 30 33 36 39 42

R1 1,3 1,3 1,3 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6

Unid.: mm

Tabela 11 - Diâmetros de furos para cunha e ensaio

Figura 8 - Ensaio de tração com cunha de parafuso inteiro

(A) Furo de passagem série média conforme PB-50 (ver Tabela 10).

14 EB-168/1991

5.1.7 Ensaio de martelagem na cabeça de parafusos curtos

5.1.7.1 Parafusos de diâmetro - 16 mm e comprimentosque não permitem um ensaio de tração com cunha devemser ensaiados conforme a Figura 9.

Figura 9 - Disposição para o ensaio de martelagem na cabeça

Notas: a) Valores de dh e R2 (onde R2 = R1) conforme Tabela 11.

b) Espessura de placa > 2d.

5.1.7.2 A cabeça do parafuso deve se deixar dobrar até umângulo de 90° - β, conforme Tabela 13, com diversos gol-pes de martelo, sem apresentar qualquer sinal de trincano raio da concordância entre a cabeça e a haste, quandoo parafuso for examinado com ampliação não menor doque oito vezes ou no máximo dez vezes. Em parafusoscom rosca até a cabeça, os requisitos podem ser con-siderados atendidos se ocorrer uma trinca no primeirofilete de rosca, desde que a cabeça não se destaque.

da máx. - ds mín.

2

5.1.5.2 Parafusos roscados até a cabeça também cum-prem os requisitos deste ensaio se a ruptura se iniciar narosca e se estender até a área do raio sob a cabeça, ouavançar dentro da cabeça antes da separação.

Nota: Para produtos grau C (ver PB-982), um raio R1 deve ser u-sado de acordo com a seguinte fórmula:

R1 = Rmáx. + 0,2

Sendo:

Rmáx. =

Onde:

ds = diâmetro da haste não roscada do parafuso

da = diâmetro no fim do raio de transição entre haste e cabeça

5.1.5.3 Para parafusos com diâmetro de assentamento dacabeça acima de 1,7 d, que falharem no ensaio de traçãocom cunha, a cabeça pode ser usinada para 1,7 d, e osparafusos devem ser reensaiados com ângulo de cunhaespecificado na Tabela 11.

5.1.5.4 Em parafusos com diâmetro de assentamento dacabeça acima de 1,9 d, o ângulo de cunha de 10° pode serreduzido para 6°.

5.1.6 Ensaio de trabalho de impacto para peças usinadas

O trabalho de impacto deve ser determinado conformeMB-1116. O corpo-de-prova deve ser axial e, sempre quepossível, ser retirado o mais próximo da superfície do pa-rafuso, de tal forma que o lado não entalhado do corpo-de-prova seja o lado da superfície. O ensaio de trabalho deimpacto só é possível em parafusos de diâmetro - 16 mm.

5.1.8 Ensaios de descarbonetação

Usando método de medição apropriado (ver 5.1.8.1 e5.1.8.2), a seção longitudinal da rosca deve ser examina-da para determinar qual a altura da zona do metal-base (E)e a profundidade da zona com descarbonetação completa(G) estão dentro dos limites especificados (ver Figura 10).

Notas: a) O valor máximo para G e a fórmula para o valor mínimode E são especificados na Tabela 5.

b) As definições relativas e descarbonetação são de acor-do com a TB-24.

5.1.8.1 Método de ensaio (método microscópico)

5.1.8.1.1 Este método permite a determinação de E e G. Oscorpos-de-prova devem ser tomados de seções lon-

gitudinais, na direção do eixo da rosca, e distanciados a-proximadamente de um diâmetro (1d) da extremidade daparte roscada, após a operação de tratamento térmico doparafuso. A amostra deve ser montada em uma garra oupastilha metalográfica, sendo preferível a pastilha me-talográfica.

5.1.8.1.2 Após a montagem e esmerilhamento, a pastilhadeve ser polida segundo a boa prática metalográfica.Atacar com nital a 3% (ácido nítrico concentrado em ál-cool), solução usualmente adequada para revelar altera-ções na microestrutura causada pela descarbonetação.Para a medição deve ser usado microscópio de ampliaçãode 100 vezes, a menos que haja outro acordo. Se o mi-croscópio for do tipo com tela fosca, a profundidade dedescarbonetação pode ser medida diretamente com umaescala. Se for usado microscópio ocular, ele deve possuirum capilar cruzado ou escala.

Classe de resistência 3.6 4.6 5.6 4.8 5.8 6.8 8.8 9.8 10.9 12.9

Ângulo 60° 80°

Tabela 13 - Valores para o ângulo β

EB-168/1991 15

5.1.8.2 Método de medição (método de dureza - métododecisivo para a determinação de carbonetação parcial)

5.1.8.2.1 A verificação do estado de carbonetação na ros-ca de parafusos beneficiados pelo método de dureza sópode ser feita para roscas de passa, no mínimo, de1,25 mm.

5.1.8.2.2 A medição da dureza deve ser feita nos trêspontos indicados na Figura 11. As fórmulas para E sãoapresentadas na Tabela 5. A carga deve ser de 3 N.

5.1.8.2.3 O ponto de medição 3 deve situar-se na linha dodiâmetro de flanco perto dos pontos 1 e 2.

5.1.8.2.4 A dureza HV do ponto 2 deve ser igual ou supe-rior à dureza do ponto 1, menos 30 HV. Neste caso, a altu-ra E deve corresponder, no mínimo, aos valores da Ta-bela 14.

5.1.8.2.5 A dureza HV do ponto 3 deve ser igual ou inferiorà dureza do ponto 1, mais 30 HV. Um acréscimo na dure-za de mais do que 30 HV significa, em roscas não encrua-das a frio, carbonetação não admissível.

Figura 10 - Zonas de descarbonetação

5.1.8.2.6 Uma descarbonetação total até os valores máxi-mos da Tabela 5 não pode ser determinada com a medi-ção da dureza.

5.1.9 Ensaio de re-revenimento

O parafuso deve ser submetido a um segundo revenimen-to a uma temperatura 10°C abaixo da temperatura mínimade revenimento da Tabela 4, com 30 min de permanência.O valor médio de três medições de dureza no parafuso,antes e após o segundo revenimento, não deve diferir maisdo que 20 pontos Vickers.

5.1.10 Ensaio de integridade superficial

O estado superficial, isto é, os defeitos superficiais, deveser determinado conforme NB-902. A integridade superfi-cial é aplicável a parafusos antes da usinagem do corpo-de-prova e para o programa A de ensaio (ver Tabela 6).

6 Aceitação e rejeição

Os parafusos e prisioneiros que atenderem às condiçõesespecificadas nesta Norma devem ser aceitos; casocontrário, devem ser rejeitados.

Figura 11 - Determinação da dureza no ensaio de descarbonetação

16 EB-168/1991

Passo da rosca P(A) mm 0,5 0,6 0,7 0,8 1 1,25 1,5 1,75 2 2,5 3 3,5 4

H1 mm 0,307 0,368 0,429 0,491 0,613 0,767 0,920 1,074 1,227 1,534 1,840 2,147 2,454

8.8, 9.8 0,154 0,184 0,215 0,245 0,307 0,384 0,460 0,537 0,614 0,767 0,920 1,074 1,227

10.9 E m m 0,205 0,245 0,286 0,327 0,409 0,511 0,613 0,716 0,818 1,023 1,227 1,431 1,636

12.9 0,230 0,276 0,322 0,368 0,460 0,575 0,690 0,806 0,920 1,151 1,380 1,610 1,841

(A) Para P até 1 mm, só método m icroscópico.

Paraclassede re-sistên-cia

Tabela 14 - Valores para H1 e E

/ANEXO

mín.

EB-168/1991 17

A-1 Este Anexo não tem valor normativo.A-2 Os dados mostrados na Tabela 15 são somente umguia de valores da redução nas propriedades mecânicas

ANEXO - Propriedades mecânicas de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas

para parafusos não ensaiados à tração a temperaturaselevadas. Estes dados não devem ser usados para acei-tação de parafusos e prisioneiros.

Tabela 15 - Propriedades mecânica de parafusos e prisioneiros a temperaturas elevadas

Temperatura °C

Classe de +20 +100 +200 +250 +300

resistência Limite inferior de escoamento ReL, ouLimite de escoamento permanente Rp 0,2

(MPa)

5.6 300 270 230 215 195

8.8 640 590 540 510 480

10.9 940 875 790 745 705

12.9 1100 1020 925 875 825