abnt nbr 6406-1980 calibradores - características construtivas, tolerâncias
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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas
Palavra-chave: Calibrador 10 páginas
Calibradores - Característicasconstrutivas, tolerâncias
NBR 6406DEZ 1980
Origem: ABNT NB-172/1971CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos MecânicosCE-04:005.06 - Comissão de Estudo de Tolerâncias e AjustesNBR 6406 - Gauges - Structural characteristics, tolerances - ProcedureDescriptor: GaugesReimpressão da NB-172/1971
Procedimento
SUMÁRIO1 Objetivo2 Terminologia3 Temperatura de referência4 Generalidades5 Tolerâncias6 Marcação dos calibradores de fabricação7 Recebimento e rejeição de peças
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa os princípios e características constru-tivas dos calibradores usados na verificação de peças fa-bricadas segundo a NBR 6158. Indica também as condiçõesde recebimento de peças e dá regras e tabelas para o cál-culo das tolerâncias de fabricação dos calibradores e con-tracalibradores.
2 Terminologia
2.1 Os termos usados nesta Norma baseiam-se naNBR 6173.
3 Temperatura de referência
3.1 A temperatura de referência é de 20oC, conforme deter-minada na NBR 6165.
4 Generalidades
4.1 Tipos de calibradores
Os calibradores fixos podem ser divididos nos três seguin-te grupos, dependendo de sua função:
4.1.1 Calibradores de fabricação para dimensões limites
São usados na verificação de peças.
4.1.2 Calibradores de referência e contracalibradores
São usados no controle e regulagem de calibradores.
4.1.3 Blocos padrões
São usados para verificar outros tipos de calibradores e pa-ra aferir instrumentos de medição por leitura.
4.2 Verificação das dimensões limites de acordo com oprincípio de W. Taylor
4.2.1 Princípio de Taylor: a dimensão limite “Passa” deveser verificada com um calibrador de comprimento igual aocomprimento de ajustagem da peça (calibrador “Passa”) ea dimensão limite “Não Passa” deve ser verificada com umcalibrador que apalpa a superfície da peça em dois pontosdiametralmente opostos e verifica uma posição de cadavez.
4.2.2 A aplicação estrita do princípio de Taylor nem sempreé conveniente ou necessária. Para calibradores “Passa”justificam-se exceções nos seguintes casos:
a) quando é conhecido ou permitido supor que, com oprocesso de fabricação utilizado, o erro de retilineida-de do furo, ou do eixo não afeta a característica deajuste das peças acopladas, é permitido o uso decalibradores de comprimento incompleto;
2 NBR 6406/1980
b) quando o furo circular é muito grande, é permitidousar um calibrador vareta com pontas esféricas, sefor conhecido ou permitido supor que com o processode fabricação utilizado o erro periférico circular dofuro é tão pequeno que não afeta a característica deajustagem das peças acopladas.
c) quando na verificação de eixos o uso de calibradoranular cilíndrico é inconveniente e for conhecido oupermitido supor que com o processo de fabricaçãoutilizado os erros da periferia (particularmente a trian-gulação) e da retilineidade do eixo são tão pequenosque não afetam a característica de ajustagem.
Para calibradores “Não passa” há exceções nos seguintescasos:
a) os pontos de contacto estão sujeitos a um desgasterápido e podem ser substituídos por pequenas super-fícies planas, cilíndricas ou esféricas.
b) no controle de furos muito pequenos podem ser uti-lizados tampões de forma completa.
c) no controle de peças não rígidas que facilmente sedeformam usam-se calibradores de forma cilíndricacompleta.
4.3 Calibradores recomendados
São recomendados os seguintes tipos de calibradores, deuso corrente no controle da fabricação de peças:
Tipos de calibradores recomendados
D = diâmetro Unid. mm
D < 10 Calibrador tampão cilíndrico completolado
“Passa” Calibrador tampão esférico completo 10 ≤ D < 120
Calibrador tampão cilíndrico completo
Calibrador tampão esférico completoFuros 120 ≤ D < 315
Calibrador tampão cilíndrico ou esférico secionados
315 ≤ D Calibrador vareta com pontas esféricas
D < 6 Calibrador tampão cilíndrico completolado
“Não passa” Calibrador tampão esférico secionado ou 6 ≤ D < 315 Calibrador chato cilíndrico com faces reduzidas
Calibrador vareta com pontas esféricas
315 ≤ D Calibrador vareta com pontas esféricas
lado Calibrador anular cilíndrico de forma completa“Passa” Calibrador de boca
Eixoslado
“Não passa”
D ≤ 315
D ≤ 315 Calibrador de boca
4.4 Contracalibradores
Na verificação de calibradores que se utilizam no controleda fabricação de eixos, são recomendados contracalibra-dores em forma de disco, secionados ou não. Não foram fi-xadas tolerâncias para contracalibradores anulares desti-nados à verificação de calibradores de fabricação, para fu-ros. Recomenda-se a verificação de tais calibradores defabricação da mesma forma que dos contracalibradores dedisco por comparação com blocos padrões.
4.5 Desgaste dos calibradores
É admitido desgaste somente no lado “Passa” dos calibra-dores, dentro dos limites estabelecidos nesta Norma.
5 Tolerâncias
5.1 Os campos de tolerâncias da peça, a tolerância de fa-bricação e o desgaste permissível do calibrador são mos-trados na Figura 1.
5.2 Os valores numéricos para o cálculo das tolerâncias defabricação constam das Tabelas 1 e 2, expressas em µm.
NBR 6406/1980 3
Tabela 1 - Calibradores para medidas externas (eixos)
(Valores das tolerâncias da Figura 1 em µm)
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 4 6 10 14 25 40 60 100 140 250 400 600
H1/2 0,6 1 1,5 1,5 2 5 5de 1até 3 Hp/2 0,4 0,4 0,6 0,6 0,6 1 1
y1 1 1,5 3 0 0 0 0
z1 1 1,5 2 5 10 20 40
T 5 8 12 18 30 48 75 120 180 300 480 750
H1/2 0,75 1,25 2 2 2,5 6 6acima 3até 6 Hp/2 0,5 0,5 0,75 0,75 0,75 1,25 1,25
y1 1 1,5 3 0 0 0 0
z1 1 2 3 6 12 24 48
T 6 9 15 22 36 58 90 150 220 360 580 900
H1/2 0,75 1,25 2 2 3 7,5 7,5acima 6até 10 Hp/2 0,5 0,5 0,75 0,75 0,75 1,25 1,25
y1
1 1,5 3 0 0 0 0
z1 1 2 3 7 14 28 56
T 8 11 18 27 43 70 110 180 270 430 700 1100
H1/2 1 1,5 2,5 2,5 4 9 9acima 10até 18 Hp/2 0,6 0,6 1 1 1 1,5 1,5
y1
1,5 2 4 0 0 0 0
z1 1,5 2,5 4 8 16 32 64
T 9 13 21 33 52 84 130 210 330 520 840 1300
H1/2 1,25 2 3 3 4,5 10,5 10,5acima 18até 30 Hp/2 0,75 0,75 1,25 1,25 1,25 2 2
y1
2 3 4 0 0 0 0
z1 1,5 3 5 9 19 36 72
/continua
4 NBR 6406/1980
/continuação
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 11 16 25 39 62 100 160 250 390 620 1000 1600
H1/2 1,25 2 3,5 3,5 5,5 12,5 12,5acima 30até 50 Hp/2 0,75 0,75 1,25 1,25 1,25 2 2
y1 2 3 5 0 0 0 0
z1 2 3,5 6 11 22 42 80
T 13 19 30 46 74 120 190 300 460 740 1200 1900
H1/2 1,5 2,5 4 4 6,5 15 15acima 50até 80 Hp/2 1 1 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5
y1 2 3 5 0 0 0 0
z1 2 4 7 13 25 48 90
T 15 22 35 54 87 140 220 350 540 870 1400 2200
H1/2 2 3 5 5 7,5 17,5 17,5acima 80até 120 Hp/2 1,25 1,25 2 2 2 3 3
y1
3 4 6 0 0 0 0
z1 2,5 5 8 15 28 54 100
T 18 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500
H1/2 2,5 4 6 6 9 20 20acima 120até 180 Hp/2 1,75 1,75 2,5 2,5 2,5 4 4
y1
3 4 6 0 0 0 0
z1 3 6 9 18 32 60 110
T 20 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2900
H1/2 3,5 5 7 7 10 23 23acima 180até 250 Hp/2 2,25 2,25 3,5 3,5 3,5 5 5
y1
3 5 6 7 0 0 0 0
z1 4 7 12 21 24 40 45 80 100 170 210
α1 1 2 3 4 4 7 10 15 25 45 70 110
/continua
NBR 6406/1980 5
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 23 32 52 81 130 210 320 520 810 1300 2100 3200
H1/2 4 6 8 8 11,5 26 26acima 250até 315 Hp/2 3 3 4 4 4 6 6
y1 3 6 7 9 0 0 0 0
z1 5 8 14 24 27 45 45 90 110 190 240
α1
1,5 3 4 6 6 9 15 20 35 55 90 140
T 25 36 57 89 140 230 360 570 890 1400 2300 3600
H1/2 4,5 6,5 9 9 12,5 28,5 28,5acima 315até 400 Hp/2 3,5 3,5 4,5 4,5 4,5 6,5 6,5
y1 4 6 8 9 0 0 0 0
z1
6 10 16 28 32 50 65 100 125 210 280
α1 2,5 4 6 7 7 11 15 30 45 70 110 180
T 27 40 63 97 155 250 400 630 970 1550 2500 4000
H1/2 5 7,5 10 10 13,5 31,5 31,5acima 400até 500 Hp/2 4 4 5 5 5 7,5 7,5
y1 4 7 9 11 0 0 0 0
z1 7 11 18 32 37 55 70 110 145 240 320
α1 3 5 7 9 9 14 20 35 55 90 140 220
/continuação
Tabela 2 - Calibradores para medidas internas (furos)
(Valores das tolerâncias da Figura 1 em µm)
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 6 10 14 25 40 60 100 140 250 400 600
de 1 H/2 0,6 1 1 2 5 5até 3
y 1 1,5 3 0 0 0 0
z 1 1,5 2 5 10 20 40
T 8 12 18 30 48 75 120 180 300 480 750
de 3 H/2 0,75 1,25 1,25 2,5 6 6até 6
y 1 1,5 3 0 0 0 0
z 1,5 2 3 6 12 24 48
/continua
6 NBR 6406/1980
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 9 15 22 36 58 90 150 220 360 580 900
de 6 H/2 0,75 1,25 1,25 3 7,5 7,5até 10
Hs/2 0,75 0,75 0,75 2 4,5 4,5
y 1 1,5 3 0 0 0 0
z 1,5 2 3 7 14 28 56
T 11 18 27 43 70 110 180 270 430 700 1100
de 10 H/2 1 1,5 1,5 4 9 9até 18
Hs/2 1 1 1 2,5 5,5 5,5
y 1,5 2 4 0 0 0 0
z 2 2,5 4 8 16 32 64
T 13 21 33 52 84 130 210 330 520 840 1300
de 18 H/2 1,25 2 2 4,5 10,5 10,5até 30
Hs/2 1,25 1,25 1,25 3 6,5 6,5
y 1,5 3 4 0 0 0 0
z 2 3 4 9 19 36 72
T 1,6 25 39 62 100 160 250 390 620 1000 1600
de 30 H/2 1,25 2 2 5,5 12,5 12,5até 50
Hs/2 1,25 1,25 1,25 3,5 8 8
y 2 3 5 0 0 0 0
z 2,5 3,5 6 11 22 42 80
T 19 30 46 74 120 190 300 460 740 1200 1900
de 50 H/2 1,5 2,5 2,5 6,5 15 15até 80
Hs/2 1,5 1,5 1,5 4 9,5 9,5
y 2 3 5 0 0 0 0
z 2,5 4 7 13 25 48 90
T 22 35 54 87 140 220 350 540 870 1400 2200
de 80 H/2 2 3 3 7,5 17,5 17,5até 120
Hs/2 2 2 2 5 11 11
y 3 4 6 0 0 0 0
z 3 5 8 15 28 54 100
/continua
/continuação
NBR 6406/1980 7
Grupo de Símbolo Qualidade da peça conforme tolerância ISOdimensões para
(mm) fórmula 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
T 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500
de 120 H/2 2,5 4 4 9 20 20até 180
Hs/2 2,5 2,5 2,5 6 12,5 12,5
y 3 4 6 0 0 0 0
z 4 6 9 18 32 60 110
T 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2900
de 180 H/2 3,5 5 5 10 23 23até 250
Hs/2 3,5 3,5 3,5 7 14,5 14,5
y 4 6 7 0 0 0 0
z 5 7 12 21 24 40 45 80 170 210
α 2 3 4 4 7 10 15 25 110 110
T 32 52 81 130 210 320 520 810 1300 2100 3200
de 250 H/2 4 6 6 11,5 26 26até 315
Hs/2 4 4 4 8 16 16
y 5 7 9 0 0 0 0
z 6 8 14 24 27 45 50 90 110 190 240
α 3 4 6 6 9 15 20 35 55 90 140
T 36 57 89 140 230 360 570 890 1400 2300 3600
de 315 H/2 4,5 6,5 6,5 12,5 28,5 28,5até 400
Hs/2 4,5 4,5 4,5 9 18 18
y 6 8 9 0 0 0 0
z 7 10 16 28 32 50 65 100 125 210 280
α 4 6 7 7 11 15 30 45 70 110 180
T 40 63 97 155 250 400 630 970 1550 2500 4000
de 400 H/2 5 7,5 7,5 13,5 31,5 31,5até 500
Hs/2 5 5 5 10 20 20
y 7 9 11 0 0 0 0
z 8 11 18 32 37 55 70 110 145 240 320
α 5 7 9 9 14 20 35 55 90 140 220
/continuação
8 NBR 6406/1980
5.3 O cálculo das medidas do calibrador é feito pelasfórmulas seguintes:
Medidas dos calibradores
Dimensão nominal
até 180 mm acima de 180 mm
Calibrador de Contracalibrador Calibrador de Contracalibradorfabricação fabricação
Medida Tolerância Medida Tolerância Medida Tolerância Medida Tolerânciabásica de básica de básica de básica de
fabricação fabricação fabricação fabricação
lado ± H/2 ± Hs/2“não passa” L (p. esfera L-α (p. tampão
± Hs/2) ± H/2)
Calibrador não fixado não fixadopara lado ± H/2
medida “passa” novo l+z ± H/2 l+z (p. esferainterna ± Hs/2)
lado“passa” usado l-y — l-y+α —
lado“passa” usado L+y1 — L+y1 ± Hp/2 L+y1-α1- — L+y1-α1- ± Hp/2
Calibradorpara lado
medida “passa” novo L-z1 ± H1/2 L-z1 ± Hp/2 L-z1 ± H1/2 L-z1 ± Hp/2externa
ladonão “passa” l ± H1/2 l ± Hp/2 L+α1 ± H1/2 L+α1 ± Hp/2
5.4 Calibradores para peças cujas tolerâncias não constamnas Tabelas 1 e 2 devem ser executados com os valoresindicados na “T” imediatamente superior.
5.5 Exemplos de cálculos de tolerâncias:
5.5.1 Calibrador para medida externa (eixo) φ 270 - 0,05+ σ
Limites da peça: L = 270,00 mm
l = 270,000 - 0,05 + 269,950 mm
Lado “passa” gasto: L + y1 - α1 = 270,000 + 0,007 - 0,004 == 270,003 mm.
Lado “passa” novo: L - z1 ± H1/2 = 270,000 - 0,008 ± 0,006 == 269,992 ± 0,006 mm.
Lado “não passa”: l + α1 ± H1/2 = 269,950 + 0,004 ± 0,006 == 269,954 ± 0,006 mm.
5.5.2 Calibrador para medida interna (furo) φ 25 C9.
Limites da peça: L = 25,00 + 0,162 = 25,162 mm l == 25,00 + 0,110 = 25,110 mm (conforme Tabela XVI daNBR 6158).
Lado “não passa” do calibrador de fabricação: L ± H/2 == 25,162 ± 0,002 mm.
Lado “passa” novo: l + z ± H/2 = 25,110 + 0,009 ± 0,002 == 25,119 ± 0,002 mm.
Lado “passa” gasto: l - y = 25,110 - 0 = 25,110 mm.
6 Marcação dos calibradores de fabricação
6.1 Cada calibrador de fabricação deve apresentar asseguintes marcações, gravadas de modo indelével:
- a dimensão nominal da peça, expressa em milíme-tros (sem acrescentar “milímetros” ou “mm”);
- o símbolo da tolerância.
No lado “não passa”:
- o afastamento, expresso em µm (sem acrescentar“mícron” ou “µm”);
- uma marca visível, de cor vermelha.
No lado “passa”:
- o afastamento, expresso em µm (sem acrescentar“mícron” ou “µm”).
NBR 6406/1980 9
6.2 Nos calibradores de boca, cuja carga de medição é di-ferente do seu peso próprio, devem ser indicados, expressosem gramas, os valores do peso próprio e da carga de medi-ção (sem acrescentar “gramas” ou “g”). Nestes calibradores,quando destinados a dimensão superior a 100 mm, tambémdevem ser indicadas as zonas de aplicação das forças ne-cessárias à redução do efeito do peso próprio do calibrador.Em todos os calibradores deve ser previsto espaço adequa-do para a posição eventual de indicações complementares,tais como a do nome ou da marca do fabricante, marca doproprietário, etc.
7 Recebimento e rejeição de peças
7.1 Não foram normalizados os calibradores ditos de recebi-mento. As peças podem ser recebidas com calibradores,cujas dimensões correspondem às medidas limites estabe-lecidas para calibradores de fabricação (incluindo o desgas-te permissível). Podem ser utilizados para recebimento, comvantagem, calibradores de fabricação usados, nos quais adimensão do lado “passa” esteja próxima do limite permissí-vel de desgaste. Todas as peças, cujas medidas estãodentro dos limites estabelecidos por estes calibradores, de-vem ser aceitas quanto ao aspecto metrológico. Isso signi-fica:
a) para furos: todos os furos, nos quais o lado “passa”de um calibrador, cujo desgaste ainda estiver dentro
do permissível, pode ser introduzido no furo, e nosquais o lado “não passa” de um calibrador, cuja di-mensão corresponde à medida máxima permitidapela sua tolerância de fabricação, não pode ser intro-duzido no furo, devem ser aceitos.
b) para eixos: todos os eixos, sobre os quais passa olado “passa” de um calibrador tal, que por sua veznão passe sobre um contracalibrador de desgaste,tendo este a medida máxima permitida pela sua tole-rância de fabricação e sobre os quais não passar olado “não passa” de um calibrador tal, que por suavez passe sobre um contracalibrador “não passa”,tendo este a medida mínima permitida pela suatolerância de fabricação devem ser aceitos. Quandoa verificação das dimensões for feita por instrumen-tos de leitura, devem ser aceitos todos os eixos efuros que, se fossem empregados calibrados, seriamaceitos nas condições acima estabelecidas.
7.2 Relativamente à ovalização e conicidade de peças cilín-dricas, de seção transversal teoricamente circular, salvoprescrição especial, a peça deve ser aceita se cada seçãotransversal puder ser inscrita no espaço delimitado peloscírculos concêntricos de diâmetros d e D, que correspondemàs dimensões do calibrador respectivo. Relativamente àexcentricidade da peça, deverá ser feita, quando for o caso,convenção especial.
10 NBR 6406/1980
H Tolerância de fabricação dos calibradores para medida interna (exceto calibradores esféricos).
Hs Tolerância de fabricação para calibradores esféricos.
H1 Tolerância de fabricação dos calibradores para medida externa.
Hp Tolerância de fabricação dos contracalibradores.
T Tolerância da peça.
α Margem de segurança nos calibradores de furo.
α1 Margem de segurança nos calibradores de eixo.
y Desgaste permitido para calibradores de furo.
y1 Desgaste permitido para calibradores de eixo.
z Acréscimo permitido para calibradores novos de furo.
z1 Decréscimo permitido para calibradores novos de eixo.
Figura 1 - Representação gráfica da posição dos campos de tolerância