abla~ao por cateter com radiofrequencia em vias acess6rias ...€¦ · abla~ao por cateter com...

9
Reblampa 1997 10(4): 177·185 Artigo Original por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal Eduardo Back STERNICK('). Luiz Marcio GERKEN('). Mauricio Rezende BARBOSA'''). Antonio Luis A 0 SOBRINHOC'). Antonio Cesar de SOUZA''''. Bayard GONTIJO FILHO('''). Mario 0 VRANDECIC'''', Reblampa 78024,189 Siernick E B. Gerken L M. Barbosa M A. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gonlijo Fltho B. Vrandecic M O. por cateter com radlofreqOencia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica ve rsus Iransseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177-185. RESUMO : 0 objetivo deste estudo fol comparar a eficacia e a seguranca das hknicas retroa6rtica (n=25) e transseptai, utilizadas na ablacao por cateter com radiofreqOencia de vias acess6rias esquerdas em 55 pacientes. A abordagem transseptal incluiu 4 pacientes com torame oval patente e 31 submetidos a punry ao do septo interatrial pela tecnica de Brockenbrough. Na presenlla de torame oval permeavel a abordagem transseptal era a de Na sua ausAncia, os pacientes toram aleatoriamente submetidos a urna ou outra hknica. A exceryao foram os pacientes com menos de 16 anos (n=12), quando a preferencia recaiu sobre a transseptal, com 0 intuito de ablacionar a insen;:ao atrial da via an6mala (10/ 12 ). Em 28 pacientes adotou- se primariamenle a via transseptal, alem de oulros 7 casos onde esla via de acesso foi utilizada numa segunda sessao (6 pacienles com falha e 1 paciente com recorrencia, previamente submelidos a uma sessaa inicial com acesso relroa6rtico). A via retroa6rtica proporcionou 73% de sucesso (19/ 25 pacientes), enquanto que a via transseptal obteve 92% de sucesso (32135)(P=0,2). 0 indice de eficacia global foi de 93% (51 /55 pacientes). Para ambas as tecnicas, nao houve diferem ;a significativa (analise univariavel) entre 0 numero de aplicaryoes de radiofreqOencia, 0 tempo total do procedimento e 0 intervalo delta-V nos casas com Wolff- Parkinson-White (WPW). Observou-se menor relarya o AV nos sHios com abla<;:ao com sucesso na via de acesso retroa6rtica (O,3±O,2) em compara<;:ao com tecnica transseptal (O,8±O,5) (p=O ,03), provavelmenle porque 0 alvo da abla<;:ao na tecni ca transa6rtica foi a inse r<;:ao ventricular. Nao ocorreram complicary6es com ambas as tecnicas. 0 tempo total do procedimento nao diferiu entre as tecnicas retroa6rti ca (120±32min.) e transseptal (136±58min.) (P=O,8). Conclusao: 1- A utilizaryaoda tecnica transseptal se mostrou segura, alem de nao ter prolongado 0 tempo total do procedimento; 2- Observamos maior eficacia utilizando 0 acesso transseptal, a despeito da nao significAncia estatistica (P=O,2). DESCRITORES : ablac;ao por cateter, radiofreqOencia, tecnicas de ablaryao. punc;ao transseptal, abordagem retroa6rtica, abordagem transa6rtica (') Eletrofislologis ta s do Biocor Instituto. Nova Lima· MG . BRASIL (") Hemodinamiclstas do Biocor Instituto. Nova Lima - MG - BRASIL M Cirurgi6es Cardlovasculares do Btocor Instituto. Nova Lima - MG - BRASIL Enderec;o para correspondllncia: Rua Correias 281/301 • CEP: 30.315·340 - Belo Horizonte . MG - Brasil- Correia eletr6nico: edstern @gold.com.br TrabaltlO recebldo em 0811997 e publicado em 1211997. 177

Upload: others

Post on 30-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Reblampa 1997 10(4): 177·185

Artigo Original

Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica

Versus Transseptal

Eduardo Back STERNICK('). Luiz Marcio GERKEN('). Mauricio Rezende BARBOSA'''). Antonio Luis A 0 SOBRINHOC'). Antonio Cesar de SOUZA''' '. Bayard GONTIJO FILHO(''').

Mario 0 VRANDECIC'''',

Reblampa 78024,189

Siernick E B. Gerken L M. Barbosa M A. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gonlijo Fltho B. Vrandecic M O. Abla~ao por cateter com radlofreqOencia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus Iransseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

RESUMO: 0 objetivo deste estudo fol comparar a eficacia e a seguranca das hknicas retroa6rtica (n=25) e transseptai, utilizadas na ablacao por cateter com radiofreqOencia de vias acess6rias esquerdas em 55 pacientes. A abordagem transseptal incluiu 4 pacientes com torame oval patente e 31 submetidos a punryao do septo interatrial pela tecnica de Brockenbrough. Na presenlla de torame oval permeavel a abordagem transseptal era a de elei~ao. Na sua ausAncia, os pacientes toram aleatoriamente submetidos a urna ou outra hknica. A exceryao foram os pacientes com menos de 16 anos (n=12), quando a preferencia recaiu sobre a transseptal, com 0 intuito de ablacionar a insen;:ao atrial da via an6mala (10/12). Em 28 pacientes adotou­se primariamenle a via transseptal, alem de oulros 7 casos onde esla via de acesso foi utilizada numa segunda sessao (6 pacienles com falha e 1 paciente com recorrencia, previamente submelidos a uma sessaa inicial com acesso relroa6rtico) . A via retroa6rtica proporcionou 73% de sucesso (19/25 pacientes), enquanto que a via transseptal obteve 92% de sucesso (32135)(P=0,2). 0 indice de eficacia global foi de 93% (51 /55 pacientes). Para ambas as tecnicas, nao houve diferem;a significativa (analise univariavel) entre 0 numero de aplicaryoes de rad iofreqOencia, 0 tempo total do procedimento e 0 intervalo delta-V nos casas com Wolff­Parkinson-White (WPW). Observou-se menor relaryao AV nos sHios com abla<;:ao com sucesso na via de acesso retroa6rtica (O,3±O,2) em compara<;:ao com tecnica transseptal (O,8±O,5) (p=O,03), provavelmenle porque 0 alvo da abla<;:ao na tecnica transa6rtica foi a inser<;:ao ventricular. Nao ocorreram complicary6es com ambas as tecnicas. 0 tempo total do procedimento nao diferiu entre as tecnicas retroa6rtica (120±32min.) e transseptal (136±58min.) (P=O,8). Conclusao: 1- A utilizaryaoda tecnica transseptal se mostrou segura, alem de nao ter prolongado 0 tempo total do procedimento; 2- Observamos maior eficacia utilizando 0 acesso transseptal, a despeito da nao significAncia estatistica (P=O,2).

DESCRITORES: ablac;ao por cateter, radiofreqOencia, tecnicas de ablaryao. punc;ao transseptal, abordagem retroa6rtica, abordagem transa6rtica

(') Eletrofislologis tas do Biocor Instituto. Nova Lima· MG . BRASIL (") Hemodinamiclstas do Biocor Instituto. Nova Lima - MG - BRASIL M Cirurgi6es Cardlovasculares do Btocor Instituto. Nova Lima - MG - BRASIL

Enderec;o para correspondllncia: Rua Correias 281/301 • CEP: 30.315·340 - Belo Horizonte . MG - Brasil- Correia eletr6nico: edstern @gold.com.br TrabaltlO recebldo em 0811997 e publicado em 1211997.

177

Page 2: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

,

Stemick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandecic M O. Abla~ao par cateter com radiofrequimcia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus transseptal . Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

INTRODUQAO

As primeiras investidas dos eletrofisiologistas para a abla~ao de vias acess6rias especial mente as do anel tricuspide e vias postero-septais, utilizavam a aplica~ao direta de corrente no oslio do seio coronario ' . Alguns mais au dazes tentavam atingir vias poslerio­res ou laterais esquerdas, aventurando-se seio coronario adentro, nao raro causando catastrofes tais como tamponamento cardiaco e ate mesmo obitoS2. Com o desenvolvimento tecnol6gico de cateteres e 0 ad­vento da radiofrequencia, a estrategia para abordar as vias parietais esquerdas mudou. A via natural pas sou a ser a pun~ao arterial femoral ou a dissec~ao da arteria braquial e a cateteriza~ao transaortica relro­grada], para atingir 0 venlriculo esquerdo, abordando a inser~ao ventricular destas vias acessorias. Um questionamento pertinente sobre 0 potencial arritmogenico de cicatrizes pos-abla~ao em crianrras· motivou nova mudanrra de estrategia e 0 alvo da ablarrao pas sou a ser a inser~ao atrial da via ano­mala. Alguns abordavam 0 at rio por via retroaorticas. A via transseptal foi iniciaJmente uti liz ada fortuitamen­te, na presenva de urn forame oval patente. A tecnica de PUn98.0 transseptal descrita por Brockenbrough' em 1960 foi enriquecida pelo advento de melhores bainhas em 1983 (Mullins et al ! ). Entretanto, em se tralando de uma tecnica utilizada com intuito diagnos­tico, freqOentemente associ ada a complica~6es se­rias, como 0 tamponamento cardfaco e a pun~ao de aorta8

, era vista com reservas. Sua popularizarrao definitiva ocorreu mais recentemente com 0 advento da valvuloplastia mitral' . Entre 1992 e 1994 surgiram os primeiros trabalhos,o. '2 comparando resultados entre as duas vias de acesso. Desde entao, a despeito da grande expansao dos laboratorios de eletrolisiologia, a utiliza~ao da tecnica transseptal , permaneceu res­trita, a despeito de permitir urn acesso mais direto e lecnicamente menos laborioso. Neste estudo apre­sentaremos nossa experiimcia com esta teenica, comparando os resultados com aqueles obtidos com a abordagem transaortica.

POPULAQAO E METODOS

A popula98.0 estudada foi constituida por cinquenta e cinco paeientes portadores de vias acessorias esquerdas (11 postero-septais ou posteriores e 44 laterais) escolhidas de forma consecutiva dentre os encaminhados para ablac;ao por taquicardia paroxistica (96,4%), sendo que 3 tinham crises de fibrilayao atrial (5,4%), 1 (1,8%) era assintomatico e exercia prof is­sao de risco. Trinta e um pacientes l inharn sindrorne de Wolff-Parkinson-White e 24 eram portadores de urna via anomala oculla. Vinle e oilo eram do sexo masculino (50,9%) e 12 tin ham 16 anos ou menos (T abelas 1 e 3). Dois pacientes tinham 2 vias an6-rnalas sendo que uma via de ambos tinha l ocaliza~ao

178

parietal esquerda. A idade media do grupo pediatrico foi de 9±4 anos e ados outros pacientes foi de 38± 12 anos.

Escolha da via de acesso: em crianc;as peque­nas, seja por tenra idade « 5 anos) ou baixo peso utilizamos sempre via transseptal (forame oval ou pun-98.0- Tabela 3). Entre os 5 e os 16 anos, ablacionamos sempre a inser~ao atrial do feixe anornalo, seja utili­zando 0 acesso transseptal (n=10) ou retroaortico (n=4). A abordagem transaortica primaria foi utilizada em 4 das 12 crian9as. Destas, 2 foram submetidas a urn segundo procedimento por falha. Dessa forma, abor­dagem transseptal foi utilizada em dez crianyas, em 3 delas atraves de forame oval patente. Em adultos, os procedimentos eram realizados seguindo a agenda do servi~o, sendo que os casos marcados para as quartas ou sextas-feira eram submetidos ao procedimento transseptal. Nos pacientes acima de 16 anos a abor­dagem retroaortica foi utilizada em 22 casos e a via transseptal 0 foi em 25 pacientes (1 forame oval), sendo que em 5 deles 0 procedimento foi realizado apos falha com acesso transaortico.

DESCRIQAO DAS TECNICAS

1. Abordagem trans ou retroaortica: consistia na pun~ao percutanea da arteria femoral direita com introdurrao de uma bainha 8-F, para permitir a pas­sagem de urn cateter para abla98.0 8-F, com ponta move I, avanyado ate a crova da aorta. Neste local, curvava-se a ponta do cateter, avanrrando ate a passagern pela valvula aortiea, dessa forma evitando cateterizayao da arteria corona ria. Uma vez no ventricul0 esquerdo, a curva do cateter era desfeita, em proje-98.0 OAD e, apos a passagem pelo folheto valvar, nova mente fletia-se sua ponta por debaixo deste em direyao ao anulo mitral, onde seu posicionamento e estabilidade eram avaliados pelas caracteristicas do eletrograma. Nas crianrras, a ponta do cateter sofria nova curvatura na via de entrada do ventriculo es­querdo, assim permitindo sua introdu~ao no at rio esquerdo.

2. Transseptal: Nesta 0 pre-requisito era a au­seneia de anticoagulavao sistemica determinada pelo uso de anticoagulante oral ou heparina. Assim , em nenhum caso realizamos no mesmo procedimento a mudan9a da via de acesso retroaortico para transseptal. Preferimos evitar neutraliza9ao da heparina e 0 risco de hemopericardio. Apos pun~ao de veia femoral direita, introduzfamos urn fio-guia tongo ate a veia cava superior e por este uma bainha de Mullins 7 ou 8-P. Retira­vamos 0 fio-guia para em seguida introduzir a agulha de Brockenbrough6

, monitorizando a pressao intra­atrial. Nos primeiros 6 casos colocavamos urn cateter 'pigtail' no nivel da valvula aortica para servir como referenda. Nos cas os seguintes nao mais utilizamos. A seguir puncionavamos 0 septo e, apos verificar a

Page 3: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Stemick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandecic M O. Ablayao por cateter com radiofreqOencia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transaortica versus transseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177·185.

TABELA 1 . CARACTERfsTICAS CLiNICAS Caracteristlcas clinicas dos 55 pacientes portadores de vias acess6rias esquerdas submelidos a lralamenlo ablalivo por cateler

ulilizando radiolreqOlmcla.

Sessao I Sessao II

CISO Sexo Idade Dilllgnoslico Local·VA Acesso Sucesso Recorrencla Acesso Sucesso Recorrencla

2

3

• 10

11

" 13

14

15 I. 11

" " 20

" 22

23

24

2S

26

27

28

2. 30

31

32

33

" 35

36

31

38

39 4. " 42 ., " .. 4. 47

48

4. SO

" 52

53 .. "

M

M

F

F

F

F

F

F

F

F

F

M

F

M

M

M

F

M

M

M

F

F

F

F

M

F

M

F

M

M

M

M

M

F

F

F

M

F

F

M

M

M

M

M

M

M

F

F

M

F

M

M

M

F

F

45

36

3

54

5

7

4. 29

41 I. 53

47

35

2B , .. 38

2S

47

14

" 3' 33

32

" 7

6. 35

36

30

50

40

38

34

31

38

38

28

2B

" 77

" I. 36

35 , 37

" 3' 3' I. " " 20

VA Oculls

VA Oculls

VA Ocults

VA Oculla

VA OcullS

VA Oculla

VA Oculla

VA Oculla

VA Oculla

VA Oculls

VA Oculta

VA Oculls

VA Oculla

VA Oculta

VA Oculla

VA Ocults

VA Ocults

VA Oculta

VA Oculla

VA Oculla

VA Oculla

VA Oculta

VA Oculla

VA Oculla

WPW WPW WPW WPW

WPW WPW

WPW

WPW WPW

WPW WPW

WPW WPW

WPW WPW WPW

WPW

WPW WPW

WPW WPW

WPW WPW

WPW

WPW WPW WPW

WPW WPW WPW

WPW

LATERAL E

POST.SEPTAL E

POST.SEPTAl E

LATERAL E

LATERAL E

POST.SEPTAL E

POST. SEPTAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAl E

LATERAl E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAl E

POSTERIOR E

LATERAL E

POST. LAT. E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

POST.SEPTAL E

LATERAL E

LATERAL E

POST. SEPTAL E

POST. SEPTAL E

LATERAL E

POST.SEPTAl E

LATERAL E

LATERAl E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

POST.SEPTAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAL E

LATERAl E

LATERAL E

POSTERIOR E

POSTERIOR E

POSTERIOR E

POSTERIOR E

POSTERIOR E

LATERAL E

LATERAl E

Ralrosortico

Retroaortico

T-I.oval

Retroaortico

Relroaortico

T·I.ollal

T-I.Ollal

Relrosortico

Relroaortico

Relroaonico

T

Relroaorlico

T

T

T

T

Ratroaortico

Retroaonico

T

T

T

T

Retroaonico

T

Retroaortico

Relroaonico

Relroaortico

Ralroaorlico

Relroaorlico

Ralroaortico

Relroaonico

T·l.oval

T

T

T

T

T

T

T

T

T

Relroaortico

Relroaortico

T

Relroaonico

T

T

T

Relroaonico

RetroaorUco

Retroaortico

Ralrosortica

Retroaortico

Retroaortico

T

N.o

Sim

Sim

Sim

Sim

S1m

Sim

N'o N,o

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

N,o

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

81m

Sim

N.o

Sim

Sim

Sim

8im

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

81m

Sim

8im

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao

N.o

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

N.o

N.o

S'"

N,o

N,o

N.o N,o

N'o N,o

N,o

N'o N,o

N'o N,o

N'O

Sim

N,o

N,o

N'o N,o

N.o

N.o

N'O

N,o

N'o N,o

Sim

N,o

N.o

N'o N,o

N,o

N'o N.o N,o

N'o N.o

N.o

N.o

N,o

N'o N,o

N,o

N,o

N,o

N.o

Sim

N,o

N.o

Retroaortico Sim

T

T

Sim

Sim

Relroaonlco Sim

T

T

T

T

T

N'O

N,o

Sim

Sim

S,m

N.O

N.o

N'o

N.o

N'o

N.o

N.o

179

Page 4: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M A. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandecic M O. Abla~ao por cateter com radiofrequE!Ocia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus transseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

TABELA 2 - TECNICAS DE ACESSO

AesuJlado dos procedimentos ablativos conslde rando 0 numero de pacientes, as falhas e as recorr~nclas conforme as 2 tecnicas utilizadas. retroa6rtica ou transsepta1.

WPW

Acesso Casos Falhas Rec . Casos

TAANSAOATICA 16 5 2 10 TRANSSEPTAL 20 2 0 15

TOTAL DE SESSOES 36 25

TABELA 3 - ABLAC;:AO EM CAIANC;:AS

Tabela comparaliva entre populac;ao considerada pedi,Urlca « 16 anos) e a adulta. Foram 61 sessOes de ablaCao em 55 paclentes.

!!;16 anas >16 anas

CASaS 12 43 SEXO IMlF) 4/8 24/19

WPW 5 (41 %) 30 (70%) IDADE 9±4 38±12

FORAME OVAL 3 (25%) 1 (2%) TAANSSEPTAL (sucessos) 10/10 22125

AETROAORTICO (sucessas) 2/4 17/22 RECORRENCIAS{lotal) 0 3

SUCESSO GLOBAL 100% 90%

eleva9ao da pressao atrial e 0 retorno de sangue tipicamente arterial, introduzfamos urn fio-guia meta­lico. Apes retirada da agulha, atravessavamos a bainha de Mullins ate 0 atrio esquerdo. Finalmente, ap6s a retirada do fio metalico, introduziamos 0 cateter de abla,ao pela relerida bainha.

3. Aplica9ao de radiofrequencia: trinta e dois pacientes (58%) foram ablacionados com monitoriza9ao de temperatura. Utilizamos urn gerador de radiofrequencia com mon itorizayao de vol tagem, potencia, impedancia em todos os casos. As aplica-90es de radiofreqOencia eram interrompidas quando nao havia 0 desaparecimenlo da onda delta ou a cessa9ao da taquicardia ortodr6mica apes 10 segun­dos de aplica9ao. que em caso contra rio era conti ­nuada ate 60 segundos. Ocasionalmente aplicava­mos a radiofreqOenda por urn periodo de tempo maior, nos casos em que a temperatura demorava para atingir 500 C. Registravamos e comparavamos 0 tem­po total do procedimento, eficacia, incidencia de recorrencia, complicac;:oes, bern como caracterfsticas dos elelrogramas nos sflios de ablac;:ao com sucesso, tais como 0 intervalo delta-V, a rela,ao N V e 0 tempo para 0 desparecimento da onda delta ou 0 termino da taquicardia durante a aplical'ao de radiolrequencia. A aferic;:ao do sucesso consistia na observayao do paciente por 1 hora ap6s uma aplica,ao eficaz, para avalia,ao da conduc;:ao ventrfculo-alrial apes a infusao de isoproterenol. T odos os pacientes foram submetidos a ecocardiograma antes da alta hospitalar.

180

VA oculta Total

Falhas Rec. Sessoes Falhas Rec. Sucesso

2 1 26 7 3 73 % 0 35 3 0 92 %

61 P = 0.2

4. Os resultados foram relatados utilizando me­dias com desvio padrao e analise estatistica de va­riaveis isoladas foram aferidas pelo teste do qui­quadrado.

RESULTADOS

A pun,ao do septo interatrial foi obtida sem complica90es em todos os 31 pacientes em que 0

metodo foi aplicado. Em apenas uma paciente (caso 18, Tabela 1) ocorreu uma pun, ao inadvertida da parede posterior do atrio dire ito, puncionando-se 0

duto toracico, fato imediatamente diagnostic ado pela aspirayao de linfa. Retirada a agulha, at ingiu-se com sucesso 0 septo. Esta paciente nao apresentou qual­quer complicayao num acompanhamento de 8 me­ses. Mesmo nas 7 crian9as e adolescentes menores de 16 an os a punyao foi realizada sem complicayoes. Nao observamos diferenc;:as significativas entre 0 tempo total do procedimento nas duas tecnicas, que foi de 120±32 minutos nas sessoes com acesso retroaertico e 136±58 minutos no acesso transseptal, incluida a pun,ao do septo, (P=O,8).

A realiza9ao da abla,ao por cateter utilizando 0

acesso transseptal associou-se a urn maior indice de sucessos terapeuticos (92%), embora nao se tenha atingido re levancia estatitica (P=O,2) na compara,ao com os 73% de sucesso com a tecnica retroaertica (Tabela 2). No grupo pediatrico, obtivemos uma efi­cada de 100% utilizando 0 acesso transseptal. Das quatro crianyas submetidas a cateteriza9ao transaert ica, 3 fcram ablacionadas com sucesso. Uma delas apresentou recorrencia, tendo sido submetida a uma segunda sessao com acesso transseptal , da mesma forma que outra em que 0 procedimento inicial nao obteve ex ito. Nao foram registradas complicayoes maiores, tais como 6bito, insufici€!Ocias valvulares, emboli as arteriais, hemopericardio ou pseudoaneurisma na via de acesso. Uma paciente (caso 24) apresentou hematoma na regiao inguinal com dores e alguns picos lebris, sem sinais de tromboflebite ao doppler venoso, porem 0 quadro reverteu-se espontaneamen­te com tratamento conservador.

Apenas 3 pacientes apresentaram recorrencia nurn acompanhamento de 19±10 (6 a 47) meses. Em todos

Page 5: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Siernick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gonlijo Filho B. Vrandecic M O. Abla~ao par caleler com radiofrequenda em vias acess6rias esquerdas: abordagem Iransa6rtica versus Iransseplal. Reblampa 1997; 10(4): 177·185.

a via de acesso foi retroaortica (Tabeta 1). No caso de numero em que a paciente era portadora de uma via acessoria lateral esquerda oculta, a abla9ao foi realizada durante uma taquicardia ortodr6mica que cessou 5 segundos apes inicio de aplica9ao de radiofreqGencia, com condur;:ao ventriculo·atrial pela junr;:ao atrioventricular. Trinta e cinco dias ap6s a sessao de abla~ao, a paciente voltou a apresentar um episodio documenlado de taquicardia . 0 paciente de n"mero 29, que apresentava WPW postero-septat esquerdo, leve reeidiva da pre·exeita~ao 20 horas apes a ablar;:ao, sendo entao submetido a uma se· gunda sessao com acesso retroaertico em que se obteve sucesso. Outro paciente (caso 54) com WPW posterior esq uerdo recebeu a aplica~ao de radiofreqGencia e recidivou pouco tempo apes os cateteres terem sido retirados, ainda na sala de hemodinamica. Apos 30 dias, foi submetido a uma sessao com acesso transseptal, desta vez com su­cesso.

No que diz respeito a analise dos eletrogramas intracavitarios, 0 intervalo delta-V nos sitios de abla~ao com sucesso nos pacientes com WPW nao diferiu em funr;:ao das vias de aces so utilizadas, sendo de 29±7 ms nos transseptais e 27±6 ms nos retroaorticos (P=O,3). A reta<;iio AN foi menor nos pacientes sub­metidos Ii tecnica retroaortica (O,3±O,2 versus O,8±O,6) (P=O,03). Tambem niio observamos diferen<;as signi­ficativas entre 0 numera de aplicayoes de radiofreqGencia para a obten~ao de sucesso na abla~ao. Nos paci­entes em que foi utilizado a acesso transseptal 0

numero de aplicaeoes foi de 4±3, enquanto que nos outros pacientes foi de 5±3 (P=OA).

DISCUSSAO

A inexistencia de complicaeoes e a eficacia de 100% de pun<;iio do septo interatriat quando da utilizar;:ao da tecnica transeptal e funeao de uma observancia est rita da tecnica e da assessoria dos hemodinamiscistas do grupe, que ja estae habitu­ados com 0 metodo e que tem uma com experi­encia significativa adquirida nos procedimentos de vatvutoplastia mitral , que atualmente perfazem 40 casos. Apos uma curva de aprendizado de apro­ximadamente quarenta pun<;6es (entre abla<;6es e valvuloplaslias), passamos a nao mais utilizar a referencia do cateter pigtail sobre a valvula aortica, sem que se modificassem os resultados e contri­buindo para reduzir a morbidade do procedimento ao evitar a puneao da arteria femoral. Apesar disso, trata-se de urn metodo com um potenCial de com­plica<;6es , tais como as relatadas por Roelke et al. Em 1.279 procedimentos realizados, esses autores observaram 1,3% de complicaeoes graves, como tamponamento cardiaco (15 pacientes, 1,2%), embolia sistemica (1 paciente, 0,08%) e morte por perfura-

<;ao da aorta (1 caso). Em uma serie de 143 casos abordados via transseptal , Swartz ' O acusou 1 tamponamento (0,7%) , provavelmente causado pelo cateter de ablaeao e nao pela punr;:ao em si, e um hemopericardio assinlomatico descoberto no ecocardiograma pre-alta, tratado conservadoramente.

Merece anfase 0 fato de nao ter havido diferen­~as na duraeao dos procedimentos, mesmo incluindo o tempo gaslo exclusivamente com a tecnica de puneao do septo interatrial. 1510 e uma evidemcia direta de que o tempo gasto com a ablae8.o propriamente dita foi menor com 0 acesso transseptal, 0 que confirma nossa experi€mcia em laboratorio, onde observamos que a manipula~ao do caleter denlro do atrio esquer­do e mais agil e menos laboriosa do que dentro do ventriculo esquerdo. Esta nossa observae8.o corrobo­ra as achados de Packer et al. 13 que relataram urn menor tempo de fluoroscopia e menor tempo tolal de procedimento nas abla<;6es via transseptal.

Quanta a eficacia dos metodos, verificamos que o acesso transseptal est eve associ ado a um maior indice de eficacia, (92% versus 73%), com eficacia global de 93%. Na literatura esta observa<;iio niio e uniforme. Manolis A S. et al. " obtiveram 87% (47/54 casos) de eficacia na abordagem transaortica e 86% (24/28 pacientes) no acesso transseptal, com eficacia global de 96%. Natale et al. " obtiveram 88% (43/49 pacientes) de sucesso com acesso retroaortico e 100% (3 1/31 pacientes) com acesso transseptal. Lesh et al. " obtiveram sucesso em 85% (76/89) as aborda­gens retroaorticas e 84% (27/32) das transseptais, com eficacia global de 96%. Nessas duas series, ao utilizar a abordagem retroaortica os autores procura­ram atingir a insen;:ao ventricular da via acess6ria tal como fizemos com nossos pacientes acima de 16 anos. Uma das maiores series de tecnica transseptai e de Swartz et al. 'O que obtiveram sucesso em 97% (139/143) dos pacientes abordados por via transseptal em ate 2 sessoes.

A auseneia de recarremeias nos 35 casos em que utilizamos a via transseptal foi surpreendente, assim como 0 fato de terem ocorrido 3 recorrencias ap6s uma abordagem transaortica retrograda (11 %, 3/26 casas) . Na serie de Swartz et al. 10 ocorreram 12 recorrimcias (8%) nas 154 vias acessorias traladas com sucesso por via transseptal. Em outras series com acesso retroaortico a incidelOcia de recorrimcia foi menor. Jackman et al. 1S relata ram urn in dice de 5% (5/106 casos) e Calkins et al. ', 4% (6/161 casos). Segundo Langberg J J. et al. " a menor taxa de recorrencia associ ada com a tecnica retroaortica seria em decorrencia da estabilidade do cateter promovida pelo seu posicion amen to sob a valvula mitral, possi­bilitando maior transferimcia de calor para 0 teeido subjacente. Entretanto, em nossa experieneia , a

181

Page 6: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandecic M O. Abla~ao por cateter com radiofrequllncla em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus transseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177·185.

D2

-\)S·':,,:,.

Avr

Vol:

va

V6 :;.:.

":: .. .-::::.:.~-~.

- -

-,

1:

,--I

. :.:.:~...: ' .. . . ~

v

, . "'"l .• '-' •. j"

' .. : . ... :.:' :1:.:', ·······-r·<;-t --;'j

'-

~ ... '-----~ .

, ... , .:.:-; .;.- - .:-: '.!.

'1 .. ': .. j

., ,. ·r.- --:--:-r." i

-.-

Figura 1A: AblavAo de uma via acess6ria lateral esquerda manilesla por acesso lransseplal em menos de 1 segundo ap6s 0 inicio eta aplica~o de radiolreqOAncia .

182

Page 7: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandecic M O. Abla~ao por cateter com radiofrequencia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus transseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177·185.

Figura 1 B - AblacAo de uma via acess6ria p6slero-seplal esquerda oculla em menos de 1 segundo ap6s 0 inicio da aplicaCAo de radiofreqOimcia.

monitoratyao da temperatura durante a aplicatyao de radiofrequencia no atrio esquerdo mostrou que via de regra a transferencia de calor e eficaz. Tivemos varios casas com ablatyao de via acess6ria com menos de 1 segundo de ap1ical'ao (Figuras 1 A,B).

CONCLUSAO

Conclufmos que e posslvel abordar vias an6ma­las esquerdas pela tecnica transseptal com seguran­~a, alta eficacia, com manipulayao menos traumatica do cateter e baixa incidencia de recorrencia (zero em nossa serie). Estudos paste rio res serao necessarios para demonstrar S9 a ablayao da insenrao atrial das vias acess6rias teria como vantagem suplementar a fato de ser potencialmente menos arritmogenica.

183

Page 8: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. de Souza A C. Gontijo Filho B. Vrandedc M O. Abla4fao por cateter com radiofreqO€mcia em vias acess6rias esquerdas: abordagem transa6rtica versus transseptal . Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

Reblampa 78024-189

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M R. Sobrinho A LAO. Souza A C. de Gontijo Filho B. Vrandecic M O.Radiofrequency catheter ablation of left sided accessory pathways: comparison between transeptal and transaortic approach. Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

ABSTRACT: The aim of this study was to assess the efficacy and safety of radiofrequency catheter ablation of left sided accessory pathways as compared transseptal and transaortic approaches in 55 consecutive patients. The transseptal technique was accomplished by means of a patent foramen ovale (n=4) and puncture of the atrial septum with a Brockenbrough needle (n=31). Patients were randomly assigned for each technique. An exception was made for children under the age of 16 where ablation of the atrial insertion of the accessory pathway was always targeted, and that was usually done via transseptal approach (n=10/12). Transseptal access was used as the primary method in 28 patients and in 7 patients after transaortic ablation (failure in 6 patients plus one patient with recurrence ). Transaortic ablation was successful in 19/26 procedures (73%), transseptal in 32 of 35 procedures (92%). with total radiofrequency ablation success in 51 of 55 patients (93%). Univariate analysis of the number of radiofrequency applications. total time of the procedures, delta­V inlerval (WPW patients), time for disappearance of delta wave or tachycardia termination during radiofrequency current delivery (WPW and concealed pathways. respectively) showed no significant results when transaortic as compared to transseptal access. Successful ablation sites at atrial insertion of the accessory pathway showed an AN re lation of (0.8±0.5) which was significantly different from the one measured when ablating ventricular insertion (O.3±0.2, P=0.03). Neither short nor long-term complications whatsoever occurred using either technique. No matter which technique was used for ablation. total procedure time did not difer (120±32 minutes for transaortic x 136±58 minutes for transseptal) (P=0,8). We conclude that: 1- when performed by experienced operators, transseptal left heart catheterization is associated wilh low morbidity and does not prolong total ablation time; 2- transseptal access was associated with a higher percentage of successful procedures, albeit lack of statistical significance (P=0.2).

DESCRIPTORS: catheter ablation, rad lofrequency, ablation techniques, transseptal punction, retroaortic approach, transaortic approach, Iransseptal versus aortic access.

REFERENCIAS BIBLlOGRIiFICAS experience with a new technique in 520 pediatric and adult patients. Pediatr Cardiol 1983; 4: 239-46. Morady F. Scheinman M M. Transvenous catheter ablation

of a posteroseptal accessory pathway in a patient with the Wolff-Parkinson-White syndrome. N Engl J Med 1984; 310: 705-7.

2 Linker N J . Ward D E. Davies M J. Camm A J. Fatal coronary sinus rupture following an attempted catheter ablation of an accessory pathway. J Electrophysiol. 1989; 3: 2-4.

3 Calkins H. Souza J. EI-Atassi R. et al. Diagnosis and cure of the Wolff-Parkinson-White syndrome or paroxysmal supraventricular tachycardias during a single electrophysiologic study. N Engl J Med. 1991: 324: 1612-8.

4 Twidale N. Beckman KJ. Hazlitt H A. et al. Radiofrequency catheter ablation of accessory pathways: are the ventricula r lesions arrhythmogenic? [Abs tract] . Ci rculation 1991 ; 84 (sup pi 2): 11-710.

5 Deshpande S S. Bremner S. Sra J S. et al. Ablation of left free-wall accessory pathways using radiofrequency energy al the atrial insertion site: transseptal versus transaortic approach. J Cardiovasc Electrophysiol1994; 5: 219-3 1.

6 Brockenbrough E C. Braunwald E. A new technique for left ventricular angiocardiography and transseptal left heart catheterization. Am J Cardiol 1960; 6: 1062-4.

7 Mullins C E. Transseptal left heart catheterization;

184

8 Roelke M. Smith A J . Palacios I F. The tecnique and safety of transseplal lett heart catheterization: the Massachusetts General Hospital experience with 1279 procedures. Cathet Cardiovasc Diagn 1994; 32: 332-9.

9 Cequier A. Bonan R. Serra A. et al. Left-Io-right shunting after percu taneous mitral valvuloplasty. Incidence and long-term hemodynamic follow-up. Circulation 1990; 81: 1422-4.

10 Swartz J F. Fisher W G. Tracy C M. Ablation of left­sided atrioventricular accessory pathways via the transseptal atrial approach. In : Huang S K S. Raiofrequency catheter ablation of cardiac arrhythmias: basic concepts and clinical applications. Annonk: Futura Publ ishing , 1994: 251-75.

11 Lesh M D. Van Hare G F. Schein man M M. et al. Comparison of retrograde and transseptal methods for ablation of left free wall accessory pathways. J Am Coli Cardiol 1993; 22: 542-9.

12 Manolis A S. Wang P J . Estes N A. Radiofrequency ablation of left-sided accessory pathways: transaortic versus transseptal approach. Am Heart J 1994; 128: 896-902.

13 Packer D L. Hammill S C. Holmes D R. Comparison of transaortic and transseptal aproaches for the ablation

Page 9: Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias ...€¦ · Abla~ao por Cateter com Radiofrequencia em Vias Acess6rias Esquerdas: Abordagem Transa6rtica Versus Transseptal

Sternick E B. Gerken L M. Barbosa M A. Sabrinha A LAO. de Souza A C. Gantija Filha B. Vrandecic M O. Abla~aa par cateter com radiofrequemcia em vias acessorias esquerdas: abordagem transaortica versus transseptal. Reblampa 1997; 10(4): 177-185.

of left-sided accessory pathways. [Abstract]. Circulation 1992; 86(suppl 1): 1-783.

14 Natale A. Wathen M. Yee R. et al. Atrial and ventricular approaches for radiofrequency catheter ablation of left­sided accessory pathways. Am J Cardial 1992; 70: 114-6.

15 Jackman W M. Wang X. Friday K J. et al. Catheter

Pacing __ n"

And I

ablation of atrioventricular accessory pathways (Wolff­Parkinson-White syndrome) by radiofrequency current. N Engl J Med 1991; 324: 1605-11 .

16 Langberg J J. Calkins H. Kim Y N. et al. Recurrence of conduction in accessory atria-ventricular connections after initially successful radiofrequency catheter ablation. J Am Coli Cardiol 1992; 19: 1588- 92.

A -- I

Clinical ~ ", ~ Electrophysiology Seymour Furman, MD, Editor-in-Chief

A principal fonte em estimulafiio cardfaca e eletrofisiologia clfnica!

Jornal oficial da Sociedade Americana de Estimulayao Cardiaca e Eletrofis io logia: da Sociedade Internacional de Estimulayao Car· diaca e Eletrofisiologia: e do Grupo de Trabalho em Estimulayao Cardiaca e Eletrofisiologia do Padfico Asiatico.

IIl/orl1lafiio aillalizada e cliidadosal1lellle revisada em:

• eslimillafiio cardfaca artificial . etetrojisiologia • eleiroestimillafiio • bioestimlltafiio • dispositivos

il1lptallttiveis e mais .. .

• Mensalmente voce tera na PACE os resul· tados atualizados de importantes estudos clinicos escritos por auto res internacionais

• Artigos de revisao cuidadosamente elabo· rados, investigayoes originais, relatos de ca· 50S, informayao clinica e experimental far· tamente coberta de sucessos bem documen·

tados no manuseio das arritmias cardiacas

• Uma grande variedade de temas da atuali· dade sao apresentados em seyoes tais como iiplicayoes do Computador na Pratica Me· dica"e "Politicas Pilblicas e Relayoes Gover· namentais"

• Especialistas de destaque apresentando seus achados mais importantes

• Envie 0 seu pedido de assinatura hoje e fique por dentro dos illtimos desenvolvimentos neste campo dinamico

r -- -- -------------- - - --------------- -- ------~ , Please enter my subscription for PACE today!!

, , rlln'OG"''<acucac:..L~Of:'(II'~ ,_".,.._.11_.-__._ ' 01J __ ... e-....................... .. .,.. 'O __ ......,.!Jj" ·"'_~ ..... ,mtI

-..... - .. _'"' 0 ..... 0 ..... 11 "-,, ... 0 ......

::". ---=====~ .-.- .. - .. - .. --- .. -... -..... -- .. -.- .... ... -.~

185