abimo em revista - 5ª edição

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A ABIMO em Revista é uma publicação da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, direcionada a associados, fornecedores, órgãos governamentais e profissionais da área.

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Hospitalar

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Ping-Pong

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Jornalista Responsável: Deborah Rezende (MTB 46691)

Redação: Deborah Rezende, Luana Tucci, Cássio Ribeiro e Marcela Marques

Revisão: Cássio Ribeiro, Gislaine Cristina, Luiz Alves e Patrícia Amaral

Colaboração: Jéssica Gama, Protec

PRODUÇÃO E PUBLICIDADE:

[email protected]. 3966.2000

Edição e Arte: Lilian [email protected]

ABIMOAv. Paulista, 1.313 - 8º andarsala 806 - 01311-923São Paulo - SPTel.: 11.3285.0155www.ABIMO.org.br

SUMÁRIOEXPEDIENTE

Economia

BHD - Prêmio APEX BHD - Copa

Inovação - CIMES

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ABIMOGESTÃO 2011-2015

Franco Maria Giuseppe Pallamolla (Presidente – Lifemed)Luiz Calistro Balestrassi(Vice-Presidente – Neurotec)Paulo Akio Takaoka (Diretor Financeiro – Newmed)Paulo Henrique Fraccaro (Superintendente)

SINAEMO GESTÃO 2011-2015

Ruy Salvari Baumer (Presidente – Baumer)Paulo Henrique Fraccaro (Secretário) Milton Rubens Salles (Tesoureiro – Intermed)

Conselho Editorial:Knud Sorensen (Vice-Presidente do setor odontológico)Márcio Bósio (Diretor Institucional)Paula Portugal (Gerente de Marketing e Exportação)

Conteúdo/Edição de textos:

A ABIMO em Revista é uma publicação da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, direcionada a associados, fornecedores, órgãos governamentais e profissionais da área. A reprodução total ou parcial deste conteúdo é expressamente proibida sem prévia autorização.

Artigo Franco PallamollaArtigo Ruy Baumer

Dia a diaAcontece - Prêmio Inova

BHD - Medical World Americas 2014

BHD - Africa HealthArtigo Mauro Grinberg

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BHD - Rodada

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Não há dúvidas de que a importância de um sistema regulatório está intrinsecamente ligada ao tamanho e à importância do setor que ele regula. O setor da saúde representa atualmente 10% do PIB e, por isso, é inconcebível não considerar um sistema regulatório prático e eficiente, que não seja capaz de dar segurança para quem está trabalhando com os produtos, bem como para aqueles que farão uso dos mesmos.

O Brasil tem avançado muito no sistema regulatório de diversos setores e alguns apresentam regulação alinhada aos mais altos níveis internacionais, como é o caso do setor de saúde. No entanto, essa regulação de alto nível não significa um setor completamente nivelado, pois os fabricantes de equipamentos médicos, por exemplo, devem, a cada dia, melhorar seus processos, incorporar novas tecnologias, comprovar que o uso destas oferece benefícios aos usuários (profissionais da saúde e pacientes).

No entanto, esse rigor com que são tratados, fabricantes, tecnologias, processos produtivos e produtos finais não é equivalente quando se analisa a maneira com que o mesmo ente regulador trata os milhares de prestadores de serviço – por exemplo hospitais.

Por diversas razões o organismo de regulação acabar por permitir uma importante, mas arriscada estratégia de flexibilização no rigor da regulação sobre os inúmeros prestadores de serviço como por exemplo:a) fabricantes de equipamentos eletromédicos devem desenvolver seus produtos de acordo com normais internacionais que regulam questões de segurança elétrica. Contraditoriamente, estes mesmos equipamentos são instalados em inúmeros prestadores de serviço cujas instalações elétricas são completamente desatualizadas, sem um bom aterramento, sem geradores de emergências, entre outros tantos problemas nessa área; b) produtos descartáveis são desenvolvidos pelos seus fabricantes para uso único. Por causa do custo de alguns desses produtos, por exemplo cateteres, é permitido o re-uso dos mesmos. O prestador de serviço (hospital) fica responsável pelo re-processamento destes insumos. Mas não há nenhum tipo de garantia de que aquela matéria-prima resiste a inúmeros ciclos de esterilização ou, pior, quais são as consequências às propriedades físico-químicas destes produtos.

Há formas seguras de contornar o problema. Basta um constante e necessário aperfeiçoamento do sistema regulatório brasileiro, fazendo com que o mesmo tenha aderência em nossa realidade e em todos os níveis. Isto feito será completamente viável avançar em competitividade sem, no entanto, comprometer minimamente a qualidade final de nossos produtos.

Descompasso

FRANCO PALLAMOLLA é presidente da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos

Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios.

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De tantas incoerências existentes em relação ao nosso sistema regulatório, também posso destacar que ao se trabalhar diretamente com ele, é possível encontrar pensamentos que muitas vezes podem colocá-lo em risco. O mais comum desses pensamentos é o de imaginar que não adianta ter um sistema regulatório eficiente, pois sempre poderá haver uma intervenção humana que pode provocar uma fragilidade ao produto fabricado.

Dado o descabimento de tal raciocínio, a resposta é a constante busca das empresas em incrementar técnica e tecnologicamente suas linhas de produção para garantir que o produto final tenha excelência de qualidade, segurança e eficácia, mantendo assim a eficiência do sistema regulatório.

É perceptível no sistema regulatório um progresso cada vez mais constante, eficiente e cada vez mais veloz, para que se possa ter uma série de regras, determinações e testes que possam dar todo esse conforto necessário, não só ao usuário ou ao paciente.

Essa complexidade de demandas faz com que, num primeiro momento, as empresas passem por um período de adaptação e que muitas vezes acarretam em custos que deverão ser amortizados durante a vida útil do produto. No entanto, esses custos não podem ser uma barreira para que decisões tomadas diminuam a segurança do produto.

Embora haja o esforço hercúleo das empresas de se adequarem com o máximo de celeridade que lhes é possível, por diversas vezes o governo, ao implantar uma nova legislação, uma nova regulamentação, esquece que não só a empresa precisa desse tempo.

O órgão regulador frequentemente desconsidera que o próprio sistema regulatório, não só o federal, mas também o estadual e municipal, não tem esse preparo e essa quantidade de pessoas necessárias, bem como o conhecimento necessário, para absorver a nova demanda e essa deficiência do sistema regulatório acaba prejudicando em especial as empresas.

RUY BAUMER é presidente do SINAEMO - Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos,

Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo.

INcoeRÊNcIa

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DIA A DIA

ABRIL

SOLENIDADE COMEMORA OS 50 ANOS DO CFO

Um grande evento no dia 9 de abril no Clube Naval de Brasília, marcou os 50 anos de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Odontologia. Paulo Fraccaro, Knud Sorensen e Rodolfo Candia Alba representaram a ABIMO na solenidade, que contou com a presença, junto ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, senadores, o secretário de Estado da Casa Civil do DF, Swedenberger Barbosa representando o governador do Distrito Federal Agnelo Queiróz e o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.

O ministro Chioro parabenizou a todos e fez uma retrospectiva dos últimos 10 anos na saúde bucal do brasileiro com a implementação do programa Brasil Sorridente, e enfatizou a importância da participação do CFO, ao longo desse tempo, na construção e consolidação deste projeto, que se tornou o maior programa de saúde bucal do mundo.

ENCONTRO DE EMPRESáRIOS DA COALIzÃO PARA ACOMPETITIVIDADE DA INDúSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

No dia 23 de abril, o superintendente da ABIMO, Paulo Fraccaro, esteve presente na reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) junto a empresários da Coalizão para a Competitividade da Indústria de Transformação, em um café da manhã no Senado. O tema do encontro foi o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

Na ocasião, Fraccaro explicou que a ABIMO posicionou-se totalmente contra a abertura do mercado brasileiro da saúde para a comunidade europeia sem que haja um claro planejamento em prol da redução de custos no Brasil.

“Devido a nossa elevada tributação, nossas empresas não estão preparadas para firmar um acordo com a comunidade europeia, onde os produtos europeus poderão vir com a taxa de importação zero”, disse Fraccaro.

Ele deixou claro que o deficit da balança comercial já é significativo e que o governo deve lutar para reduzi-lo. “Os empresários brasileiros já têm que lutar contra a falta de isonomia tributária, não conseguiremos nos manter competitivos caso este acordo se consolide.”

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MAIO

CAFÉ DA MANHÃ REúNE PARLAMENTARES PARA FALAR DO CIS

A Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, presidida pelo deputado Newton Lima, promoveu no dia 7 de maio um café da manhã que debateu temas específicos do Complexo Industrial da Saúde (CIS).

O evento contou com a presença de representantes dos Ministérios da Saúde e da Ciência Tecnologia e Inovação, e teve o apoio da ABIMO, Abifina e Alanac.

SEMINáRIO PELA VALORIzAÇÃO DA ODONTOLOGIA DISCUTE OS INTERESSES DA CATEGORIA

O vice-presidente do setor odontológico da ABIMO, Knud Sorensen, esteve presente no Seminário pela Valorização da Odontologia, realização do CROSP, que reuniu a classe odontológica na sede da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) nos dias 24, 25 e 26 de abril. O evento promoveu palestras, debates e reuniões sobre temas de interesse da categoria.

Durante três dias de evento, foram discutidos assuntos relacionados à ética e conduta profissional, aspectos legais e os problemas que os profissionais da Odontologia enfrentam atualmente. Além de atividades voltadas a especialidades e temas específicos.

Dr. Cláudio Miyake, presidente do CROSP, em seu discurso no encerramento do Seminário, em 26 de abril, no auditório da APCD, citou a importância desse espaço de diálogo com os colegas. “Todas as reuniões e debates geraram

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MEMBRO DA ABIMO É ELEITO PARA COMITê DELIBERATIVO DA ABNT

Vicente Barbosa, superintendente do CB26, foi eleito pelos superintendes dos comitês brasileiros que compõem o comitê técnico da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para participar do Comitê Deliberativo da entidade para os próximos três anos. Caso os associados à ABIMO tenham alguma demanda com relação a ABNT, que seja de competência deste comitê, elas podem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected].

produtos que serão encaminhados às autoridades e servirão de ferramenta na luta da classe odontológica. Sem dúvida todos os presentes contribuíram muito pela valorização da Odontologia!”

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JUNHO

DIA A DIA

ABIMO PARTICIPA DE PROGRAMA DE FORMAÇÃO APLICADA DOS SERVIDORES DA ANVISA

No dia 15 de maio, o superintendente da ABIMO, Paulo Fraccaro, esteve em Brasília, para palestrar durante o Programa de Formação Aplicada dos Servidores da Anvisa.

O Programa teve como objetivo desenvolver competências associadas à capacidade de analisar os impactos das ações regulatórias da Agência nos setores regulados, especialmente no industrial, e fomentar a reflexão sobre os processos de trabalho desenvolvidos na agência, tendo sido estruturado em três módulos.

ELABORAÇÃO DA ROTA ESTRATÉGICA DO SETOR DE SAúDE EM SANTA CATARINA

Paulo Fraccaro esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina-FIESC/SC, nos dias 3 e 4 de junho, para uma reunião com a diretoria da entidade e para participar do processo de elaboração da rota estratégica para o setor de saúde do Estado. O objetivo do encontro foi fazer uma avaliação dos pontos fortes do setor, buscando meios de propiciar a vinda de fabricantes de equipamentos médico-hospitalares para o Estado.

ABIMO PARTICIPA DE LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DO COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAúDE

Representando a ABIMO, o presidente Franco Pallamolla; o superintendente, Paulo Fraccaro e o diretor institucional, Márcio Bósio, participaram no dia 11 de junho do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Complexo Industrial da Saúde (FPMCIS), uma instância permanente de atuação no Congresso Nacional com a meta de alavancar políticas públicas que atendam às demandas na área da saúde e estimular a produção nacional, não só de equipamentos médico-hospitalares, mas também de produtos farmacêuticos.

“Presidir a FPMCIS é, para mim, de extrema relevância e motivo de grande orgulho neste meu primeiro mandato como deputado federal”, disse o deputado Francisco Chagas. “Seremos corresponsáveis na tarefa de consolidar uma indústria competitiva na produção de equipamentos médicos, materiais, reagentes e dispositivos para diagnóstico, hemoderivados, imunobiológicos, intermediários químicos e extratos vegetais para fins terapêuticos, princípios ativos e medicamentos. Isso, além de adquirir o domínio sobre o conhecimento científico-tecnológico em áreas estratégicas, visando à redução da vulnerabilidade do Sistema Nacional de Saúde.”

A iniciativa surgiu de uma articulação entre a Anvisa e a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade (CGDC), da Presidência da República, e, posteriormente, como fruto de um acordo de cooperação entre a Agência e o Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Durante as atividades do Programa foram realizados 17 painéis, entre palestras, debates e dinâmicas. Essas apresentações contaram com a participação de 43 palestrantes, além de representantes de 30 instituições, dentre elas governo, academia, empresas e entidades empresariais. Fraccaro abordou o tema: “O mercado para o complexo industrial da saúdee o impacto da regulação.”

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ABIMO PREMIA FORMANDOS DA XII TURMA DO CURSO TÉCNICO EM EQUIPAMENTOS BIOMÉDICOS

No dia 11 de junho, representantes da ABIMO compuseram a mesa de cerimônia que premiou os três formandos mais destacados da XII Turma do Curso Técnico em Equipamentos Biomédicos da Escola SENAI Mariano Ferraz.

Com o objetivo de divulgar a iniciativa “Projeto Imagem Sanitária”, que visa mostrar ao mercado internacional que produtos regulados nacionais seguem rígidas normas de controle, representantes da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), da ABIMO e da Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos), estiveram na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 24 de junho, em Brasília, reunidos com representantes de agências reguladoras de Portugal, México, Peru e Cabo Verde.

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TRIBUTAÇÃO SOBRE PRODUTOS PARA SAúDE EM PAUTA EM BRASíLIA

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada para debater a redução de impostos sobre medicamentos, prevista na Proposta de Emenda Constitucional 491/2010, realizou sua primeira audiência pública no dia 13 de junho. A sessão foi marcada pelas reclamações dos representantes da indústria e dos laboratórios, principalmente sobre as altas taxas de impostos praticadas no Brasil e pela falta de isonomia tributária com o produto importado. No Brasil, a incidência de impostos sobre medicamentos é uma das maiores do mundo e chega a 33,9%.

O superintendente da ABIMO, Paulo Fraccaro, falou da necessidade de isonomia tributária entre o produto médico importado e o nacional. “Hoje, se uma entidade sem fins lucrativos, como o Hospital Albert Einstein, resolver comprar um tomógrafo importado, o produto está imune a qualquer imposto. Já se adquirir o mesmo equipamento do mesmo fabricante, mas produzido no Brasil, pagará IPI, PIS/Cofins e ICMS”, explicou. Para ele, é impossível ter uma política industrial com a falta de isonomia tributária. “Isso acaba impedindo o investimento em tecnologia e em inovação”, avaliou.

PROJETO IMAGEM SANITáRIA É APRESENTADO PARA ESTRANGEIROS

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DIA A DIA

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A IT Mídia entregou na noite do dia 26 de junho o Top Hospitalar, reconhecido como o principal prêmio para a indústria de produtos e serviços de saúde do Brasil. As empresas que se destacaram foram homenageadas em cerimônia na sede da IT Mídia, em São Paulo. O superintendente da ABIMO,

Paulo Fraccaro, participou da premiação, que é concedida com base na avaliação de hospitais, clínicas e laboratórios. O objetivo do Top Hospitalar é salientar os níveis dos produtos e dos serviços prestados, mostrando para o mercado quem são as referências e exemplos a serem seguidos, tornando a relação do setor mais transparente e justa.

ABIMO TRATA DE ISONOMIA COM A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

Paulo Fraccaro esteve no dia 27 de Junho representando o presidente Franco Pallamolla, na reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff, que confirmou a desoneração permanente da folha de pagamento para os 56 setores que já são beneficiados, entre eles o de equipamentos para a saúde, implementado pelo governo em 2011 e que perderia a validade no final deste ano.

Fraccaro forneceu à presidente e aos presentes os novos dados consolidados da ABIMO sobre o setor de equipamentos médicos e explicou que a desoneração foi benéfica para o setor, porém ressaltou que há ainda a necessidade de outra importante

medida de incentivo e fomento à produção no País: o reconhecimento da isonomia tributária nas compras realizadas pelas Entidades Filantrópicas no mercado interno, uma vez que o Governo reconhece apenas a importação.

“Quando expliquei o caso à presidente, ela imediatamente perguntou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o que estava acontecendo”, conta Fraccaro. “Pedimos o empenho dela nesta importante questão.” A presidente Dilma dirigiu-se então ao ministro Mantega, ao ministro interino do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges e ao secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Roland, pedindo atenção ao assunto.

ABIMO NO PRêMIO TOP HOSPITALAR

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Incubadora híbrida recebe o

ACONTECE

título de inovação 2014

e incentivar todas as companhias a investirem em novas tecnologias, produtos e serviços”, disse Franco Pallamolla, presidente da ABIMO, durante o evento.

Os cases inscritos eram de diversos segmentos. Em comum: a criatividade e a busca pela competitividade e pelo acesso às novas tecnologias.

Este ano a ABIMO promoveu um reconhecimento especial

aos cinco finalistas do Prêmio Inova Saúde. Representantes das empresas anunciadas subiram ao palco e receberam uma placa de reconhecimento, entregue pelo presidente do SINAEMO, Ruy Baumer e pelo idealizador do projeto Luiz Calistro Balestrassi.

“Como ocorreu nas edições anteriores, tivemos um conjunto excelente de produtos”, comenta Balestrassi. “Avaliar cada projeto e definir seu

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Os premiados Djalma Rodrigues e dra. Karin Schimidt entre os representantes da ABIMO e SINAEMO: Paulo Henrique Fraccaro, Dr. Luiz Calistro Balestrassi, Ruy Baumer e Franco Pallamolla.

“PRêMIO INOVA SAúDE 2014” FOI DADO A FANEM, EMPRESA COM 90 ANOS DE MERCADO

A noite do dia 16 de abril foi de festa para a indústria nacional de equipamentos médicos e para a inovação. Durante o III Encontro Anual de Associados da ABIMO, ocorreu a quinta edição do Prêmio Inova Saúde, promovido pela ABIMO.

“O Inova Saúde tem como propósito compartilhar com todo o setor da saúde as conquistas e os progressos da nossa indústria. Além disso, pretendemos inspirar

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posicionamento dentre os outros não é uma tarefa fácil, pois, a qualidade, diversidade das soluções e as inovações geradas são de altíssima qualidade.”

O idealizador do prêmio conta que a comissão julgadora enfrenta um desafio cada vez maior e mais motivador a cada novo ciclo e o resultado final é percebido pelo setor como um todo: “Quero salientar que todas as empresas participantes que tiveram seus produtos classificados, também são inovadoras, criativas, de alta qualidade e de extrema importância para o nosso setor”, diz.

“Ficamos muito felizes e instigados a participar do concurso, principalmente pelo seu caráter incentivador que visa estimular as indústrias nacionais à inovação, uma

característica presente no DNA da Aditek”, conta Alexandre Gallo Lopes, diretor-industrial.

Os cases finalistas foram: o Vitreófago com Phaco, da Apramed; a Endoprótese Autoexpansível, da Braile; o Cardioversor composto por Desfibrilador Bifásico e Monitor Multiparamétrico, da Lifemed; o Stent Farmacológico, da Scitech; e a Incubadora de Cuidados Intensivos, da Fanem, que foi a grande vencedora da noite.

“A Fanem está muito orgulhosa e feliz com esta importante conquista no ano em que comemoramos nosso jubileu de 90 anos. Sempre desenvolvemos tecnologias pautadas pelas mais atuais normas internacionais, tendo sempre em primeiro lugar a responsabilidade do compromisso com a vida. Portanto, esse título de excelência em inovação reafirma nosso eterno comprometimento em melhorar a qualidade de vida de pacientes tão frágeis, como os prematuros e recém-nascidos em todo o mundo. E, claro, é um incentivo para que continuemos caminhando sempre em busca da inovação”, disse emocionado o presidente da Fanem, Djalma Rodrigues.

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Djama Rodrigues, Waleska Santos e Dirceu Barbano

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Empresas recebem placa de finalistas do prêmio: Apramed, Lifemed, Braile e Scitech (de cima para baixo)

A concepção da Incubadora/Unidade de Terapia Intensiva Híbrida Duetto é o maior avanço tecnológico dos últimos tempos na área neonatal. Tanto é fato que somente os Estados Unidos, Japão e agora o Brasil dispõem de um produto desta categoria. Nenhum outro equipamento é tão completo e com tantos diferenciais quando se trata de tecnologia neonatal. Rodrigues faz questão de ressaltar que este produto, que levou quatro anos para ser totalmente desenvolvido, foi o último projeto realizado juntamente com a sua esposa Marlene Schmidt, diretora- executiva da Fanem que faleceu em abril de 2012. Inclusive, o nome Duetto remete a essa parceria e também a dupla funcionalidade do equipamento. “Para mim é um motivo de muita satisfação receber este prêmio, porque carrego por meio da família Schmidt, o DNA da inovação”, finalizou.

A cerimônia de premiação e o jantar foram acompanhados por convidados ilustres, como o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano; o deputado federal, Newton Lima; Francisco Balestrin da Associação Nacional Hospitais Privados (ANAHP) e os parceiros da HOSPITALAR da ABIMO, Francisco e Waleska Santos. “Este encontro, realizado anualmente, propicia aos nossos associados uma gostosa oportunidade de relacionamento, para trocar ideias e também conhecer os números que movimentaram o setor”, explica Fraccaro.

Para Antonio Cesar Godoy da Silva, diretor-geral da Scitech, ser finalista também já foi motivo de orgulho: “A homenagem nos deu uma enorme satisfação e representou a renovação do reconhecimento de nosso compromisso em inovar continuamente”, disse. “A cerimônia de premiação foi muito bem organizada e representou uma excelente oportunidade de encontrar as pessoas mais influentes da indústria.”

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JULGAMENTO

Os projetos recebidos são analisados e pontuados tendo como base os seguintes critérios do regulamento, criado pela Comissão Organizadora: Relevância, potenciais vantagens e originalidade da inovação; Comprovação do aumento da competitividade da empresa em decorrência da inovação; Potencial para inserção do produto ou serviço no mercado internacional; Convergência com as estratégias que orientam os programas do complexo industrial da saúde; Iniciativa de proteção do direito intelectual sobre a tecnologia inovadora; Gestão da inovação em questão nos sistemas de produção; Parcerias com entidades no desenvolvimento da inovação (universidades, centros de pesquisa, etc.); Contribuições importantes para a saúde humana que essas inovações geraram; Mecanismos de sistematização da ação inovadora (banco de ideias, carteira de projetos, planejamento da inovação, gerenciamento de projetos, desenvolvimento de produtos, mecanismos de aprendizado); Ganhos ambientais; Geração de empregos diretos e/ou indiretos; Certificações/Acreditações, patentes, títulos e prêmios recebidos.

Após a análise, a pontuação gerada é utilizada para criar o índice de inovação e as notas de cada empresa. Esses valores servem como orientação para a votação da Comissão Julgadora, que analisa caso a caso, até chegar ao produto vencedor.

“A ABIMO alcançou seu objetivo ao criar o Prêmio Inova Saúde: Título ABIMO de Excelência em Inovação, pois, além de reconhecer o esforço e as conquistas de nossas empresas, as incentiva a melhorar e inovar constantemente”, finaliza Calistro.

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APESAR DA CONCORRêNCIA COM OS IMPORTADOS, SEGMENTO DE EMHO TEM MELHOR DESEMPENHO QUE A MÉDIA DA INDúSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

PRiMeiRo SeMeStRe de 2014

ECONOMIA

Todos os anos, a ABIMO, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV, apresenta a análise dos indicadores econômicos da indústria brasileira de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos (EMHO). Pelos dados levantados em 2013 e no primeiro semestre de 2014, o setor vem saindo-se bem, apesar de algumas dificuldades competitivas, principalmente frente aos equipamentos importados.

A indústria de transformação - que é o segmento econômico no qual estão inseridas as empresas associadas à ABIMO - passou por maus momentos até 2011, quando entrou em um processo de recuperação que se extendeu até 2013. Em 2014, a indústria de transformação volta a passar por maus momentos, segundo Robson Gonçalves, economista e consultor da Fundação Getúlio Vargas.

Na contra mão desse panorama, está o setor de equipamentos médicos e odontológicos. O setor da ABIMO saiu-se melhor na crise da indústria, melhorou no ano passado e ainda segue bem este ano. “Essa é a primeira grande característica das indústrias associadas à ABIMO, que que apresentam-se melhores que a média do que a média da indústria”, diz Gonçalves.

Esse cenário deve-se ao modelo econômico do País, desde meados do governo Lula, que prega a inserção no mercado de consumo das faixas de renda mais baixas, e que atingiu, inclusive, o mercado da saúde. “Podemos citar como exemplo as famílias de baixa renda que tiveram algum ganho extra, ou registro em carteira e, por exemplo, pela primeira vez, fizeram um plano de saúde e estão fazendo exames que nunca fizeram, com certa periodicidade”, justifica o consultor da FGV.

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A característica perene do mercado consumidor de saúde – diferentemente do mercado de eletroeletrônicos, por exemplo, onde se compra uma TV cara em parcelas, e não se gasta mais, faz com que o setor mantenha-se em expansão. Daí a crescente necessidade de máquinas, equipamentos, instrumentos e insumos.

O SETOR EM NúMEROS

O bom desempenho dos números do setor esteve ancorado, desde o ano passado, no aumento da produtividade, elemento essencial para garantir a continuidade da expansão.

Em 2013, os segmentos industriais representados pela ABIMO contribuíram para o PIB total do País com cerca de R$ 76,5 mil para cada trabalhador empregado. Esse indicador é relativamente mais baixo que a média da indústria de transformação, cujo nível de produtividade estimado para 2013 foi de R$ 84,2 mil por trabalhador. No entanto, tomando-se o período 2009-2013, as taxas de crescimento da produtividade nos segmentos da ABIMO, já descontada a inflação setorial, superam o desempenho da indústria de transformação como um todo. Em média, a produtividade setorial teve crescimento de 3% ao ano no período, enquanto que, na média da indústria, esse indicador foi de 1,4% na mesma base de comparação.

O acompanhamento do dia a dia se dá, essencialmente, a partir de dois indicadores diretos do setor: produção física e emprego. Os dados de produção física da indústria de transformação de 2013 apontaram um crescimento de 2,7% como forma de recuperação. Os setores da ABIMO, na mesma base de comparação, alcançaram 5,2%, quase o dobro.

A tendência se mantém se compararmos o período de janeiro a maio de 2013 e de 2014: enquanto a produção física nas

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ECONOMIA

indústrias da transformação caiu 2,4% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a produção física nos setores da ABIMO acelerou para 5,8%.

O faturamento dos segmentos representados pela ABIMO atingiu a marca de R$ 6,1 bilhões em 2013, apresentando crescimento nominal de 5,1% em relação a 2012. Para 2014, essa tendência deve se manter. “Com a produção física mantendo-se em elevação como está, o faturamento deve crescer pelo menos uns 7%”, estima o consultor da FGV.

O nível de emprego formal no setor de equipamentos e artigos médicos e odontológicos atingiu a marca de 58,2 mil postos de trabalho em 2013. Entre 2012 e 2013 foram criados quase 1,5 mil novos empregos, nível recorde, o que representou um crescimento médio de 2,6%. Na indústria de transformação como um todo, o nível de emprego caiu 1,2% na mesma base de comparação.

Somente até junho deste ano, o número de empregos aumentou para 59,7 mil, o que significa mais de 1,5 mil postos de trabalhos criados em seis meses: “Se, como regra, a indústria de transformação está demitindo, estamos na contramão, com um aumento de 2,6%”, comenta Gonçalves. “O setor está indo tão bem porque tem conseguido transformar ganhos de emprego e de produção em maior eficiência. Ganho de produtividade.”

Com todos esses dados confortantes, o que os

empresários podem esperar para os próximos meses? O consultor da FGV é otimista: “Podemos esperar crescimento da produção do setor da ABIMO entre 5,5% e 6% para o próximo semestre.”

O ETERNO PROBLEMA DA BALANÇA

Apesar desse bom desempenho de indicadores, segundo o levantamento da ABIMO, a balança comercial da indústria EMHO fechou o primeiro semestre com deficit de mais de US$ 2 bilhões.

Porém, há uma boa notícia: Ao comparamos os resultado do primeiro semestre de 2014 ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 1,2% no número de importações, ao mesmo tempo em que as exportações aumentaram 4,9%.

Separando os dados pelos setores representados pela ABIMO, a pior situação encontra-se na área de equipamentos médicos, que amarga um saldo comercial negativo de US$ 490 milhões e quase 7% de aumento nos índices de importação, em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O menor deficit ainda está na área de odontologia, que era superavitária até 2013: O

número hoje beira os US$ 5 milhões e em termos percentuais apresentou uma queda em suas importações de mais de 10%.

Os Estados Unidos ainda são os campeões em negócios com o Brasil, tanto em importação, quanto em exportação. Entre janeiro e junho de 2014, mais de 32% dos produtos importados pelo Brasil vieram da terra do Tio Sam. Em contrapartida, enviamos para o País mais de 24% de toda a nossa exportação. A Argentina é o segundo País que mais importa equipamentos do Brasil.

Falando em produtos, mesmo caindo 7% na comparação, os campeões do primeiro semestre de importação pelo Brasil foram os itens de laboratório, como reagentes para diagnóstico. Apesar disso, esse subgrupo comemora o aumento de 88% em suas exportações.

Os campeões na exportação foram os itens de consumo, como adesivos para curativos, suturas e cateteres.

Para a coordenadora de inteligência comercial da ABIMO, Katherine Guimarães, a compilação dos dados significa um aumento e fortalecimento do mercado interno brasileiro: “Apesar dos dados da balança, a produção vem aumentando, o que demostra claramente que a maior produção está sendo consumida dentro do País”, diz.

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ABIMO em Revista: Secretário, o que é o Complexo Industrial da Saúde?Carlos Gadelha: O Complexo Econômico Industrial da Saúde se refere a todo o sistema produtivo relacionado à saúde. Ele possui três grandes subsistemas: de base química e biotecnológica, onde está toda a indústria farmacêutica; o sistema de equipamentos e materiais de produtos de saúde, onde está a área de serviços de atuação da ABIMO, e todo sistema de serviços em saúde, que envolve serviços de promoção, prevenção e atenção à saúde.

ABIMO em Revista: Pode nos dar exemplos de como o CEIS funciona, na prática?Carlos Gadelha: O CEIS ilustra a complexidade das relações envolvidas na saúde, dado que é a base produtiva da geração de conhecimento em saúde. Ele busca uma visão integrada da saúde, uma visão moderna na qual saímos do enfoque setorial e entramos no enfoque de tratar do sistema produtivo que é interdependente. Por exemplo, se eu tenho uma política para o tratamento de câncer, temos que, ao mesmo tempo, mobilizar produtos biotecnológicos da indústria farmacêutica, temos que ter equipamentos para diagnóstico por imagem e de radioterapia, da indústria de produtos e saúde e também que organizar meu sistema de atenção oncológica para que ele possa desenvolver tecnologias e incorporar produtos na área de equipamentos da área farmacêutica.

Doutor em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade

Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e mestre em Ciência Econômica pela

Unicamp, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,

Carlos Gadelha, é um exemplo de engajamento em prol de políticas econômicas e sociais unidas para o fortalecimento e soberania do

País. Nesta entrevista exclusiva à ABIMO em Revista, o secretário

fala um pouco das mudanças que o Complexo Econômico Industrial da

Saúde - CEIS implementou na política social e econômica do País e fala das

perspectivas para o setor.

ABIMO em Revista: Ou seja, esse sistema produtivo, de certa forma, tem um vínculo com a política social, com as necessidades sociais, e ainda é um sistema que carrega uma perspectiva de futuro para a sociedade do conhecimento...Carlos Gadelha: Exato. Essa é a grande abordagem, e se torna uma prioridade na política nacional e política de saúde, pois se não tiver uma base produtiva, um sistema produtivo de inovação adequado, o Brasil não vai conseguir cumprir seus princípios constitucionais de universalizar o acesso, de ter um acesso equânime. Não aceitamos uma saúde para pobre e uma para rico.

ABIMO em Revista: Quando os órgãos de governo deram conta de que esta política tinha que ser desta forma?Carlos Gadelha: Esta concepção e essa visão estratégica coincidem com a retomada do papel do estado no desenvolvimento brasileiro, a partir de 2004, quando foi lançada a Política Industrial de Comércio Exterior, elegendo a área farmacêutica como prioridade. Em 2008, o presidente Lula lançou a Política de Desenvolvimento Produtivo, colocando pela primeira vez a ideia de Complexo Industrial da Saúde como uma das cinco prioridades nacionais e todo o complexo citado, não apenas a área farmacêutica. A partir de 2008, a

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área de equipamentos de produtos de saúde ganha o mesmo status e a mesma prioridade que a área farmacêutica. Mais recentemente, no Plano Brasil Maior, isso vem sendo reforçado. São três momentos importantes (2004, 2008 e 2011) e, ao mesmo tempo, foi algo no qual se aproveitou uma nova concepção de ver a saúde para a política pública.

ABIMO em Revista: Quais são os ganhos efetivos que o País consegue mensurar com essa nova visão, com a integração de todos estes pontos?Carlos Gadelha: O que a gente assiste a partir de uma forte política de inclusão social no Brasil? No País, no período recente, cerca de 40 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e entraram como cidadão comum no mercado brasileiro. É quase uma França e uma Alemanha, e mais que um Canadá, em 10 anos, entrando no mercado do Brasil. Explodiu a demanda social. As taxas de crescimento da indústria de equipamentos do Complexo Industrial da Saúde beiram 10% ao ano. É algo que chegou para ficar, porque a população brasileira, felizmente, junto com a política social, vai ampliando a expectativa de vida e reduzindo a mortalidade infantil, e quanto mais idosa torna-se uma pessoa, é mais demanda para o serviço de saúde exigido.

ABIMO em Revista: Qual o tamanho do setor da saúde no País?Carlos Gadelha: A saúde é um dos sistemas produtivos mais importantes do País e representa 10% do PIB brasileiro. Por volta de 35% de tudo que é fabricado na ciência brasileira está relacionado à área da saúde.

ABIMO em Revista: Como são elencadas as prioridades deste setor tão grande?Carlos Gadelha: Para se analisar as prioridades políticas do setor, apresentam-se importantes desafios que demandam uma visão sistêmica da saúde. Deve-se, por exemplo, considerar o modelo institucional do SUS, universal por princípio constitucional, que pauta, no tocante ao investimento, a composição ideal entre os recursos públicos e o privado, cuja inadequação configura-se como importante barreira à consolidação de um efetivo sistema de proteção social no Brasil. Além do modelo político institucional a ser considerado no planejamento de políticas para o desenvolvimento do CEIS, mudanças no perfil demográfico e epidemiológico, e novas demandas tecnológicas para a atenção à saúde, devem ser consideradas.

ABIMO em Revista: Que estratégia o Ministério da Saúde pretende implantar para que um maior número de empresas do setor representado pela ABIMO possa trazer economias e inovações ao País?Carlos Gadelha: A última reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (GECIS) foi a reunião que focou justamente na área de equipamentos e materiais. Isso é um marco histórico, que ocorreu em dezembro de 2013, onde a grande estrela foi a área de equipamentos e materiais. Nessa reunião foram apresentadas mais de 20 propostas de produtos, 15 foram aprovadas e 11 parcerias foram viabilizadas. As empresas querem produzir no Brasil, querem desenvolver tecnologia e se articularem a instituições públicas que têm tecnologia e inovação. Costumo dizer: quem não quiser produzir ou inovar no Brasil, é processo clássico de compra, de leilão. Agora, para fazer parte da política de desenvolvimento, são dois requisitos: atender à demanda do SUS e também produzir e inovar no Brasil.

ABIMO em Revista: Como estão caminhando os projetos criados pelo GECIS?Carlos Gadelha: Para te dar um exemplo, os dados mais recentes que eu tenho é que a FINEP e BNDES já estão investindo no complexo industrial da saúde 8,2 bilhões de reais, além do investimento do próprio Ministério na rede pública... Hoje esse programa mobiliza um investimento no País de 13 bilhões de reais, cerca de 6 bilhões de dólares. É um dos maiores programas de investimento privado da inovação, e público também. A gente teve um crescimento grande e agora queremos ver esses projetos acontecerem. Desses projetos, já temos quase 30 produtos com registro na Anvisa. Não são apenas produtos de projetos de pesquisa. Temos cerca de 15 produtos sendo consumidos diretamente pela população brasileira. Já temos registro de aparelho auditivo e o DIU, na Anvisa.

ABIMO em Revista: Qual é o panorama atual das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP’s)?Carlos Gadelha: Nós temos 104 parceiros de

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Por volta de 35% de tudo que é fabricado

na ciência brasileira está relacionado à

área da saúde.

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desenvolvimento produtivo, em processo permanente de avaliação, envolvendo 97 produtos. Você sabe que no mundo, a taxa de sucesso de inovação normalmente é de 30, 35%. No Brasil, como sabemos onde a fronteira tecnológica está, nós estamos com uma taxa de sucesso bastante elevada, uma expectativa superior a 80%. As parcerias na área de equipamentos começam a caminhar com um impulso muito grande, e a perspectiva é de garantirmos sua implementação e, ao mesmo tempo, prepararmos o terreno para um avanço da mesma envergadura do qual fizemos nos últimos 10 anos.

ABIMO em Revista: Qual a perspectiva para o segundo semestre? Carlos Gadelha: Esse é o ano que vamos fazer um esforço muito grande para a implementação dessas parcerias que precisam avançar, além das que já estão em pleno uso pelo cidadão brasileiro, como citei.

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ABIMO em Revista: Foi lançada em junho a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Complexo Industrial da Saúde. O grupo é coordenado pelo deputado Francisco Chagas. Como o senhor vê a necessidade e a atuação dessa Frente? Como ela poderá auxiliar na consolidação do CEIS? Carlos Gadelha: Acho maravilhoso. Essa não é, absolutamente, uma articulação paralela. Isso mostra que a sociedade brasileira está se mobilizando. É essa a articulação do poder executivo com o legislativo que vai fazer a diferença. A Frente Parlamentar é a responsável por discutir o orçamento público, o orçamento da saúde, etc. É mais um movimento da sociedade brasileira que está vendo a saúde como uma das grandes apostas de desenvolvimento do País.

ABIMO em Revista: Para finalizar, secretário, ainda há muito que fazer, não? Carlos Gadelha: Existem diversas questões que precisam evoluir, mas a gente tem várias áreas de excelência no serviço de saúde. E nós temos a base produtiva. O Brasil não está no deserto. Temos uma boa indústria formuladora de medicamento. A gente tem uma boa indústria de equipamentos e matérias instalados e temos uma rede de serviço e saúde que é uma das mais amplas e resistentes do mundo. Ou seja, é como se a gente tivesse todas as peças do quebra-cabeça e, se a gente montar esse quebra-cabeça, a saúde pode tornar-se um dos grandes vetores, uma das grandes áreas que vão liderar a política de desenvolvimento do País. Então, é hora de aproveitar essa oportunidade. É entrarmos em um processo, não de substituição de importação clássica como tinha nos anos 50, que fechou o mercado, mas de crescente participação no mercado global, tendo capacidade competitiva para fornecer produtos com suas demandas e para reduzir o deficit comercial.

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As empresas querem produzir no Brasil,

querem desenvolver tecnologia e se

articularem a instituições públicas que têm

tecnologia e inovação.

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SUCESSOAÇõES DA ABIMO DURANTE A MAIOR FEIRA DO SETOR DE SAúDE DA AMÉRICA LATINA PROMOVEM DISCUSSõES POLíTICAS, CAPACITAÇÃO E BONS NEGóCIOS

Reconhecida como a mais eficiente plataforma para negócios no mercado de saúde da América Latina, a Hospitalar 2014 - Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, encerrou no dia 23 de maio, em São Paulo, registrando um total de 91 mil visitas profissionais em seus quatro dias de realização.

Visitantes de 63 países conheceram as tendências em produtos, equipamentos e serviços de saúde apresentadas pela indústria mundial, representadas na feira por 1.250 empresas, gerando negócios que deverão impactar o mercado da saúde durante os próximos meses.

Além de seu tradicional stand institucional, no Pavilhão Branco, que recebeu associados, autoridades e visitantes, a ABIMO promoveu um pavilhão especial para seus associados, com a participação de empresas em espaços de 9m², 12m² e 14m². Estiveram presentes dez empresas: Airzap, Atrasorb, Biosensor, BMR Medical, Cremer, GMI Medical, IBF, Impol, Medicone e Ventura.

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A iniciativa do Pavilhão ABIMO surgiu em 2013, para ser mais uma vitrine de promoção comercial aos associados. A parceria feita com a organização da Hospitalar visa possibilitar empresas que não participam todos os anos da feira a terem um espaço com custos divididos entre todos os participantes.

Diferente das edições anteriores, a Biosensor optou por participar este ano da Feira Hospitalar, no stand da ABIMO em conjunto com outras empresas do setor: “A opção por participar dessa operação conjunta mostrou-se acertada e o stand da Biosensor teve recorde de visitação”, comenta Izabela Romon, supervisora-comercial da empresa. “Os representantes, que durante o período da manhã, haviam participado da reunião comercial, puderam observar a reação dos clientes diante dos lançamentos dos produtos”, finaliza.

A solenidade que marcou a abertura da feira, no dia 20, teve posicionamentos fortes de lideranças setoriais, empresários, parlamentares e representantes de governo.

Como de hábito, a abertura da feira reuniu representantes de toda a cadeia da saúde e os pronunciamentos oficiais foram acompanhados por uma plateia atenta.

A presidente e fundadora da feira e fórum, Waleska Santos, destacou que o momento da Hospitalar consolida a liderança da Mostra como maior e mais importante do setor no Brasil e nas Américas. “Reafirmo nossa missão de trabalhar de uma forma focada e objetiva, dirigindo nossa atenção e dedicação à promoção do setor de saúde como um todo, incentivando a integração, o empreendedorismo e promovendo uma visibilidade positiva do setor da saúde para o todo da sociedade civil de nosso País”, discursou.

SOLENIDADE DE ABERTURA

O presidente da ABIMO, Franco Pallamolla, participou da cerimônia ao lado do coordenador da cadeia produtiva da saúde da FIESP, Ruy Baumer e de outros representantes do complexo da saúde, como o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, representando o ministro Arthur Chioro; a senadora Ana Amélia Lemos; a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Battistella; os deputados federais Nelson Marchezan Júnior, Ronaldo zulke e Carlos zaratini; o presidente da Confederação Nacional de Saúde, Renato Merolli; o presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges; Sir David Nicholson, CEO da National Health Service England; Ivo Bucaresky, diretor de gestão institucional da Anvisa; o presidente do SINDHOSP, Yussif Mere Júnior; entre outros.

Em seu discurso, Pallamolla destacou os resultados de atuação da ABIMO em prol da melhoria da indústria da saúde: “Em 2013 ascendemos vários degraus na escalada de realizações, somando mais de R$ 6 bilhões em faturamento nos segmentos abrangidos pela ABIMO.” Com isso, segundo o presidente da entidade, assegurou-se o fortalecimento da indústria e criaram-se condições de maior sustentabilidade para ampliação do acesso ao SUS.

Todos foram unânimes em colocar a saúde como prioridade para o País, setor desafiado pela carência de recursos e a necessidade de mais gestão, mas também um campo aberto para o desenvolvimento e a inovação, com alta capacidade realizadora.

Franco Pallamolla na abertura da Hospitalar

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ASSOCIADOS PARTICIPAM DA FEIRA

Diversos associados à ABIMO estiveram presentes nos 82 mil m² de área ocupada nos pavilhões do Expo Center Norte.

Para a Quimis, empresa que projeta e fabrica aparelhos para laboratórios químicos, de pesquisa e controle de qualidade, a participação no evento possibilita, além do contato com os grandes hospitais e laboratórios de análises, um encontro com distribuidores e representantes localizados em diversos países.

“Sempre expomos no evento os principais aparelhos voltados à aplicação médico-hospitalar, demonstrando as principais melhorias ocorridas, mas o intuito central da participação é a realização de novos contatos e reencontro com empresas já parceiras”, conta Cassiano Luís Oliveira Baccarin, gerente de marketing da empresa.

Esta edição da Hospitalar foi mais que especial para a Fanem, pois, além de comemorar seus 90 anos de existência, a empresa comunicou ao mercado que a Unidade Híbrida Duetto 2386 conquistou o Prêmio Inova Saúde 2014, oferecido pela ABIMO.

A Medcir, fabricante de equipamentos para eletrocirurgia, estética, fisioterapia e eletroterapia, apresentou em pré-lançamento a nova série de Bisturis PowerCut, com características inovadoras: “Para cumprir nosso objetivo de trazer a empresa de volta ao mercado dos bisturis elétricos, foram necessários intensivos investimentos em capital humano e tecnologia, para que os novos produtos tivessem também aquilo que sempre foi a assinatura da empresa: qualidade e durabilidade”, conta a gerente de marketing e vendas da empresa, Carla Maria Pimentel. “Todos esses investimentos refletiram-se no sucesso de sua participação na Feira Hospitalar, onde foram captados parceiros em diversas regiões do Brasil e do exterior.”

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Pallamolla também ressaltou a preocupação da ABIMO perante a dependência e a falta de isonomia tributária para com os equipamentos importados: “Dependemos demais dos importados! Não os temos como inimigos, mas sentimos, ante sua concorrência poderosa, mais um motivo para superar o subaproveitamento de nossa capacidade produtiva, conscientes que somos do potencial da indústria brasileira”, disse.

Carlos Gadelha disse que o diálogo entre os setores público e privado é fundamental. E destacou que mais recursos e mais pesquisa/inovação são as vertentes essenciais de uma política de saúde desenvolvida e justa.

A senadora Ana Amélia falou de seu trabalho em prol da saúde, com ênfase na atuação da indústria nacional. “Este é um setor aberto à inovação; estamos na era digital e o setor hospitalar a usa como poucos. Como senadora, abracei a causa da indústria nacional de equipamentos e fui ao Ministério da Fazenda para lutar pela isonomia de tributos entre equipamentos importados e nacionais. Nós temos que estimular o que possuímos de melhor, que é a capacidade de superação de problemas.”

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A Becton Dickinson & Company (BD) superou suas expectativas com a feira. Durante os quatro dias de evento, cerca de 2 mil visitantes estiveram no stand em busca de informações sobre o portfólio da empresa e os lançamentos expostos.

Segundo Walter Baxter, gerente-geral da BD no Brasil, a Hospitalar é uma excelente oportunidade para a BD reforçar sua imagem junto ao mercado e apresentar as soluções integradas em saúde que oferece para o setor. “Nossa participação na Hospitalar este ano tinha como principal objetivo mostrar que oferecemos soluções para todos os tipos de clientes: desde o consumidor final, com a agulha Penta Point para diabéticos, até a indústria farmacêutica, passando por laboratórios, hospitais e instituições acadêmicas”, define Baxter.

A Neurotec participa da Hospitalar desde o seu início, onde atualiza ou apresenta novos produtos. Este ano não foi diferente. “Como todos os anos, a Hospitalar ofereceu um excelente ambiente para novos negócios e interface com o imenso setor da saúde”, comenta. Luiz Calistro Balestrassi, fundador e diretor da Neurotec. “Para a Hospitalar 2014 conseguimos a Certificação CE para o sistema Neuromap EQSA260, que aliado às possibilidades disponibilizadas na Feira Hospitalar, como as rodadas de negócios, o

contato com empresas nacionais e internacionais de diversos segmentos, e com outros associados ABIMO, abriu novos mercados para a empresa.

Há quase 40 anos no mercado odontológico, a Gnatus trouxe à Feira Hospitalar 2014 uma nova linha de produtos voltada para a área da saúde, procurando reafirmar um novo passo na segmentação do portfólio da empresa, que além da linha de biossegurança e mochos, conta agora também com uma exclusiva linha de macas elétricas e mesas clínicas.

Paralelo à Gnatus Medical, por meio da Figlabs, (empresa do grupo), a marca também apresentou sua linha de aparelhos de ultrassom voltados para diagnóstico por imagem.

“Nossa entrada na área médico-hospitalar é um forte sinal de que a Gnatus quer ampliar seu portfólio de produtos, e também se sobressair na área da saúde”, enfatiza Fernando Roca, diretor de Novos Mercados da Gnatus. “Continuar investindo em inovação através dos projetos desenvolvidos pela Figlabs é outro sinal de que a

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Gnatus quer fortalecer ainda mais sua característica de colocar à disposição do mercado produtos de valor agregado e de tecnologia ao alcance de profissionais exigentes e que valorizam a qualidade”, finaliza.

Para Guilherme Marques, chefe de divisão de Clinical Products da Siemens Healthcare no Brasil, a Hospitalar representa um importante evento no setor de saúde no Brasil, que reúne diversos produtos e profissionais pertencentes ao ambiente médico-hospitalar em um só lugar: “Podemos observar claramente a união do público médico e administrativo aos principais fornecedores do segmento”, comenta. “Este encontro promove um maior contato entre os participantes e as novas tecnologias disponíveis no mercado, como demonstrado pela Siemens, por meio de seu portfólio completo, que combina as mais avançadas técnicas em diagnósticos laboratoriais (in vitro) e tecnologias em imagem (in-vivo).”

A Hospitalar também representa uma grande oportunidade de parcerias e negócios para a Lumiar,

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que participa da feira desde 2007 e já tem sua participação para 2015 assegurada: “Sem dúvidas, crescemos a cada ano que passa e os números alcançados superaram as expectativas iniciais pré-feira, mostrando que o segmento está aquecido e que a Lumiar vem se destacando no cenário nacional”, comenta o especialista clínico, Tiago Strufaldi

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“A Hospitalar supera-se a cada edição, reforçando seu caráter multisetorial como termômetro e espelho do mercado de saúde. Com o evento, criamos novas oportunidades de relacionamento e de negócios, ao mesmo tempo em que incentivamos o debate e a busca de soluções para as mais importantes demandas da área de saúde”, afirma a médica e empresária Waleska Santos.

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Waleska Santos, Paulo Fraccaro, Arthur Chioro, Paula Portugal e Joffre Moraes

Presente na tarde do último dia da Hospitalar, no dia 23 de maio, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao lado de Waleska Santos, Paulo Fraccaro, Ruy Baumer e de outros empresários e líderes de entidades setoriais, percorreu os pavilhões do evento para conhecer de perto as novidades do setor. Assim como seu antecessor, Alexandre Padilha, em 2013, Chioro também esteve no stand institucional da ABIMO, aonde recebeu edições da ABIMO em

Revista e conversou a respeito dos pleitos da entidade, entre eles, a necessidade da isonomia tributária com os equipamentos importados nas compras feitas por hospitais públicos e filantrópicos.

Chioro fez um pronunciamento para a imprensa no stand da presidência. “É interessante ver de perto o vigor da indústria e a capacidade da área de serviços da saúde, que está cada vez mais qualificada, colocando o Brasil na liderança”, afirmou ressaltando a qualidade da Hospitalar. “A feira vem desempenhando um excelente papel. Aqui é possível conhecer novas tecnologias, produtos de alta qualidade, novas alternativas e o mais importante: atender o desafio de comprar mais e com melhores custos, tanto para o setor público quanto para o privado. Fiz questão de prestigiar o evento e ter contato com lideranças empresariais”, finalizou.

MINISTRO DA SAúDE VISITA STAND DA ABIMO

Em 2013, Paula Portugal, Ruy Baumer, Newton Lima, Paulo Fraccaro e Waleska Santos receberam o Ministro Alexandre

Padilha no stand da ABIMO

ABIMO E ANVISA REALIzAM JORNADA DE AÇÃO EM POLíTICA INDUSTRIAL E REGULAÇÃO EM PRODUTOS PARA SAúDE

A V Jornada de Ação em Política Industrial e Regulação para Produtos da Saúde, recebeu em sua mesa de abertura, além do presidente da ABIMO, Franco Pallamolla; o diretor-adjunto da Anvisa, Luiz Roberto Klassmann; o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha e o coordenador Complexo de Eletrônica da ABDI, Claudionel Leite.

“Para nós da ABIMO, que temos assinado um Termo de Cooperação com a Anvisa, e também agimos articuladamente com o comitê gestor do Gecis, é imprescindível uma atuação constante em prol da política industrial aliada à regulação”, disse Pallamolla.

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Gadelha apontou, durante a abertura da jornada, que o sistema produtivo da área da saúde representa uma parcela substantiva do emprego, do PIB e da pesquisa brasileira. “35% da pesquisa brasileira é realizada no campo da saúde”, analisou.

Segundo ele, é fundamental que o País perceba a dimensão, o peso econômico e o grau de dependência tecnológica que existe no campo da saúde. “Estamos em um terreno movediço e em um sistema produtivo que é interdependente, que precisa agregar toda a indústria farmacêutica, de produtos para saúde, serviços. Se eu desenvolvo uma nova vacina, posso quebrar uma fábrica que fabrica remédios. Tenho que criar uma estrutura de serviço para vacinar as pessoas. É todo um sistema produtivo

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com uma interdependência. Por isso, não adianta incorporar uma tecnologia maravilhosa e não ter quem saiba manipular ou dispor para a população”, explicou.

O secretário finalizou relembrando que a Anvisa, além de ter o compromisso com a segurança e a eficácia, tem que ter uma visão estratégica. “Temos que descobrir como dialogar estrategicamente para saber como o setor produtivo e o de pesquisa e inovação tornem-se favoráveis para que tenhamos um sistema integral.”

Durante o primeiro dia da Jornada, ocorreu o lançamento do Comitê Técnico Regulatório – RDC nº 50/12, que trata das transferências de tecnologia de produtos para a saúde; a posse dos membros da Câmara Técnica de Produtos

para a Saúde, criada pela RDC nº 256/14 e a assinatura de Termo de Compromisso para renovação, por meio de Protocolo de Cooperação da parceria entre Anvisa, ABDI e Sebrae, que visa dar suporte à produção segura de produtos para a saúde no Brasil.

O gerente geral de tecnologia de produtos para saúde da Anvisa, Joselito Pedrosa, na oportunidade apresentou os detalhes do Comitê Técnico Regulatório

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Palestras realizadas durante a Jornada

..“É fundamental que o País perceba a dimensão, o peso econômico e o grau de dependência tecnológica que a existe no campo da saúde.”Carlos Gadelha

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cuja finalidade é regular as transferências de tecnologia de produtos para a saúde. “São três áreas envolvidas: inspeção, registro e pós-mercado. Toda essa ação pode ser acompanhada no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.”

Pedrosa explicou também o novo formato do quadro do Comitê e empossou os membros especialistas. “Sete pessoas integrarão o Comitê Técnico Regulatório: coordenador e coordenador substitutivo, que devem ter ligação com a GGTPS; secretário e secretário substitutivo, três especialistas sistêmicos, com conhecimentos gerais em produção, regulação e uso de dispositivos médicos, e quatro especialistas temáticos, que devem ter conhecimentos específicos sobre subconjuntos de dispositivos médicos.”

Ele finalizou o evento explicando os critérios que definem as escolhas do Comitê Técnico Regulatório, falando sobre a complexidade da tecnologia. “O tipo de tecnologia que apresenta problemas de registro e pós-mercado junto à Anvisa, junto à lista de prioridades do Ministério da Saúde, convergindo com o que é prioritário para a saúde pública no País é o nosso primeiro foco. Mas, é preciso entender que nunca a regulação será a ideal, pois a tecnologia muda constantemente.”

O penúltimo dia de Jornada contou com auditório completamente lotado e teve como tema central: Inspeção, Monitoramento da Qualidade e Controle de Produto, que abordou os critérios para Peticionamento de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de Empresas. Na sequência, Jangley Bahia Costa, da mesma Gerência, abordou o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação de Produtos médicos e Produtos para Diagnóstico de Uso In Vitro e nova regra de certificação de BPF.

A Jornada promovida pela ABIMO abordou ainda as discussões do International Medical Device Regulators Forum (IMDRF), com as presenças de Joselito Pedrosa, Rafael Gomes Fernandes (GQUIP/ Anvisa) e Stela Candioto Melchior (NUVIG/ Anvisa) e o sistema informatizado do Registro Nacional de Implantes – RNI.

...“É preciso entender que nunca a regulação será a ideal, pois a tecnologia muda constantemente.”Joselito Pedrosa

Knud Sorensen, Paulo Fraccaro, Joselito Pedrosa e Joffre Moraes

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Rodada inteRnacional de negócioS alcança

AÇõES BHD - RODADA HOSPITALAR

A fim de promover as exportações das indústrias brasileiras e diminuir o deficit da balança comercial do setor, de US$ 4,1 bilhões em 2013, a ABIMO, por meio do Projeto Brazilian Health Devices, organizou na edição de 2014 da Hospitalar mais uma Rodada Internacional de Negócios.

Entre os dias 20 e 22 de maio, estiveram em São Paulo 20 compradores selecionados de 18 países diferentes, incluindo os mercados de maior interesse para a indústria exportadora brasileira: áfrica do Sul, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Irã, Jordânia, Kuwait, Líbano, Marrocos, México, Nigéria, Panamá, Peru, Quênia, Rússia, Turquia e Tunísia. Os compradores foram selecionados com base nos mercados-alvos do projeto Brazilian Health Devices e por meio de uma análise criteriosa do perfil dessas empresas e potencial para importação de produtos brasileiros.

Foram fechados mais de um milhão de dólares em negócios e a expectativa para os próximos 12 meses é de US$ 13 milhões.

Ao final do evento, os 20 compradores avaliaram as empresas brasileiras com relação a preço, inovação, serviço ao cliente e qualidade dos produtos, sendo que o atendimento pós-venda e a qualidade foram fatores de destaque de acordo com os convidados internacionais.

Katherine Guimarães, coordenadora de inteligência comercial da ABIMO, destaca que este ano estiveram presentes muitos compradores vindos de países fora da América Latina, considerados mais maduros e mais difíceis de acessar, tanto geograficamente, como comercialmente.

“Observamos que neste ano foram fechados negócios mais robustos, com valores mais altos”, explica Katherine. “Isso demonstra a maturidade exportadora de nossas empresas”, completa.

milhões de dólaresem expectativa de negócios para os próximos 12 meses

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Compradores da Rodada Internacional de Negócios com a equipe do Brazilian Health Devices

U$1 milhão em vendas durante a Hospitalar 2014

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Reuniões realizadas durante

a rodada de negócios

empresas participantes

(20 estrangeiras + 60 brasileiras)

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“Com certeza a nossa empresa vai trabalhar com os fabricantes brasileiros após estas reuniões de negócios.”

Seyda Goncu, da empresa turca Trimpeks

“Foi uma excelente e bem coordenada atividade. Os organizadores se preocuparam com todos os detalhes. Certamente podemos gerar bons negócios.”

Esteban Abodovsky, da chilena Arquimed

“A programação foi executada de forma profissional e muito eficiente.”

George Levine, da Ssem Mthmeu, empresa sul-africana

“Conhecer as empresas pessoalmente é um bom começo para futuros negócios.”

Cidinéia Ducatti, da Biosensor

“ “Organização excelente. ótimo projeto, inovando sempre.”

Guilherme Guedes, da Olidef

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AÇõES BHD - MEDICAL WORLD AMERICAS 2014

GRUPO RESPONSáVEL PELA FEIRA MEDICA ORGANIzA NOVA FEIRA EM HOUSTON

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A região do Texas tem importância estratégica para os setores da saúde, pois compreende o maior complexo médico do mundo – incluindo as regiões de Houston, San Antonio e Austin – que conta com quase 200 empresas de Life Sciences e de Biotecnologia, mais de 200 hospitais e clínicas, além de abrigar o complexo Texas Medical Center.

O Texas também é considerado o segundo estado mais forte no crescimento da biotecnologia e da capacidade devido à forte infraestrutura tecnológica, centros de pesquisa, à presença de empresas comerciais e de financiamento, tendo Houston como berço da nanotecnologia nos Estados Unidos, classificada como uma das dez melhores áreas metropolitanas do mundo para a pesquisa e à comercialização de produtos e serviços da indústria das ciências da vida.

Por esses motivos, de 28 a 30 de abril, a ABIMO, junto a outras entidades setoriais como a Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica), SOFTEX (Associação Para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) e a Fundação BIO-RIO (do setor de biotecnologia), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), estiveram em Houston, para a feira Medical World Americas, organizada pelo mesmo grupo responsável pela Feira Medica, que ocorre na Alemanha e é a principal feira do setor médico-hospitalar no mundo.

Pela primeira vez no Complexo de Tecnologia e Saúde da Apex-Brasil, quatro setores brasileiros – equipamentos médicos, tecnologia da informação, farmoquímicos e biotecnologia – realizaram uma missão conjunta de prospecção de oportunidades de negócios em uma feira que

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teve a sua primeira edição nos Estados Unidos, e que deverá se tornar uma das maiores feiras do complexo da saúde no mercado norte-americano (dados o porte e os planos de investimentos dos organizadores, a Messe Düsseldorf). Segundo o gestor de projetos de Tecnologia e Saúde da Apex-Brasil, André Limp, a expectativa é que esta integração entre diferentes projetos setoriais aumente, trazendo oportunidades de geração de novos negócios e de imagem para o Brasil com base em um nível cada vez maior de sinergia entre os participantes.

“Em termos de promoção comercial, o objetivo de oferecer o Brasil como uma solução completa para a saúde

foi alcançado, visto que havia no espaço institucional do Brasil representantes de TI para Saúde, Equipamentos Odontológicos e Médicos, Produtos Farmacêuticos e Farmoquímicos, Biotecnologia e P&D”, comenta Clara Porto, coordenadora de Promoção Comercial da ABIMO.

Segundo Limp, missões de prospecção como essa são importantes para que os projetos setoriais de promoção comercial mantenham atualizado o seu portfólio de ações de apoio às empresas, e consigam responder com agilidade a oportunidades de desenvolvimento de novos negócios. A inovação das ferramentas de promoção comercial é um ingrediente

fundamental para que o projeto setorial se mantenha competitivo e eficiente enquanto ferramenta de apoio ao processo de internacionalização das empresas brasileiras.

A feira reuniu mais de 2 mil participantes inscritos e 120 expositores de 32 países nesta inauguração, entre eles

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A inovação das ferramentas de promoção comercial é um ingrediente fundamental para que o projeto setorial se mantenha competitivo e eficiente

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administradores hospitalares, executivos, pesquisadores, compradores da cadeia de suprimentos e profissionais da área da saúde.

Para Tom Mitchell, presidente da Messe Düsseldorf América do Norte, a Medical World Americas criou uma sólida fundação para o crescimento da marca da Feira MEDICA no Norte do continente americano: “Embora a frequência desta primeira edição tenha sido modesta, comparada com a da MEDICA, de renome mundial, a qualidade da programação e as trocas que ocorreram são um reflexo do que se espera para um evento deste porte nos Estados Unidos.”

A Olsen, empresa associada à ABIMO, participou da feira como expositora. A presença neste evento foi estratégica para a empresa, porque representa o passo inicial do projeto em instalar uma unidade de negócios nos Estados Unidos em parceria com investidores locais. A chegada da marca Olsen ao mercado norte-americano se deu por meio dos equipamentos da linha médica, que em abordagens preliminares obtiveram grande aceitação por parte dos profissionais locais que foram consultados. A Olsen foi uma das primeiras empresas a obter o registro FDA por meio

do Programa de Incentivo à Certificação (PIC FDA), promovido pela ABIMO e apoiado pela Apex-Brasil para auxiliar os associados participantes do projeto setorial na obtenção da certificação internacional americana, necessária para a comercialização de produtos nos Estados Unidos.

VISITAS TÉCNICAS

Além do stand conjunto, foram organizadas visitas técnicas às instituições renomadas, como o MD Anderson Cancer Center, BioHouston e Houston Methodist Hospital e o Texas Medical Center (TMC), um conjunto de 54 instituições instaladas em 290 prédios, com um poder de compra anual de US$ 15 bilhões, que recebe cerca de 7,2 milhões de pacientes todos os anos e possui mais de 106 mil funcionários. Trata-se do maior empregador da região, e atualmente recebe uma média de 18 mil pacientes internacionais por mês para tratamentos de saúde.

“As agendas com o MD Anderson e BioHouston foram importantes para conhecer alguns projetos de pesquisa das instituições e entender como empresas do setor podem juntar-se à academia e aos institutos de pesquisa aplicada para desenvolver novos procedimentos médicos, novos métodos de análise, novos produtos”, explica Clara. “A região de Houston é extremamente rica em pesquisas.”

As visitas ao TMC e ao Methodist Hospital foram importantes para

que os visitantes conhecessem um pouco da estrutura destes institutos, onde foi possível falar sobre os processos de compra de materiais e equipamentos médico-hospitalares.

Para Norberto Prestes, gerente do Projeto Brasil Biotechnology, da BioRio, a experiência foi excelente para uma primeira participação. “Considero ações como essas fundamentais para a imagem do País e futuros negócios”, diz. “Houston investe recursos significativos em pesquisas e tratamentos contra o câncer e hoje é uma referência mundial. Existem associações e um cluster médico muito organizado, o que facilita qualquer tipo de negócio, seja parceria para desenvolvimento de produtos, na instalação de uma sede da empresa brasileira lá ou na venda de um produto.”

“A participação se revelou positiva e importante sob o aspecto da prospecção que foi realizada”, finaliza Limp, da Apex-Brasil. “O grupo conseguiu realizar uma análise de viabilidade de possíveis ações de promoção comercial para as edições de 2015 e 2016, considerando o alinhamento de interesses comuns entre os quatro projetos setoriais envolvidos, de ações integradas de promoção comercial, com o objetivo principal de desenvolvimento de novos negócios para os setores representados, e com o objetivo complementar de fortalecimento da imagem dos setores e do Brasil como um importante parceiro de negócios nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e México.”

“Considero ações como essas fundamentais para a imagem do País e futuros negócios”Norberto Prestes, gerente do Projeto Brasil Biotechnology, da BioRio

AÇõES BHD - MEDICAL WORLD AMERICAS 2014

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Brazilian Health Devices indo além!

ABIMO VENCE CATEGORIA “INICIATIVA INOVADORA DE PROMOÇÃO SETORIAL ENTIDADE PARCEIRA” DO PRêMIO APEX

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) entregou, na noite do dia 28 de maio, o Prêmio Apex-Brasil de Excelência em Exportação à representantes de cinco categorias empresariais, pelo desempenho nas exportações, registrado nos anos de 2012 e 2013. Mais de 700 pessoas prestigiaram a cerimônia, que foi realizada no Teatro Alfa, em São Paulo. No evento, a Apex-Brasil também homenageou 17 iniciativas e lideranças empresariais que acreditam no Brasil e investem em produtos competitivos e inovadores, diferenciais para a competitividade brasileira em mercados internacionais.

Sob o tema “Brasil Beyond” ou “O Brasil que Vai Além”, esta foi a quinta edição do Prêmio Apex-Brasil. A premiação foi instituída em 2006 e, desde então, é realizada bianualmente. Mauricio Borges, presidente

da Apex-Brasil, explica que a iniciativa é o reconhecimento de empresas, entidades e personalidades que se destacaram em ações de promoção das exportações brasileiras e atração de investimentos, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil.

Borges enfatiza a grande colaboração que premiados, finalistas e homenageados representam para as exportações brasileiras. “São empresas, entidades e pessoas que têm um olhar que vai além, com uma atuação que renova a imagem do Brasil no mercado global e que nos torna cada vez mais competitivos”, ressalta.

Neste ano, a Apex-Brasil decidiu fazer algumas mudanças no regulamento, com o objetivo de simplificá-lo. Anteriormente, o número de categorias era muito maior. Para cada uma havia normas e exigências diferentes, o que tornava mais complexa a participação das empresas. Havia 19 categorias na premiação. “Agora estamos avaliando os casos de forma mais ampla”, diz Tatiana Porto, diretora de gestão corporativa da Apex-Brasil, explicando que no formato anterior, havia categorias bastante específicas. As categorias da atual edição foram divididas pelo porte da empresa (micro e pequenas; médias; grandes) e por entidade setorial (iniciativa inovadora de promoção setorial).

“A cada edição, recebemos a inscrição de casos ainda melhores”, afirma Tatiana. “Percebemos um amadurecimento grande.” Nesta edição foram inscritos 135 projetos de entidades e companhias.

CASE VENCEDOR

Na categoria vencida pela ABIMO concorriam entidades representativas do setor de indústria e comércio/serviços que executaram projetos setoriais de promoção de exportação em parceria com a Apex-Brasil e com iniciativa inovadora de promoção setorial implementada no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2013.

O case premiado foi o Programa de Incentivo à Certificação FDA (PIC FDA), promovido pelo projeto Brazilian Heath Devices para auxiliar na obtenção da certificação norte-americana Food and Drug Administration. O acesso a certificações internacionais é um dos desafios de quem atua no setor de saúde. Mas, quando as empresas brasileiras ultrapassam essas barreiras, as oportunidades surgem em todos os continentes.

AÇõES BHD - PRêMIO APEX

Franco Pallamolla e Paula Portugal, da ABIMO, recebem o Prêmio

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A idealização de um projeto como o PIC FDA surgiu da crescente demanda das empresas por um apoio à obtenção de certificações internacionais, como explica a gerente de exportação da ABIMO, Paula Portugal: “O setor da saúde é dependente de selos de qualidade e segurança, de modo que enxergamos o programa como uma ação de promoção comercial.” O Projeto tem como objetivo melhorar a imagem da qualidade dos produtos brasileiros para a saúde e aumentar as vendas, não somente para os Estados Unidos, mas para diversos outros mercados que associam o selo FDA à confiabilidade e qualidade. Países como Chile, Jordânia, Israel, México, Arábia Saudita, entre outros, também exigem a certificação.

“Receber esse reconhecimento é muito importante para a ABIMO e para os membros do Brazilian Health Devices”, comemora Paula. “Sermos indicados e ainda vencer, nos mostra que estamos seguindo uma estratégia correta na promoção comercial de nossa indústria e produtos.”

ASSOCIADOS

Empresas associadas à ABIMO também estiveram presentes: na categoria média empresa, a vencedora foi a Bio-Art Equipamentos Odontológicos com o case “A Voz do Cliente”. A empresa chamou a atenção da Apex-Brasil por sua persistência em ganhar o mercado dos Estados Unidos. Em 2007, no maior evento mundial do setor, a feira IDS, um representante da Dentsply, uma das maiores empresas odontológicas do mundo, começou uma negociação para comercializar com exclusividade nos Estados Unidos e no Canadá, o plastificador de moldeira a vácuo (Plastvac), criado pela Bio-Art.

“É uma grande satisfação para uma empresa do porte da Bio-Art receber o reconhecimento nacional pelo trabalho em prol da exportação brasileira, principalmente se levarmos em consideração os concorrentes e o corpo de jurados altamente gabaritado”, comemora a CEO da empresa, Maria Isabel Piccin.

Para ela, o prêmio valorizou a empresa no mercado. “É um certificado de competência da empresa no processo de internacionalização e os bons resultados alcançados nas vendas para os Estados Unidos (case de sucesso premiado) evidenciam a satisfação do exigente mercado consumidor norte-americano.”

A Magnamed também foi homenageada na categoria “Desempenho Exportador” (micro e pequenas empresas). A participação em feiras internacionais é essencial para os negócios, segundo o presidente e sócio Wataru Ueda. Desde 2007, a empresa expõe seus produtos nas maiores feiras do setor em Dubai, Miami e Düsseldorf. “É na feira que conhecemos distribuidores, clientes em potencial e também representantes dos governos”, afirma Ueda, presidente da companhia de 76 funcionários.

A Magnamed começou a exportar em 2011. Hoje, tem 26 países como destino para seus aparelhos de ventilação pulmonar. Em 2012, cerca de 65% dos aparelhos produzidos foram exportados.

A análise das histórias e a escolha dos finalistas foram feitas por um júri composto pelo presidente do Valor Econômico, Alexandre Caldini, o presidente da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), José Augusto Coelho Fernandes e o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade. Também compõem o corpo de jurados o ex-ministro Luiz Fernando Furlan e o atual titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges.

Equipe ABIMO presente no evento

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Alemanha, Argélia, Bolívia, Chile, Espanha, índia, México, Peru, Rússia e Turquia, para assistir aos jogos do Mundial e participar de reuniões de negócios e visitas técnicas.

Entre os compradores convidados, havia alguns que estavam em processo de negociação com as empresas brasileiras e alguns que já eram clientes e representantes. Em ambos os casos, os compradores apresentaram grande surpresa ao visitar as empresas. Ficaram admirados com os processos fabris e com os altos padrões regulatórios os quais as empresas são submetidas por meio da Anvisa.

A Bio-Art, que atua na fabricação de articuladores e uma das vencedoras do Prêmio Apex-Brasil, por sua excelência em exportação, recebeu Praveen Malhotra, comprador indiano da empresa IDS

gol de PlacaPROJETO COPA DO MUNDO, DA APEX-BRASIL, PROMOVE NEGóCIOS INTERNACIONAIS PARA A INDúSTRIA BRASILEIRA

EMPRESAS RECEBEM CONVIDADOS DURANTE JOGOS PARA ESTREITAR RELACIONAMENTO

Nem só de esportes vive um País durante a Copa do Mundo da FIFA™. Apesar do “oba oba” dos jogos, dos feriados e da comoção que um evento desse porte causou em nosso País, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), reuniu entidades e empresas, para juntos, aproveitaram comercialmente essa grande oportunidade, por meio do Projeto Copa do Mundo, que trouxe 2.300 compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros ao Brasil para realizar agendas de negócios e acompanhar os jogos do Mundial, através de seus projetos setoriais, entre eles, o Brazilian Health Devices.

As empresas associadas à ABIMO e que fazem parte do projeto prepararam uma agenda especial para seus convidados, distribuidores, parceiros e prospects, vindos de países como

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Denmed Pvt, presente no mercado há quase 21 anos e cliente desde meados de 2003.

“Tentamos explorar ao máximo as informações sobre o mercado e qual o atual cenário de vendas”, conta a CEO da empresa, Isabel Piccin. “Nosso intuito era fortalecer a parceria com o cliente através de uma ação de engajamento, a fim de realizar um trabalho em conjunto para promoção dos produtos Bio-Art na índia.”

Durante a visita, a executiva pôde colher informações que a ajudaram a compreender melhor o mercado e o perfil do cliente, além de fazer a venda. “A índia é um dos mercados focos para Bio-Art e já havíamos proposto uma parceria para realizar um trabalho em conjunto, porém não obtivemos sucesso, uma vez que a comunicação com o cliente era difícil. Acreditamos que após esta visita, as relações irão se estreitar e baseado nas ações que foram acordadas conseguiremos melhorar os resultados no País”, finaliza Isabel.

Malhotra ressaltou à empresária que gostou muito de ter vindo ao Brasil e de assistir ao jogo entre Chile x Holanda, na fase de grupos, em São Paulo: “Foi uma experiência única e que marcou a minha vida”, comemorou.

Dois convidados espanhóis visitaram a empresa Traumec, fabricante de produtos médicos hospitalares. Eles são potenciais compradores e a empresa acredita que pode gerar bons negócios com a visita, principalmente com o resultado do relacionamento feito, após o convite para eles acompanharem o jogo da semifinal em São Paulo.

Outra empresa do BHD participante do Projeto da Copa do Mundo foi a Baumer, que oferece um portfólio com mais de 5 mil soluções em lavanderia hospitalar, esterilização e controle de infecção, ortopedia e odontologia. A Baumer recebeu um convidado da Rússia, premiado na Feira Medica, a fim de estreitar sua relação comercial e garantir uma grande parceria para os próximos anos no mercado russo. O cliente visitou a fábrica e viu a Alemanha sagrar-se campeã do mundial na final contra a Argentina.

Para Flávia Carvalho, da HP Bio, o trabalho da ABIMO através do BHD com este tipo de ação é

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“Vemos em projetos como este uma oportunidade de colocar a indústria em uma vitrine, auxiliando o projeto Brazilian Health Devices na construção da marca País para o setor e a percepção dos atributos que queremos destacar na indústria brasileira”Katherine Guimarães, ABIMO.

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AÇõES BHD - COPA

fundamental: “Eu acredito que depois que os distribuidores vêm ao Brasil, experimentam nossa cultura é inevitável que se encantem com quem somos”, diz. “O made in Brasil nunca mais é simplesmente resumido ao made in China”, diz.

A empresa HP Bio já vinha há muito tempo negociando uma parceria com a distribuidora alemã Spiegelberg, com quem havia tido contato durante a Feira Medica, há dois anos. “Desde então, nutrimos essa parceria com muita negociação e ações de adaptação de produto.”

O contrato já foi assinado e os pedidos já estão acontecendo. Para comemorar, o representante da distribuidora Ingo Distel pode ir ao jogo da final da Copa do Mundo da FIFA™, no Maracanã. “Se vir para uma final do Mundial é bacana, imagina vir para o jogo que lhe trouxe o tetra campeonato. Dispensa comentários”, comemora Flávia.

A agenda de Distel continuou após o jogo, na sede da HP Bio, com treinamentos. “Conhecer nossa fábrica, ver a produção, entender os detalhes técnicos faz dele emocionalmente mais um de nós - só que lá na Alemanha. Exatamente o que buscamos em um distribuidor”, finaliza Flávia.

A Scitech pretendia demonstrar todo o investimento feito em sua nova estrutura fabril de stents farmacológicos, o desenvolvimento de novos produtos e os altos padrões de qualidade empregados na produção local aos visitantes chilenos que recebeu: Alejandro Martinez, professor do Hospital

da Universidade Católica do Chile e Alejandro Villegas, da empresa CMS Chile, distribuidora de seus produtos. “Decidimos trazer ao Brasil, além do nosso distribuidor, um médico chileno que, além de professor universitário, é um formador de opinião de muito respeito junto ao meio acadêmico (ele é ex-presidente da Sociedade Chilena de Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica)”, explica Paulo Roberto Rosário, gerente de exportação da Scitech.

Villegas ficou impressionado com o tamanho da fábrica, localizada em São Paulo: “Eu não achava que o Brasil tinha tal tecnologia na área médica”, disse.

“Estamos muito satisfeitos com o resultado e a boa impressão que o médico teve do País, da organização da Copa e da agenda comercial”, finaliza Rosário. “Estamos com boa expectativa de que no futuro poderemos fazer bons negócios no País vizinho.” Infelizmente, os visitantes viram seu País perder para a Holanda no jogo que acompanharam na Arena Corinthians, em São Paulo.

O convidado peruano foi da Fanem, multinacional brasileira, líder na venda de incubadora e vencedora do Prêmio Inova Saúde, da ABIMO. Apesar de seu time não estar na Copa do Mundo, o peruano teve oportunidade de conhecer pessoalmente o grande campeão, no jogo da final do Mundial.

“Trouxemos convidados que já são representantes ou clientes da Fanem, para consolidar

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o relacionamento e estreitar parcerias firmadas recentemente”, conta o presidente da empresa, Djalma Rodrigues. Além dos jogos, eles fizeram visitas aos clientes nacionais, à fábrica e ao escritório da Fanem. Segundo Rodrigues, os resultados estão acontecendo. Já com pedidos do Peru, Equador, áfrica do Sul e Egito.

A Dabi Atlante, empresa na área de odontologia, recebeu um boliviano e um peruano em sua sede, na cidade de Ribeirão Preto. Os convidados visitaram a fábrica, onde foram apresentados aos lançamentos da empresa, como o Tomógrafo 3D para odontologia. O objetivo da visita desses clientes era o fechamento de negócios nessas linhas de produtos, sendo a Bolívia, um dos maiores compradores da empresa. Ambos torceram pelo também latino, Chile, na partida contra Holanda, em São Paulo.

Com o objetivo de expandir os negócios em estojos autoclaváveis, a Fami recebeu em sua sede, em São Caetano do Sul, Pawel Bartkowski, representante da Comercializadora Mavero, distribuidora mexicana com a qual tem negócios desde 2000.“Nossa intenção foi estreitar nosso relacionamento comercial, proporcionar ao cliente conhecer as instalações e processos em nossa planta e receber atualização sobre novos produtos e estratégias para ampliação do nosso mercado no México”, comenta Jussara Marques, do departamento de exportação da Fami. Ele também visitou um hospital na cidade e participou do jogo Chile x Holanda.

Fabricante de referência em produtos para cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene, a Cremer recebeu um distribuidor para uma reunião que detalhou a sua atuação com a linha atual que comercializam, e para encontrar formas de atuação para as novas linhas que vão ser incluídas no portfólio de vendas deste distribuidor.

“Esta ação foi muito importante para oferecer a oportunidade ao nosso distribuidor de participar de um jogo da Copa do Mundo da FIFA™, Chile e Holanda, em São Paulo e foi muito bem aproveitada para avaliar as oportunidades de incremento de vendas com ampliação de nosso mix de produtos”, comemora a coordenadora de exportação da empresa, Elisabeth zimmermann.

A expectativa em negócios para os próximos 12 meses entre os compradores estrangeiros e as empresas brasileiras é de US$ 200 mil.

“Vemos em projetos como este uma oportunidade de colocar a indústria em uma vitrine, auxiliando o projeto Brazilian Health Devices na construção da marca País para o setor e a percepção dos atributos que queremos destacar na indústria brasileira”, comenta a coordenadora de inteligência comercial da ABIMO, Katherine Guimarães. “O projeto Copa do Mundo proporcionou através do futebol e do ambiente informal dos jogos que nossas empresas pudessem mostrar aos seus compradores que o brasileiro pode ser ao mesmo tempo alegre e simpático e também cumprir com seus compromissos assumidos.”

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AÇõES BHD - AFRICA HEALTH

Pela segunda vez, empresas associadas à ABIMO e que fazem parte do Projeto Brazilian Health Devices, estiveram em Johanesburgo, áfrica do Sul, para a Africa Health Exhibition & Congress 2014, que aconteceu entre os dias 29 e 31 de Maio. A feira, que está em sua 4ª edição, é organizada pelo mesmo grupo que organiza a Arab Health, em Dubai.

Este ano, a Africa Health recebeu mais de 450 dos principais fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços do mundo que se encontraram para discutir as últimas novidades em tecnologias e tendências para o setor de saúde no continente africano. O evento atraiu mais de 7 mil profissionais, segundo a organização da feira.

Dez empresas formaram o pavilhão brasileiro: Baumer, Driller, Fanem, HpBio, Ibramed, Indrel, Loktal, Phoenix, Samtronic e Wama.

“A feira surpreendeu pela qualidade dos visitantes que tivemos, com empresas realmente focadas em nosso negócio, com reais perspectivas de concretizarmos parcerias nos próximos meses”, opina a supervisora de exportação da Baumer, Priscila Bartholomew. A áfrica é um mercado-

alvo para a Baumer e a participação na feira deve alavancar negócios na região.

Keila Vitola Druzian, do departamento de exportação da Phoenix, conta que a empresa tem investido na ampliação de seus negócios ao redor do mundo através da participação em feiras, certificando seus produtos com padrões internacionais e, consequentemente, aumentando sua qualidade. “O mercado sul-africano e seus países vizinhos são alvos pelo alto potencial importador na área médica e pela tendência em importar equipamentos de alta tecnologia, o que dá uma vantagem comparativa de preços ao Brasil em relação aos seus concorrentes americanos e europeus, e de qualidade e confiabilidade em relação aos equipamentos de baixo-custo chineses”, explica.

Segundo Keila, o principal objetivo da Phoenix nesta feira era obter contatos de países africanos que não frequentam outras feiras, e foi alcançado: “Conseguimos contatos com potenciais clientes de cerca de 10 países e concretizamos negócios com um contato já existente em Angola. Estou muito satisfeita com os contatos realizados e com os resultados do evento.” A expectativa da Phoenix é de vender nessa região até US$ 100 mil por ano nos próximos três anos.”

A percepção dos participantes da Africa Health deste ano é que a feira melhorou: “Tivemos o dobro de contatos este ano, e eles foram de muito mais países

Africa Health 2014 surpreende pela qualidade de visitantes

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diferentes da áfrica”, conta a coordenadora de promoção comercial da ABIMO, Clara Porto. “A feira está deixando de ser apenas focada na áfrica do Sul, e se regionalizando, tornando-se referência para os principais players do setor no continente africano.”

Essa foi a segunda participação da Fanem nesse importante evento e a expectativa era dar continuidade à trajetória de sucesso e liderança na áfrica do Sul, bem como aprofundar os negócios nos demais países da região, como Moçambique, Namíbia e Botsuana. “A Africa Health é a feira de equipamentos médicos mais importante da áfrica e certamente contribui para a manutenção da nossa presença na região”, explica o trader Fernando Jacinto.

“Em comparação com o ano anterior, realmente a Africa Health estava muito melhor em 2014, não apenas em termos de localização dos stands, mas

também em número e qualidade dos visitantes”, comemora Luciano Rodrigues, gerente de vendas internacionais da Loktal. “O mercado é estratégico para a empresa.”

AÇõES DIFERENCIADAS

Para a edição deste ano, a organização da Africa Health promoveu o “Hosted Buyer Programme”, no qual compradores de diversos mercados africanos foram levados como convidados de honra para a feira, e tiveram uma área dedicada para realizar reuniões pré-agendadas com os expositores. Sete clientes indicados pela ABIMO e pelas empresas brasileiras expositoras, de países como Angola, Moçambique e Uganda, também foram convidados. Eles visitaram o pavilhão brasileiro no primeiro dia de feira, como parte da agenda oficial deste grupo.

Para aumentar o fluxo de visitantes e promover a indústria

brasileira por meio da Copa do Mundo, todos os visitantes da feira receberam um cupom, para ser depositado em uma urna localizada no pavilhão brasileiro, para concorrer a uma viagem ao Brasil durante os jogos. A organização estima que cerca de 1.500 visitantes inscreveram-se para participar do sorteio.

RESULTADOS

Nesta edição, as empresas brasileiras fecharam US$ 141 mil em negócios com países como áfrica do Sul, Angola, Botswana, Uganda e mais de 385 contatos com 32 países foram feitos. São esperados cerca de U$ 2 milhões em negócios gerados nos próximos 12 meses.

Na edição passada da Africa Health, as empresas brasileiras fizeram 241 contatos com compradores de 23 países, com a realização de negócios efetivos com representantes da áfrica do Sul, Namíbia, Nigéria, Moçambique, Arábia Saudita, alcançando a marca de US$ 1,5 milhão em vendas.

Representantes das empresas brasileiras em seus stand durante a feira

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CIMES GANHA A CADA ANO MAIS IMPORTâNCIA E DESTAQUE NO CALENDáRIO DA INDúSTRIA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOSPITALARES

INOVAÇÃO - CIMES

A terceira edição do Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (CIMES), promovido pela ABIMO e pela Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), promoveu ricos debates sobre o aprimoramento das políticas públicas no setor médico-hospitalar, no mês de abril em São Paulo. O evento foi aberto pelo presidente da ABIMO, Franco Pallamolla, que ressaltou os avanços da política industrial do Complexo Industrial da Saúde (CIS) ao longo da última década.“Nosso Congresso ganha a cada ano mais importância e destaque no calendário da indústria de equipamentos médicos hospitalares”, discursou. “O objetivo maior desse fórum é promover uma ampla análise das questões que envolvem a inovação em nosso setor.”

Pallamolla enfatizou a agenda positiva que o Governo vem adotando desde 2007 com a implementação de diversos programas e mecanismos de fomento à inovação. “Há dez anos nós não tínhamos linhas de financiamento à inovação, hoje temos. Não sabíamos que produtos e tecnologias eram estratégicos para o sistema de saúde, hoje sabemos. Não tínhamos o uso do poder de compra do Estado, hoje temos”, declarou durante o evento.

congReSSo debate gaRgaloS PaRa inovação

INOV AÇÃO

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Ainda segundo o presidente da entidade, apesar das conquistas há muito por fazer para reduzir a dependência tecnológica do setor médico-hospitalar. Para isso, Pallamolla enfatizou o papel do CIMES na ampliação da análise das questões que envolvem a inovação. “O objetivo do Congresso é conseguir extrair soluções, definições e propostas para que possamos continuar construindo, junto ao Governo, a construção de uma política industrial que objetive, não só dar sustentabilidade ao setor, mas ao sistema de saúde brasileiro”, destacou.

Para Pallamolla, a política do setor começou a ser construída com a participação da sociedade na estruturação do Programa BNDES Profarma, o que demonstra a importância dos debates sobre o tema. “A política industrial começou a ser construída em 2002, durante um seminário realizado pelo BNDES, no Rio de Janeiro, que convidou todas as entidades representativas do setor para um amplo debate com o objetivo de gerar propostas e soluções que pudessem reduzir o deficit tecnológico”, relembrou.

Na visão do executivo, para dar continuidade aos incentivos já consolidados e estruturar novos, é preciso que os atores da cadeia produtiva façam um esforço adicional para transformar esses estímulos em uma política de Estado. “O maior interesse deve ser o deste setor que quer desenvolver e, cada vez mais, criar elos consistentes e concretos entre a indústria, academia e Governo. É assim que nós vamos conseguir superar, não a totalidade, mas ao menos parcialmente o gargalo do deficit tecnológico que traduz como cifra a dependência tecnológica”, concluiu.

Para Ruy Baumer, presidente do SINAEMO e membro do ComSaúde, apesar das oportunidades e do aumento da oferta de instrumentos de fomento à inovação, a indústria médico-hospitalar ainda enfrenta dificuldades. Para ele, o País tem entraves que impedem o pleno desenvolvimento dos programas.

A incorporação de novos itens que incentivem as empresas a acelerarem o processo de inovação e a identificação dos aspectos que dificultam o

acesso aos projetos de estímulo à inovação são a chave para direcionar o setor produtivo rumo ao sucesso. “A maioria das empresas não tem noção do que pode fazer”, afirmou.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, lembrou do surgimento da saúde pública no Brasil e ressaltou a necessidade de fusão da política social com a política de desenvolvimento industrial para alcançar um sistema de saúde satisfatório. “Não é possível tratar um problema sistêmico, como é o de saúde, sem mobilizar todo o sistema produtivo. Essa perspectiva foi fundamental para trazer o conceito de uma política de Estado.”

De acordo com o ele, é preciso fortalecer a base tecnológica para ter políticas sociais de longo prazo. Para isso, a capacidade de gerar tecnologia e inovação para favorecer o acesso universal à saúde, que hoje totaliza um mercado de cerca de 200 milhões de pessoas, pode assumir uma posição positiva em termos de acesso, preços melhores e expansão do mercado. “A saúde é um direito.

CIMES reúne principais players de todas as esferas da cadeia da saúde

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E é por isso que o Brasil será um dos maiores demandantes de saúde do mundo. Está na nossa Constituição, e para cumpri-la temos que ter base produtiva e tecnológica, ou não vamos garantir o acesso universal, integral e equânime”, explicou durante o CIMES.

Apesar das crescentes oportunidades de mercado para a indústria da saúde, o deficit da área continua crescendo. Somente no grupo de alta intensidade tecnológica a área da saúde representa cerca de 40% do saldo negativo de US$ 32 bilhões. “Ou mexemos nisso ou o futuro do País estará comprometido e abriremos mão de uma sociedade do conhecimento, para a da ignorância”, alerta Gadelha.

Como proposta de reversão do deficit, o secretário reforça a necessidade de continuidade e aprimoramento de iniciativas que já vem gerando bons resultados. “Eu observo um sinal de fortalecimento e continuidade dessa política e, para isso, a participação da sociedade é fundamental para a articulação de Governo na montagem da política industrial”, ressalta.

OPORTUNIDADE DE FOMENTO

O fomento à inovação foi um dos temas centrais do Congresso. O painel “Apoio direto à inovação”, que ocorreu no segundo dia, contou com a presença de Pedro Palmeira, chefe do Departamento de Indústria da Saúde do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Palmeira comentou o posicionamento privilegiado da indústria da saúde como uma das poucas áreas que podem atingir simultaneamente dois objetivos de desenvolvimento: o econômico e social. “Do ponto de vista da dimensão social, é inegável que o investimento bem calibrado na indústria de saúde contribui para ampliar o acesso da população a bens e serviços de saúde, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do País”, destacou.

De acordo com ele, o crescimento quase exponencial no gasto com a saúde e as transformações no perfil epidemiológico da população criam novos desafios, em especial, para o setor médico-hospitalar. Como

consequência, a tendência de aumento da demanda por tecnologias voltadas para o diagnóstico e tratamento de doenças crônicas reforçam a necessidade de investimento nos diversos segmentos do setor. “A indústria brasileira de equipamentos e materiais é um setor não homogêneo e, por isso, é preciso tentar identificar cada segmento para pensar em soluções”, avaliou. “A indústria brasileira tem espaço para ser competitiva em diversos segmentos, desde que os produtos que atendam a necessidades específicas do País apresentem soluções integradas e com boa relação custo-efetividade.”

Palmeira acrescenta ainda que a variável econômica da indústria talvez seja uma das únicas, além da eletrônica, capazes de induzir uma efervescência tecnológica nas instituições científicas e tecnológicas, absorvendo e difundindo tecnologia. “As tecnologias empregadas na indústria de saúde acabam se difundindo para outras áreas do conhecimento e fazem com que passem a ser produzidos no Brasil serviços de maior valor agregado. Em consequência, ajudam a melhorar a situação do País em termos de troca de bens e serviços em relação ao resto do mundo”, explicou.

Durante o Congresso, o diretor do BNDES falou ainda da oportunidade que enxerga dentro do setor de diagnóstico por imagem, que, apesar da crescente presença de grandes multinacionais (instalação e aquisição de plantas produtivas), oferece

Paulo Henrique Antonino, do Ministério da Saúde, entre Pallamolla e Fraccaro, da ABIMO

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oportunidade para adensamento das cadeias produtivas. “A indústria nacional criou possibilidade de atuação competitiva em equipamentos de melhor custo-efetividade, como é o caso do ultrassom, que serve de base para diferentes aplicações na área médica e é um equipamento prioritário para o SUS”, opinou.

O setor de odontologia também representa oportunidade, segundo Pedro Palmeira, por ser o único segmento com histórico recente de superávit na balança comercial (US$ 13 milhões em 2012).Dentro da área de implantes ortopédicos, o crescimento associado a fatores epidemiológicos e sociais, bem como da ampliação da cobertura pelo SUS são bons prenúncios para a indústria nacional.

SEGMENTAÇÃO DO SETOR

Na tentativa de mapear as oportunidades e fragilidades da indústria médico-hospitalar, o diretor institucional da ABIMO, Márcio Bósio, adicionou a esse debate a necessidade de avançar em questões complementares para entender melhor os detalhes do setor produtivo. Segundo ele, a indústria de materiais e equipamentos médicos é formada, em maior parte, por pequenas e médias empresas que se dividem em cinco segmentos que precisam dialogar entre si para fazer inovação.

“Em equipamentos não dá mais para pensar que uma empresa vai continuar fabricando um ou dois equipamentos sem que ela faça uma discussão com empresas complementares, porque hoje, com a integração que os sistemas de gestão hospitalar estão trabalhando, não é mais possível que uma empresa com um único ou dois equipamentos possa ficar no mercado”, comenta Bósio.

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INOVAÇÃO - CIMES

A IMPORTâNCIA DA REGULAÇÃO

Para o superintendente da ABIMO, Paulo Fraccaro, todas as discussões que ocorreram no CIMES só fazem sentido com uma regulamentação forte e eficiente. “Todos nós, empresários produtores da indústria de equipamentos para a saúde, queremos uma regulação eficiente”, disse. “Porém, é preciso que essa regulação acompanhe a velocidade que as empresas têm no desenvolvimento de seus projetos de inovação.”

Segundo Fraccaro, é preciso que as empresas não possam mais dizer que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixa qualquer inovação envelhecida, devido à morosidade de seus registros.

De acordo com o diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, esses gargalos devem deixar de ser um problema para a inovação no setor de materiais e equipamentos para saúde. A reestruturação interna da Agência, que já está em andamento, promete desburocratizar a regulação sanitária brasileira, questão que impacta diretamente no retorno financeiro e na distribuição de recursos para a pesquisa e desenvolvimento (P&D)nas empresas.

A reestruturação, segundo Barbano, já avançou em aspectos importantes como o da certificação. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 39 de 2013 abriu caminho

para a utilização de relatórios de inspeções de organismos terceiros como subsídio para a emissão do CBPF de empresas de serviços e produtos para saúde e criou mecanismos de renovação automática para empresas dentro de determinados perfis. Além disso, a previsão de chegada de 314 novos servidores promete acelerar os processos de trabalho na Anvisa.

Com os avanços, o diretor-presidente espera que o ambiente regulatório seja desburocratizado e se torne estável e eficiente com a mudança do foco da instituição para a regulação de produtos de maior risco. “O trabalho que nós desenvolvemos agora é o de aprimorar o marco de regulação, tirar dele o que é supérfluo e fazer com que a instituição consiga focar naquilo que efetivamente interessa, que é avaliar o risco, segurança e eficácia daquilo que ela vai ou não permitir que chegue ao mercado”, declarou.

Para Barbano, a reestruturação da agência representará uma nova etapa na regulação sanitária brasileira. O projeto, anunciado no ano passado, foi pensado para ampliar a capacidade operacional da Anvisa, modernizar o marco regulatório sanitário e desburocratizar processos. “Acredito que nós temos como melhor resultado uma estrutura nova que está sendo capaz de promover mudanças importantes na cultura da instituição e uma imagem de uma grande agência reguladora absolutamente consolidada ao redor do mundo”, afirmou.

MENOS NORMAS

Segundo o diretor-presidente, no período de 2009 a 2010, a Anvisa fazia uma média de 250 normas por ano e hoje faz apenas 55, o que demonstra a preocupação da agência em desburocratizar o processo regulatório brasileiro. “Estamos muito preocupados em não sobrepor norma sobre norma e não fazer regulação daquilo que não precisa ser regulado. Isso significa dizer também que nós só fazemos normas para simplificar as que já existem”, esclareceu.

A respeito do processo de normatização, Barbano explicou que a Anvisa possui uma agenda regulatória bianual, feita em colaboração com o mercado e a sociedade, para tornar a produção de normas previsível.

Para ele, a iniciativa deve ser valorizada, pois o Brasil é o único País que adota a medida, destacando-se entre agências como a dos Estados Unidos, Europa, Canadá e ásia. “Isso é absolutamente importante. Essaé uma experiência inovadora no mundo. As agências com quem interagimos ainda não trabalham com a ferramenta da agenda regulatória”, completou.

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ARTIGO

Cartéis são acordos entre concorrentes; a ordem econômica pressupõe que empresas concorrentes devem (como é lógico) concorrer e que acordos entre tais empresas, com vista à eliminação total ou parcial dessa concorrência constituem infrações contra a ordem econômica. Mais do que isso, a lei também considera que isto é crime. No Brasil, a punição dos cartéis está a cargo, na esfera administrativa, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e, na esfera criminal, do Poder Judiciário. Este também pode rever as decisões do CADE.

Há várias formas que os cartéis podem tomar: fixação de preços (em geral mínimos), alocação de mercados, fraudes em concorrências (públicas ou privadas), restrição conjunta da produção, restrição conjunta do uso de tecnologia, etc. Em todos esses exemplos, existe uma limitação da concorrência entre os que devem concorrer: (i) na fixação de preços mínimos nenhum concorrente deve cobrar menos do que determinado valor, sendo eliminadas as políticas de descontos, (ii) na alocação de mercados os concorrentes dividem entre si seus alvos, tirando dos compradores a oportunidade de obter preços e condições melhores, (iii) nas fraudes a concorrências, os ofertantes decidem entre si quem vai fazer a oferta vencedora, obviamente diferente daquela que seria resultante de disputa, (iv) na restrição conjunta de produção, a oferta de produtos é controlada com o objetivo de aumentar os preços, (v)na restrição conjunta do uso da tecnologia os concorrentes acordam em deixar de fazer investimentos e assim prejudicam os compradores. A lista de possibilidades é grande; obviamente o que vai aqui exposto é meramente esquemático, podendo haver distintas configurações.

Não há dúvida de que cartéis causam danos não só aos compradores como sobretudo à economia como um todo e por isso são atacados administrativa e criminalmente. Mas é muito difícil prova-los, até porque, cientes da ilicitude, os participantes dos cartéis procuram não constituir provas, não produzindo documentos escritos ou provas concretas. O arsenal probatório, dentro de suas limitações, inclui escutas telefônicas (as pessoas falam o que devem) e ações de busca e apreensão (as pessoas costumeiramente guardam escritos incriminadores). Assim, se uma busca e apreensão encontra, em empresas concorrentes, previsões e orientações idênticas, isso não deve ser coincidência.

Mas a maior arma das autoridades, hoje, é o acordo de leniência, uma espécie do que se convencionou chamar de delação premiada. Por ele um dos membros do cartel procura a autoridade e negocia sua denúncia: normalmente obtém imunidade da multa e da punição criminal para os seus executivos que também assinarem o acordo; em troca deve colaborar com a autoridade, fornecendo os elementos que facilitem a investigação e levem à condenação dos demais concorrentes. Isso mostra que quem faz parte de um cartel está sempre à mercê dos concorrentes. Mas vale lembrar que as autoridades têm sido bastante exigentes quanto à qualidade da colaboração, que deve ser suficiente para as suas finalidades.

Se o cartel produz efeitos ou não, isso é irrelevante para a condenação dos seus integrantes, embora os efeitos possam ser agravantes das penas pecuniárias. O CADE adota a ideia de que basta a potencialidade lesiva, sendo desnecessário que a lesão ocorra. Obviamente essa potencialidade lesiva decorre da presunção segundo a qual cartéis são inerentemente danosos para a economia.

Uma boa política para evitar problemas é a criação e efetiva implementação de um programa de compliance, que nada mais é do que uma forma de educação para prevenção da prática de infrações.

CARTÉIS E LENIÊNCIA: A NOVA REALIDADE

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Mauro Grinberg, Ex-Conselheiro do CADE, Procurador da Fazenda Nacional (aposentado), ex-Presidente e atual Conselheiro do IBRAC e sócio da Grinberg Cordovil Advogados

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