abelhas sem ferrÃo armadilhas

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  • 8/3/2019 ABELHAS SEM FERRO aRMADILHAS

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    As abelhas da subfamlia Meliponinae (Hymenoptera, Apidae), so conhecidas por"abelhas indgenas sem ferro" por possurem o ferro atrofiado sendo, portanto,incapazes de ferroar. Ocorrem na Amrica do Sul, Amrica Central, sia, Ilhas do

    Pacfico, Austrlia, Nova Guin e frica. Taxonomicamente est subdividida em duastribos. Meliponini formada apenas pelo gneroMelipona, encontrado, exclusivamente,na regio Neotropical (Amrica do Sul, Central e Ilhas do Caribe), e Trigonini queagrupa um grande nmero de gneros e est distribuda em toda a rea de distribuioda subfamlia.

    Todas as espcies de Meliponinae so eusociais, isto , vivem em colnias constitudaspor muitas operrias (algumas centenas, at mais de uma centena de milhar, conforme aespcie) que realizam as tarefas de construo e manuteno da estrutura fsica dacolnia, coleta e processamento do alimento, cuidado com a cria e defesa. E por umarainha(em algumas poucas espcies so encontradas at cinco) responsvel pela postura

    de ovos que vo dar origem s fmeas (rainhas e operrias) e a, pelo menos, parte dosmachos (em diversas espcies, parte dos machos so filhos das operrias). Os machosso produzidos em grande nmero em certas pocas do ano e podem realizar,esporadicamente, algumas tarefas dentro da colnia, alm de fecundarem as rainhas,durante o vo nupcial. Normalmente, alguns dias aps emergirem (quando a abelha,aps terminado seu desenvolvimento, sai da clula de cria), os machos so expulsos dacolnia (Michener, 1946, apudKerr et al.(1996).

    Por manejo de meliponneos entende-se ameliponicultura, ou criao racional de

    meliponneos. A criao dessas abelhas sem ferroem cabaas, cortios e caixas rsticas constituiuma atividade tradicional em quase todas as

    regies do Brasil. Essa atividade, desenvolvida

    inicialmente pelos ndios, foi ao longo do tempopraticada por pequenos e mdios produtores e hojevem despertarndo o interesse de novos criadores e

    de algumas instituies.

    Kerr et al., 1996 - Abelha Uruu - BiologiaManejo e Conservao.

    ATRAO DE ENXAMES

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    Para se atrair enxames de melipondeos, utilizam-se caixas de madeira. No seuinterior coloca-se um pouco de cerume e resina, retirados de colnias dessas abelhas.Pode-se, tambm utilizar caixas nas quais estiveram instaladas colnias dessas abelhas,

    que foram transferidas e que ainda contm restos da colnia original. Estas caixasdevem estar bem fechadas e possuir uma abertura por onde as abelhas possam entrar.Devem ser colocadas em locais protegidos, onde existam colnias naturais, que possamenxamear. Devem ser periodicamente inspecionadas, retirando-se colnias de formigase, ou outros animais que possam a haver se instalado.

    Pelo que foi dito, com relao aoenxameamento nas abelhas sem ferro, um enxamerecm estabelecido, por enxameagem, no deve ser retirado de imediato do local. Issos deve ser feito quando a nova colnia estiver completamente estabelecida, com boaquantidade de favos e alimento estocado.

    DIVISO DE COLNIAS

    Para a diviso, retiram-se favos com cria velha (pupas e abelhas prestes a emergir),devendo-se usar, para isso, colnias fortes, com bastante cria. Se a colnia for de

    Melipona (mandaaia, manduri, uruu, jandara, tujuba, tiba etc), no h necessidadede se preocupar com clula real. Prem se a colnia for de uma espcie de Trigonini(jata, ira, mandaguari, timirim, mirim, mirim preguia, moa-branca etc.), necessrioque, nos favos, exista uma ou mais clulas reais, de preferncia prestes a emergir (veja oitem sobre determinao de casta e sexo).

    Alm dos favos, retiram-se, tambm, cerume e potes de alimento com mel e plen dascolmias que esto sendo divididas, tendo-se o cuidado de no danific-los. Com esseselementos monta-se a nova colmia, tomando-se todos os cuidados indicados noprximo item (quando da explicao decomo transferir colnias para caixas). A novacolmia deve receber abelhas jovens, reconhecidas pela sua cor clara e por no voarem.

    Aps a montagem da nova colnia, esta deve ser colocada no local onde se encontrava aantiga que deve ser transferida para outro lugar. Este cuidado visa suprir a nova colniacom abelhas campeiras. A nova colnia deve estar bem protegida contra o ataque deformigas, pois nesta fase o enxame ainda est desorganizado.

    Na formao de uma nova colnia podem ser utilizados elementos de mais de umacolnia da mesma espcie, tomando-se cuidado para no misturar abelhas adultas demais de uma colmia, pois elas se atacaro mutuamente e, consequentemente, muitasdelas iro morrer.

    A diviso de colnias deve ser realizada em poca na qual as abelhas estejamtrabalhando intensamente, e deve ser realizada pela manh, em dia quente e s deve

    http://www.ufv.br/Dbg/bee/ENXAMEAGEM.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ENXAMEAGEM.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ENXAMEAGEM.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/capturacolonias.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/capturacolonias.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/capturacolonias.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/capturacolonias.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/determcastaesexo.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ENXAMEAGEM.htm
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    envolver colnias fortes nas quais existam bastante alimento e favos de cria. Aidar(1996) relata vrios mtodos para a multiplicao artificial de colnias de Meliponaquadrifasciata, alm dos cuidados que se deve ter com as colnias recm formadas.

    CAPTURA DE COLNIAS E SUATRANSFERNCIA PARA CAIXAS

    Para capturar colnias existentes na natureza, o criador pode levar, para seumeliponrio, galhos ou troncos onde existam colnias, devendo, para isso, cort-los comcuidado para no atingir o ninho e fechar as extremidades do oco, caso fiquem abertas.

    Antes de cortar importante fechar a entrada da colmia com tela ou algodo paraimpedir que muitas abelhas escapem. No caso de muitas abelhas estarem fora do ninhoaps a captura da colnia, o tronco ou galho contendo o ninho deve ser deixado com aentrada aberta, o mais prximo possvel de onde se encontrava originalmente, para queas abelhas retornem. noitinha, quando todas as abelhas estiverem recolhidas, aentrada deve ser fechada com tela e ento a colnia pode ser transportada, com cuidado,para o meliponrio, devendo o tronco ser colocado na mesma posio em que seencontrava. A tela da entrada deve, ento, ser retirada. Durante o transporte, choquesviolentos devem ser evitados.

    Caso se deseje capturar colnias que se encontram em outro tipo de cavidade, comoparedes, muros, barrancos etc., estas devem ser transferidas diretamente para caixas.

    Para se transferir uma colnia de abelha indgena para caixa preciso ter acesso cavidade onde o ninho se encontra alojado. Caso este se encontre dentro de galho outronco de rvore, estes devem ser abertos com auxlio de machado,cunha e marreta oumotosserra, tomando-se cuidado para no atingir o ninho. Caso este se encontre emcavidades dentro de muros ou paredes, a cavidade pode ser atingida desmontando-separte da construo, o que nem sempre fcil ou possvel.

    Quando se trata de ninho subterrneo, cava-se o solo at atingir a cavidade onde ele se

    encontra, tendo-se, antes, o cuidado de introduzir, pela entrada, um arame com umpedao de algodo preso sua ponta. Este serve de guia e se este cuidado no forseguido pode-se perder o canal de entrada e, desse modo, no se conseguir achar oninho.

    Aps atingir a cavidade onde se encontra o ninho, realiza-se a transferncia de seuselementos para a caixa onde o ninho ser abrigado. No caso de ninhos subterrneos,muitas vezes possvel transferi-lo inteiro, sem que ele seja danificado. Neste caso, acaixa deve ter dimenses tais que permitam o acondicionamento do ninho inteiro (vejamodelos de colmias).

    Quando tiver que desmontar o ninho, para transferi-lo, certos cuidados devem sertomados: no caso do ninho haver sido submetido a golpes fortes, como acontece

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    normalmente com os alojados em troncos ou galhos de rvores, s os favos quecontenham larvas, que j ingeriram a maior parte do alimento e favos mais velhos,reconhecidos por sua cor mais clara e por serem mais resistentes, devem seraproveitados. Os favos novos, que contm ovos e larvinhas novas, devem serdescartados, como tambm todos os favos danificados ou amassados.

    Os favos devem ser colocados na mesma posio em que se encontravam na colnianatural, e entre dois favos deve haver espao suficiente para a circulao das abelhas. Omesmo deve acontecer entre o fundo da colmia e o primeiro favo colocado. Para seconseguir isto, coloca-se um pouco de lamelas de cerume entre os favos e entre estes e ofundo da colmia.

    O cerume deve ser retirado da colnia antiga e colocado na nova, tomando-se o cuidadopara no se amassar muito as lamelas. Estas devem ser colocadas em torno da cria paraproteg-la.

    S devem ser colocados na nova colnia potes de alimento intactos. Potes rachados,principalmente de plen, atraem fordeos (pequenas mosquinhas) que proliferam nacolmia, utilizando como alimento, principalmente, plen e alimento de cria. Aproliferao de fordeos pode levar destruio da colnia.

    O mel contido em potes danificados pode ser posteriormente devolvido colnia empequenas doses, colocadas em alimentadores. O poln pode ser devolvido, aps orestabelecimento da colnia, em potes de cera cuidadosamente fechados. muitoimportante que a colnia receba plen de sua prpria espcie, isso porque a existembactrias envolvidas na fermentao. Sem essa fermentao especfica, o plen nopode ser usado como alimento pelas abelhas (veja o itemalimento).

    Devem ser transferidos tambm os depsitos de resina e cera da colnia original, bemcomo todas as abelhas adultas. As que no conseguem voar devem ser cuidadosamentecoletadas e colocadas na nova colmia. Cuidado especial deve ser tomado com a rainhapoedeira que reconhecida pelo seu abdmen grandemente dilatado.

    As abelhas, que conseguirem voar e escaparem no momento da captura, voltam ao localonde a colmia estava instalada, a que se deve colocar a nova caixa para que elasentrem. importante que a entrada da nova caixa fique aproximadamente na mesmaposio em que estava a entrada da colmia antiga. Um pouco de resina e cerume da

    colnia original, colocados em torno da abertura da nova colnia, ajuda as abelhas aencontrarem a entrada, especialmente se for agregado um pouco de material da antigaentrada.

    Caso o ninho, antes de sua abertura, tenha sido transportado para longe do local ondeestava instalado, as abelhas que voarem tendero a voltar ao local de abertura do ninho ea nova colnia a deve ser deixada at que a maioria das abelhas tenha retornado eentrado na colnia.

    Em todos os casos, os restos da colnia antiga, especialmente as partes que contmresina e cerume, devem ser levados para longe, pois funcionam como atrativo para as

    abelhas que voaram, desorientando-as e dificultando a entrada destas na nova colmia.

    http://www.ufv.br/Dbg/bee/ALIMENTO.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ALIMENTO.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ALIMENTO.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/ALIMENTO.htm
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    Aps a montagem da colnia, a caixa deve ser fechada de modo a no deixar frestas poronde possam penetrar parasitas ou abelhas saqueadoras. Para a proteo contraformigas, o suporte da nova colnia pode ser untado com graxa de modo a impedir queelas a atinjam, pelo menos at seu restabelecimento.

    No se deve realizar transferncia quando as abelhas no estiverem trabalhandonormalmente, especialmente em pocas frias, quando as novas colnias podero ficarmuito tempo desorganizadas merc de predadores e parasitas.

    COLMIAS RACIONAIS PARA CRIAO DEMELIPONINAE

    As abelhas indgenas sem ferro podem ser acondicionadas em caixas rsticas detamanhos variados, com volume semelhante ao do ninho natural. Este tipo deacondicionamento tem sido muito utilizado em diversas regies. Muito comum tambm o alojamento de colnias de abelhas indgenas dentro de cabaas, sendo comumencontrar abelhas assim acondicionadas em casas da zona rural.

    As abelhas que constrem ninhos subterrneos normalmente s sobrevivem quandoacondicionadas em abrigos subterrreos. Estes abrigos podem ser construdos comtijolos ou mesmo com dois vasos de barro, opostos pela boca. Quando estes abrigosesto enterrados completamente, importante deixar um tubo conectando o abrigo como exterior para funcionar como tubo de sada das abelhas. O tamanho do abrigo deve sersemelhante ao da cavidade onde o ninho estava alojado.

    O Professor Paulo Nogueira Neto, sem dvida o maior especialista em criao deabelhas indgenas, idealizou uma colmia racional que facilita o manuseio e extrao domel e a diviso das colmias. Seu livro sobre este assunto leitura indispensvelqueles que desejam criar abelhas indgenas sem ferro.

    Para se transferirem colnias para este modelo de caixa (modelo PNN), deve-se tomarcuidado especial com os potes de alimento, pois a altura dos espaos destinados a eles limitada. S devem ser transferidos diretamente os potes integros. O resto do alimentodeve ser transferido, posteriormente,como j descrito.

    EXTRAO DE MEL

    Quando a colmia utilizada para criao das abelhas for de um modelo que as obrigue acolocar a maioria dos potes de alimento em posio que permita que eles sejam

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    removidos, sem danificar a estrutura do ninho, eles devem ser removidos, juntamentecom a gaveta (em colmias semelhantes ao modelo PNN) ou isoladamente (em colmeiasde outros modelos), abertos e colocados para escorrer sobre peneira. Quando a colmiano permitir a separao dos potes do resto do ninho, como acontece em colniasacondicionadas em cabaa ou caixas rsticas, o mel pode ser retirado com o auxlio de

    uma seringa plstica de 20 cm, sem agulha. Nesse caso, os potes so abertos e o melsugado com auxlio da seringa que deve ser nova, estril e usada unicamente para essafinalidade. Uma parte do mel existente na colmia deve ser sempre deixada para oconsumo das abelhas.

    Algumas abelhas tm o hbito de coletarem fezes, suor ou outras substncias quepodem estar contaminadas e, desse modo, serem prejudiciais sade humana. Nessescasos, deve-se evitar o consumo do mel, pelo menos quando as colmias estiverem emlocal onde as abelhas tenham acesso a estas substncias.

    CUIDADOS GERAIS

    Em pocas de escassez de flores, pode ocorrer falta de alimento nas colmeias,especialmente em reas superpovoadas. importante que o meliponicultor verifique,periodicamente, o estado de suas colmias e, em caso de fome, alimente-as com mel de

    Apis dissolvido com 20% de gua limpa (8 partes de mel para duas partes de gua) ouxarope obtido pela mistura de uma parte de acar, ou rapadura e uma parte de gua. Amistura fervida, e depois de fria, pode ser utilizada para alimentar a colnia.

    O alimento deve ser colocado em um alimentador, que pode ser um pedao demangueira transparente fechado com algodo. Coloca-se o mel ou xarope dentro efecha-se a outra extremidade tambm com algodo, fazendo com que este se embeba noxarope. O alimentador ento posto dentro da colmia, tomando-se cuidado para queno vaze.

    Dadas as caractersticas biolgicas das abelhas, elas so bastante sensveis endogamia,

    cruzamento entre parentes (veja item sobredeterminao de casta e sexo) e, por essarazo, o meliponicultor precisa ter em seu meliponrio, no mnimo, 40 colmias de cadaespcie que esteja criando. Isto no necessrio caso o meliponrio esteja instalado emambiente onde esse nmero de colmias possa existir na natureza (prximo de mata ououtro ambiente rico em colnias das espcies em questo).

    As abelhas, em geral, so insetos muito importantes para a polinizao e devem serpreservadas. Uma das formas de se fazer isso preservar colnias naturais. Omeliponicultor deve preocupar-se em coletar apenas as colnias que estejam correndorisco, procurando, sempre que possvel, no derrubar rvores com o nico intuito decoletar colmias dessas abelhas.

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    As abelhas mais comuns na rea onde est instalado o meliponrio devem ser aspreferidas pelo meliponicultor, desde que atendam aos seus objetivos. Na tentativa deobter colmias de abelhas raras na regio onde se encontra, o meliponicultor podeinadvertidamente estar contribuindo para a extino destas abelhas, pois muitas delasno se adaptam s condies de criao.

    MODELOS DE COLMIASRACIONAIS

    1. Modelo Paulo Nogueira-Neto (PNN)- Mandaaia (Melipona quadrifasciata) e Jata(Tetragonisca angustula)

    COLMIA RACIONAL, MODELO PAULO NOGUEIRA NETO (MODELOPNN).

    (a) vista desmontada; (b) vista montada; (c) vista em corte para mostrar como fica o ninho na colmia.

    Medidas da caixa para mandaaia.

    Duas gavetas por caixa:

    A) paredes da frente e de trs - quatro peas de 40x6x2cm;

    B) paredes laterais - quatro peas de 16x6x2cm;

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    C) grande piso central (ao lado da cria) - duas peas de 10x4x2cm.

    S na gaveta de baixo:

    E) tbua para fechar por baixo o espao da cria - uma pea de 20x16x2cm;

    F) tbua para fechar por baixo o vo no lado oposto cria - uma pea de 20x6x2cm.

    Teto nico da caixa:

    G) tbua do teto - uma pea de 40x20x2cm;

    H) ripas de reforo do teta - quatro peas de 20x4x2cm.

    Outras dimenses:

    1) tamanho (superfcie) da rea destinada cria - 12x12cm;

    2) largura do canal entre o piso grande e o piso pequeno - 2cm;

    3) entrada da caixa (na gaveta de baixo) - 2x2cm;

    4) largura do espao entre o grande piso central e a parede lateral mais prxima - 2cm.

    Medidas da Caixa para jata

    Duas gavetas por caixa:

    A) paredes da frente e de trs - quatro peas de 40x4x2cm;

    B) paredes laterais - quatro peas de 16x4x2cm;

    C) grande piso central - duas peas de 25x16x2cm;

    D) pequeno piso (ao lado da cria) - duas peas de 9x6x2cm.

    S na gaveta de baixo:

    E) tbua para fechar por baixo o espao da cria - uma pea de 20x12x2cm;

    F) tbua para fechar por baixo o vo no lado oposto cria - uma pea de 20x6x2cm. Teto (nico) da caixa:

    O) tbua do teta - uma pea de 40x20x2cm:

    H) ripas de reforo do teta - quatro peas de 20x4x2cm.

    Outras dimenses:

    1 - tamanho (superfcie) da rea destinada cria: 10x 10cm;

    2 - largura do canal entre o piso pequeno: 1 cm;

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    3 - entrada da caixa (na gaveta de baixo): 1x2cm (altura);

    4 - largura do espao entre o grande piso central e a lateral mais prxima: 1cm.

    NOTA:As peas F e H podem ser iguais. Caso se deseje uma gaveta extra para colocar alimentadores,

    sugere-se fazer mais uma gaveta igual s outras, mas com a pea D (pequeno piso), medindo 16x8x2cm

    (Fig. 1C, gaveta superior). Deixa-se um vo de 1cm entre essa pea e a parede lateral mais prxima damesma.

    Especificaes para outras espcies so encontradas no livro "A criao de abelhas indgenas sem

    ferro (Meliponinae") de autoria do Prof. Paulo Nogueira Neto, 2 edio. Editora Tecnapis, So Paulo,

    1970.

    2.

    Modelo Uberlndia para Uruu(Melipona scutellaris)

    MODELO UBERLNDIA PARA URUU (Melipona scutellaris).

    Kerr et al. (1996) consideram o volume da colmia como fator relevante para aadaptao das abelhas sem ferro ao ambiente da colmia. Assim, medidas equivalentesao dobro do volume ocupado, em mdia, pela colnia da espcie na natureza, devem serpreferidos na construo da colmia. Podendo haver alteraes, dependendo da regio,para uma mesma espcie; por exemplo, a mandaaia (Melipona quadrifasciata) nointerior de So Paulo e de Minas Gerais ocupa um volume (interno da colmia) de 10litros e no litoral e Espirto Santo pode chegar a 25 litros. Para jandara (Melipona

    subnitida), 15 litros o ideal e para jata(Tetragonisca angustula), 8 litros.

    Colmia Uberlndia:

    Caixa cbica de 27 litros (30 x 30 x 30 cm -medidas internas);

    Fundo removvel; Ala de 10 cm de altura para melgueira; Tbua sanduche: madeira externa, isopor (1

    a 1,5 cm) e frmica colados.

    Obs.: fazer um orifcio de 3 cm de dimetrona parede oposta entrada da colmia. Esteorifcio deve ser tapado com tela e fita crepee aberto aps um dia de chuva.

    3. Modelo Sobenko para Jata

    http://www.ufv.br/Dbg/bee/modelouberl.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/modelouberl.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/colm%C3%A9iasobenkoparajata%C3%AD.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/colm%C3%A9iasobenkoparajata%C3%AD.htmhttp://www.ufv.br/Dbg/bee/modelouberl.htm
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    4.COLMIA SOBENKO PARA JATA

    Esse modelo de colmia foi desenvolvida pelo Sr.

    Joo Sobenko, da APACAME (Associao Paulista de

    Apicultores Criadores de Abelhas Melferas

    Europias).

    Nesse modelo a disposio da rea destinada acolocao dos potes de mel pelas abelhas(melgueira) fica na parte superior da colnia, oque possibilita o aumento do nmero delas,

    dependendo da produo.

    As medidas apresentadas no desenho (figura 1)so as internas, pois a caixa deve ser construdacom madeira expessa (2,5 a 3 cm) para se evitarvariaes bruscas na temperatura interna dacolnia.

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    Figura 1. Desenho esquemtico da Colmia Sobenko para Jata, as escalas so apresentadas no desenho eas medidas so em mm.

    A extrao do mel feita primeiro na melgueira superior, ele pode ser extrado comodito acima (usando-se seringa ou peneira), ou, quando disponvel, uma bomba de vcuoadaptada a um sugador.

    5.

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