abc da caatinga nr. 3 - 8 de fevereiro

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BIODIVERSIDADE DA CAATINGA Aroeira Nome científico: Myracrodruon urundeuva Allemão Árvore de seis a 14 metros de altura, podendo chegar a 25 metros em terrenos mais férteis, com tronco de 50cm a 80cm de diâmetro. Possui flores pequenas, de dois a três milímetros de diâmetro, de cor creme ou laranja. O fruto é redondo ovalado, com cerca de 5mm de comprimento, de casca castanho-escura e polpa castanha e carnuda. A floração ocor- re de junho a julho, geralmente com a árvore nua de folhagem. Seus frutos amadurecem de fim de setembro até outubro. A árvore tem uso paisagístico, indicada para arborização em geral. Possui madeira de grande resistência e praticamente não apodrece. Utilizada amplamente em postes, estacas, dormentes, vigas e armações de pontes, moendas de engenho e para construção civil, como caibros, vigas e tacos para assoalhos. A aroeira também apresenta grande uso farmacológico. Sua entrecasca possui propriedades antiinflamatórias, adstringentes, antialérgi- cas e cicatrizantes. As raízes são usadas no tratamento de reumatismo e as folhas são indicadas para o tratamento de úlceras. Fortaleza-Ceará-Brasil Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 12 Verde Verde Verde A união faz a força na conservação da Caatinga E m 2007, um passo à frente foi dado para a preservação do bioma. Naquele ano foi criada a Aliança da Caatinga, por insti- tuições comprometidas com a sua proteção. A Aliança é formada por: Associação Caatinga, The Nature Conservancy (TNC), Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e Associações de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural que atuam na região (Asa Branca, APPN, ARPE- MG, Macambira e Preserva). Considerando que os poucos remanescentes das florestas de Caatinga preservada se encontram em propriedades rurais, uma forma de garantir a pro- teção é estimular a criação de Reservas nestas pro- priedades. Unida para estimular esse processo e as- sim ampliar as áreas protegidas na região, a Aliança criou o Programa de Incentivo à Conservação em Áreas Privadas, que já viabilizou a criação de 18 novas Reservas Naturais nos estados do Ceará, Per- nambuco e Alagoas. Atualmente as Reservas Naturais já são res- ponsáveis por 7% de todas as áreas especial- mente protegidas na Caatinga. Mas é preciso proteger muito mais, pois a Caatinga nos for- nece serviços ambientais preciosos como água, proteção dos solos e equilíbrio do clima. O Programa de Incentivo à Conservação em Ter- ras Privadas na Caatinga receberá até 31 de março de 2011 propostas para o apoio a conservação na Caatinga do Ceará. O Programa, atualmente pa- trocinado pela MPX, apoiará diretamente proprie- tários rurais que desejam criar RPPN, bem como proprietários que já possuem RPPN em suas áreas e que desejam fortalecer a proteção destas áreas. (www.acaatinga.org.br). ABC da Caatinga Conheça mais em: www.acaatinga.org.br

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Page 1: ABC da Caatinga Nr. 3 -  8 de fevereiro

BIODIVERSIDADE DA CAATINGAAroeira Nome científi co: Myracrodruon urundeuva Allemão Árvore de seis a 14 metros de altura, podendo chegar a 25 metros em terrenos mais férteis, com tronco de 50cm a 80cm de diâmetro. Possui fl ores pequenas, de dois a três milímetros de diâmetro, de cor creme ou laranja. O fruto é redondo ovalado, com cerca de 5mm de comprimento, de casca castanho-escura e polpa castanha e carnuda. A fl oração ocor-re de junho a julho, geralmente com a árvore nua de folhagem. Seus frutos amadurecem de fi m de setembro até outubro. A árvore tem uso paisagístico, indicada para arborização em geral. Possui madeira de grande resistência e praticamente não apodrece. Utilizada amplamente em postes, estacas, dormentes, vigas e armações de pontes, moendas de engenho e para construção civil, como caibros, vigas e tacos para assoalhos. A aroeira também apresenta grande uso farmacológico. Sua entrecasca possui propriedades antiinfl amatórias, adstringentes, antialérgi-cas e cicatrizantes. As raízes são usadas no tratamento de reumatismo e as folhas são indicadas para o tratamento de úlceras.

Fortaleza-Ceará-BrasilTerça-feira, 8 de fevereiro de 201112 VerdeVerdeVerde

A união faz a força na conservação da CaatingaEm 2007, um passo à frente foi dado para

a preservação do bioma. Naquele ano foi criada a Aliança da Caatinga, por insti-

tuições comprometidas com a sua proteção. A Aliança é formada por: Associação Caatinga, The Nature Conservancy (TNC), Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e Associações de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural que atuam na região (Asa Branca, APPN, ARPE-MG, Macambira e Preserva).

Considerando que os poucos remanescentes das fl orestas de Caatinga preservada se encontram em propriedades rurais, uma forma de garantir a pro-teção é estimular a criação de Reservas nestas pro-priedades. Unida para estimular esse processo e as-sim ampliar as áreas protegidas na região, a Aliança criou o Programa de Incentivo à Conservação em

Áreas Privadas, que já viabilizou a criação de 18 novas Reservas Naturais nos estados do Ceará, Per-nambuco e Alagoas.

Atualmente as Reservas Naturais já são res-ponsáveis por 7% de todas as áreas especial-mente protegidas na Caatinga. Mas é preciso proteger muito mais, pois a Caatinga nos for-nece serviços ambientais preciosos como água, proteção dos solos e equilíbrio do clima.

O Programa de Incentivo à Conservação em Ter-ras Privadas na Caatinga receberá até 31 de março de 2011 propostas para o apoio a conservação na Caatinga do Ceará. O Programa, atualmente pa-trocinado pela MPX, apoiará diretamente proprie-tários rurais que desejam criar RPPN, bem como proprietários que já possuem RPPN em suas áreas e que desejam fortalecer a proteção destas áreas. (www.acaatinga.org.br).

ABC da CaatingaCaatingaCaatingaConheça mais em: www.acaatinga.org.br

Árvore de seis a 14 metros de altura, podendo chegar a 25 metros em terrenos mais férteis, com tronco de 50cm a 80cm de diâmetro.

O fruto é redondo ovalado, com cerca de 5mm de comprimento, de casca castanho-escura e polpa castanha e carnuda. A fl oração ocor-re de junho a julho, geralmente com a árvore nua de folhagem. Seus frutos amadurecem de fi m de setembro até outubro. A árvore tem uso paisagístico, indicada para arborização em geral. Possui madeira de grande resistência e praticamente não apodrece. Utilizada amplamente em postes, estacas, dormentes, vigas e armações de pontes, moendas de engenho e para construção civil, como

A aroeira também apresenta grande uso farmacológico. Sua entrecasca possui propriedades antiinfl amatórias, adstringentes, antialérgi-cas e cicatrizantes. As raízes são usadas no tratamento de reumatismo e as folhas são indicadas para o tratamento de úlceras.