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ABC - SECAGEM E BENEFCIO DE CEREAIS1) SECAGEM E ARMAZENAGEM 1.1 Recebimento a) Moegas

Para o recebimento de gros na unidade de secagem, temos que prever a construo de uma ou duas moegas em alvenaria, dentro da rea coberta. Dever ser localizada num ponto de fcil acesso de caminhes e carretas para descarga do produto, preferencialmente com rea para entrada e sada dos veculos, evitando-se manobras desnecessrias. Evitar recebimentos na moega, ao mesmo tempo, de produtos com qualidade, variedade e umidades diferentes, isto poder causar um mal desempenho da pr-limpeza e consequentemente do secador. A capacidade da moega dever ser calculada a fim que ela tenha um bom escoamento, para que o produto fique o mnimo tempo dentro dela, evitando-se assim a fermentao dos gros. A umidade dos gros fator predominante para sua conservao, quanto mais alta sua umidade, mais rpida a sua deteriorao, que com base neste fato, quanto mais rpido seu fluxo de secagem, maiores as chances de conservarmos a qualidade do produto colhido. Quanto a construo da moega, dever ser sempre em alvenaria, preferencialmente concretada, sem buracos ou pontos de reteno de gros, e ter uma declividade mnima de 45 nas bordas entre as faces, para que haja escoamento total do produto. Como a moega ser abaixo do nvel do terreno, observar, durante a feitura do buraco, o surgimento de umidade excessiva, que podem causar infiltraes nas faces, aps sua concretagem. Para evitarmos este inconveniente, sugerimos sua construo durante o perodo das guas, quando esta observao ser mais fcil. Sobre a moega de recebimento, para sustentao dos veculos que iro efetuar a descarga, prever a instalao de 2 vigas "I" ao longo do comprimento, em paralelo, eqidistantes entre si, com a mesma bitola de caminhes, com perfil mnimo de 12", apoiadas em brocas previstas pela

obra civil. A instalao destas vigas devem prever altura suficiente para fixao sobre elas, do madeiramento para proteo e pista guia do veculo. Como sugesto, observe o lay-out abaixo :

b) Poo do elevador de carga Para o escoamento da moega, temos que prever um poo para a instalao de um ou dois elevadores para carga da pr-limpeza, sendo sua construo em alvenaria juntamente com a moega . Este poo tem que ter uma rea til suficiente para instalao e manuteno do transportador, com uma profundidade superior a da moega, com espao mnimo para queda de 45 entre o registro de descarga e a moega de carga do elevador. A essa medida, sugerimos adicionar ao menos 50 cm, quando possvel, prevendo uma distribuio valvulada a ser adicionada no futuro, caso duplique o nmero de elevador ou moega. Observar que quanto mais profundo o elevador, maior a rea disponvel a ser prevista, ou seja, se um poo de elevador atinge at 4,0 m de profundidade, poderemos prever uma rea aproximada de 4 m2 (2 x 2 m), suficiente para manuteno e montagem, porm se a profundidade for maior, devemos prever uma rea aproximada de 5 m2 (2 x 2,5 m), que alm das necessidades j citadas, proporcione um ambiente arejado, evitando assim acmulo de gases formados por possvel fermentao de produtos resultante de retorno ou embuchamento por excesso de carga, muito comum neste tipo de transportador.

Sobre estes gases, bom salientar que, alm deles serem txicos, podendo causar at morte por inalao excessiva, so em sua maioria, inflamveis, podendo causar uma exploso por ignio (faisca, curto-circuito, combusto de fsforo ou isqueiro) ou mesmo uma combusto espontnea, dependendo das condies do ambiente ao fundo do poo em questo. Sempre que for necessrio a descida de algum ao fundo de um poo profundo, certifique se o mesmo est dentro dos parmetros citados e mesmo assim, a operao ser assistida por outra pessoa na superfcie, em condies de resgat-lo caso seja necessrio. 1.2 Pr-Limpeza Ao recebermos um produto diretamente da colheita, mesmo que a mesma tenha sido efetuada por colhedeiras mecnicas, temos que reduzir o teor de impurezas antes de iniciar a secagem. As colhedeiras mecnicas, teoricamente, teriam que efetuar uma pr-limpeza inicial reduzindo as impurezas at 8%, mas isto na prtica no ocorre devido a regulagem que lhes so impostas, a fim de se obter o maior rendimento possvel no campo, no que tange a sua capacidade em detrimento a sua eficincia na qualidade. Considerando este fator, a peneira de pr-limpeza precisa superar esta deficincia no produto, recebendo gros com grau de impureza prxima a 12% quando pelas normas, seria no mximo 8%, reduzindo-as a prximo 4%, comprometendo assim a sua capacidade de trabalho real, portando, ao dimensionar a capacidade de pr-limpeza de sua unidade, considere o exposto, aumentando a capacidade terica necessria no projeto em 25%. Esta percentagem proposta, cobre tambm a reduo de capacidade no incio da colheita, devido ao excesso de umidade do gro que chega prximo a 25%, quando pelas normas, seria no mximo a 18%, umidade esta, que s conseguimos obter, quase ao final da colheita. Toda peneira pr-limpeza, tem que ser equipada com aspirao na carga do produto, a fim de aliviar o servio de limpeza posterior, que por vibrao de peneiras, processo ineficiente nas impurezas leves. Algumas mquinas tambm tem aspirao na descarga, para eliminar impurezas leves, j em menor volume, que se desprenderam dos gros durante o peneiramento, melhorando sensivelmente a qualidade do produto e contribuindo na reduo do grau de impureza final. O processo de peneiramento consiste basicamente em 3 peneiras, preferencialmente intercambiveis, sendo a superior de furao com tamanho suficiente para passagem de elementos que sejam pouco

maior que o gro beneficiado, retendo assim todos os elementos maiores que o mesmo, a peneira intermediria de furao com tamanho suficiente para passagem de elementos que sejam pouco menor que o gro beneficiado, e a peneira inferior de furao com tamanho suficiente para passagem de terra e pedriscos, eliminando assim todos os elementos menores que o produto final. A furao da peneira de acrdo com o gro a ser beneficiado, considerando a necessidade do trabalho a ser efetuado e a amplitude de vibrao da mquina a ser utilizada. Esses furos podem ser redondo ou alongado (oblongo) e sua medida varia conforme o produto e o trabalho a ser efetuado. Abaixo, sugerimos algumas medidas de furao de peneira para pr-limpeza de alguns cereais :PENEIRA SUPERIOR 10,5 mm 9,5 x 20 mm 9,5 mm 8 ou 4 x 20 mm 7 mm PENEIRA INTERMEDIRIA 3,5 ou 4,5 x 20 mm 4,5 mm 1,75 x 20 mm 2 x 20 mm 3 mm PENEIRA INFERIOR 2 mm 2,5 mm 2 mm 2 mm 2 mm

PRODUTO SOJA MILHO ARROZ TRIGO SORGO 1.3 Silo Pulmo

Alguns produtos, como o arroz, exigem o recurso da utilizao de um silo intermedirio entre a pr-limpeza e o secador, chamado de Silo Pulmo. Esta necessidade se deve ao fato que a secagem muito lenta, no caso do arroz sempre intermitente, comprometendo a capacidade de escoamento do recebimento. Este silo pode, opcionalmente, ser equipado com ventilao forada, afim de evitar a fermentao pelo excesso de umidade, somado ao tempo de espera para seguir ao secador. O silo pulmo pode ser quadrado ou redondo, considerando sempre seus ngulos com declividade mnima de 45, a fim de evitar reteno de produtos e facilitar o fluxo para sua descarga total.

1.4 - Secagem A secagem dos cereais feita atravs de secadores mecnicos, divididos basicamente em 4 tipos, com caractersticas distintas a saber : a) Rotativo O secador ROTATIVO um secador de seca intermitente, cujo processo de trabalho consiste em um tambor de carga giratrio que mexe a massa de produto constantemente e com ventilao forada do centro para extremidade, sem exausto, sendo o modelo mais eficiente para carga de gros com alta umidade.

A temperatura do ar insuflado, aquecido por irradiao ou por fogo direto, sendo esta a forma mais usada, considerando que a adio de odores oriundos da combusto no afeta a qualidade final do cereal, dever ser at 90 C (exceto feijo: 45 C) e constante, evitando quedas ou altas bruscas de temperaturas, observando para que a temperatura da massa nunca ultrapasse 45 C. Este tipo de secador tem como desvantagem, a liberao excessiva de detritos e partculas da massa de gros, oriundas do efeito mecnico causado pelo seu movimento giratrio, obrigando o operador a efetuar constante limpeza ao redor do equipamento ou estender uma lona sob o tambor durante a secagem, para posterior retirada do acmulo decantado, antes de cada descarga. As cargas devero ser feitas sempre com o ventilador funcionando e a fornalha apagada, que dever ser acesa somente aps a meia carga, sendo este carregamento por lotes homogneos e sempre at a plena carga, para maior eficincia da secagem e consequentemente maior economia no tempo do processo e consumo de energia trmica e eltrica. O gro dever ser seco at a umidade aproximada de 13 %, quando dever ser transferido para os silos de armazenagem.

b) Secador Horizontal O secador horizontal STANDARD tambm um secador de seca intermitente, cujo processo de trabalho consiste em uma caixa horizontal para carga esttica, sendo que a movimentao constante do produto feita por um elevador, transportador agregado ao equipamento que faz tambm a carga e a descarga, com ventilao forada do centro para extremidade, sem exausto, sendo este modelo, muito eficiente para gros que exijam seca mais lenta, ou seja, perodos alternados e constantes de secagem e descansos. As cargas devero ser feitas sempre com a fornalha apagada, que dever ser acesa aps a meia carga, sendo este carregamento por lotes homogneos e sempre a plena carga, para maior eficincia da secagem e consequentemente maior economia no tempo do processo e consumo de energia trmica e eltrica. Caso a carga seja feita por produtos com excesso de umidade, muito comum no incio da colheita, coloca-lo em movimento no secador, sem aquecer o ar, somente com ventilao, durante mnimo 1 hora. Nas ltimas horas de secagem, a partir da umidade de 16%, comum a liberao de detritos da massa de gros, causados pela ao mecnica da movimentao do produto, que j esta mais seco externamente, procedendo assim uma limpeza do produto final, portanto o secador, em seu processo de circulao ou movimentao dos gro, retira mecanicamente estes detritos, atravs da bica de jogo vibratria, localizada na descarga do equipamento. O gro dever ser seco at a umidade aproximada de 13 %, quando dever ser transferido para os silos de armazenagem. c) Secador Vertical O secador vertical VS tambm um secador de seca intermitente, cujo processo de trabalho consiste em uma caixa vertical para carga esttica, sendo que a movimentao constante do produto feita por um elevador, transportador agregado ao equipamento que faz tambm a carga e a descarga, com ventilao forada do centro para extremidade, sem exausto, sendo este modelo, muito eficiente para gros que exijam seca mais lenta, ou seja, perodos alternados e constantes de secagem e descansos. As cargas devero ser feitas sempre com a fornalha apagada, que dever ser acesa aps a meia carga, sendo este carregamento por lotes homogneos e sempre a plena carga, para maior eficincia da

secagem e consequentemente maior economia no tempo do processo e consumo de energia trmica e eltrica. Caso a carga seja feita por produtos com excesso de umidade, muito comum no incio da colheita, coloca-lo em movimento no secador, sem aquecer o ar, somente com ventilao, durante mnimo 1 hora. Nas ltimas horas de secagem, a partir da umidade de 16%, comum a liberao de detritos da massa de gros, causados pela ao mecnica da movimentao do produto, que j esta mais seco externamente, procedendo assim uma limpeza do produto final, portanto o secador, em seu processo de circulao ou movimentao dos gro, retira mecanicamente estes detritos, atravs da bica de jogo vibratria, localizada na descarga do equipamento. O gro dever ser seco at a umidade aproximada de 13 %, quando dever ser transferido para os silos de armazenagem.

d) Secador Contnuo O secador contnuo um secador vertical apto a efetuar seca contnua ou intermitente, conforme o produto ou a umidade inicial. Este modelo o mais usado em cereais, por sua eficincia e a grande capacidade de fluxo, sempre com gerador de calor tipo fogo direto, devido a sua grande demanda de capacidade calrica. Sua construo vertical e com canaletas paralelas, facilita a secagem e homogeneidade do gro, sendo o processo de secagem duplo, ou seja, no mesmo mdulo temos passagens de ar concorrente e contracorrente. O novo conceito de secador contnuo para cereais com aspirao no topo do equipamento, que alm de dar maior eficincia na

seca, traz maior economia no consumo energtico, tanto eltrico como trmico. Esta economia obtida pelo menor perda de presso esttica no fluxo interno do equipamento. A carga do gro mido feita na parte superior do secador, prximo ao ventilador, do qual exigido maior presso esttica e menor vazo e conforme o cereal vai perdendo umidade, esta relao inversa, ou seja, j com quase 13% de umidade, prximo a descarga na parte inferior e portanto distante do ventilador, necessitamos apenas de maior vazo e o mnimo de presso esttica. Como a presso esttica o fator preponderante no consumo de energia eltrica, consumimos o mnimo indispensvel para a seca, sem as perdas comuns dos modelos convencionais de secador contnuo, com o ventilador localizado ao nvel do solo e seus dispositivos direcionais do fluxo de ar, que aumentam sensivelmente seu consumo.

Durante o processo, a temperatura do ar quente, aquecido por fogo direto (evitando sempre fagulhas oriundas da combusto), dever ser at 120 C (exceto feijo : at 45 C), observando que a temperatura da massa nunca ultrapasse 45 C, sempre se evitando tambm quedas ou altas bruscas de temperaturas, que causem a impermiabilizao e rompem a

estrutura molecular do gro, danos irrecuperveis a qualidade do gro, dependendo de sua finalidade final. O gro dever ser seco at a umidade aproximada de 13 %, quando dever ser transferido para os silos de armazenagem. 1.5 - Silo para Armazenagem Aps a secagem do cereal, o mesmo dever ser armazenado em silos metlicos com ventilao forada, a fim de homogenizar e conservar o produto at sua comercializao ou transferencia. O gro com umidade limite de 13% tem sua conservao garantida por um longo perodo, se fazendo necessrio o controle a incidncia de moscas e pragas, que causam o aumento de temperatura em meio ao produto armazenado, a fim de se evitar a deteriorao do mesmo. Para este controle utilizamos o recurso da termometria, que consiste em sensores em forma de cabos flexveis, suspensos desde o teto at prximo ao piso, distribudos pela rea total do silo, sendo que estes cabos so interligados a uma central de leitura, a fim de captar a temperatura em cada ponto, obtendo-se assim um controle eficaz das temperaturas internas, para que quando necessrio, se utilizar do recurso da ventilao forada para normalizao do ambiente. Existem vrios modelos de silos aerados, porm o mais utilizado com a base plana em alvenaria de concreto com canaletas metlicas perfuradas para distribuio de ar, em forma de espinha de peixe, com o corpo em chapa ondulada e galvanizada. A ventilao de ar feita por um ou dois ventiladores, com modelos que variam de centrfugo radial, dependendo do dimetro, da capacidade e a finalidade de cada silo. Para o clculo da capacidade necessria de armazenagem em cada unidade, temos que considerar alguns fatores como a capacidade total da colheita, nmeros de dias para este recebimento, bem como o nmero de dias necessrios para o escoamento, considerando sempre uma percentagem para o estoque estratgico, conforme sua necessidade. 1.6 - Silo de Expedio Trata-se de um silo metlico suspenso, com as mesmas caracteristicas construtivas do silo para armazenagem, porm sem ventilao forada e seu fundo, necessariamente cnico com uma declividade mnima de 45. Sua capacidade normalmente estimada para a carga de 2 carretas, ou seja, prxima a 60 toneladas, funcionando assim, como um

pulmo entre uma carga e outra, controlada por uma valvula de descarga valvulada. A localizao do silo de expedio, precisa prever o fcil translado de carretas sob ele, bem como a segurana de sua fixao, considerando a movimentao de veculos pesados entre seus pilares de sustentao.

2) BENEFCIO

2.1 - Limpeza O processo de armazenagem de gros, bem como sua extrao, causam pequenas avarias aceitveis, causadas pela compactao e danos mecnicos nos transportadores. Estas impurezas, num volume aproximado de 4% do volume, precisam ser reduzidas a 1% antes dos gros seguirem seu fluxo, sendo que para este processo utilizamos uma peneira de limpeza. A peneira de limpeza, normalmente tem a mesma concepco da peneira pr-limpeza, porm com tamanho diferente da furao das peneiras, tornando o processo mais apurado em detrimento de sua capacidade, que reduzida em aproximadamente 50% em relao a peneira pr-limpeza. O equipamento equipado com aspirao na carga do produto, a fim de aliviar o servio de limpeza posterior, que por vibrao de peneiras, processo ineficiente nas impurezas leves. Algumas mquinas tambm tem aspirao na descarga, para eliminar impurezas leves, j em menor volume, que se desprenderam dos gros durante o peneiramento, melhorando sensivelmente a qualidade do produto e contribuindo na reduo do grau de impureza final. O processo de peneiramento consiste basicamente em 3 peneiras, preferencialmente intercambiveis, sendo a superior de furao com tamanho suficiente para passagem de elementos que sejam pouco maior que o gro beneficiado, retendo assim todos os elementos maiores que o mesmo, a peneira intermediria de furao com tamanho suficiente para passagem de elementos que sejam pouco menor que o gro beneficiado, e a peneira inferior de furao com tamanho suficiente para passagem de terra e pedriscos, eliminando assim todos os elementos menores que o produto final. A furao da peneira de acrdo com o gro a ser beneficiado, considerando a necessidade do trabalho a ser efetuado e a amplitude de vibrao da mquina a ser utilizada. Esses furos podem ser redondo ou alongado (oblongo) e sua medida varia conforme o produto e o trabalho a ser efetuado.

Abaixo, sugerimos algumas medidas de furao da peneira de limpeza de alguns cereais : PRODUTO SOJA MILHO ARROZ TRIGO SORGO 2.2 - Classificao a) Classificao por tamanho Para classificar o produto em 3 tamanhos padronizados, utilizamos mquinas que vo peneirar o cereal conforme um padro j pr estabelecido no mercado. A medida da furao, mesmo quando oblonga, sempre a medida da largura do furo, pois o seu comprimento depender da amplitude de vibrao da peneira, mantendo-se a furao paralela a vibrao e o perfil do produto a classificar.PENEIRA SUPERIOR 9,5 mm 8,5 x 20 mm 8,5 mm 7 mm 6 mm PENEIRA INTERMEDIRIA 4,0 x 20 mm 5 mm 2 x 20 mm 1,85 x 20 mm 3,5 mm PENEIRA INFERIOR 2,5 mm 2,5 mm 2 mm 2,5 mm 2,5 mm

Abaixo, sugerimos algumas medidas de furao de peneira para classificao de alguns cereais :PENEIRA SUPERIOR 8,5 mm 8,5 x 20 mm 4 x 20 mm 6 mm PENEIRA INTERMEDIRIA 4,5 x 20 mm 5 mm 2,2 x 20 mm 2,2 x 20 mm PENEIRA INFERIOR 2,5 mm 3,5 mm 1,5 x 20 mm 2 mm

PRODUTO SOJA MILHO ARROZ TRIGO

b) Coluna de Ventilao Aps a classificao por tamanho dos gros, efetuamos a descarga em uma coluna de ventilao, a fim de eliminarmos as impurezas leves, causadas pela ao mecnica das peneiras com vibrao no classificador. c) Silos depsito pulmo Aps a classificao e ventilao dos gros em 3 tamanhos diferentes, os mesmos so depositados separadamente, em caixas metlicas com funo de depsito pulmo antes da prximo benefcio, que ser por lotes individuais. O silo pulmo pode ser quadrado ou redondo, considerando sempre seus ngulos de declividades, mnimo de 45, a fim de evitar reteno de produtos e facilitar o fluxo para sua descarga total. d) Classificao por densidade O lote de gros j classificado por tamanho, precisa ser classificado novamente por sua densidade, ou seja, gros do mesmo tamanho porm com densidades (massa ou peso) diferentes. Para efetuarmos esta separao utilizamos uma Separadora Densimtrica, que consiste em uma mesa inclinada com deck mamilado e perfurado, com fluxo de ar controlado, afim de formar um colcho onde o gro mais denso, por seu peso, vence esta camada de ar e toca a mesa, sofrendo uma ao mecnica ascendente at a sada superior, enquanto o gro mais leve escorrega sobre o colcho at a sada inferior.

Este equipamento tem vrios recursos de regulagens, que devem ser efetuadas a cada lote, afim de se obter a eficincia do processo. Podemos ajustar a inclinao da mesa, tanto no sentido longitudinal como tambm no transversal, regular a intensidade de vibrao, controlar individualmente o fluxo de ar de cada ventilador e dividir a descarga, atravs de palhetas, para obteno do melhor produto. e) Ensaque Para um ensaque eficiente, que garanta o escoamento de toda produo, necessrio a utilizao de balana ensacadeira conjugada com mquina de costurar boca de sacos, que podem ser automticas e contnuas ou se a capacidade permitir, sistema porttil e manual. 2.2 Armazenagem do cereal beneficiado e ensacado Para seu dimensionamento devemos considerar sua capacidade de escoamento da produo, ou seja, o suficiente para carga prevista na semana, por questes de segurana contra roubo e conservao final do produto. A seguir, informamos alguns dados relevantes para o dimensionamento ideal desta rea : SACO DE CEREAL BENEFICIADO 60 Kg 100 litros 60 x 70 x 22 cm PILHA DE SACOS PARA MOVIMENTAO MECNICA 25 sacos 5,5 m PILHA DE SACOS PARA MOVIMENTAO MANUAL 20 sacos 4,4 m CORREDOR COM ESPAAMENTO MNIMO DE 1,3 m

2) PERIFRICOS Os equipamentos bsicos vistos anteriormente, precisam de outros dispositivos para sua interligao e funcionamento, alm da necessidade da movimentao e transporte do produto. Para maior clareza, especificamos a seguir, os principais perifricos, com suas particularidades : 2.1 Elevador de canecas Trata-se de um transportador vertical com a funo de elevar o produto at uma certa altura, afim de alimentar um equipamento mais alto, ou mesmo por gravidade, se efetuar a descarga mais distante em um ou mais pontos, sempre considerando o angulo de descarga em 45. A sua utilizao a mais popular nas instalaes existentes, porm temos que observar que sua velocidade de acionamento no ultrapasse 80 rpm, evitando assim danos mecnicos no gro.

2.2 Rosca Transportadora Trata-se de um transportador helicoidal e horizontal com a funo de transferir o produto de um ponto outro, afim de alimentar um ou mais equipamentos equidistantes. A sua utilizao to popular quanto os elevadores, nas instalaes existentes, porm temos que observar que sua velocidade de acionamento, no ultrapasse a 130 rpm, afim de se evitar danos mecnicos no gro, causados pelo arraste do helicide.

2.3 Transportador Vibratrio ( Bica de Jogo ) Trata-se de uma calha vibratria horizontal com a funo de transferir o produto de um ponto outro, sem opo de descarga intermediria. A sua utilizao indicada para transporte de produto j seco, com a possibilidade de se efetuar uma limpeza durante o transporte, atravs de utilizao de peneiras no fundo do equipamento.

2.4 Fita Transportadora Trata-se de um transportador horizontal de correia plana sobre roletes em V, com a funo de transferir o produto de um ponto outro, afim de alimentar um ou mais equipamentos equidistantes. A sua utilizao indicada para transporte a longa distancias ou para alimentao em vrios pontos, atravs da utilizao de um carro mvel com descarga bi-lateral, porm temos que observar que sua velocidade linear, no ultrapasse a 3 m/seg., afim de se evitar perdas de produto.

2.5 Transportador de Correia ( Meia-Calha ) Trata-se de um transportador horizontal de correia plana que desliza sobre uma calha metlica, com a funo de transferir o produto de

um ponto outro, sem a opo de descarga intermediria. A sua utilizao indicada para transporte a pequena ou mdia distancias ou para transporte areo, por sua leveza e estrutura auto-portante, porm temos que observar que sua velocidade linear, no ultrapasse a 2 m/seg., afim de se evitar perdas de produto. 2.6 Empilhadeira de Sacos Trata-se de um transportador de correia plana, com superfcie emborrachada e corrugada, que desliza sobre roletes, sendo que sua estrutura mvel sobre rodas e se eleva, ponto a ponto, para transporte ou descarga de sacos. Este equipamento muito utilizado para empilhamento de sacos, movimentao de carga em armazns ou para se efetuar carga ou descarga.

2.7 - Tubulao para Interligao A tubulao de interligao precisa ser necessariamente metlica e bem reforada, prevendo-se a utilizao de estaiamento, a ser dimensionado por ocasio do projeto, considerando-se o vo livre que a tubulao ser instalada. A inclinao da tubagem, para descarga por gravidade dever ser 45, exceto para arroz que dever ser 60, a fim de se evitar o desgaste excessivo, por abraso e arraste. Quando a inclinao menor que a recomendada, ocorrem acmulos na tubulao que comprometem o fluxo e a capacidade estrutural de auto-sustentao da tubagem. Para as vrias opes de distribuio no circuito, temos inmeros recursos, a serem previsto em projeto, como curvas, cotovelos, Y, amortecedores de linha e fim-de-linha, valvulas duplas e triplas, bocais giratrios, acionamento por cabos ou pneumtico, engates por flange ou sistema engate rpido, etc.

3) FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO PARA INSTALAES4 - SILO PULMO 7 - SECADOR 10 - SILO AERADO

1 - ELEVADOR 2 - PR-LIMPEZA 3 - ELEVADOR

5 - FITA TRANSP. 6 - ELEVADOR

8 - ELEVADOR 9 - ELEVADOR

11 - FITA TRANSP. 12 - EXPEDIO

4) PROBLEMAS, CAUSAS E SOLUES DURANTE O PROCESSO PROBLEMAAquecimento elevado do mancal de rolamento Aquecimento elevado do mancal de rolamento Parada repentina do ventilador

CAUSAFalta de lubrificao Falta de lubrificao Falta de energia; Quebra de correias; Danos no motor

SOLUOLubrificar com graxa Lubrificar com graxa Retirar toda lenha em combusto. NO UTILIZAR GUA OU OUTRO PRODUTO para apagar as chamas, pois danificar a cmara de queima. Se a causa for embuchamento : a) desligar a energia b) limpar o p do elevador c) reduzir a carga e religar. Abrir o registro de ar frio da caixa de ar quente e diminuir alimentao de combustvel Esticar gradativamente a correia at obter uma flecha de 1 cm, pressionando no centro da mesma.

Parada do elevador

Excesso de temperatura no secador Correia em V patinando

Falta de energia; Quebra de correias; Danos no motor; embuchamento por excesso de carga. Excesso de combusto na fornalha Folga entre eixos

Quebra de correia em V

Fadiga

No atinge a temperatura

a) Falta de combustvel b) Registro do ar frio aberto c) Excesso de cinzas nas grelhas ou cinzeiro

Cheiro de fumaa no secador

Passagem de gases oriundas de combusto pobre Regulagem das bandejas Excntrico desregulado

Fluxo de descarga desigual Frequente quebra de molas

Excesso de retorno de produto no secador

a) Cmara de secagem esta em plena carga b) Vazamento Excesso de impurezas grossas

Canaleta danificada

Excesso de retorno de produto Canecas danificadas no elevador Barulho de batidas das canecas Correia plana danificada ou canecas soltas Princpio de incndio no a) Excesso de temperatura secador b) Excesso de fagulhas

Trocar todo conjunto, ou seja se de 3, uma se partir, trocar todas as 3, observando que as mesmas sejam da mesma marca e lote. a) Alimentar gradativamente, sem abafar as chamas b) Fechar parcialmente c) Manter sempre limpo as grelhas e cinzeiro. NUNCA FECHE AS ENTRADAS DE AR DO CICLONE Verificar se a lenha utilizada esta bem seca e se no sendo utilizado produtos qumicos na queima Efetuar a regulagem dos faces sobre as badejas, igualando o fluxo de todas as cmaras. Soltar o puchavante do excntrico deixando a caixa vibratria em repouso sobre as molas, ajustar o ponto de repouso do excntrico, marcar a furao no puchavante e fixar novamente no excntrico. a) Regular o fluxo de descarga do secador ou diminuir carga b) Programar parada e manuteno Programar parada e substituio da pea NO TRABALHE COM O SECADOR SEM TODAS AS CANALETAS EM SEU LUGAR Substituio das canecas Substituio da correia plana ou das canecas. Desligar imediatamente o ventilador e abrir totalmente a descarga do secador, mesmo causando embuchamento, pois o princpio de incndio poder ser facilmente controlado fora do equipamento Evitar impacto com a lenha em combusto, ao efetuar a alimentao da fornalha. a) Programar manuteno e limpeza do equipamento b) Efetuar regulagem at atingir fluxos iguais

Excesso de fagulhas Secagem desigual de gros

Alimentao da fornalha a) Excesso de sujeira nas canaletas b) Desregulagem dos faces sob as bandejas