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Economia + Verde Mariana Abrantes de Sousa 18-Outubro-2014

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Economia + Verde

Mariana Abrantes de Sousa18-Outubro-2014

Índice Conceitos de economia Conceitos de ecologia Portugal país vulnerável SWOT pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades Transição para uma economia + VERDE Próximos passos – passar à acção

…uma economia que resulta, simultaneamente, em - melhoria do bem-estar humano (economia)- equidade social (sociedade) - redução dos riscos ambientais e de escassez

ecológica (ambiente) … sendo - auto-sustentável, viável- continuada no tempo - auto-correctiva (triple bottom line)

Economia Verde

Conceitos de Economia …VERDE … Exemplo Escassez de recursos (preço certo) Eficiência no uso de recursos Água potável, seca

Gestão de bens públicos -tragedy of the commons, free riding

Biodiversidade Qualidade do ar

Pesca do bacalhau

Sustentabilidade Auto-ajustamento, longo prazo

Prosperidade = f(sustentabilidade)

Externalidades, positivas ou negativas

Poluidor não pagador Importação de combustíveis

Abelha, pomarDéfice comercial

Falhas de mercado (preço errado) Sacos de plástico gratuitos Bens sem tara, retomaEconomias de escala: à tonelada, compensa custo de transporte

Produto local, em pequenas séries

Fruta da época

Sistemas integrados e inter-ligados Serviços ecos sistémicos Florestação ou erosão

Gestão de riscos, causas, efeitos, competitividade, equidade, conflito

Riscos ambientais e ecológicos, consequências não intencionais, irreversíveis

ContaminaçãoDoenças respiratóriasPrevisão, prevenção, adaptação

Conceitos de ecologia Conceitos de ecologia … Económica … Exemplo

GEE – Gases com efeito estufa, câmbio climático, poluição, aquecimento global

Pegada de carbono, transportes, fertilizantes, fermentação entérica

Energia (metade das GEE) e transportes, Retração de 30-40% dos glaciares

Vulnerabilidade de populações Exposta a riscos graves Orla costeira, indefesas

Governação, interesses coletivos, sustentabilidade e inclusão

Renovação de recursos, decisão participativa

Quotas de pesca, arrasto Minifúndios

Segurança alimentar, água potável Desertificação Recursos mínimos

Riscos ambientais e ecológicos Socialização de riscos Subsídios cruzados

Mitigação/redução de GEE Crescimento sem carbono Comer peixe, local

Adaptação ao câmbio climático, riscos de BAU – business as usual

Impacto dos riscos ambientais, seguros

Plantação nas dunas, regadio, cultivos resistentes, migrações

Resiliência de ecossistemas frágeis Inter-dependencias Reflorestação

Reutilizar, reciclar, reduzir, reabilitar Ganhos de eficiência Plásticos, edifícios

Para uma Economia + VERDE Mitigação e redução de emissões de GEE - gases com efeito de estufa

– Energia, com cerca de metade do total de emissões– Substituição de fontes de energia, “combustíveis”– Transportes mais “verdes”, menos CO2 /veiculo km

Descarbonização do desenvolvimento económico, economia de baixo carbono– Produzir mais riqueza com menos emissões ( menos energia e transportes)– Eficiência energética – Reduzir as distâncias percorridas por pessoas e produtos

Adaptação aos riscos ambientais e climáticos – Análise e gestão de riscos ambientais e climáticos – Proteção de populações vulneráveis

Portugal país vulnerável Baixa contribuição de GEE- gases com efeito de estufa- Energias renováveis, pouco aquecimento ou climatização, pouca industria - Défice de comércio externo de energia de EUR 6.230 milhões (em 2103, -3,8% do PIB, abaixo dos -

6% do PIB em anos anteriores) Elevados riscos climáticos, histórico e futuroPortugal é um dos países da EU mais suscetíveis aos fenómenos climáticos extremos

– Erosão da orla costeira longa (a norte de Leiria e Algarve oriental) – Pequenas praias encastradas, com valor paisagístico e turístico, vulneráveis à subida do nível

médio do mar– Temperaturas em Portugal aumentam duas vezes o ritmo mundial desde 1970– Climas extremos, maior precipitação concentrada, inundações, secas ou incêndios – Na fronteira de desertificação – Economia mais exposta a riscos climáticos

• Turismo (10% do PIB, 8% do emprego), Floresta (1,4% do PIB, exportações de produtos da floresta significam anualmente, para o nosso país, exportações na casa dos 3,8 mil milhões de euros.)

• Fraca agricultura, dependência de alimentos importados Þ Adaptar para melhorar resiliência aos riscos e ao impacto do cambio climático

Þ no litoral , na água, na floresta, etc

Fonte: http://www.eea.europa.eu/data-and-maps/figures/greenhouse-gas-emissions-per-capita-1

GEE emissões de Gases com Efeito Estufaper capita e per PIB, 2010

SWOT pontos fortes e fracosS- Pontos fortes • Experiência em projetos de energia renovável, aumento de segurança energética • Pouca utilização de climatização e aquecimento residencial • Emissões GEE per capita abaixo da média EU-27 • Boa diversidade, 20% do território na rede Natura • País soalheiro e ventoso como Portugal, maior irradiação da Europa • Acesso a fundos , 20% (€4B) dos fundos estruturais até 2020 reservados para investimentos de adaptação climática • Actividades ao ar livre, desporto, turismo natureza

W- Pontos fracos • Minifúndios, terrenos pobres e baixa produtividade agro-florestal e pesca• As 7 colinas de Lisboa, barreiras à bicicleta • Congelamento de rendas desde 1910, barreira à reabilitação urbana • Carros de serviço pagos pela entidade patronal, incluindo estacionamento gratuito • Baixa segurança alimentar, maior importador de alimentos per capita na Europa• Grande importador (artigos importados incorporam mais carbono) • Perdas de água 40%, defice tarifário de 500 M€/ano na electricidade• Sacos de plástico 466 /hab/ano • Mais fácil importar combustíveis fosseis (gasoducto) do que energia renovável (transmissão)

• Divida externa e carga fiscal elevadas e crescentes

SWOT ameaças e oportunidades T – Ameaças • Forte vulnerabilidades na orla costeira• Riscos ambientais e concorrência internacional nos setores de Turismo, Floresta e Agricultura• “Florida da Europa” pode atrair idosos com elevados encargos de saúde • Mais produção hortícola no norte da Europa • Maior dependência de alimentos importados, impacto negativo do cambio climático na agricultura O – Oportunidades • Tributar o carbono para subsidiar mitigação e adaptação

– Energias renováveis – Passes sociais de transportes coletivos – Mobilidade sustentável, motorização elétrica das operadoras de transportes coletivos– Incentivo fiscal ao abate de veículos poluentes

• Agricultura de proximidade e redução de importação de alimentos e recursos endógenos • Cidades mais compactas, reabilitação urbana e regeneração de centros históricos • Certificação de produtos e serviços sustentáveis • Florestação de 40% para 50% do território Quercus /CT T "Uma árvore pela floresta" com espécies

autótones

Minifundiária: “As silvas não pedem pão”

Portucel: “Produzir mais metros cúbicos de madeira com os mesmos hectares“Portugal: 8 M3 /ha Brasil 24 M3 /ha

Transição para uma Economia VerdeMercados abertos, competitivos, pagar o preço

“certo”, o papel dos gestores e consumidores Medição e informação sobre impactos ambientais, o

papel dos ambientalistas Financiamento orientado para a sustentabilidade, o

papel dos bancos Educação, formação , conhecimento e

consciêncialização, o papel dos educadores Politicas integradas, governação, parcerias e esforço

colectivo, o papel da Sociedade Civil e do Estado

Sectores da Economia Verde 1. Conhecer para proteger: conservação, biodiversidade, turismo2. Energias limpas e renováveis e substituição de combustíveis para a

mitigação e redução de emissões 3. Eficiência de edificios e processos industriais, eficientes e

descarbonização do crescimento económico 4. Transportes e mobilidade sustentável 5. Gestão de água, ETARs, regadio 6. Gestão de residuos (plasticos representam 60 % do lixo dos mares) 7. Gestão de terrenos agricolas e florestais (uso de solos) e

ordenamento do território 8. Agricultura e pesca, e segurança alimentar 9. Floresta, sequestro do carbono e exportação sustentável 10. Proteção civil de populações mais vulneráveis, proteção da floresta,

da orla costeira, inundaçãoes

• Fiscalidade verde – Tributar externalidades negativas (carbono, emissões

CO2) – Benefícios fiscais para externalidades positivas– Pagamento por serviços eco sistémicos

• Financiamento verde – Avaliação do impacto de riscos ambientais sobre o

projeto– Financiamento de projetos de mitigação e adaptação

Instrumentos de gestão, defesa e promoção da sustentabilidade

Fiscalidade VerdeObjectivos de um enquadramento fiscal que permita internalizar as externalidades ambientais (Despacho n.º 1962/2014)- eficiência na utilização de recursos Redução da dependência

energética do exterior Padrões de produção e de

consumo mais sustentáveis Empreendedorismo e a criação

de emprego e eco-inovação Redução de emissões de GEE-

Gases com Efeito Estufa Receita fiscal neutral e

competitiva

Impostos verdes: • Impostos sobre emissões GEE, se possível medir • Taxa sobre o CO2, adicional ao ISP, tributação de

utilização de combustíveis fosseis • Revisão dos escalões do ISV baseados no CO2, para

carros mais poluentes• Taxa sobre sacos de plástico• Imposto sobre o transporte aéreo de passageiros

Benefícios e deduções fiscais verdeso Benefícios fiscais para aquisição de carros elétricos e

híbridos, incentivos ao abate de viaturas poluenteso Redução da taxa de IMI para edifícios destinados à

produção energéticao Dedução de passes de transportes e bicicletas no IRS

Consequências => Aumento do preço dos combustíveis e da energia ao consumidor => Aumento de custos com resíduos e do transporte individual => Aumento do custo de transportes aéreos

A energia e transportes não todos iguais Energia poluente – emissões de CO2 e outros GEE - Carvão - Petróleo - Gás natural Preço de combustíveis em Portugal já tem mais de 70% de ISP -imposto imposto sobre os produtos petrolíferos Imposto sobre carbono implica aumento de 1-2% no preços ao consumidor Transporte automóvel protegido como fonte de receita fiscalAumentos de impostos - automóvel desde 2011:

o ISP +1%, IUC +1,3%, ISV 0%o IRS +35%, IMI +90%, IVA luz e gás +280%

Próximos passos – para um Portugal mais verde

- Carros elétricos e híbridos (começar com 1250 na frota do Estado) - Reduzir perdas de água (40%) e aumentar reutilização - Tributar sacos de plástico (8-10 cêntimos)- Aumentar recolha seletiva e reciclagem de resíduos, de 30kg para 47kg/hab/ano - Florestação de 40% para 50% do território nacional - Tributar transportes individuais e carbono-intensivos, 3€-15€ /viagem de avião- Reabilitar, regenerar os centros históricos urbanos- Redução do preço da energia renovável ao consumidor - Redução de consumo de energia na iluminação pública - Benefícios fiscais na compra de bicicletas e passes sociais - Taxa de carbono (+1% no preço da gasolina e do gasóleo)

Quem paga Instrumentos e Mecanismos de Pagamento

Utilizadores, tarifas, taxas, impostos, ou

multas

Imposto sobre combustíveis fósseis (mitigação, poluidor pagador, externalidades negativas)Imposto sobre carbono, emissões de GEE (mitigação, poluidor, externalidades negativas)Tarifa de água, gás, eletricidade f(volume), portagens f(km), poluidor pagador, comportável Tarifa de resíduos, cobrável (poluidor pagador, externalidades negativas) Taxas e multas por poluição, eco-contaminação, externalidades negativas, fiscalizávelImposto automóvel e de circulação diferenciado, f (GEE) Seguro ambiental, colheitas, seca, temporal (adaptação)Conversão de veículos para GNL ESCO reformar edifícios para a eficiência energética e de água (adaptação)Prémio de produção de energias renováveis (mitigação)

Contribuintes, subsídios directos ou indirectos,

nacionais ou internacionais

Investimento ou despesa público ou subsídios nacionais - OESubsídios internacionais de doadores-EUIsenção de impostos, abatimentos ou benefícios fiscais Subsídios ao investimento privado Garantias do Estado Empréstimos do Estado (a fundo perdido)Passes sociais e senhas para serviços públicos, transportes colectivos Portagens virtuais, SCUTsPagamentos por externalidades positivasGarantia de preços mínimos para redução de Emissões de CO2 (Banco Mundial)

Subsídios cruzados, entre consumidores

Programa de troca de lâmpadas de baixo consumoAbatimento de veículos velhos poluidores pago em "bilhetes de Metro" Venda de créditos de carbono gerados por renováveis ou florestação a empresas poluidorasInstalações solares em zona rural pagas com sobretaxa no consumo elétrico urbanoPagamento por serviços eco-sistémicos, por plantação e gestão de floresta

Proximos passos Consumo responsável, o poder do porta-moedas 80% compras feitas por mulheres• Comprar local • Sacos reutilizaveis ou reciclaveis • Comer local, fruta da época• Peixe e frango versus carne de vaca (Diet for a small planet) • Comércio local –favorecer os circuitos curtos • Reabilitação, em vez de construção nova• Evitar fibras sintéticas • Reutilizar, reduzir e reciclar resíduos Cidadania responsável • Apoiar a melhoria da governação ambiental e climática a todos

os níveis, incluindo maior participação da sociedade civil, das ONGs e dos intervenientes a nível local

Trabalhar para o VERDE Empregos verdes: Aumentar de 95 000 para 140 000 em Portugal • Engenharia do ambiente • Setor de energias renováveis: mini-hídrica, eólica, solar• Operação e manutenção de ETARs, gestão de regadio, gota a gota• Auditores/certificadores ambientais e de redução de emissões GEE • Lenhador, corticeiro, guarda florestal • Agricultor (orgânicos), pescador, guarda rios, jardineiros • Autarca, trabalhador municipal, serviços de água e resíduos• Negócios de eficiência, reciclagem ou partilha

– Eficiência energética (caixilharia)– Reabilitação e reconstrução de edifícios – Reciclagem de mobílias – Botas que usam pneus reciclados para exportação – Turismo natureza – Partilha de carros, bicicletas

Soroptimistas passam à Acção

• Conhecimento (awareness)

• Intervenção (advocacy) • Acção (action)

• Educação para a Liderança – Na área de ambiente e

sustentabilidade – Liderança na Sociedade

Civil– Associativismo e

cooperativismo

• Mitigar (reduzir GEE)– Energia, renovável– Transportes, públicos – Resíduos, 3 R’s – Floresta-reflorestar– Carbono- tributar – Eficiência

• Adaptar – Impactos, antecipar e precaver– Populações vulneráveis, proteger – Cidades e espaços públicos,

reabilitar– Tendências, antecipar – Riscos climáticos, gerir

Projectos VERDES Kenya, Eldoret, Lanterna solar de mão em mão (Pass on the gift of solar lantern) 2013• Grupos de mulheres da aldeia

plantaram arvores e candidataram-se a receber fornos e lanternas solares.

• 2 mulheres do grupo receberam lâmpada LED e carregador solares; o dinheiro que pouparam em combustível durante 6 meses foi recolhido pelas lideres e usado para comprar lâmpadas LED e carregadores para outras 2 mulheres, etc.

• (apoio de 100 € - SIEC)

União da Suécia, Solvatten sistema solar de tratamento de água (patenteado) 2013

Um recipiente plástico de 11 litros de água, coloca-se ao sol entre 2-6 horas. Um indicador mostra quando a água está segura para beber.

Também serve para aquecer água.

Romenia, Brasov 2009Adotar-um-ribeiro (Team with a stream) • Recolha de lixo ao longo

do ribeiro• Monitorização

qualidade da água com crianças da escola primária

• Madagascar, Antanavarivo Mandrosoa 2014

• Jardim botânico numa aldeia com espécies em perigo de extinção, tornou-se um destino turístico na região

Amigas do Ambiente

Conclusões • Prosperidade rima com

sustentabilidade

Recomendações • Convém ser … … e Convencer

Soroptimista PT http://soroptimistapt.blogspot.comSIE soroptimisteurope.org

INQUÉRITO VERDE

Sim .. X .. Não

1 Proibir ou penalizar construção em áreas não construídas e não urbanizadas

2 Tributar energias e produtos com base em carbono (carvão, petróleo, gás natural, plásticos)

3 Tributar casas devolutas ou abandonadas em zonas urbanizadas

4 Mobilizar bombeiros e soldados para plantação de árvores no inverno

5 Reorientar o crédito da construção/habitação para a reconstrução e reabilitação urbana

6 Aumentar os impostos sobre o automóvel e tributar o crédito automóvel

7 Incentivar o emparcelamento de terrenos e promover o associativismo florestal

8 Aplicar o preço de 10 c/. por saco de plástico

9Tributar os combustíveis fósseis e/ou emissões de CO2 e outros GEE a nível da UE para subsidiar projetos de mitigação e adaptação nos países mais vulneráveis

10 Comprar produtos locais, com preço até 10% acima do produto importado

11 Vender sacos de lixo de uso obrigatório

12 Aumentar o preço de estacionamento urbano para subsididar transportes publicos

13 Tributar carros de serviço, senhas de combustivel e estacionamento gratuito em IRS

14 Tributar garrafas e vasilhame de plástico

15 Promover planos de adaptação e sustentabilidade a nível municipal

16 Mercados Verdes (farmers’ markets) na cidade, um dia diferente em cada bairro residencial