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Introdução
Introdução........................................................................................................................................2
1. Contrato de compra e venda........................................................................................................3
1.1. Forma do contrato compra e venda..........................................................................................4
1.2. Efeitos essenciais......................................................................................................................4
1.2.1. O efeito real........................................................................................................................4
1.2.2. Os efeitos obrigacionais.....................................................................................................5
1.2.2.1. O dever de entrega da coisa............................................................................................5
1.2.2.2. O dever de pagar o preço................................................................................................7
1.3. Objecto do Contrato de Compra e Venda.................................................................................7
1.4. Modalidades..............................................................................................................................9
1.4.1. Venda com reserva de propriedade....................................................................................9
1.4.2. Venda a retro......................................................................................................................9
1.4.3. Venda a prestações...........................................................................................................10
1.4.4. Venda de bens alheios......................................................................................................10
1.4.5. Venda de bens onerados...................................................................................................11
1.4.6. Venda de coisas defeituosas.............................................................................................11
Conclusão......................................................................................................................................13
Bibliografia....................................................................................................................................14
1
Introdução
Quando em cede de direito alguém celebra um contrato, onde transmite um bem para a esfera
jurídica do outrem, faz-se com base no contrato compra e venda. Neste trabalho aborda-se sobre
este tema de compra e venda, que o mesmo vem subdividido em títulos e subtítulos tais quais, a
forma do contrato, os seus efeitos, as suas modalidades e outros.
O seu objectivo geral assim como especifico é de levar ao estudante ao profundo conhecimento
do tema, na perspetiva de estudo investigativo cujo mesmo também reveste de caracter
avaliativo. A sua elaboração foi com base nos manuais portugueses, revistas e documentos
eletrónicos retirados em formato de PDF na internet com a devida citação e autor, e ainda
conjugado com a realidade do nosso ordenamento jurídico moçambicano.
2
1. Contrato de compra e venda
Noção do contrato compra e venda:
Em geral esta modalidade de contrato e dentre todos os contratos, aquele que desempenha maior
importância na função económica, vem regulado e definido nos artigos 875 e seguintes.
Segundo o preceituado no diploma legal “… contrato pelo qual se transmite a propriedade de
uma coisa, ou direito, mediante um preço.”
Segundo CORDEIRO1 esta definição é tida como rigorosa pela doutrina, isto porque, porque a
enumeração dos efeitos da compre e venda não tem levantado quaisquer dificuldades. Os autores
mostram unânimes a este respeito, como bem se compreende face ao disposto no art. 897do CC2.
A partir dela, e possível identificar com clareza os seguintes efeitos essências da compra e venda.
- um efeito real a transferência da titularidade de um direito;
- dois efeitos obrigacionais;
a) a obrigação que recai sobre o vendedor de entregar a coisa vendida;
b) a obrigação para o comprador de pagar o correlativo preço.
Para além dos efeitos ela reveste de várias características fundamentais devidamente assinaladas
pela doutrina.
Trata-se de um contrato translativo, oneroso (o que tem importância nomeadamente para efeitos
de aplicação do art. 612 do CC), bilateral ou sinalagmático (vd. art. 428 e SS.), com
reciprocidade de prestações (qualquer das partes de uma compra e venda pode ceder a sua
posição contratual, conquanto a outra consista (v art. 424) em geral certas e iguais. 3
1 CORDEIRO António Menezes Direito das Obrigações vol. III contrato em especial compra e venda pág. 12.
2 …Em caso de boa-fé do comprador, o vendedor é obrigado a sanar a nulidade da venda, adquirindo a propriedade
da coisa ou o direito vendido…3 Op. cit. por CORDEIRO, Estas características vêm desenvolvidas na obra de Baptista Lopes, do contrato…. Pág.
69; e Pires de Lima e Antunes Varela, código…., V. II, comentário ao art. 875., pág. 168.3
1.1. Forma do contrato compra e venda
Em regra os contratos celebrados pelos particulares são consensuais. Formam-se mediante o
simples acordo dos contraentes.4
Segundo CORDEIRO, Esta regra não faz excepção a compra e venda. Ela pode ser celebrada
através de qualquer das formas admitidas, por lei, para a declaração negocial (art. 217 a 220 do
CC).
Apenas em alguns casos pontuais foram estabelecidas pelo legislador certas exigências de forma.
Dentre esses casos destaca-se a compra e venda de bens imóveis, sujeita a escritura publica como
vem tipificado no art. 875 do CC “…código de notariado…” só depois de realizado esta
formalidade se deve considerar concluído o contrato compra e venda de bens imóveis. Sem esta
formalidade o contrato e nulo.
Afirma ainda, Que não basta a celebração de escritura pública para que fiquem cumpridas todas
as formalidades relativas a compra e venda de bens imóveis. O código de registo predial torna
indispensável, enquanto condição de eficácia face a terceiros, o registo dos factos jurídicos que
determinem a aquisição da propriedade sobre bens imóveis. Deste modo, para a compra e venda
de imóveis poder produzir efeitos a terceiros terá de se registar o respectivo contrato.
1.2. Efeitos essenciais
1.2.1. O efeito real
Distinguem-se tradicionalmente dois tipos de venda: a venda obrigatória e a venda real.
Nos ordenamentos que conferem simples carácter obrigatório de compra e venda, entre vender e
comprador apenas se cria e produzem relações de créditos. Cada um dos contraentes apenas tem
direito exigir do outro uma prestação5:
1º Ao vendedor cabe o direito de exigir do comprador o preço;
2º Ao comprador cabe o direito de reclamar a transmissão ou alienação do objecto vendido.
4 CORDEIRO António Menezes Direito das Obrigações vol. III contrato em especial compra e venda pág. 135 Idem
4
Antes do acto de entrega da coisa o vendedor, não obstante a venda continua proprietário: não
aliena, obriga-se a alienar. Conforme refere o Prof. Inocêncio Galvão Telles apud Cordeiro6 a
propriedade só se transfere quando o vendedor através de um acto ou declaração de vontade
posterior ao contrato de compra e venda a transmite ao comprador.
Na compra e venda real, a transmissão da propriedade é gerada pelo próprio contrato. Não
depende de qualquer acto posterior: vender e alienar.
Nos artigos 408º, 874º, 879º, todos do CC7. decorre a eficácia real. Os artigos. 874º e 879º do
CC, referem-se especificamente à compra e venda, o art. 408º CC, consagra em termos gerais a
eficácia real dos contratos.
O contrato de compra e venda como contrato de alienação de coisa determinada art. 408º/1 do
CC reveste da natureza real. A transmissão da propriedade da coisa vendida, ou a transmissão do
direito alienado, tem como causa o próprio contrato, embora esses efeitos possam ficar
dependentes de um facto futuro. Algumas situações estão previstas no art. 408º/2 do CC,
referindo-se o artigo 409º do CC, à reserva de propriedade, que é uma outra hipótese em que a
transmissão, tendo embora por causa a compra e venda se protela para um momento posterior.
Quem compra uma coisa sujeita ao direito de preferência fica, enquanto não decorrer o prazo de
exercício desse direito, em situação análoga à de quem contrata sob condição resolutiva.
1.2.2. Os efeitos obrigacionais
1.2.2.1. O dever de entrega da coisa
Trata-se da transferência da titularidade da coisa ou do direito vendido. Além desse direito real a
compra e venda produz dois outros efeitos essenciais, de carácter obrigacional:
1) A obrigação que recai sobre o vendedor de entregar a coisa;
2) A obrigação que impende sobre o comprador de pagar o correlativo preço.
6 CORDEIRO, António Menezes direito das obrigações vol. III contrato em especial compra e venda pág. 19 de
19917 CC, código civil, dos efeitos reais dos contratos; exclusivo da compra e venda.
5
O Código Civil contém um artigo relativo à obrigação de entrega da coisa – o artigo. 882º do
CC. A obrigação por parte do vendedor de entregar a coisa, está expressa no artigo. 879º-b do
CC, importa para o vendedor o dever de investir o comprador na posse efectiva dos direitos
transmitidos para que o adquirente os possa fruir plenamente artigos. 1263º-b; 1264º ambos do
CC.
A obrigação de entrega é normalmente contemporânea da transmissão do direito ou posterior a
ela; mas pode, excepcionalmente, ser anterior, como na venda com reserva de propriedade (art.
409º do CC). O art. 882º/1 do CC, procura resolver os problemas do deferimento ou protelar no
tempo da obrigação de entrega da coisa. É que, não sendo entregue no momento da celebração
do contrato o seu estado pode variar até à altura da respetiva entrega, decorre do art. 882º/1 do
CC:
a) Se a coisa adquirir vícios ou perder qualidades entre o momento da venda e o da entrega,
são aplicáveis as regras relativas ao não cumprimento das obrigações (art. 790º CC);
b) O vendedor tem obrigação de guardar a coisa, o que implica o dever de abstenção de tudo
o que é inconciliável com a prestação.
A obrigação de entregar a coisa no estado em que se encontrava no tempo da venda envolve,
implicitamente, a obrigação de guardar a coisa que neste caso aparece com a obrigação
instrumental e não como obrigação fundamental ou autónoma. Este dever de custódia do
vendedor tem se ser cumprido com o mesmo grau de diligência, quer a entrega se faça dentro do
prazo convencionado, quer se faça posteriormente, ainda que a solicitação do comprador que não
tenha possibilidade, se não mais tarde, de levantar ou retirar a coisa.
No art. 882º/2 CC, o legislador procurou fixar no âmbito da obrigação de entrega; por força deste
preceito essa obrigação abrange, salvo estipulações em contrário as partes integrantes, os frutos
pendentes e os documentos relativos à coisa ou direito vendido.
Extraem-se as seguintes conclusões do art. 882º/2 CC:
6
- O momento relevante para a fixação do âmbito da obrigação é o correspondente à data de
venda;
- Deste modo, abrangidos pela obrigação de entrega são apenas as partes integrantes ou
frutos pendentes ao termo da venda;
- Excluem-se as partes integrantes ligadas à coisa em momento ulterior ao da venda. O
mesmo vale para os frutos produzidos depois desta data.
1.2.2.2. O dever de pagar o preço
Preço é por definição a expressão do valor em dinheiro, ou, “a medida de valor expressa, típica
e exclusivamente em dinheiro”. Isto não basta, obviamente, a que o comprador, com o acordo do
vendedor, pague em bens diferentes de dinheiro.
O modo de realização do pagamento cabe no âmbito da autonomia da vontade das partes.
De acordo com as regras do art. 883º CC, relevará em primeiro lugar o preço fixado por entidade
pública, na falta dele recorre-se sucessivamente:
- Ao preço normalmente praticado pelo vendedor à data da conclusão do contrato;
- Ao preço do mercado ou bolsa no momento do contrato e no lugar em que o comprador
deve cumprir;
- Ao tribunal.
Uma vez fixado o preço importa apurar qual o lugar do seu pagamento (art. 885º CC).
Se a venda ficar, por força do art. 292º CC, ou qualquer outro preceito legal limitada a parte do
seu objecto, o preço respeitante à parte válida do contrato será o que neste figurar, se houver sido
descriminado como parcela do preço global (art. 884º/1 CC).
1.3. Objecto do Contrato de Compra e Venda
7
O contrato de compra e venda desempenha uma função económica primordial e indiscutível em
qualquer sociedade, inclusive na mais rudimentar. É o negócio paradigmático de todos os
contratos onerosos, sobretudo os de alienação de bens.8
Segundo o art. 874º9, a compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma
coisa, ou outro direito, mediante uma contrapartida monetária – o preço. Este é o elemento que
distingue a compra e venda da doação, da permuta e de outros contratos de alienação de bens.
Desta noção depreende-se que o objecto da compra e venda é sempre um direito. Normalmente,
fala-se em alienação de coisas, mas na verdade o que se aliena é a propriedade da coisa. A venda
pode ainda ter como objecto outro direito real, direitos de créditos, de autor, etc.
Por uma questão de simplificação, a alusão, neste texto, à coisa refere-se à propriedade da
mesma ou qualquer outro direito passível de ser vendido.
O direito transmissível pode incidir sobre coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis ou imóveis,
presentes ou futuras, fungíveis ou infungíveis, singulares ou universalidades – artigos. 203º. Do
CC
Tal princípio decorre do artigo 202º do CC, segundo o qual podem ser objectos de compra e
venda todos os bens que não estão fora do comércio.
No entanto, há direitos que são inalienáveis, tais como os direitos de personalidade, os de
domínio público, o direito de uso e habitação.10
O CC estabelece ainda um conjunto de limites relativos ao objecto das relações jurídicas e,
consequentemente, da compra e venda. Por força do art. 280º, não podem ser objectos de venda
coisas fisicamente ou legalmente impossíveis11, assim como objectos contrários à lei, à ordem
pública ou ofensivos dos bons costumes.8 MIRANDA Yara, A venda de coisa alheia Lisboa 2004 pág.6
9 A referência a artigos sem a respectiva fonte diz respeito aos preceitos do Código Civil português vigente.
10 Vide a lista de direitos inalienáveis elaborados por Baptista Lopes in Do contrato da compra e venda no direito
civil, comercial e fiscal, 2ª ed., Lisboa, 1996, pág. 16 e segs. 11 Se a existência da coisa for incerta, mas tal incerteza for mencionada no contrato, este pode ser válido, ex vi do art.
881º.8
O contrato em fraude à lei equipara-se ao contrato contra legem12. Assim, deve ser considerado
igualmente nulo o acordo através do qual as partes, utilizando meios jurídicos aparentemente
lícitos, tentam alcançar um resultado proibido pela lei, violando o espírito da mesma.
1.4. Modalidades
Segundo o professor doutor Cordeiro ob. cit. Por
1.4.1. Venda com reserva de propriedade
O art. 409º/1 CC. permite porém, ao vendedor reservar para si a propriedade da coisa até ao
cumprimento total ou parcial das obrigações da outra parte ou até a verificação de qualquer outro
evento.
Com este artigo (art. 409º CC) pretende-se que o credor do preço fique numa situação
privilegiada. Se não houvesse a reserva, no caso de não pagamento, o devedor poderia apenas
executar o património do comprador tendo de suportar na execução a concorrência dos outros
credores.
É nula a cláusula de reserva de propriedade de uma coisa que se vai tomar parte constitutiva de
outra coisa.
A venda com reserva de propriedade é uma alienação sob condição suspensiva; suspende-se o
efeito translativo mas os outros efeitos do negócio produzem-se imediatamente. O evento futuro
de que depende a transferência da propriedade será em regra, o cumprimento total ou parcial das
obrigações da outra parte.
1.4.2. Venda a retro
O vendedor reserva para si o direito de reaver a propriedade da coisa ou direito vendido mediante
a restituição do preço. Na venda a retro o vendedor tem a possibilidade de resolver o contrato de
compra e venda (art. 927º CC).
O exercício deste direito do vendedor tem como consequência a aplicação do disposto nos arts.
432º seguintes CC. Em tudo quanto não for afastado pelo regime específico da venda a retro.
12 Baptista Lopes, Do contrato da compra e venda no direito civil, ob. cit., pág. 30.9
O art. 928º/2 CC, proíbe o comprador de exigir o reembolso de uma quantia superior à paga por
ele próprio. No excesso é que poderiam ocultar-se juros usurários, deste modo proibidos.
A existência de um prazo imperativo (art. 929º do CC) para o exercício do direito de resolução
não impede as partes de, dentro desse prazo resolutivo, fixarem um prazo suspensivo, de modo
apenas permitir a resolução do contrato decorrido certo período.
Em regra a resolução dos contratos ou negócios jurídicos não prejudica os direitos adquiridos por
terceiros (art. 435º/1 CC).
1.4.3. Venda a prestações
Como forma de tornar mais activa a circulação de bens e de permitir o gozo dos benefícios por
eles proporcionados ao maior número possível de pessoas o nosso legislador consagrou a venda a
prestações – artigos. 934º Seguintes do CC.
O princípio geral regulador das dívidas cuja liquidação pode ser fraccionada consta do art. 781º
CC. Por força deste preceito, se uma obrigação puder ser liquidada em duas ou mais prestações,
a não realização de uma delas importa o vencimento de todas. Existem porem regras especiais na
compra e venda. Trata-se dos artigos. 886º, 934º e 935º CC. O art. 886º CC, aplica-se de uma
forma geral a todos os casos de não pagamento de preço pelo comprador e estabelece que,
transmitida a propriedade da coisa, e feita a sua entrega, o vendedor não pode via de regra,
resolver o contrato por falta de pagamento. O art. 934º CC, aplica-se especificamente aos casos
de falta de pagamento de uma das prestações em contratos de compra e venda a prestações.
1.4.4. Venda de bens alheios
O Código Civil Português não apresenta um conceito de venda de coisa alheia. Entretanto, tendo
presente a noção de compra e venda e conjugando-a com as normas dos arts. 892º e 904º,
podemos definir a venda de coisa alheia como o contrato pelo qual uma das partes aliena como
próprio, sem que para tal tenha legitimidade, um direito de outrem, mediante o pagamento de um
preço.13
13 CORDEIRO, António Menezes direito das obrigações vol. III contrato em especial compra e venda pág. 34 de
199110
Nos termos do art. 904º, o regime em análise só é aplicável à venda de coisa alheia como própria.
A aplicação das regras dos arts. 892º e segs. requer a boa fé de pelo menos um dos contraentes,
isto é, que uma das partes não conheça a alienidade do bem no momento da celebração do
contrato.
1.4.5. Venda de bens onerados
Encontram-se situações nas quais, apesar de o direito ter sido transferido para o comprador por
efeito da venda, ele não corresponde contudo, na sua configuração concreta ao interesse do
comprador. O vício de direito revela como tal em sede de venda de bens onerados sempre que se
traduza na sujeição deste “a alguns ónus ou limitações que excedam os limites inerentes aos
direitos da mesma categoria” (art. 905º CC). Cabem no âmbito da venda de bens onerados tanto
a constituição sobre o bem de direitos reais de gozo de natureza controvertida, são no entanto
eficazes em relação ao comprador.14
1.4.6. Venda de coisas defeituosas
O regime da venda de coisas defeituosas visa essencialmente definir os termos e a medida em
que o comprador pode alijar de si o risco do desvalor da coisa que lhe exclui ou diminui a
utilizabilidade.
Os artigos. 913º Seguintes do CC não se aplicam pois automaticamente àquelas situações em que
estão em causa danos ulteriores causados pelo defeito de que o bem padecia. O tratamento destas
espécies gravita, segundo os autores, em torno de três orientações. A primeira propende para a
aplicação das regras comuns do cumprimento defeituoso. Outra mais recente, enquadra estes
casos na responsabilidade aquiliana (arts. 483º segs. CC), por considerar que os danos
subsequentes não estão incluídos no perímetro do contrato. Finalmente, a última advoga que
sobre o vendedor impendem determinados “deveres de protecção”, de origem não-negocial,
destinados a proteger o património ou a saúde do comprador na medida em que possam ser
afectados pelo contrato, e por cuja violação o vendedor responde nos moldes da responsabilidade
contratual.
14 CORDEIRO, António Menezes direito das obrigações vol. III contrato em especial compra e venda pág. 38 de
199111
Conclusão
No rácio da conclusão do trabalho ocorrido, que tem como tema o contrato de compra e venda,
que se aborda concretamente na ordem portuguesa e especificamente na moçambicano, apos o
longo percurso da pesquisa, o fundamento do contrato compra venda é considerado como sendo
em todo a transferência do poder de um bem para outro mediante pagamento de um valor
monetário. Esta modalidade de contrato em regras subsiste da forma de efeitos reais e
obrigacionais.
O trabalho não se tem como terminado, ainda carece de investigações profundas na doutrina
assim como na legislação aplicável.
12
Bibliografia
Doutrina
CORDEIRO, António Menezes - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES vol. iii contrato em especial,
compra e venda 1991;
MIRANDA Yara, A VENDA DE COISA ALHEIA Lisboa 2004.
Legislação
CÓDIGO CIVIL. Moçambique, Escolar Editora
13