a.a. - seitas e heresias

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  • 7/31/2019 A.a. - Seitas e Heresias

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    SEITAS E HERESIAS

    AUTORES DIVERSOS

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    138Bode emissrio A quem representava: Cristo ou Satans.............................................121Razes pelas quais no precisamos guardar o sbado ................................................ 126Sbado ou domingo: a opo crist...............................................................................132

    HERESIOLOGIA - HERESIAS E SEITAS DE HOJE, PAGS E PSEUDO-CRISTS................................136

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    1 - CONCEITOS BSICOS

    Seita: Grupo religioso que professa doutrinas que divergem dos verdadeiros ensinos bbli-cos, sendo que muitos, apesar de utilizarem a Bblia distorcem ou negligenciam a mensa-gem central das Escrituras. Normalmente, formam uma comunidade fechada de cunho radi-cal cujo sistema diverge da opinio geral, mas seguido por muitos que se dedicam inten-

    samente ao proselitismo.

    Heresia: Uma doutrina ou um conjunto delas que divergem dos verdadeiros ensinos bbli-cos, e apesar de terem "aparncia" de verdade, contudo no passam de mentiras. Suas ori-gens quase sempre so as distores nos ensinos da Bblia.

    Herege: Pessoa que propala, segue, defende ou pratica heresias

    Heresiarca: Pessoa fundadora de uma seita hertica.

    CARACTERSTICAS DE UMA SEITA:

    Em relao Bblia: Tm outras fontes doutrinrias alm das Escrituras Aceitam apenas algumas partes. Usam uma edio "especial" adaptada s suas convices Distorcem as doutrinas fundamentais, desprezando os princpios auxiliares de Her-

    menutica. Dizem que receberam uma nova revelao de Deus anulando ou mudando manda-

    mentos e/ou preceitos existentes na Palavra de Deus.

    Em relao Jesus Cristo: No aceitam que ele seja o Filho Unignito de Deus.

    No aceitam Sua natureza divina-humana. No aceitam Seu nascimento virginal. No o centro de suas atenes. Existe outra possibilidade de salvao alm da realizada por Cristo, pois cabe ao ho-

    mem realiza-la. Quase sempre tem um lder, vivo ou morto, que possui autoridade igual ou superior a

    Cristo.Alm destes aspectos, as seitas negam a realidade ou a individualidade do pecado, sendotambm proselitistas.

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    2 - INTRODUO

    As Seitas esto em todos os lugares. Algumas so populares e amplamente aceitas. Outrasso isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas aes. Elas estocrescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus

    seguidores, enquanto outras at parecem muito teis e benficas.Com a proximidade do final do sculo, esto surgindo novas seitas religiosas e filosficasresponsveis pelos mais absurdos ensinamentos com relao ao final dos tempos. Essaconfuso de idias esto sendo despejadas em cabeas incautas, acabando muitas vezesem tragdias de grandes propores.Em 1978, o ento missionrio norte-americano Jim Jones, foi responsvel pela morte de 900seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados aps Ter anunciado a eles o fim domundo. Um fato interessante desse trgico acontecimento foi o depoimento de um dos mili-tares americanos respnsveis pela remoo dos corpos. Ele disse que, aps vasculhar todoo acampamento, no foi encontrado um s exemplar da Bblia. Jim Jones substituiu a Bbliapor suas prprias palavras.Em 1993, o lder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnao do Senhor Jesus,

    promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian.Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar dascinzas, derramou combustvel no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18crianas.Em 1997, outra seita denominada Heavens Gate (Porto do Cu), que misturava ocultismocom fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicdio. Na ocasio, essas pessoas acredi-tavam que seriam conduzidas para outra dimenso em uma nave que surgiria na cauda docometa Halley Bop.No Brasil tambm existem muitas seitas e denominaes que se reforam em profecias doApocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mdia, so as Borbo-letas Azuis, da Paraba, que em 1980 anunciou um dilvio para aquele ano.Em Braslia, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000adeptos. No Paran, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o prprio SenhorJesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santssima Trindade,ele parece ter decorado a Bblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.Muitas das seitas so conhecidas dos cristos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemu-nhas de Jeov, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-crists esto chegando ao Brasil e sopouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston(Igreja de Cristo, no Brasil), CinciaCrist, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesusetc.Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqente diminuio do SenhorJesus Cristo), a ressurreio, a salvao pela Graa e contrariam outros princpios bblicos.

    2.1 - ASPECTOS COMUNS

    Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que tm se disseminado pelo mundo. importante que ns saibamos reconhecer suas caractersticas, a fim de que no sejamosenganados ou at mesmo desviados da verdadeira f crist.

    1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posio secun-dria, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqncia.

    2. Crem apenas em determinadas partes da Bblia e admitem como "inspirados" escri-tos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo quecrem;

    3. Dizem ser os nicos certos;

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    1384. Usam de falsa interpretao das escrituras;5. Ensinam o homem a desenvolver sua prpria salvao, muitas vezes, sob um concei-

    to totalmente naturalista;6. Costumam buscar suas presas em outras religies, conseguindo desencaminhar para

    o seu meio, inclusive, muitos bons cristos.

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    3 - CONHECENDO MAIS

    Este esboo bsico lhe dar informaes de como as seitas trabalham e como evit-las. Se voc tem algum conhecido que est perdido numa seita, preciso orar e pe-dir ao Senhor que tire essa pessoa de l e lhe d a perspiccia e as ferramentas paraajud-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e rdua, porque, definitivamente,

    este no um ministrio fcil.1. O que uma seita?A. Geralmente um grupo no-ortodoxo, esotrico (do grego esoteriks, que significa co-nhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoo a uma pessoa, objeto,ou a um conjunto de idias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes prticas:

    1. Freqentemente isolacionistas para facilitar o controle dos membros fisi-camente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.

    2. Freqentemente apocalpticas - do aos membros um enfoque no futuro eum propsito filosfico para evitar o apocalipse.

    3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos revelados pelo seu lder.4. Fazem doutrinao - para evangelismo e reforo das convices de culto e

    seus padres.

    5. Privao quebrando a rotina do sono normal e privao de comida, combi-nados com a doutrinao repetida (condicionamento), para converter o candi-dato a membro.

    B. Muitas seitas contm sistemas de convico "no-verificveis".1. Por exemplo, algumas ensinam algo que no pode ser verificado:

    1. Uma nave espacial que vem atrs de um cometa, para resgatar osmembros.

    2. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao lder e lhe deramuma revelao

    2. Os membros so anjos vindos de outro mundo, etc.1. Freqentemente, a filosofia da seita s faz sentido se voc adotar o con-

    junto de valores e definies que ela ensina.2. Com este tipo de convico, a verdade fica inverificvel, interiorizada, e

    facilmente manipulada pelos sistemas filosficos de seu(s) inventor(es).C. O Lder de uma Seita:

    1. freqentemente carismtico e considerado muito especial por razes varia-das:

    1. O lder recebeu revelao especial de Deus.2. O lder reivindica ser a encarnao de uma deidade, anjo, ou mensagei-

    ro especial.3. O lder reivindica ser designado por Deus para uma misso4. O lder reivindica ter habilidades especiais

    2. O lder est quase sempre acima de repreenso e no pode ser negado nem

    contradito.D.Como se comportam as Seitas?1. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrrio ningum procuraria en-

    trar para elas.2. Parecem boas moralmente e possuem um padro de ensino tico.3. Muitas vezes, quando usam a Bblia em seus ensinos, utilizam tambm "escri-

    turas" ou livros complementares.1. A Bblia, quando usada, sempre distorcida, com interpretaes pr-

    prias, que vo de encontro filosofia da seita.2. Muitas seitas "recrutam" o Senhor Jesus como sendo um deles, redefi-

    nindo-o adequadamente.

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    138E. Algumas seitas podem variar grandemente...

    1. Do esttico ao promscuo.2. Do conhecimento esotrico aos ensinamentos muito simples.3. Da riqueza e poder pobreza e fraqueza.

    2. Quem vulnervel a entrar para uma seita?

    A. Todas as pessoas so vulnerveis.

    1. Rico, pobre, educado, no-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.

    B. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens se-guintes)

    1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.2. Intelectualmente confuso em relao a assuntos religiosos e filosficos3. s vezes desiludido com toda a sociedade4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio5. Emocionalmente carente6. Necessidade de uma sensao de propsito, um objetivo na vida.7. Financeiramente necessitado

    3. Tcnicas de recrutamento

    A. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As tticas mais usadasso:

    1. "Bombardeio de Amor Love Bombing " que a demonstrao constante deafeto, atravs de palavras e aes.

    2. s vezes h muito contato fsico como abraos, tapinhas nas costas, toques eapertos de mo.

    3. Emprestam apoio emocional a algum em necessidade.4. Ajuda de vrios modos, onde for preciso.

    1. Desta maneira, a pessoa fica em dbito ento com a seita e procura dealgum modo retribuir.

    5. Elogios que fazem a pessoa pensar que o centro das atenes.

    B. Muitas seitas usam a influncia da Bblia ou mencionam Jesus como sendo um deles;dando validade assim ao seu sistema.

    1. Escrituras distorcidas2. Usam versculos tirados da Bblia fora do contexto3. Ento misturam os versculos mal interpretados com a filosofia aberrante

    delas.

    C. Envolvimento gradual

    1. Alterando lentamenteo processo de pensamento e o sistema de convico dapessoa, atravs da repetio dos seus ensinos (condicionamento).

    1. As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um pontode cada vez.

    2. Convices novas so reforadas por outros membros da seita.4. Por que algum seguiria uma Seita?

    A.A seita satisfaz vrias necessidades:

    1. Psicolgica - Algum pode ter uma personalidade fraca, facilmente ma-nipulvel.

    2. Emocional A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ouno passado

    3. Intelectual O membro tem perguntas que este grupo responde.

    B. A seita d a seus membros a aprovao, aceitao, propsito e uma sensaode pertencer a algum grupo.

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    1382. Mostre as inconsistncias da filosofia do grupo, luz da Bblia.

    3. Estude a seita e aprenda sua histria, buscando pistas e informaes

    E. Tente afast-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o lao de isola-mento.

    F. D o apoio emocional de que ele precisa.

    G. Alivie a ameaa de que se ele deixar o grupo, estar condenado ou em perigo.H. Geralmente, no ataque o lder do grupo, deixe isso para depois. Freqentementeo membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou lder.

    I. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitvel.

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    4 - VOC J FOI ENGANADO?

    Talvez isso tenha acontecido porta de sua casa, quando algum vendedor treinado parapersuadir e usando de artimanhas o fez comprar algo intil. O engano geral! H enganoem todas as reas da vida, e especialmente no setor religioso! Vivemos numa poca em quemuitas seitas se propagam em velocidade inacreditvel. Os representantes das seitas sa-bem muito bem como podem vender suas heresias a pessoas de boa-f por meio de pala-

    vras convincentes. Muitas vezes as seitas apelam para a Palavra de Deus e usam onome de Jesus Cristo. Em um primeiro momento, freqentemente, suas palavras parecemconvincentes e verdadeiras. Mas: Cuidado - engano! A Bblia nos adverte seriamente arespeito: "Amados, no deis crdito a qualquer esprito; antes, provai os espritos se proce-dem de Deus, porque muitos falsos profetas tm sado pelo mundo fora" (1 Jo 4.1). De queconsiste a diferena entre uma seita e a verdadeira f bblica em Jesus Cristo? Como sereconhece uma seita? Faa a prova com trs perguntas:

    1. Quem Jesus Cristo?

    As seitas negam a pessoa do Senhor Jesus - elas falam de um "Cristo csmico" ou negam aSua soberania divina. Nelas no Jesus que est no centro, mas a pessoa do seu "guia","profeta", "apstolo"ou "guru". Entretanto, a Bblia declara que Jesus Cristo o nico Deus

    verdadeiro. Ele se tornou homem para morrer na cruz por todos os homens. Ele ressuscitoucorporalmente e vive por toda a eternidade (1 Jo 5.20; Cl 2.9; Mc 10.45 e 1 Co 15.3ss).

    2. O que a Bblia?

    Muitas vezes as seitas usam, de fato, partes da Bblia, mas alm dela ainda tm as suasdoutrinas especiais, "novas revelaes" e "vises", que colocam no mesmo nvel da Palavrade Deus, a Bblia. Porm, a prpria Bblia legitima-se como a Palavra de Deus inspirada.Tudo o que precisamos saber sobre Deus, sobre Jesus Cristo e Seu grandioso plano comeste mundo e com nossa vida revelado exclusivamente pela Sagrada Escritura (2 Tm3.16). Deus nos adverte para no irmos alm do que est escrito na Bblia (Ap 22.18-19; 1Co 4.6).

    3. Como posso encontrar a Deus? Como alcano a vida eterna?

    As seitas condicionam a salvao filiao a sua organizao. Seus membros devem trei-nar certas prticas de meditao ou cumprir outras normas de conduta. A Bblia, pelo contr-rio, ensina: voc salvo e recebe a vida eterna de Deus nica e exclusivamente pela f pes-soal em Jesus Cristo e por Sua graa (Jo 3.16; 14.6; 1 Tm 2.5; At 4.12).Cuidado para no cair nas armadilhas de qualquer seita. Por isso, informe-se. Leia a Bblia.Conhea a Jesus Cristo e confie nEle! O Seu amor vale tambm para voc. Ele quer trazerluz s trevas de sua vida. Jesus Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue noandar nas trevas, pelo contrrio, ter a luz da vida" (Jo 8.12).Voc pode vir a Ele em orao e pedir-Lhe que assuma a direo de sua vida. Ter a Jesussignifica ter vida verdadeira, vida com significado, vida eterna com Deus.Peter Bronclik

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    5 - QUADRO SINTICO DE SEITAS

    RELIGIES E SEITAS

    Tabela de Religies e Seitas comparadas n1

    Nome do grupo Fundador Mensagem Igreja Deus Jesus SalvaoRd

    CristianismoBblico (Protes-tantismo)

    Jesus Cristo Jesus morreu parasalvar pecadoresAqueles que sosalvos

    Trindadetrs pesso-as em umDeus

    Deus emcarne. 2pessoa daTrindade

    Pela Graa,atravs da F so-mente

    Jnere

    CatolicismoRomano

    Jesus, sobre apedra que Pedro (consi-derado comoprimeiro Papa)

    Sacramentos, cari-dade, culto a Mariae aos "Santos"

    Os membros daIgreja CatlicaApostlica Ro-mana

    Trindadetrs pesso-as em umDeus

    Deus emcarne. 2pessoa daTrindade

    Fora da Igreja Cat-lica Apostlica Ro-mana no h Salva-o

    S

    Legio da BoaVontade - LBV

    Alziro Za-rur(04-03-1949)

    Assim como Jesus,todos podero al-cancar a perfeioaps muitas reen-carnaes.

    Todos so cris-tos independen-te da religio

    Impessoal

    No Deus

    nem tevecorpo huma-no

    Atravs da caridadee reencarnaessucessivas

    N

    EspiritismoKardecista

    Dr. HippolyteLon DenizardRivail, vulgoAllan Kardec(1857)

    Assim como Jesus,todos podero al-cancar a perfeioaps muitas reen-carnaes.

    O Espiritismo aIgreja restauradae o Consoladorprometido porJesus

    Impessoal

    No Deusnem tevecorpo huma-no

    Atravs da caridadee reencarnaessucessivas

    N

    Testemunhasde Jeov

    Charles TazeRussell(1852-1916)Fundada em

    1881

    Jesus abriu a portapara conquistarmosnossa salvao

    144.000 ungidosque iro para ocu

    Jeov, que uma sPessoa

    No Deus; o ArcanjoMiguel, aprimeira enica criatura

    de Jeov

    Obedecendo asordens da Socieda-de Torre de Vigia

    N

    MaonariaAnderson eDesagulliers(Londres, 1717

    Buscar o prprioaperfeioamento

    Impessoalcomo forasuperior

    Um grandemestre seme-lhante a Bu-da, Maom, eetc.

    ""Erguer templos virtude e cavarmasmorras aosvcios""

    N

    Adventistas Ellen Gould Crer em Jesus e Somente os ad- Trindade Deus em Guardando o sba- S

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    do Stimo Dia White(1860)

    observar a Lei ventistas trs pesso-as em umDeus

    carne. 2pessoa daTrindade

    do e os mandamen-tos

    Mormonismo

    Joseph Smith(1805-1844)fundado em

    1830

    Alcanar a divinda-de pelas ordenan-as do evangelho

    mrmon

    Membros daIgreja de JesusCristo dos San-

    tos dos ltimosDias

    Trade3 deuses

    No Deus. irmo deLcifer e dos

    homens

    Salvao pelas bo-as obras da igreja

    mrmon

    S

    Teosofia

    Madame Hele-na Blavatsky(1831-1891)fundada em1875

    Deus umprincpioUm grandeMestre N

    Cincia CristMary BakerEddy (1821-1910

    Crenas religiosasextradas dos ensi-nos de Jesus. Re-jeitam a expiao

    Uma coletneade idias espiri-tuais

    PresenaImpessoalUniversal

    Um homemafinado com aconscinciadivina

    Pensamentocorreto N

    UnitarismoCharles Filmo-re(1854-1948)fundado 1889

    Os princpios geraisdo Unitarismo

    Uma coleo deidias espirituais

    Fora Uni-versal Im-pessoal

    Um homem,no o Cristo

    Adotando a corretaUnidade atravs deprincipios

    N

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    Tabela de Religies e Seitas comparadas n2

    Nome dogrupo FundadorMensagem Igreja Deus Jesus Salvao

    Moonismo Sun MyungMoon(1920)

    Moon o Rei dosreis, e Senhordos senhores, eo Cordeiro deDeus.

    Igreja daUnificao

    Deus tantopositivo comonegativo. No hTrindade. Deusprecisa de Moonpara faz-lo feliz

    Jesus foi um homem per-feito, no Deus. Jesusfalhou em sua misso.Moon vai completar suaobra

    Obedincia e aceitados verdadeiros pais(Moon e suaesposa)

    Cientologia Ron Hub-bard(1954)

    Todos so ""the-tans"", espritosimortais compoderes ilimita-dos

    Rejeita o Deusrevelado na B-blia.

    Raramente mencionado.Jesus no morreu pelospecados de ningum

    Salvao a libertada reencarnao

    Meninos deDeus

    DanielBrandt Berg(1968)

    Desistir de tudopara seguir a

    Jesus. J usarama prostituiopara atrair novosadeptos

    Famlia doAmor

    Pai, Filho e Esp-rito Santo, masno Trindade

    Foi uma criao de Deus.

    Nova Era

    Todos so deu-ses e s preci-sam se conscien-tizar disso

    Deus uma for-a impessoal ouprincpio, nouma pessoa.Tudo e todos soDeus.

    No o verdadeiro Deusnem Salvador, mas ummestre elevado

    O mau carma tem queser compensado combom carma

    Hindusmo

    O homem devese conformarcom sua condi-

    o para alcan-ar uma vidamelhor na prxi-ma encarnao

    O Absoluto. Umesprito universal(Brahman). V-

    rios deuses somanifestaesdele

    um mestre ou avatar(uma encarnao de Vish-

    nu). Sua morte no foiexpiatria

    Libertao dos ciclosde reencarano, e

    absoro em Brahmanalcanadas atravs daYoga e meditao.

    Budismo

    Buda (Sid-dartha Gau-tama em525 a.C.)

    O alvo da vida o Nirvana paraescapar do so-frimento

    No existe. Buda consideradopor alguns comouma conscincia

    O Nirvana (inexistn-cia) que pode ser al-canado seguindo-se Caminho das Oito Via

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    universal ilumi-nada

    Islamismo Maom (610d.C.)

    S Allah Deuse Maom o seuprofeta

    Al, um juiz se-vero. No des-crito como amo-

    roso

    um dentre mais de 124mil profetas enviados porDeus a vrias culturas.No Deus, no foi cruci-

    ficado, voltar para viver emorrer

    O equilbrio entre asboas e ms obras de-termina o destino eterno no paraso ou no

    inferno

    Judasmo

    Deus (oEterno),atravs deAbrao,formou opovo esco-lhido

    O Eterno onico Deus

    O Eterno, cha-mado de Jeovou Iav

    Simples judeu Obedincia Lei e aoMandamentos

    Umbanda

    Soluo de pro-blemas imediatoscom a ajuda dosespritos

    Zambi nico,onipotente, irre-presentvel,adorado sobvrios nomes

    Oxal novo

    Prtica de caridadematerial e espiritualcomo meio de evolucrmica

    Candombl

    Primeirotemplo er-guidonaBahia, naprimeirametade dosculo XIX

    Dana religiosade origem africa-na atravs daqual as pessoashomenageiamseus orixs

    Olodumar, cria-dor de todas ascoisas, eterno etodo-poderoso

    Ao morrer o candom-blecista vai para o O-rum( nove cus sob ocomando de Ians)

    Atesmo

    A evoluo umfato cientfico,portanto tica emoral so relati-vas

    No h Deus oudiabo, uma vezque no podemser provadoscientificamente

    Jesus foi um mero homemNo h vida aps amorte

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    apropriado para um filho de Deus, um crente em Jesus, um cristo verdadeiro. Candombl eCristianismo so irreconciliveis.

    Os espritas devem ser amados e evangelizados. Mas para isso no precisamos tocar seusatabaques, comer suas iguarias contaminadas e cantar seus hinos satnicos. No precisa-mos ir aos quintos dos infernos para evangelizar a Satans. No existe e nunca existir con-ciliao entre as trevas e a luz: "Que sociedade tem a justia com a injustia? E que comu-

    nho tem a luz com as trevas? E que consenso tem o templo de Deus com os dolos? Peloque sa do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e no toqueis nada imundo, e eu vosreceberei; e eu serei para vs Pai, e vs sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso" (2 Corntios 6.14-18).

    Uma coisa certa: a Igreja do Senhor Jesus, assim entendido o Corpo de Cristo, no come,nunca comeu e jamais comer das mos dos Orixs, do Exu, do Pomba-gira, do Preto-Velho, de Iemanj ou de qualquer demnio. Jamais nos alegraremos com os cnticos delouvor a Satans; nossos templos estaro sempre fechados a qualquer prtica esprita, sejado Candombl, da Umbanda ou Quimbanda. Mas estaremos sempre de braos abertos parareceber homens e mulheres oriundos de qualquer seita, para lhes dizer que s em JesusCristo h salvao, "porque em nenhum outro h salvao, porque tambm debaixo do cu

    nenhum outro nome h, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos4.12).

    A Igreja se manter distante dessas prticas satnicas. No s distante mas sempre prontapara combat-las com a espada do Esprito, que a Palavra de Deus.

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    6.2 - CATOLICISMO ROMANO

    A igreja antes e depois do Sculo IV

    O Vaticano no igreja, mas sim um organismo poltico-religioso que arrogando certas prer-rogativas se interpe entre Deus e os Catlicos, conservando-os sob sujeio; certos telo-

    gos vem no Vaticano "O esprito do imprio romano com roupagens do cristianismo."Em sucessivos conclios depois do sculo IV, os papas sancionaram muitos dogmas desco-nhecidos pelos Cristos dos primeiros 500 anos e estranhos ao Novo Testamento. A Igrejaprimitiva desconhecia at ento a Transubstanciao, o Purgatrio, o Celibato, a Infabilidadepapal, o Culto Maria, a Venerao de imagens, o uso da gua benta, velas, etc.

    Viveram nos 4 primeiros sculos milhes de Cristos, entre eles homens venerveis conhe-cidos como "pais da igreja".

    Anote as datas em que viveram alguns deles

    Lino viveu no ano 65

    Cleto no ano 69Clemente no ano 95Justino no ano 100Santo Incio no ano 110Higino no ano 139Papas no ano 140Policarpo no ano 155Santo Irineo viveu no ano 180Orgenes no ano 220Urbano no ano 223So Cipriano no ano 247So Vicente viveu por volta do ano 310

    So Silvestre no ano 314So Joo Crisstimo no ano 250Santo Anto ano 356So Jernimo, tradutor da Bblia viveu no ano 340So Genaro e So Sebastio ano 384Ambrsio no ano 397Santo Agostinho, bispo de Hipona, viveu no ano 420, etc.

    Agora anote as datas nas quais alguns dogmas foram introduzidos na igreja

    Ano 431, a igreja comea a cultuar Maria, me de Jesus.Ano 503, decretam a existncia do purgatrioAno 1476, comearam a cobrar "Missas de inteno"

    Ano 783, iniciam a venerao de imagens (idolatria)Ano 933, a igreja institui a "Canonizao"Ano 1074, institudo o CelibatoAno 1190, comeam a conceder perdo e favores espirituais por dinheiroAno 1208, comearam na missa, a "levantar" a hstia para ser adoradaAno 1414, o vinho na Ceia do Senhor comeou a ser negada aos fiisAno 1215, o papa Inocncio III, por decreto instituiu a TransubstanciaoAno 1870 declaram o papa infalvelAno 1854, impenm o dogma da imaculada conceio de MariaAno 1950, impem o dogma sobre a Assuno de Maria

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    Essas inovaes foram introduzidas, como se observa, depois do sculo IV quando aquelaspessoas, pais da igreja, que souberam guardar a f, j no existiam.

    Verifica-se que a Igreja Catlica no legtima quando relacionada com o Novo Testamentoe com a f dos primeiros Cristos.

    O Vaticano e a igreja para serem honestos deveriam informar, inclusive nos calendrios, que

    os cristos primitivos que festejam, no foram Catlicos romanos, pois nada souberam dofestival de dogmas que foram criados se aqueles homens vivessem hoje, fariam outra op-o religiosa, jamais o Catolicismo Romano.

    Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria, Solus ChristusDesconhecido

    Catolicismo romano

    A Bblia Sagrada e auto-explicativa; alias a regra fundamental da Hermenutica (interpreta-o) e que ela seja seu prprio interprete, entretanto, para compreendermos certas coisasou fortalecer nossa f em Jesus Cristo atravs dos seus ensinos, necessitamos recorrer a

    Historiaextra-biblica, por exemplo:Nos primeiros sculos da nossa era, havia uma nica comunidade crista. Ora, Jesus haviadito: "Onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, estarei no meio deles..." "Eis queestarei convosco, todos os dias ate a consumao dos sculos". Mt 18,20 ; 28,20

    Origem do papado e do Vaticano

    O cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbteros e evangelistas como Li-no, viveu no ano 65; Cleto em 69; Clemente em 95; Justino em 100; Policarpo, ano 155; Ig-ncio, ano 110; Irineu, por volta do ano 180; Papias, ano 140; Cipriano, bispo de Cartago,ano 247; Joo Crisostomo, famoso cristo, ano 350 e outros. Entre eles no havia maior oumenor, embora Tertuliano, advogado cristo, tenha acusado o bispo Calixto de "querer ser o

    bispo dos bispos" (ano 208).O Catolicismo romano comeou a tomar forma no ano 325 quando o imperador romanoConstantino, "convertido" ao cristianismo, convocou o primeiro concilio das igrejas que foidirigido por Hosia Cordova com 318 bispos presentes; esses bispos eram cristos; aindano havia Catolicismo romano. Constantino construiu a IGREJA DO SALVADOR num bairronobre de Roma, chamado Vaticanus. Os bispos (papas) de ento construram vrios pal-cios ao redor da "igreja" formando o Vaticano que hoje existe.A Igreja recebeu o nome de "Catlica" somente no ano 381 no concilio de Constantinoplacom o decreto "CUNCTUS POPULOS" dirigido pelo imperador romano Teodosio. Devido asalteraes que fez deixou de ser apostlica e no sabemos como pode ser Romana e Uni-versal ao mesmo tempo. (Hist. Ecles.; Rivaux; Tom. 1; pg. 47).Ate o sculo V no houve "papa" como conhecemos hoje. Esse tratamento terno comeou a

    ser aplicado a TODOS os bispos a partir do ano 304. (Cincia e Religio; Cnego Salin;Tom. 2; pg. 56). Naqueles tempos ningum supunha que "S. Pedro foi papa"; fora casado eteve ambies temporais. Depois dos apstolos, os lideres do Cristianismo foram os bispos,os pastores e os evangelistas. A idia de que uma relao de "papas" surgiu a partir de S.Pedro e falsa; foi forjada para hiper-valorizar os de ento.Depois do ano 400 as Igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas" que foram os bisposde Antioquia, de Alexandria, de Jerusalm, de Constantinopla e de Roma, "tero" que gerouo papado. As Igrejas que eram livres comearam a perder autonomia com o papa InocncioI, ano 401, que dizendo-se "governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvr-sias fossem levadas a ele! "

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    O papa Leo I, ano 440, e mencionado pelos historiadores como o primeiro Papa. Procurouimpor respeito prescrevendo que "RESISTIR SUA AUTORIDADE SERIA IR DIRETO PARAO INFERNO". Nessa situao confusa, houve porfia entre o bispo de Constantinopla com ede Roma sobre a liderana do Cristianismo, quando interveio o Concilio de Calcednia, ano451, que concedeu "direitos iguais a ambos". O papado como o conhecemos, hoje, desen-volveu-se gradativamente sustentado, a principio, pelo Imprio Romano; e intruso no Cristia-nismo e no se enquadra na bblia, mas e identificado nas Sagradas Escrituras como "Ponte

    Pequena" (Daniel 7,8).O Estado territorial do Vaticano teve origem com o papa Estevo II, anos 741-752 que insti-gou Pepino, o Breve e seu Exercito a conquistar territrios da Itlia e doa-los a Igreja. CarlosMagno, pai de Pepino confirmou a doao no ano 774 elevando o Catolicismo a posio depoder mundial, surgindo o "SANTO imprio ROMANO sob a autoridade do Papa-Rei; esseimprio durou 1100 anos. Carlos Magno j velho e arrependido por doar territrios aos pa-pas, agonizando sofria horrveis pesadelos e lastimava-se assim: "Como me justificar diantede Deus pelas guerras que iro devastar a itlia, pois os papas so ambiciosos, eis porquese me apresentam imagens horrveis e monstruosas que me apavoram; devo merecer deDeus um severo castigo". (Pillati, Ed. Thompessom, Tom. III, pg. 64. Londres 1876).O Papa Nicolau I, anos 858-867, foi o primeiro a usar coroa! Serviu-se com muito efeito dedocumentos esprios conhecidos como "PSEUDAS DECRETAIS DE ISIDORO", que surgi-

    ram no ano 857. Essas falsas "decretais" eram pretenses dos bispos dos sculos I e II que"exaltavam o poder dos papas!" foram invenes corruptas e premeditadas cuja falsidade foidescobertadepois da morte desse papa; havia mentido que "tais documentos estiveram por sculos sobguarda da Igreja". As "Pseudas decretais de Isidoro" selaram a pretenso do clero medievalcom o sinete da "antiguidade" e o papado que era recente tornou-se coisa "antiga". Foi oMAIOR EMBUSTE DA HISTORIA; esses falsos documentos fortaleceram os papas e AN-TECIPOU EM 5 sculos o poder temporal deles e serviu de base para as leis cannicas daigreja catlica. Esse embuste ajudou o papa Gregrio VII, 1073-1085 a decretar o "DIREITOEXCLUSIVO DE GOVERNAR A IGREJA". (Pochet bblia Handbook pg. 685).Em 1304-1305 o rei Filipe IV, da Franca enfrentou o papa! Devido as perseguies religiosasda igreja e por cobrarem altos tributos dos franceses, o Rei mandou um emissrio a Romaprender o pontfice e humilhou o papado ate o cho. Conduzidos para Avinhao, na Franca,foram tratadoscomo meros instrumentos da Corte francesa de 1305 a 1377. Nesse perodo o Catolicismoteve dois papas, ambos "infalveis"; um em Avinhao, na Franca e outro em Roma, proferindomaldies um contra o outro!Com o papa gregrio IX, ano 1377, a sede da Igreja voltou a ser unificada no Vaticano e nosculo XV demoliram a IGREJA DO SALVADOR construindo em seu lugar a Baslica de S.Pedro. Posteriormente, os papas envolveram-se em guerras que resultou na priso do papaPio VII, no ano 1798 por Napoleo Bonaparte.No ano 1870 o papa Pio IX governava Roma com 10 mil soldados franceses quando a Fran-ca retirou suas tropas. Victor Emanuelli invadiu a cidade, arrebatando Roma das mos dospapas. Humilhados, perderam Roma e tornaram-se sditos do governo italiano. Ate 1929 opapado esteve confinado no Vaticano; nesse ano, Pio XI e Mussolini assinaram o Tratado deLatro legalizando esse pequeno Estado politico-religioso que e controlado pela "Cria ro-mana e governado por 18 velhos cardeais italianos que por sua vez controlam a carreira dosbispos emonsenhores". O papa fica fora dessa pirmide. ( Estado, 20.03.82).O Papado e uma instituio italiana que surgiu das runas do extinto imprio Romano; so-breviveu fazendo astutas alianas polticas como no caso dos francos e de Carlos Magno;sobreviveu pela fraude como no caso das "Falsas Decretais de Isidoro"; sobreviveu servin-do-se dos exrcitos dos reis subservientes e tambm derramando sangue na inquisio.Muitos papas foram bons homens. A igreja dos primeiros sculos abrigou muitos santos que

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    no entanto, viveram fora da influencia do Vaticano; entendiam que os tais "vigrios de Cristo"eram bem menos santos que aparentavam...Atualmente a "igreja" esta envolvida na "opo pelos pobres" procurando distribuir a riquezados outros sem tocar nas suas... Com essa opo procuram atrair as massas que perderam.O mesmo desespero sofrem na itlia "onde apenas 25% dos catlicos so praticantes, com-parando-se com 41% em 1968". (Estado, 07.04.88). Se os papas no conseguem manter af catlica na itlia, Sede da igreja e bero do papado, como esperam realizar isso viajando

    por outros paises? Distanciam-se de Cristo, eriando as classes sociais umas contra as ou-tras e deixam ver que substituram a mensagem eterna pelas temporais.

    Rendas da Igreja e do Vaticano

    Sem sustento nenhum, por estarem desacreditados, os papas e a igreja sancionaram o ble-fe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando cargos eclesisticos e po-sies que valiam fortunas. Cobravam para "canonizar um santo" naqueles tempos, 23 milducados; hoje, milhes! Vendiam relquias e "pedacinhos da Cruz de Cristo" ; negociam operdo de pecados mediante indulgncias e amedrontavam os "fieis" com o fogo do Purga-trio que criaram prometendo com "missas" pagas, aliviar essa situao! Desconhecendo abblia e o amor de Deus, milhes acabavam aceitando esses expedientes matreiros do Cato-licismo Romano.

    O dominicano joo Tetzel tornou-se famosos vendendo documentos de indulgncias da "I-greja"; negociava uma que "dava o direito antecipado de pecar"! Vendia uma outra por altopreo que garantia: "AINDA QUE TENHAS VIOLADO MARIA, ME DE DEUS, DESCERASPARA CASA PERDOADO E CERTO DO PARASO"!O Papa leo X, ano 1518, continuou com o blefe; necessitando restaurar a igreja de S. Pe-dro que se rachava, utilizou cofres com dizeres absurdos tais como: AO SOM DE CADAMOEDA QUE CAI NESTE COFRE, UMA ALMA DESPREGA DO purgatrio E VOA PARA Oparaso" (Hist. Literatura Inglesa por Tayne; vol II; pg. 35)O purgatrio o nervo exposto da Igreja; no quer que toque! O escritor Cesare Cantu regis-trou que o purgatrio e a "galinha dos ovos de ouro da igreja" e o ex-padre Dr. HumbertoRodhen disse que com este e outros expedientes a igreja catlica recolhe por dia em todo omundo 500 milhes de dlares. Esse lugar de tormento tornou-se comercio espiritual a partir

    do ano 1476 com o papa Sixto IV; o Catolicismo e a nica instituio que "negocia com asalmas dos homens" (Ap 18.13). Com esse dogma peca duas vezes e cria problemas deconscincia para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade; segundo por receber di-nheiro em nome dela. Nunca informam quando as almas deixam esse lugar de tormento;celebram missas indefinidamente por uma pessoa falecida sempre que um simplrio pagar.O confessionrio cujo interrogatrio "devassa os lares" serve para vrios fins; em Portugal ena Espanha usavam-no para descobrirem e informarem as autoridades o pensamento polti-co dos generais, confessando suas esposas! Nessas "confisses" conseguem legados edoaes de beatos e vivas chorosas que buscando "absolvio" podem ser aliciados entre-gando terras epropriedades. "A igreja, no Brasil, tem um vultoso patrimnio imobilirio". (Estado 25.02.80).S. Bernardo, doutor da igreja e canonizado, dizia: O clero se diz pastores, mas o que so e

    roubadores; no satisfeitos com a l das ovelhas, bebem seu sangue! (Roma, a igreja e oAnti-Cristo, pg. 178).

    Influncia do Estado do Vaticano

    A influencia do Estado do Vaticano e dos papas vem diminuindo dentro e fora. O Geral dosMinoristas, joo del Parma, canonizado, registrou que "A cria Romana esta entregue acharlatanearia, ao embuste e ao engano sem dar ateno as almas que se perdem!" (Salim-bene, Vita del Parma, pg. 169).Vazios espiritualmente, o clero recorre ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor.Tudo no Catolicismo e muito colorido. Se o papa celebrasse as cerimnias civicamente tra-jado como os pastores das igrejas cristas, reduziriam em 70% os curiosos; por essa razo a

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    indumentria deles e de espantar! Conforme o cerimonial, o papa apresenta-se com a Casu-la, aMitra, o Bculo, a Estola, a Meseta, a Batina, o Manto, o Palio, a Roqueta, a Faixa, o Solide-o, a Coroa, a Tiara, o Escapulrio, as Luvas de seda e os Sapatos de Pelica vermelha, tudomuito colorido e atraente! O Papa joo Paulo II acrescentou mais uma peca na sua indumen-tria: "colete a prova de bala". Comprou dois deles na empresa americana Armoured Body(Jornal de Milo II Giorno).

    "A maioria catlica" mencionada pelo clero para humilhar as Igrejas Cristas, encontra-se, naverdade, nos paises subdesenvolvidos e mal alfabetizados. Essas naes devem cobrar doCatolicismo Romano que abraaram a ma situao em que se encontram. Por sculos aigreja no alfabetizou j de ma f, objetivando explorar massas humanas com crendices;impediram povos de examinarem a bblia, fonte de progresso e liberdade. Quando o cleromenciona "religies minoritrias" esquece milhes de cristos exterminados pelos papas,retardando sua multiplicao.

    Vaticano em seus conclios altera a doutrina crist

    Dogmas criados pela igreja catlica so to indiscutveis entre eles que ate impedem padresa raciocinar e decidir entre o certo e o errado. Muitos baseados em lendas e suposies;outros, impregnados de crendices que rebaixam o nvel do Cristianismo; quase todos com

    fins lucrativos, outros conferem ao clero certa autoridade e influencia ate que a sociedadefiqueesclarecida.

    Algumas alteraes estranhas as Sagradas Escrituras:

    Ano 304 d.C.: Os Bispos comearam a ser chamados de papa.Ano 310 d.C.: Introduzidas oraes pelos mortos.Ano 320 d.C.: comearam a acender velas.Ano 325 d.C.: Constantino celebra o primeiro concilio das igrejas.Ano 375 d.C.: Adorao de "santos" (dolos).Ano 381 d.C.: A Igreja crista recebe o nome de catlica.

    Ano 394 d.C.: Culto cristo e substitudo pela missa.Ano 416 d.C.: comearam a batizar crianas recm-nascida.Ano 431-432 d.C.: Institudo culto a virgem Maria, me de Jesus.Ano 503 d.C.: Comea a existir o purgatrio. Em 593 d.C.: Foi introduzidasua doutrina.Ano 606 d.C.: Supremacia papal.Ano 709 d.C.: Costume de beijar o pe do papa.Ano 787-788 d.C.: adorao/culto as imagens de escultura.Ano 830-840 d.C.: A Igreja comea a utilizar ramos e a tal "gua benta".Ano 933-993 d.C.: Instituda a canonizao de "santos".Ano 1074 d.C.: instituio do Celibato.Ano 1090 d.C.: Introduzido o tero.

    Ano 1140 d.C.: Sete sacramentos.Ano 1184 d.C.: inquisio. Efetivada posteriormente.Ano 1190 d.C.: instituda a venda de indulgncias.Ano 1200 d.C.: A Ceia do Senhor e substituda pela hstia.Ano 1215 d.C.: instituda a Transubstanciao.Ano 1216 d.C.: instituda a Confisso.Ano 1316 d.C.: Introduzida a Ave Maria.Ano 1415 d.C.: O clice que era da Santa Ceia ficou s para o clero.Ano 1439 d.C.: Decretado o purgatrio.Ano 1546 d.C.: Introduzidos livros apcrifos na bblia. (Tobias, judith,Sabedoria, Macabeus I/II, Eclesistico e Baruque).

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    Ano 1854 d.C.: Anunciada conceio imaculada da virgem Maria.Ano 1950 d.C.: Ascenso da virgem Maria.

    A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII, 1529, tentou impedir que o Evange-lho fosse pregado em alguns estados da Alemanha. Os cristos no catlicos fizeram umprotesto contra essa pretenso do papa e receberam o nome de protestantes, aplicado, hojea todos os evanglicos.

    A Igreja depois do sculo IVNo ano 933, quando instituda a "canonizao", essa distino da igreja tem concedida in-clusive por ato de bravura, como matar protestantes e maons. Anchieta, por exemplo, em 9de fevereiro de 1558 na Baia de Guanabara ajudou os ndios a enforcarem o holands pro-testante Jacques Le Balleur e afogarem seus companheiros na mar.A transubstanciao (hipottica transformao do po e vinho no corpo e sangue de Cristo)foi proclamada pelo papa inocncio III, ano 1215. Os cristos resistiram, mas foram derrota-dos em 1551 por um decreto papal.

    Confronto Bblia - Catolicismo Romano

    Nos primeiros sculos a Igreja lutou contra os conclios dos papas, mantendo as doutrinasCristas originais. so Cipriano, bispo de Cartago (249-258), alertava: "no recebe opiniodiferente das sagradas Escrituras, seja de quem for!" so Jernimo (340-420) dizia o mes-mo: "Se estiver escrito recebemo-lo, se no estiver escrito no receberemos, o que eles a-presentam como tradio a Palavra de Deus o vergasta!" (Veja Adv. Creseon, pg. 40 e In.Agg. Proph. Cap. 1, n.2)1-adorao:bblia: "s a Deus adoraras e s a Ele serviras" ... "em esprito e em verdade"...Catolicismo Romano:as imagens tem prioridade por serem os "esteios" da igreja. No ros-rio ha 166 contas, sendo 150 para as "Ave Maria" e apenas 16 para os "Padre Nosso".2-MEDIAO:bblia: "s ha um Deus e um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" e Pedro con-firmou: "debaixo do cu no ha outro nome pelo qual devamos ser salvos"... (ITm 2.5 e At

    4.12)Catolicismo Romano:Maria, me de Jesus e tido como "Medianeira" e ate bispos e padresse fazem de mediadores e perdoadores de pecados como se fosse possvel substituir Cristo.Agem como impostores.3-ETERNIDADE E SALVAObblia: "Quem crer e for batizado salvo". "Cr no Senhor Jesus Cristo e ser salvo tu e tuacasa"...outros... (Mc 16, 15-16 e Atos 16, 31)Catolicismo Romano:Apesar daquelas palavras de Jesus, Dom Helder Cmara entrevista-do pela revista Veja n. 867, disse que "no tinha certeza de sua prpria salvao". Se umbispo esta nessa situao espiritual, que dizer de um catlico comum? Bispos e Padres,quando faleceu Tancredo Neves proclamaram que "Os anjos levaram a alma de TancredoNeves para os braos de Deus". Uma semana depois a igreja deu marcha-a-r ordenando

    missas a favor da alma de Tancredo nas "chamas do purgatrio"!

    4-PURGATRIO E LIMBO: so lugares intermedirios para onde vo as almas.Esses lugares no existem, mas rendem lucros para a igreja catlica; ela no abre mo!Nesse aspecto a igreja foi "hbil" dizendo que no purgatrio "os mortos se comunicam comos vivos atravs das missas". O Limbo, dizem, abriga as almas das crianas que morremsem batismo,todavia podem receber almas especiais que no vo aquele tormento! Nos Evangelhos noconstam nada dessas crendices.Os que se aprofundam no estudo das Escrituras descobrem que o catolicismo Romano edescrito na bblia, de maneira figurada como "Uma mulher embriagada com o sangue dos

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    santos e das testemunhas de Jesus", devido as perseguies e a inquisio cometidas con-tra os cristos no catlicos. Ap 18

    A estrapada

    A Estrapada foi um instrumento de suplicio que a igreja catlica usou nos tempos da inquisi-o (500 anos) e tirou a vida de milhares de pessoas inocentes. Cardeais e bispos presenci-avam o espetculo; a ocasio era importante, iam queimar 6 cristos Luteranos; os mais

    corajosos tiveram suas lnguas cortadas para no sensibilizarem os carrascos com suas o-raes ou citaes bblicas.Joo Huss, Reitor da universidade de Praga, Boemia, pregou contra o culto as imagens emostrou que na bblia no havia purgatrio; por isso foi queimado vivo em praa publica. Pordenunciar suas imoralidades (pai de muitos filhos ilegtimos), o papa Alexandre VI (1492-1503), considerado o mais devasso de todos (amante da prpria filha, Lucrecia Borgia)mandou enforcar o grande orador cristo, jernimo Savonarola.John Wicliff, queimado e muitos outros. A Reforma veio em 1517 ao "tocar" da trombeta doMonge Martinho Luthero. vrios paises se ergueram como gigantes! Luthero relacionou abblia com Catolicismo e ficou perplexo; disse ao Papa: "Raciocinemos sobre isto!" e o Paparespondeu: "Submete-te ou morreras queimado!"BIBLIOGRAFIA

    1)O ESTADO DO VATICANO (Documentrio) 11o edio ilustrada- Pr. Lauro de BarrosCampos2) ABECARENSE No 38, julho/98, Moji das Cruzes, S.P. Ano XI

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    O apstolo Pedro foi Papa?

    Dentro do sistema catlico-romano, Pedro considerado mais do que apstolo e servo deJesus Cristo; ele designado como "representante de Cristo na terra, fundamento dasua Igreja... o pastor universal de todos em nome de Cristo" (John Francis Noll e LesterJ. Fallon, Father Smith Ins-tructs Jackson, St. Louis, 1949, pgs. 48, 49), o primeiro na linha-gem dos papas da Igreja Catlica Romana. Este dogma oficialmente definido como segue:

    "A ctedra apostlica e o pontfice romano mantm supremacia sobre o mundo todo;o pontfice romano o sucessor de Pedro, o prncipe dos apstolos, verdadeiro vig-rio de Cristo, e cabea da igreja; ele o pai e mestre de todos os cristos; e, em Pe-dro, lhe outorgado poder integral, por nosso Senhor Jesus Cristo, para nutrir, dirigire governar a igreja universal, em conformi-dade com o que se acha contido nos atosdos conclios gerais e nos santos cnones" (Conclio de Florena, Sess. X). definio da autoridade papal sobre a igreja, o Conclio Vaticano de 1870 adicionou a se-guinte condenao: "Se algum disser que Pedro no foi ordenado prncipe de toda aIgreja Militante, ou afirmar que ele recebeu diretamente de nosso Senhor Jesus Cristosomente uma supremacia de honra e no de jurisdio real e verdadeira, seja ante-ma".Vejamos agora os principais argumentos e textos bblicos apresentados por catlicos em

    sua tentativa de provar que Pedro foi o primeiro papa, o cabea e fundamento da igreja.1. Pedro a pedra sobre a qual a igreja edificada

    "Tambm te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e asportas do inferno no prevalecero contra ela" (Mateus 16:18). A importncia dessa passagem como prova de ser Pedro o fundador da igreja, manifesta-separa os catlicos no fato de estar ela (tambm 21:15) inscrita em enormes letras no interiorda cpula da catedral de So Pedro em Roma, de maneira que possa ser lida do pavimentoinferior. Este texto considerado pelos catlicos como a carta-magna do papado.O que Cristo quis dizer com as palavras: sobre esta pedra edificarei a minha igreja"? Ainterpretao catlica romana que "esta pedra" se refere a Pedro, por ser "papa" a tradu-o literal, do seu nome. Mas, se Cristo desejasse afirmar que Pedro seria a pedra funda-

    mental da igreja, Ele teria empregado linguagem simples, comum, literal, assim como: "Tus Pedro e sobre ti edificarei a minha igreja."O fato do ponto de vista catlico sobre esta passagem estar errado, evidencia-se pela au-sncia das palavras "tu s Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" em Mar-cos 8:29 e Lucas 9:20, passagens paralelas de Mateus 16:18. Nesses versculos, Jesuspergunta: "Mas vs quem dizeis que eu sou?", e Pedro respon-de: "Tu s o Cristo"(Marcos) ou "O Cristo de Deus" (Lucas). Com a resposta de Pedro o assunto em discussofica encerrado.Se o dogma da superioridade de Pedro verdadeiro e de tamanha importncia, como a Igre-ja Catlica ensina, no parece praticamente inconcebvel que os registros de Marcos e deLucas nada tenham a dizer sobre isso? Os catlicos alegam que a narrao de Marcos nofaz referncia a Pedro, como sendo "a pedra", porque foi baseada em informao prestada

    por Pedro, e que por modstia Pedro omitiu qualquer referncia a si mesmo como funda-mento da igreja. Se tal concluso fosse verdadeira, seramos forados a crer quea modstia de Pedro ao guardar silncio sobre assunto de tanta importncia indicaria queele mesmo no tinha em to grande conceito o cargo que lhe fora supostamente conferido.E, por que silenciaria Lucas a respeito do assunto? "No incrvel que Lucas ignorasseuma declarao to importante: o estabelecimento de um monarca na igreja de Deus esoberano do colgio apostlico"? (Issac Barrow, Works, 6.51.)Um exame da linguagem de Mateus 16:18 destri a interpretao de que Pedro "a pedra".O nome "Pedro no grego est no gnero masculino, Petros, e significa PedraPequena. Apalavra "pedra" do gnero feminino - Petra. Jesus no disse que edificaria sua igreja sobrePedro, Petros, pequena pedra, mas sim sobre Petra, uma rocha. Os catlicos refutam es-

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    sa distino do uso de petros e petra, sustentando que ao falar Jesus empregou o idiomaaramaico, no qual Pedro e pedra grande ou rocha so a mesma coisa (Kepha), no haven-do diferena de gnero nessa lngua. Contudo, no h prova algumade que Mateus tenha escrito seu evangelho exclusivamente em aramaico, se que o fez. E,desde que no temos nenhum manuscrito original escrito diretamente por Mateus, mas simdiversos textos antigos em grego, podemos muito bem supor que ele tenha escrito em gre-go. E, em todos esses textos gregos, Mateus 16:18 emprega os termos, petro e petra, os

    quais temos a certeza de que do o verdadeiro sentido das palavras originais pronunciadaspor Jesus.O que , portanto a rocha, "a pedra" ou fundamento sobre o qual a igreja construda deacordo com Mateus 16:18? No se trata da pequena pedra, "petros" ou Pedro, mas da rochaslida, da "petra", a grande verdade expressa na confisso de Pedro: "Tu s o Cristo, ofilho do Deus vivo" (Mateus 16:16). As escrituras fornecem evidncias abundantes paraestaconcluso: "Porque ningum pode lanar outro fundamento, alm do que foi posto, oqual Jesus Cristo (1 Corintios 3:11). "...bebiam de uma pedra espiritual que os seguia.E a pedra era Cristo" (1 Corntios 10:4). Em seu comentrio sobre Mateus 16:18, Elliott a-presenta a seguinte esignificativa explanao: "A palavra grega petros ou Pedro, no indica uma grande pe-

    dra ou rocha, apesar de estar ligada de certa maneira a PETRA, uma rocha, pois querdizer, pedra ou pequeno pedao de rocha. Compreende-se ento que o VERDADEIROFUNDAMENTO expresso na figura de petra ou rocha, superior em dignidade pala-vra precedente PETROS ou PEQUENA PEDRA, da mesma forma que PETRA, verdadei-ra rocha, superior simples pedra ou fragmento de rocha; porque rocha a expres-so figurada regularmente usada nas Escrituras para designar o supremo Senhor: Osenhor a minha rocha(Samuel 22:2; Salmos 18:2). Muitos outros exemplos poderiamser apresentados para demonstrar que a expresso usada pelo Senhor na ocasio nosignificava nada menos que a sua dignidade divina como declarada por Pedro no con-texto anterior: Tu s o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Charles Elliott, Deli-neation of Ro-man Catholicism, New York, 1841, II, pg. 186).Jesus na verdade citado nas Escrituras como sendo uma pedra, mas no sentido de rochaslida, angular, ou fundao sobre a qual ns cristos somos edificados como pedras vivas,que compem a igreja: "Tambm vs mesmos, como pedras que vivem, sois edificadoscasa espiritual para serdes sacerdcio santo, a fim de oferecerdes sacrifcios espiritu-ais, agradveis a Deus por intermdio de Jesus Cristo. Pois isso est na Escritura: Eisque ponho em Sio uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer no ser demodo algum envergonhado" (1 Pedro 2:5- 6).Em Efsios 2:19-22, os apstolos e profetas so designados como fundao secundria daigreja; e ainda em conformidade com outras escrituras sobre o mesmo assunto, Jesus re-tratado como fundamento principal, bsico, a pedra angular sobre a qual se sustm toda aigreja: "... famlia de Deus; edificados sobre o fundamento dos apstolos e profetas,sendo ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifcio, bem ajustado,cresce para santurio dedicado ao Senhor, no qual tambm vs juntamente estaissendo edificados para habitao de Deus no Esprito."Observa-se que Pedro no recebeu uma posio especial nessa descrio. Todos os aps-tolos esto relacionados da mesma forma que ele igreja; todos fazem igualmente parte dafundao secundria. Conway tenta escapar do significado desta concluso, ao declarar: 'Aigreja de fato edificada sobre os Apstolos e os Profetas, mas no da mesma manei-ra, pois, com certeza, os profetas no eram doutrinadores no mesmo sentido dos A-pstolos" (B.L. Conway, Question Box, New York, 1903, pg. 201). Supondo-se que sejaverdade, na passagem que est sendo considerada, haver Paulo feito distino entre aps-tolos e profetas, no sentido da superioridade entre uns e outros, que prova nos apresentaConway da existncia de uma distino entre Pedro e os demais apstolos? Para concordar

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    com Conway, Paulo deveria ter escrito: "..... famlia de Deus; edificados sobre o funda-mento do papa Pedro, dos apstolos e profetas..."E os chamados "Pais" religiosos da antigidade, teriam concordado quanto ao significado deMateus 16:18? O Dr. Kendrick, arcebispo catlico de St. Louis, reuniu assim as vrias inter-pretaes daqueles "Pais":1. Dezessete Pais designaram Pedro como a pedra sobre a qual a igreja edificada.2. Oito Pais, incluindo Orgenes, Cipriano, e Jernimo, ensinaram que todo o colgio

    apostlico a rocha, ou pedra.3.Quarenta e quatro Pais, incluindo Gregrio de Nissa, Crisstomo, Hilrio e Ambr-sio, designaram a confisso de Pedro quanto filiao divina de Cristo, como a pedra.4. Dezesseis Pais ensinaram que o prprio Cristo a pedra" (David Schaff, Our Father'sFath and Ours, New York, 1928, pg. 249).Dessa informao, conclumos que nem mesmo os lderes religiosos sobre cujos ensina-mentos a Igreja Catlica Romana se apoia extensivamente, concordavam quanto supostacarta-magna do papado, Mateus 16:18. Prova-se assim que falsa a declarao de Belar-mino ao dizer que a interpretao desta passagem que indica Pedro como a pedra sobre aqual se edifica a igreja, tinha "o apoio de toda a igreja, tantos dos Pais gregos quantodos latinos" (Ibid., pg. 343).

    2. As chaves do reino dos cus foram dados a Pedro

    "Dar-te-ei as chaves do reino dos cus: o que ligares na terra, ter sido ligado noscus; e o que desligares na terra, ter sido desligado nos cus" (Mateus 16:19)A Igreja Catlica Romana ensina que "Pedro no recebeu as chaves (do reino dos cus)particularmente, mas como supremo pastor, e em benefcio da Igreja" (Peter Dens, deEccles., n.0 91, tom. III, pg. 433). Conway declara: Cristo, o portador da Chave (Ap. 3.7)prometeu fazer de Pedro o portador da Chave no seu reino; isto , ter completo podere jurisdio na Igreja" (Conway, obra citada, pg. 197).O fato de Jesus ter prometido dar a Pedro as chaves do reino dos cus, simbolizando o po-der de ligar e desligar, sem dvida ensinado em Mateus 16:19, mas isto no significa queesta promessa prove que Pedro foi nomeado supremo pastor da igreja nem que as prerroga-tivas inclusas nessa promessa tenham dado autoridade superior a Pedro em relao a seus

    companheiros apstolos.O propsito declarado para o qual Jesus deu "as chaves" a Pedro, abrange a autoridade queEle concedeu a todos os apstolos, incluindo o poder de conceder aos homens os meiospara entrar no reino dos cus, ou igreja. O nico ponto que pode ser anotado a favor de Pe-dro neste sentido, sobre seus colegas apstolos, que ele foi o primeiro a fazer uso das"chaves" em benefcio de judeus e gentios; quando es-tendeu a lei de Cristo, o meio deingresso na igreja, aos primeiros no primeiro dia de Pentecostes aps a ascenso do Senhor(Atos 2) e aos ltimos na casa de Cornlio (Atos 10).Todavia, todas as vezes em que os demais apstolos pregaram o evangelho a judeus ou agentios, estavam exercendo a mesma autoridade que Pedro no uso das "chaves". Alm dis-so, tambm em nossos dias, a mesma autoridade apostlica no que concerne s "chaves doreino", entra-da na igreja de Cristo, est sendo utilizada.

    O argumento de ter Jesus expressamen-te prometido em Mateus 16:19 dar "as chaves" aPedro, no prova coisa alguma a favor da supremacia do apstolo sobre seus companhei-ros. simplesmente natu-ral que o Senhor especificasse Pedro como recipiente das "cha-ves" naquelas circuns-tncias, quando foi Pedro quem fez a boa confisso em resposta pergunta de Jesus: "Mas vs, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Elliott faz aquium comentrio adequado: "Cristo no prometeu as chaves exclusivamente a Pedro,como tambm no prometeu abeno-lo de maneira exclusiva, ao dizer: "Bem-aventurado s Simo Barjonas porque no foi carne nem sangue quem to revelou,mas meu pai que est nos cus". Cristo tinha perguntado a todos os apstolos:"Quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu ento em nome de todos: "Tu s o Cris-to, o Filho do Deus vivo". Diante disso, poderamos tanto dizer que Cristo abenoou

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    unicamente a Pedro, com excluso dos demais, como prometeu as chaves apenas aele" (Elliott, obra citada, pg. 189).Que a autoridade expressa nas palavras "o que ligares na terra ter sido ligado noscus, e o que desligares na terra ter sido desligado nos cus", simbolizada pelo poderdas chaves entregues aos apstolos, no foi uma prerrogativa exclusiva concedida a Pedro,fica confirmado em Joo 20:21-23, onde Jesus declarou a todos os seus apstolos: "Pazseja convosco: Assim como o Pai me enviou, eu tambm vos envio. E, havendo dito

    isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Esprito Santo. Se de alguns perdoar-des, os pecados, so-lhes perdoados; se lhes retiver-des, so retidos". Isto explicou oconceito de ligar e desligar. Quando as pessoas rejeitam a autoridade de Cristo expressa noensinamento de todos os apstolos (no apenas de Pedro), recusando-se assim a obedecerao evangelho, seus pecados permanecem, ou elas ficam escravizadas aos mesmos; mas,ao aceitar eobedecer verdade, os pecados so perdoados, libertando a pessoa. Cf. Apocalipse 1:5.No processo de libertao dos pecados pela obedincia ao evangelho, a autoridade de Cris-to expressa na doutrina apostlica, a porta do reino dos cus, aberta aos homens; mas aorejeitar o evangelho, esta porta fechada, e a pessoa continua presa aos seus pecados.Esta a explanao lgica e escriturstica do poder simblico das "chaves" investido na au-toridade dos apstolos. Cf. 1 Joo 4:6.

    O Senhor, continuando a discutir o assunto, representa o poder apostlico de ligar e desligarcomo pertencente a toda a igreja e no somente a Pedro: "Em verdade vos digo que tudoo que ligardes na terra, ter sido ligado no cu, e tudo o que desligardes na terra, tersido desligado no cu" (Mateus 18:18). Estude cuidadosamente a passagem dentro doseu contexto.

    3. O poder de firmar ou fortalecer a igreja, foi dado a Pedro

    "Simo, Simo, eis que Satans vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, po-rm, roguei por ti, para que a tua f no desfalea; tu, pois, quando te converteres,fortalece os teus irmos" (Lucas 22:31-32).Noll e Fallon, ao tentarem provar aqui a superioridade de Pedro, fazem o seguinte coment-rio: "Dirigindo-se a Pedro, Cristo lembrou-o de que Satans estava conspirando contra

    todos os apstolos ("vs" no verso 31 plural no grego): "Eu, porm, roguei por ti,para que a tua f no desfalea; tu, porm quando te converteres, fortalece os teusirmos". As palavras "tu" e vos , em Mateus 16:19 e Lucas 22:32, tambm em Joo21:15-17, tm aberto os olhos de milhares de pessoas quanto ao lugar ocupado porPedro na Igreja" (NolI and Fallon, obra citada, pg. 49).No podemos ver como Lucas 22:32, ou os outros versculos mencionados, podero abrir osolhos de alguma pessoa que bus-que a verdade de Deus em referncia ao dogma "o lugarde Pedro na Igreja" o de papa. verdade que a palavra "vs" est no plural (Lucas 22:31)em grego, referindo-se assim a todos os apstolos e, que, no verso 32 Jesus volta-se parti-cularmente para Pedro. Mas, ser que o fato do Senhor mencionar expressamente que oroua favor de Pedro, significa que no fez o mesmo em benefcio de todos os outros? Certa-mente que NO. D Ele ordem a Pedro para firmar ou fortalecer

    seus irmos, como prerrogativa exclusiva? Novamente dizemos: NAO. Em grego "fortalecer" termo encontrado tambm em Atos 14:22; 15:32, 41; 18:23, quando Paulo e Barnab con-firmavam (firmavam ou fortaleciam) as igrejas de Cristo na Sria e Cilcia; e Judas e Silasconfirmavam os irmos de Antioquia; e, ainda, quando Timteo confirmava a igreja de Tes-salnica.Bem longe de ser prerrogativa exclusiva de Pedro, o fato de fortalecer ou confirmar os ir-mos foi uma autoridade concedida a todos os apstolos, e at mesmo aos evangelistas queno eram sequer apstolos, tais como Judas, Silas e Timteo. A luz dos fatos mencionados,torna-se completamente absurdo o comentrio de Conway: "Pedro foi ordenado de manei-ra exclusiva... para confirmar os irmos" (Conway, obra citada, pg. 197).

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    Em seus comentrios sobre Lucas 22: 31-32, Salmon declara: "Posso, de passagem,mencionar outra escritura (2 Corintios 11:28), onde Paulo se mostra estranhamenteignorante das prerrogativas de Pedro. Pois, tendo enumerado alguns de seus traba-lhos e sofrimentos pela causa do Evangelho, ele acrescenta: "Alm das coisas anteri-ores, h o que pesa sobre mim diariamente, a preocupao com todas as igrejas". Se,de acordo com a teoria romana, o cuidado de todas as igrejas era jurisdio de Pedro,So Paulo se mostrou pouco razovel ao reclamar das dificuldades enfrentadas ao se

    intrometer no que competia a outro homem. Nesse caso, So Paulo se tornaria o queSo Pedro chama de ALLOTRIOEPISKOPOS (1 Pedro 4:15)" (George Salmon, The Infali-bility of the Church, pg. 343).Mas, por que Jesus enfatizou de forma expressa o ter rogado por Pedro naquela ocasio?Por causa do perigo especial que o confrontava, devido ao seu temperamento impetuoso.Verdadeiramente, todos os apstolos tinham sido clamorosos em seus protestos de lealdadeao Senhor na noite da traio, quando Ele profetizou que todos se escandalizariam por suacausa (Mateus 26:31-35), mas ningum se mostrou to presumido quanto Pedro. Jesus sa-bia que tal confiana em si mesmo seria a causa da queda de Pedro. Assim, oSenhor profetizou: "Afirmo-te, Pedro, que hoje trs vezes negars que me conheces,antes que o galo cante" (Lucas 22:34). E, dito e feito. Depois da fuga dos outros discpulos,o impetuoso e convencido Pedro, sem perceber a perigo que corria a sua f, colocou-se nu-

    ma posio em que o seu relaciona-mento com Jesus foi exposto ao ridculo, e fraquejoudolorosamente ao negar o Senhor trs vezes, como havia sido profetizado. No de admirarportanto, que Jesus enfatizou ter orado por Pedro, no como argumento a favor da supre-macia deste, mas como declarao de sua fraqueza moral.E, nada mais natural, a fato do Senhor t-lo exortado a fortalecer os irmos quando se recu-perasse da sua queda to trgica. Mas, a mesmo conselho se aplicaria a todos as seguido-res do Senhor, que tenham sofrido quedas, e depois voltado a Deus em arrependimento.Esses filhos de Deus, arrependidos precisam ser ainda mais zelosos no incentivo e exorta-o dos irmos do que jamais o foram, para que eles mesmos fiquem mais firmes contra opecado. Veja Romanos 12:21.

    4. Cristo deu a Pedro, o Seu prprio e completo poder como Pastor do Rebanho, a I-

    greja"Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simo Pedro: Simo, filho de Joo, a-mas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segundovez: Simo, filho de Joo, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes quete amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreie as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe per-guntou: Simo, filho de Joo, tu me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito,pelo terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tusabes que eu te amo. Jesus lhe disse:Apascenta as minhas ovelhas" (Joo 21:15-17).A Igreja Catlica Romana ensina que "a Pedro somente, Cristo dirigiu... palavras queno deixam dvidas quanto sua escolha como pastor UNIVERSAL e mestre de todos

    em nome de Cristo. Em conformidade com Joo 21:15-17, depois de ter recebido dePedro uma tripla confisso de amor, como um pedido de perdo pelas trs vezes emque O havia negado, Cristo lhe confiou a cuidado de todo o seu rebanho, nestas pala-vras: Apascenta as meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas. Cristo gostava dechamar a Si Mesmo de 'O Bom Pastor', e referir-se aos seus seguidores como a seurebanho. Seu rebanho composto de cordeiros e ovelhas, necessitava de um pastor,depois de sua volta ao Cu. Tal encargo foi dado a Pedro" (Nal e Fallon, obra citada, pg.49).No h base alguma em Joo 21:15-17 para a alegao dos catlicos segundo a qual Jesusconfiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Se o triplo mandamento de Je-sus a Pedro para que apascentasse as seus cordeiros e ovelhas, significa que Pedro deveria

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    ser a nico pastor do rebanho ou igreja, ento a trplice resposta de Pedro pergunta: "Tume amas?", significaria que Pedro o nico que ama ao Senhor. Mas, assim como no foio nico pastor, tambm no foi o nico que mostrou amor.As escrituras atestam de maneira clara e simples o fato de que a atividade de apascentar arebanho de Crista no per-tence exclusivamente a Pedra. O crescimento espiritual das ove-lhas da Senhor se concretiza par meia de alimenta suprida na "doutrina das apstolos"(Atos 2:47); portanto, todos os apstolos receberam autoridade de Cristo para serem o pas-

    tor universal da igreja e no Pedro somente. No tm, porventura, as cartas de Paulo omesmo valor para alimentao da rebanho do Bom Pastor, quanto as de Pedro?A obrigao de apascentar o rebanho do Senhor tem sido atribuda a todos os pastores daSenhor (bispos ou presbteros), aqueles que cuidam das congregaes locais. Paulo exortouos presbteros da igreja em feso: "o Esprito Santo vos constituiu bispos para pastore-ardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu prprio sangue" (Atos 20:28);Pedro exortou todas as presbteros: "Pastoreai o rebanho de Deus que h entre vs" (1Pedro 5:2).A doutrina catlica de que Pedro, O pastor universal da igreja, tinha a seu cargo a supervi-so dos outras apstolos, negada em Joo 21:20-22: "Ento Pedro, voltando-se viu quetambm ia seguindo o discpulo a quem Jesus amava... perguntou a Jesus: E quanto aeste? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permanea at que eu venha, que te

    importa? Quanto a ti, segue-me."Caso Pedra devesse considerar a si mesma como pastor universal do rebanho da Senhor,ele teria tido a oportunidade perfeita para apresentar-se dessa forma em sua exortao aospresbteros em 1 Pedro 5:1, mas simplesmente referiu-se sua pessoa como sendo "umpresbtero com eles". Somente a Jesus ele honrou com a designao de "Supremo Pas-tor" (verso 4). Em parte alguma do Novo Testamento algum recebe tal titulo, a no ser aprprio Senhor Jesus.Ento, qual o motivo da especial ateno de Jesus em Joo 21:15-17? Cirilo de Alexandriarespondeu assim: "Se algum quiser saber parque Jesus fez a pergunta apenas a Si-mo apesar de estarem presente os outros discpulas, e o que Ele quer dizer com "A-pascenta os meus cordeiros", etc., respondemos que Pedro juntamente com os outrosdiscpulas, j havia sido escolhida para o apostolado, mas como tinha cado, ... Eleagora curava a doente e exigia uma confisso tripla no lugar da negao tripla, con-trastando a primeira com a ltima e compensando a falta com a correo. Com a tr-plice confisso Pedro anula a pecado contrada pela tripla negao. Quando o Senhordiz: "Apascenta os meus cordeiros", considera-se como tendo sido feita uma renova-o da escolha para o apostolado, absolvendo a desgraa da pecado e cancelando aperplexidade de sua fraqueza humana" (Salman, obra cita-da, pg. 346).

    6.3 - CINCIA CRIST

    A arte da cura pela menteEm artigo publicado na revista Defesa da F - edio n. 13 de julho/agosto de 1999 - abor-damos a Seicho No Ie como o movimento otimista do Japo. A Cincia Crist pode ser de-nominada o movimento otimista dos Estados Unidos da Amrica. H uma identidade de en-sino entre as duas entidades religiosas naquilo que fundamental para ambas - a negaoda realidade da matria. A Seicho No Ie tem a sua fora de atrao num sistema de curasem remdios, alegando que toda doena s existe na mente da pessoa e que mudada amaneira de pensar, ignorando-se os sintomas da doena, esta desaparece e isto sem rem-dios. Do mesmo modo procede a Cincia Crist. A Seicho No Ie ensina que: "O homem no matria, no corpo carnal, no crebro, no clula nervosa, no glbulo sangneo,

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    nem o conjunto de tudo isso. Ao lerdes a SEICHO NO IE e conhecerdes a Verdade, sesois curados de doenas, porque houve a destruio daquele sonho inicial" (As Sutras, daSeicho No Ie).

    A Cincia Crist tem ensino idntico: a matria no existe. Em seguida vm outros ensinosque se seguem negao da matria: pecado, doena, dor: "Sujeita a doena, o pecado e amorte regra da sade e da santidade na Cincia Crist, e certificar-te-s de que esta Cin-

    cia demonstravelmente verdadeira, pois cura o doente e o pecador como nenhum outrosistema pode faz-lo. A Cincia Crist, bem compreendida, conduz harmonia eterna" (CS,337-38). Essa a sua fonte de atrao.

    Histria

    O livro base da Cincia Crist Cincia e Sade Com a Chave das Escrituras, cuja primeiraedio foi publicada em 1875. Este livro, considerado a 'bblia' da seita, foi escrito pela fun-dadora Mary Baker Glover Patterson Eddy. Afirma a origem divina do seu livro, dizendo:"Deus, por Sua merc, vinha me preparando durante muitos anos para a recepo destarevelao final do Princpio Divino absoluto da cura mental cientfica" (p. 107). uma carac-terstica comum nos fundadores de religio alegar uma revelao especial de Deus paraseus sonhos, vises ou revelaes. Homens e mulheres especiais que foram agraciados por

    Deus para uma misso salvadora entre os homens. Essa a histria de Mary Baker. Elanasceu em 16 de julho de 1821, numa fazenda de Bow, Estado de New Hampshire, nos Es-tados Unidos. Seus pais chamavam-se Mark e Abigail Baker. Foi a ltima de seis filhos.

    Durante sua infncia, teve diversos perodos de enfermidade e depresso. Com 17 anos,tornou-se membro da Igreja Congregacional (Cincia e Sade, p. 351). Casou-se trs vezes:a primeira vez quando tinha 22 anos, com George W. Glower, que morreu sete meses de-pois; o segundo casamento com Daniel M. Petterson, de quem se divorciou; e o ltimo ca-samento com Asa G. Eddy. medida que se casava, ao seu nome de origem foram sendoacrescentados os nomes de seus esposos, da passou a chamar-se Mary Baker Glower Pat-terson Eddy. Em 1862, Mary Baker Eddy consultou o famoso Dr. Phineas Parkhurst Quimbyuma vez que sofria de constantes ataques nervosos e de um mal da espinha que a afetava

    fsica e mentalmente. Quimby seguia orientao de um mdico francs Charles Poyen, ummes-merista, adepto de Franz Anton Mesmer, mdico alemo ocultista.

    Esse mdico pretendia ter descoberto no m o remdio para todas as doenas. "Todo servivo possuiria um fludo magntico misterioso -capaz de passar de um indivduo para outro,estabelecendo influncias recprocas e curas" (Citado em Pergunte e Responderemos,401/1955, pp. 37-38). De modo que os ensinos da Cincia Crist esto aliados ao ocultismo.A prpria Mary Baker declarou: "Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, osfatos importantes relacionados com o esprito e com a superioridade deste sobre a matria,e denominei 'Cincia Crist' a minha descoberta" (idem, p. 38). A palavra ocultismo de ori-gem latina ocultus e significa escondido, misterioso, duvidoso. A Bblia explcita em proibirprticas ocultistas em Dt 18.10-12: "No se achar entre ti quem faa passar pelo fogo o seu

    filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;nem encantador, nem necromante, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todoaquele que faz tal coisa abominao ao Senhor; e por estas abominaes o Senhor, teuDeus, os lana de diante de ti". Essa proibio repetida em Ap 21.8; 22.15.

    Origem de Seus Ensinos

    Em 1 de fevereiro de 1866, Mary Baker Eddy, sofreu uma queda no gelo ficando sem senti-dos por algumas horas. O mdico diagnosticou como choque traumtico e possvel deslo-camento da espinha. Mary no tomou os remdios receitados. Nesse perodo passou a leros Evangelhos em sua casa. Lendo a cura do paraltico por Jesus, e, ainda influenciada pe-las idias de Quimby, sentiu-se curada. Este o milagre bsico da Cincia Crist e adquiriu

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    o ttulo de "A Queda Milagrosa em Lynn". Sabemos por meio da Bblia que os milagres noso provas definitivas da aprovao de Deus para ensinos que divirjam da sua Palavra (Mt7.21-24). Depois de dez anos, em 1875, publicou o livro base Cincia e Sade (CS). Em1879, foi fundada a Igreja do Cristo Cientista, tendo na presidncia a sua fundadora. Em1881, ela foi eleita pastora. A 2 de dezembro de 1910, Mary Baker Glower Patterson Eddymorreu com a idade de 89 anos, apesar de seu ensino haver negado a doena e a morte.Em vida escreveu sobre ela mesma: "Ningum pode tomar o lugar da Virgem Maria, o lugar

    de Jesus Cristo, o lugar da autora de Cin-cia e Sade, adescobridora da Cincia Crist"(Retrospection and Introspection, p. 70).

    Ensinos Confrontados com a Bblia

    A Cincia Crist no nem crist nem cincia. Se seus ensinos fossem cristos, deveriamse ajustar quilo que os cristos crem com apoio bblico. Entretanto, vamos notar que amaioria dos seus ensinos diverge frontalmente dos ensinos cristos.

    1. Bblia

    Alega a Cincia Crist que seus ensinos esto alicerados na Bblia e, por conseguinte, elapode ser aceita como crist. Declara: "Poder-se- negar que tenha autoridade bblica umsistema que age em conformidade com as Escrituras?"(CS, p. 342).

    Entretanto, pesquisando o livro base - -Cincia e Sade - encontramos que a escritora de-clara ter encontrado contradies na Bblia. Ela afirma com relao ao relato da criao emGn 1 e 2. "A Cincia do primeiro relato prova a falsidade do segundo. Se um verdico, ooutro falso, pois so antagnicos" (CS p. 522). Ora, nenhuma contradio existe entre orelato de Gnesis 1 e 2. No primeiro, resumidamente, se fala da criao do primeiro casal(Gn 1.26-28) e, em Gnesis 2, se fala descritivamente dessa mesma criao.

    Falando sobre o livro de Apocalipse declara: "Esse anjo (falando de Ap 1.3) ou mensagemque vem de Deus, envolto em nuvem, prefigura a Cincia Crist (idem, p. 558). Sobre o Sl23.6, diz: "Bondade e misericrdia certamente me seguiro todos os dias da minha vida; e

    habitarei na casa [a conscincia] do [Amor] para todo o sempre". Como vemos, a expresso'casa do Senhor' substituda pela palavra entre colchetes, a 'conscincia'. Acrescentandopalavras Bblia Mary Baker procura com isso dar apoio integral ao seu livro dizendo: "UmCientista Cristo necessita da minha obra Cincia e Sade como seu livro-texto, e o mesmoacontece com todos os seus alunos e pacientes" (Idem, p. 456).

    Escreveu ela ainda: "Onde quer que uma Igreja da Cincia Crist seja estabelecida, o seuPastor a Bblia e o meu Livro" (Misc. Writings, p. 383). O livro tem trs divises; a) Os en-sinos; b) Chave das Escrituras; c) As -Curas. A sua declarao a caracterstica de seitasque buscam na -Bblia apoio para os seus ensinos e logo depois abandonam a Bblia sobfalsas alegaes. Est escrito: "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras daprofecia deste livro que, se algum lhes acrescentar alguma coisa, Deus far vir sobre ele as

    pragas que esto escritas neste livro". Como vemos o acrscimo s Escrituras condenado(Ap 22.18).

    2. Deus

    O Deus da Cincia Crist no um ser pessoal. Dizem: "Deus o Princpio da metafsicadivina" (p.112).

    "Deus Tudo em tudo."Deus o bem. O bem a Mente.Deus, o Esprito, sendo tudo, a matria nada .

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    "A Vida, Deus, o bem onipotente, nega a morte,o mal, o pecado, a doena" (idem, p. 113).Refutao BblicaA Bblia afirma que Deus uma pessoa espiritual. Longe de indicar que Deus um princpio,a Bblia declara: Deus uma pessoa espiritual. Afirma o escritor do livro de Hebreus: "Ha-vendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profe-tas, a ns falou-nos nestes ltimos dias pelo Filho, o qual sendo o resplendor da sua glria,

    e a expressa imagem da sua pessoa..." (Hb 1.1,3). O texto mostra que Jesus a expressaimagem de seu Pai. Sendo Jesus uma pessoa, e sendo a expressa imagem do Pai, bvioque o Pai tambm uma pessoa. Filipe, um discpulo de Jesus, pediu-lhe: "Senhor, mostra-nos o Pai". Jesus respondeu: "Estou h tanto tempo convosco, e no me tendes conhecido,Filipe? Quem me v a mim v o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? No crs tu que euestou no Pai, e que o Pai est em mim? As palavras que eu vos digo no as digo de mimmesmo, mas o Pai, que est em mim, quem faz as obras" (Jo 14.8-10). Alm disso, lemosde atributos pessoais de Deus como segue:

    Deus ama - "... Deus amor" (1 Jo 4.8);Deus misericordioso - "Mas Deus, que riqussimo em misericrdia, pelo seu muito amorcom que nos amou" (Ef 2.4).

    Deus piedoso - "Jeov, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grandeem beneficncia e verdade" (x 34.6).Deus fala e se identifica a Moiss como uma pessoa - "E o Senhor desceu numa nuvem, ese ps ali junto a ele; e ele apregoou o nome do Senhor. Passando, pois, o Senhor perantea sua face, clamou: Jeov, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grandeem beneficncia e verdade" (x 34.5-6).

    3. Jesus

    O ensino da Cincia e Sade sobre Jesus envolve vrios aspectos da pessoa Dele.a) Nega a humanidade de Jesus"A virgem-me concebeu essa idia de Deus, e deu a seu ideal o nome Jesus - isto , Josu-, ou Salvador" (idem, 29). "O Cristo, como idia espiritual ou verdadeira de Deus, vem hoje,

    como outrora, pregando o Evangelho aos pobres, curando os doentes e expulsando males"(idem, 347).Refutao BblicaIncrvel esse ensino de que a Virgem Maria nunca tivesse concebido o corpo de Jesus e queela deu luz a uma idia e essa idia chamava-se Jesus. Conforme a Bblia, o anjo Gabrielanunciou a Maria: "Descer sobre ti o Esprito Santo, e a virtude do Altssimo te cobrir coma sua sombra; pelo que tambm o Santo, que de ti h de nascer, ser chamado Filho deDeus" (Lc 1.35). Essa criana tinha um crescimento normal: "E crescia Jesus em sabedoria,e em estatura, e em graa para com Deus e os homens" (Lc 2.52). Logo, a Cincia Cristest errada ao afirmar que Jesus era incorpreo, pois Jesus tinha corporeidade. Se assimno fosse, por que Paulo declara de Jesus: "Porque nele habita corporalmente toda a pleni-tude da divindade" (Cl 2.9).

    b) Jesus e o Cristo - duas pessoas"Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o a-nimava" (CS, p. 26).

    "O Cristo morou eternamente como idia no seio de Deus, o Princpio divino do homem Je-sus, e a mulher percebeu essa idia espiritual, se bem que de comeo fracamente desen-volvida" (idem, p. 29).

    "O Cristo eterno, seu eu espiritual, jamais sofreu" (idem, p.38).

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    "Na poca em que Jesus sentiu nossas fraquezas, porm, Ele ainda no havia superadotodas as crenas da carne ou seu sentido de vida material, nem se havia elevado sua de-monstrao final do poder espiritual" (idem, p. 53).

    Refutao BblicaComo vemos, Cristo no passava de uma idia impessoal que habitou temporariamente emJesus, um ideal, algo invisvel, incorpreo. A Bblia diz que Jesus nasceu o Cristo: "Pois na

    cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que Cristo, o Senhor" (Lc 2.11). "Ento, unscuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem que te bateu? (Mt 26.67-68). Os membros do Sindrio sabiam que Cristoestava diante deles de modo visvel e corporal. Pedro declara: "Levando ele mesmo em seucorpo os nossos pecados sobre o madeiro..." ( 1 Pe 2.24; 3.18).

    A Bblia declara que Jesus tinha um corpo: "Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifcio eoferta no quiseste; antes, um corpo me formaste" (Hb 10.5). A Bblia responde aos que ne-gam que Jesus tivesse um corpo humano real, que Ele nasceu; que cresceu; que Ele comeue bebeu; que Ele chorou; que Ele sofreu agonia e suou gotas de sangue. Foi crucificado efurado pela lana romana. Do seu lado saiu sangue e gua. Hoje retm seu corpo humanoglorificado no cu (Fp 3.21).

    c) Nega a eficcia da morte de Jesus na Cruz"Um s sacrifcio, por maior que seja, insuficiente para pagar a dvida do pecado" (idem, p.23).

    "Acaso a teologia erudita considera a crucificao de Jesus principalmente como um meiode conceder perdo fcil a todos os pecadores que o peam e estejam dispostos a ser per-doados?" (idem p. 24)

    Refutao BblicaA Bblia mostra que a nossa redeno est baseada na morte de Cristo e o sangue de Cristo apontado como meio de purificao de nossos pecados. "Em quem temos a redeno peloseu sangue, a remisso das ofensas, segundo as riquezas da sua graa" (Efsios 1.7).4. A Matria e o Homem No Existem

    "... a matria parece existir, mas no existe" (CS 123).

    "O homem no matria; no constitudo de crebro, sangue, ossos e de outros elemen-tos materiais."

    "Refutar o testemunho do sentido material no tarefa difcil, desde que se tenha admitidoser falso esse testemunho" (CS-396).

    "MATRIA: Mitologia... outro nome para a mente mortal; iluso!"... (p. 591).

    Refutao Bblica

    O primeiro livro da Bblia - Gnesis - comea com as seguintes palavras: "No princpio criouDeus os cus e a terra" (1.1). Assim, se observa que a matria existe, que a matria umasubstncia. A primeira declarao bblica uma negao do ensino mais importante da Ci-ncia Crist. Em Gnesis 2.7 est escrito: "E formou o Senhor Deus o homem do p da ter-ra, e soprou em seus narizes o -flego da -vida; e o homem foi feito alma vivente".

    Deus criou o homem com uma natureza material (o corpo) e uma natureza espiritual (alma eesprito) como se l em 1 Ts 5.23:"... e todo o vosso esprito, e alma, e corpo sejam conser-

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    vados irrepreensveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

    Consideremos, ento: se o ensino mais importante da Cincia Crist que a matria noexiste e se a Bblia declara o contrrio, ento o seu ensino mais importante antibblico. De-ve ser abandonado. No s antibblico, mas anticientfico. Falando francamente: os mem-bros da Cincia Crist vivem tal qual como os outros vivem, possuindo suas casas, seusautomveis, bens materiais, inclusive dinheiro no banco. Negam que o alimento preserve a

    vida, e, no entanto tomam regularmente suas refeies. Criticam a medicina e os remdiose, no entanto, fazem uso freqente deles. Declaram que a morte uma iluso da mentemortal, e que no devemos crer na realidade dela. Consoante o seu ensino, a morte nopode sobrevir a ningum que no cr na realidade. E, no entanto, ela morreu. Incoerncias emais -incoerncias!

    5. Doena

    "Se a Cincia Crist acaba com os deuses populares - o pecado, a doena e a morte - oCristo, a Verdade, que destri esses males e prova assim a nulidade deles" (CSCE, p. 347).

    "Compreender que a doena formada pela mente humana, no pela matria, nem pelamente divina, acaba com o sonho de molstia" (p. 396).

    Refutao BblicaPara se ver a incongruncia do ensino da Cincia Crist com relao negao da doena,basta considerar o ensino contraditrio que estabelecem: "Se devido a um ferimento ou ou-tra causa um Cientista Cristo for acometido de dor to violenta que no possa tratar-sementalmente a si mesmo - e se os Cientistas no conseguirem alivi-lo - o sofredor podechamar um cirurgio, para que este aplique uma injeo hipodrmica, e ento, acalmada acrena na dor, poder cuidar mentalmente do seu prprio caso. assim que 'julgamos todasas coisas e retemos o que bom' -(p. 464).

    A Cincia Crist considera toda a cincia mdica e cirrgica no somente sem valor, mascomo positivamente m. Nega a validade das leis estabelecidas pela cincia, e seus ensi-

    namentos so irracionais e perigosos. Na sua pretensa cincia, no h fraturas, no h lu-xaes, no h doenas ou enfermidades. Declara: "Por que dar apoio aos sistemas popula-res de medicina, quando o mdico talvez seja um infiel e talvez perca 99 pacientes, enquan-to a Cincia Crist cura todos os 100 que lhe competem? Ser porque a alopatia e a home-opatia esto mais em moda e so menos espirituais?" (p. 344). As suas teorias da irrealida-de da matria significariam que um termmetro inexistente registraria uma temperatura ine-xistente num corpo inexistente.

    A propsito, diz a Bblia sobre a doena: "Naqueles dias Ezequias adoeceu duma enfermi-dade mortal" (Is 38.1). O profeta no veio a Ezequias e disse: "Tu no ests doente. Isso resultado de falsa crena; rejeite essa crena e tu te sentirs curado". Nada disso. Ao con-trrio. De acordo com o v. 21, lemos: "Tomem uma pasta de figos, e a ponham como em-

    plasto sobre a chaga; e sarar". O profeta reconheceu: que Ezequias estava doente; e re-comendou que se colocasse uma pasta de figo sobre a doena, e o doente foi curado.

    6. Pecado

    "Est o homem perdido espiritualmente? No, ele s pode perder em sentido material. Todopecado da carne. No pode ser espiritual. O pecado existe, aqui ou no alm, apenas en-quanto durar a iluso de que haja mente na matria. noo de pecado, e no uma almapecaminosa, o que se perde" (idem -p. 311).

    "O pecado, a molstia, tudo quanto parece real ao sentido material, irreal na Cincia divi-na" (p. 353).

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    "O homem incapaz de pecar, adoecer e morrer" ( p.475).

    Refutao BblicaSe realmente no houvesse pecado, por que Jesus ento veio ao mundo para salvar os pe-cadores? (Lc 19.10; 1 Tm 1.15) Teria Jesus vindo ao mundo para salvar o homem da falsaidia do pecado considerando que o pecado no existe, pois ensina a Cincia Crist que o

    homem incapaz de pecar? Quando Jesus disse, por exemplo, que no veio buscar os jus-tos, mas os pecadores ao arrependimento, dizia Ele que veio salvar os homens da idia fal-sa de que h pecado? Se fosse assim, ento Jesus no teria vindo ao mundo para salvar dopecado, mas salvar da falsa idia de que o pecado existe. Joo Batista anunciou a chegadade Jesus, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Joo 1.29). Pauloafirmou que o Evangelho verdadeiro tem como o centro a seguinte mensagem: "... que Cris-to morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressusci-tou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" -(1 Co-rn-tios 15.3-4).

    Concluso

    A Cincia Crist ensina sobre ensinos conflitantes. "Se duas afirmaes se contradizem dire-tamente e uma delas verdadeira, a outra tem de ser mentirosa. Ser a Cincia assim con-

    traditria?" (p. 358). A sua pergunta respondida afirmativamente: Sim. A Cincia Crist contraditria por afirmar que no existe pecado quando o pecado existe.

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    Mary Baker Eddy, a profetisa da Cincia Crist

    Em 16 de julho de 1821, no Estado de New Hampshire, E.U.A., nasceu Mary Baker Eddy,que mais tarde se tornaria a profetisa da Cincia Crist. Quando jovem, Mary Baker Eddypertenceu Igreja Congregacional de Tilton e naquela igreja praticava a sua f com tranqi-lidade, at que veio a conhecer um relojoeiro chamado Sr. Quimby, que era muito dado aprticas de ocultismo, espiritualismo, etc.

    Esse Sr. Quimby era conhecido, pelas suas prticas espiritualistas de curas, como "doutor"entre as pessoas menos esclarecidas, e exercia grande influncia na vida daqueles que comele tinham contato. Eddy se interessou pelas suas prticas e resolveu fazer com ele algunsestudos.Esses estudos levaram-na a tirar suas prprias concluses. No demorou muito, passou aaplicar o sistema da cura atravs de esclarecimentos m