a15 - micoses 2

41
NOÇÕES DE MICOLOGIA BÁSICA NOÇÕES DE MICOLOGIA BÁSICA E CLÍNICA E CLÍNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CAMPUS ARAPIRACA DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA Prof. Me. Daniel Gomes Coimbra Arapiraca, 2013.2

Upload: gessica-caju

Post on 20-Nov-2015

27 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

1

TRANSCRIPT

  • NOES DE MICOLOGIA BSICA E CLNICAUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFALCAMPUS ARAPIRACADISCIPLINA DE MICROBIOLOGIAProf. Me. Daniel Gomes Coimbra

    Arapiraca, 2013.2

  • MICOSES SUBCUTNEAS- Caractersticas Gerais -Solo, vegetais e animais de vida livre.Parasita acidental do homem.As leses aparecem a partir do ponto de inoculao de estruturas fngicas, atravs de traumatismo. Local ou Disseminada

  • CLASSIFICAO DAS MICOSES SUBCUTNEAS:EsporotricoseCromomicoseMicetoma Eumictico MaduromicoseMicetoma Actinomictico NocardioseRinosporidioseDoena de Jorge LoboFeo-hifomicoseHialo-hifomicose

  • ESPOROTRICOSESporothrix schenckii afeta homem, outros mamferos e aves. Solo, roseiras, arbustos, cascas de rvores e musgos.Infeco => Inoculao do fungo perfuraes, arranhes ou traumatismos diversos (ex. espinho).Risco ocupacional: fazendeiros, jardineiros e floricultores..

  • Produo de pequenos tumores subcutneos (gomas) supurao e ulcerao. Mos e braos so mais afetados em adultos. As leses podem ser localizadas, seguir a cadeia linftica ou sistmica.

    ESPOROTRICOSE

  • A Cutaneo-linftica; B Cutneo-localizada; C Extrategumentar ou visceral.

  • COLETA DE AMOSTRAS CLNICAS:Escamas epidrmicas - Raspado com bisturiNdulos fechados Puno Secrees - com swabPele ou rgos - Biopsia de tecido Tratamento: itraconazol por via oral; anfotericina B na doena sistmica.

  • Cromoblastomicose, dermatite verrucosa

    PRINCIPAIS AGENTES ETIOLGICOS: Fonsecaea pedrosoi (+ BR)Fonsecaea compactaPhialophora verrucosaCladosporium carrioniiRhinocladiella aquaspersa

  • Formao de ndulos cutneos verrucosos:(Desenvolvimento lento) Vrias papilas Ulcerar ou no Estgio mais avanado= couve-flor

  • Escamas epidrmicas raspagem com bisturi Secrees swabTecido e rgos - bipsia DIAGNSTICO LABORATORIAL

    COLETA DE AMOSTRAS CLNICASTRATAMENTO: Cirurgias, antifngicos, crioterapia (criocauterizao), eletrocoagulao (eletrocauterizao).Eficcia = tempo de evoluo + forma clnica

  • Fonsecaea compactaPhialophora verrucosa Cladosporium carrionii

  • MICOSES PROFUNDAS- Caractersticas Gerais -Quadro sistmico;Fungos dimrficos (geralmente);Encontrados no solo e dejetos de animais; Contgio: inalao dos esporos (fase filamentosa) pulmo (fase de leveduriforme) disseminao.No transmite homem-homem.90% das infeces assintomticas ou evoluo rpida;Infeco crnica ou residual resposta celular com processo granulomatoso.

    .

  • CLASSIFICAO DAS MICOSES PROFUNDASParacoccidioidomicose - Paracoccidioides brasiliensisHistoplasmose - Histoplasma capsulatumCoccidioidomicose - Coccidioides immitisBlastomicose - Blastomyces dermatitidis

  • PARACOCCIDIOIDOMICOSEParacoccidioides brasiliensis. Incio pulmonar, com manifestaes principalmente na pele, mucosas, gnglios e rvore respiratria. Blastomicose sul-americana.

    ASPECTOS EPIDEMIOLGICOSProfisses: lavradores, operadores de mquinas agrcolas e atividades ligadas ao trabalho no campo (40 60% dos casos), pedreiros e trabalhadores da construo civilSexo masculino, 30 a 60 anosDistribuio Geogrfica Amrica latina.

    Adolfo Lutz , 1908.

  • Aspectos clnicos da Paracoccidioidomicose. A e B Leso crnica; C Leso GlanglionarCOLETA DE AMOSTRAS CLNICAS:Escarro, exsudatos, amostras de bipsias ou outrosTratamento: itraconazol; anfotericina B na doena grave.

  • MICOSES OPORTUNISTASInfeces causadas por fungos de baixa virulncia, mas ao encontrarem condies favorveis (distrbios do sistema imunodefensivo), invadem os tecidos.Fungos anteriormente reconhecidos como no patognicos, hoje so imputados como causadores de infeces nesse grupo de pacientes.

  • PRINCIPAIS MICOSES OPORTUNISTASCANDIDASECRIPTOCOCOSEFUSARIOSEASPERGILOSE

  • CANDIDASE+ frequente infeco fngica oportunista.

    Pode ser causada por:Transmisso endgenaCateteres de demora,CirurgiaAbuso de drogas intravenosasAnti-bacterianos

    Pacientes com defesas normais leveduras so eliminadas (candidemia transitria).

    (Trat: anfotericina B).

  • Candidase Cutnea

  • Mucosa oral estomatite cremosa (sapinho)Placas brancas, isoladas ou confluentes, aderentes mucosa, as vezes rodeada por halo eritematoso.Pacientes gravemente enfermos; recm-nascidos qdo associado candidase vaginal da me.Candidase sistmica grave (diversos rgos)

  • CRIPTOCOCOSEMicose Sistmica / OportunistaInalao Pulmes Sangue MeningesCryptococcus neoformans var. neoformans Cryptococcus neoformans var. gatti.Solo, excremento de pombos, leite, cascas de frutas.No faz parte da flora normal humana e animal.Transmisso pessoa-pessoa desconhecida.

  • Pulmonar regressiva - achado casual de ndulos pulmonares (assintomtico)

    Pulmonar progressiva (10% dos casos), sendo a apresentao pulmonar indistinguveis de outros processos infecciosos;

    Disseminada - (90% dos casos) - geralmente sintomas SNC (meningite), quadros diversos: manifestaes cutneas, sseas, osteoarticulares ou leso pulmonar.

    Retardo no diagnstico de meningoencefalite gera alto ndice de letalidade.

  • Exame direto com tinta naquim da Criptococose (Clula de levedura capsulada). xito tratamento: diag. precoce + estado geral do indivduo. Tratamento: Anfotericina B + flucitosina. Pct c/ AIDS necessita terapia permanente c/ fluconazol.Criptococose - Leso nodular.

  • COLETA DOS ESPCIMENS CLNICOS

  • PELE ANTISSEPSIA DAS LESES COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    ESCAMAS DRMICAS: COLETAR POR RASPAGEM A MARGEM DA LESO COM UMA LMINA DE BISTURI OU COM O BORDO CORTANTE DA LMINA DE MICROSCOPIA OU AINDA PELA TCNICA DA FITA ADESIVA

    VESCULAS E BOLHAS: EXCISAR COM LMINA DE BISTURI OU BORDO CORTANTE DA LMINA DE MICROSCOPIA

  • PLOSANTISSEPSIA DAS LESES DE COURO CABELUDO COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    COLETAR COM RAIZ E BULBO PILOSO POR ARRANCAMENTO COM PINA.

  • UNHAS ANTISSEPSIA DAS LESES COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    REGIES DESCOLORADAS, DISTRFICAS OU QUEBRADIAS: RASPAR COM LMINAS DE BISTURI OU CORTAR PROFUNDAMENTE COM TESOURA

  • CASCAS E CROSTAS ANTISSEPSIA DAS LESES COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    COLETAR POR ARRANCAMENTO COM PINA

    COLETAR EVENTUAIS GROS COM SERINGA E AGULHA OU GAZE UMEDECIDA EM SALINA

    CAVIDADE ORAL E VAGINAL - COLETAR COM SWABS OU RASPAR COM CURETA OU ESPTULA

    MUCOSAS

  • ABSCESSOS ANTISSEPSIA DAS LESES COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    ABSCESSOS FECHADOS: PUNO DO PUS COM SERINGA E AGULHA

    ABSCESSOS ABERTOS E FSTULAS: ASPIRADO DO PUS COM SERINGA E AGULHA.

  • LCERAS E FERIDAS ANTISSEPSIA DAS MARGENS DA LESO COM GAZE EMBEBIDA EM LCOOL 70%

    COLETAR O PUS DAS PROFUNDIDADES DAS FERIDAS COM SERINGA E AGULHA OU COM SWABS (NO RECOMENDVEL)

    COLETAR AS LCERAS POR EXCISO OU BIPSIA

    COLETAR EVENTUAIS GRNULOS COM SERINGA E AGULHA OU COM GAZE UMEDECIDA EM SALINA

  • ESCARRO ANTISSEPSIA DA CAVIDADE BUCAL E OROFARINGE COM ESCOVAMENTO E GARGAREJOS COM ANTISSPTICOS

    ESPECTORAO ESPONTNEA: OBTER TRS AMOSTRAS MATINAIS DE ESCARRO (5-10ML)

    EXPECTORAO INDUZIDA: OBTER AMOSTRAS MATINAIS POR FISIOTERAPIA OU NEBULIZAO COM SALINA OU MUCOLTICOS (10-15ML)

    ASPIRAO GSTRICA: OBTER ASPIRADO MATINAL DE SUCO GSTRICO (10ML)

    TRATO RESPIRATRIO INFERIOR: OBTER POR ASPIRAO TRANSTRAQUEAL, ESCOVAMENTO BRNQUICO, LAVAGEM BRNQUICA, E LAVAGEM ALVEOLAR COM BRONCOSCPIO.

  • URINA COLETAR TRS AMOSTRAS MATINAIS PELO JATO MDIO DE MICO, CATETERISMO A PARTIR DO FLUXO LIVRE E ASPIRAO SUPRAPBICA (25-50ML)

    LCR ANTISSEPSIA DA REGIO LOMBAR; COLETAR TRS AMOSTRAS POR PUNO LOMBO-ESPINHAL NO ESPAO ENTRE AS VRTEBRAS L3 E L4 (5-10 ML)

    SANGUE ANTISSEPSIA DO LOCAL DA PUNO;COLETAR POR PUNO VENOSA (10 ML) COM SERINGA E AGULHA .

  • Podem permanecer localizadas ou se disseminar por via linftica ou hematognica.

    Musgos Vegetais brifitas que vivem em locais midos como rochas.Forma clnica + patologia = local de penetrao + resposta do hospedeiro

    Linfo-cutnea forma + comum. Compromete pele, tecido subcutneo e gnglios linfticos regionais. No local da penetrao ocorre leso ulcerada e ao longo do trajeto de um linftico aparecem ndulos que amolecem e se rompem, eliminando pus.Esporotricose pulmonar inalao de propgulos do fungo.Fonsecaea pedrosoi predominante no Brasil

    Eletrocauterizao ou Eletrocoagulao ou Eletrofulgurao: este mtodo utiliza um eletrocautrio para remover ou fulgurar leses isoladas. Criocauterizao ou Crioterapia ou Criocoagulao: este mtodo promove a destruio trmica por dispositivos metlicos resfriados por CO2 (criocautrios). Causadas por fungos dimrficos (geralmente);

    Adolfo Lutz , 1908. foi mdico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia mdica no Brasil. Pioneiro na rea de epidemiologia e na pesquisa de doenas infecciosas.Cheek face, bochecha, ma de rosto.

    Micose sistmica fungo inalado, atacando 1 os pulmouesTransmisso homem-homem e animal-homem no conhecida.

    Forma Pulmonar regressiva - achado casual de exame histopatolgico de ndulos residuais pulmonares, geralmente perifrico e sem calcificao;

    Forma Pulmonar progressiva - 10% dos casos diagnosticados, sendo a apresentao pulmonar indistinguveis de outros processos infecciosos;