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1 Departamento de Desenvolvimento Profissional Departamento Pessoal Valério Lopes Toledo [email protected] Rio de Janeiro 02/2015 _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

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departamento pessoal

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  • 1

    Departamento de Desenvolvimento Profissional

    Departamento Pessoal

    Valrio Lopes Toledo

    [email protected]

    Rio de Janeiro

    02/2015

    _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1 de Maro, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000

    Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

  • 2

    SUMRIO

    Assunto

    1 Introduo

    2 Atribuies do DP

    3 Fluxograma de Recrutamento e Seleo

    4 Admisso de Empregados - Procedimentos

    5 Contrato de Trabalho

    6 Jornada de trabalho

    7 Folha de Pagamento

    8 Frias

    9 - 13 Terceiro Salrio

    10- Contribuio Sindical

    11 Aviso Prvio

    12 Resciso de Contrato de Trabalho

    13 Homologao

    14 Seguro Desemprego

    15 Obrigaes Mensais Trabalhistas e Previdncirias

    16 - Obrigaes Peridicas Trabalhistas e Previdncirias

    17 - Tabela de Multas a Legislao Trabalhista

    18 Definies do e-Social (SPED-Folha)

    19 - Bibliografia

  • 3

    INTRODUO

    Infelizmente, vivemos num pas com uma total instabilidade jurdica. As instituies so atingidas diretamente pelas mudanas na legislao de regncia das normas que regulam nossa atividade contbil do dia a dia. Infelizmente, estas mudanas constantes vem atingindo em cheio os profissionais da contabilidade com amplos reflexos nas rotinas fiscais, trabalhistas e previdencirias executadas dentro do depto de pessoal. Na vanguarda dos interesses de seus membros, o rgo de Fiscalizao Profissional promove aes dentro do programa de educao continuada visando a formao e a informao que atualiza o profissional filiado. Inicialmente, nossa proposta trazer formao bsica, analisando passo a passo, as rotinas deste importante departamento da empresa. Estudamos as rotinas de admisso, como o recrutamento e seleo, os documentos a serem apresentados, o registro etc... Na fase de permanncia do empregado na empresa, abordamos os procedimentos para concesso de 13 salrio, Frias, Folha de Pagamento com o clculo, desconto e recolhimento dos encargos incidentes. Comentamos tambm, as contribuies devidas aos sindicatos como a sindical, confederativa, assistncial, social, alem do estudo das convenes coletivas de Trabalho. Finalmente, estudamos os procedimentos para o desligamento de empregados. Trazemos tabelas prticas de incidncias de FGTS, INSS, IRRF. Esperamos assim, que esta humilde obra, possa servir com instrumento de trabalho confivel para profissionais que atuam no departamento de Pessoal.

    VALRIO LOPES TOLEDO

    Fevereiro/2015

    Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ningum vem ao Pai se no por mim.

  • 4

    2

    Departamento de Pessoal

    Nas empresas de menor porte, normalmente inexiste o Departamento Pessoal, pois as atividades so normalmente supridas pelo "Contador" da empresa.

    J nas empresas de maior porte, podemos quase sempre encontr-lo, de estrutura meramente simples ou ento at os mais sofisticados, em nvel de Diretoria.

    Basicamente o Departamento Pessoal, constitudo por trs setores: Admisso, Compensao e Desligamento.

    O setor de Admisso de Pessoal tem por atribuio cuidar de todo o processo de integrao do indivduo na empresa, dentro dos critrios administrativos e jurdicos. Tem incio na busca do profissional no mercado de trabalho, adequar nas funes do cargo e efetuar o registro de acordo com as conformidades da legislao do trabalho.

    O setor de Compensao de Pessoal tem por atribuio cuidar de todo processo de controle de freqncia, pagamento de salrios e benefcios, bem como de pagamentos de taxas, impostos e contribuies. A partir da integrao dos empregados na empresa, tem incio no controle do fluxo de freqncia ao trabalho, elaborao da folha de pagamento, controle de benefcios e finaliza em clculos de tributos.

    O Setor de Desligamento de Pessoal tem por atribuio cuidar de todo processo de desligamento e quitao do contrato de trabalho, estendendo-se na representao da empresa junto aos rgos oficiais (DRT, Sindicato, Justia do Trabalho, etc.) e cuidar de toda rotina de fiscalizao. Tem incio a partir do desligamento do empregado e termina quando da sua efetiva quitao do contrato de trabalho.

    DEPARTAMENTO

    PESSOAL

    SETOR DE ADMISSO SETOR DE

    COMPENSAO SETOR DE

    DESLIGAMENTO

    Atribuies:

    Recrutamento e Seleo Integrao Registro

    Atribuies:

    Jornada de Trabalho Folha de Pagamento

    Benefcios Tributao

    Atribuies:

    Resciso do contrato de Trabalho

    Justia do Trabalho Fiscalizao

  • 5

    3

    I Posio do Departamento de Pessoal no Organograma Simplificado da Empresa

    II Organograma Simplificado do Departamento de Pessoal de Grande Empresa

  • 6

    Fluxograma Convencional de um Processo de

    Recrutamento e Seleo

    O candidato deve ser analisado segundo critrios e exigncias decorrentes da natureza e importncia do cargo a ser preenchido.

    REQUISIO DE

    PESSOAL

    DIVULGAO

    RECEPO DE

    CANDIDATOS

    ENTREVISTA

    INICIAL

    APLICAO DE

    TESTES

    ENTREVISTA

    FINAL

    ENTREVISTA

    PELO RGO

    REQUISITANTE

    EXAME MDICO

    APTO

    ADMISSO E

    REGISTRO

    INAPTO

    RESULTADOSDESFAVO-

    RVEIS

    RESULTADOS

    DESFAVO-

    RVEIS

    ABAIXO DO

    PADRO

    DECISO

    NEGATIVA

    REJEIO

    PREENCHIMENTO

    DA SOLICITAO DE

    EMPREGO

    TRIAGEM

  • 7

    4 - Admisso de Empregados: Procedimentos

    Solicitao de Documentos

    Admisso procedimentos da empresa

    - CTPS (arts.13 e 29 da CLT e Portaria MTE n 41/2007)

    Anotaes:

    - na data-base;

    - a qualquer tempo, por solicitao do trabalhador;

    - no caso de resciso contratual;

    - necessidade de comprovao perante a Previdncia Social.

    As anotaes podero ser feitas mediante uso de carimbo ou etiqueta gomada, bem como de qualquer meio mecnico ou eletrnico de impresso, desde que autorizado pelo empregador ou pelo seu representante legal. A CTPS deve ser devolvida em 48 horas para o registro do contrato de trabalho ou qualquer outra anotao.

    Certificado Militar Pode ser apresentada a Reservista para quem serviu ou o Certificado de Dispensa de Incorporao.

    Exames Mdicos Os exames so admissional, peridico, de retorno ao trabalho, de mudana de funo e demissional.

    A periodicidade de 1 ano quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos.

    2 anos para trabalhadores com idade entre 18 e 45 anos. Com intervalos menores, a critrio mdico, notificao da inspeo do trabalho, ou ainda, como resultado de negociao coletiva de trabalho e para os trabalhadores expostos a condies hiperbricas (submersos ou sob ar comprimido.

  • 8

    O exame de retorno dever ocorrer sempre que o empregado se afastar por perodo superior a 29 dias por motivo de doena, acidente de natureza ocupacional ou parto.

    O Exame mdico de mudana de funo, realizado desde que exponha o trabalhador a risco diferente daquele anterior na funo que exercia e ser obrigatoriamente realizado antes da data da mudana.

    O Exame Mdico Demissional dever ser realizado at a data da homologao da RCT.

    O Exame peridico tem validade de 135 dias para as empresas de grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4; e 90 dias para as empresas de grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR-4.

    Para cada exame mdico realizado, o mdico emitir o Atestado de Sade Ocupacional (ASO), em duas vias; sendo a primeira arquivada no local de trabalho, disposio da fiscalizao e a segunda via entregue, obrigatoriamente, ao trabalhador mediante recibo na primeira via.

    NR7 PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional.

    A norma estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados com o objetivo de promoo e preservao da sade do conjunto de seus trabalhadores. Todos os trabalhadores devem ter o controle de sua sade de acordo com os riscos a que esto expostos. Assim o mnimo que requer o programa um estudo in loco para reconhecimento de riscos ocupacionais existentes no local de trabalho, informaes sobre ocorrncias de acidentes de trabalho e doenas ocupacionais, atas de CIPA, mapas de risco, estudos bibliogrficos, estatsticas e etc.

    PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais O empregado no desempenho de suas tarefas fica na maior parte do tempo exposto a agentes fsicos, qumicos e biolgicos, que podem comprometer a sua sade. As empresas tm obrigao legal de minimizar ao mximo os riscos a que seus empregados esto sujeitos, devendo para isto elaborar programas de preveno.

    Todos os empregados com exceo do domstico, esto obrigados elaborao e implementao do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA).

    O referido Programa tem como objetivo a preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.

    O PPRA deve ser articulado com o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO).

    Consideram-se riscos ambientais os agentes fsicos, qumicos e biolgicos existentes nos ambientes de trabalho que, em funo de sua natureza, concentrao ou intensidade e tempo de exposio, so capazes de causar danos sade do trabalhador.

  • 9

    Fotografia 3x4 para registro.

    CPF Cadastro de Pessoa Fsica

    Documentao para Salrio-Famlia O salrio-famlia ser devido a partir do ms em que for apresentada empresa ou ao rgo gestor de mo de obra ou ao sindicato dos trabalhadores avulsos ou ao INSS, a documentao abaixo:

    I - certido de nascimento do filho (original e cpia);

    II - caderneta de vacinao ou equivalente, quando dependente conte com at seis anos de idade;

    III - comprovao de invalidez, a cargo da Percia Mdica do INSS, quando dependente maior de quatorze anos; e

    IV - comprovante de frequncia escola, quando dependente a partir de sete anos.

    Declarao de Dependentes para I.R. Necessrio apenas para funcionrios com ganhos superiores a faixa de iseno da Tabela de I.R. que em 01/2015 de R$ 1.868,22

    Declarao para Vale Transporte Se a empresa optar por contratar funcionrios, ser necessrio fornecer a eles o vale transporte.

    Ao contratar um funcionrio, a empresa precisa fornecer um requerimento de vale transporte que deve ser preenchido pelo prprio funcionrio, com seu endereo atual e os meios de transporte utilizados para chegar ao trabalho ( incluindo linha e numero de nibus se for o caso) e o numero de vezes que utilize os meios de transportes.

    Esse requerimento deve ser atualizado anualmente ou caso o funcionrio mude de endereo. Tambm preciso que a empresa corrija os valores utilizados caso haja aumento nas tarifas. Direito de todo trabalhador para deslocamento residncia-trabalho e trabalho-residncia. Desconto de 6% apenas do salrio bsico do empregado. A parcela superior aos 6% sero suportados pelo Empregador. O desconto tambm poder ser realizado apenas sobre os dias teis do ms e da seguinte forma:

    Valor do Salrio base : 28, 29, 30 ou 31 = Resultado x n de dias teis do ms. Sobre este resultado aplicar a alquota de 6%. Observar o disposto em Conveno ou Acordo Coletivo de Trabalho Sindical.

    PIS/PASEP - A CAIXA passou a utilizar um novo sistema de cadastro social: o Cadastro NIS.

    Para adequar-se ao novo sistema o formulrio DCT Documento de Cadastramento do Trabalhador foi substitudo pelo DCN Documento de Cadastramento do NIS e foram disponibilizadas novas formas de cadastramento:

    Cadastramento pela internet;

    Cadastramento em lote.

    Requerimento D.R.T. para Prtica de Horas Extras em Servio Insalubre.

  • 10

    Preenchimento, assinaturas e providncias finais

    Contrato Escrito.

    Registro de Empregados e C.T.P.S. Pode ser utilizado para tal procedimento tanto o Livro quanto a Ficha de Registro de Empregado ou o registro eletrnico.

    Declarao de Dependente para o I.R. e Declarao para o Vale-Transporte

    Ficha eTermo de Responsabilidade para S. Famlia.

    Opo por Adicionais de Insalubridade ou Periculosidade.

    Inclui o nome na lista de admitidos CAGED Lei 4923/65

    Comunica a Folha de Pagamento dados sobre Salrio Famlia, Penso Judicial, I.R. Fonte, Cont. Sindical e outros

    Cadastra, anota ou habilita o nmero do PIS/PASEP, se necessrio

    Anota o n do CPF para RAIS, DIRF, Informe de Rendimentos

    Devolve as Certides Originais de Nascimento A empresa dever tirar cpias e mant-las arquivadas para fins de exame pela fiscalizao do INSS.

    Examina a Caderneta de Vacinao Fixa o prazo de 6 meses para acerto das irregularidades da caderneta de vacinao, alertando que o pagamento do salrio-famlia ficar suspenso aps esse perodo de tolerncia legal caso as falhas no sejam sanadas. Quando menor de 7 anos de idade obrigatrio a apresentao do atestado de vacinao ou documento equivalente no ms de maio, a partir do ano 2000. A partir de 7 anos de idade obrigatrio a apresentao de comprovante de freqncia escolar, nos meses de maio e novembro a partir do ano 2000. No caso de menor invlido que no freqenta a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado mdico que confirme este fato.

    Devolve Outros Documentos Devolve a carteira e os documentos retidos, tomando recibo de devoluo.

    CRONOGRAFIA DA ADMISSO

  • 11

    5) CONTRATO DE TRABALHO

    o acordo tcito ou expresso, correspondente a relao de emprego, podendo ser

    acordado verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

    5.1 - contrato por prazo determinado (arts. 443, 1 e 2 da CLT)

    aquele cuja vigncia dependa de termo prefixado ou da execuo de servios

    especificados ou ainda da realizao de certo acontecimento suscetvel de previso

    aproximada e s vlido em se tratando de:

    a) servios cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo so

    servios de pouca durao, passageiros, decorrentes de necessidades eventuais da

    empresa. Ex.: contratao, como empregado, de tcnico especializado para montagem de

    equipamento industrial.

    b) atividades empresariais de carter transitrio a transitoriedade no se relaciona com

    o servio a ser desenvolvido pelo empregado, mas sim com a atividade empresarial. Ex.:

    empresas criadas exclusivamente para o fim de comercializar artigos e enfeites de Natal,

    na respectiva poca

    CTPS

    Registro

    Contrato

    Escrito

    Adm./

    Disp.

    Seguro

    Desemprego

    Cadastro

    PIS/PASEP

    Salrio

    Famlia Vale

    Transporte

    Imposto de

    Renda

    Nacionalidade

    Exame

    Mdico

  • 12

    a) contrato de experincia - sua finalidade permitir ao empregador verificar a

    capacidade funcional do empregado na execuo de sua atividade, e igualmente, permitir

    ao empregado a possibilidade de adaptao empresa.

    - PRAZO (art. 445 da CLT) 2 anos, nos contratos mencionados nas letras a e b

    acima e 90 dias no contrato de experincia (letra c).

    - PRORROGAO (art. 451 da CLT) o contrato de trabalho por prazo determinado que,

    tcita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez, passar a vigorar sem

    determinao de prazo.

    - SUCESSO (art. 452 da CLT) considera-se por prazo indeterminado todo contrato

    que suceder, dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a

    expirao deste dependeu da execuo de servios especializados ou da realizao de

    certos acontecimentos.

    - RESCISO ANTECIPADA INDENIZAO (arts. 479 a 481 da CLT) - Na resciso

    sem justa causa do contrato a prazo, antes de seu trmino, caber indenizao.

    Caso a resciso seja promovida pelo empregador, este pagar ao empregado, a ttulo de

    indenizao, metade daquilo que o empregado ganharia at o final do contrato.

    Se a resciso for de iniciativa do empregado, poder a empresa cobrar do empregado os

    prejuzos advindos da demisso, no podendo referida indenizao ser superior do que

    aquela que o empregado receberia se estivesse sendo dispensado.

    Aos contratos por prazo determinado, que contiverem clusula assecuratria do direito

    recproco de resciso, antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido

    tal direito por qualquer das partes, os direitos que regem a resciso dos contratos por

    prazo indeterminado; cabendo, inclusive aviso prvio.

    5.2 ALTERAO DO CONTRATO DE TRABALHO (art. 468 da CLT)

  • 13

    Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies, por

    mtuo consentimento, e, ainda assim, desde que no resultem, direta ou indiretamente,

    prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia.

    A alterao poder ser unilateral, por ato do empregador, nas seguintes situaes:

    - reduo salarial, desde que previsto em conveno ou acordo coletivo;

    - reverso ao cargo anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funo de

    confiana;

    - transferncia do local de trabalho dos empregados que exeram cargo de

    confiana e aqueles cujos contratos tenham como condio, implcita ou explcita,

    a referida transferncia, quando esta decorra de real necessidade de servio; e

    - transferncia na hiptese de extino do estabelecimento.

    A transferncia do empregado, no caso de necessidade de servio, obriga a um

    pagamento suplementar, no mnimo de 25% dos salrios, enquanto durar essa

    situao.

    Qualquer alterao na estrutura jurdica da empresa (venda, fuso, ciso, etc.),

    no afetar os direitos adquiridos por seus empregados, nem os respectivos

    contratos de trabalho (arts. 10 e 448 da CLT).

    5.3 - suspenso e interrupo do contrato de trabalho (art. 471 da CLT)

    5.3.1 - SUSPENSO - ocorre quando, embora no se verificando a extino do

    contrato de trabalho, o mesmo no gera efeitos jurdicos, ou seja, o empregado

    no presta servios e tampouco o empregador lhe paga o salrio. Portanto,

    nenhuma conseqncia flui do contrato enquanto perdure a causa suspensiva.

    Exemplo:

    - Afastamento por doena a partir do 16 dia do afastamento;

    - Perodo de licena sem remunerao concedida a empregado;

    - Faltas injustificadas;

    - Aposentadoria por invalidez;

  • 14

    5.3.2 - INTERRUPO caracterizada pela no prestao pessoal de servios,

    acarretando, entretanto, nus ao empregador, mediante pagamento de salrio ou

    cumprimento de qualquer obrigao decorrente do contrato de trabalho como o

    depsito do FGTS. Exemplo:

    - Prestao do servio militar;

    - Afastamento por motivo de acidente de trabalho ou doena profissional;

    - Afastamento por doena at o 15 dia;

    - Licena remunerada;

    - Frias;

    - Licena gestante;

    - Faltas justificadas;

    - Descanso semanal remunerado e feriado.

    Ao empregado afastado do emprego, so asseguradas, por ocasio de sua volta,

    todas as vantagens que, em sua ausncia, tenham sido atribudas categoria a

    que pertencia na empresa.

    6. Jornada de trabalho

    6.1 - durao normal (art. 58 da CLT e art. 7, XIII da CF)

    A jornada mxima diria de trabalho de 8 horas dirias, no podendo exceder a 44

    horas semanais. facultada a compensao de horrios e a reduo de jornada,

    mediante acordo ou conveno coletiva.

    6.2 - horas in itinere (art. 58, 2, da CLT)

    O tempo despendido pelo empregado at o local de trabalho e para o seu retorno,

    por qualquer meio de transporte, no ser computado na jornada de trabalho,

    salvo quando, tratando-se de local de difcil acesso ou no servido por transporte

    pblico, o empregador fornecer a conduo.

    6.3 - trabalho em regime de tempo parcial (art. 58-A da CLT)

    Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja durao no

    exceda a 25 horas semanais. O salrio a ser pago aos empregados sob referido

  • 15

    regime ser proporcional sua jornada, em relao aos empregados que

    cumprem, nas mesmas funes, tempo integral.

    Para os empregados que cumprem a jornada normal (44 semanais), a adoo do

    regime de tempo parcial ser feita mediante opo manifestada perante a

    empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociao coletiva.

    A Medida Provisria (MP) n 1.879-15/99, atualmente n 2.164-41, de 24.08.2001, dispe

    sobre o trabalho a tempo parcial. Os empregados submetidos ao regime de tempo parcial

    no podem prestar horas extras.

    6.4 - quadro de horrio e marcao de ponto (art. 74 da CLT e Portaria MTPS

    n. 3.626/91)

    A empresa obrigada a manter quadro de horrio afixado em lugar bem visvel,

    devendo ser discriminado no caso de no ser o horrio nico para todos os

    empregados de uma mesma seo ou turma.

    Para estabelecimentos de mais de 10 trabalhadores ser obrigatria a anotao da

    hora de entrada e sada, em registro manual, mecnico ou eletrnico, devendo

    haver a pr-assinalao do perodo de repouso. As empresas que adotarem o

    registro individualizado de controle de horrio de trabalho, nos termos j

    mencionados, ficam dispensadas do uso de quadro de horrio.

    Quando a jornada de trabalho for executada integralmente fora do estabelecimento

    do empregador, o horrio constar tambm de ficha, papeleta ou registro de ponto,

    que ficar em poder do empregado.

    6.5 - carto de ponto-assinatura

    Muito embora a legislao no exija expressamente a assinatura do empregado no

    carto de ponto, a jurisprudncia predominante no sentido de que somente ter

    valor probante caso tenha sido assinado pelo empregado, por entender-se que

    somente com a concordncia expressa deste sero vlidas as anotaes naquele

    documento.

    6.6 - atraso e sada antecipada-tolerncia (art. 58, 1 da CLT)

  • 16

    Em face da impossibilidade material de todos os empregados marcarem o ponto num

    s momento, ficou estabelecido que devem ser desprezados para a apurao de

    horas extras ou atrasos, os 5 minutos que antecedem e excedem a jornada de

    trabalho, observado o limite dirio de 10 minutos, constantes dos cartes de ponto.

    Os minutos que antecedem ou ultrapassam a jornada, bem como os atrasos e as

    sadas antecipadas, desde que, limitadas a 5 minutos, observado o limite mximo

    dirio de 10 minutos, no sero computados para efeito de descontos ou

    remunerao de horas extraordinrias. Entretanto, ultrapassado este limite, sero

    computados como jornada extraordinria ou como atraso.

    6.7 - operador de telemarketing

    Em 02.04.2007 foi publicada a Portaria n 9/07 a qual incluiu o Anexo II Norma

    Regulamentadora n 17, da Portaria n 3.214/78.

    Esta norma regulamentadora trata dos parmetros que permitem a adaptao das

    condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de

    modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente.

    O mencionado Anexo II estabelece parmetros mnimos para o trabalho em

    atividades de tele-atendimento/telemarketing nas diversas modalidades desse

    servio.

    Dentre outros critrios de proteo ao trabalhador nestas atividades, estabelece

    que o tempo de trabalho em efetiva atividade de, no mximo, 06 horas dirias,

    nele includas as pausas, respeitado o limite semanal de 36 horas.

    6.8 - acordo de prorrogao de horas (art. 59 e 1 da CLT e art. 7, XVI da CF)

    Os empregados maiores podero ter a durao normal do trabalho acrescida de

    horas suplementares (horas extras), em nmero no excedente de 2, mediante

    acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato coletivo de

    trabalho, do qual dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao

    dessas horas complementares, que ser, no mnimo, 50% superior da hora

    normal.

  • 17

    6.8.1 - menores

    Com relao aos menores de 18 anos, vedado a prorrogao da jornada diria

    de trabalho, salvo (art.413 da CLT):

    a) at mais 2 horas, independentemente de acrscimo salarial, mediante

    conveno ou acordo coletivo, desde que o excesso de horas de um dia seja

    compensado pela diminuio em outro, de modo a observar o limite mximo

    semanal (44 horas) ou outro inferior legalmente fixado;

    b) excepcionalmente, por motivo de fora maior, at o mximo de 12 horas, com

    acrscimo salarial de, pelo menos 50% sobre a hora normal e desde que o

    trabalho do menor seja imprescindvel ao funcionamento do estabelecimento;

    devendo ser comunicada por escrito autoridade competente, dentro do prazo de

    48 horas. No caso de empregos simultneos, a soma das horas de trabalho de

    menores de 18 anos de idade, em todas as empresas no poder exceder de 8

    horas dirias.

    6.8.2 intervalo antes do horrio extraordinrio menores/mulheres

    Em caso de prorrogao do horrio normal, de mulheres e menores de 18 anos,

    ser obrigatrio um descanso de 15 minutos no mnimo, antes do incio do perodo

    extraordinrio do trabalho (art. 384 da CLT)

    6.8.3 atividades insalubres

    Nas atividades insalubres, quaisquer prorrogaes s podero ser acordadas

    mediante licena prvia das autoridades competentes em matria de medicina do

    trabalho.

    6.8.4 - supresso de horas extras

    A supresso, pelo empregador, do servio suplementar prestado com

    habitualidade, durante pelo menos 1 ano, assegura ao empregado o direito

    indenizao correspondente ao valor de um ms das horas suprimidas para cada

  • 18

    ano ou frao igual ou superior a 6 meses de prestao de servio acima da

    jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementares

    efetivamente trabalhadas nos ltimos 12 meses, multiplicada pelo valor da hora

    extra do dia da supresso (Smula do TST n. 291).

    Exemplo:

    Obs: As horas trabalhadas em feriados, devem ser pagas em dobro, conforme

    disposto na legislao do repouso semanal remunerado, e por esse motivo no

    so consideradas horas extras, no refletindo, conseqentemente, nas outras

    verbas trabalhistas, como frias, 13 salrio, etc.

    6.9 - acordo de compensao de horas - BANCO DE HORAS (art. 59 e 2

    da CLT e art. 7, XII da CF)

    - Empregado presta 2 horas extras dirias h 3 anos e 7 meses, com

    adicional de horas extraordinrias de 50%.

    - O salrio mensal, no momento da supresso, corresponde a R$

    1.100,00 (base de 220 horas/ms).

    - Horas extras realizadas nos ltimos 12 meses anteriores supresso =

    496.

    Clculo da indenizao:

    496 12 = 41,3333 (mdia aritmtica das horas extras efetuadas nos 12

    meses imediatamente anteriores supresso);

    Salrio/hora normal = R$ 1.100,00 220 = R$ 5,00;

    Salrio/hora extra = R$ 5,00 x 1,50 = R$ 7,50;

    Valor da indenizao = R$ 7,50 x 41,3333 x 4 = R$ 1.240,00.

    Considera-se 4 anos em virtude de o empregado ter trabalhado 3 anos e

    7 meses, ou seja, frao superior a 6 meses.

  • 19

    Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou

    conveno coletiva de trabalho, o excesso em um dia for compensado pela

    correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo

    mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem

    seja ultrapassado o limite mximo de 10 horas dirias

    Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a

    compensao integral da jornada extraordinria, acima mencionada, far o

    trabalhador jus ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas

    sobre o valor da remunerao na data da resciso.

    6.9.1 - trabalho em sbado compensado - impossibilidade

    O sbado compensado, para as empresas que adotam este regime, e distribuem a

    jornada deste dia nos demais dias da semana, considerado um dia j trabalhado,

    no podendo nele haver a prestao de servios.

    Portanto, o princpio do banco de horas armazenar as horas trabalhadas alm da

    jornada normal diria, evitando-se o pagamento do adicional de hora extra,

    compensando este excesso pela correspondente diminuio em outros dias de

    trabalho em um perodo mximo de um ano de forma que o empregado tenha

    trabalhado exatamente a soma das jornadas semanais de trabalho do

    correspondente perodo.

    Desta forma, no poder haver trabalho nos dias cujas jornadas j foram

    redistribudas em outros dias para atender a um acordo de compensao.

    6.9.2 - Pedido de demisso demisso sem justa causa banco de horas

    horas no compensadas

    Na hiptese de resciso contratual imotivada sem que tenha havido a

    compensao integral das horas prorrogadas pelo empregado, caber empresa

    pag-las como horas extras, por ocasio do pagamento das verbas rescisrias.

    Por outro lado, no poder a empresa descontar do empregado que pede demisso,

    as horas que tenha deixado de trabalhar e que deveria faz-lo em observncia aos

  • 20

    termos do acordo de compensao, pois inexiste previso legal autorizando este

    desconto.

    6.9.3 Acordo de compensao e de prorrogao de horas simultaneidade

    Quando os acordos de compensao e prorrogao forem simultneos, a soma de

    ambos no poder ultrapassar a 2 horas.

    Ex.: Empregado trabalha de segunda a sexta-feira 08h48min dirias para

    compensar o sbado, poder realizar o mximo de 01h12min a ttulo de horas

    extras.

    6.10 - intervalos para repouso e alimentao (art. 71 da CLT)

    6.10.1 interjornada

    O intervalo destinado ao repouso ou alimentao considerado perodo de

    suspenso da jornada de trabalho, portanto, no so nela computados. Tais

    intervalos so os seguintes:

    JORNADA DE

    TRABALHO

    INTERVALO

    Jornada de at 4 horas No h intervalo

    Jornada de 4 a 6 horas Intervalo obrigatrio de 15 minutos

    Jornada superior a 6 horas Intervalo mnimo de 1 hora e mximo de 2 horas

    6.10.2 - intervalo superior a 2 horas

    Nas jornadas superiores a 6 horas o intervalo ser de no mximo 2 horas, salvo se

    houver previso de intervalo superior no documento coletivo de trabalho.

    Para as atividades que necessitam de um intervalo superior, poder ser concedido,

    com a finalidade de melhor aproveitar a jornada de trabalho.

  • 21

    O trabalho em restaurantes, por exemplo, dever ser bem distribudo para que os

    garons possam desenvolver suas atividades no perodo de maior movimento

    (almoo e jantar).

    6.10.3 - pr-assinalao

    A empresa que possui mais de 10 empregados fica obrigada a exigir a anotao

    da hora de entrada e de sada do trabalho em registro manual, mecnico ou

    eletrnico, devendo ser pr-assinalado o perodo de repouso.

    Havendo a pr-assinalao do intervalo, no respectivo documento, apenas ser

    exigida a marcao de ponto na entrada e na sada do trabalho.

    6.10.4 - intervalo para caf

    Se concedido intervalo para caf, durante a jornada de trabalho de forma que seja

    prorrogada no final do perodo, esta prorrogao ser considerada como tempo

    disposio do empregador, devendo este pag-la como hora extra. Isto se d pelo

    fato deste perodo no ser previsto legalmente como intervalo.

    6.11 - trabalho noturno (art. 73 da CLT; art. 7, IX e XXXIII da CF; Lei n 5.889/73

    e Decreto n 73.626/74)

    O trabalho noturno exige maior esforo do indivduo, tendo em vista que este

    horrio normalmente destinado ao descanso. Em funo desta particularidade, a

    legislao determina que a hora noturna seja reduzida e melhor remunerada,

    mediante o pagamento de um adicional, denominado adicional noturno.

    O trabalho noturno assim definido, conforme o quadro abaixo:

    ATIVIDADE HORRIO ATIVIDADE DURAO ADICIONAL

    Urbana 22:00 horas s 05:00

    horas

    - 00:52:30

    hora

    20%

  • 22

    Rural 21:00 horas s 05:00

    horas

    Lavoura 01:00:00

    hora

    25%

    Rural 20:00 horas s 04:00

    horas

    Pecuria 01:00:00

    hora

    25%

    6.11.1 - menores

    O trabalho em horrio noturno proibido aos menores de 18 anos, de ambos os

    sexos.

    6.11.2 - remunerao adicional da hora noturna:

    A Constituio Federal assegura remunerao superior para o trabalho noturno.

    A legislao assegura aos empregados urbanos uma remunerao adicional para

    o trabalho noturno de 20% e para os empregados rurais de 25% sobre a hora

    normal.

    Por meio dos documentos coletivos de trabalho cada categoria pode estipular

    percentual superior ao definido na legislao.

    Assim, a cada perodo de 52 minutos e 30 segundos (1 hora noturna) ser

    remunerado com o respectivo adicional noturno. Os adicionais por trabalho noturno

    devem ser discriminados em folha de pagamento.

    6.11.3 - hora extra noturna

    O trabalho executado no perodo das 22:00 horas de um dia at as 5:00 horas do

    dia seguinte, ser pago com adicional mnimo de 20% sobre o valor da hora

    normal.

    Havendo prestao de horas extras, estas sero calculadas mediante a aplicao

    dos adicionais cumulativamente, ou seja, salrio-hora acrescido do adicional

    noturno, e resultado acrescido do adicional de trabalho extraordinrio.

    6.11.4 - transferncia para o perodo diurno

  • 23

    Muito se discute sobre a possibilidade da supresso do adicional noturno quando

    da transferncia do empregado que trabalha no perodo noturno para o perodo

    diurno, em face do que dispe o art. 468 da CLT (Princpio da Inalterabilidade do

    Contrato de Trabalho).

    Entretanto, o TST, em sesso de 18.12.86, aprovou a seguinte Smula n 265:

    A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica na perda do direito ao

    adicional noturno.

    6.11.5 - adicional noturno - trabalho aps as 05 horas - direito

    Embora inexista na legislao qualquer dispositivo legal neste sentido, a Justia do

    Trabalho tem entendido que o trabalho exercido aps as 5:00 horas, em

    continuao jornada noturna, considerado prorrogao desta, e por

    conseqncia, dever ser remunerado com o adicional noturno.

    Smula do TST n 60. Adicional noturno - Integrao no salrio e prorrogao em

    horrio diurno.

    I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salrio do empregado

    para todos os efeitos.

    II - Cumprida integralmente a jornada no perodo noturno e prorrogada esta, devido

    tambm o adicional quanto s horas prorrogadas. Exegese do art. 73, 5, da

    CLT.

    6.11.6 - intervalo no perodo noturno - 60 minutos

    Os intervalos que forem concedidos entre as 22:00 horas de um dia e as 5:00

    horas do dia seguinte tero sua durao computada de acordo com o horrio

    diurno, sem a reduo da hora noturna.

    Portanto, o intervalo durante o perodo noturno, para uma jornada de 8 horas,

    dever ser de 60 minutos e no de 52 minutos e 30 segundos.

    7 Folha de Pagamento

    Salrio e remunerao

  • 24

    7.1 - remunerao (art. 457, da CLT)

    Remunerao a contraprestao de trabalho, em sentido amplo, compreendendo

    alm do salrio fixo e/ou varivel, as gorjetas, gratificaes, abonos, adicionais,

    prmios e outros valores que so pagos ao empregado, para retribuir perodos

    disposio do empregador, descansos remunerados, e interrupes do contrato de

    trabalho.

    Remunerao, portanto, a soma do salrio com as vantagens percebidas pelo

    empregado em decorrncia do contrato.

    7.2 - salrio

    Salrio contraprestao em pecnia ou em utilidade (in natura) devida ao

    empregado, pela prestao de servios em decorrncia do contrato de trabalho,

    independentemente da forma e do meio de pagamento, para retribuir o trabalho

    efetivo, os perodos de interrupo do contrato e os descansos includos na

    jornada de trabalho.

    7.3 - Comisses e percentagens

    So as quantias pr-estabelecidas que o trabalhador recebe por unidade de

    servio prestado ou calculados em forma de percentual sobre o valor unitrio ou

    global dos negcios realizados. Percentagem a modalidade de comisso.

    7.4 Gorjeta (art. 457, 3 da CLT)

    Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente ao

    empregado, como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como

    adicional nas contas, a qualquer ttulo, e destinada a distribuio aos empregados.

    7.5 - Ajuda de custo

  • 25

    o valor atribudo ao empregado, pago de uma nica vez, para cobrir eventual

    despesa por ele realizada ou em virtude de servio externo, a que se obrigou a

    realizar. Tem natureza indenizatria e no salarial.

    7.6 - Dirias de viagem

    So valores pagos de maneira habitual, para cobrir despesas necessrias

    execuo de servio externo realizado pelo empregado, como despesas de

    transporte, alimentao, alojamento, etc.

    As dirias de viagem integram o salrio, quando excedentes de 50% do salrio do

    empregado, considerando-se o valor total, e no s a parte excedente.

    Na hiptese de apresentao de notas para prestao de contas, as dirias no

    integraro o salrio, mesmo que de 50% do salrio.

    7.7 Horas Extras

    A legislao trabalhista vigente estabelece que a durao normal do trabalho, salvo os casos especiais, de 8 (oito) horas dirias e 44 (quarenta e quatro) semanais, no mximo.

    Todavia, poder a jornada diria de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedentes a duas, no mximo, para efeito de servio extraordinrio, mediante acordo individual, acordo coletivo, conveno coletiva ou sentena normativa. Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poder ser prorrogada alm do limite legalmente permitido.

    7.7.1 - Remunerao do Servio Extraordinrio

    A remunerao do servio extraordinrio, desde a promulgao da Constituio Federal/1988, que dever constar, obrigatoriamente, do acordo, conveno ou sentena normativa, ser, no mnimo, 50% (cinquenta por cento) superior da hora normal.

    Enunciado n 264, do TST:

    A remunerao do servio suplementar composta do valor da hora normal, integrado por parcelas

    de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, conveno coletiva

    ou sentena normativa. Smula mantida pelo Pleno do TST (Res. 121, de 28/10/2003). Res. 12, de

    22/10/86 - DJU de 31/10/86.

    7.7.2 - Trabalho da Mulher

  • 26

    Tendo a Constituio Federal disposto que todos so iguais perante a lei e que no deve haver distino de qualquer natureza, e que homens e mulheres so iguais em direito e obrigaes, aplica-se mulher maior de idade, no que diz respeito ao servio extraordinrio, o mesmo tratamento dispensado ao homem.

    7.7.3 - Trabalho do Menor

    A prestao de servio extraordinrio pelo empregado menor somente permitida em caso excepcional, por motivo de fora maior e desde que o trabalho do menor seja imprescindvel ao funcionamento do estabelecimento.

    7.7.4 - Necessidade Imperiosa

    Ocorrendo necessidade imperiosa, por motivo de fora maior, realizao ou concluso de servios inadiveis cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto, a durao do trabalho poder exceder ao limite legal ou convencionado, independentemente de acordo ou contrato coletivo, devendo, contudo, ser comunicado Delegacia Regional do Trabalho no prazo de 10 (dez) dias no caso de empregados maiores e 48 (quarenta e oito) horas no caso de empregados menores.

    7.7.5 - Servio Externo

    Os empregados que prestam servios externos incompatveis com a fixao de horrio, com registro de tal condio na CTPS e na ficha ou livro de registro de empregados, no tm direito a horas extras.

    7.7.6 - Cargo de Confiana - Gerente

    Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gesto, aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamentos ou filial, no fazem jus remunerao pelo servio extraordinrio, pois no lhes aplicam as normas relativas durao normal do trabalho.

    7.8 - DESCANSO SEMANAL REMUNERADO DSR ou REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR

    O Descanso Semanal Remunerada tem sua previso legal sustentada no

    art. 1 a Lei 605/49 "Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigncias tcnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradio local".

    No inciso XV da CF/88 " repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos".

    Na CLT Art. 67 - "Ser assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de

  • 27

    convenincia pblica ou necessidade imperiosa do servio, dever coincidir com o domingo, no todo ou em parte".

    Smula TST N 172 REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CLCULO - Computam-se no clculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

    7.8.1 - Quando ento o DSR entra no conceito de horas extras?

    As horas extras estende, prolonga, aumenta a jornada de trabalho, e por conseqncia, reflete no pagamento no dia do descanso, que normalmente recai num domingo e feriado. Quando uma empresa concede, alm do domingo, o sbado para descanso, tal dia no est contemplado pela lei para descontos, podendo ser interpretado como licena remunerada, pois uma faculdade da empresa.

    Quando um empregado ganha, por exemplo, um salrio de R$ 900,00 e trabalha 220 horas por ms, ele recebe o descanso incluso neste valor, sendo que 26 dias so os dias teis e 04 dias os domingos.

    Se o empregado, por exemplo, trabalha 10 horas a mais da sua jornada como

    horas extras, logo ele trabalhar 230 horas no ms, e deve receber esse excedente tambm no domingo e feriado.

    A justia exige do empregador esse clculo: Smula172 do TST - REPOUSO REMUNERADO - HORAS EXTRAS - CLCULO - Computam-se no clculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

    7.8.2 - Como calcular o DSR sobre as horas extras?

    Devemos entender que um empregado que cumpre sua jornada de trabalho na

    semana e lhe garantido um dia de descanso, urge ento analisar o que acontece quando

    ele trabalha mais do que seu contrato estipula. Por exemplo: horrio contratual das 8h00 s 17h00 de Segunda-feira a Sexta-feira, com intervalo de 1 hora e descanso

    semanal garantido aos Domingos. Se, durante a semana o empregado exerceu horas

    extras, qual o reflexo desse excedente no descanso semanal remunerado?

    Do exposto, vemos que no esto inclusas as horas extras no dia de descanso, mas a

    legislao determina que seja calculado esse reflexo. Dessa forma podemos admitir os

    seguintes clculos consagrados:

    Exemplo1: I) Salrio de R$ 900,00 por ms, jornada mensal 220 horas (=) R$ 4,09 por hora (+)

    50% de adicional de horas extras (=) R$ 6,13 por hora II) Empregado fez 10 horas extras = R$ 61,30 ( R$ 6,13 x 10) III) R$ 61,30 / 26 x 4 = R$ 9,43 o reflexo no DSR ( 26 representa os dias teis do

    ms ) ; ( 4 representa os domingos do ms ). O raciocnio pode ser entendido como 30 dias do ms no considerar o dia 31 diminuir os domingos e feriados, o saldo dia til.

    Exemplo 2: I) Resultado de 15 horas extras calculadas no ms R$ 91,95 ( R$ 6,13 X 15)

  • 28

    II) R$ 91,95 / 25 x 5 = R$ 18,39 o reflexo no DSR ( 25 representa os dias teis do ms ) ( 5 representa os domingos e feriados do ms ). O raciocnio pode ser entendido como 30 dias do ms no considerar o dia 31 diminuir os domingos e feriados, o saldo dia til.

    Dessa forma temos o excedente de trabalho no ms devidamente complementado pelo reflexo no clculo de DSR.

    Importante! O empregado que trabalha por ms ou quinzena tem garantido o valor do descanso incluso em seu salrio Lei 605/49 art. 7 2 Consideram-se j remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista cujo clculo de salrio mensal ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do nmero de dias do ms ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) dirias, respectivamente.

    7.9 - gratificaes

    Integram a remunerao, mesmo anual, paga a qualquer ttulo, por ajuste tcito ou

    expresso. Mesmo que seja paga por liberalidade do empregador, mas havendo

    conexo com o trabalho exercido pelo empregado na empresa, integrar a

    remunerao para todos os efeitos legais.

    7.10 - prmios

    Constituem formas de incentivo, objetivando maior participao do empregado no

    trabalho, com maior rendimento e melhor comportamento, podem resultar dos

    contratos individuais de trabalho, acordos, convenes coletivas e regulamentos

    da empresa.

    Exemplos:

    - prmio-assiduidade em razo da freqncia do empregado;

    - prmio-antiguidade em razo do tempo de servio na empresa;

    - prmio-produo quando a causa do pagamento tem por base uma

    determinada produo a se atingir.

    7.11 Abonos

    um valor concedido pelo empregador por mera liberalidade ou atravs de

    acordo, conveno ou dissdio coletivo e, ainda, por fora de dispositivo legal.

  • 29

    Integra a remunerao para todos os efeitos legais, salvo se houver legislao

    dispondo o contrrio.

    7.12 - salrio complessivo (Smula do TST 91)

    Caracterizado como o valor destinado a atender de forma global, vrios direitos

    legais ou contratuais do empregado.

    A Justia do Trabalho entende que nula a clusula contratual que fixa

    importncia ou percentagem para atender englobadamente vrios direitos do

    trabalhador.

    Deve a empresa, obrigatoriamente, discriminar todas as parcelas que compem a

    remunerao do empregado, tanto na folha quanto no recibo de pagamento, a fim

    de evitar a caracterizao do salrio complessivo.

    7.13 - adiantamento salarial

    A empresa no est obrigada legalmente a conceder adiantamento salarial ao

    empregado, salvo se esta obrigatoriedade estiver prevista em clusula de

    documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional.

    Caso a empresa j esteja concedendo, por fora do documento coletivo ou por

    liberalidade, no poder suprimi-lo, sob pena de caracterizar alterao contratual

    prejudicial ao empregado.

    7.14 - salrio substituio

    Tratando-se de substituio de empregado a Justia do Trabalho orienta que

    enquanto perdurar a substituio que no tenha carter meramente eventual,

    inclusive nas frias, o empregado substituto far jus ao salrio contratual do

    substitudo. A substituio no eventual se caracteriza como uma situao

    definida, passvel de previso pelo empregador e de carter temporrio.

    Considera-se substituio eventual a situao decorrente de acontecimento

    incerto, casual ou fortuito, de curta durao, normalmente em decorrncia de

    ausncias momentneas do empregado substitudo.

  • 30

    Durante o perodo em que o salrio-substituio est sendo pago, seu valor integra

    a remunerao do empregado substituto para todos os efeitos legais.

    - Smula 159 do TST:

    Enquanto perdurar a substituio que no tenha carter meramente eventual,

    inclusive nas frias, o empregado substituto far jus ao salrio contratual do

    substitudo.

    7.15 - Descontos nos salrios (art. 462 da CLT)

    Ao empregador vedado efetuar qualquer desconto nos salrios do empregado,

    salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato

    coletivo. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto ser licto, desde

    que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrncia de dolo (m-f) do

    empregado.

    7.16 - Prazo de pagamento (art. 458 da CLT)

    O pagamento do salrio, qualquer que seja a modalidade do trabalho, no deve

    ser estipulado por perodo superior a um ms, salvo no que concerne a comisses,

    percentagens e gratificaes, as quais s so exigveis depois de ultimada a

    transao a que se referem.

    Quando o pagamento houver sido estipulado por ms, dever ser efetuado, o mais

    tardar, at o 5 dia til do ms subseqente ao vencido. Na contagem dos dias

    ser includo o sbado, excluindo-se o domingo e os feriados, inclusive os

    municipais.

    Quando estipulado por semana ou quinzena, dever ser efetuado at o 5 dia aps

    o vencimento.

    7.17 - Forma de pagamento (art. 463 a 465 da CLT)

    O salrio dever ser pago em moeda corrente, em dia til e no local do trabalho,

    dentro do horrio do servio ou imediatamente aps o encerramento deste, salvo

  • 31

    quando efetuado por depsito em conta bancria; permitindo-se o pagamento

    atravs de cheque, desde que seja assegurado ao empregado:

    - Horrio que permita o desconto imediato do cheque, e

    - Transporte, caso o acesso ao estabelecimento de crdito exija a utilizao do

    mesmo.

    Poder, ainda, ser feito depsito em conta bancria, aberta para esse fim em nome

    de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crdito

    prximo ao local de trabalho.

    O pagamento de salrio dever ser efetuado contra-recibo, assinado pelo

    empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impresso digital, ou, no

    sendo possvel, a seu rogo. O comprovante de depsito em conta bancria ter

    fora de recibo.

    Exerccio Prtico de Folha de Pagamento

    O regulamento da Seguridade Social determina que as empresas esto obrigadas a preparar Folhas de Pagamento da remunerao paga ou creditada aos empregados onde sero anotados os respectivos descontos efetuados em favor da Previdncia Social (artigo 255 do Decreto 3.048/99 - Regulamento da Previdncia Social)

    Rotina de Elaborao da Folha de Pagamento

    1) Controle de Frequncia - Pelo Carto, Livro ou Folha de Ponto

    2) Pronturio individual situao individualizada de cada empregado

    3) Lanamentos na Folha Com incidncias ou sem incidncias de INSS e IRRF

    . Vide TABELA DE INCIDNCIAS DE INSS, IRRF, FGTS DA APOSTILHA

    4) Descontos antes das incidncias

    . Faltas, Atrasos, Sadas Antecipadas

    5) Descontos das Incidncias

    . INSS, IRRF, Contribuio Sindical, Vale transporte, Alimentao e etc ...

    Exerccio para execuo da Folha de Pagamento

    Funcionrios Salrio R$

  • 32

    1) Jos Francisco 1.350,00

    2) Maria Francisca 4.500,00

    3) Cladio Calamendrei 1.500,00

    4) Josias Mana 990,00

    5) Nikita Patricia 1.000,00

    Questes

    1) Os funcionrios n 02, 03, 04 e 05 possuem 3 filhos menores de 14 anos e dependentes para o I.R.R.F.

    2) Os funcionrios 01, 02 e 03 recebem gratificao na base de 20% do seu salrio base.

    3) Os funcionrios abaixo recebem vale-transporte nos seguintes valores:

    01) R$ 149,60 02) R$ 149,60 03) 149,60 04) 220,00 05) 166,40

    4) Todos os funcionrios recebem adiantamento de 40% de seu salrio-base

    5) Os funcionrios abaixo realizaram horas extras

    01> 30 horas sendo 5 horas a 50% e 5 a 75%.

    03 > 40 horas a 50%

    05 > 38 horas a 50%

    6) Desconto da contribuio sindical equivalente a um dia da remunerao.

    Tabela de INSS 2015

    Salrio de Contribuio (R$) Alquota para fins de Recolhimento

    do INSS (%)

    Alquota do Empregador Domstico

    At R$ 1.399,12

    De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88

    8,00

    9,00

    12,00

    12,00

    De R$ 2.331,89 at R$ 4.663,75 11,00 12,00

    Tabela do Salrio Famlia de 2015

    Remunerao Valor da Cota

    At R$ 725,02 R$ 37,18

    De R$ 725,03 at 1.089,72 R$ 26,20

    TABELA DE IRRF 2015

    Base de Clculo (R$) Alquota (%) Deduo (R$)

    At 1.868,22 - -

    De 1.868,23 at 2.799,86 7,5 140,12

    De 2.679,30 at 3.572.43 15,0 350,11

    De 3.572,44 at 4.463,81 22,5 630,10

    Acima de 4.463,81 27,5 863,33

  • 33

    A legislao do Imposto de Renda permite o abatimento da renda bruta antes da aplicao da tabela :

    1) O valor de desconto do INSS;

    2) R$ 187,80 por cada dependente;

    3) Valor pago a ttulo de Penso Alimentcia Judicial;

    4) R$ 1.868,22 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com 65 anos ou mais

    SALRIO MNIMO NACIONAL A PARTIR DE 01-01-2015 R$ 788,00

    TABELA DE INCIDNCIA DO INSS, FGTS E IR/FONTE

    A seguir apresentamos uma Tabela Prtica para facilitar a verificao da incidncia ou no do INSS, FGTS e IR/Fonte sobre os rendimentos mais comumente pagos pelas empresas aos seus empregados, seja durante a vigncia ou na resciso do contrato de trabalho.

    Rendimentos IR/Fonte INSS FGTS

    Abono de Frias com mais 1/3 SIM NO NO

    Adicional de Insalubridade SIM SIM SIM

    Adicional de Periculosidade SIM SIM SIM

    Adicional de Transferncia SIM SIM SIM

    Adicional Noturno SIM SIM SIM

    Alimentao NO SIM SIM

    Alimentao dada atravs de PAT- mte ou no NO NO NO

    Auxlio-Enfermidade (primeiros 15 dias) SIM SIM SIM

    Auxlio-Natalidade (benefcio previdencirio) NO NO NO

    Aviso Prvio Indenizado NO NO SIM

    Aviso Prvio Trabalhado SIM SIM SIM

    Bolsa de Estudo SIM SIM SIM

    Bolsa de Estudo paga a Estagirio SIM NO NO

    Comisses SIM SIM SIM

    Dcimo Terceiro Salrio 1 parcela NO NO SIM Dcimo Terceiro Salrio 2 parcela SIM SIM SIM* Dcimo Terceiro Salrio na Reciso SIM SIM SIM

    Dcimo Terceiro Salrio Parcela referente ao aviso prvio indenizado

    NO NO SIM

    Dirias para Viagens (Lei 7.713/88) SIM (**) (**)

    Frias Normais com mais 1/3 SIM SIM SIM

    Frias Indenizadas com mais 1/3 NO NO NO

    Frias em Dobro Parcela referente dobra SIM NO NO Gorjetas SIM SIM SIM

    Gratificaes SIM SIM SIM

    Habitao SIM SIM SIM

    Horas Extras ou Extraordinrias SIM SIM SIM

    Indenizao por Tempo de Servio NO NO NO

    Indenizao do 13 Salrio (Enunciado 148 TST) NO NO NO

    Indenizao Adicional (Lei 7.238/84 Art. 9) NO NO NO Participao nos Lucros SIM NO NO

    Prmios SIM SIM SIM

    Quebra de Caixa SIM SIM NO

    Reembolso de Quilometragem SIM SIM SIM

    Salrios SIM SIM SIM

    Salrio-Educao SIM NO NO

    Salrio-Famlia NO NO NO

    Salrio-Maternidade SIM SIM SIM

    Vale-Transporte NO NO NO

    Uniformes e Vestimentas de Trabalho NO NO NO

  • 34

    (*) A incidncia do FGTS na 2 parcela do 13 Salrio ser sobre a diferena entre o valor total e o adiantamento da 1 parcela.

    (**) No incide o INSS e FGTS nas dirias que correspondam a at 50% do salrio. Excedendo 50%, a incidncia ser sobre o total do valor pago a este ttulo.Havendo prestao de contas, no haver incidncia de INSS, mesmo se o total dos gastos exceder 50% do salrio

    8 - Frias

    Todo empregado aps cada perodo de 12 meses de trabalho, ter direito a um perodo de Frias, sem prejuzo da remunerao, chamado de Perodo Aquisitivo.

    8.1 - O perodo de durao das frias depende do nmero de faltas injustificadas que o empregado teve no Perodo Aquisitvo, na seguinte proporo:

    1 30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado mais de 5 (cinco) vezes;

    2 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

    3 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas;

    4 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

    vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do empregado ao servio.

    8.2 - Regime de tempo parcial proporcionalidade - frias - empregado - direito a perodo reduzido - escala - proporo

    O empregado contratado para o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo ter o seu perodo de frias reduzido metade.

    Tabela

    Art. 130-A

    Na modalidade do regime de tempo parcial, aps cada perodo de doze meses de

    vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte

    proporo:

    I - dezoito dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte e duas horas,

    at vinte e cinco horas;

    II - dezesseis dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte horas, at

    vinte e duas horas;

    III - quatorze dias, para a durao do trabalho semanal superior a quinze horas, at

    vinte horas;

    IV - doze dias, para a durao do trabalho semanal superior a dez horas, at

    quinze horas;

  • 35

    V - dez dias, para a durao do trabalho semanal superior a cinco horas, at dez

    horas;

    VI - oito dias, para a durao do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.

    Pargrafo nico - O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que

    tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo ter o seu

    perodo de frias reduzido metade. (NR).

    Obs.: Artigo acrescentado pela MP n. 2.164-41, de 24-08-2001, DOU 27-08-2001

    - v. Em. Constitucional n 32.

    8.3 Computo do perodo de Frias

    O perodo de frias computado, para todos os efeitos, como tempo de servio.

    8.4 Faltas Justificadas

    Caracteriza-se como faltas no justificadas aquelas ocorridas dentro do perodo aquisitivo e que acarretam o desconto da remunerao que seria devida no respectivo dia.

    No sero consideradas as faltas ao servio, para efeito de fixao do perodo de frias, a ausncia do empregado nos seguintes casos: (Artigo 473 da CLT)

    a) at dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cnjuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa que, declarada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS) do empregado, sob sua dependncia econmica;

    b) at 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;

    c) por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;

    d) por 1 dia, em cada 12 de meses de trabalho, em caso de doao voluntria de sangue, devidamente comprovada;

    e) at 2 dias consecutivos ou no, para fins de alistamento eleitoral;

    f) no perodo de tempo em que tiver de cumprir as exigncias do servio militar referidas na letra c do artigo 65 da Lei n 4.375/64 (LSM);;

    g) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;

    h) pelo tempo que se fizer necessrio, quando tiver que comparecer a juzo;

    i) durante o licenciamento compulsrio da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepo do salrio-maternidade custeado pela Previdncia Social;

    j) por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), salvo se o benefcio perdurar por mais de 6 meses, ainda que descontnuos, dentro de um mesmo perodo aquisitivo, hiptese em que o empregado no tem direito a frias;

    k) justificada pela empresa, assim entendida a que no tiver determinado o desconto do correspondente salrio;

  • 36

    l) durante a suspenso preventiva para responder a inqurito administrativo ou de priso preventiva, quando for impronunciado ou absolvido;

    m) nos dias em que no tenha havido servio, exceto se o empregado deixar de trabalhar por mais de 30 dias, com percepo de salrio no curso do perodo aquisitivo, em virtude de paralisao parcial ou total dos servios da empresa, caso em que no faz jus a frias;

    n) comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou convocado;

    o) comparecimento como parte Justia do Trabalho;

    p) para servir como jurado no Tribunal do Jri;

    q) afastamento por doena ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empresa mediante comprovao, de acordo com a legislao previdenciria;

    r) convocao para servio eleitoral;

    s) greve, desde que tenha havido acordo, conveno, laudo arbitral ou deciso da Justia do Trabalho dispondo sobre a manuteno dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisao das atividades;

    t) perodo de freqncia em curso de aprendizagem;

    u) para o(a) professor(a), por 9 dias, em conseqncia de casamento ou falecimento de cnjuge, pai, me ou filho;

    O tempo de trabalho anterior apresentao do empregado para o Servio Militar obrigatrio ser computado no perodo aquisitivo, desde que ele comparea ao estabelecimento dentro de 90 dias da data em que se verificar a respectiva baixa.

    8.5 Anotao do afastamento na CTPS

    A interrupo da prestao de servios deve ser anotada na CTPS, iniciando-se o decurso de novo perodo aquisitivo, quando o empregado, aps a ocorrncia dos motivos mencionados nos itens 1 a 4 acima, retornar ao servio.

    8.6 - Concesso das Frias

    As frias sero concedidas por ato do empregador, em um s perodo, nos 12 meses subseqentes data em que o empregado tiver adquirido o direito, chamado de perodo concessivo.

    Somente em casos excepcionais sero as frias concedidas em dois perodos, um dos quais no poder ser inferior a 10 dias corridos.

    Aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos de idade, as frias sero sempre concedidas de uma s vez.

    A concesso das frias ser participada, por escrito, ao empregado, com antecedncia de, no mnimo, 30 dias, cabendo a este assinar a respectiva notificao. A Lei 9.841/99 - Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte dispensou estas entidades da obrigao desta disposio.

  • 37

    8.7 Anotao do gozo na CTPS e Registro

    O empregado no poder entrar em gozo de frias sem que apresente ao empregador sua CTPS para que nela seja anotada a respectiva concesso.

    A concesso das frias ser igualmente anotada no livro ou ficha de registro dos empregados.

    8.8 poca da Concesso

    A poca da concesso das frias ser a que melhor consulte os interesses do empregador.

    Os membros de uma famlia, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, tero direito a gozar frias no mesmo perodo, se assim desejarem e se disto no resultar prejuzo para o servio.

    O empregado estudante, menor de 18 anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares.

    8.9 Frias em dobro

    Sempre que as frias forem concedidas aps o perodo concessivo, o empregador pagar em dobro a respectiva remunerao.

    8.10 - Remunerao e Abono de Frias

    O empregado perceber, durante as frias, a remunerao que lhe for devida na data de sua concesso.

    Quando o salrio for pago por hora, com jornadas variveis, apurar-se- a mdia do perodo aquisitivo aplicando-se o valor do salrio na data da concesso das frias.

    Quando o salrio for pago por tarefa, tomar-se- por base, a mdia da produo no perodo aquisitivo do direito a frias, aplicando-se o valor da remunerao da tarefa na data da concesso das frias.

    Quando o salrio for pago por porcentagem, comisso ou viagem, apurar-se- a mdia percebida pelo empregado nos 12 meses que precederem concesso das frias.

    A parte do salrio pago em utilidades ser computada de acordo com a anotao da CTPS.

    Os adicionais por trabalho extraordinrio, noturno, insalubre ou perigoso, sero computados no salrio que servir de base de clculo da remunerao das frias.

    A Constituio Federal promulgada em 05/10/88, assegurou a todos os empregados remunerao de frias com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salrio normal. Desse modo, qualquer pagamento efetuado ao empregado, a ttulo de frias, ser sempre acrescido de mais 1/3 assegurado pela Constituio.

    8.11 - Abono Pecunirio

  • 38

    facultado ao empregado converter 1/3 do perodo de frias a que tiver direito em Abono Pecunirio, no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes.

    O Abono Pecunirio dever ser requerido pelo empregado, at 15 dias antes do trmino do perodo aquisitivo.

    Tratando-se de frias coletivas, a concesso ou no do Abono Pecunirio, dever ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concesso do abono.

    8.12 - Primeira Parcela do 13

    A primeira parcela do 13 Salrio pode ser paga ao empregador por ocasio de suas frias, sempre que este a requerer ao empregador no ms de janeiro do correspondente ano.

    8.13 - Pagamento das frias

    O pagamento da remunerao das frias e, se for o caso, do Abono Pecunirio, sero efetuados at 2 dias antes do incio do respectivo perodo, com a respectiva quitao do pagamento, feita pelo empregado.

    8.14 - Frias Coletivas

    - Podem ser concedidas frias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou a determinados estabelecimentos ou setores da empresa, exceto menores de 18 e maiores de 50 anos

    - As frias coletivas podero ser gozadas em dois perodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos.

    - Dever o empregador comunicar ao rgo local do Ministrio do Trabalho, com antecedncia mnima de 15 dias, as datas de incio e fim das frias coletivas, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.

    Em igual prazo, o empregador enviar cpia da comunicao referida no pargrafo anterior ao sindicato representativo da categoria profissional e providenciar a fixao de avisos nos locais de trabalho.

    Os empregados contratados h menos de 12 meses gozaro, na oportunidade, frias proporcionais, iniciando-se, ento, novo perodo aquisitivo

    TABELA

    FRIAS PROPORCIONAIS

    7D

    IAS

    DE

    F

    RIA

    S

    DE

    VID

    OS

    1/12 2/12 3/12 4/12 5/12 6/12 7/12 8/12 9/12 10/12 11/12 12/12

    30 dias (at 5 faltas)

    2,5 dias

    5

    dias

    7,5 dias

    10 dias

    12,5 dias

    15 dias

    17,5 dias

    20 dias 22,5 dias

    25 dias

    25,7 dias

    30 dias

    24 dias (de 6 a 14

    faltas)

    2 dias 4 dias 6 dias

    8 dias

    10 dias

    12 dias

    14 dias

    16 dias 18 dias

    20 dias

    22 dias

    24 dias

  • 39

    18 dias (de 15 a 23

    faltas)

    1,5 dias

    3 dias

    4,5 dias

    6 dias

    7,5 dias

    9 dias

    10,5 dias

    12 dias 13,5 dias

    15 dias

    16,5 dias

    18 dias

    12 dias (de 24 a 32

    faltas)

    1 dia 2 dias

    3 dias 4 dias

    5 dias

    6 dias

    7 dias

    8 dias

    9 dias

    10 dias

    11 dias

    12 dias

    8.15 - Efeitos na cessao do contrato de trabalho (arts.146 a 148 da CLT)

    Na cessao do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, ser devida ao empregado a remunerao simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao perodo de frias cujo direito tenha adquirido. Pargrafo nico - Na cessao do contrato de trabalho, aps 12 (doze) meses de servio, o empregado, desde que no haja sido demitido por justa causa, ter direito remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, de acordo com o art. 130, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de servio ou frao superior a 14 (quatorze) dias.

    O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de servio, ter direito remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. A remunerao das frias, ainda quando devida aps a cessao do contrato de trabalho, ter natureza salarial, para os efeitos do art. 449.

    8.16 - Prescrio das frias (art. 149 da CLT)

    A prescrio do direito de reclamar a concesso das frias ou o pagamento da respectiva remunerao contada do trmino do perodo concessivo (art. 134 da CLT) ou, se for o caso, da cessao do contrato de trabalho.

    9 - 13 Salrio

    9.1 Prazo para pagamento

    A gratificao de Natal ou 13 Salrio, dever ser paga pelo empregador at o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano, compensada a importncia que, a ttulo de adiantamento, o empregado houver recebido, como no pargrafo seguinte.

    9.2 - Adiantamento do 13

    Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagar, como adiantamento do 13 Salrio, metade do salrio recebido pelo empregado, no ms anterior.

    O empregador no est obrigado a pagar o adiantamento a todos os empregados, no mesmo ms, exceto se no o fizer at o final do ms de novembro, quando obrigatoriamente ter que pagar a primeira parcela.

    9.3 - Requisio em janeiro para receber junto com as frias

  • 40

    Sempre que o empregado requerer, no ms de janeiro do correspondente ano, ter direito a receber a primeira parcela do 13 Salrio, por ocasio de suas frias.

    9.4 - Valor do 13 Salrio

    O valor do 13 Salrio corresponde a 1/12 da remunerao do empregado, no ms de dezembro, sendo a frao igual ou superior a 15 dias dentro do ms, considerada como ms integral.

    9.5 Afastamento por acidente de trabalho

    No caso de afastamento do empregado por acidente de trabalho o 13 Salrio deve ser pago integralmente.

    9.6 Afastamento por doena no relacionada ao trabalho

    No caso de Auxlio Doena, s devero ser considerados os primeiros quinze dias para efeito de contagem de avos para pagamento do 13 salrio

    9.7 Remunerao

    Todos os adicionais recebidos pelo empregado, devem ser includos na base de clculo do 13 Salrio, pelo seu total ou pela mdia, quando varivel.

    9.8 Descontos

    - 1 Parcela

    Por ocasio do pagamento da primeira parcela do 13 Salrio, no ser descontada nenhuma importncia do empregado a favor da Previdncia Social nem para o Imposto de Renda, ficando o empregador obrigado apenas a recolher a parcela correspondente ao depsito do FGTS, sobre o respectivo valor.

    - 2 Parcela

    Por ocasio do pagamento da segunda parcela, o empregador descontar, sobre o 13 Salrio os valores relativos Previdncia Social e o Imposto de Renda na Fonte (caso haja), separadamente dos salrios de dezembro.

    Ser recolhido, tambm por ocasio da 2 parcela, o depsito do FGTS, somente sobre esta parcela, visto que a 1 parcela j foi depositada por ocasio de seu pagamento.

    Para os empregados que recebem por comisso, ou realizam horas extras variveis, no possvel saber o valor real visto que na mdia, o ms de dezembro no foi includo em virtude do pagamento do 13 Salrio ser dia 20 de dezembro. Nesse caso, permitido empresa acertar a diferena com o empregado, at o dia 10 de janeiro do ano seguinte.

    9.9 Multa por atraso no pagamento

    O empregador que deixar de cumprir os prazos estabelecidos para pagamento das parcelas do 13 Salrio, fica sujeito multa de 160 UFIR por empregado prejudicado.

  • 41

    10 - Contribuio Sindical

    10.1 Patronal

    Anualmente as empresas esto obrigadas a recolher para o sindicato patronal da categoria, a Contribuio Sindical Patronal.

    Essa contribuio recolhida no ms de janeiro de cada ano, mediante Guia prpria, geralmente adquirida no prrpio Sindicato.

    O valor da contribuio consiste numa importncia calculada de acordo com o valor do Capital Social da empresa, de acordo com tabela publicada anualmente.

    10.2 Dos Empregados

    A Contribuio Sindical devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econmica, profissional ou de profisso liberal, a favor do Sindicato representativo da mesma categoria ou profisso.

    A Contribuio Sindical ser recolhida de uma s vez e consistir na importncia correspondente a um dia de trabalho para os empregados, qualquer seja a forma da referida remunerao.

    O desconto do empregado ser efetuado no ms de maro de cada ano ou no ms seguinte para os admitidos aps o ms de maro ou afastados naquele ms.

    O recolhimento ser efetuado em Guia prpria, na rede bancria, at o final do ms seguinte ao do desconto.

    Aps o recolhimento, a empresa dever remeter ao Sindicato de classe, dentro do prazo de 15 dias, uma cpia da Guia de Recolhimento, junto com uma relao constando nome dos empregados, CTPS, cargo e o valor descontado dos mesmos.

    O valor do desconto dever ser anotado na Carteira de Trabalho dos empregados, assim como no Livro ou Ficha de Registro de Empregados.

    10.3 Autonomos

    De acordo com o artigo 583 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, os agentes ou trabalhadores autnomos e profissionais liberais (no organizados em empresas) devem recolher a contribuio sindical anual aos respectivos sindicatos de classe. O prazo de recolhimento da contribuio sindical dos autnomos e profissionais liberais vai at o ltimo dia til do ms de fevereiro.

    10.4 Contribuio Confederativa

    Esta contribuio destina-se ao custeio do sistema confederativo, sendo o valor fixado pela assemblia geral do sindicato e devida segundo entendimentos doutrinrios e do Ministrio do Trabalho que o desconto devido apenas pelos associados do sindicato.

  • 42

    10.5 Contribuio Assistencial

    Esta contribuio fixada por ocasio promulgao da conveno coletiva de trabalho ou em por sentena normativa quando julgado o dissdio coletivo. obrigatrio e destinada a manuteno do prprio sindicato. Aqueles empregados que no concordarem com o desconto podero se opor dentro de 10 dias.

    10.6 Contribuio Social

    Esta contribuio devida por aqueles que expontneamente se associam ao sindicato. O desconto feito na folha de pagamento e repassado pela empresa a entidade sindical. necessrio que haja autorizao expressa do empregado.

    10.7 Fontes do Direito Autnomo e Peculiares ao Direito do Trabalho

    a Conveno Coletiva

    o acordo de carter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econmicas e profissionais estipulam condies de trabalho aplicveis, no mbito das respectivas representaes, as relaes individuais de trabalho. (Artigo 611 da CLT).

    b Acordo Coletivo

    aquele, tambm normativo, celebrado no entre sindicatos, mas entre sindicato de categoria profissional e empresa ou empresas, aplicvel, portanto, no mbito da empresa ou empresas acordantes (Artigo 611, 1) seria uma conveno de mbito normativo reduzido.

    c Dissdio Coletivo

    Uma vez fracassada a negociao e deixando as partes de adotar a via da arbitragem, o dissdio coletivo pode ser instaurado. precedido pela tentativa de negociao no Ministrio do Trabalho. A tentativa no necessria quando se trata de reviso de norma anterior. No obtendo sucesso na tentativa de negociao, A justia do trabalho julga o conflito de categoria e interesses coletivos e estabelece as normas atravs de sentena normativa. (artigo 114, 2 da C.F. e artigo 678, Inciso I, alnea adaCLT). Resciso de Contrato de Trabalho

    11 AVISO PRVIO

    Nas relaes de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, dever, antecipadamente, notificar outra parte, atravs do aviso prvio.

    11.1 Finalidade

    O aviso prvio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado uma nova colocao no mercado de trabalho.

    11.2 - DEFINIO

  • 43

    Aviso prvio a comunicao da resciso do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedncia que estiver obrigada por fora de lei.

    Pode-se conceitu-lo, tambm, como a denncia do contrato de trabalho por prazo indeterminado, objetivando fixar o seu termo final.

    11.3 - MODALIDADES

    Ocorrendo a resciso do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poder ele optar pela concesso do aviso prvio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demisso.

    - AVISO PRVIO TRABALHADO

    - DISPENSA DO CUMPRIMENTO DO AVISO PRVIO TRABALHADO

    - AVISO PRVIO INDENIZADO

    - AVISO PRVIO DOMICILIAR

    11.4 - APLICAES

    O aviso prvio, regra geral, exigido nas rescises sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado ou pedidos de demisso.

    Exige-se tambm o aviso prvio, nos contratos de trabalho por prazo determinado que contenham clusula assecuratria do direito recproco de resciso antecipada.

    11.5 - CONCESSO

    Sendo o aviso prvio trabalhado, a comunicao deve ser concedida por escrito, em 3 (trs) vias, sendo uma para o empregado, outra para o empregador e a terceira para o sindicato.

    11.6 - PRAZO DE DURAO

    Com o advento da Constituio Federal a durao do aviso prvio era, at outubro/2011, de 30 (trinta) dias, independentemente do tempo de servio do empregado na empresa. Com a publicao da Lei 12.506/2011, a partir de 13/10/2011 a durao passou a ser considerada de acordo com o tempo de servio do empregado, podendo chegar at a 90 (noventa) dias.

    11.7 - INTEGRAO AO TEMPO DE SERVIO

    O aviso prvio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu perodo de durao integra o tempo de servio para todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, frias, 13 salrio e indenizaes.

    12 RESCISO DE CONTRATO DE TRABALHO

  • 44

    12.1 - Impedimentos Resciso

    Determinados empregados, por fora da Lei, no podem sofrer despedida arbitrria, em virtude de possurem estabilidade no emprego.

    Gozam de estabilidade permanente ou temporria os seguintes empregados:

    Empregado no Optante pelo FGTS

    O empregado que at 04/10/88 no fez opo pelo sistema do FGTS, com mais de 10 anos de casa, tem estabilidade permanente;

    Empregada Gestante

    Tem estabilidade desde o momento da comprovao da gravidez at 5 meses aps o parto;

    Dirigente Sindical

    Desde o registro de sua candidatura, at um ano aps o mandato, inclusive como suplente;

    Membro Titular da CIPA

    Desde o momento do registro da candidatura, at um ano aps o mandato;

    Membro do Conselho Nacional de Previdncia Social (CNPS)

    Da data da nomeao at um ano aps o mandato;

    Membro do conselho Curador do FGTS representante dos trabalhadores

    Da data de nomeao at um ano aps o mandato;

    Empregado que sofreu acidente de trabalho

    12 meses contados do trmino do afastamento causado pelo acidente.

    12.2 - Verbas Rescisrias

    O Termo de Resciso do Contrato de Trabalho discrimina as verbas que devem ser pagas ao empregado, por ocasio de sua Resciso Contratual. Essas verbas e a maneira de como devem ser calculadas sero analisadas a seguir

    12.2.1 Indenizao

    A indenizao devida ao empregado no optante pelo FGTS (at 04/10/88) a razo de um ms de sua maior remunerao, por ano de trabalho.

    Essa indenizao ser calculada em dobro quando o empregado possuir mais de dez anos de casa.

    12.2.2. - Contrato de experincia

    Regido pelo artigo 479 da CLT, a indenizao corresponder a 50% dos dias que restam para terminar o contrato.

  • 45

    12.3 13 Salrio

    O valor do 13 Salrio indenizado corresponde a 1/12 da remunerao do empregado, por ms de trabalho, sendo que a frao igual ou superior a 15 dias de trabalho ser havida como ms integral.

    12.4 - Salrio Famlia

    Por ocasio da resciso contratual, o valor pago na mesma a ttulo de Salrio Famlia, corresponde ao nmero de dias trabalhados pelo empregado, no ms da resciso, por filho ou equiparado a filho at 14 anos ou invlido sem limite de idade enquanto perdurar a invalidez.

    12.5 - Frias

    Quando o empregado desligado da empresa, sem justa causa pode fazer juz a trs tipos de frias, a saber:

    Frias em Dobro - quando o perodo concessivo das frias j estiver vencido. O valor ser de dois salrios ou remuneraes mensais.

    Frias Vencidas - quando o perodo aquisitivo das frias j estiver vencido. Neste caso, o valor do pagamento corresponder um salrio mensal.

    Frias Proporcionais - quando o perodo aquisitivo ainda no estiver completo, paga-se 1/12 por ms de trabalho integral ou frao igual ou superior a 15 dias.

    O pagamento das frias, a qualquer ttulo, dever ser sempre acrescida de mais 1/3, assegurado pela Constituio Federal.

    O empregado com menos de um ano de casa que pedir demisso, far jus ao recebimento de Frias proporcionais.

    12.6 - FGTS na Resciso

    Por ocasio da Resciso Contratual, devero ser depositados na CEF em conta vinculada os valores referentes ao FGTS, a saber:

    FGTS/Aviso Prvio - O Aviso Prvio, tanto indenizado como trabalhado.

    FGTS S/ 13 Salrio - Sobre o valor pago a ttulo de 13 Salrio, incide o pagamento da parcela do FGTS, sobre o total pago se integral ou sobre a Segunda parcela, caso o empregado j tenha recebido a primeira.

    FGTS S/ Saldo de Salrio

    devido o FGTS sobre o saldo de salrios do ms pago na resciso bem como do ms anterior, caso ainda no tenha sido depositado.

  • 46

    Multa Rescisria do FGTS

    O empregado dispensado sem justa causa, far juz a multa rescisria de 40% sobre o saldo de sua conta vinculada do FGTS, devidamente atualizada, at a data do desligamento da empresa.

    Alm do valor da conta vinculada, devem ser acrescidos para efeito de clculo dos 40%, todos os valores calculados a ttulo de FGTS, na resciso contratual.

    Caso o empregado tenha efetuado saque na conta vinculada, o valor do mesmo deve ser acrescido, devidamente atualizado para do clculo desta multa. O Empregador recolher 50%.

    12.7 - Indenizao Adicional

    O empregado dispensado 30 dias antes da data base para a Conveno Coletiva da categoria , tem direito uma indenizao adicional equivalentes um salrio mensal.

    12.8 - Exerccio de Resciso de Contrato de Trabalho

    Funcionrio: Maria Fernanda Catul da Silva Admissso: 02/01/2012

    Demisso: 10/01/2015 Imediato Aviso Prvio Indenizado

    Gozou penas frias ref. 2011/2012 Recebeu as Natalinas de 2011 e 2012,2013

    Salrio: R$ 3.300,00 Gratificao: 660,00

    Possui 2 filhos menores de 14 anos.

    Saldo na CEF para fins de clculo de 50% R$ 5.000,00

    Utilizar as tabelas de INSS, IRRF e incidncias utilizadas para confeco da folha de pagamento.

    12.9 - Parcelas devidas na resciso

    Empregado com mais de um ano de servio

    Parcela Iniciativa Forma de Resciso

    Direito

    Saldo de Salrios Empresa

    Sem Justa Causa

    Por Justa Causa

    Sim Sim

  • 47

    Empregado

    Sem Justa Causa

    Por Justa Causa

    Sim Sim

    Indenizao do tempo de servio anterior opo pelo FGTS observado o

    subitem 3.1.1

    Empresa

    Sem Justa Causa

    Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    No Sim

    Indenizao do 13 Salrio Enunciado 148 (Ex. prejulgado 20) do perodo anterior opo

    observado o subitem 3.1.2

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    No Sim

    13 Salrio

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Frias vencidas acrescidas de mais 1/3

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Frias proporcionais acrescidas de mais 1/3

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Aviso Prvio

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    No Sim

    Salrio-Famlia

    Empresa Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Empregado Sem Justa

    Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Empregado com menos de um ano de servio

    Parcela Iniciativa Forma de Resciso Direito

  • 48

    Saldo de Salrios Empresa

    Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Indenizao do tempo de servio anterior opo pelo

    FGTS

    Empresa Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No No

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No No

    Indenizao do 13 Salrio Enunciado 148 (Ex. prejulgado 20) do perodo anterior opo

    Empresa Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No No

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No No

    13 Salrio Empresa

    Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Frias proporcionais acrescidas de mais 1/3

    Empresa Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No Sim

    Aviso Prvio Empresa

    Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim No

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    No Sim

    Salrio-Famlia Empresa

    Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    Empregado Sem Justa Causa Por Justa Causa

    Sim Sim

    13 - Homologao da Resciso

    Quando o empregado tiver mais de um ano de servio, a sua resciso contratual ter que ser homologada no sindicato da respectiva categoria profissional ou na Delegacia Regional do Trabalho.

    Documentos para a Homologao

    Para efetivar a homologao, a empresa deve apresentar no ato, os seguintes documentos:

    1) TERMO DE RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO, TERMO DE HOMOLOGAO DE RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO, TERMO DE QUITAO DE RESCISO DO CONTRATO DE TRABALHO, em cinco vias, devidamente preenchidos e assinado pelo empregador. A assinatura do empregado ser dada aps a conferncia dos valores constantes do termo de resciso;

    2) Carteira de Trabalho e Previdncia Social, devidamente atualizada;

    3) Aviso Prvio ou Pedido de Demisso;

  • 49

    4) Livro ou Ficha de Registro de Empregados, atualizado;

    5) Extrato para fins rescisrios atualizado do FGTS

    6) Carta de Preposto quando no houver a presena do prprio empregador; ou Procurao para no empregados da Empresa.

    7) Declarao do empregado, confessando a Justa Causa quando for o caso;

    8) Formulrio do Seguro Desemprego, quando for o caso.

    9) Exame Mdico Demissional

    Quando a homologao for efetuada na Delegacia Regional do Trabalho, necessrio que se leve cpia do Acordo Coletivo da categoria.

    14 SEGURO-DESEMPREGO

    14.1- Direito (art. 7, II da CF e Lei n 7.998/90) Alterada pela MP 665/2014

    Tem direito ao Seguro-Desemprego, o trabalhador dispensado sem justa

    causa, inclusive na despedida indireta (hiptese em que o empregado

    pleiteia as indenizaes rescisrias em conseqncia da justa causa

    cometida pelo empregador - CLT, art. 483), que comprove:

    Ter recebido salrios de pessoa jurdica ou pessoa fsica a ela equiparada, relativos:

    a) a pelo menos dezoito meses nos ltimos vinte e quatro meses imediatamente anteriores data da dispensa, quando da primeira solicitao;

    b)