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Cruzeiro, 14 de Abril de 2017 - Ano 3 - nº 66 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 1,00 É Rua Carlos Varela, 146 - Centro - Cruzeiro /SP APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO INSS VENHA GARANTIR SEU NOVO EMPRÉSTIMO COM O AUMENTO SALARIAL Tels (12) 3143-7068 e 3144-1412 BRADESCO PROMOTORA Rua Carlos Varela, 146 Centro - Cruzeiro /SP HÁ MAIS DE 10 ANOS EM CRUZEIRO, SEMPRE GARANTINDO AS MELHORES TAXAS DE JUROS. ALÉM DE BRINDES E SISTEMA LEVA E TRÁZ. COMPRAMOS SUA DÍVIDA CONSIGNADA DE QUALQUER BANCO exclusiva em Cruzeiro! Uma equipe especializada espera por você Falar com Sales ou Camila Correspondente CALÇADÃO CRUZEIRO /SP CAFÉ DA MANHÃ - LANCHE DA TARDE - ALMOÇO EXECUTIVO NOS SÁBADOS, DELICIOSO CHÁ DA TARDE A PARTIR DAS 16 HORAS. ATENÇÃO MÉDICOS DE CRUZEIRO E REGIÃO Faça seu cadastro para o credenciamento nas melhores seguradoras do Brasil Para que o credenciamento seja aprovado pela seguradora, será analisado a questão de necessidade da especialidade, demanda e estratégia da região Caso haja interesse: Silvana Carvalho Corretora de Planos de Saúde SUSEP 200141348 12 981454655 (Whats App) [email protected] JOVEM PODE TER MORRIDO DE INFARTO DURANTE PERSEGUIÇÃO Perseguido por motoqueiro na Vila Romana, Émerson Pereira Filho (foto), de 18 anos, morreu provavel- mente de infarto do miocárdio. Armado com um revólver, o motoqueiro efetuou vários disparos. Émerson apenas foi ferido de raspão, insuficiente para causar a morte. Para a investigação, ao correr do atirador, a vítima excedeu no esforço físico e o coração não suportou. Página 5 FARSANTE ENVOLVE PECUARISTAS NO MAIOR GOLPE DA HISTÓRIA ESTELIONATO FOI PLANEJADO COM PRECISÃO Carros de luxo, ostentação financeira, investimentos e sensação de segurança formaram o contexto de um golpe arquitetado nos mínimos detalhes. Durante pouco mais de um ano residindo na cidade, Thiago Toscano (foto), de 32 anos, abriu empresa, fez altos investimentos na compra de bovinos e de equinos, conquistou a confiança de vários pecuaristas e, no momento certo, deixou o rastro do maior golpe de estelionato da história. Com forte poder de persuasão, Thiago Toscano envolveu em situação embaraçosa o pecuarista Jorge Rubez (filho) e Sílvia Santia- go. Em nome da mulher, que o golpista conheceu numa igreja evangélica, estava registrada a empresa usada no esquema. Até o início da semana, segundo a polícia, o golpe somava cerca de R$ 10 milhões em apenas alguns casos investigados. O IMPACTO teve acesso a detalhes exclusivos do estelionatário. Página 5 Exposição de car- ros antigos, clubes de motos, shows e gastronomia estão na agenda do Cult Meeting, na virada do mês, no Parque de Exposições da cidade. Página 8 Nas provas de tam- bores, de marcha ou nas cavalgadas cres- ce em Cruzeiro o nú- mero de adeptos. O esporte chama cada vez mais homens, mulheres e crianças para as arenas. Página 8 Interrompido no final do ano passado, o cronograma de obras da planta industrial da Qualyti Steel deverá ser re- tomado no mês que vem, se- gundo fontes ligadas ao em- presário Sílvio Sanches (foto), presidente da empresa. Esse é um dos assuntos abordados na Coluna PANORAMA. Página 3 Abril, 1881. Uma das maio- res obras de engenharia do Império foi fundamental para a transformação da paisagem regional, pelos avanços econômicos e o surgimento da nova cidade de Cruzeiro. A Ferrovia que mudou a história. Página 7 A Secretaria de Finanças da Prefeitura não comentou, mas é certo que os carnês do IPTU conterão reajustes acima de 100 por cento. A justificativa está no Código Tributário Municipal. As explicações estão na Coluna PANORAMA. Página 3 Na Câmara Municipal, a deputada Márcia Lia, do PT, abordou em palestra a importância do envolvi- mento da população na elaboração do orçamento da Prefeitura. O encontro foi promovido pelo Di- retório Municipal do PT. Página 3 Recuperação da credibilidade junto a fornecedores, equi- líbrio na folha de funcionários, reforma do Ginásio Zé da Bola, a retomada de obras paralisadas há mais de ano, projetos turístico e de valorização cultural estão no balanço apresentado pelo governo de Thales Gabriel. Página 4 PT debate orçamento participativo em Cruzeiro IPTU vem com carga pesada Thales apresenta balanço dos 100 dias Raízes da História Qualyti retoma obras em maio Hipismo ganha força Parque de Exposições terá Cult Meeting

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Page 1: a vítima excedeu no esforço físico e o coração não ... › portal › images › impresso › impacto… · • 2 O IMPACTO da Notcia 14 de Abril de 2017 • Editor Responsável

Cruzeiro, 14 de Abril de 2017 - Ano 3 - nº 66 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 1,00

É

Rua Carlos Varela, 146 - Centro - Cruzeiro /SP

APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO INSS

VENHA GARANTIR SEU NOVO EMPRÉSTIMO COM O AUMENTO SALARIAL

Tels (12) 3143-7068 e 3144-1412

BRADESCO PROMOTORA

Rua Carlos Varela, 146Centro - Cruzeiro /SP

HÁ MAIS DE 10 ANOS EM CRUZEIRO, SEMPRE GARANTINDO AS MELHORES TAXAS DE JUROS.

ALÉM DE BRINDES E SISTEMA LEVA E TRÁZ.COMPRAMOS SUA DÍVIDA CONSIGNADA

DE QUALQUER BANCO

exclusiva em Cruzeiro!Uma equipe especializada

espera por você

Falar com Sales ou Camila

Correspondente

CALÇADÃOCRUZEIRO /SP

CAFÉ DA MANHÃ - LANCHE DA TARDE - ALMOÇO EXECUTIVO

NOS SÁBADOS, DELICIOSO CHÁ DA TARDE A PARTIR DAS 16 HORAS.

ATENÇÃOMÉDICOS DE

CRUZEIRO E REGIÃOFaça seu cadastro para o credenciamento

nas melhores seguradoras do BrasilPara que o credenciamento seja aprovado pela

seguradora, será analisado a questão de necessidade da especialidade, demanda e estratégia da região

Caso haja interesse:

Silvana CarvalhoCorretora de Planos de Saúde

SUSEP 20014134812 981454655 (Whats App)

[email protected]

JOVEM PODE TER MORRIDO DE INFARTO DURANTE PERSEGUIÇÃOPerseguido por motoqueiro na Vila Romana, Émerson Pereira Filho (foto), de 18 anos, morreu provavel-mente de infarto do miocárdio. Armado com um revólver, o motoqueiro efetuou vários disparos. Émerson apenas foi ferido de raspão, insuficiente para causar a morte. Para a investigação, ao correr do atirador, a vítima excedeu no esforço físico e o coração não suportou. Página 5

FARSANTE ENVOLVE PECUARISTAS NO MAIOR GOLPE DA HISTÓRIAESTELIONATO FOI PLANEJADO COM PRECISÃO

Carros de luxo, ostentação financeira, investimentos e sensação de segurança formaram o contexto de um golpe arquitetado nos mínimos detalhes. Durante pouco mais de um ano residindo na cidade, Thiago Toscano (foto), de 32 anos, abriu empresa, fez altos investimentos na compra de bovinos e de equinos, conquistou a confiança de vários pecuaristas e, no momento certo, deixou o rastro do maior golpe de estelionato da história.Com forte poder de persuasão, Thiago Toscano envolveu em situação embaraçosa o pecuarista Jorge Rubez (filho) e Sílvia Santia-go. Em nome da mulher, que o golpista conheceu numa igreja evangélica, estava registrada a empresa usada no esquema. Até o início da semana, segundo a polícia, o golpe somava cerca de R$ 10 milhões em apenas alguns casos investigados. O IMPACTO teve acesso a detalhes exclusivos do estelionatário. Página 5

Exposição de car-ros antigos, clubes de motos, shows e gastronomia estão na agenda do Cult Meeting, na virada do mês, no Parque de Exposições da cidade. Página 8

Nas provas de tam-bores, de marcha ou nas cavalgadas cres-ce em Cruzeiro o nú-mero de adeptos. O esporte chama cada vez mais homens, mulheres e crianças para as arenas. Página 8

Interrompido no final do ano passado, o cronograma de obras da planta industrial da Qualyti Steel deverá ser re-tomado no mês que vem, se-gundo fontes ligadas ao em-presário Sílvio Sanches (foto), presidente da empresa. Esse é um dos assuntos abordados na Coluna PANORAMA. Página 3

Abril, 1881. Uma das maio-res obras de engenharia do Império foi fundamental para a transformação da paisagem regional, pelos avanços econômicos e o surgimento da nova cidade de Cruzeiro. A Ferrovia que mudou a história. Página 7

A Secretaria de Finanças da Prefeitura não comentou, mas é certo que os carnês do IPTU conterão reajustes acima de 100 por cento. A justificativa está no Código Tributário Municipal. As explicações estão na Coluna PANORAMA. Página 3

Na Câmara Municipal, a deputada Márcia Lia, do PT, abordou em palestra a importância do envolvi-mento da população na elaboração do orçamento da Prefeitura. O encontro foi promovido pelo Di-retório Municipal do PT. Página 3

Recuperação da credibilidade junto a fornecedores, equi-líbrio na folha de funcionários, reforma do Ginásio Zé da Bola, a retomada de obras paralisadas há mais de ano, projetos turístico e de valorização cultural estão no balanço apresentado pelo governo de Thales Gabriel. Página 4

PT debate orçamento participativo em Cruzeiro

IPTU vem com carga pesada

Thales apresenta balanço dos 100 dias

Raízes da História

Qualyti retoma obras em maio

Hipismo ganha forçaParque de Exposições terá Cult Meeting

Page 2: a vítima excedeu no esforço físico e o coração não ... › portal › images › impresso › impacto… · • 2 O IMPACTO da Notcia 14 de Abril de 2017 • Editor Responsável

14 de Abril de 2017• 2 O IMPACTO da Notícia

• Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho• Comercial – Silvana Carvalho• Fotos – Daniella Cruz

Empresa Paulo Antônio de CarvalhoCNPJ 20.813.130/0001-50

Rua José Florindo Coelho, 409 - Cruzeiro | SP - Cep.- 7712620 - Telefone – (12) 3145-2709

O IMPACTO, PARA QUEM GOSTA DE LER E DE CONHECER

Saudades Daquele TempoVocê possui em seus arquivos fotos de familiares, de amigos ou que possam retratar mo-

mentos da história de Cruzeiro? Por que não publicá-las aqui no O IMPACTO? Envie seus registros, se possível com datas, locais e nomes para [email protected] e teremos imenso prazer em publicá-las.

Durante quase um século, até meados da década 1980, o futebol amador de Cruzeiro se punha no topo dos maiores expoentes da região. Tanto que, durante dois ciclos - entre 1930 e 1950; depois, entre 1977 e 1985 - o futebol amador consolidou o Frigorífico Atlético Clube e o Cruzeiro FC no cenário dos campeonatos profissionais do Estado. Nos mesmos ciclos, nosso futebol também revelou talentos para grandes clubes brasileiros.

Um tempo que ficou no passado, de arquibancadas lotadas e de grandes pelejas no Estádio Virgílio Antunes. Numa homenagem ao futebol das décadas de 1970 e de 80, O IMPACTO buscou no baú do esporte as fotos de uma das formações do Santiago FC e do São Paulo FC, da Vila Paulo Romeu.

Santiago FC - Ditão, Nilson, Marcos, Claudio, Oswaldo, Hélio e Parente. Em baixo: Dito Urutu, Cesar Meireles, Baicere, Sergio Godoy e Valter.

São Paulo FC - Zé Carlos, Baby, Elzio(Dãozinho), Zé Carlos Almeida, Luciano(Gato), Luizão e Valtinho Alegria. Agachados: Lula, Marcelo Lopes, Laércio Magina, Carlinhos, Minhoca, Bosquinho e Dentinho.

Marcelo de Elias é palestrante, escritor e consultor especializado em comportamento, estratégia e gestão de pessoas. Acesse: www.marcelodelias.com.br

Marcelo de Elias

A Viciante Adrenalina da Síndrome da Urgência

Algumas pessoas estão tão acostumadas com a adrenalina que circula pelas veias enquanto resolvem os problemas que se tornam dependentes da sensa-ção de euforia e energia.Como é asensação de urgência? Estressante? Sufocante?Exato!. Mas vamos serhonestos. Às ve-zes ela é estimulante. Sentimo--nos úteis, bem-sucedidos e importantes.Especializamo-nos em apagar incêndios. Toda vez que surge um problema, corremos para o perigo,apagamos o fogo e cami-nhamos emdireção ao pôr-do-sol como heróis do dia. A urgência nos traz resultados imediatos einstantâneos.Enquanto resolvemos as crises urgentes, sentimo-nos tempora-riamente anestesiados. Passada a tempestade, a síndrome da urgência é tão forte que somo-simpulsionados a fazer qualquer

outra coisa urgente, só para nos mantermos em atividade. As pessoasesperam que estejamos sempre ocupados, cheios de trabalho para fazer.Tornou-se um símbolode status de nossa sociedade: se esta-mos sempre ocupados é porque somos importantes. Chegamos a ficar constrangidos quando es-tamos ociosos. Sem o stress do trabalho, muitas vezes sentimo--nos improdutivos. O corre-corre nos justifica, nos populariza e nos dá prazer. E é também uma boa desculpapara não lidarmos com as verdadeiras prioridades de nossas vidas:- “Gostaria muito de passar al-gum tempo com você, mas tenho de trabalhar...”-“Não tenho tempo de fazer exercício. Sei que é importante, mas tem tantas coisas maisim-portantes. Quem sabe quando as coisas acalmarem um pouco...”'

- “Voltar a estudar? Quem sabe no futuro, quando sobrar tem-po...?A síndrome da urgência é um comportamento autodestrutivo que preenche temporariamente ovazio criado por necessidades não-atendidas.

Esse é um questionamento quem tem me provocado cons-tantemente. Muitas são as ob-servações que me levam a refletir sobre o comando da própria vida. Não é incomum perceber a ne-cessidade que temos em querer “agradar” o “outro”; em querer que o “outro” me considere “o cara”, “o poderoso”, “o melhor”, “o mais sábio”... E, para que isso aconteça, não são raras as vezes em que fazemos aquilo que não necessariamente é o que desejamos fazer. Vivemos num mundo de aparências e nos tornamos prisioneiros de nossas imagens. A imagem que construímos nos aprisiona de tal forma que deixamos de viver o que somos para, muitas vezes, viver o que os outros querem que a gente seja.

Neste sentido, vivemos numa sociedade muito cruel. Uma sociedade que massacra o dife-rente, que não aceita aquilo que “foge ao padrão”. Mas que “pa-drão” é este? Quem determina o que deve ou o que não deve ser? E com que autoridade? Penso que a vida de cada um deva ser comandada de per si. Afinal, quem comanda a nossa vida, se não nós mesmos? É assim que deveria ser, mas... muitas e muitas vezes não o é! Deixamos que se apropriem do comando de nossas decisões e, quando percebemos, estamos numa festa em que não queríamos estar; concordamos com propo-sições que estão em desacordo com nossas convicções, apenas para não desagradar “os outros”; “vendemos” uma imagem “politi-camente correta”, pois se não o fizermos... ai de nós!

E assim, voltamos à pergunta: quem comanda a sua vida? Seus pais? Seus filhos? Seus amigos? Deus? A ausência de Deus? QUEM COMANDA A SUA VIDA É VOCÊ! Assuma o comando

Eduardo Ferreira de Castro.

Eduardo Ferreira de Castro. Especialista em Educação com pós-graduação em Gestão Educacional.

Quem comanda a sua vida?

de seu destino! Tenha a clareza e a certeza do livre arbítrio e a consciência de que todas as suas decisões precisam “ser suas” de fato. Não se desculpe de seus desacertos, responsabilizando o próximo. Seja consciente e consequente e não permita que o “outro” assuma o comando de sua vida.

Então, se você deseja assumir o controle, sendo protagonista da sua vida, autor da sua história, leia com atenção os três passos que a Coach Gaya Machado, es-pecialista em Psicologia Positiva, lhe apresenta:

1. Aprenda com o passado: Nossa história pessoal é a maior e melhor professora na escola da vida. Quando olhamos para tudo o que vivemos até aqui, sem julgamentos, mas com carinho e aceitação, encontramos apren-dizados que podem ser a chave para uma vida mais consciente e segura. Olhe atentamente para tudo o que você viveu até aqui e perceba as lições que sua his-tória pessoal te traz. Elas serão suas grandes aliadas na hora de tomar decisões mais conscientes hoje e no futuro.

2. Seja assertivo: Em todas as situações podemos escolher como vamos agir.

Quando você escolhe ser agressivo, atrai inimizades do outro e tem poucas chances de conseguir o que deseja. No outro extremo está o passivo, aquela pessoa que aceita qualquer si-tuação, ainda que não concorde, apenas para não se posicionar. A passividade está longe de ser a melhor opção para lidar com situ-ações de conflito e, assim como o agressivo, ela não nos ajuda em nada a atingir o que desejamos.

Então, qual a melhor manei-ra de agir? Sendo assertivo. A assertividade está no meio do caminho entre a agressividade e a passividade. Uma pessoa

assertiva não ataca nem aceita qualquer coisa, ela se posiciona e, sem agressividade ou submis-são, expõe sua posição diante das situações para que sua opinião seja respeitada. Ela sabe o que quer e entende que pode se posicionar em favor de suas ideias sem ferir ou ser ferida.

E, finalmente, penso que, talvez, este seja o passo mais importante...

3. Escolha quem você quer ser: Em muitas etapas da vida podemos escolher o que quere-mos para nós, mas em muitas outras não temos o menor con-trole sobre o que nos acontece. Nestes momentos é funda-mental saber que você não é o que te acontece, mas sim o que escolhe fazer com isso. O mundo pode te prejudicar e pes-soas podem te ferir, porém nada disso determina quem você é. Escolha sempre ser feliz. Não seja vítima da sua história, seja protagonista! Assuma o volante, tome posse do seu caminho e nunca se esqueça de que só você tem o direito de ser piloto da sua vida!

Para encerrar, eu acrescento: escolhendo ser feliz, comemore suas vitórias e faça profundas reflexões sobre seus fracassos. Mas esteja convicto de que tanto as vitórias

como as derrotas são o re-sultado de como você lidou com cada um delas!

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A Prefeitura Municipal de Lavrinhas, através da Se-cretaria de Finanças torna público que será realizada às 10h30min do dia 17 de abril de 2017, na Câmara Municipal de Lavrinhas, sito à Rua Manoel Machado, nº 82, Centro, neste Município de Lavrinhas, AUDI-ÊNCIA PÚBLICA para demonstração dos programas e ações para elaboração do projeto de lei que es-tabelece as diretrizes para o orçamento financeiro de 2018, em cumprimento à Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 para o que convida os interessados e toda população do Município.

Lavrinhas, 06 de abril de 2017.

SÉRGIO RUGGERI DE MELOPrefeito Municipal

COMUNICADOEDITAL DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

PARA APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI QUE

ESTABELECE AS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA O ORÇAMENTO FINANCEIRO DE 2018.

Prefeitura Municipal de

Lavrinhas

Page 3: a vítima excedeu no esforço físico e o coração não ... › portal › images › impresso › impacto… · • 2 O IMPACTO da Notcia 14 de Abril de 2017 • Editor Responsável

14 de Abril de 2017 • 3O IMPACTO da Notícia

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O PT de Cruzeiro realizou o primeiro seminário sobre Orçamento Participativo na quarta feira (05). A palestrante foi a deputada estadual Márcia Lia, do PT de Araraquara. Os trabalhos foram abertos pela jornalista Raquel Villela, que franqueou a palavra ao padre Fabrício Beckmann, que falou sobre a importância da constru-ção de uma democracia plena. A deputada falou sobre sua expe-riência à frente da implantação do Orçamento Participativo (OP) em Araraquara.

Presentes no evento o presi-dente do PT de Cruzeiro, Arthur Firmino Cruz; o presidente da Casa dos Conselhos, Rogério Miranda; Jecé Bento, assessor do deputado Vicentinho – PT de São Paulo; os presidentes do PTN, José Lourenço da Silva e do PRTB, João Adão; do CONSEG, Fábio Teixeira, e militantes das cidades de São

PT de Cruzeiro realiza seminário sobre Orçamento Participativo

José dos Campos, Guaratingue-tá e Lorena, além de petistas da cidade de Cruzeiro.

O prefeito Thales Gabriel Fonseca foi representado pelo chefe de gabinete Domingos Sávio da Rocha, que se disse muito entusiasmado com a proposta de OP para a cida-de de Cruzeiro e vê grandes possibilidades na implantação dessa importante ferramenta de democracia participativa. É uma

forma de dividir com o povo as responsabilidades das escolhas na gestão orçamentária.

Depois do seminário, a depu-tada visitou a Santa Casa para conhecer as estruturas do hospi-tal, assim como suas demandas. A deputada disse que vai buscar verbas para ajudar a socorrer a Santa Casa, pois conhece bem as dificuldades da saúde.

Divulgação – PT Cruzeiro

Rua dos Carteiros, 284 – Cruzeiro /SPwww.sindmetalcz.com.br

Tel.: (12) 3144-1893

SINDICATO DOS METALÚRGICOS

DE CRUZEIRO61 ANOS AO LADO DO TRABALHADOR, HISTÓRIA DE GRANDES CONQUISTAS.

O Professor e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro (FACIC), Jorge Luiz Conde, tem realizado várias experiências com as chamadas metodologias ativas de apren-dizagem em sala de aula. Estas metodologias têm como principal objetivo tornar o aluno protago-nista da sua aprendizagem em parceria com o professor.

Entre as atividades está a realização do chamado “Quiz da Administração”, gincana de perguntas e respostas sobre os conceitos abordados em sala de aula, onde os alunos respondem e vão contabilizando acertos e mini redação sobre um determi-nado assunto da disciplina.

Estas ações foram adotadas pelo Professor Jorge com os alunos do segundo semestre do curso de Administração da facul-dade. Com o intuito de incentivar os alunos, foi estipulado que os três melhores no desafio, ga-nhariam seu livro “Planejamento Estratégico para a Vida”, lançado em 2016 pela Editora Ser Mais, atual Literare Books.

“Foi uma forma de estimular os alunos a estudarem e pes-quisarem a fundo os conceitos abordados em minha disciplina Teorias da Administração. Como a base desta disciplina é a histó-ria conceitual e evolução da Ad-ministração, é essencial detectar formas de manter o interesse e colocar o aluno no centro da ação sobre os temas. Em alguns momentos após as técnicas didáticas convencionais, insiro a metodologia ativa para incentivar o aluno a trabalhar mais sua ca-pacidade de cognição. ” destaca Jorge. Vários professores da FACIC estão utilizando as meto-

As alunas Jéssica, Aline, Brenda e o professor Jorge Conde

Alunas ganham livro em desafio na FACIC

dologias ativas em algumas de suas aulas, alternando-as com a didática convencional.

As metodologias ativas de aprendizagem fazem parte da pesquisa que ele desenvolve para sua dissertação de Mes-trado na UNIFATEA em Lorena.

Três alunas do curso fatura-ram o livro autografado: Aline Cristine Mendes Marcelo, Brena Viana Jesus de Oliveira e Jéssica Andreza Pereira de Oliveira.

O livro “Planejamento Estraté-gico para a Vida” foi lançado em 2016. O projeto editorial reúne alguns dos maiores especialistas brasileiros da área de estratégia pessoal e Coaching. Com a co-ordenação editorial de Maurício Sita e Marcos Wunderlich a obra traz artigos selecionados dos au-tores abordando o planejamento estratégico pessoal e é um dos maiores lançamentos do ano da Editora especializada em Gestão e Carreira. O artigo selecionado do Professor e Consultor Orga-nizacional, Jorge Luiz Conde é “Os Cinco Passos para uma Vida

Estratégica” onde são abordados conteúdos importantes para o desenvolvimento de uma vida alinhada com objetivos e metas profissionais e pessoais.

Atualmente a obra encontra--se esgotada devido ao sucesso de público e crítica. “O livro atin-giu recordes de vendas em todo o país. Fico feliz de participar de uma obra deste porte. A editora está preparando uma nova re-messa da obra que foi adotada em várias faculdades brasileiras como bibliografia dos cursos de gestão. Na FACIC o livro entrou na bibliografia de uma disciplina do curso de Engenharia de Pro-dução. “ comentou Jorge Luiz Conde.

Este ano ele deverá partici-par de um novo livro da Literare Books que vai abordar temas ligados à Educação. “Estamos em negociação com a editora para participar deste livro que pretende discutir temas ligados à Educação no Brasil. ” finalizou o Professor e Consultor Organi-zacional.

PANORAMA■ A Quality Steel deverá retomar as obras da planta industrial em Cruzeiro a partir de maio. O cronograma foi suspenso no final de 2016 por conta das chuvas e da liberação de licenças ambientais. Para o mês que vem estão previstas as obras do piso e do telhado. Apesar da paralisação, a direção da QS prevê iniciar atividades no primeiro semestre de 2018.

■ A empresa atua no mercado de estamparia para a indústria automobilística. Cruzeiro foi escolhida para sediar a nova planta devido à localização estratégica, no centro de um dos maiores pólos industriais do País. A Quality obteve autorização para implantar ramal ferroviário para o escoamento da produção, além do transporte rodoviário. Em operação, a QS projeta gerar cerca de 200 postos de trabalho. Sílvio Sanches, presidente da Qualyti Steel

■ A Maxion entregou ao prefeito Tha-les Gabriel carta de intenção em que manifesta interesse pela ocupação dos galpões da extinta CCC. Em Brasília, na semana passada, Thales reiniciou as tratativas para que o imóvel seja cedido à indústria. A disputa na justiça entre o governo federal e CCC, para saber que detém a propriedade do imóvel, poderá emperrar a transferên-cia para a Maxion.

■ Na capital federal, Thales foi acompanhado do presidente da Câmara, Charles Fernan-des. Além dos galpões da CCC, também foi reafirmado o pedido de cessão do prédio da AGEF, o parcelamento das dívidas da Santa Casa e do FGTS da Prefeitura. Os pedi-dos estão em tramitação.

■ Em entrevista à imprensa na quinta-feira (13), o prefeito Thales Gabriel demonstrou não temer a reação popular diante dos novos valores do IPTU. Em boa parte dos ca-sos, o reajuste chegará a mais de cem por cento. Thales justi-ficou estar seguindo o Código Tributário Municipal, uma vez que em 2016 não ocorreu a votação na Câmara de projeto estabelecendo critérios para a cobrança do IPTU neste ano. A primeira parcela vence no dia 28 de abril. A entrega dos carnês deverá ser concluída na próxima semana.

■ Faleceu na terça-feira (11), o es-portista Carlos Alberto Lombardi da Costa. Durante décadas, Lombardi se dedicou ao futebol amador. Além de ter atuado em vários times da ci-dade, foi fundador do Esporte Clube São Lourenço. Lombardi contava 68 anos de idade.

■ Restando um ano e meio para as eleições de 2018, algumas dobradinhas começam a ser comentadas nas rodas políticas. Charles Fernandes (estadual) comporia com Mota (federal), presidente da Federação do Co-

mércio. Davi Mota Costa (federal) faria composição com o Padre Afonso (esta-dual). Paulo Vieira (estadual) dobraria com Márcio Alvino (federal). Também na roda dos comentários, o empresário Beto do Renato (federal) buscaria nome em Guará ou Lorena para a composição de dobradinha regional. O pleito ainda está longe para o eleitor. Para a articulação de composição, o momento é propício.

Beto do Renato

Davi Mota

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14 de Abril de 2017• 4 O IMPACTO da Notícia

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14 de Abril de 2017 • 5O IMPACTO da Notícia

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Dois homens assaltaram na tarde de sexta-feira (07) escola particular de educação infantil na Vila Canevari, região central de Cruzeiro. Um deles, armado com revólver, rendeu funcionários do setor de secretaria e roubou cerca de R$ 5 mil. Na saída, ele efetuou disparo, gerando pânico. Os bandidos fugiram numa moto sem deixar pistas.

Para a invest igação, os assaltantes sabiam que na sexta-feira a escola receberia dinheiro das mensalidades dos alunos. Por volta das 16h30, enquanto um dos bandidos

Bandidos assaltam escola na Canevariaguardava em frente ao pré-dio, o outro saltou a grade de proteção e invadiu a secretaria exigindo dinheiro.

De acordo com as versões, o bandido ameaçou uma funcio-nária e atirou na porta de uma sala, a bala ricocheteou e deixou marcas em duas paredes, mas não houve feridos. O montante roubado estava no cofre da escola. A investigação analisa imagens de câmaras de segu-rança na tentativa de identificar os bandidos.

NA RODOVIANo domingo (09), às 21horas,

casal foi assaltado no trevo do Passa Vinte, na Rodovia Cruzei-ro – Sul de Minas. Dois bandidos armados roubaram documentos, dinheiro, aparelhos celulares e a moto das vítimas.

A polícia informou que os ban-didos estavam escondidos atrás do ponto de ônibus do trevo. No momento em que a motocicleta parou para atravessar a pista principal, eles renderam o casal. As vítimas receberam ordens para permanecer deitadas no asfalto enquanto os bandidos fugiam. O casal seguia para Itamonte (MG).

Investigadores da equipe do delegado Sandro Henrique Franqueira Ramos, da DIG, es-tão convictos de que Émerson Pereira Filho, de 18 anos, não morreu baleado. O caso, regis-trado na noite doa dia 31 de mar-ço (sexta-feira) na Vila Romana, foi inicialmente registrado como latrocínio, roubo seguido de mor-te. Ao contrário do informado por parte da imprensa na época, o jovem não chegou a ser ferido “a ponto de morrer baleado”, disse um policial. A causa provável seria infarto.

Émerson Pereira, de acordo com informações de testemu-nhas, estava próximo de um ponto de ônibus na região da Rua Bananal, na Vila Romana, com duas mulheres. Eram quase 4 horas da madrugada quando o motoqueiro abordou os três e logo começou a atirar contra

Jovem teria morrido de infarto durante perseguição

o jovem. No momento em que o primeiro disparo falhou, os três correram (as duas mulhe-res numa direção e Émerson noutra).

Atrás dele, seguiu o moto-queiro. Vários disparos foram ouvidos. Depois da ação, o jovem foi encontrado morto na Avenida José Novaes Sobrinho, entre a Vila Romana e o Jardim Paraíso. A primeira impressão indicava morte por tiros de re-vólver. No entanto, na mesma noite, no IML (Instituto Médico Legal), foi constatado apenas um ferimento a bala, de raspão no ombro esquerdo. “Não seria o suficiente para matá-lo”, ob-servou um policial.

Ao fugir do cerco do atirador, Émerson Pereira Filho teria empregado exagerado esfor-ço físico e morrido de infarto. A conclusão do laudo deverá

apontar se o jovem teria usado drogas momentos antes da cor-rida. De acordo com avaliações médicas, o consumo de drogas consorciado com esforço físico pode ser fatal. O laudo do IML deverá chegar à DIG na próxima semana.

Thiago Pernes Toscano, de 32 anos, de Barra do Piraí (RJ), está no centro da investigação do maior estelionato da história de Cruzeiro. Na comercialização de bovinos e de equinos, o esquema liderado por Thiago comprava os animais com pagamento a prazo, vendia por preço à vista, mas não pagava os fornecedores. O golpe pode chegar a mais de R$ 10 mi-lhões. O Jornal O IMPACTO teve acesso a dados e informações exclusivas sobre o grande golpe.

A denúncia é investigada pela equipe do delegado Sandro Hen-rique Franqueira Ramos, da DIG. Nos negócios articulados por Thiago Toscano foram expostos a situação embaraçosa Sílvia Santiago e o pecuarista Jorge Rubez (filho).

Na Delegacia de Investiga-ções Gerais há registros de ao menos cinco vítimas, todas de outras cidades. Jorge Rubez também esteve na DIG há duas semanas para se registrar como vítima do esquema. O pecuarista teria sido lesado em cerca de R$ 50 mil. Na avaliação inicial do delegado Sandro Henrique também há a necessidade de esclarecimento em relação aos cheques em nome de Rubez.

Sílvia Santiago aparece como proprietária da empresa TBS Empreendimentos Agrícolas. Thiago cuidava das transações da empresa, cabendo à mulher a tarefa de assinar documentos e cheques. A investigação não descarta a possibilidade de Jorge Rubez e de Sílvia Santiago, além de outros, terem sido vítimas da persuasão armado por Thiago. “Estamos investigando essa hi-pótese assim como outras”, disse o delegado Sandro Henrique.

O ESQUEMAAo desembarcar em Cruzeiro

há pouco mais de um ano, Thia-go Toscano alugou apartamento num condomínio de classe média na Vila Celestina e passou a frequentar igreja evangélica na mesma região. No templo, ele conheceu Sílvia Santiago.

No relacionamento, Tosca-no conquistou a confiança da mulher. Em nome de Sílvia foi aberta a TBS Empreendimentos Agrícolas, com endereço na Rua 2, no andar superior da Ateliê Presentes. Um sítio também foi alugado em Pinheiros, na área rural de Lavrinhas.

Da Vila Celestina, Thiago Tos-cano transferiu residência para luxuoso condomínio na região do Jardim Paraíso. Na mesma época, em meados de 2016, exi-bia veículos de luxo e acentuada ostentação financeira.

Na Lagoa Dourada, o suposto empresário alugou a maior parte

Estelionatário envolve pecuaristas no maior golpe da história

do Haras de Saymon Oliveira Pinto. Até então, o acusado atuava apenas no mercado de compra e venda de equinos. Estreitado o relacionamento, Thiago convenceu Saymon a apresentá-lo no comércio. Em pelo menos uma loja (Projeto – Materias de Construção), Thiago gastou cerca de R$ 15 mil, mas não pagou. Na loja, ele jamais foi visto. Um homem tratava de retirar os produtos.

O material comprado na Proje-to e em outras lojas seria empre-gado na construção de um gigan-tesco haras na fazenda de Jorge Rubez, na Barra do Embaú. A obra chegou a ser iniciada. De acordo com as informações, Tos-cano compraria parte da fazenda de Rubez por R$ 6 milhões. O contrato de compra e venda teria sido assinado entre os dois.

Nessa época, perto do final de 2016, Toscano também teria induzido o pecuarista a se envol-ver no negócio de compra de bois para abate e de vacas leiteiras.

OS NEGÓCIOSNas fazendas, ainda segundo

as versões, Thiago ofertava pre-ços acima dos de mercado nas compras de bovinos e de equi-nos. Por um animal, por exemplo, avaliado em R$ 20 mil, ele oferta-va quase o dobro. No início das transações, o negócio era pago à vista, em dinheiro. Da mesma forma, Thiago conseguia fechar grandes compras em leilões. Em algumas ocasiões cobriu os lances com valores espantosos.

Com a estratégia, Thiago soube alardear a projeção de seu nome e o da TBS como bons compradores. Confiança conquistada, chegava o mo-mento do grande golpe. Thiago, então, passou pedir prazo nos pagamentos com cheques pré--datados assinados por Sílvia Santiago, da TBS, e alguns por Jorge Rubez. Sílvia e Jorge confiariam que Thiago cobriria os valores.

As vacas eram levadas para a

fazenda de Rubez, de onde eram retiradas às vezes no mesmo dia. Os bois seguiam das fazendas de origem diretamente para frigoríficos. Apesar de comprar os animais por preços super valorizados, com cheques pré--datados, o golpista vendia por preços bem abaixo mediante pagamento à vista.

A estratégia de Toscano im-plicava fazer a transação fluir rapidamente antes que os che-ques emitidos por Sílvia ou Jorge fossem depositados. O esquema chegou a movimentar cerca de mil cabeças de bovinos em ape-nas um mês.

No dia 21 de março, quan-do vendedores e compradores descobriram o golpe, Thiago Toscano deixou Cruzeiro. Os telefones celulares permanecem desligados. Os canais eletrônicos da TBS na Internet foram desa-tivados.

Na Delegacia de Investiga-ções Gerais de Cruzeiro, cria-dores reclamaram prejuízos de R$ 3 milhões em Porto Real (RJ), de R$ 2,5 milhões em Belo Horizonte (MG), de R$ 412 mil em Guaíra (SP) e de mais R$ 45 mil em Monteiro Lobato. Para o delegado Sandro Henrique, o golpe pode chegar a mais de R$ 10 milhões.

Thiago também seria o men-tor de golpes semelhantes em outras regiões. Em contato com a polícia, a família informou que há alguns anos Thiago Toscano teria sido interditado judicial-mente pela mãe, “por desvio de comportamento”.

Além de investir em animais e de iniciar a construção de haras na propriedade de Jorge Rubez, o “suntuoso homem de negó-cios” visitou outras fazendas no entorno de Cruzeiro, porém não concluiu negócios.

Indagado sobre as ofertas de compras de animais com preço acima dos de mercado, o golpista justificava ser filho de bicheiro e que “precisa lavar dinheiro”.

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14 de Abril de 2017• 6 O IMPACTO da Notícia

A Secretaria Estadual de Agri-cultura, a Federação dos Traba-lhadores na Agricultura Familiar do Estado (Fetaesp) e Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas promoveram em Cruzeiro, no dia 30 de Março, o “Encontro Regional de Agricultores Familia-res”. O Encontro reuniu cerca de 200 produtores e representantes de diversas cidades do Vale do Paraíba, contribuindo para a divulgação das políticas públicas voltadas para agricultura familiar.Após o ciclo de palestras, os presentes puderam tirar dúvidas diretamente com os palestrantes nas seis tendas disponíveis. Para os agricultores conhecerem e, consequentemente, participarem dos programas ofertados, o En-contro contou com a presença de profissionais de vários órgãos e instituições que levaram conhe-cimento para homens e mulheres do campo.Os produtores puderam esclare-cer questões sobre acesso às po-líticas públicas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Paulista da Agricultura de Interesse Socail (PPAIS), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Crédito Fundiário

(PNCF), Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), acesso ao Projeto Microbacias II – Aces-so ao Mercado, entre outros.Representando o secretário de Agricultura e Abastecimento Ar-naldo Jardim, o assessor técnico da SAA, José Luiz Fontes, falou sobre a escolha de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, para sediar o evento. “Nessa região não há muita procura pelos programas oferecidos pelo governo pau-lista, portanto é uma oportuni-dade para que aos agricultores conheçam e tenham acesso a eles, e nossa boa relação com o Sindicato Rural aqui do Município facilitou a logística”, classificou

Fontes.Jovino Paulo Ferreira Neto, dire-tor da CATI Regional Guaratin-guetá, e Haley Silva de Carvalho, diretor da CATI Regional Pinda-monhangaba, classificaram o En-contro como inovador. “Além de conhecer os programas por meio das palestras, os produtores têm a oportunidade de esclarecer as suas dúvidas nas seis barracas disponíveis no recinto. Dessa forma, eles têm um contato maior com o palestrante e podem fazer seus questionamentos”, explica-ram os diretores.Wander Bastos, presidente do Sindicato Rural e anfitrião do evento, disse que foi uma honra receber tantas entidades rurais atuantes no Vale do Paraíba e principalmente toda a equipe da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado, “uma oportunidade impar para pro-dutores e representantes das prefeituras que trabalham com a alimentação escolar conhece-rem os programas, os meios de acesso e as oportunidades que o estado nos dá para o sucesso dos programas”.Wander Bastos ressaltou a gran-de participação de prefeituras da região, e infelizmente não tinha representantes da Prefeitura de Cruzeiro. “Há anos tentamos fazer a compra dos produtos da merenda escolar de nossos produtores e não conseguimos, esse ano iniciamos novamente as tratativas, e sentimos falta da equipe da alimentação escolar no evento”, lamenta Wander Bastos, diante da importância e qualidade do evento.O encontro regional contou com o apoio da Coordenadoria de As-sistência Técnica Integral (CATI), da Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba e de outras instituições.

Agricultura reuniu 200 produtores em Cruzeiro

Wander Bastos durante palestra

Perto de 200 produtores rurais compareceram no Sesi

Técnicos do governo expõem programas de expansão agrícola

Por Wander Carvalho Bastos

WANDER BASTOS – Presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas.

Pesquisa mostra que produtores rurais são os que mais preservam o ambiente

Produtores rurais vêm se importando cada vez mais com a sustentabilidade e o meio ambiente. Segundo aponta uma pesquisa, eles têm investido em tecnologia e em reflorestamento para aumentar a produtividade no campo e ajudar a reduzir o desmatamento.

Este “raio x” das propriedades rurais, realizado pela Embra-pa Monitoramento por Satélite (Campinas/SP), utilizou dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O material comprova que produtores brasileiros estão pre-servando mais o meio ambiente.

De acordo com a pesquisa, as supersafras de grãos são retira-

Investimentos em tecnologia e reflorestamento ajudam nesta missão

das do mesmo estoque de terras. “Desde 1975 a nossa área de cultivo continua a mesma, mas a produção aumentou quatro, cinco vezes com a incorporação de tecnologias. A gente cresce verticalmente e poupa terra. Tudo que a gente planta ocupa de 8 a 9% do nosso território”, afirma o pesquisador da Embrapa, Eva-risto de Miranda.

Em São Paulo, a análise dos MAPAS revela que os produtores rurais são os maiores responsá-veis pelo preservamento de 15% da vegetação, enquanto as terras indígenas e undiades de conser-vação (como parques e reservas) somam 4,5% da área do Estado.

Mato Grosso, já tido como vilão do desmatamento, agora apre-senta um total de 35,9% de área preservada pelo setor - as unida-des de conservação e indígenas correspondem a 19%.

No Rio Grande do Sul, de acordo com a Embrapa, os gaú-chos preservam 13 vezes mais do que as áreas índigenas e unidades de conservação. Isso acontece, de acordo com os Estudos, porque os produtores rurais são os maiores interessa-dos em proteger o curso d'água e manter a cobertura vegetal.Preocupação com o meio ambiente é recorrente na produção rural (foto:

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Na hora do recreio, abrindo a lancheira, Julinha reclama com João-zinho:- Droga. Outra vez lanche de frango! Como frango direto.Já estou criando até penugem!- Penugem? Aonde? - pergunta o garoto.Julinha levanta a saia e mostra. Joãozinho diz:- Sabe de uma coisa? A minha mãe também tem a mania de galinha. Eu também já estou com penugem!- É? Então, mostra, quero ver se é igual a minha.Joãozinho abaixa as calças e ela diz:- Nossa, Joãozinho! Você tá pior que eu. JÁ TEM PESCOÇO E MOELA!

Jacob era um judeu que morava numa pequena cidade do interior. Fazia 3 anos que sua esposa tinha morrido e ele não havia conhecido nenhuma outra mulher.Estimulado pelos amigos e clientes da lojinha ele resolveu aliviar o es-tresse em um bordel.Ao chegar na casa, todas as meni-nas logo reconheceram Jacob, pois o judeu era conhecidíssimo por ter boas reservas financeiras. As me-ninas chegavam a brigar para ver quem chegava mais perto do pobre homem. Todas queriam agradá-lo.Depois de algumas bebidas e cari-nhos, Jacob fala para a bela morena de cabelos longos:- Você faz como minha falecida Sarah faz?!?! Para eu matar saudade!A morena quase que com lágrima nos olhos diz:- Claro que eu faço, Jacobzinho!E vão os dois pra cama, fazem tudo normal com nada diferente. Aí a mulher pergunta:- Afinal, o que é que sua falecida esposa fazia? Pois para mim foi tudo igual!E ele responde:- Sarah faz de graça

Três desejos:- Puxa vida - diz a velhinha - eu gostaria de ser muito rica."PUFF"! A cadeira de balanço se transforma em puro ouro.- Uau! Agora eu queria me transformar numa jovem bonita como uma princesa."PUFF"! Ela se transforma numa jovem belíssima como uma princesa.- E o seu terceiro desejo? - pergunta a fada.- Dona fada, eu quero que meu gato se transforme num lindo príncipe."PUFF"! E diante dela aparece um jovem varão mais formoso que o mais belo príncipe! A ex-velhinha fica embasbacada olhan-do para o ex-gato, agora perfeito galã de cinema. Então, com um sorriso de afrouxar os joelhos de qualquer mulher, o rapaz se aproxima e sussurra no ouvido da ex-velhinha:- Garanto que agora você vai se arrepender de ter mandado me castrar!

Um macaquinho estava em cima de uma árvore, quando chegou um solitário leão que lhe pediu para descer e baterem um papo. O macaquinho falou: – Eu não, pois tenho medo de você.O leão respondeu:– Fique sossegado. Como prova de que eu só quero um bom papo, eu vou me amarrar e não haverá perigo. Jogue uma corda.O macaquinho jogou uma corda, e o leão amarrou suas pernas. Jogou outra, e o leão amarrou os braços e disse:-Pode descer que agora eu não ofereço nenhum perigo.O macaquinho desceu e o leão lhe perguntou:-Ainda com medo? Por que você está tremendo tanto?-Emoção… é a primeira vez que eu vou foder um leão.

O sujeito desabafa com um amigo de infância:– Cara, não dá mais pra viver assim! Eu morro de vergonha do tamanho ridículo do meu pênis! Eu vou me matar!– Relaxa, Adolfo… Você vai deixar uma coisinha tão pequena como essa acabar com a sua vida?

Histórias hilariantes de um chaveiro(histórias verídicas)

De Cruzeiro, o Chaveiro par-tiu na tarde de um sábado rumo às altitudes em Passa Quatro com a missão de consertar a ignição de um carro já em “frangalhos”. Naquela época, uns trinta anos atrás, o Chavei-ro não atenderia ao chamado não fosse a consideração pelo senhor Adão, conhecido antigo da família.

Adão, dono de um pequeno sítio nos arredores de Cruzeiro, gostava de lidar com vacas, vivia da venda leite de porta em porta e de barganhas de animais. Numa de suas idas ao solo mineiro, o único carro que possuía não aguentou as íngremes subidas das estra-das num canto de serra em Passa Quatro. Na opinião dele e de curiosos “mechânicos”, o problema estava na ignição. Solução, então, seria acionar o Chaveiro, o amigo da família em Cruzeiro.

Debaixo de sol escaldante, o Chaveiro dobra a serra em sua Kombi. Numa viagem que parecia sem fim, na estrada cheia de buracos e de abruptas rampas, ele e Adão finalmente chegam ao destino. “Como o senhor conseguiu chegar nesse fim de mundo com esse carro”, indaga o Chaveiro espantado com o estado do veículo. “Vim no tranco, parando, empurran-

Adão e a vacado, mas cheguei”, responde Adão.

O Chaveiro logo constata que o problema do “possante” está no motor (fundido) e não na ignição. Remover o carro até Cruzeiro, somando a conta da retífica, não compensaria. Ligeiro nos negó-cios, Adão negocia com um sitiante próximo e deixa o carro em troca de uma vaca. “O carro já não vale mais nada “memo”, fiz um bom negócio”, diz ele.

E pra trazer a vaca até Cruzei-ro? “Cabe na sua Kombi”, garante Adão. “Como vou levar a vaca den-tro da Kombi?”, indaga o Chaveiro. “Passo a corda no pescoço dela e venho segurando”, responde Adão ao garantir que “ela é mansinha, não vai dá trabalho”.

Maus momentos. Nas ladeiras e nas curvas, a vaca escorrega de um lado ao outro. Numa dessas, o animal por pouco não arrebenta a porta da Kombi. Noutra, quase para no banco da frente. Os sola-vancos “embrulham” os intestinos do animal e lá vem a consequên-cia, a enxurrada de estrume pra todo lado.

“Seu Adão, a vaca ta com dor de barriga?”, pergunta o Chaveiro. “Nada disso. Você não ta acos-tumado. É assim quando a vaca e boi balançam muito. Mexe nos intestinos. Sai um caldo danado”, explica Adão. O Chaveiro se vê obrigado a dirigir com a cabeça pra fora tamanho o mau cheiro.

Isso sem contar o bafo das fungadas na nuca.

O pior parece ter passado quando a Kombi chega à es-trada asfaltada. Pelo menos não haverá mais solavancos pela frente. Na descida da serra, perto do Entre Rios, no entanto, mais problemas no momento de uma blitz. “Vocês estão loucos. Transportar um animal desse tamanho numa Kombi é proibido”, adverte um policial. “Sabe que é, seu guarda, a vaquinha é minha, eu preciso dela e o amigo só ta me quebrando o galho”, argumenta Adão. Conversa vai, conversa vem e, na sua simplicidade, Adão consegue convencer os policiais. A viagem segue.

É noite. Cansado, com a Kombi toda enlameada de estrume, o Chaveiro cumpre a jornada. “E quanto eu vou ficar devendo?”, indaga Adão. “Nada, seu em fosse cobrar, o senhor ia ter que vender a vaca. Fica por conta da ami-zade”, responde o Chaveiro. O dia seguinte, domingo, é pouco para o Chaveiro lavar o carro. Mesmo com tanta água, detergente, aromatizante e outros produtos, o forte odor do estrume fica impregnado por bom tempo. E a história de Adão fica como uma das hilárias do Chaveiro.

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14 de Abril de 2017 • 7O IMPACTO da Notícia

O IMPACTO – HISTÓRIA Paulo Antônio de Carvalho

EMBAÚ, década de 1870. Na sede administrativa (cidade) do recém criado município de Nossa Senhora da Conceição do Cru-zeiro, tropas de burros e mulas chegam carregadas de pedras preciosas extraídas das fontes mineiras. Entre montanhas e co-linas, os tropeiros deixaram Dia-mantina mais de mil quilômetros atrás, porém ainda restam outros cerca de duzentos até Paraty. A jornada é longa e cansativa.

Nas mesmas rotas, os mer-cadores vindos de São Paulo e do Rio de Janeiro trazem nos lombos dos animais as cargas de suprimentos, de gêneros alimen-

Os impactos da ferrovia em 136 anostícios e de tecidos. Os tropeiros são muitos. Da mesma forma, a concentração de muares. São centenas buscando pouso e des-canso nos ranchos das pousadas no entorno do Embaú.

O intenso fluxo no cruzamento das duas estradas (Rio - São Paulo, Diamantina - Paraty) gera transações comerciais. Consequ-ência dos bons negócios é perce-bido no rápido desenvolvimento do município de Conceição do Cruzeiro. Tropeiros do ouro, do diamante e dos suprimentos dão a Cruzeiro (Embaú) o rótulo de “A Capital dos Sertões”.

ESTAÇÃO CENTRAL, déca-

da de 1880. Nos trilhos da Dom Pedro II e nos da The Minas And Rio, os vagões lançam o Embaú no ostracismo. Em vez de longas filas de burros e mu-las, as ferrovias revolucionam o transporte e mudam os rumos da economia e da urbanização. No entorno da junção das duas estradas de ferro, surge o Povo-ado da Estação do Cruzeiro. Em menos de vinte anos, o povoado avança, enriquece e toma do Embaú a condição de cidade. Desde então, o transporte fer-roviário influencia os ciclos de desenvolvimento ou de retração econômica de Cruzeiro.

Mauá e Pedro II

1 Em 1852, quando recebeu do Império a concessão da Ferrovia Rio – Petrópolis, o empresário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, já havia planejado a integração do Brasil através de ferrovias. Na mente futurista do barão, a constru-ção de estradas de ferro lançaria o País no ciclo da modernização e fomentaria o desenvolvimento industrial.

Com base nos ideais de Mauá, o Imperador Dom Pedro deu início ao ousado projeto de construção da Rio – São Paulo. Sem tecnologia, o Brasil entregou os planos a empresas inglesas. Iniciadas em 11 de junho de 1855, as obras foram concluídas em 20 de julho de 1875, até o Porto da Cachoeira (atual Cachoeira Paulista). Enquanto isso, fazendeiros paulistas bancavam os restan-tes 231 quilômetros até São Paulo. Em 8 de julho de 1877, ocorreu a inauguração da Rio – São Paulo.

THE MINAS ANDA RIONo projeto de integração das mais importantes regiões do País, o governo do Império também incluiu

a interligação Rio e São Paulo a Minas Gerais. Em 1875, Pedro II assinou a concessão da nova ferrovia a José Vieira Couto de Magalhães e a Irineu Evangelista, nesse tempo já com o rótulo de Visconde de Mauá. Partindo da Seção 4 (onde hoje está a Estação Central de Cruzeiro), a Estrada de Ferro Rio Verde teria 170 quilômetros até Três Corações (MG).

Definido o projeto, Couto de Magalhães e Mauá transferiram a concessão à companhia The Mi-nas And Rio Railway, formada em Londres no dia 24 de abril de 1880. O aval do governo imperial aos ingleses se deu através do decreto 7.734, de 21 de junho do mesmo ano. Para a construção, a The Minas And Rio contratou Waring Brothers. Coube ao engenheiro Herbert Edgell Hunt a supervisão.

A mente futurista de Visconde de Mauá

A estrutura da Seção 4

Na área onde hoje estão a Estação Central, o Almoxarifa-do e o pátio de manobras, os ingleses montaram a estrutura funcional e administrativa da The Minas And Rio. Em plano superior, a foto mostra mate-riais, equipamentos e edifica-ções de escritórios, refeitórios e de alojamentos para boa parte dos operários.

No início da obra, os mate-riais eram transportados em carroções de bois e em tropas de muares. Com o avanço da instalação de trilhos, o transporte empregava vagões ferroviários até as frentes de trabalho

No canto superior esquerdo da foto, observamos algumas casas às margens do Rio Paraíba, construídas a mando de Herbert Hunt para abrigar as prostitutas vindas do Rio de Janeiro para a satisfação dos operários. Surgiu, dessa forma, o Bairro do Norte.

2A logística de Herbert Hunt para

vencer o desafioQuando

a história cita 21 de a b r i l d e

1881 como data de início da construção da ferrovia, necessário informar a logística estrutural e o cronograma da obra. Como es-tocar trilhos, dormentes, equipa-mentos, tubos de concreto, ferro e outros materiais? Para suprir os operários, também necessários alojamentos e refeitórios. Tudo teve que ser preparado antes do início da obra para os cerca de quatro mil trabalhadores contra-tados.

De acordo com relatos da época, Herbert aproveitou parte da estrutura montada durante a construção da Ferrovia Dom Pedro II e ainda empregou tendas de lona no pátio (atual Estação Central), até a montagem da estrutura definitiva. Os materiais - notadamente ferro, explosivos e cimento – foram importados da Inglaterra. Para as edificações em alvenaria, foi instalada olaria na altura do Km 4 da ferrovia.

Em lombos de burros e mulas, em trilhas abertas na mata, foram transportados os materiais (ferro, cimento, tijolos, ferramentas e explosivos) utilizados na segunda frente de trabalho, na região da divisa com Minas Gerais, durante a construção de seis túneis, incluindo o chamado Grande Túnel.

Dessa forma, antes do dia 21 de abril de 1881, toda a estrutura estava concluída: os almoxarifados, os alojamentos, os refeitórios, os escritórios da administração e a residência oficial da equipe do enge-nheiro Herbert Hunt.

Ao longo dos 170 quilômetros, cerca de quatro mil homens foram empregados. Além da mão de obra especializada, o trabalho pesado foi atribuído a escravos, a maioria do contingente. Apesar de não haver registros oficiais, várias mortes ocorreram durante a abertura de túneis, de armações de pontes, de escavações nas montanhas e na área de extração de argila.

O engenheiro Herbert Hunt (primeiro da esquerda), em foto com parte dos operários da ferrovia.

3 Dos 170 quilômetros da estrada de ferro, apenas 24 estão em solo paulista. Justamente nesse trecho que a equipe do engenheiro Herbert Hunt encontrou os maiores desafios. Nas encostas das montanhas, de formação rochosa e de acen-tuados aclives, a The Minas And Rio partiu da altitude de 517 metros, na Seção 4,

até pouco mais de 900, na divisa com Minas Gerais.O primeiro obstáculo rochoso, no Km 5, exigiu a abertura de túnel com 16,50 metros. Outros foram

necessários no Km 13 (22 metros), no Km 19 (43 metros), no Km 20 (37,50 metros), no Km 21 (19 m) e o maior, entre os Kms 23 e 24 (Grande Túnel), com 996 metros.

Além dos seis túneis, também foram construídas várias pontes. Desses, a chamada Ponte Seca a mais notável, no Km 20. De estrutura metálica, a obra possui vãos entre oito e doze metros.

As remoções de terra nas encostas ou na compactação de aterros para o assentamento de trilhos alcançaram cortes de até 26 metros de altura em alguns pontos. Em outros, os aterros chegaram a 49 metros.

No trecho paulista, os maiores desafios da ferrovia

Abertura do primeiro túnel, entre os Kms 5 e 6, no Rufino de AlmeidaAterros, cortes, viadutos e pontes, tudo com feito com a força braçal.

4 A equipe de Herbert Hunt não aguardaria o assentamento de trilhos chegar ao alto da Mantiqueira, na chamada Garganta do Embaú, para iniciar as obras do Grande Túnel. Através de frentes de trabalho, a maior deles foi incumbida do maior desafio da ferrovia, a escavação de quase mil metros nas rochas.

Não havia máquinas. Tudo estava nas mãos de centenas de trabalhadores, de pás, picaretas e de ex-plosivos trazidos da Inglaterra. Não há citações em livros ou registros oficiais sobre os cinco operários que teriam morrido durante o trabalho. São apenas versões. As mortes nesse trecho ou em outros foram ignoradas nas citações da história.A precisão da obra, do ponto de vista da engenharia, ainda hoje é apontada como um relógio inglês. Na rocha, os 996 metros foram abertos em aclive e curva milimetricamente calculados. Erros não seriam tolerados. Em solo mineiro, o túnel teria que desembocar no lugar e ângulo exatos para não afetar o eixo projetado da ferrovia. Hoje, com a tecnologia disponível, a tarefa não seria tão difícil. Naquele tempo, sim. Por tal razão, o Grande Túnel entrou para o rol das grandes obras dos tempos de Dom Pedro II.No dia 24 de junho de 1882 Dom Pedro II e sua numerosa comitiva desembarcaram na Estação do Cruzeiro para a visita de inspeção às obras do Grande Túnel. Dos 24 quilômetros do trecho paulista da ferrovia, 19 estavam concluídos naquele dia. Por tal razão, a Comitiva Imperial seguiu a pé ou a cavalo os restantes cinco quilômetros até o Grande Túnel. A obra foi dada como concluída em 5 der março de 1884, três meses antes da inauguração da The Minas And Rio.

Na foto, as edificações do almoxarifado e dos alojamentos na região do Grande Túnel. Interessante observar, a partir do centro da imagem, a estrada de terra batida. De acordo com o historiador Vicente Vale, trata-se de trecho da histórica Trilha do Ouro, por onde passavam as riquezas extraídas das minas de Ouro Preto e de Diamantina em direção ao Porto de Paraty (RJ).Ainda hoje, o Grande Túnel está na lista das maiores obras de engenharia de escavações do país. Com 996 metros de extensão, em formato de aclive e curva, é posto como um dos marcos da engenharia dos tempos do Império.

Grande Túnel, o marco da engenharia inglesa

5 Iniciadas em 21 de abril de 1881 (há exatos 136 anos), a ferrovia foi inaugu-rada por Dom Pedro II no dia 22 de junho de 1884. Nesse dia, de acordo com reportagem do Jornal do Commércio (Rio de Janeiro), o Imperador e comitiva partiram da Corte às 6 horas. Exatamente ao meio dia, ocorreu o desembarque na Estação do Cruzeiro. Pedro II estava acompanhado de Conde D’Eu, do ministro dos Estrangeiros, João da Matta Machado, e do ministro da Agricultura e Obras

Públicas, Antônio Carneiro da Rocha, além de outras autoridades.Na Estação do Cruzeiro, durante o desembarque, uma menina, filha do engenheiro Fenn, entregou

à Imperatriz Teresa Cristina um ramo de flores artificiais. A solenidade de inauguração da ferrovia foi aberta com o canto do Hino Nacional, discursos de Pedro II e de outras autoridades e “entusiásticas aclamações do povo”, relatou o jornal.

Às 12h30, comitiva e convidados embarcaram rumo a Três Corações. Incluindo paradas em algumas estações, foram cerca de seis horas de viagem. Nas estações ao longo dos 170 quilômetros, todas elas enfeitadas, populares saudaram o Imperador.

Foto de 1884. A locomotiva tem a inscrição da EFMR (Estrada de Ferro The Minas And Rio)

A Comitiva Imperial na inauguração

No passado, marcos do progresso. No presente, o retrato do descaso.

Na segunda parte da reportagem, O IMPACTO desta-cará na próxima edição os detalhes das duas visitas de Dom Pedro II, a im-portância das ferro-vias para a econo-mia de Cruzeiro, as influências no planejamento urba-no, no perfil cultural da população e o sucateamento do patrimônio ferro-viário.

Na próxima edição

Page 8: a vítima excedeu no esforço físico e o coração não ... › portal › images › impresso › impacto… · • 2 O IMPACTO da Notcia 14 de Abril de 2017 • Editor Responsável

14 de Abril de 2017• 8 O IMPACTO da Notícia

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Realizada no dia 25 de março, a 1ª Copa de Marcha de Cruzeiro foi classificada como de alto nível e das mais concorridas da região. Antes, em 17 e 18 de fevereiro, a 2ª Copa de Três Tambores supe-rou as expectativas da primeira edição. É o reflexo de um esporte em fase de rápida ascensão capaz de colocar Cruzeiro na agenda dos principais eventos de hipismo no triângulo São Paulo – Rio – Minas.

Cavalos e éguas, os de “puro sangue”, chegam a custar deze-nas ou até centenas de milhares de reais. Nos haras, os animais recebem tratamento pra lá de cin-co estrelas em rações, vacinas e medicamentos de alta qualidade. O adestramento exige profis-sionais altamente qualificados. Desde a fase de gestação até a estréia do animal na pista, os criadores investem altas somas. Cavaleiros e amazonas somente alcançam o topo das competi-ções depois de vários ciclos de treinamento

Apesar de ainda considerado um esporte de elite, o hipismo ganha adeptos em todos os seg-mentos. O reflexo é percebido nas arenas e no entorno delas. Gente de todos os níveis sociais e financeiros faz o hipismo cada vez mais popular.

Em março, no Parque de Exposições, a Copa de Marcha registrou quase 150 equinos

Rancho Santa

Mônica

Hipismo ganha força em Cruzeiro

da raça Manga-larga Marcha-dor. Promovido pelo Sindicato Rural e pelos haras Marcha no Asfalto e Fire, o evento trouxe a Cruzeiro competidores de mais de vinte municípios paulistas e ainda do Sul de Minas e do Sul Fluminense. Da mesma forma, em fevereiro, no haras da Fa-zenda Santa Mônica, a Prova de Três Tambores superou as expectativas.

Fora das arenas, também é cada vez maior o fluxo de cava-los, de éguas e de muares em cavalgadas nos arredores da cidade. Nesse contexto, não se exige tanto do animal como na preparação para competições. Claro, o animal precisa estar saudável para suportar longas distâncias.

Nas competições ou nos pas-seios, a montaria ultrapassa os limites do simples prazer. O esporte é de baixo impacto na coluna e nas articulações, reforça as noções de equilíbrio, distância e lateralidade, melhora a postura e a respiração, além de queimar perto de 400 calorias por hora de cavalgada.

Poucos até há alguns anos, os haras se expandem no município. Há criadouros especializados em uma ou mais raças. Para quem não possui estrutura, surgem hospedarias encarregadas de cuidar de animais. Há ainda o sis-tema de locação para cavalgadas e haras especializados em cursos e treinamentos. Na Internet é possível acessar os endereços de haras em Cruzeiro.

Os encantos da Serra da Mantiqueira serão expostos na programação da Temporada de Montanhas 2017, previsto para o dia 6 de maio, no Center Nor-te, na capital. Promovido pela Mix Brasil Aventuras em par-ceria com Decathol, o evento reunirá adeptos dos esportes de aventura de todo o País.

Conhecer novos equipa-mentos de segurança para as diversas modalidades de mon-tanhismo é um dos focos do

Encontro no Center Norte mostrará as belezas da Mantiqueira

encontro. A troca de experiências através de palestras e de relatos também compõe a agenda.

O cartaz, exposto no Center Norte, destaca a participação de dois montanhistas conhecido na região: Reinaldo da Luz, de Cruzeiro, e Guto Guia, de Passa Quatro, ao lado de Laila Galetti, de São Paulo. Guto e Reinaldo preparam material promocional para abordar as belezas da Serra da Mantiqueira nas vertentes do Sul de Minas e nas elevadas

altitudes no trecho de Cruzeiro.“O momento será importan-

te para mostrar nossas rique-zas representadas pelo trecho de altitudes mais elevadas e mais belas da Mantiqueira, entre Piquete e Queluz, com destaque para as belezas naturais de Cruzeiro. A respon-sabilidade de participar de um evento com esse é intensa e prometo fazer o melhor para representar Cruzeiro e região”, afirmou Reinaldo da Luz.

Cartaz exposto no Center Norte Guto Guia e Reinaldo da Luz

O Cult Meeting no Parque de Exposições de Cruzeiro será um retorno aos tempos dos carros e motos antigas. Previsto para entre os dias 29 de abril e primeiro de maio, o encontro cultural também terá clubes de motociclistas, Food Truck e shows.

A abertura está prevista para o dia 29, às 15 horas, com a chegada dos clubes de motociclistas em conjunto com apresen-tação musical. A abertura oficial será às 19 horas. No domingo (30), às 8 horas, prevista a chegada dos carros antigos. A partir das 11 horas, shows, concurso de Pin Up e Barbudos, além da apresentação de grupos de dança.

A programação guarda para o dia primeiro de abril, segunda--feira, atividades recreativas, gincanas e shows. O festival gastronômico Food Truck ocorrerá nos três dias do evento. A entrada é franca.

Parque de Exposições terá Cult Meeting na virada do mês