a voz do povo - ed 17 - 15 de março de 2013

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A VOZ 02 Sexta-feira 15 de Março de 2013 www.avozdopovobp.com Tiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares R$1,00 - Edição nº 17 - Ano I - Semanal [email protected] DO POVO Este é o segundo selo para concorrer a uma câmera digital TRÂNSITO PÁGINA 05 Bitu anuncia mudanças nos trajetos de mais de 100 ônibus Regulamento na página 02 GREVE PÁGINA 10 Metalúrgicos da BR Metals fazem ‘paralisação de alerta’ IMPRENSA PÁGINA 08 VOZ divulga e aposentada consegue atendimento no Into INUSITADO PÁGINA 08 Passarinho foi o causador do ‘apagão’ No último sábado, 23 bairros foram atingidos por um blecaute. Saiba o que provocou o incidente que deixou até o Centro no escuro POLICIAL PÁGINA 11 Duas mulheres morrem de forma trágica em BP Uma teria ateado fogo no próprio corpo... ...e outra foi atropelada por um caminhão SAÚDE PÁGINAS 06 e 07 Prefeitura tenta esconder risco de epidemia de dengue

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17ª edição do semanário barrense 'A Voz do Povo' do dia 15 de Março de 2013

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Page 1: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

A VOZ 02

Sexta-feira 15 de Março de 2013

■ ■ ■ ■www.avozdopovobp.comTiragem Sul Fluminense 5.000 exemplaresR$1,00 - Edição nº 17 - Ano I - Semanal

[email protected] POVO

Este é o segundo selo para concorrer a uma câmera digital

TRÂNSITO PÁGINA 05

Bitu anuncia mudanças

nos trajetos de mais de 100 ônibusRegulamento na página 02

GREVE PÁGINA 10

Metalúrgicos da BR Metals

fazem ‘paralisação

de alerta’

IMPRENSA PÁGINA 08

VOZ divulga e aposentada

consegue atendimento

no Into

INUSITADO PÁGINA 08

Passarinho foi o causador do

‘apagão’No último sábado, 23 bairros foram atingidos por um blecaute. Saiba

o que provocou o incidente

que deixou até o Centro no escuro

POLICIAL PÁGINA 11

Duas mulheres morrem de forma trágica em BP

Uma teria ateado fogo no próprio corpo...

...e outra foi atropelada por um caminhão

SAÚDE PÁGINAS 06 e 07

Prefeitura tenta

esconder risco de

epidemia de dengue

Page 2: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

2. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comLEITOR

As opiniões e juízos expressados nas colunas deste semanário são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando, em hipótese alguma, a opinião do jornal quanto aos assuntos abordados.

Expediente: CML de Paula Empreendimentos CNPJ: 17.150.485/0001-50 Editor-chefe: Felippe Carotta. Editor-gráfi co (paginação): Elías Moura Barbosa da Silva. Gestora Comercial: Soraia Soares. Redação: Rua Paulo de Frontin, 139, sl 702, Centro. Barra do Piraí - RJ. Impressão: Gráfi ca Correio de Notícias - 5000 exemplares

Casa:5qts,3bhs,2salões,copa,mesanino,-2coz,área laser,Gr-2car,ter mil mts² 300.000 fi nan-caixa,Ipiabas

Casa1: 3 qts , sala , coz , bh , gar ,varan, á. serv c/ 1qt , bh , casa 2 sl,cz, bh,qt, 300.000 fi nan- caixa Ipiabas

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Casa:2 pav:, 2 qts c/ sacada , sl coz , bh área de serviço e varan , area de la-ser c/ churr , piscina e lago c/ peixe 350.000 fi nan-caixa Ipiabas

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Uma câmera digital para você!

Depois de sortear um Netbook, cuja ganhadora foi Thereza Cristina Mo-reira da Silva, moradora do Maracanã, a VOZ quer te dar uma câmera digital novinha em folha. Bora saber como entrar nes-sa?!

Regulamento da promo-ção:

1) Para participar, basta colecionar os selos de 01 a 10, que serão publica-dos a partir desta edição. Ou seja, o leitor deverá adquirir os exemplares da VOZ durante dez semanas consecutivas para, então, participar do sorteio.

2) O décimo e último selo será publicado na edição 25 do jornal, que chegará às bancas no dia 10 de maio de 2013.

3) Conforme estabele-cido nas promoções ane-riores, o leitor que conse-guir juntar os dez selos promocionais deverá entregá-los diretamente na redação da VOZ, cito à Rua Paulo de Frontin, 139, sl 702, Centro (no prédio em frente a anti-ga delegacia) até as 13h do dia 16 de maio, quin-ta-feira. Os selos devem estar dentro de um enve-lope de carta normal, de-vidamente colados numa

folha branca com identi-ficação.

4) O sorteio será reali-zado na quinta-feira, 16 de maio, às 13h30 na redação. Já o nome do felizardo que faturar a câ-mera digital será divulga-do na edição 26 da VOZ, que chega às bancas em 17 de maio (um dia depois do sorteio).

Leia a VOZ, fique bem informado e ainda tenha a chance de ganhar um super prêmio. Participe e junte seus selos promo-cionais, uma câmera digi-tal está na parada, junte os 10 selos, e boa sorte!

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Todos os comentários publicados nesta seção são extraídos das nossas páginas na Internet. Frise-se que os comentários não representam a opinião do jornal, sendo a

responsabilidade do autor da mensagem.

Mudanças no trânsito (página 5)O problema do trânsito de Barra começou no Bitu (Antonio Carlos Elias, o secre-

tário de Ordem Pública) e na atuação direcionada da Guarda, que só parava e fi sca-lizava motoqueiros. Só parava moto, só prendia moto. Uma moto não atravanca o trânsito. Mas como ele só prendia moto, os motoqueiros investiram seus R$ 5 mil em chevettes, monzas e opalas. Continuam sem carteira e sem documentação, só que agora aumentam o tráfego e não são parados pela guarda.

Jo Mariano, via Facebook

Tem perguntas que eu queria que alguém respondesse: o porque do enorme nú-mero de pontos de táxi no Centro de Barra? Por que não é mão dupla na extensão toda da Governador Portela? Por que não existe uma rotatória no Largo de feira, pra quem vem da Ponte Metálica não precisar ir ao Centro? João Pessoa mão única, qual motivo? Agora o mais incrível: por que os semáforos só funcionam à noite ou de vez em quando?

Wlader Dantas Pereira, via Facebook

Vassouras - 24 2471 2032

Page 3: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

.3Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA www.avozdopovobp.com POLÍTICA

REPÚDIO ■ Ativistas LGBT de BP participarão de ato contra a nomeação de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos

‘Respeitem a vontade do povo!’

SUL FLUMINENSE

No início de março, mais precisamente no último dia 7, a bancada evangé-lica conseguiu – sozinha, apenas com os votos de seus parlamentares, grifo nosso – eleger o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Acusado de homofobia e racismo por defensores dos direitos de homosse-xuais e negros, a escolha do pastor caiu como uma “bomba” entre ativistas de todo o país, que, des-de então, vêm protagoni-zando uma onda de pro-testos, nas mais diversas capitais brasileiras, rei-vindicando que Feliciano renuncie o cargo.

No rastro desses pro-testos, a região também será palco de um ato de repúdio à nomeação do religioso. Está marcada para amanhã, 16, às 9h, uma manifestação, na Praça Sávio Gama, em Volta Redonda, que deve-rá reunir pessoas de di-versas cidades vizinhas,

inclusive Barra do Piraí. O presidente do grupo

“Colorindo Sul Fluminen-se”, Rafael Delgado, falou sobre a iniciativa – oriun-da de uma entidade que milita em favor da causa de Lésbicas, Gays, Bis-sexuais, Travestis, Tran-sexuais e Transgêneros (LGBT), grifo nosso. “O pastor Marco Feliciano não tem histórico de defe-sa e interesse em nossas políticas públicas, e seus discursos pejorativos e de ódio aos negros e gays não caminham juntos aos direitos humanos, de fato”, esclareceu.

A expectativa do or-ganizador é de reunir “o máximo de pessoas”, já que não se trata de uma ação voltada apenas à cidade do aço. “Estamos nos articulando para que militantes de todo o Sul Fluminense, homossexu-ais ou não, negros ou não, participem do movimento. É preciso destacar que as posturas e discursos do Feliciano não ferem ape-nas determinados grupos sociais, mas, sim, os di-reitos humanos como um todo”, frisou Rafael.

Barrenses marcam presença

Ativistas do movimento “Barra Sem Homofobia”, que foram os responsáveis pela realização da II Parada da Diversidade do Sul Flu-minense, confi rmaram que estarão amanhã em Volta Redonda. A presidente da comissão organizadora, Ale-xandra Oliveira, afi rmou que “as articulações políticas e partidárias não devem so-brepor a vontade do povo, e o povo não quer Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados”.

“A cada nova declaração desse pastor, fi cam claros o horror e o desprezo que ele sente pelas minorias, princi-palmente os homossexuais. Sendo assim, como o Feli-ciano será capaz de pensar na proteção de grupos que ele mesmo agride? Como ele vai garantir os direitos de indivíduos aos quais ele nega até o direito de utili-zar um pingente religioso, já que defende que o ‘seu’ Jesus não foi feito para fi car no pescoço dos gays? Não tem cabimento ele conti-

nuar ocupando o cargo, e nós vamos gritar isso, doa a quem doer”, bradou a mili-tante da causa LGBT.

O vice-presidente do Bar-ra Sem Homofobia, Frank Tavares, também defendeu que Marco Feliciano renun-cie à função. No entanto, o jornalista demonstrou o temor de que as manifes-tações contra o pastor não consigam “derrubá-lo”.

“Muito embora o Felicia-no se mostre totalmente despreparado (para ser presidente da Comissão de Direitos Humanos), fi ca ain-da mais difícil se posicionar contra quando temos em Brasília verdadeiros algo-zes dos menos favorecidos, como a fi gura inerte do pre-sidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do também senador Fernando Collor (PTB-AL), que já foi cassado enquanto presi-dente da república. O Brasil vive um de seus piores mo-mentos políticos, com uma decadência de nomes no Congresso Nacional, que, ao invés de darem um âni-mo aos eleitores, só contri-buem para a desmotivação dos mesmos em tempos de eleições”, analisou.

Ato de repúdio: Evento a nível de Sul Fluminense está agendado para amanhã, às 9h, em frente à Prefeitura de Volta Redonda

Reprodução/FacebookLeia algumas

frases polêmicas ditas por Marco

Feliciano“Os africanos descendem de

um ancestral amaldiçoado por Noé”.

“Amamos os homossexuais, mas abominamos suas práticas promíscuas”.

“A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição”.

“Meu Jesus não foi feito para ser enfeite em pescoço de homos-sexual, nem de lésbica”.

Marco Feliciano: ‘Apenas ensino o que aprendi na Bíblia’

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4. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCOMUNIDADE

Muita calma nessa horapor *Heraldo Bichara

O pior é que não consigo cumprir com esta obrigação em virtude de tanta coisa errada a que tenho assisti-do nestes últimos tempos em Barra, e causa-me certo espanto como a população e a sociedade organizada aceitam de forma tão pas-siva absurdos no dia-a-dia de nossas vidas. Cito como exemplos o preço abusivo das passagens de ônibus, que extrapolam a realidade fi nanceira dos assalaria-dos barrenses. Não admi-tem nossas autoridades á possibilidade dos manja-díssimos ônibus circulares operarem entre nós, com preços mais compatíveis, e evitando aquelas para-das intermináveis a espera de passageiros, poluindo o ambiente. É assunto proi-bido citar este fato, daí o silêncio.

O trânsito, um verdadeiro caos, onde a Guarda Muni-cipal que assumiu o papel de controle, se esquiva da responsabilidade, e vez ou outra, lembram que não é só o índio que gosta de apito, e resolvem atuar, de vez em quando, repito. Dias destes, abordei um guar-da, que acompanhado de outros só estava multando carros ali próximos à San-ta Casa, e lhe disse que o papel da corporação era o de cuidar do patrimônio público, e quando fui secre-tário de Governo criamos a referida Guarda para essa fi nalidade. O guarda sim-plesmente me disse “quan-do o senhor foi”, mas não é mais. Fiquei com cara de taxo e imaginando que falta muita educação dos res-ponsáveis para lidar com o público, principalmente com pessoas de nível cultu-ral mais apurado e respon-sável.

E as passagens de ní-vel? Oito anos de Zé Luiz, e que providências foram tomadas? Com este calor, aguardando aqueles quilo-métricos vagões passarem, quem aguenta? Precisei levar minha esposa com urgência para a Santa Casa no sábado, e o motorista da ambulância teve que contornar e pegar o viaduto

que também estava engar-rafado. Graças a Deus con-seguimos chegar a tempo de ser atendida em caráter de urgência, mas quase que não dava. Aquela rua na subida da Câmara, que deveria ser mão única, con-tinua com a mão dupla, e meu carro levou uma cace-tada de outro que vinha em sentido contrário, amas-sou, e o cidadão não tinha recursos para arcar com meu prejuízo.

Já escrevi vários artigos e solicitei de vereadores ami-gos providências, mas os responsáveis tomam? Qual o interesse de manter esta postura errônea? É muita teimosia ou burrice. Não culpo o prefeito, mas seus auxiliares viciados de tanto permanecerem no poder que já perderam o interes-se em servir à população. Este é o grande problema do tal continuísmo, e ain-da ter que fi car ouvindo o governador lamuriando a perda dos recursos do pe-tróleo, ciente com muita antecedência de que per-deria este embate, pois até grande parte dos deputa-dos dos estados produto-res ajudaram a derrubar o veto da presidente. É claro que nossos governantes sa-biam que isto ia acontecer, e que outras alternativas planejaram a não ser cho-rar o leite derramado?

Quando não chove falta água, e quando chove, em certos bairros como a Quí-mica, por exemplo, para passar pela exposição, só de canoa ou jet ski. Per-guntem aos moradores se estou mentindo. Aí vem aquele pessoal com um sorriso de lagarto, e diz com a cara mais limpa, “é a força da natureza”. Pom-bas estou contrariando o título do meu artigo que “É preciso ter muita calma nestas horas”. Confesso, não tenho, estou de saco cheio, pensando ir para aquele buraco lá no Chile, ou para o Xingu, nu, com a mão pelada no bolso.

*Heraldo Bichara é pro-fessor aposentado e ex-ve-reador.

CAROLINA ARAÚJOBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Ao passo em que as chuvas são o “pão nosso de cada dia” do verão ardente no mu-nicípio, as casas alagadas e as ruas lamacentas se es-condem por entre becos e comunidades, por vezes es-quecidas. É o caso da Rua J. Pequeno de Oliveira, no bair-ro Caieira Velha.

Ao entrar na via, a visão é algo normal, como em qual-quer comunidade de Barra do Piraí, mas, é no “coração”, no descobrir dos caminhos que moram as maiores pre-caridades, principalmente quando se fala em acessos.

Foi preciso cautela para descer com o carro da equi-pe de reportaem da VOZ e, assim, chegar até os mora-dores. Lá, na manhã de ter-ça-feira, 12, populares relata-ram os dissabores do bairro, bem como revelaram que nem suas tentativas de rei-vindicações são aceitas pe-las autoridades municipais.

A faixa ‘fantasma’

Cansados de viver esque-cidos pela prefeitura, mora-dores da Rua J. Pequeno de Oliveira resolveram tomar uma atitude para chamar a atenção dos políticos, em especial do chefe do Exe-cutivo, Maércio de Almeida (PMDB). E assim eles o fi -zeram, estendendo, na se-mana passada, uma faixa, com os seguintes dizeres: “Prefeito Maércio, estamos abandonados. Use nossos impostos”.

O ato de manifesto che-gou ao conhecimento do go-verno, através de uma pos-tagem feita, pelo internauta Eric Valle, no perfi l ofi cial da prefeitura no Facebook. Só que, na madrugada de quarta para quinta-feira, 7, a faixa foi arrancada, se-gundo informações do pró-prio Eric.

Quando a equipe de re-portagem da VOZ chegou ao local, na última terça, não encontrou, de fato, o pedido de socorro, mas,

de qualquer maneira, pode conversar com populares e ouvir seus desabafos. O primeiro foi de Márcio Fer-reira Reis, morador da rua há mais de 40 anos.

“O problema dessa rua é que ela deve ser arrumada. Do que eu sei, houve um atraso (nas obras), porque já estão para consertá-la há bastante tempo”, con-tou o homem, ao sair de sua casa e aproximar-se do portão.

Quando questionado so-bre a faixa na entrada da rua onde mora, Márcio não sabia quem colocou ou a ti-rou do lugar. “Eu acho que foram moradores que colo-caram ela lá, não é assim? Mas não sei quem tirou. Me lembro de tê-la visto esten-dida”, respondeu.

Mas não é só a rua com cara de selva e pântano que preocupa os moradores. O córrego fundo, que ocupa quase metade da via, tam-bém assusta, principalmen-te quando chove muito. “Da última vez que choveu forte,

a água transbordou do cór-rego e saiu pela rua, e fi cou nesse estado aí, cheio de lama, os carros não pas-sam, as pessoas não saem de casa”, relatou Márcio.

Apesar de a faixa ter sido retirada, não foi a primeira vez que os moradores pedi-ram ajuda. “Nós já pedimos para o atual prefeito fazer alguma coisa, quando ele esteve por aqui. No entan-to, ele teve esse problema na justiça, do entra e sai, e agora outro problema em Brasília. Infelizmente, ano após ano, a rua conti-nua assim e ninguém faz nada”, exclamou Seu Már-cio, enquanto mostrava a rua cheia de lama, acres-centando que “somente colocaram escoramento no chão, mas não resolveram nada”.

NOTA DA REDAÇÃO: Como sempre, procurada via assessoria de imprensa, a Prefeitura de Barra do Pi-raí não deu a mínima para o pedido de resposta da VOZ.

CAIEIRA VELHA ■ Lama e buracos pelas ruas do bairro levam moradores a pendurar faixa cobrando atitudes do prefeito

A faixa ‘censurada’

Precária: Problemas estruturais de rua na Caieira Velha são potencializados pelo transbordamento de um córrego; acima, a faixa estendida por moradores

Soraia Soares e Reprodução/Facebook (Eric Valle)

Page 5: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

.5Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CIDADE

TRÂNSITO ■ Secretário de Ordem Pública anuncia mudanças no trajeto de mais de 100 ônibus que circulam pelo Centro

Melhorias à vista... Será?BARRA DO PIRAÍ

[email protected]

De acordo com informa-ções divulgadas na quinta-feira, 7, pela assessoria de imprensa da prefeitura, o trânsito no Centro deverá receber modifi cações, em breve, segundo relatos do secretário de Ordem Públi-ca, Antônio Carlos Elias, o Bitu. Entre as ruas que te-rão mudanças estão a Ga-briel Vilela Sobrinho e Dr. Clodoveu.

A primeira, que dá aces-so ao viaduto do antigo fórum, passando pela Câ-mara Municipal, terá mão única, sentido Praça Nilo Peçanha-Rua Ana Nery, por onde passarão diariamen-te cerca de 60 horários de ônibus da Viação Santo Antônio, com linhas para o Santo Cristo, Carvão, Var-gem Grande, Cristiano Oto-ni, Morro do Gama, Assis Ribeiro, Boa Sorte e Areal.

A outra mudança será na Rua Dr. Clodoveu, onde existe o ponto de ônibus da Viação Santa Luzia. O trecho terá divisores de pista para que os carros que desejarem o sentido Centro possam tomar o lado esquerda, para entra-da na ponte da Rua Aure-liano Garcia (da Estação), enquanto os da direita fi ca-rão livres para o acesso à Química.

A terceira mudança acontecerá com o trajeto dos ônibus das linhas in-termunicipais, que usam a Rodoviária Roberto Silvei-ra, e que seguem viagem

com direção a Piraí ou Rio de Janeiro. Eles deverão usar como saída a Rua da Estação, evitando o retorno pela Praça Nilo Peçanha e Rua Governador Portela, além do viaduto.

“No caso da rua da Câ-mara Municipal, haverá uma considerável diminui-ção de retenção do trân-sito, em virtude da grande quantidade de horário dos ônibus que não mais divi-dirão espaço na Praça Nilo Peçanha, Rua Governador Portela e Praça Júlio Bra-ga. Na rua Dr. Clodoveu, faremos uma fi scalização rigorosa, proibindo o blo-queio de via de carros que insistem em estacionar em fi la dupla, inclusive com recolhimento ao depósito”, anunciou Bitu.

Sobre a mudança de tra-jeto de saída dos ônibus intermunicipais, o secre-tário garantiu que haverá uma diminuição de 74 ôni-bus por dia passando pela região central da cidade e pelo viaduto.

“Serão 22 horários da linha Paracambi - Via Mor-sing (Barrinha), 29 horários para Ipê (Barrinha), seis de Nova Iguaçú, 15 para o Rio de Janeiro e dois para Santanésia (Viação Apare-cida), e que, somados aos 60 horários da Viação San-to Antônio ditos anterior-mente, acarretarão numa liberação considerável no fl uxo de veículos. As outras mudanças só serão divul-gadas após apresentação e aprovação do prefeito”, explicou.

Bitu: ‘Haverá uma considerável diminuição de retenção do trânsito. Outras mudanças só serão divulgadas após

a aprovação do prefeito’

Arquivo

Edital de ConvocaçãoFicam convocados os senhores Sócios Contribuintes da CRUZ VERMELHA BRASILEIRA - Filial do Município de Barra do Piraí, para reunião da Assembleia Geral Ordi-nária a realizar-se em sua sede, na rua Paulo de Frontin, 218, no dia 05 de abril de 2013 às dezoito horas em pri-meira convocação e às dezoito horas e trinta minutos em segunda e última convocação para deliberarem sobre os seguintes assuntos:

1. Eleição ou renovação de 1/3 do Conselho Diretor para o triênio 2012 a 2015;2. Eleição ou renovação de 1/3 do Conselho Diretor para o triênio 2013 a 2016;3. Eleição de 2 (dois) membros do Conselho Diretor para comporem a Comissão de Finanças.4. Assuntos Gerais

Élia de Carvalho ParriniPresidente

Page 6: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

6. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCAPA

DENGUE ■ Autoridades tentam esconder risco de epidemia da doença em BP; populares cobram circulação do carro fumacê

Dá pra acreditar?FELIPPE CAROTTA

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

A população barrense anda encafifada com a questão da dengue. Mo-tivo: ao que tudo indica, as autoridades locais es-tão tentando esconder o risco de uma epidemia da doença no município. Prova disso é que, na segunda-fera, 11, a co-ordenadora de Vigilância Epidemiológica, Sandra Meire Nogueira, se ne-gou a informar os núme-ros atualizados de casos suspeitos e confirmados. “Entre em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, pois esta-mos repassando os bo-letins para lá”, argumen-tou.

Provavelmente, ela le-vou um “puxão de ore-lha” por ter transmitido informações à equipe de reportagem da VOZ, na semana passada, sem passar, antes, pelo cri-vo do Departamento de Comunicação – que, di-ga-se de passagem, só utiliza o site da prefei-tura para publicar rele-ases que interessam ao governo, grifo nosso. Ou seja, se não fosse o jornal ter fuçado e descoberto que Barra do Piraí está à beira de uma epidemia de dengue, com 122 ca-sos notificados em pouco mais de um mês, a popu-lação estaria às escuras, sem saber dos estragos que o mosquitinho vem causando, bem debaixo de seu nariz.

Tem mais. O Departa-mento de Comunicação, que nunca respondeu a um e-mail sequer da VOZ, manteve-se em to-

tal e absoluto silêncio quando procurado, esta semana, para fornecer os números atualizados da dengue no municí-pio. Pior. No site oficial da prefeitura, o assunto passa batido, como se não fosse importante. Enquanto em Angra dos Reis e Volta Redonda, por exemplo, os governos convocam coletivas de imprensa para manter a população a par da situ-ação, em Barra do Piraí as autoridades correm na contramão dessa prá-tica.

Mas, mesmo com a prefeitura “blindando” as informações, é possí-vel afirmar que o número de casos notificados já é bem maior do que 122 (divulgado recentemen-te), pois, na entrevista de semana passada, San-dra Meire revelou que as notificações estavam aumentando sistemati-camente. “Os números estão crescendo muito, a cada semana que passa. Estamos muito próximos do limite máximo espe-rado. Os novos registros foram muitos, em maior quantidade até do que nas semanas anteriores”, antecipou a coordenado-ra de Vigilância Epide-miológica.

Fumacê vira lenda

Um forte aliado na luta contra o mosquito da dengue são os carros fumacê (UBV). Tanto é que em Volta Redonda e Valença, cidades vizi-nhas onde a epidemia da doença já é realidade, a utilização desses veícu-los vem sendo frequente. Em Barra do Piraí, isso

não está acontecendo, e moradores de diversos bairros cobram explica-ções da prefeitura. Se-gundo informações apu-radas, uma autorização da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é neces-sária para que o fumacê circule nos municípios.

“Sou moradora de uma rua no Dr. Mesquita há um ano, e nunca vi um carro fumacê passar por aqui. E outra: eles (da prefeitura) põem as pes-soas para trabalhar em função de prevenção (à dengue), mas, elas só en-tram em casas onde os banheiros são lavados. Ou seja, em terrenos bal-dios, onde os focos do mosquito estão por mui-tas vezes, os agentes se recusam a atuar”, con-tou a internauta Mayara Mara.

Moradora do Centro, Si-dlene Sara foi outra que afirmou nunca ter visto o fumacê: “Eu moro na Rua Pedro Faustino e tive dengue. Uma semana depois, meu marido tam-bém teve. E, até hoje, não passou nenhum fumacê. Muitos vizinhos também já tiveram a doença. Aqui é Centro, mas, perto do bairro Caixa D’Água Ve-lha, e lá existem muitos focos do mosquito. E nada foi feito”.

A VOZ teve acesso aos relatos de moradores de diversos bairros, como Cen-tro, Dr. Mesquita, Vila Hele-na, Morro do Gama, Bairro de Fátima, Muqueca, Santo Antonio, Novo México etc. Todos eles foram unânimes ao cobrar da prefeitura e se-tores responsáveis que se mobilizem para viabilizar a circulação do carro UBV nas comunidades.

Fumacê: Circulação do veículo é adotada no combate ao mosquito da dengue, mas, prefeitura de Barra do Piraí ignora a ferramenta

Reprodução/Internet (combateadenguesaomateus.blogspot.com.br)

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.7Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CAPA

População contesta número

de casos e denuncia focos do mosquito

Nem mesmo a população está se deixando levar pelo silêncio das autori-dades em relação à den-gue. Pelo menos não os internautas, que utiliza-ram a página da VOZ no Facebook para questio-nar a informação de que “apenas” 122 casos da doença foram notifi cados entre o início de janeiro e meados de fevereiro des-te ano.

“Não é só esse o nú-mero de casos. Se eles não divulgarem o número certo, não vão poder ser tomadas atitudes mais drásticas, porque é o que precisa ser feito, e todos têm responsabilidade nis-so”, contestou a jovem Vi-viane Lopes Bueno.

Os leitores foram à página da VOZ também para denunciar focos do mosquito transmissor da doença, espalhados pelo município. Veja, abaixo, al-guns dos casos sugeridos por internautas e imagens enviadas.

Foto do leitor: Adriana Fernandes

Sora

ia So

ares

Praça Nilo Peçanha: Poça de água parada, próxima à faixa de carga e descarga, pode se tornar criadouro do mosquito da dengue; denúncia do internauta Osvaldo da Silva

Terreno baldio: Leitora Adriana Fernandes fotografa área no Centro com recipientes que podem acumular água e se transformar em focos do mosquito; caramujos (detalhe) também se proliferam no local

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8. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIALENERGIA ■ Passarinho foi o causador do ‘apagão’ que deixou mais de 20 bairros no escuro

Ô bichinho danado!

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Logo que nuvens acinzen-tadas despontam no céu, anunciando uma tempes-tade, muitas donas de casa têm o costume de desligar aparelhos domésticos da tomada, evitando, assim, possíveis danos a TVs, re-frigeradores, computado-res etc. Muita gente se pre-para, também, já deixando por perto uma vela ou um candeeiro, pois eventuais quedas de energia elétrica são comuns durante chu-vas fortes, ainda mais em municípios interioranos como Barra do Piraí. Mas, uma situação atípica acon-teceu no começo da noite sábado, 9, pegando de sur-presa até mesmo os mais prevenidos.

Eram por volta de 18h40 quando praticamente a ci-dade inteira fi cou às escu-ras, num blecaute jamais visto durante os últimos anos. Diversos bairros, in-clusive o Centro, chegaram a fi car pouco mais de meia hora sem luz, sendo que em algumas localidades o apagão durou quase três horas. Nos arredores do Centro, foi um corre-corre danado, com lojas fechan-

do depressa às portas, e muita gente de queixo ca-ído, não entendendo pata-vina do que estava aconte-cendo.

A equipe de reportagem da VOZ foi em busca da resposta que dez entre dez barrenses queriam saber: o que causou o apagão? Caro leitor, prepare-se para fi car chocado, pois o culpado pelo incidente foi ninguém mais, ninguém menos que um passarinho. É, isso mesmo: um passa-rinho. Procurada, a Light (concessionária de energia elétrica) esclareceu o epi-sódio, via assessoria de im-prensa, na tarde de quarta-feira, 13.

“A interrupção foi causa-da pela interferência de um pássaro, que se chocou, às 18h30, com a estrutura energizada da Subesta-ção de Distribuição Assis Ribeiro, provocando curto-circuito e danifi cando equi-pamentos da subestação. Essa ocorrência também atingiu a Subestação de Transmissão/Distribuição Santa Cecília, interligada à Assis Ribeiro, interrompen-do o fornecimento de ener-gia em parte do município de Barra do Piraí. A Light remanejou a demanda de

carga interrompida para outro transformador, nor-malizando o sistema após 17 minutos”, informou.

A empresa afi rmou que se tratou de um “evento atípico”, ressaltando que “não há registro de ocor-rências semelhantes nos últimos anos”. Por fi m, a concessionária mencionou as mais de 20 localidades atingidas pelo blecaute do último sábado.

“A Light registrou inter-rupção no fornecimento de energia para trechos dos bairros Centro, Ofi cinas Ve-lhas, Areal, Cantão, Asilo, Santo Cristo, Carvão, Bel-vedere, Ipiabas, Muque-ca, São João, Maracanã, Vargem Grande, Lago Azul, São José, Química, Arthur Cataldi, Morro da Gama, Nossa Senhora do San-tana, Carlos de Queiroz e Carvão”, encerrou.

NOTA DA REDAÇÃO: A foto que ilustra esta repor-tagem foi tirada diretamen-te da redação da VOZ, que fi ca no sétimo andar de um prédio situado à Rua Paulo de Frontin, no Centro. De-vido às condições em que foi feita, a imagem está apresenta baixa qualidade e resolução.

Breu: Foto aérea tirada no momento do apagão mostra rua no Centro completamente escura, iluminada apenas pelo farol dos carros e por um supermercado local

Felippe Carotta

ENERGIA ■ Após reportagem da VOZ, mulher que aguardava há quase um ano por encami-nhamento da SMS é atendida

‘Voltamos a ter esperança’

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Quem acompanha sema-nalmente as reportagens da VOZ deve se lembrar do caso da aposentada Ilda Souza Pereira, 59, retrata-do na edição 13. Moradora do bairro Parque Santana, ela teve parte do pé es-querdo amputada, depois de ser atropelada, cerca de dois anos atrás, por um microônibus. A idosa sofre com dores crônicas e, na ocasião em que seu drama foi divulgado, ela já aguardava há nove meses um encaminhamento da Secretaria de Saúde (SMS), para que pudesse receber tratamento especializado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

Desesperado e em bus-

ca de ajuda, o fi lho da víti-ma, Sérgio Pereira, relatou todo o sofrimento de sua mãe, cobrando das autori-dades locais o fi m do des-caso no tratamento à apo-sentada. O tempo passou e, no sábado, 9, após qua-se um mês da publicação da reportagem, ele voltou a procurar o jornal, porém, desta vez, com um sorriso no rosto e um “muito obri-gado” nos lábios. É que, de acordo com Sérgio, Dona Ilda conseguiu o tão sonha-do atendimento no Into, e a SMS cumpriu seu dever, de encaminhá-la ao instituto.

“Se não fosse pela ajuda da VOZ, tudo se tornaria muito mais difícil, como vi-nha sendo”, afi rmou Sérgio, revelando, ainda, a qualida-de do tratamento dispen-sado à paciente. “(O Into) É um hospital de referencia

na área ortopédica, muito procurado. A Secretaria de Saúde conseguiu a vaga pra ela, e minha mãe foi muito bem atendida. Mas, agora, teremos que espe-rar mais um pouco, pois a próxima consulta será em junho, quando ela vai fazer novos exames”, disse.

Mesmo com os proble-mas de saúde de Dona Ilda, Sérgio demonstrou-se revigorado, e com espe-ranças de que ela se rea-bilitará. “Tudo indica que minha mãe terá que ampu-tar mais um pedaço do pé, no entanto, acreditamos que vai dar tudo certo. O primeiro passo já foi dado, e nós agradecemos ao jor-nal e todos os amigos que deram força, divulgando o caso no Facebook. Muito obrigado mesmo”, encer-rou.

Pé de Dona Ilda: Sofrendo com dores crônicas há dois anos, aposentada é encaminhada pela Secretaria de Saúde e consegue atendimento no Into

Arquivo (Reprodução/Facebook)

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.9Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPORTE

Por Jo Mariano

A diversidade no Brasil é tão grande que fi ca complicado achar dois brasileiros que concordem num mesmo ponto. Podemos até pensar que acha um fechamento, mas no aprofundamento das questões encontra-se a sempre presente rusga. Tal-vez por isso o MMA seja esse fenômeno entre a moçada. Todo mundo sonhou com o dia que ia travar na porrada, arrancar sangue e deslocar um maxilar sem levar cace-tada da polícia e ainda sair aplaudido. Conversando essa semana com dois amigos (DJ Tchellin e Rafaella) ratifi quei esse meu pensamento.

Há quem defenda, mas na minha humilde e insapiente opinião MMA não é esporte. Isso nada mais é que a última alternativa àquele mané que nem a mãe daria alguma coi-sa por ele na vida. É a “tauba de salvação” do repetente que já tem vinte anos, não saiu da quinta série e se tor-nou expert no desporto de cuecão e cocorote em crian-cinha. Desde quando dar por-rada e tirar sangue daquela forma merece aplauso?

Não faço parte dos puris-tas politicamente corretos e acho uma senhora palha-çadinha esse papo. Tenho total ciência de que muitos alegam ser o tal MMA es-porte por conta do Boxe que também quebrava maxilares e foi febre mundial. Sim, mas isso nem se compara com o grande boxe. No primeiro existiam regras para evitar o esfriamento total do cida-dão, altura mínima para ata-que, constante apartamento por parte do juiz, contagem e conferência da lucidez do atingido... No outro a luta só acaba quando um braço sai, um pescoço quebra. Bicos da boca como se não houvesse o amanhã e tudo isso num ringue de oito lados para evi-tar o arregamento e garantir o espancamento até o rom-per das artérias. Qualquer dia desses vão contratar um sanfoneiro que é pra morte ser épica.

Super nada a ver esse MMA. Mas é lógico que como bom homem criado a cascu-do, capina e café com angu não resisto ao prélio quan-do em frente a TV e acabo por me deliciar em tamanha crueldade televisionada e bem remunerada. Por isso, mesmo sendo contra a alcu-nha esportiva que insistem em dar a tal controverso des-porto, vou dizer que nossa cidade poderia muito bem investir em nossos jovens brigões para deleitamento do povo da Terrinha. Do Areal à Asa Branca, da Vila Helena ao Carbocálcio, passando pelo Centro, todos estariam con-vidados a ver seus amados delinquentes num porradeiro sem freio em plena Praça Nilo Peçanha. Valendo redução de pena.

Com o visível defi nhar municipal e a já constatada inefi ciência de nosso amado prefeito na conservação das coisas (devia ser um menino bem relaxado), o chafariz da NP se transformaria num de-licioso ringue de lama para nossas meninas. Já que a moda na cidade é mulher saindo na peia por causa de time de futebol, foto no face-book e plágio social seria inte-ressantíssimo o investimento na causa. Consigo vislumbrar a olhos nus o espetáculo e as estrelas do UFC que desco-briríamos por baixo de seus lindos biquínis com escudos de times.

Nãoestou defendendo o sanguinarismo como forma de diversão e sobrevivência, mas precisamos aprender a cantar a música do tom da Ju-rema. De nada adianta fi car na contramão, numa corrida desigual. Uma sociedade cris-tã não é a favor de esportes sangrentos, mas já que eles existem “partiu fi ght”. Fora que pode ser o primeiro ga-rimpar barradopiraiense na arte das estrelas marciais. E se pros meninos serve como prêmio uma redução de pena, às meninas há quem defenda que uma linda tatu-agem glútea para alavancar curtições facebookianas já seja sufi ciente.

■ MMA não é esporte, mas pode ser divertido

PROJETO ESPORTIVO ■ Professor visa tirar crianças carentes da rua para proporcionar um presente e um futuro melhores

Bom de luta, bom de escolaCAROLINA ARAÚJO

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Existem pessoas com so-nhos de ganhar dinheiro, de comprar uma mansão, de ter um bom carro, visi-tar o mundo e provar as melhores iguarias. Mas, também existem aquelas que fazem da vida de ou-tras pessoas a realização de seus sonhos, e fi cam felizes ao fazer alguém feliz. Ao que parece, esse é o caso do professor de Educação Física, Nelson Santos de Carvalho Ju-nior, o Nelsinho Junior, fundador do projeto “Bom de luta, bom de escola”, que tem o objetivo de en-sinar práticas esportivas para jovens e crianças ca-rentes, no bairro Areal.

A iniciativa se divide em duas modalidades: o boxe e a luta livre olímpicos. E, conforme já dito, visa formar atletas, ao invés de permitir que os alunos se deixem seduzir pelas drogas. Na tarde de quar-ta-feira, 13, a equipe de reportagem da VOZ con-versou com o educador, para entender melhor de onde veio a ideia para re-alizar o projeto, bem como seu principal objetivo.

“Queremos apresen-tar o esporte a jovens e crianças que não têm con-dições de pagar para pra-ticar exercícios, e muitas vezes não têm incentivo, nem da própria prefeitura, que não investe na área social dos bairros. Escolhi o Areal por ser uma região muito populosa e caren-te”, contou.

Nelsinho revelou seus planos de expandir o pro-jeto: “Queremos estender para o Boa Sorte, pois é um bairro próximo ao Are-al e lá mora um aluno meu, que se graduou comigo, num curso que fi zemos juntos. Temos, também, a intenção de criar um se-gundo ‘braço’ na Química, sempre visando atingir o maior número possível de praticantes”, disse.

O professor aproveitou a entrevista para falar

sobre um recurso do go-verno federal, disponível para incentivar a prática esportiva, chamado “Bol-sa Atleta”. “Barra do Piraí tem apenas um atleta que recebe essa quantia, mes-mo tendo um grande nú-mero de pessoas que atu-am no ramo. Precisamos levar ao conhecimento das pessoas que existe o incentivo e que é possível alcançá-lo”, sugeriu.

A infância do professor

O sonho de tirar as crian-ças da rua e evitar que se esguiem por caminhos de droga e violência vem de seu passado, conforme relatou o professor Nelsi-nho.

“Minha infância foi tran-quila, não teve nada a ver com a das crianças de hoje em dia, vinculada à droga, álcool, brigas etc. No meu tempo, a gente brincava na rua, não tinha essa historia de jovem que esfaqueia, jovem que estupra, jovem que vira trafi cante, e o meu bairro é o Areal, que por si só já tem má fama, por ser uma comunidade de pe-riferia. Eu, professor de Educação, faixa preta de Jiu-Jitsu, praticante de boxe e luta livre, me sinto na obrigação de fazer algo pela minha comunidade. Faço de coração, tirando dinheiro do meu próprio bolso”, ponderou.

O lutador afi rmou que “os maiores atletas” saem de comunidades caren-tes, onde existem proje-tos sociais, e que “Barra do Piraí está muito caren-te dessas iniciativas”. Ele encerrou frisando que sua maior alegria é ver os alu-nos do “Bom de luta, bom de escola” se destacando. “Minha felicidade é perce-ber que os participantes do projeto estão evoluin-do, não apenas como esportistas, mas, princi-palmente, como pessoas. Não existe recompensa melhor do que a sensa-ção de estar pelo menos tentando melhorar o lugar onde vivo”, encerrou.

Professor organiza o III Intermunicipal

SubmissionEm sua visita à redação da VOZ, além de falar sobre o projeto “Bom de luta, bom de escola”, o professor Nelsinho Junior divulgou uma competição organizada por ele. Trata-se do Intermunicipal Sub-mission, que terá a sua terceira edição realizada no próximo domingo, 17. O evento acontece no gi-násio municipal, localiza-do no bairro Matadouro, a partir das 9h.

De acordo com o luta-dor, são esperados cerca de 150 atletas para o torneio, que contará com premiação em dinheiro para os vencedores (em

primeiro lugar) da cate-goria profissional. Embo-ra esteja animado com a competição, Nelsinho la-mentou a pouca adesão dos lutadores de Barra do Piraí.

“Aqui na cidade já fi z alguns eventos desse tipo e vejo que a adesão não é grnade, o que me dei-xa triste, porque existem muitas críticas, e eu acho que quem não participa não deveria falar mal. Das academias de Bar-ra, só a minha é que vai participar, sendo que até atletas de São Paulo vi-rão para o torneio. É uma pena”, lamentou.

Projeto: Nelsinho (ao centro, de camisa cinza) posa com alunos que fazem parte do ‘Bom de luta, bom de escola’

Reprodução/Facebook

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10. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comESPECIAL

MANIFESTAÇÃO ■ Metalúrgicos da BR Metals fazem ‘paralisação de alerta’ e cobram pagamento da PLR

Ameaça de greve

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Na manhã de segunda-fei-ra, 11, chegaram à reda-ção da VOZ informações de que os metalúrgicos da BR Metals Fundições teriam entrado em greve. Procurado, o presidente do Sindicato dos Metalúr-gicos do município, Jorge Luiz Souza, informou que a categoria ensaiou um movi-mento no sábado, 9, mas, que não chegou a se for-mar uma paralisação geral.

“No sábado, o gerente de RH me ligou informan-do que os trabalhadores haviam paralisado suas ati-vidades laborais. Foi uma iniciativa que partiu da pró-pria categoria”, explicou o líder sindical. Segundo ele,

funcionários do turno da manhã chegaram a fi car de braços cruzados por quatro horas, o que se repetiu à tarde. “Foi mais uma greve de alerta, para que a em-presa sinta o que está por vir caso a insatisfação por parte da classe não seja amenizada”, acrescentou.

De acordo com Jorge, o principal ponto de descon-tentamento dos metalúrgi-cos é a insegurança quanto à Participação nos Lucros e Resultado (PLR). “Há a in-certeza sobre o pagamento referente ao ano de 2012. O acordo prevê o crédito de R$ 3,5 mil para os tra-balhadores, sendo que R$ 1,2 mil foram depositados em setembro. O restante seria pago no próximo dia 20, de acordo com o pro-

grama de metas proposto. Só que, agora, a empresa argumenta que as metas não foram alcançadas”, es-clareceu.

O presidente do sindica-to informou que, nesta se-gunda-feira, ocorreu mais uma rodada de negocia-ções entre a categoria e os dirigentes da BR Metals. “A empresa pediu um prazo de três a quatro dias para dar um retorno, a respeito do que será feito. Por hora, não há mais greve”, encer-rou Jorge.

Já um operário disse, via Facebook, que alguns pon-tos do relato do líder sindi-cal não conferem.

“O presidente do sindi-cato não sabe de nada. As negociações foram assumi-das pelos trabalhadores,

deixando o órgão de fora das conversas. Os metalúr-gicos exigem o pagamento (da PLR) no valor mínimo de R$ 1,5 mil, e a empresa tem até o meio dia da pró-xima quarta feira – dia 13, anteontem, prazo já expi-rado, grifo nosso – para dar uma posição a respei-to. Caso seja apresentada uma resposta negativa à perspectiva da categoria, será instalado estado de greve, por tempo indeter-minado”, explicou.

NOTA DA REDAÇÃO: Até o fechamento desta edi-ção, ocorrido na tarde de ontem, 14, não havia sido divulgado o resultado da negociação entre metalúr-gicos e diretores da BR Me-tals Fundições.

Pensando em voz altapor Felippe Carotta*

Já sei o que vou querer tomar amanhã bem ce-dinho, no momento em que eu acordar: a quen-tura da sua lembrança, forte como café que dei-xa o gosto na boca. Da-qui a algumas décadas, quando meu paladar não for mais capaz de distin-guir o gosto das coisas, vou continuar sentindo seu sabor, pois seu gos-to nunca se apagará de minha lembrança. Ca-minhando com lentidão e apoiado por uma ben-gala, seguirei desejando manhãs doces, ensola-radas como aquelas em que, mesmo chovendo, você abria o tempo de minha vida.

Se o tempo levar com ele a minha visão, não vou resmungar, desde que eu nunca seja impe-dido de te enxergar den-tro de mim. Ainda que o clarão dos meus olhos voe pra longe com as fo-lhas do calendário, verei o brilho dos seus, lem-brarei de como sua boca se desenha ao sorrir, recordarei suas expres-sões faciais. Se a idade me trouxer, juntamente com os anos, a ceguei-ra, continuarei tendo um coração vigilante e aten-to. Nele, seu rosto viverá para sempre pendurado, emoldurado em tintas que anos nenhuns vão ser capazes de desbotar. Ainda que minha pupila seja invadida pela escu-ridão, meu olhar não te perderá de vista. Você continuará sendo a luz dos meus olhos, mesmo que eles se apaguem.

Talvez minha audição comece a falhar quando eu tiver quase um século de vida, mas o som da sua voz permanecerá sendo reconhecido a quilôme-tros de distância. Caso as rugas me apresentem também a surdez, meus ouvidos nunca ficarão vazios de música, porque você vai estar cantando dentro deles. Canções de

todo tipo, as gargalhadas que demos, nossas con-versas, as estrofes que inventamos, as melodias que embalavam nossos momentos, hinos silen-ciosos que compomos em homenagem à vida, enfim, você será sempre uma caixinha de música em meus tímpanos, um som da natureza, o pas-sarinho que canta na ja-nela e anuncia uma nova esperança.

Quando minha mente começar a ratear e eu me esquecer até de mim, ainda neste dia me lem-brarei perfeitamente do seu nome, saberei escre-vê-lo de cór e salteado, vou me recordar de tudo que você me faz sentir. No alto dos meus 70 e blá, blá, blá, não quero ter acumulado bens ma-teriais nem milhões em reais numa conta bancá-ria. Desejo tão somente a simplicidade das suas palavras de ouro, do seu ombro – já frágil – para eu chorar, das suas mãos ricas em sabedoria para me ajudar a subir uma escada, da sua voz rouca e valiosa para relembrar da juventude, que não terá se apagado.

Terei rugas por toda parte, meus pés vão fa-lhar ao tocar o chão, as palavras fugirão de mim no exato instante em que eu precisar dizê-las, mi-nha memória vai estar fraca e na penumbra, minha voz soará cansa-da e envelhecida. Mes-mo assim, continuarei jovem e com a alma de menino, brincando conti-go em meus jardins flo-ridos. Hoje, sou eterno, pois cultivo a esperança de que quando a juventu-de e os cabelos escuros forem só uma lembran-ça, você ainda esteja por perto para livrar-me do envelhecimento do cora-ção.

*Felippe Carotta é jorna-lista e editor-chefe da VOZ

Canção da eternidade

Movimento: Metalúrgicos ensaiam greve para pressionar empresa a pagar os rendimentos da PLR

Reprodução/Internet (www.sindpdpa.org.br)

Page 11: A Voz do Povo - ed 17 - 15 de Março de 2013

.11Sexta-feira - 15 de Março de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com POLICIAL

PRINCÍPIO DE INCÊNDIO ■ Parte dianteira de carro pega fogo na Ponte do Andrade

Tarde queeeente!

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Um fato ocorrido na tarde de sábado, 9, levou pâni-co à família de um mora-dor da Ponte do Andrade, localidade próxima aos bairros Roseira e Ponte Vermelha. O carro de Lu-ciano Pereira Silva pegou fogo na parte dianteira, supostamente após uma pane elétrica. Acionados,

agentes do Corpo de Bom-beiros logo combateram o princípio de incêndio, e ninguém ficou ferido.

O episódio aconteceu, por volta das 15h30, na Rua Henrique Camilo, pró-ximo à casa do proprie-tário do automóvel – um Chevette, ano 80, de cor amarelada. Segundo in-formações de vizinhos, Luciano estava fazendo um reparo no veículo,

quando um dispositivo, próximo à bomba de ga-solina, começou a soltar faíscas, dando início às chamas.

Minutos depois de ser comunicado sobre a ocor-rência, o Corpo de Bom-beiros compareceu ao local e controlou o fogo. Ainda de acordo com vi-zinhos, o carro não ficou muito danificado após o incidente.

‘Velho de guerra’: Pane elétrica pode ter provocado fogo no capô de ‘Chevettinho’ que está na ativa desde os anos 80

Reprodução/Internet (Vídeo da leitora Emanoele Dias)

TRAGÉDIA ■ Mulher morre queimada no Morro do Gama

Suspeita de suicídioBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Uma tragédia abalou o bairro Morro do Gama, na tarde de terça-fei-ra, 12. Segundo infor-mações de vizinhos e testemunhas, a viúva Márcia Teixeira Viana, 48, morreu queimada, depois de supostamen-te atear fogo em si mes-ma. A mulher chegou a ser socorrida, mas, não resistiu, já que as quei-maduras teriam atingi-do 95% de seu corpo.

De acordo com fon-tes ligadas à polícia, no registro de ocorrência

consta que Márcia teria cometido suicídio. Pes-soas que eram ligadas à vítima contaram que ela colocou fogo no pró-prio corpo e correu para o quintal de casa, onde foi encontrada, ainda com vida, e levada para o hospital.

“Ela já havia tentado se suicidar uma vez, quando tomou remédios e chegou a ficar inter-nada em estado grave”, revelou uma fonte, que estava no enterro de Márcia, realizado ante-ontem, 13, às 13h, no Cemitério Recanto da Paz. “O caixão estava

aberto, mas, não tive co-ragem de chegar perto. O rosto da Márcia esta-va deformado e o corpo encolheu muito. Ela era tão bonita”, lamentou a fonte, prosseguindo seu relato.

A pessoa que encon-trou o corpo de Márcia, caído no quintal de sua residência, disse a uma fonte que ela chegou ao hospital com vida. In-formações dão conta, ainda, de que o caso foi registrado na 88ª Dele-gacia Legal de Barra do Piraí e será investigado pela polícia. Márcia era mãe de dois filhos.

ACIDENTE ■ Idosa morre atropelada por caminhão no Centro; corpo teria fi cado no IML por mais de seis horas à espera de um legista

Travessia mortalBARRA DO PIRAÍ

[email protected]

Na manhã de anteontem, 13, a aposentada Luíza Monteiro de Souza, 75, atravessava a Rua Gover-nador Portela, no Centro, quando foi atropelada, em frente à loja de uma grande rede varejista. A mulher chegou a ser so-corrida, mas, segundo fontes, já chegou ao hos-pital sem vida. Ela era moradora do bairro Boa Sorte.

De acordo com familia-res da vítima, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Como de costume, Dona Luíza saiu de casa, naquela manhã, para pa-gar suas contas e, depois de fazer isso, aguardava para atravessar a Gover-

nador Portela. Foi quan-do, próximo à garagem da Light, havia um veículo parado, ao que um cami-nhão veio e, ao fazer uma ultrapassagem suposta-mente irregular, atingiu a idosa.

Na 88ª Delegacia Legal de Barra do Piraí, o mo-torista do caminhão teria dito que não viu a apo-sentada. Não bastasse o desespero dos familia-res da vítima com a sua morte, fontes revelaram à VOZ que o corpo dela deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) por volta das 13h, mas, só foi liberado para ser velado quando já passava das 19h. Parentes de Dona Luíza estariam indigna-dos com a demora. Ela foi sepultada ontem, 14.

Reprodução/Carteira de Identidade da vítima

Aposentada: Luíza Monteiro de Souza, de 75 anos, atravessava a Rua

Governador Portela quando foi atropelada

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12. Sexta-feira - 15 de Março de 2013 POR RENAN ANDRADE

[email protected] CLOSE■ CLOSE DA SEMANAII Caminhada da Família Parabéns pra você

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No último domingo, 10, cerca de dez mil pessoas, segundo estimativas da organização, se reuniram, no Centro de Barra do Piraí, para a II Cami-nhada da Família. O lema do evento foi “Família, eu acredi-to!”. Centenas de religiosos foram às ruas pela preser-vação das instituições fami-liares, bem como para pedir paz e amor a nossa cidade. O movimento foi liderado por pastores de igrejas evangéli-cas, mas, contou com o apoio de padres católicos.

De acordo com relatos, um ponto emocionante da ca-minhada aconteceu quando integrantes do “Barra Sem Homofobia”, grupo responsá-vel pela organização da Para-da da Diversidade, tomaram a iniciativa de primar pela união e, demonstrando isso, jogaram dezenas de balões brancos sobre as famílias, da janela de um prédio próximo à Praça Pedro Cunha (Largo da Feira).

“Foi lindo ver essa inicia-tiva. Estou orgulhosa por morar em uma cidade onde o amor une minorias que, lá fora, são apontadas como pe-cadoras. Deus jamais julgaria qualquer ser”, emocionou-se a jovem Bruna Oliveira, ao comentar o episódio que tes-temunhou.

17/03 – O niver desta grande amiga, depois de amanhã, jamais poderia passar em branco. Estou falando da assessora Cla-risângela Moreira Leite, a Clarinha, fiel escudeira do ex-vereador e empre-sário, Mario Esteves. Ela mora no bairro Belvedere e é mãe de duas meninas lindas, que, a cada dia mais, enchem essa mãe-zonha de orgulho. Para-béns, minha querida! Sua amizade é um presente para mim.

14/03 – O modelo Ma-theus Egydio também as-soprou velinhas ontem. O jovem tem um contra-to com a agência “Ford Models”, de São Paulo, e atualmente é estudan-te de Educação Física, no Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB). Parabéns Matheus, tudo de bom brother, que Deus ilumine seus caminhos e lhe dê forças para correr atrás de todos os seus sonhos! Aquele abraço e, mais uma vez, parabéns!

14/03 – Ontem foi dia da aposentada Elza Guima-rães amanhecer de ida-de nova. Para quem não sabe, ela é a minha que-rida e especial vozinha. Moradora do bairro Ofici-na Velha, vó Elza sempre me ensinou a zelar pelos bons princípios e a ter fé em Deus. Um beijo espe-cial de seus nove netos e quatro filhos. Te amo, vó! Feliz aniversário! Sai-ba que o seu exemplo de vida é o pilar dos meus valores.

Flopando & Arrasando

ArrasouA exposição sobre a

história de Barra do Piraí, exposta na Praça Nilo Pe-çanha durante os festejos do 123º aniversário do município, comemorado no domingo pas-sado, 10. No stand, o público pode ver fotos, documentos, imagens, sons, livros e muitas lembranças que remetiam ao passado brilhante da eterna Pérola do Vale. Dá orgulho de viver e morar em Barra do Pi-raí. Parabéns à Secretaria de Turismo e Cultura, que orga-nizou a mostra, em parceria com a Biblioteca Municipal.

FlopouO elevador do Merca-

do Municipal Mário Sérgio do Nascimento, inaugurado há pouco mais de um ano, que esta semana fi cou aproxima-damente 20 minutos agarrado entre o primeiro e o segundo piso com uma pessoa dentro. Prefeitura, o elevador não é artigo de luxo, e sim de neces-sidade, já que até hoje os co-merciantes pedem a constru-ção de uma rampa de acesso à parte frontal do edifício, e o prefeito só promete, dizendo que existe um projeto, mas ele nunca sai do papel. E os ca-deirantes, como têm acesso ao Mercado? Acessibilidade é bom, e respeito também.

ArrasouA exposição sobre a