a voz do povo - ed 01 - 24/11/12

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SOLDADO DO TRÁFICO Página 11 Suspeito de abastecer o tráfico, militar do Exército é preso na Boca do Mato A VOZ DO POVO Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição 01 - R$1,00 SEM ÁGUA! MORADORES DE VÁRIOS BAIRROS PASSAM SUFOCO COM O CALOR 04 AS MULHERES QUE SE CUIDEM: AS BONECAS SAÍRAM DA CAIXINHA Travestis marcam território na noite barrense e revelam que 90% de seus peguetes são homens casados 06 CIDADE ATIRARAM O PAU NO GATO Internautas esculacham programa policial de Gato Preto e até delegado alfineta o radialista 05 09 ESPECIAL ADEUS,MARCIEL Namorada de músico morto revela detalhes do acidente e o homenageia Divulgação/Arquivo de Família Reprodução/Internet Reprodução/Internet A VOZ PREMIADA Este é o primeiro dos seus cinco selos para concorrer a dois tablets Veja o regulamento na página 02 Divulgação/PM

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Primeira edição do Jornal 'A Voz do Povo' do município de Barra do Piraí - RJ

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Page 1: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

SOLDADO DO TRÁFICO Página 11

Suspeito de abastecer o tráfi co, militar do Exército é preso na Boca do Mato

A VOZ DO POVOBarra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição 01 - R$1,00

SEM ÁGUA! MORADORES DE VÁRIOS BAIRROS PASSAM SUFOCO COM O CALOR 04

AS MULHERES QUE SE CUIDEM: AS BONECAS SAÍRAM DA CAIXINHATravestis marcam território na noite barrense e revelam que

90% de seus peguetes são homens casados

06

CIDADE

ATIRARAM O PAU NO GATOInternautas esculacham programa policial de Gato Preto e até delegado alfi neta o radialista

05 09ESPECIAL

ADEUS, MARCIELNamorada de músico morto revela detalhes do acidente e o homenageia

Divulgação/Arquivo de Família

Reprodução/Internet

Reprodução/Internet

A VOZ PREMIADAEste é o primeiro dos seus cinco selos para concorrer a dois tablets

Veja o regulamento na página 02

Divulgação/PM

Page 2: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Vida sem taxasElías Moura

Editor Gráfico

Já pensou viver em um país onde não se paga pela água, luz e o transporte coletivo é financiado pela empresa em que se trabalha? Imagine isso somado a um sistema público de saúde e isenção fiscal, além de um salário de 2500 euros limpinhos todo mês.

Isso não é uma utopia, mas também não vou lhe dizer que seja fácil, esses países (sim, no plural) existem, e melhor, não são comunistas (a maioria emirados, sulta-natos e monarquias).

Estou falando do Qatar, Du-bai, Kuwait, Mónaco e Omã, por exemplo. Existem algu-mas diferenças nas regalias fiscais oferecidas entre eles, porém uma coisa parece unâ-nime, o custo de vida é alto. No Qatar, por exemplo, além de você não ter que pagar impostos sobre seu salário (que pode ser de 2500 euros) você tem um sistema públi-co de saúde, porém pode ter que pagar aproximadamen-te 15 euros em uma taça de vinho. Já em Dubai você pode ganhar além de um sa-lário maior que 3 mil euros, transporte coletivo gratuito e apartamento financiado pela empresa na qual trabalha, mas acho que o melhor en-contraremos no Kuwait, onde água e eletricidade são ofe-recidos gratuitamente pelo governo do emir Saad.

Agora, já pensou em resi-dir na França e trabalhar em Mónaco? É possível também, em Mónaco há isenção fiscal sobre seu salário, o trânsito quase não existe e os espa-ços públicos são impecáveis. Já em Omã o calor é quase insuportável, mas se ganhar bem lhe é mais importante, não há motivos para não vi-ver sob um sol de quase 50°C em pleno Agosto.

Gostou? Então termina o bacharelado, acumula expe-riência, corre para o cursinho de árabe e aproveita as ofer-tas de emprego por lá!

Felippe CarottaEditor-chefe

Durante 20 anos (entre 64 e 84, um dos períodos mais marcantes da história recente do Brasil), foi muito comum que personalidades fi zessem uso de manifestações ar-tísticas e culturais para expressar resistência à Ditadura Militar que se instalara no país. A música, por sinal, era um dos principais modos de poetizar o sofrimento daqueles que eram calados pelo poder, e até morriam em nome de um único ideal: a liberdade.

A inesquecível Elis Regina foi uma das cantoras que mais se destacou na interpretação de canções que se transformaram em verdadeiros hinos de repressão à amargura que, fardada, impedia milhares de brasileiros de sorrir. Nomes como Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Geraldo Vandré estavam na linha de frente do “pe-lotão” de compositores que lutava, de mãos limpas, contra as armas de fogo, amparados apenas na ar-

CNPJ: 17.150.485/0001-00Impressão: Gráfi ca Diário do Vale

Tiragem: 5.000 exemplares

Editor-chefe: Felippe CarottaEditor Gráfi co: Elías Moura B. da Silva

Gestora Comercial: Soraia Soares

www.facebook.com/avozdopovobpwww.avozdopovobp.com

[email protected]

Rua Paulo de Frontin, 139, 7º andar, sl 702, CentroBarra do Piraí - RJ, 27123-120

A VOZ DESTA SEMANA 24.11.12

madura da coragem, da esperança e na certeza de vencerem o medo.

Hoje, passadas quase três dé-cadas do fi m da Ditadura, fi cou a certeza de que a profecia de Ivan Lins, cantada por Elis em “A Car-tomante”, se cumpriu. Os militares caíram, com suas espadas e ouros, mas, infelizmente, ainda há outros inimigos a serem vencidos, tão ar-mados quanto os de antes.

A corrupção, por exemplo, que algema o orçamento público, fa-zendo o povo pobre de refém. Os maus políticos, que governam em prol de suas próprias minorias, de seus ases e valetes, deixando os peões a mercê de sua própria sor-te, do desemprego e da falta de sonhos. É ou não um regime viver desse jeito?

O jornal A VOZ DO POVO surge como um paladino da notícia, de-fendendo os princípios éticos e mo-rais do bom jornalismo. Mas, acima de tudo, como um combatente a favor da população, dos menos favorecidos, das minorias margi-nalizadas – essas, sim, classes que

agonizam numa prisão a céu aber-to, enfeitada com praças e jardins, porém, com grades que impedem o acesso à Saúde e Educação de qualidades, à estrutura mais básica de que o cidadão necessita para ter uma vida digna.

Agora, nos tempos em que a di-tadura se disfarçou de liberdade, A VOZ DO POVO propõe um modelo de jornalismo popular, que só vale a pena ser feito se representar os an-seios, os sonhos, as necessidades, enfi m, a vida das comunidades pe-riféricas e dos bairros.

Nem bem o jornal estreou e já está virando motivo de deboches e perseguição por parte de alguns “militares”. Riem dizendo que um pedaço de papel não os abala, ga-rantem que são de chumbo e a ver-dade de papelão, gritam que seus discursos falaciosos e suas atitudes corruptas continuarão manchando de sangue a dignidade do povo.

Então, que se preparem os po-derosos, os novos ditadores, aque-les que enriquecem às custas da exploração do pobre, porque terão um adversário à altura: as pala-vras. “Lutar com palavras é a luta mais vã”, profetizou Drummond, e as temos, fi rmes, inabaláveis e invencíveis, do nosso lado. Que venham as canções em forma de jornalismo, e que se cumpram as palavras da cartomante: caiam os reis de Espadas, os reis de Ouros e de Paus. Eles que se cuidem, pois, a partir de hoje, mexeu com você, mexeu com a gente.

“Já está escrito, já está previstoPor todas as videntes, pelas cartomantesTá tudo nas cartas, em todas as estrelas

No jogo dos búzios e nas profeciasCai o rei de EspadasCai o rei de OurosCai o rei de PausCai não fi ca nada”

A Cartomante – Elis Regina

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Resultado na edição do dia 29/12

Page 3: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 01 3POLÍTICA

Mr. LockeJá que nenhum disco voador aterrissou (ainda) em Barra do Pi-

raí, me resta falar sobre acontecimentos mais terráqueos, como o cenário político pós-eleições.

◊ ◊ ◊

Conforme até os marcianos já devem saber, Maércio de Al-meida (PMDB) e Norival Garcia da Silva Junior, o Dr. Junior (PV), assumem a prefeitura no próximo dia 1º de janeiro - se o mundo não acabar em 22 de dezembro, é claro.

◊ ◊ ◊

Não sou cartomante nem nada, mas, não é difícil prever que, até o dia da posse, a dupla dinâmica ainda vai surpreender a população, pois, tudo indica que alguns dos planos que ambos apresentaram durante a campanha já estão mudando de fi gura.

FujãoPor exemplo, Dr. Junior, que nos

comícios prometia que iria cuidar pes-soalmente da Saúde, já teria roído a corda.

Um passarinho verde (que canta lá pelas bandas da prefeitura) me con-tou que o médico estaria com medo de não dar jeito na secretaria mais problemática do atual governo e, con-sequentemente, acabar com o filme queimado logo no primeiro mandato.

Fujão IA fonte disse, ainda, que numa

manobra (muito) esperta, o vice de Maércio teria indicado a enfermeira Sheila Rodrigues Dias Filgueiras para comandar a pasta da Saúde. Tem mais. Atendendo a um suposto pedido de Dr. Junior, o prefeito José Luís An-chite já até nomeou a moça, no último dia 5.

DetalhePara quem vivia chamando o ad-

versário de “forasteiro” durante a cam-panha, a nomeação de Sheila pode ser encarada por muitos como um tiro que Maércio e Dr. Junior deram no próprio pé. Isso porque a enfermeira não é de Barra do Piraí – e está longe disso, por sinal.

Ela se formou em Juiz de Fora (MG), é professora universitária em Barra Mansa, funcionária da prefeitura de Volta Redonda, mas, nunca, jamais passou pelo menos de raspão na Pé-rola do Vale.

E, pra entornar o caldo de vez, já tem gente insatisfeita com a frequên-cia da moça na Secretaria de Saúde, que, dizem as más línguas, só dá as caras em Barra do Piraí duas vezes por semana.

Já eraRola pelas esquinas do mu-

nicípio que as esperanças do vereador Cléber do Areal (PV) de retornar à Câmara Municipal em 2013 foram pro beleléu.

Como se sabe, o parla-mentar teve cerca de 900 votos nas últimas eleições, o suficiente

para se reeleger pela quarta vez, mas, por problemas com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a expressiva vota-ção não foi computada – pelo menos não oficialmente.

Desde que o resultado do pleito foi divulgado, no dia 7 de outubro, Cléber vinha correndo atrás do prejuízo, re-correndo às instâncias superiores da Justiça Eleitoral, em Brasília. Porém, segundo consta, todas as suas tenta-tivas de reverter o quadro não deram em nada. O vereador boa praça deve mesmo ficar de fora da próxima legis-latura.

InterferênciaAinda sobre o futuro na Câmara

Municipal, uma fonte me informou que o prefeito eleito, Maércio de Almeida (PMDB), estaria dizendo que não vai interferir na decisão do novo presidente da Casa. Blefe ou verdade? Só o tempo dirá.

PRESSÃO ● Eleitores prometem cobrar promessas de campanha relacionadas à saúde

Promessa é dívida

BARRA DO PIRAÍOs futuros vereadores e prefeito

que se preparem, porque a popu-lação está demonstrando que vai pegar no pé deles para que cum-pram as promessas feitas durante a campanha eleitoral. E, de acordo com cidadãos que foram entrevista-dos pela VOZ, o calcanhar de Aquiles da atual administração é a pasta da Saúde, que poderá continuar sendo uma pedra de tropeço para Maér-cio de Almeida (PMDB), caso ele não consiga reverter o atual quadro quando assumir a chefi a do Execu-tivo.

A jovem Uellvilaine Santiago, por exemplo, afi rmou que vai fi scalizar o trabalho do prefeito eleito, bem como dos parlamentares que forma-rão a Câmara Municipal. “Vou cobrar principalmente saúde e geração de emprego, pois não adianta um go-verno de obras, se a população está com a geladeira vazia”, disparou a estudante de Administração, que

mora na Ofi cina Velha.Carolina Souza, que reside no

Parque Santana, compartilha da mesma opinião de Uellvilaine. “Pre-cisamos cobrar melhorias na Saú-de, que está uma vergonha”, disse, acrescentando: “Aqui no bairro onde eu moro, por exemplo, o médico do posto só atende até às 13h. Como pode isso?”.

Questionado sobre o assunto na Praça Nilo Peçanha, Centro, um fun-cionário do comércio local - que pediu para não ser identifi cado, grifo nosso – afi rmou que espera compromisso por parte do futuro prefeito. “Votei no Maércio e, agora, torço para que ele cumpra as promessas que fez nos comícios, principalmente em relação a mudanças na Saúde. Mas, se a memória dele for fraca o sufi ciente para esquecer o que prometeu, va-mos lembrá-lo daqui a quatro anos, dando o troco nas urnas”, polemizou.

Fiscalização

Professora e universitária do cur-

so de Letras, Fernanda Brandão acredita que é fundamental que a sociedade acompanhe o trabalho do prefeito e dos vereadores, para ter condições de cobrar melhorias. “Nós, cidadãos, temos que fi scalizar tanto o Executivo quanto o Legislati-vo, porque isso faz parte do exercício da cidadania. Afi nal, os governantes são representantes do povo, foram eleitos pelo nosso voto. Nada mais justo do que cobrarmos a efetivação de políticas públicas que, de fato, atendam às nossas necessidades”, avaliou a educadora.

Fernanda disse, ainda, que pre-tende fi car de olho nos trabalhos desenvolvidos a partir de 2013 na Saúde. “Sem dúvidas, é a área mais carente do município, e tam-bém uma das mais importantes. O atendimento está precário, faltam médicos, realização de exames pe-riódicos, entre outros erros graves. Se não nos comprometermos e fi scalizarmos os políticos, pode ser que nada mude, e quem vai pagar o pato somos nós”, ponderou.

Essa é para o leitor recortar e guardar na porta da geladei-ra: a relação das dez principais promessas de campanha que o prefeito eleito, Maércio de Almei-da, fez para setor da Saúde. A listagem encontra-se disponível, ainda, no site ofi cial do então candidato. Veja, abaixo, o que ele prometeu realizar nos próxi-mos quatro anos.

- Criação do programa da saú-de preventiva, priorizando ações que possam adequar as políticas da Secretaria Municipal de Saú-de as atividades cotidianas dos PSFs.

- Novos estudos para agilizar o agendamento de consultas, in-clusive com a busca de uma inte-gração digital entre as unidades

de saúde do município.- Melhorias na divisão de

transportes de pacientes, inclusi-ve com a completa revisão dos veículos e ambulâncias do setor.

- Dar continuidade ao aten-dimento de UTI da Santa Casa, buscando inclusive, viabilizar a ampliação dos leitos disponíveis.

- Em convênio com os gover-nos estadual e federal, implantar a UPA 24 horas pra atendimento municipal.

- Dar continuidade a implan-tação de novas unidades do PSF (Programa de Saúde da Família), buscando atingir a meta de co-bertura de 100% dos bairros e distritos, ampliando inclusive os serviços de atendimento.

- Buscar recursos juntos aos

governos estadual e federal para implantação do Hospital da Mu-lher, onde haverão (sic) os servi-ços de maternidade para contro-le de todas as gestantes, através de acompanhamento pré natal, bem como a criação de uma UTI neonatal.

- Ampliação do centro odon-tológico, passando o mesmo a funcionar 24h.

- Reforçar a parceria com o go-verno estadual no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia), que disponibiliza ambulân-cias UTIs para a população.

- Ampliar a participação muni-cipal nos consórcios regionais de saúde, garantindo mais opções de atendimentos aos barrenses em cidades vizinhas.

Veja a lista de promessas feitas por Maércio para a área da Saúde

Missão (quase) impossível: Maércio terá que ‘rebolar’ para dar jeito nos serviços prestados pela secretaria de saúde e assim agradar a população

Felippe Carotta

Page 4: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 014 COMUNIDADESUFOCO ● Maracanã, Roseira e Parque Santana penam com a falta d’água

Lata d’água na cabeça!BARRA DO PIRAÍ

“Lata d’água na cabeça, lá vai Maria, lava roupa lá no alto...”. Já se foi o tempo das Marias, eternizado nessa marchinha de Carnaval, época em que as famí-lias careciam de um bom abas-tecimento de água e, portanto, as mulheres eram obrigadas a carregar baldes na cabeça, para lavar roupa, tomar banho, entre outras tarefas cotidianas. Mas, o passado pode estar de volta no município, principalmente em bairros como Maracanã, Roseira e Parque Santana, onde os mo-radores têm passado maus boca-dos com a constante falta d’água – e em plenas tardes em que os termômetros chegam a cravar 41 Cº.

Segundo relatos de moradores, tem gente tão desesperada que chega a cogitar o velho método da lata d’água na cabeça, tama-nha a necessidade. Uma mora-dora da Roseira, que pediu para não ser identifi cada, contou que já passou aperto por conta da si-tuação.

“Imagine só, naquele calor bra-bo, não ter uma gota de água pra beber ou se refrescar? É um in-ferno. Dia desses, tive que man-dar minha fi lha pra escola sem tomar banho, e até eu, às vezes, vou trabalhar sem banho. Isso é desumano, cadê a água? A pre-feitura tem que tomar providên-cias rápidas, não aguentamos mais”, desabafou.

O enfermeiro Daniel Lima, 29, também morador da Roseira, en-

dossou as palavras da dona de casa. “Há meses o abastecimento está precário no bairro, já chega-mos a fi car 17 dias sem água. E, muitas vezes, quando vem, cai sem pressão, ou seja, demora horas para encher a caixa. Isso quando a água não vem barren-ta, suja mesmo, o que também está acontecendo frequentemen-te. Tem caixa que chega a fi car com quatro dedos de barro”, afi r-mou.

Martírio

De acordo com informações apuradas, a falta d’água vem pro-vocando quase um colapso em Barra do Piraí, atingindo diver-sos locais, como Muqueca, Par-que Santana, Cantão, Belvedere

etc. Uma moradora do Maracanã revelou que, lá, a situação tam-bém está crítica. “Queremos sa-ber o que está acontecendo com o abastecimento de água, pois, durante as eleições, não falta-va, mas, agora, cai um dia e fi ca duas semanas sem. Vamos lá, queremos soluções”, exigiu.

A internauta Eliana Justiniano, do Belvedere, expressou sua in-dignação com o problema através das redes sociais. “Na minha rua, são nove anos sem água, daqui a pouco faz maior idade. Sai pre-feito, entra prefeito, e nada. As promessas são conversas para se eleger, todos da mesma laia, por-que na casa deles deve ter água”, publicou, fazendo uma dura críti-ca aos governantes municipais.

Procurado para comentar a problemática da falta d’água, o prefeito José Luís Anchite decla-rou que a conclusão das obras da nova Estação de Tratamento de Água de Barra do Piraí, a chama-da ETA Mãe, colocará um ponto fi nal no tormento vivido pela po-pulação.

“Afi rmo sem medo de errar que, com a ETA Mãe, o problema será sanado. As complicações no abastecimento que a gente assis-te são devido às subidas e desci-das do nível do Rio Paraíba do Sul. Ocorre que, em diversas ocasiões, as bombas não conseguem captar e, consequentemente, falta água em alguns bairros”, argumentou.

Anchite ressaltou que a nova unidade não dependerá das cheias do rio para fazer a capta-ção. “Na ETA Mãe, não teremos o

problema que mencionei, porque o nível permanecerá constan-te. Estaremos sempre captando água. Pra se ter uma ideia do que estou falando, cerca de três me-ses atrás, começamos a captar água acima do nível da comporta para o Areal. De lá pra cá, nunca mais faltou água naquele bairro, salvo em algum erro mecânico”, analisou.

O prefeito fi nalizou sua expla-nação tranquilizando a população: “Eu garanto: a ETA Mãe resolverá o problema da falta d’água no município. Primeiro, pela lógica já apresentada, e segundo por-que serão equipamentos novos, de fácil manutenção, que quando derem defeito não vão demorar a ser consertados. Será devida-mente resolvido o problema da água potável a partir da ETA Mãe”.

Vale lembrar que a ETA Mãe é o complexo que vai retirar água bruta da bacia formada pela Es-tação Elevatória de Santa Cecília (na Ofi cina Velha), torná-la po-tável e transferi-la para tanques no Morro do Melo (no bairro Me-talurgica), para abastecer a cida-de. A nova unidade, em fase de construção no Campo Belo, estará programada para atender as ne-cessidades de aproximados 90% dos consumidores, em tempo integral, independente de fatores climáticos e o conseqüente nível do Rio Paraíba.

Excluindo a estação Nelson Carneiro, que hoje responde pelo abastecimento do Areal e Boa Sorte, as demais estações serão desativadas quando essa nova entrar em funcionamento, o que está previsto para início de 2013.

Zé Luiz afi rma que ETA Mãe vai colocar ponto fi nal no problema da falta d’água

Barro puro: Morador do Chalet registra ‘qualidade’ da água que sai da torneira

Felipe Lopes

A Voz das Comunidadespela Federação das Associações de Moradores

Bem vindos ao jornal A VOZ DO POVO, que será mais um instrumento de defesa dos in-teresses da coletividade. A po-pulação do nosso município ne-cessita de um jornal que tenha independência para poder re-presentá-la em seus interesses. Por esse motivo, queremos pa-rabenizar as pessoas que tive-ram a iniciativa para instrumen-tar o povo com este valoroso órgão de imprensa.

A Famor/BP (Federação das Associações de Moradores de Barra do Piraí), que retorna suas atividades após o furacão das eleições municipais de 7 de outubro, tem a grande satisfa-ção de aplaudir a iniciativa da abertura deste valoroso órgão de comunicação social, que terá por fi nalidade divulgar os acon-tecimentos não só de nosso mu-nicípio, mas também de nosso Estado, e de todo o Brasil.

Queremos agradecer a dire-ção deste respeitável noticioso a oportunidade do retorno de nos-sa coluna “A Voz das Comunida-des” em que poderemos voltar a noticiar os fatos ocorridos em nossas bairros, dividir nossos anseios, e efetuar reivindicações junto aos Poderes Públicos Mu-nicipais, Estaduais e Federais.

As comunidades também se sentem no dever de enviar ao valoroso noticiador, os votos de muito sucesso na sua futura tra-jetória que ora se inicia. Quere-mos nesta oportunidade, unidos Federação e Associação de Mo-radores, reiterarmos nosso de-sejo de trabalhar juntos em bus-

ca de ajudar a cidade a alcançar o desenvolvimento sustentável e progressista de que tanto pre-cisamos, para que tenhamos os problemas de ordem política e administrativa solucionados na forma do bem.

Por isto, estamos abertos ao diálogo com interesse na solu-ção das situações que envolvem o dia a dia, e que atrofi am a evolução de nossa cidade, por-tanto conte com nossa modesta Instituição, em tudo aquilo que for bom para nossa população.

Com relação à tomada dos trabalhos, nossa entidade já re-alizou duas eleições: a primeira no bairro da Química, onde vo-taram 710 pessoas, e concorre-ram duas chapas, saindo vito-riosa a Chapa 2, representada pelo Sr. José Messias Barbosa Lima, que obteve 480 votos, contra 220 da 01, representa-da pelo Sr. Guilherme da Costa Lima Batista, dez votos nulos; e outra no Santo Antônio, onde concorreram três chapas e 727 eleitores participaram, tendo saído vitoriosa a chapa 3, re-presentada pela Sra. Roseme-ri Rosa Teles, que obteve 344 votos, contra 108 obtidos pela chapa 2, representada pelo Sr. Josimar de Brito Vitorino, e 268 votos obtidos pela chapa 1, re-presentada pela Sra. Sidnéa Ma-riano Francisco, cinco votos em branco, e dois nulos.

A próxima eleição se dará no bairro do Chalet, amanhã, 25, no salão do Augustão. O pleito contará com chapa única enca-beçada, pelo Sr. Elvis Costa.

Denúncia: ‘Lixão’ atrás da Santa Casa

Uma boa notícia para os morado-res das redondezas da Rua Mariano Borges e Travessa Antonio Carlos de Oliveira Melo, no Centro. A equipe de reportagem da VOZ entrou em con-tato com o prefeito José Luís Anchite e, após ser informado de um “lixão” que está se formando numa calçada entre essas vias, ele prometeu soluções.

Questionado se o governo muni-cipal poderia ajudar no desfecho do caso, o político disse que sim.

“Sem dúvidas, a prefeitura faz par-te da solução. Inclusive, já eliminamos um problema semelhante a esse, que ficava ali próximo aos portões laterais da Santa Casa”, disse.

NOTA DA REDAÇÃO: O prefeito Zé Luiz afirmou que até hoje, 24, o problema já estaria sanado. De qual-quer maneira, nossa equipe de repor-tagem continuará acompanhando o caso, com um olho no padre e outro na missa.

facebook

Patrícia Lima

Compromisso: Zé Luiz promete dar fim ao problema que está atazanando moradores locais

Page 5: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 01 5CIDADEFACEBOOK ● Internautas acusam Gato Preto de fazer jornalismo ‘porco’ e ridicularizar pessoas

‘Felino’ encurralado

BARRA DO PIRAÍReza a lenda que o gato tem

sete vidas. Ainda que seja impos-sível apontar a origem exata do mito, acredita-se que ela esteja na Idade Média, quando se imagina-va que as bruxas se associavam a esses animais, principalmente os pretos. Histórias à parte, é bem verdade que, no município, existe um “felino” que parece tocar o ter-ror nas pessoas há muito mais que sete gerações.

Trata-se do radialista Willians Renato, o lendário Gato Preto, que, em seu programa “Plantão Policial”, diz o que bem entende a respeito dos envolvidos em Regis-tros de Ocorrência (os chamados ROs). É praticamente impossível morar em Barra do Piraí e nunca ter ouvido falar no Gato Preto. Seja por suas expressões grotes-cas ou pelo modo sensacionalista (e bem humorado) com que con-duz sua atração de rádio há quase 30 anos, Willians transformou-se em um mito local.

Amado por uns e (muito) odiado por outros, o jornalista é especia-lista em divulgar casos policiais,

quase sempre ridicularizando os elementos envolvidos – princi-palmente gays e mulheres, grifo nosso. E o resultado de tan-ta polêmica não poderia ser outro: o assunto mais comentado numa discussão promovida pela VOZ, em sua página no Facebook, foi justamente a atuação do comuni-cador na chamada imprensa mar-rom.

O veredicto dos internautas a respeito do radialista foi impla-cável: choveram comentários negativos contra o programa co-mandado por ele. Uma das críti-cas foi feita pela usuária A.E., que detonou Willians. “Eu acho horrível o que ele faz com as pessoas, as alcunhas chulas que ele põe nelas, fazendo um sensacionalismo bara-to com gente humilde”, escreveu a dona de casa.

Comentários

E as críticas não pararam por aí. “O programa do Gato Preto, em algumas situações, denigre a imagem de pessoas que estão buscando ajuda, como no caso de mulheres que sofrem agressão por parte dos maridos. Não se deve fa-

zer sensacionalismo dessas situa-ções porque aumenta o constran-gimento das pessoas envolvidas”, postou uma internauta.

Já a jovem C.T. foi mais comedi-da na hora de opinar. “Acredito que algumas matérias são constrange-doras, sim, mas existem várias pessoas que dão audiência para isso. E acham bom ver a vida dos outros virando chacota para todos. O Gato Preto apenas percebeu que isso dá audiência, e está seguindo seu programa da maneira como os ouvintes gostam”, avaliou.

A atuação do jornalista seguiu sendo criticada. “As mulheres de-vem denunciar o que sofrem na delegacia e, no outro dia, gravar o programa. Depois, é só entrar com uma ação indenizatória por danos morais, constrangimentos etc, porque esse programa é um desastre, só palavrão”, disse a usuária E.J.

Não houve quem entrasse para defender o ‘felino’, que acabou en-calacrado em críticas – pelo me-nos na internet. “Não tenho nada contra a pessoa do Gato Preto, mas, vejo cada dia mais ele extrapolan-do em seu programa. Acompanho muitas pessoas, até mesmo da

Uma das principais perguntas que sempre rondou a atuação do radialista Gato Preto é: como ele consegue ter acesso às in-formações de casos que deve-riam ser confi denciais? Ques-tionado sobre isso, o delegado da 88ª DP de Barra do Piraí, José Mário Salomão de Omena, afi rmou categoricamente que o comunicador não tem autoriza-ção da polícia para fazer sensa-cionalismo encima de registros policiais.

“Eu não autorizo a divulgação, mas, não posso controlar a im-prensa, nem impedi-la de con-

seguir as informações com um vizinho, na esquina ou qualquer outro lugar. Mesmo não con-cordando, não posso censurá-la”, argumentou a autoridade, acrescentando: “É uma cidade pequena, os boatos correm. Só que tudo que ele (o Gato Preto) fala cai na minha conta. Ou me-lhor, na conta da polícia”.

O delegado, que foi sucinto e muito profi ssional em suas pala-vras, encerrou a entrevista com a seguinte declaração: “Já disse pra ele denunciar roubos, coisas grandes, e não nomes de meno-res ou mulheres agredidas”.

‘Tudo que o Gato Preto fala cai na minha conta’, diz delegado

minha família, com medo de en-trar com um boletim de ocorrência para não virar chacota na mão de outros. Isso é um absurdo, tem que mudar”, escrachou um jovem que participava da discussão online.

NOTA DA REDAÇÃO: Visando preservar a integri-

dade física e moral dos perso-nagens desta reportagem, a VOZ se reserva o direito de não divulgar os nomes de nenhum deles, garantindo, assim, que não sofrerão ameaças ou qual-quer tipo de sanção por parte de quem quer que seja. E mais: contatado na manhã da última quarta-feira, 21, para comentar as críticas ao seu programa, o radialista Gato Preto não aten-deu o celular.

Críticas: Internautas utilizam página da VOZ no Facebook para ‘descer a lenha’ em Gato Preto

Reprodução/Internet

IPIABAS ● Secretários desmentem fechamento de escola de música

De portas abertas

BARRA DO PIRAÍNão é de hoje que a popu-

lação vem ouvindo rumores sobre o fechamento da Es-cola de Música Contempo-rânea de Ipiabas. Mas, por hora, os moradores locais e as cerca de 400 crianças beneficiadas pelo projeto podem respirar aliviados, porque não vai acabar. A informação é da própria se-cretária municipal de Cultu-ra, Rosângela Abbud.

O possível fechamento da unidade foi denunciado, via Facebook, por um morador do distrito. Mas, ao que tudo indica, a história não passa de boato.

“Não existe qualquer in-formação que confirme o fechamento do pólo. A Es-cola de Música nasceu de um convênio com o Gover-no do Estado, que, inclusi-ve, extinguiu-se em julho passado. Mesmo assim, a prefeitura continua arcan-do com todos os custos do projeto”, esclareceu Rosân-

gela.A secretária acrescen-

tou, ainda, que o governo municipal reconhece a im-portância da unidade. “Pelo contrário, é de nosso total interesse a manutenção do projeto. Atualmente, aten-demos cerca de 400 crian-ças, e ainda temos capa-cidade para mais 150. Ou seja, o trabalho, agora, é no sentido de consolidar o grupo já existente”, finali-zou a gestora.

Procurado, o secretário de Desenvolvimento Econô-mico, Roberto Monzo, con-firmou o que Rosângela dis-se (vale lembrar que Monzo era o responsável pela pas-ta da Cultura na ocasião em que o projeto foi lançado, ou seja, Junho do ano pas-sado).

“Até onde sei, a Escola de Música de Ipiabas não vai fechar. Embora eu não seja mais o secretário da área, tenho uma ligação afetiva com o projeto, e, caso hou-vesse algum problema, eu estaria sabendo”, declarou.

‘Apenas boatos’: Rosângela Abbud afi rma que Escola de Música de Ipiabas não fechará as portas

Reprodução/Internet

Page 6: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 016 ESPECIALPOLÊMICA ● Traves t i s reve lam que 90% de seus ‘ pegue tes ’ são homens casados

‘Mistérios da meia-noite.. . ’

BARRA DO PIRAÍQuem frequenta as noitadas

barrenses sabe que é comum en-contrá-los nas esquinas do Centro, principalmente durante os fins de semana. Sempre glamourosos e bem produzidos, os travestis transformaram-se em parte inte-grante das baladas locais e, para o azar da mulherada, parecem estar despertando a curiosidade de mui-tos marmanjos. E as popozudas que se cuidem, porque, segundo relatos das próprias “bonecas”, a maioria de seus peguetes são ho-mens casados, que as procuram com a desculpa de que não são bem assistidos em casa pelas es-posas.

Noite de sexta-feira. O relógio marca 1h da madrugada quando a equipe de reportagem da VOZ se encontra com uma das “travas” que topara dar entrevista. Logo que chega ao seu ponto, ele – ou seria ela? – começa a chamar a atenção; sabe-se lá por que cargas d’água, não houve um carro que passasse sem dar, pelo menos, uma buzinada para a boneca, que retribuía os olhares com sorrisos e adeuzinhos, bem ao estilo Miss Brasil. “A noite de Barra do Piraí é uma delícia”, suspirou, enquanto

mandava beijos para seus possí-veis admiradores.

Antes de relatar os prazeres e dissabores da noitada, o traves-ti L. – que pediu para não ser identificado, grifo nosso – falou sobre o tipo de homem com o qual mais se relaciona. Para o desespe-ro das esposas, são os casados.

“Posso afirmar que 90% dos ca-ras com quem saio são casados. Acredito que o travesti chame a atenção deles por dois motivos: a curiosidade de ter prazer com uma mulher ‘diferente’ e a solidão que sentem em casa, já que eles sem-pre dizem que suas esposas não o satisfazem nem lhes dão carinho”, revelou.

Questionado a respeito de um possível desconforto por estar com homens compromissados, ele disse: “O fato de sair com rapazes casados não me inco-moda. É cada um na sua”. Ele ressaltou que tem até uma táti-ca para garantir que o lance se repita. “No dia seguinte, se en-contro com um cara casado com quem já saí, ajo normalmente, sem alardes. Os homens não gostam de se expor, e se a gente ficar gritando que pegou Fulano ou Sicrano eles correm. Melhor mesmo é ‘comer’ quietinho”, dis-parou, entre risos.

Segredos da noite

Durante a entrevista, L. revelou-se um verdadeiro boêmio e, como tal, conhecedor dos segredos es-condidos por trás das madruga-das.

“A noite barrense é muito pra-zerosa, divertida. Passo a semana na expectativa de chegar sexta e sábado, para que eu possa sair ‘montada’ e me divertir, namorar. O dinheiro fica em segundo plano, nem sempre rola. O importante é o flerte, a curtição”, apontou, com-plementando: “Saio pelo glamour, porque me sinto muito bem vesti-do de mulher”.

O travesti prosseguia relatando episódios da noitada quando foi in-terrompido pelo farol de um carro – era a terceira vez que o motoris-ta passava por ali e piscava, grifo nosso. Sorrindo na iminência de já ter conseguido companhia para aquela noite, L. detalhou como acontece a conquista entre ele e seus peguetes.

“Em geral, eu sei logo de primei-ra quando o cara quer sair comigo. Ele passa, pisca o farol, dá a volta com o carro, passa de novo. Quan-do está a pé, fica do outro lado da rua, me olhando e assoviando. Acontece aquele clima normal, de balada. Pelo jeito que a pessoa me

olha, já sei o que vai rolar”, assi-nalou.

Mas, está muito enganado quem pensa que os travestis acei-tam sair com qualquer um. Pelo menos no caso de L. não é assim que a banda toca. “Travesti não é bagunça. Não adianta chegar e achar que vai sair comigo na mar-ra, porque só fico com quem eu quero. Para rolar prazer, um tem que ser interessante para o outro, e, se eu não curtir o cara, não saio com ele de jeito nenhum”, frisou.

E os perigos da noite? Como já era de se esperar, L. disse que existem riscos, porém, ele apren-deu a lidar com isso.

“O preconceito é muito comum. Várias pessoas passam debochan-do, me ridicularizam, me chamam de viado. Às vezes, uns caras vi-ram pra mim e dizem: ‘Se você não sair daí agora, vou te cobrir de porrada quando eu voltar’. Mas, eu não me intimido. Graças a Deus, nunca me encostaram a mão, no entanto, se isso acontecer um dia, vou direto à polícia, porque não admito violência comigo. Sou ci-dadão, tenho meus direitos e exijo respeito”, afirmou, de maneira ca-tegórica.

A boneca destacou que, embora seja “cobra criada”, o preconceito ainda a incomoda. “Em algumas

situações, o deboche me machu-ca um pouco, como pessoa. Fico pensando: será que essas pesso-as não imaginam que, amanhã ou depois, podem ter um travesti na família? Ou não pensam que tam-bém têm seus telhados de vidros e, portanto, não podem atirar pe-dra nos outros? Estamos no sécu-lo XXI, eu estudei, trabalho e tive educação da minha família. O fato de ser travesti e gostar de sair na noite não me torna menor do que ninguém”, desabafou.

Antes de encerrar a entrevista, uma outra revelação (curiosa) de L.: “O engraçado é que o mesmo cara que passa fazendo graça vol-ta daqui a pouco e quer sair comi-go. Ou seja: os preconceituosos são os que mais gostam da nossa pegada”. E, pra finalizar, o travesti deixou seu recado.

“Acima de tudo, peço e exijo respeito. Conforme já disse, sou um cidadão comum. Algumas pessoas sentem prazer vendo te-levisão, outras gostam de sair pra dançar, algumas curtem baladas, e por aí vai. Cada um é feliz do jeito que escolhe, e eu escolhi frequen-tar a noite, me montar, namorar bastante e ser muito, muito feliz”, arrematou, para, então, se despe-dir e ir em direção aos braços de seu grande amor: a noite.

Reprodução/Internet

Silêncio da madrugada: Mesmo parecendo ‘dormir ’, Barra do Piraí guarda segredos na calada da noite

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7ESPECIAL

‘Estou há dez anos na noite e não penso em parar’, diz travesti

O hábito de frequentar a noite bar-rense montada já faz parte da vida do travesti G. há nada menos que dez anos. “Você pensa em parar?”, pergunta o repórter da VOZ, ao que ele responde, com uma grande gargalhada: “Parar? É claro que não. Nunca”. Curioso, o jornalista rebate: “Por que?”. Sem titubear, G. retruca, cheio de certeza do que está dizen-do: “Simplesmente porque a noite é minha vida”.

É dessa maneira leve e descontra-ída que o travesti G. encara sua pas-sagem (marcante) pelas noitadas barrenses. Se o leitor tivesse noção de quem estamos falando, provavel-mente diria que já o viu em alguma esquina da cidade, com suas ma-deixas quase sempre loiras e visual clássico. Mas, será que depois de tantos anos fazendo a mesma coisa o escuro das ruas não se torna en-joativo? A boneca garante que não.

“Não saio todos os dias. Tem que estar uma noite gostosa, fresca e agradável para eu me montar e ir curtir. Nem sempre encontro ho-mens afins de sair. Mas, só o prazer de estar na noite, me divertindo com os olhares, já é suficiente pra mim”, contou o travesti, enquanto ajeitava o tubinho preto que vestia no mo-mento da entrevista.

Perguntado a respeito de seu in-teresse pelas baladas de municípios vizinhos, a trava fez uma verdadeira declaração de amor à Pérola do Vale: “Nunca pensei em frequentar a noi-te de outras cidades da região. Amo Barra do Piraí, e não troco a noitada tranquila daqui por nada”.

E, mesmo dizendo que a noite barrense não é violenta, G. confes-sa que já enfrentou alguns apertos. “Graças a Deus, nunca fui agredido nem passei por qualquer situação de violência física. O que tem sempre são uns moleques fazendo graci-nhas, mas nada além disso”, pon-derou.

Quanto aos perrengues que viveu durante uma década frequentando a noite, o travesti relembra alguns. “Já passei por algumas situações constrangedoras. A principal delas é aquela clássica, quando, no meio da pegada, o cara descobre que você não é totalmente mulher (risos). Quando isso acontece, tem que se-gurar a peteca e dar um jeito de não deixar o clima esfriar, afinal, o show não pode parar”, escrachou G., sol-tando novamente uma gargalhada.

Na hora de falar sério, principal-mente sobre preconceito, o homos-sexual não se faz de rogado: “Faço o que gosto, o que me deixa feliz, sem prejudicar o outro. Então, ninguém tem nada a ver com isso. Quer recla-mar? Passa lá em casa que eu estou com uma caixa cheinha de carnês atrasados”.

Depois de tanta irreverência e alegria, chega o momento de en-cerrar a entrevista. “Ah, mas é só isso? Eu tinha muitas outras coisas pra contar”, suspira o travesti, la-mentando o fim dos seus 15 mi-nutinhos de fama. É, G., passasse o repórter mais dez anos te entre-vistando e ainda haveria mais mil e uma histórias da noite a serem ouvidas.

Flagra: Travesti é clicado em momento de distração enquanto aguarda a ‘clientela’

Felippe Carotta

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SHOW DE BOLA por MAUROA R E D E S

● Unidos do Santo Antônio, uma história de amor e luta

O time Unidos do Santo Antô-nio foi fundado em 17 de ju-nho de 2010 e, desde então, vem jogando vários amistosos regionais, sempre visando, é claro, o título de campeão. Após participar de inúmeros torneios e festivais, a equipe atingiu o topo do pódio este ano, vencendo a Copa Barra do Piraí de Futebol Amador - Segunda Divisão. Os atletas fi zeram bonito na disputa, tornando-se campeões invic-tos, sem derrotas do primeiro jogo até a fi nal.

O primeiro campeonato re-gularizado pela Liga Desporti-va do município que a equipe disputou foi o do bairro Asa Branca, em 2010. Na época, se deu bem e garantiu o ter-ceiro lugar. No ano seguinte, integrou pela primeira vez os quadros da Copa Barra do Piraí, chegando até as quar-tas de fi nais. O coroamento do Unidos do Santo Antonio aconteceu mesmo em 2012, com a brilhante vitória alcan-çada.

Lembro-me que, ano passa-

do, tentei montar uma escoli-nha de futebol com essa mo-lecada aí, retomada no último dia 12 de novembro. Tudo corre bem e, agora, estamos regularizando a documenta-ção para não deixar nenhuma pendência.

Nosso objetivo é combater os maus hábitos através do esporte, como o consumo de drogas, demonstrando que o esporte pode mudar tudo - é só acreditar e seguir o cami-nho certo. Sem dúvidas, va-mos lutar com todas as nos-sas forças por esses jovens, crianças e adolescentes.

Ah, uma última informação: a garotada do Sub-15 do Uni-dos do Santo Antônio mandou bem em seu primeiro jogo, que aconteceu no sábado pas-sado, 17. A partida terminou com um resultado de 6 x 3 fa-vorável à equipe, que entrou em campo contra o grupo do América.

● Alô, desportistas de Barra do Piraí, contem pra gente a sua história porque aqui o es-porte é do povo.

● Goleiro barrense brilha na Taça Rio Sub-17

Jogando em seu estádio, o Artsul derrotou o Flamen-go por 1 a 0, na manhã do últ imo domingo, 18, em Austin, na decisão da Taça Rio Sub-17. O único gol da part ida foi marca-do pelo lateral Jean, em cobrança de pênalt i . Em campo, vestindo a cami-sa do campeão, o goleiro Mario (detalhe), que saiu este ano das f i le iras do Royal S.C, de Barra do Pi-raí, e é mais um talento lapidado pelas mãos do

competentíssimo treina-dor de goleiros, Nei Gal-vão.

O vice-presidente da Ferj (Federação de Fu-tebol do Rio de Janeiro), Adi lson Ferreira, entregou as medalhas e o troféu à equipe campeã. Agora, o Artsul vai brigar pelo t ítu-lo estadual contra o mes-mo Flamengo, vencedor da Taça Guanabara da ca-tegoria, em jogos real iza-dos hoje, 24, e na próxi-ma quarta-feira, 28.

● Prova fi nal do curso de arbitragem da Ferj/LDBP

Chega ao fim hoje, 24, a Capacitação de Arbitragem de Futebol da Ferj (Federação Carioca de Futebol) em par-ceria com a LDBP (Liga Desportiva de Barra do Piraí). O curso foi ministrado por renomados profissionais do ramo.

Os “professores” já integraram os quadros da Ferj, CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e até da FIFA (Fe-deração Internacional de Futebol). Atualmente, eles fa-zem parte da Eaferj (Escola de Arbitragem da Federação Carioca de Futebol).

Conforme já dito, a prova final da capacitação acon-tece hoje, a partir das 9h, no Colégio Candido Mendes, ministrada pelo diretor da Eaferj, Carlos Elias Pimentel.

● Eleições na LDBPA quem interessar possa, estão abertas das inscri-

ções para a diretoria da LDBP, que assumirá o triênio 2013/2015. As chapas poderão ser inscritas da próxima segunda-feira, 26, até o próximo dia 10 de dezembro, das 13 às 17 horas.

Edital de ConvocaçãoPUB

Estamos inic iando uma nova jornada, na tentati-va de ajudar a alavancar, cada vez mais, o nosso desporto barrense, aja visto que somos, hoje, muito fortes em nossa re-gião e, por que não dizer, no país e no mundo.

Sendo assim, vamos tra-zer informações priorizan-do o que temos de melhor em Barra do Piraí. Quere-mos, também, elogiar e cobrar das autoridades e pessoas que fazem parte da historia desport iva do nosso município at itudes que possam dignif icar, dar prazer, educar etc.

Vamos procurar ao má-ximo dar o nosso melhor para que as coisas acon-teçam em nosso municí-pio, e não apenas em ci-dades vizinhas, como vem acontecendo. Temos que acordar.

● Opinião do Colunista

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Page 9: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 01 9ESPECIAL

BARRA DO PIRAÍEram 11h da manhã, quando, no úl-

timo dia 15, uma ligação mudou para sempre a trajetória da jovem Renata Florio, 30. Do outro lado da linha, a voz de uma das irmãs do músico Marciel Balduino Cunha, 31, anunciou uma triste notícia: seu namorado havia so-frido um acidente de carro, na Rodovia Lucio Meira, a BR-393. Horas depois, o desfecho e a confirmação da morte do rapaz. Renata entra em estado de choque com a fatalidade que provocou uma reviravolta em sua vida, colo-cando o ponto final numa história de amor que já durava nada menos que 11 anos.

A engenheira aceitou conceder uma entrevista exclusiva à VOZ, com o objetivo de homenagear a memó-ria do tecladista. Demonstrando-se bastante emocionada, a moça falou sobre os anos que passou ao lado de Marciel, derreteu-se em elogios a ele e frisou, diversas vezes, que jamais se esquecerá do relacionamento que viveram. “Vou amá-lo para sempre”, sentenciou.

A história de amor entre Renata e Marciel foi atípica, já que ela mora no Rio de Janeiro, e ele em Barra do Piraí, no Belvedere. Mas, segundo a jovem, a distância não impediu que eles se apaixonassem e vivessem um namo-ro de quase 11 anos.

“Minha história com o Marciel é a mais linda de todas que já conheci. Te-nho 30 anos, e começamos a namorar quando eu tinha apenas 19, e ele 20. Dois jovens cheios de vida, mas tam-bém com muitos obstáculos pela fren-te: a distância, preconceitos, a vida tão diferente que tínhamos, entre outros. Mesmo assim, inexplicavelmente, o amor que existe entre nós superou tudo isso, e me conforto em saber que sempre aproveitamos todos os mo-mentos que tivemos juntos”, relatou.

Renata revelou que o acidente que matou Marciel interrompeu subita-mente a caminhada de um jovem que

tinha a vida inteira pela frente. “O sofri-mento se torna maior ao pensar que estávamos cheios de planos para nós dois. Tínhamos acabado de comprar o primeiro teclado profissional dele, e es-távamos muito felizes, porque acom-panhei durante todo esse tempo a sua carreira, ascensão e amadurecimento pessoal e profissional. Infelizmente, esse teclado só foi utilizado uma única só vez, e isso ocorreu no último final de semana que estive com ele, cerca de 15 dias atrás”, recordou.

O acidente

A BR-393 – que liga Barra do Piraí a Volta Redonda, grifo nosso – se chama oficialmente Lucio Meira, mas, já há quem cogite batizá-la de Rodovia da Morte. Motivo: é crescente o número de acidentes com vítimas fatais que têm ocorrido na estrada. Só no feriado do último dia 15 (Proclamação da Re-pública), foram dois acidentes graves, com seis mortos – entre eles Marciel.

A respeito da batida, que aconteceu por volta das 4h, próximo ao KM 262 da via, Renata afirmou que nem ela, nem a família da vítima têm informa-ções muito detalhadas. “Com certeza, o Marciel estava de carona, porque era muito responsável e não dirigiria sem ter carteira. O que fiquei sabendo é que ele estava em um Pálio (placa LOM-2578), retornando de Volta Re-donda, quando o outro veículo envol-vido no acidente fez uma ultrapassa-gem irregular e acabou batendo de frente”, disse.

A engenheira ressaltou que a últi-ma vez que ouviu a voz do namorado foi por volta das 22h de quarta-feira, 14, véspera do acidente, antes de ela embarcar para o Sul. “O Marciel me ligou informando que havia chegado em Volta Redonda, onde foi para um ensaio de música. Foi a última vez que nos falamos”, emocionou-se, ressal-tando que, na madrugada do aciden-te, ela havia acabado de chegar em Florianópolis, de onde recebeu, horas depois, a notícia da morte do músico.

De acordo com informações divul-gadas pela imprensa regional, Marciel foi a única vítima fatal do acidente que deixou feridos Gabriel Silva Albino, de 8 anos, e o pai dele, Régis Alves Albino, 36 – até o fechamento desta edição, o que se sabia é que ambos foram in-ternados, em estado grave, na Santa Casa.

Dalva Ana de Carvalho, 44, tam-bém ficou ferida, foi operada e ficou em observação; Otávio Augusto Mi-randa, 21, e Raimundo Nério Miranda, 55, com ferimentos leves. No mesmo hospital deram entrada Shirley Apa-recida Braz Pinto, 41, e Luciana Silva Alves, 36, que sofreram fraturas no fêmur e passaram por cirurgias, per-manecendo também em observação.

O futuro

Reaprendendo a viver, agora sem a companhia de Marciel, Renata desaba-fou, dizendo que a fase da perda está sendo muito dolorosa. “O momento está insustentável para mim, não tenho como ter bem a certeza do que estou sentindo, só faço chorar, chorar, chorar. Só há um vazio imenso dentro do meu coração. Marciel sempre foi muito meu companheiro, o grande amor da minha vida, sempre esteve comigo em todos os momentos e nos falávamos todos os dias”, contou.

A engenheira encerrou afirmando que, daqui pra frente, fará de sua vida uma homenagem à “canção” que ela e Marciel compuseram, juntos, através um único acorde: o amor. “Existe um vídeo que fizemos dentro do meu carro, no momento em que estávamos indo buscar o teclado, em Volta Redonda, no último fim de semana que passamos juntos. Ele aparece sorrindo, conver-sando comigo, cantando e com aquele sorriso lindo que só ele tinha. Eu faço questão de compartilhar esse vídeo com todos os familiares e amigos, como uma forma de retribuir todo carinho e mensa-gens de força que temos recebido. Sinto que essa felicidade precisa ser comparti-lhada pra sempre”, finalizou.

EMOÇÃO ● Músico havia comprado recentemente seu primeiro teclado profissional, revela namorada

O fim da canção

Nas redes sociais, as primeiras notícias sobre a morte do músico Marciel Balduino Cunha começa-ram a surgir na tarde do feriadão de 15 de novembro. À tarde, a VOZ foi o primeiro jornal da re-gião a confi rmar o ocorrido, em sua página no Facebook. De lá pra cá, a postagem com a foto do jovem já foi compartilhada por quase 200 internautas e vista por aproximadamente cinco mil pessoas – segundo estatísticas fornecidas pela própria empresa.

Dezenas e mais dezenas de

mensagens de solidariedade pi-pocaram na página do jornal, como a deixada pela usuária Cris Alves. “Que notícia triste, não há o que se possa dizer para aliviar a dor nessas horas, mas que Deus esteja trazendo conforto aos co-rações de todos”, escreveu.

De todos os cantos de Barra do Piraí chegaram mensagens de jovens abismados com o ocorrido, sempre com postagens do tipo “Não acredito”, “Vai fa-zer muita falta”, “Descanse em paz”, “Um grande amigo” etc.

“Cheguei a conhecer, tocava com meu primo, pessoa da melhor qualidade, gente boa demais, realmente é uma pena”, postou o internauta Vinicius Oliveira Sa-bença.

Ainda através do Facebook, as irmãs de Marciel, Josiane Cunha e Celma Cunha, escreveu uma pequena homenagem ao músi-co. “Marciel onde quer que este-ja, o nosso coração e pensamen-to vai estar sempre voltado para você. És mais uma estrela a olhar no céu por nós, fi ca com Deus!”.

Morte do músico causa comoção nas redes sociais; irmãs fazem homenagem a Marciel

Reprodução/Arquivo de família

Últimos momentos: Marciel e Renata felizes da vida na loja onde ele comprou seu primeiro teclado profissional

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Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 01

INTERNET ● Dois meses depois, caso de jovem barrense que teve fotos nuas divulgadas por e-mail permanece cheio de perguntas

No que deu o caso da novinha da rede?

Jovens afi rmam que M. tem sua parcela de culpa

Intimidade: Print mostra suposto trecho de conversa da vítima M.A. com L.C.

10 GERAL

As fotos da jovem M.A. ain-da tem fôlego para esquentar as rodinhas de conversa em Barra do Piraí. Atualmente, exatos dois meses depois de “estourar”, o bafão continua sendo bastante comentado entre os jovens, principal-mente nas redes sociais. Mas, o que será que a garotada pensa sobre o assunto?

Na opinião da estudante C.L. (que pediu para não ser identifi cada), 21, o episódio é lamentável. “Achei muito tris-te, por se tratar de uma me-nina tão nova. Tudo bem que a intenção dela era passar as fotos para um garoto apenas, e não que vazasse pra todo mundo. Mas, mesmo assim, já acho feio demais pra uma me-nina tão nova fi car se exibindo de tal maneira”, avaliou, res-saltando que não tem nenhu-

ma amiga que tenha passado por situação semelhante.

“Pelo que eu soube, den-tre as amigas dela, todas se afastaram, não querem mais falar com ela. E todo mundo tem as fotos, né? Conclusão: fi cou totalmente falada na ci-dade inteira”, acrescentou a universitária.

Questionada se também adotaria a postura de se dis-tanciar de alguém que se en-volvesse num escândalo, a estudante respondeu: “Não sei, acredito que não me afas-taria. Mas, depende, né, por-que ela é uma menina muito nova, as amigas dela tam-bém, portanto, às vezes, nem foram as amigas que decidi-ram se afastar, e, sim, os pais que pediram isso”.

Já a estudante I.A., 18, foi categórica ao apontar M.A.

como uma das culpadas pela própria desgraça. “Bom, pri-meiro foi um grande erro que ela cometeu. Longe de mim julgar, mas fotos daquele tipo a gente não manda nem pra quem confi a, muito menos pra quem mal conhece. E pior não foi ela ter tirado as fotos, porque, de certo modo, foi inocência da parte dela, ela confi ou as fotos ao L. e ele divulgou. O mais errado disso tudo foi ele, mas, ela teve sua grande parcela de culpa tam-bém”, sentenciou.

A jovem seguiu polemi-zando em suas declarações: “Nenhuma amiga minha pas-sou por isso, no entanto, já vi muitas meninas passarem. Se ela (M.) sabia do risco que es-tava correndo e, mesmo as-sim, enviou as fotos, já é um pouco de estupidez”.

BARRA DO PIRAÍ É quase uma rotina pipocarem

na mídia brasileira casos de ce-lebridades vítimas do já batido “vazamento” de fotos íntimas. Mas, engana-se quem pensa que somente os famosos estão su-jeitos a esse tipo de escândalo. Prova disso é o que aconteceu, em setembro passado, com a jo-vem M.A., de 16 anos, moradora do município barrense. O caso da menina, que foi parar com-pletamente nua nos e-mails de um sem fi m de pessoas, está até hoje dando pano pras mangas, principalmente nas redes sociais. E, na última quarta-feira, 21, a VOZ foi atrás de pistas sobre o desfecho do episódio. Dois me-ses após o ocorrido, a surpresa: ainda há um grande ponto de in-terrogação sobre o que, de fato, aconteceu.

As perguntas ainda não res-pondidas começam pela real identidade do responsável pelo vazamento das fotos. Em um dos “prints” – cópias de tela, grifo nosso – divulgados, aparecem trocas online de mensagens ins-tantâneas entre M. e L.C., supos-tamente o “agressor moral”. Mas, de onde ele veio? Se jogou mes-mo no ventilador as fotos, por que fez isso?

Essas e outras questões per-manecem como um X na cabe-ça de muita gente. Tem mais. Segundo relatos de jovens que frequentam baladas locais e que já tiveram contato com M., nin-guém sabe de onde veio L., e nem o motivo pelo qual ele teria feito um inferno da vida da ga-rota. Só o que se especula, diz uma jovem, é que L. mora na Ci-dade Maravilhosa, para onde M. viaja com frequência e mantém amigos.

Procurado para comentar o as-sunto, o delegado titular da 88ª DP de Barra do Piraí, José Mário Salomão de Omena, revelou que o escândalo envolvendo M. foi denunciado por sua avó. A au-toridade afi rmou, ainda, que o nome do responsável pelo vaza-mento das fotos é o mesmo que aparece na troca de mensagens com a jovem – ou seja, L.C. “O caso foi passado à Justiça, visto que a delegacia já fez a parte dela, que é ouvir os envolvidos e encaminhar as investigações”, salientou o chefe de polícia.

Algumas respostas

Talvez, boa parte dos leitores esteja se perguntando quem é M.

e o que aconteceu com ela, pois, até então, nenhum veículo da im-prensa local havia tocado no as-sunto. Visando o esclarecimento dos fatos e a conscientização em torno dos perigos que rondam o ambiente virtual, a VOZ foi em busca de detalhes do episó-dio, e teve acesso à listagem de e-mails que supostamente foram os primeiros a circular contendo as imagens calientes da moça.

Cerca de 50 endereços ele-trônicos constam na relação, e um deles é o do atendente Die-go Barbosa, 20. O rapaz recorda que recebeu a mensagem no dia 24 de setembro – exatos dois meses atrás, grifo nosso. Ele relata, ainda, qual foi sua reação ao ver o conteúdo das fotos di-vulgadas.

“Quando soube do boato, logo imaginei que fosse verdade, por-que casos semelhantes estão vi-rando rotina no país e também em Barra do Piraí. Acho que mais duas ou três meninas já passa-ram pela mesma situação, po-rém, o que me chocou no caso da M. foi ela ser tão novinha”, disse, acrescentando: “Fiquei passado ao saber que ela só tem 16 anos”.

Fontes ofi ciosas garantem que a moça morava (ou ainda mora, não se sabe ao certo) com a avó, no bairro Cantão, em Barra do Piraí. As mesmas fontes dizem que “M. era uma dessas meni-nas que fazem a linha piriguete”. Uma breve pesquisa pelo nome da jovem no Google – buscador virtual, grifo nosso – reve-la, ainda, que ela é vascaína, e, inclusive, teria se inscrito numa disputa online para ser a musa de uma torcida organizada do time cruz maltino.

Por fi m, a mesma pesquisa feita no buscador online mais famoso do mundo indicou resultados im-pressionantes, que confi rmam a repercussão do caso também em municípios vizinhos, como Valença e Volta Redonda. A busca aponta vários internautas que, em seus perfi s no Twitter e no Facebook, co-mentaram o ocorrido com M., bem como demonstraram-se curiosos para conferir o teor das fotos.

NOTA DA REDAÇÃO: A VOZ tentou ouvir a versão

dos fatos de amigos e familiares de M., porém, até o fechamento desta edição, apenas uma amiga da moça foi encontrada e, con-tatada via Facebook, ignorou o pedido de entrevista do jornal. O jovem L.C. também foi ques-tionado através de seu perfi l na rede, mas não nos respondeu.

Reprodução/Internet

Page 11: A Voz do Povo - Ed 01 - 24/11/12

Barra do Piraí, 24 de Novembro de 2012 - Ano I - Edição nº 01 11GERAL

● Domingo, 18

Barra do Piraí – Reis magos, renas, trenós e outros símbolos natalinos invadem a Rua Gover-nador Portela, no Centro, na I Parada de Natal organizada pela prefeitura. Até o Bob Esponja, personagem de desenho anima-do, deu as caras no evento. A surpresa da noite fi cou por con-ta da participação especial do prefeito José Luís Anchite, que se vestiu de Papai Noel e fez as honras da casa.

Rio – A 17ª Parada do Orgulho LGBT leva cerca de um milhão de pessoas à Orla de Copaca-bana, além de serviços sociais gratuitos, como a vacinação contra a Hepatite B. O secretá-rio estadual do Ambiente, Car-los Minc, participou da abertura do evento, afi rmando que, em breve, o governador Sérgio Ca-bral (PMDB) vai reacender a dis-cussão em torno de legislações que garantem o direito dos ho-mossexuais.

● Segunda, 19

Barra do Piraí – Morre uma adolescente, de 17 anos, sete dias depois de dar a luz a sua primeira fi lha. Segundo infor-mações que circulam nas re-des sociais, ela pode ter sido vítima de negligência médica numa maternidade do muni-cípio. O caso alcançou grande repercussão, principalmente no Facebook. Internautas de-monstraram indignação quanto à suposta falha do médico que atendeu a jovem, além da re-volta quanto à precariedade da Saúde pública.

Rio – O sargento da Marinha, Fábio Geff erson dos Santos Ma-ciel, 33, morre de maneira estú-pida, apenas seis horas depois de ter se casado. O “sim” de sua noiva foi ouvido por volta das 20h30m do último domin-go, no Clube Nautilus, na Ilha do Governador. Ao sair da festa, correu, brincando com uma das

madrinhas, e tropeçou. Uma tu-lipa, guardada no seu bolso es-querdo, quebrou e fez um corte na veia femural. O sargento não resistiu ao ferimento. Com in-formações do jornal “O Globo”.

● Terça, 19

Minas Gerais – Começa o se-gundo dia de um dos julgamen-tos mais aguardados dos últi-mos tempos: o do goleiro Bruno Fernandes, acusado de ser o mandante do assassinato de sua ex-namorada, Eliza Samu-dio. A terça-feira foi marcada por uma mudança na estratégia de Bruno, que dispensou seu advogado de defesa, Rui Pi-menta, para, logo em seguida, anunciar a contratação de Tiago Lenoir.

● Quarta, 20

Internacional – A TV Globo noticia o assassinato do lutador de MMA, Luis Vagner Cardoso, nascido em Barra do Piraí. O atleta foi morto, no último sá-bado, 17, em Zurique, na Suíça. De acordo com informações vei-culadas pelos telejornais, uma mulher suíça foi presa, suspeita de cometer o crime. A família da vítima mora em Dorândia, distrito barrense, e teve difi cul-dades fi nanceiras para pagar o translado do corpo de Luis Vag-ner para o Brasil

● Quinta, 22

País – Ministro Joaquim Barbo-sa é empossado presidente do STF (Supremo Tribunal Fede-ral). A cerimônia, realizada em Brasília, contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff (PT), além dos líderes da Câ-mara Federal, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sar-ney. Em seu discurso, Barbosa enfatizou de afastar os juízes da “má infl uência”, reforçando sua independência. Trata-se do primeiro negro presidente do STF, o que é considerado um marco na luta contra o precon-ceito racial.

A Semana

Reprodução/Internet

Reprodução/Internet

POLICIAL ● Soldado do Exército é preso com drogas na Boca do Mato

Em marcha pra cadeiaBARRA DO PIRAÍ

Depois de marchar nas fi lei-ras do Exército Militar, o soldado Denilson Roberto da Silva Fer-reira, 22, pode se preparar para gritar “Sentido!” vendo o sol nascer quadrado. O jovem foi preso anteontem, 22, suspeito de abastecer o tráfi co de drogas nos bairros Roseira e Boca do Mato.

À frente da operação estive-ram o sargento Alexandre Mei-

relles, da 1ª Companhia do 10º BPM (Batalhão de Polícia Militar), e agentes da P2 (Serviço Reser-vado da PM), que já estavam, há algum tempo, na cola dos res-ponsáveis pela movimentação do tráfi co nas localidades.

Segundo informações da po-lícia, a casa caiu para Denilson a partir de uma denúncia anôni-ma. O autor do relato informou que o militar estaria trazendo para os bairros drogas direta-mente do Rio de Janeiro – onde prestava serviços para o

Exército, grifo nosso. Uma operação foi montada e

o suspeito abordado na Rua An-tônio Pereira Lopes, no bairro Boca do Mato. Na mochila dele foram encontrados: um tablete de haxixe, 28 trouxinhas maco-nha e 24 sacolés de cocaína.

O suspeito foi conduzido para a 88º Delegacia de Polícia e, lá, autuado por tráfi co de dro-gas. Ainda de acordo com a PM, como o jovem é militar, ele será transferido para uma prisão do Exército.

Divulgação/Cedida pela PM

Em cana: Ao invés da pinga com mel, Denilson terá que se acostumar com a ‘ardência’ da cela

Nós e Vocêwww.facebook.com/avozdopovobp

O Jornal A Voz do Povo não se responsabiliza pelas opiniões enviadas pelos leitores.

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DANDO CLOSE por RENANANDRADE

CLOSE DA SEMANA

● Ester Figueiredo, a eterna defensora das crianças

Maria Ester Figueiredo é professora aposentada, formada em Letras pela antiga Ferp (Fundação Educacional Rosemar Pimentel). Admirada pelo seu trabalho exemplar e tida como exem-plo para muitos que desejam militar em prol da Justiça e dos cuidados com crianças e adolescentes, Ester tem uma trajetória brilhante no Conselho Tutelar e no Comissariado de Menores.

Foi conselheira tutelar durante três mandatos, ou seja, nove anos, e faz parte do Comissariado de Menores como colaboradora voluntária, desde

1994. De lá pra cá, já se vão nada me-nos que 18 anos de uma história de luta pelo cumprimento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

“Existem pessoas que não com-preendem nossa função de garantir a proteção integral de nossas crianças e adolescentes, e muitas das vezes so-mos criticados. Como muita gente não conhece o ECA, acham que o estatuto veio para desautorizar os pais, mas, não é isso. O documento serve para que todos nós, cidadãos, possamos ga-rantir e defender os direitos das crianças e adolescentes, preceituados em lei”, ensinou Ester, mostrando-se uma pro-funda conhecedora da legislação.

Ester realiza palestras sobre Bullyng e Exploração Sexual. Esse foi o desta-que da semana. Exemplos de amor e profissionalismo como o seu, Ester, são os que nos motivam.

PARABÉNS PRA VOCÊ● 18/11 – Raquel Siqueira

Gonçalves é enfermeira, for-mada pela USS (Universidade Severino Sombra), e comple-tou 29 anos, no último domin-go. Ela é moradora do Centro e, atualmente, trabalha prestando serviços de homecare (modali-dade contínua de serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos pacientes/clientes e a seus familiares em um ambiente fora do hospital).

● 21/11 – Estudante de Bio-medicina no campus Barra do Piraí do UGB (Centro Universi-tário Geraldo di Biase), Marcella Huhn fez 23 anos, na terça-fei-ra passada. A data foi comemo-rada ao lado do namorado Guto Brandão e das colegas do Salão da Dil, onde a jovem trabalha como manicure. Ah, Marcela é fl amenguista.

● 24/11 – A futura psicó-loga, Cindy Êmeli, comemo-ra mais uma primavera hoje, acompanhada do namorado Thiago Cardoso de Oliveira, ambos moradores do Parque Santana. A jovem estuda na USS, em Vassouras, e, em dois anos, estará apta a clinicar na área que escolheu.

● 24/11 – Thiago Barbosa é estudante de Administração e morador da Ilha Joaquim Du-arte, na Ofi cina Velha. Ele já trabalha no ramo, mais preci-samente no escritório de uma grande rede de sapatarias fe-mininas.

CHÁ DE BEBÊA cara da alegria. Assim

pode ser defi nida a expressão estampada no rosto da futura mamãe, Camila Cardoso, após o Chá de Bebê que amigas organizaram para o primeiro bebê dela. Muitas travessuras marcaram a brincadeira, com direito às tradicionais pinturas na barriguinha da grávida. Na foto, a estudante de Psicolo-gia aparece ao lado do pai da criança, Carlos Eduardo. Um beijo Camila, e esperamos seu close já com o pequeno Edgar Dávidis no colo.