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1 Escola Superior Dom Helder Câmara Cristiano Petres Gonçalves Rébula A VIABILIDADE DE USO DO SISTEMA DE COMANDO EM OPERAÇÕES NAS AÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014 Tema Monográfico: Integração das Instituições de Segurança Pública no Brasil Belo Horizonte 2010

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Este artigo tem como objetivo de realizar estudos e confirmar a viabilidade do usodo Sistema de Comando em Operações (SCO), sobretudo nos eventos que ocorrerão no Brasilem 2014, que é a Copa do Mundo FIFA. Os estudos desdobram-se em etapas, tendo por escopoanalisar o cenário atual de integração dos atores que estarão envolvidos com evento, trazer a dinâmicasistêmica e verificar sua aplicabilidade em eventos de Segurança Pública, tendo em vista as múltiplasagências de diversas esferas governamentais e privadas. Mostrando que com a instalação pelasautoridades os órgãos envolvidos manterão sua autonomia, porém com um objetivo comum e todos voltados na resolução de situações-problemas e com uma linguagem clara e precisa. Sendo proporcionado com os estudos uma inovação no contexto da segurança pública e administração pública, o uso do sistema já foi utilizado em situações adversas no âmbito da Defesa Civil no Brasil e resoluções de alta complexidade nos Estados Unidos da América, tais como ataque de 11 de Setembro e grandes incêndios florestais. Assim o poder público através de uma ferramenta gerencial e sistêmica poderá aplicá-la no evento de alta complexidade que é a Copa do Mundo 2014, com objetivos de que sejam apresentados resultados positivos nas ações.

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Page 1: A VIABILIDADE DE USO DO SISTEMA DE COMANDO EM OPERAÇÕES NAS AÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014

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Escola Superior Dom Helder Câmara Cristiano Petres Gonçalves Rébula

A VIABILIDADE DE USO DO SISTEMA DE

COMANDO EM OPERAÇÕES NAS AÇÕES DE

SEGURANÇA PÚBLICA PARA A COPA DO

MUNDO FIFA 2014

Tema Monográfico: Integração das Instituições de Segurança Pública no Brasil

Belo Horizonte 2010

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Cristiano Petres Gonçalves Rébula

A VIABILIDADE DE USO DO SISTEMA DE

COMANDO EM OPERAÇÕES NAS AÇÕES DE

SEGURANÇA PÚBLICA PARA A COPA DO

MUNDO FIFA 2014

Artigo apresentado ao curso de pós-graduação lato sensu em Segurança Pública e Complexidade da Escola Superior Dom Helder Câmara, integrando a RENAESP (Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública).

Orientador: Prof. Ms. Jésus Trindade Barreto Junior.

“A orientação e a participação na avaliação deste trabalho não implicam em vinculação necessária dos professores envolvidos ao conteúdo expresso neste trabalho.”

Belo Horizonte 2010

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A VIABILIDADE DE USO DO SISTEMA DE

COMANDO EM OPERAÇÕES NAS AÇÕES DE

SEGURANÇA PÚBLICA PARA A COPA DO

MUNDO FIFA 2014 Cristiano Petres Gonçalves Rébula

Artigo submetido ao curso de pós-graduação lato sensu em Segurança Pública e

Complexidade da Escola Superior Dom Helder Câmara como requisito parcial à titulação.

Aprovado por:

________________________________________________ Prof. Ms. Jésus Trindade Barreto Junior.

________________________________________________ Professor/a

________________________________________________ Professor/a

Belo Horizonte

2010

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho, às pessoas a quem amo e respeito, minha família e amada

Cristiane; aos meus pais José Gonçalves e Elizabeth Duque e a meus irmãos Max, Joanathas,

Isabella, Dany e Fabiana que me inspiraram pela busca do conhecimento;

Aos companheiros de jornada da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Alunos da Pós

Graduação, da Defesa Civil de Belo Horizonte, sobretudo o Coordenador Municipal Sr. Dr.

Elmar da Silva Lacerda que incentivou a minha participação e conclusão deste Curso;

E principalmente a Escola Dom Helder, em especial ao Prof. Ms. Jésus, a SENASP Secretaria

Nacional de Segurança Pública, que proporcionou aos profissionais da Segurança Pública a

possibilidade de se especializarem e ainda através do conhecimento e atitudes transformar a

sociedade para um modelo de justiça e paz.

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RESUMO

Este artigo tem como objetivo de realizar estudos e confirmar a viabilidade do uso

do Sistema de Comando em Operações (SCO), sobretudo nos eventos que ocorrerão no Brasil

em 2014, que é a Copa do Mundo FIFA. Os estudos desdobram-se em etapas, tendo por escopo

analisar o cenário atual de integração dos atores que estarão envolvidos com evento, trazer a dinâmica

sistêmica e verificar sua aplicabilidade em eventos de Segurança Pública, tendo em vista as múltiplas

agências de diversas esferas governamentais e privadas. Mostrando que com a instalação pelas

autoridades os órgãos envolvidos manterão sua autonomia, porém com um objetivo comum e todos

voltados na resolução de situações-problemas e com uma linguagem clara e precisa. Sendo

proporcionado com os estudos uma inovação no contexto da segurança pública e

administração pública, o uso do sistema já foi utilizado em situações adversas no âmbito da

Defesa Civil no Brasil e resoluções de alta complexidade nos Estados Unidos da América, tais

como ataque de 11 de Setembro e grandes incêndios florestais. Assim o poder público através

de uma ferramenta gerencial e sistêmica poderá aplicá-la no evento de alta complexidade que

é a Copa do Mundo 2014, com objetivos de que sejam apresentados resultados positivos nas

ações.

Palavras-chave:

Sistema de Comando em Operações, segurança pública, planejamento

interinstitucional de operações em defesa social, Copa do Mundo.

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ABSTRACT

This article aims to conduct studies and confirm the feasibility of using the

System Command Operations (SCO), especially in events that take place in Brazil in 2014,

the FIFA World Cup. Studies unfold in stages, with the purpose to analyze the current status

of integration of the actors who will be involved with the event, bring the system dynamics

and their applicability in events of public security, in view of the multiple agencies in various

spheres of government and private. Showing that with the installation by the participating

agencies will maintain their autonomy, but with a common goal and all focused on solving

problems and situations, with a clear and precise language. As with the studies provided an

innovation in the context of public safety and public administration, the use of the system was

used in adverse situations in the Civil Defense in Brazil, and high-complexity in the United

States of America, such as 11 attack and large forest fires in September. Thus the public

through a systematic management tool and can apply it in the event of high complexity

that is the 2014 World Cup, with goals that are presented in positive actions.

Keywords:

System Command Operations, public safety, planning interagency operations in social

protection, the World Cup.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO______________________________________________________ 8

2 ADMINISTRAÇÃO EFICAZ ENTRE MULTIPLAS AGÊNCIAS______________ 11

3 CARACTERÍSTICAS DO SCO _________________________________________ 13

4 INTEGRAÇÃO, UMA NECESSIDADE __________________________________ 20

5 AS DIFICULDADES NA INTEGRAÇÃO ENTRE FORÇAS DE SEGURANÇA_ 25

6 CONCLUSÕES______________________________________________________ 27

7

GLOSSÁRIO________________________________________________________

29

8

ANEXOS___________________________________________________________

30

9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_____________________________________

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho monográfico é resultado final do Curso de Pós-Graduação lato sensu em

“Segurança Pública e Complexidade”, promovido pela Escola Superior Dom Helder Câmara,

integrando a RENAESP (Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública), sob

acompanhamento e financiamento da SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) -

Ministério da Justiça; a partir de convênio celebrado em 2007, e pretende realizar estudos sobre

uma metodologia bastante empregada no campo da Segurança Pública, Defesa Civil e Defesa

Social. Esta metodologia intitula-se Sistema de Comando em Operações (SCO), sigla em

inglês que significa ICS (veja glossário no final deste artigo) podendo ser traduzida, em

português por Sistema de Comando em Incidentes.

Objetiva, assim, cogitar de sua aplicação especialmente em virtude da

aproximação de dois grandes eventos que ocorrerão nos anos de 2014 e 2016, a Copa do

Mundo de Futebol e Olimpíadas. Sendo enfatizado que é possível desenvolver uma política e

mecanismos de controle e gestão eficaz, já que os diversos órgãos envolvidos no evento são

de esferas federais, estaduais e municipais e até privados.

O uso deste instrumento dispõe de mecanismos que podem dar uma resposta em

tempo real a todas as possibilidades de um evento de magnitude mundial, onde o respeito às

leis, interesses econômicos, religiosos e políticos podem influenciar nas ações de segurança

pública que transpassam as ocorrências convencionais do Brasil.

As complexidades em que a segurança pública atuará transcendem as diversas

áreas da sociedade, podendo ser a nível local, regional e global.

As propostas para o artigo partem da premissa sobre a funcionalidade do Sistema

de Comando de Operações, podendo resultar em respostas positivas, sobretudo as articulações

dos agentes da segurança pública e suas instituições nas diversas esferas do poderes Federal,

Estadual e Municipal, sobretudo nas 12 cidades sedes do evento (Belo Horizonte, Brasília,

Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,

Salvador).

A ferramenta proposta possui uma concepção sistêmica, caracterizada por um

planejamento prévio e especifico para diferentes cenários. Propondo o uso sistêmico ao

abordar a complexidade das operações de resposta, e as situações que podem se considerar

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críticas. Ou seja, o planejamento e as respostas a demanda do evento partem de um

entendimento integral da realidade por meios de fluxos sucessivos de ações (planejamento,

organização e controle), contrapondo as ações desenvolvidas, determinadas através de causa e

efeito.

Este planejamento perpassa pela necessidade de que sejam criados e efetivados

junto as agências (órgãos de segurança e apoio) que atuaram no evento Copa do Mundo 2014

os planos de contingências.

Em pesquisas realizadas pela internet, imprensa e governo federal, foi verificado

que ainda não existe uma ferramenta ou modelo a seguir nas cidades sedes da copa, sendo que

de acordo com Ministério da Justiça, serão criados os centros de Comando e Controle, a

serem construídos pelos Estados e equipados pelo governo federal. Tal recurso foi baseado no

evento da África do Sul em 2010, sendo que de acordo com a página eletrônica do gestor da

Copa relata que muitas coisas ocorreram de última hora, como a greve da segurança privada e

“se não houvesse esses centros de Comando e Controle que puderam remanejar efetivos para

os estádios de futebol, provavelmente as coisas não teriam transcorrido de forma tão tranqüila

como ocorreram”.

O Brasil, através do Decreto Federal de 14 de janeiro de 20101

Ou seja, não podemos deixar para última hora para saber o que será feito, Com

um planejamento anterior, utilizando medidas de prevenção e preparação, pode-se evitar

prejuízos à qualidade dos serviços prestados a sociedade. Mesmo que haja uma programação

ao nível do estudo proposto, existirão situações dinâmicas e complexas, embora haverá menos

“situações-problema” se nada tivesse sido feito anteriormente.

, instituiu o Comitê

Gestor para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das ações

do governo brasileiro, para a realização da Copa do Mundo 2014, bem como subscreveu a

Carta Garantia n.º 5, na qual endossa a proposta da Confederação Brasileira de Futebol e

oferece todas as garantias à FIFA de que irá implementar as medidas necessárias de segurança

e proteção das pessoas e organizações participantes ou presentes no evento.

Oliveira (2010, p.23) destaca que:

“A experiência adquirida pelas organizações de defesa civil e segurança publica ao

1 Decreto de 14 de Janeiro de 2010 Institui o Comitê Gestor para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano

Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, e dá outras providências. (CGCOPA - Comitê Gestor da Copa; e GECOPA – Grupo Executivo da Copa)

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longo dos últimos anos, indica que entre os vários problemas encontrados na implementação das ações de resposta aos desastres, questões relacionadas ao comando e controle das operações constituem-se num ponto altamente relevante, que quase sempre representa o elo fraco de muitas intervenções”

A implantação do sistema poderá trazer resultados positivos no desenvolvimento

dos trabalhos inerentes à segurança pública, pois sua concepção e desenvolvimento poderão

contribuir de forma a um gerenciamento padronizado para situações de qualquer natureza ou

tamanho, permitindo ainda diversas organizações se integrarem rapidamente, bem como

agrega valor a operação, evitando conflitos de instituições, duplicação de esforços.

O SCO no Brasil foi desenvolvido a partir das experiências e modelos norte-

americanos, e de acordo com OLIVEIRA (2010, p.26) destacam-se os modelos conhecidos

como:

* Sistema de Coordenação de Operações de Emergência – SICOE.

* Sistema Integrado de Comando e Operações de Emergência – SICOE da Coordenadoria

Estadual de Defesa Civil do Estado do Paraná;

* Sistema de Comando em Incidentes – SCI, em franca utilização no Estado do Rio de

Janeiro e Brasília;

* Sistema de Comando em Incidentes – utilizado e disseminado pela Secretaria Nacional de

Segurança Pública – SENASP;

* Sistema de Comando em Incidentes – utilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, baseado

no padrão NIMS.

* Sistema de Comando em Operações – utilizado pela Defesa Civil do Estado de Santa

Catarina e apoiado pelo Centro de Pesquisas em Desastres da Universidade Federal de

Santa Catarina, também utilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito

Santo.

A ferramenta encontrará desafios na articulação e padronização entre as forças de

segurança pública, entretanto, com a gestão integrada de operações e pronta resposta a

incidentes críticos de segurança pública, modelos lógicos de operações, ferramentas de

inteligência e recursos tecnológicos modernos, serão capazes de prover uma imagem fiel em

tempo real do evento, estando ainda capacitados a atender as demandas de acordo com os

planos de ações e contingências a serem articulados durante a fase de preparação aos eventos

que ocorrerão no Brasil.

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2 – ADMINISTRAÇÃO EFICAZ ENTRE MULTIPLAS AGÊNCIAS

Oliveira (2008, p.75) afirma através de análise que o SCO preserva a autonomia

das agências participantes, mantendo a integração dos órgãos, utiliza-se da administração por

objetivos com uso de Plano de Ação e que caso seja necessário realiza a transferência de

Comando, podendo ainda realizar um gerenciamento eficaz dos recursos humanos e

logísticos, realizar a administração da operação através de instalações em locais pré-definidos

e utilização de formulários padronizados do uso de formulários padronizados.

O gerenciamento e articulações previstos no SCO estão baseada em uma linha de

administração denominada Administração por Objetivos (APO). Tendo por base elementar o

estabelecimento de prioridades e objetivos comuns, de forma clara, concisa e mensurável,

buscando sempre articular os recursos e esforços, bem como a acompanhar a evolução da

operação.

O marco teórico esta baseado no sucesso percebido pelos órgãos de emergência

dos Estados Unidos após ataque de Terroristas em 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas e

ao Sistema de Aviação Civil 2

Ficou determinado o estabelecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de

Emergências nos EUA e do Sistema de Comando de Incidentes ICS como o Sistema a ser

oficialmente utilizado para o gerenciamento de emergências e desastres em território norte-

americano, independente da causa, magnitude ou complexidade do evento. (BRASIL, 2007, p.

16).

.

De acordo com Gomes Junior (2009, p3-5), a origem e o desenvolvimento do

SCO “pode ser dividida em três etapas distintas, ou seja: sua origem, na década de 70 nos

EUA, sua consolidação e, finalmente, a criação do National Incident Management System ou

NIMS”.

Com a perspectiva para uma melhor resposta por parte da segurança pública a

integração já é uma necessidade dos órgãos de segurança pública, pois as ocorrências são 2 Após os ataques terroristas em 11 de setembro 2001, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia 28 de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de nº 5 (HPSPD 5 – Homeland Security Presidencial Directive nº 5), Diretiva essa que instituiu o SCI (SCO) Sistema de Comando de Incidentes no gerenciamento de emergências.

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complexas, havendo quase sempre necessidade de apoio de outras instituições dependendo do

caso. Sendo que o mecanismo proposto pela integração é uma melhor resposta para a

sociedade.

Megginson, Mosley e Pietri Junior (1986, p.17), ampliando o conceito, ressaltam

que em sua definição funcional a administração é como trabalhar as pessoas para determinar,

interpretar e alcançar os objetivos organizacionais pelo desempenho das funções de

planejamento, organização, preenchimento de vagas, direção e controle.

De acordo com Santos (1988 p.121) “A influência das técnicas sobre o

comportamento humano afeta as maneiras de pensar, sugerindo uma economia de pensamento

adaptado a lógica do instrumento.”

Neste sentido verifica-se a missão do Estado em prover um mecanismo capaz de

apresentar respostas às demandas atuais do mundo globalizado e eventos “globais” como é a

Copa do Mundo.

Para o funcionamento eficaz do sistema proposto, levando-se em conta os planos

de contingência, buscando uma reposta mais eficaz, faz-se necessário que exista um

treinamento prévio, através de treinamentos e simulações, ficando assim as agências e pessoas

envolvidas familiarizadas com suas obrigações, sanando dúvidas e agregando melhorias e

adaptações do fluxo do serviço.

As ações integradas que o Sistema de Comando de Operações proporciona um

fator preponderante em relação ao contexto em que a segurança pública e demais órgãos de

apoio trabalham.

Ou seja, o SCO de acordo com a Defesa Civil do Brasil (BRASIL, 2007, p. 23) é

Uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada, para todos os tipos de sinistros, que permite a seu usuário adotar uma estrutura organizacional integrada para suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independente das barreiras jurisdicionais.

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3 - CARACTERÍSTICAS DO SCO

Tais características do Sistema de Comando em Operações indicam uma forma

eficaz de gerenciamento e controle da situação, e já foi consolidada por forças de segurança

pública estrangeiras e brasileiras, sendo utilizadas por órgãos de Defesa Civil do Brasil,

sobretudo na CEDEC/MG, indicando ainda as razões para a criação do SCO, sendo que

através dos planos de contingência, formulários próprios, fluxogramas e atribuições legais dos

diversos órgãos envolvidos será descrito os benefícios do SCO.

Gomes (2006, p.47) afirma que: “Pela sua característica, o ICS se propõe a ser utilizável para qualquer composição de incidentes, incluindo incidentes com o envolvimento de: • Várias equipes de uma mesma agência em uma única jurisdição; • Várias agências de uma única jurisdição; • Várias jurisdições de uma mesma agência; • Várias jurisdições de várias agências. Além disso, é adequado para a resposta a incidentes envolvendo diversos tipos de incidentes: • Incêndios, tanto florestais como estruturais; • Desastres naturais, como tornados, enchentes, furacões e terremotos; • Emergências com vazamento de produtos perigosos; • Missões de busca e salvamento; • Repressão a ações criminosas e investigação da cena de crimes; • Incidentes terroristas, incluindo o uso de armas de destruição em massa; • Eventos especiais como visitas presidenciais e finais de campeonato; e • Eventos envolvendo multidões como manifestações e passeatas. Finalmente, é importante destacar que o ICS pode ser utilizado em operações com diferentes graus de planejamento prévio.”

De acordo com Brasil (2010 p. 39) o SCO afirma que a pessoa que assuma o Comando é o

responsável pelas operações como um todo, e para facilitar os trabalhos operacionais, a

estrutura organizacional padronizada é representada por um fluxograma em que são

representadas as principais funções, devendo ser inserido os nomes das pessoas ao lado das

funções, assim pode-se identificar quem é no contexto das operações e o que faz.

O fluxograma explicativo apresenta as características e funcionalidades, sendo caracterizado

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por:

Segundo Oliveira (2010, p.28) o SCO possui 15 características básicas

respectivamente:

Emprego de terminologia comum: sendo que o emprego de terminologia comum

visa facilitar a comunicação entre as pessoas e as organizações envolvidas na operação.

Evitando assim uso de gírias/códigos e expressões que possam dar margem a interpretações

inadequadas ou falta de compreensão da mensagem.

Uso de formulários padronizados: O uso de formulários pré-estabelecidos visa a

padronização e informação/registros dos recursos. Consolidado com os planos de ação tal

ferramenta contempla os canais de comunicação vertical e horizontal do SCO (ver anexos).

Estabelecimento e transferência formal de comando: Um dos problemas para a

integração de esforços entre as agências e pessoas que estão no teatro de operações e

Porta-voz

Segurança

Ligações

Secretário

COMANDO

PLANEJAMENTO ADMINISTRAÇÃO LOGÍSTICA OPERAÇÕES

Emprego

Compras

Custos

Recursos Comunicação Seção Policial Setor Norte

Situação

Documentação

Desmobilização

Técnico

Médico

Alimentação

Reabilitação

Suprimento

Instalações

Seção Bombeiro

Seção Atendimento

Seção Evacuação

Seção Abrigos

Seção Obras

Suporte

Setor Sul

Setor Central

Setor Acessos

Controlador

Staff do Comando

Seções e Setores

Staff do Principal

Comando

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definição de quem comanda. A inexistência de um comando que integre as ações como um

todo permite que as organizações atuem de forma independente, causando duplicidade de

esforços e conflitos institucionais. O comando será transferido em caso de chegada de uma

pessoa mais qualificada do assunto ou através de uma autoridade mais graduada que ficará

responsável pelas diretrizes a serem seguidas previamente.

Cadeia e unidade de comando: É a linha ininterrupta de autoridade que liga as

pessoas dentro do SCO. Essa linha representa o caminho por onde fluem as ordens,

orientações e informações entre os diferentes níveis organizacionais. Unidade de comando

significa que cada indivíduo responde a uma pessoa, ou seja, a quem se deve reportar durante

toda a operação, sendo que tais preceitos são fundamentais, pois o sucesso nas operações em

situações críticas está fortemente associado ao trabalho de equipe (sinergia).

Comando único ou unificado: Poderão ser utilizados dois modelos de comando,

sendo cada “tipo” de comando aplicado a uma determinada situação. Assim, quando o termo

for “comando único” é representado por apenas uma pessoa, da sua organização em um

evento que apenas ela esta participando, sendo responsável por todas as necessidades do

serviço. Já o “comando unificado”, é usado em respostas a situações criticas quando existem

representantes de várias instituições envolvidas na situação crítica, e atuam de forma a partir

de estabelecimentos de objetivos e prioridades comuns.

Organização modular e flexível: O SCO utiliza estrutura organizacional

padronizada (Comando, Staff de Comando e Staff Geral ), e é flexível na sua implementação.

Somente as funções necessárias é que são ativadas, caso ainda não seja necessário, não é

ativada, tudo com objetivos comuns. Administração por objetivos: Esta característica trabalha

em objetivos já previstos e claramente definidos. Nas palavras de Drucker (2002, p. 307), “é

preciso, desde o inicio, dar ênfase ao trabalho de equipe e aos resultados obtidos por esse

esforço em conjunto.”

Uso de planos de ação: As ações são determinadas por planos de ação, que

fornece as pessoas e organizações uma idéia geral da situação, dos recursos disponíveis, e

principalmente dos objetivos e prioridades em períodos operacionais determinados, buscando

otimizar os esforços e gerando sinergia. Estes planos de ação, por recomendação, devem ser

formais, sobretudo por formulários (ver anexos).

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Adequada amplitude de controle: Amplitude de controle refere-se ao número de

pessoas que um superior pode supervisionar pessoalmente, de maneira eficaz e eficiente.

Recomenda-se que o um determinado coordenador mantenha sua capacidade gerencial, não

devendo ser inferior a três, nem superior a sete pessoas.

Instalações e áreas padronizadas: Recomendam-se áreas e instalações de trabalho

padronizadas, sendo as principais instalações (espaços físicos, moveis ou fixos) são: Posto de

Comando: representa o Comando da Operação; Base de Apoio: onde se realiza as atividades

logísticas; acampamento: onde ficam os recursos humanos da operação; Centro de

Informações ao Público: local para atendimento a imprensa/mídia; Helibases e Helipontos:

locais onde ficam alocados os recursos de abastecimento, estacionamento e

embarque/desembarque de aeronaves; Área de Concentração de Vítimas: locais onde vítimas

são identificadas e encaminhadas a atendimento medico inicial antes de irem se for o caso

para um hospital especializado; Estabelecimentos de Zonas “Quentes, Morna e Fria” que

representam restrição de acessos e riscos.

Gerenciamento integrado dos recursos: A ferramenta orienta que todos os

recursos empregados na operação sejam gerenciados de forma integrada, sendo que eles

estarão disponíveis em uma área determinada como “área de espera”, estes recursos são

cadastrados e relacionados sua situação, se está mobilizado, disponível, indisponível,

designado ou desmobilizado, sendo tais recursos submetidos ao controlador ligado ao staff de

comando. O controle destes recursos são agrupados em categorias de recursos operacionais

(ex: helicóptero e tripulação, ambulância, esquadrão anti bombas) e recursos logísticos

(alimentação, equipamentos comunicação, gps, combustível). Os recursos disponibilizados

são divididos em:

1 - Força Tarefa: É a combinação de diferentes recursos únicos, constituídas com

tarefas táticas específicas, tais como a combinação de viaturas de combate a

incêndio, helicópteros (de diferentes órgãos) e veículos de transportes de pessoas

e pessoas com objetivo, por exemplo, apagar um incêndio florestal.

2 - Equipe de intervenção: É a combinação de diferentes recursos únicos do

mesmo tipo, agrupados par uma tarefa tática especifica sob a intervenção de um

líder ou responsável, por exemplo, resgatar pessoas seqüestradas em cativeiro.

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3 - Recurso único: e o equipamento somado ao seu complemento em pessoal para

emprego tático em uma operação sob a supervisão de um responsável (exemplo

uma ambulância dos Bombeiros com seus socorristas e motorista)

Gerenciamento integrado de informações e comunicações: A rede de

comunicações é fundamental para o sucesso das operações, pois é possível comunicar-se com

diferentes organizações, comando e assessoria (staff); uma rede tática, que integra as

comunicações entre pessoas e equipes subordinada ao coordenador de operações; uma rede

administrativa, que integra as comunicações não operacionais entre o comando e órgãos

externos que estão cooperando com o Comando, possuindo também uma rede logística que

trata de assuntos de suprimentos, serviços e instalações, e finalmente uma rede de operações

aéreas (aeronaves), que integram as comunicações usadas no durante o evento.

Gerenciamento integrado de informações e inteligência: Neste caso usa-se o

formulário 201 do SCO, e as informações de inteligência são fundamentais nas ações de

respostas, pois diminuem a entropia do sistema e produzem sinergia. Nesta característica,

dependendo da natureza, complexidade e magnitude do evento, faz necessário, por exemplo, a

coleta de dados de metereologia, assuntos relacionados a greves, necessidade essenciais da

sociedade, situações externas aos países envolvidos (geopolítica), culturais, acessos restritos a

pessoas.

Controle de pessoal: Uma das preocupações é o controle do efetivo empregado na

operação, mobilizando o efetivo de forma racional, e com objetivos comuns, mesmo porque

em caso de múltiplas agências poderão ter outros agentes trabalhando com o mesmo objetivo

final.

Controle da mobilização/desmobilização: Deverá ter um controle muito criterioso

na avaliação da mobilização e desmobilização do recurso, levando-se em conta o cenário de

risco e resposta/objetivos alcançados.

GOMES (2006, p.13) levanta hipótese sobre o Incident Command System :

“A utilização dos princípios e padrões preconizados pelo ICS em operações de

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preservação da ordem pública desenvolvidas no âmbito da SSP-SC, quando estas envolvem várias agências ou órgãos, jurisdições, competências legais, áreas de conhecimento ou mesmo várias equipes de uma mesma agência, melhorará a administração destas operações?”

Tal pergunta pode ser respondida através do sucesso apresentados em ações em

que a ferramenta foi utilizada em resposta a desastres e ocorrências de alta complexidade, a

funcionalidade esta alicerçada nos conceitos de coordenação de situações críticas, amparados

“Planos de Ações e Contingências” das agências envolvidas. Esta previsão é feita pelo

Comando, é o Plano de Ação fornece aos órgãos, agências e equipes envolvidas o

conhecimento das prioridades e objetivos que devem ser atingidos em um determinado

período, permitindo a otimização dos esforços.

Ao ser implantado o SCO, apenas as funções necessárias para alcançar os

objetivos são ativadas, neste caso pode haver economia de esforços e recursos. Dessa forma, a

estrutura pode ser adaptada a várias situações, pois a tarefa designada para uma função que

não foi ativada é executada pelo nível superior até que a complexidade da operação exija.

O nível de controle refere-se ao número de pessoas que um coordenador pode

coordenar com segurança em uma situação crítica. Nessas situações deve-se manter um nível

de controle adequado sobre as equipes envolvidas é fundamental. Estabelecendo que um

único coordenador deva ter um limite entre três e sete equipes ou funções, evitando assim que

o coordenador perca o controle sobre recursos/efetivos.

Os recursos operacionais disponibilizados e empregados devem estar integrados

ao sistema. Devendo tais recursos (humanos, materiais), ao chegar ao local das operações,

deverão passar por uma área designada previamente, denominada Área de Reunião, onde se

submeterão a um “check in” (procedimento de recepção). Estes recursos imediatamente estão

sendo informados ao Comando da operação.

Outra característica importante é a adoção de uma terminologia entre os órgãos

envolvidos. Sendo de suma importância a capacidade de se comunicar com os elementos do

Sistema é absolutamente essencial. Neste sentido faz-se necessário que as agências

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desenvolvam um Plano de Comunicações, informando os contatos, prevendo “quem

conversará com quem e como”, buscando catalogar todas as informações do contato

telefônico, endereço, faixas de freqüência de rádio, etc.

O comando deverá dar importância sobre o espaço físico, ou seja, onde ficará o

Comando e os agentes responsáveis pelo evento, delimitando áreas de trabalho. Tendo estas

áreas de trabalho referenciadas como: Área Quente, Área Morna, Área Fria, Área de Reunião,

Posto de Comando e Bases de Apoio.

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4 – INTEGRAÇÃO, UMA NECESSIDADE

Ao analisar as possibilidades de uso do SCO, tendo em vista que haverá

possivelmente múltiplos órgãos do sistema de segurança público brasileiro envolvido no

evento Copa Mundo FIFA 2014, que é um evento de alta complexidade deverá ser adotada

uma estrutura organizacional integrada, mantendo ainda sem prejuízo as competências e a

interoperacionalidade, e os limites jurisdicionais dos diversos órgãos que estarão trabalhando

no evento, buscando uma administração eficaz.

A integração entre órgãos, aliado a possibilidade de utilização de diversos órgãos

de diversas esferas governamentais poderá ser um problema caso não um exista um

planejamento anterior no evento Copa do Mundo de 2014. Os planos de ações e contingências

previstos na ferramenta do Sistema de Comando de Operações representam um diferencial

sobre o que ocorre nos dias atuais. Verifica-se ainda que no Brasil os serviços de atendimentos

a emergência possuem vários números de acessos (190, 191, 192, 193, 197, 199).

Com um planejamento prévio, anterior ao evento de 2014, as centrais telefônicas e

de monitoramento trabalhariam em um centro integrado de coordenação e controle, previstos

no SCO durante a Copa, melhorando os canais de comunicação, solução dos problemas e

atendimento a demanda da sociedade.

Barreto (2003 p. 18) afirma que:

“Entende-se que a gestão compartilhada de informações e tecnologias entre os órgãos que integram o Sistema de Defesa Social e destes com aqueles que compõem o Sistema de Justiça promoverá, em última instância a geração do conhecimento sobre a dinâmica da violência e da criminalidade. É esse conhecimento, aplicado no desenvolvimento de políticas públicas, que irá qualificar a ação do estado e de suas instituições, tornando efetivo o atendimento aos anseios da sociedade quanto à demanda por segurança pública.”

A sociedade atualmente reclama da falta de sinergia em favor da segurança

pública, e quando se fala a Copa de 2014 fica uma lacuna a ser preenchida e desenvolvida

sobre as formas e sistema de integração entre as forças de segurança e qual estrutura de

Comando e Controle estará sendo desenvolvido antes e durante o evento, mesmo que ainda

estejam sendo discutidos e analisados através de projetos e comissões pelas autoridades

Federal, Estadual e Municipal.

Sendo percebida esta necessidade de integração, o Estado de Minas Gerais

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preocupado com a mensuração dos problemas, consolidou um banco de dados comum entre

as policias civil e militar mudou antigo “B.O.” (boletim de ocorrência) para “REDS” (registro

de eventos de defesa social), porém quando envolve os entes federados em outros dados

relevantes à segurança pública (saúde, distribuição de renda, infra-estrutura, limpeza urbana)

poucos dados ou fatos são levados ao conhecimento dos gestores da segurança pública.

A integração dos dados de ocorrências e eventos foi uma das ferramentas

importantes na integração e conhecimento do que ocorria no espaço geográfico do Estado de

Minas Gerais no quesito segurança pública revelou que o recurso proporcionou a melhoria

dos processos de gestão de suas respectivas unidades policiais e que 75% desse público

entrevistado avalia que o respectivo projeto contribui para o compartilhamento e integração

das informações de segurança pública entre as instituições policiais do estado (Mendes,

2007).

Por exemplo, em uma véspera de final ou jogo importante da Copa do Mundo, em

um “Comando Unificado”, chega a informação de possíveis greves e desabastecimento

público de água ou energia elétrica, isso poderá interferir nas ações de segurança pública, bem

como em uma briga generalizada envolvendo torcedores de outros países, onde tenha que ser

feita a contenção, prisões, transferências e deportações, neste caso com o SCO, através dos

recursos de planos de contingências previstos, inteligência e gerenciamento integrado entre as

agências governamentais haverá uma melhor resposta as situações críticas apresentadas.

Verificou-se que este processo inicial de integração da base de dados foi positivo,

porém as forças Estaduais de Polícia e de segurança pública necessitam de desenvolver

mecanismos integração e de comunicação simultâneos, sobretudo em um evento de múltiplas

agências que ocorrerá em 2014. Tendo múltiplos olhares no campo geográfico das cidades

através de rádio comunicadores, imagens satélite, monitoramento de vídeo integrado, sejam

elas do Trânsito das Cidades, da Guarda Municipal, da PMMG e da região dos Estádios.

Essa necessidade de integração é definida de acordo com Barreto (2003) assim: “O arranjo institucional adotado em Minas Gerais a partir de 2003 tem como uma de suas características a gestão integrada de ações e operações. O que se espera é que órgãos de defesa social que se articulem efetivamente o façam também no nível operacional. Isso é notadamente importante para a superação da divisão do trabalho policial, desenvolvido pela Polícia Civil e pela Polícia Militar.”

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A integração já um anseio da sociedade, sendo iniciados pela cúpula da segurança

pública do Estado de Minas Gerais, tais desafios são complexos, pois a instituições quase

trabalhavam de forma isolada. De acordo com SAPORI (2008 p. 437):

“O projeto Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp) visa à delimitação de circunscrições únicas de atuação para as polícias. Isso porque, historicamente as áreas de atuação da Polícia Militar e da Polícia Civil eram delimitadas de forma diferenciada pelas duas instituições. A integração territorial visava, portanto, a sobreposição do espaço de atuação das duas instituições, compatibilizando, assim, não só os espaços organizacionais como também o planejamento operacional, já que a correspondência entre áreas significa, também, a correspondência entre os policiais das duas instituições que atuam nessas áreas.”

Podemos salientar que atualmente a sociedade cobra do poder público uma

resposta positiva, sendo que a integração proposta pelo governo mineiro é uma proposta

significativa, com mudanças de paradigmas integração das intituições da segurança pública.

Utilizando a proposta vislumbrada pelo Estado de Minas Gerais, o SCO é um recurso

oportuno, tendo vista seus princípios e finalidades.

Os desafios encontrados na integração também podem acarretar em economia de

recursos, pois em locais distintos onde haveria dois tipos de órgãos realizando a finalidade

administrativa ou operacional. De acordo com a Secretaria de Planejamento de MG em sua

página eletrônica: “...O que orienta as ações de Estado e Prefeitura é a chamada governança

compartilhada, modelo em rede regulado pelas instituições de forma descentralizada, mas

ordenada, que permite a mobilização integrada das políticas públicas relacionadas à Copa...”

A CEDEC-MG (2010) destaca em sua página eletrônica que:

“O Sistema de Comando em Operações (SCO) é uma ferramenta gerencial que visa treinar, planejar, organizar, dirigir e controlar os grupos atuantes nas ações de resposta, ou seja, socorro e assistência às vítimas de um desastre, especialmente quando o auxílio é realizado por múltiplas agências, jurisdições ou equipes. Emergências são situações que normalmente envolvem risco, exigindo a intervenção de pessoal treinado e equipado, a fim de reduzir as conseqüências negativas de um desastre. Nas denominadas "situações críticas", as ações de resposta exigem dos órgãos envolvidos uma postura organizacional não rotineira durante a administração das ações. Alguns casos de repercussão nacional onde a doutrina do SCO foi utilizada continuam vivos na memória de todo país. Em 10 de janeiro de 2007 aconteceu o rompimento da barragem da Mineração Rio Pomba Cataguases, em Miraí, na Zona da Mata. O desastre provocou o vazamento de cerca de dois bilhões de litros de lama, que atingiram rios, inundaram vários bairros, atingiram Muriaé e Patrocínio do Muriaé, em Minas Gerais, e Lajes do Muriaé e Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro. Além de deixar famílias desabrigadas e

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desalojadas, o incidente também causou danos ambientais. Na ocasião, órgãos federais, estaduais e municipais trabalharam em conjunto e foi necessária a implementação dos princípios do SCO para integrar as equipes de apoio. Em 23 de agosto, uma equipe da CEDEC/MG esteve em Ponte Nova, na Zona da Mata, para coordenar os trabalhos dos órgãos estaduais e municipais que assistiram as famílias das 25 vítimas do incêndio ocorrido na cela oito da Cadeia Pública da cidade. Este tipo de situação está previsto na Codificação de Desastres, Ameaças e Riscos (Codar) como desastre humano, de natureza social, relacionado com convulsões sociais, classificado como "colapso do sistema penitenciário". A CEDEC/MG trabalhou em conjunto com órgãos estaduais e gestores municipais na implantação do SCO. A ferramenta também foi utilizada para controlar a proliferação de cianobactérias (algas azuis) nas bacias dos rios das Velhas, São Francisco e Doce, onde várias medidas de prevenção foram adotadas pelo Governo de Minas. Além do monitoramento sistemático da qualidade das águas, destacam-se a mobilização dos gestores municipais nos 57 municípios atingidos para levar informações e cuidados à população ribeirinha sem acesso à água tratada; recomendação de não uso da água bruta e de suspensão das atividades de extração de areia nas margens do Velhas; a distribuição de cestas básicas e água potável para as comunidades atingidas; e proibição da pesca. A operação, que envolveu diversos órgãos do Governo de Minas, num Comando Unificado, conseguiu evitar a intoxicação de seres humanos e de animais, o que demonstra a eficiência das ações. Outro caso marcante o abalo sísmico de 4,9 graus na escala Richter, ocorrido na madrugada de 09 de novembro em Caraíbas, distrito de Itacarambi, no Norte do Estado. Com o desastre, 76 famílias foram atingidas e uma criança morreu. Utilizando a ferramenta, a CEDEC/MG vem aprimorando o atendimento às emergências e obtendo sucesso na agilidade das respostas às ocorrências. Isso se deve à oportunidade do trabalho em equipe e das parcerias com os diversos órgãos federais, estaduais e municipais, num esforço conjunto e coordenado.”

Os desafios encontrados pela CEDEC/MG seriam muito maiores sem a

participação de prefeituras e órgãos de apoio quando da utilização do recurso proposto e

ferramenta já foi experimentada e utilizada com sucesso no âmbito de respostas de diversas

natureza, seja ela em desastre ou relacionadas a segurança pública, como ocorreu no colapso

do sistema carcerário na cidade de Ponte Nova/MG.

De acordo com SILVA (1990 P. 124), “Hoje, na era da informática, a

burocracia tem uma conotação bastante pejorativa. A burocracia atualmente está muito mais

relacionada à idéia de obsolescência administrativa e esclerose empresarial.”

A preocupação com a inexistência de planejamento, burocracia do Estado

brasileiro no passado recente, evidenciado por processos decisórios lentos representa o que

SILVA (1990) alerta sobre a eficácia do poder público, sendo tais articulações e mobilização

para o evento uma mudança na conjectura atual do sistema político nacional. As ações da

segurança pública estão intrinsecamente ligadas ao poderes políticos, entretanto o

planejamento proposto pelo SCO poderá tornar o desenvolvimento dos serviços mais

tranqüilo.

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Conforme informações obtidas junto a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

de Minas Gerais, durante o jogo Brasil e Argentina, válido para as Eliminatórias da Copa do

Mundo Fifa 2010, o Governo Mineiro implantou o Sistema de Comando em Operações.

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5 - AS DIFICULDADES NA INTEGRAÇÃO ENTRE FORÇAS DE SEGURANÇA

A necessidade de mudanças é evidenciada pelo do Plano Nacional de Segurança

Pública, e o governo incentiva a integração das polícias, com objetivos de que seja melhorado

o desempenho organizacional das instituições, bem como na redução a violência. Se tudo

estivesse bom, não haveria a recomendação da política nacional de enfrentamento aos

desafios da segurança pública, bem com mudanças propostas e recomendações da SEDS e

SENASP.

As dificuldades encontradas atualmente para integração das forças policiais e

serviço público podem ser identificadas através do contexto em que foram se consolidando ao

longo do tempo, sempre trabalhando em suas atribuições legais de forma isolada.

Esta dificuldade esta enraizada em sub-culturas dentro das corporações,

representando uma dificuldade em efetivação de melhores respostas. Muita destas

dificuldades é a interferência de polícias, policiais e políticos tradicionais que são

extremamente resistentes a mudanças, com uma cultura e visão geral da segurança pública

consolidada, que não deixa as portas se abrirem, quase sempre desconfiando do trabalho com

pessoal externo a segurança pública, dificultando a introdução de novos conceitos de polícia,

envolvendo seus atores e comunidade.

A rivalidade histórica entre as polícias Civil e Militar, acaba prejudicando a

integração na segurança pública, esquecendo que o foco da segurança pública é a sociedade,

percebendo ainda que existem divergências institucionais e pessoais dentro cada membro de

suas corporações, porém não são todos que compartilham desta situação atual.

Demonstra-se também que as instituições policiais conseguem manter o

isolamento, auto-proteção, desconfiança, e interferências políticas que podem modificar ou

alterar os sistema em que foram instituídas. Existindo problemas na efetivação de uma polícia

integrada, preventiva (envolvendo órgãos públicos) voltada à comunidade.

As mudanças constantes exigem das instituições públicas posições inovadoras, o

que pressupõe que elas deverão estar aptas a se mostrarem atentas a estas pressões externas,

bem como a sociedade deverá cobrar mais de seus agentes um trabalho mais eficaz.

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As exigências da sociedade frente às entidades públicas têm poder decisório, pois

efetivamente as cobranças dos agentes poderão surtir efeitos positivos. Conhecendo as novas

necessidades e mecanismos de gestão integrados, a sociedade (clientes) poderá cobrar

mudanças de atitudes para melhor atender-lhes.

Portanto para que exista em bom funcionamento de uma política de integração, é

necessária a colaboração entre as cúpulas das polícias, mudanças na formação (unificação de

procedimentos e atitudes), mudanças de paradigmas dos operadores (civil e militar) e vontade

política, ou seja, que assuma na prática, a integração.

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5 - CONCLUSÕES

O artigo analisou a estrutura do Sistema de Comando em Operações, bem como se

a implantação por parte das autoridades é viável em operações pelas diversas agências da

segurança pública e defesa social no evento Copa do Mundo e Olimpíadas, sendo evidenciado

que quando em situações em que várias agências ou órgãos, jurisdições, competências legais,

áreas de conhecimento ou mesmo várias equipes de uma mesma agência, os princípios e

conceitos da ferramenta poderão melhorar a administração de situações relacionadas a eventos

de alta complexidade.

Neste sentido, por exemplo, poderia ocorrer situações/problemas no trânsito que

serão transmitidos através de munícipes ou através de recursos de monitoramento do órgão

que gerencia o trânsito em Belo Horizonte, e necessitando repassar a informação com rapidez

e precisão via telefone na PMMG ou CBMMG os canais poderiam estar congestionados,

trazendo prejuízos às ações de respostas.

E no caso de um evento de alta complexidade os gestores devem conhecer e saber

dos fatos em tempo real, e isso o SCO poderá proporcionar através do Centro de Controle

Integrado, ou seja, as articulações propostas pela ferramenta são um fator diferencial sobre o

que hoje existe. Sendo ainda criando uma central única de recebimento de ocorrências, que

englobe todo o sistema de defesa social, seja municipal, estadual ou federal. A palavra básica

para se lidar com sistemas e condições complexas é integração, conforme estudos e situações

constatadas por instituições em eventos de alta complexidade, tais como Corpo de Bombeiros,

Polícias Civil e Militar e de Defesa Civil.

Necessitando neste contexto de Copa do Mundo uma forma de saber das situações

e assuntos relacionados à segurança pública disponibilizado em tempo real para uma resposta

mais eficaz dos seguintes órgãos: Polícia Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil,

Polícia Federal, Infraero, Ministério da Defesa, Sistema Prisional, Gestores de Trânsito e

Infra-estrutura Essenciais, Guarda Municipal, Gestores do Sistema Público de Abastecimento

Essenciais (água, luz, combustível, alimentação, telefonia, etc), Sistema de Saúde,

organização do evento (CBF/FIFA) e demais agências se forem requisitadas.

Os planos de contingência previstos, integrados e reestruturados conforme prevê o

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SCO, dos órgãos dos órgãos do sistema de defesa social e de apoio deverão seguir conceitos

internacionais de gerenciamento, sobretudo a efetividade, bem como toda a logística de

atendimento deverá ser pautada na excelência de respostas positivas.

Portanto conclui-se que a viabilidade de mecanismos que existem no Sistema de

Comando em Operações representa um diferencial positivo, sobretudo pela integração

proposta, amparados em sua concepção sistêmica e contingencial, podendo através de uma

estrutura organizacional integrada enfrentar as demandas e complexidades do evento, sem

prejuízos as competências e limites jurisdicionais de cada agência, baseadas nos sucessos

observados pelos órgãos de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e ações de integrações feitas

pelas Polícias Militar e Civil.

Além disso, conforme GOMES (2010, p. 76) defende que “o SCO não é algo

novo e experimental, pois sua estruturação é garantida por uma ampla fundamentação teórica,

de longa data e aliada à experiência de inúmeros eventos em vários diferentes países”.

Necessitando ainda revisão constante dos planos de contingência pré-copa dos órgãos

envolvidos, melhoramento das infra-estruturas no âmbito transporte público (aviação e

rodoviário), vias públicas e hospitais, tudo conforme pré-requisitos da FIFA para que o país

possa receber o evento, e tais melhoramentos podem influenciar no cenário na segurança

pública.

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6 - GLOSSÁRIO

APO Administração Por Objetivos

BH TRANS Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A

BO Boletim de Ocorrência

CBF Confederação Brasileira de Futebol

CBMMG Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

CHECK IN Registro de dados pessoais e outras formalidades na chegada de pessoas a um

local

CEDEC Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

FIFA Federação Internacional de Futebol Associadas

FEMA Federal Emergency Management Agency

ICS Incident Command System

MG Minas Gerais

NIMS National Incident management System

PMMG Polícia Militar de Minas Gerais

REDS Registro de Eventos de Defesa Social

SENASP Secretaria Nacional de Segurança Pública

SEDS Secretaria de Estado de Defesa Social

SCI Sistema de Comando em Incidentes

SSP-SC Secretaria Segurança Publica Santa Catarina

SCO Sistema de Comando em Operações

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7 - ANEXOS: Formulários para serem preenchidos relativos ao Sistema de Comando em Operações: 1. Nome da operação:

2. Preenchido por: Formulário SCO 201 3. Data/Hora:

4. Mapa/croqui

5. Situação (resumo dos fatos):

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Formulário nº 2

1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário SCO 201 3. Data/Hora:

6. Prioridade e objetivos:

7. Sumário das ações planejadas e implementadas:

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Formulário nº 3

1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário SCO 201 3. Data/Hora:

8. Estrutura organizacional da operação (inserir organograma):

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Formulário nº 4

1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário SCO 201

9. Descrição dos recursos da operação: Recurso Identificador Hora

Solicitação Tempo

estimado Contato No local 10.

Observações

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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C. e PIETRI JR, Paul H. Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo. Nobel, 2002. 570p.

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