a verdadeira história dos templários, 700 anos depois - loja maçônica união dos templários

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    “ Non nobis domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam ” "Não a nós Senhor, não a nós, mas pela Glória de teu nome"

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    A Verdadeira história dosTemplários, 700 anos

    depois30/06/2014 - 17h32

    A verdadeira história dosTemplários, 700 anos depois

    Houve condenação de Jacques DeMolay e doscavaleiros Templários pelo Papa Clemente V?

    Documentos do Arquivo Secreto do Vaticanomostram que não: eles foram absolvidos pela

    IgrejaM:.M:. Aurélio José Fernandes de Paiva 

    1 – A loira do Arquivo Secreto do Vaticano

    Em setembro de 2001, uma jovem italiana lourae bonita, então com 31 anos, folheava, “pelaenésima vez”, os documentos sobre osprocessos dos Templários no Arquivo Secretosdo Vaticano, conservados nos fundos doCastelo de Sant’Ângelo. Seu nome é Barbara

    Frale, paleógrafa (especialista em escritasantigas) que desde os 24 anos de idade sedebruçava sobre aqueles milhares depergaminhos em busca de histórias novas. Foientão que Barbara se deparou com algoestranho que iria mudar 700 anos de Históriaem relação ao julgamento dos cavaleirosTemplários, dos seus líderes e da própriaOrdem.

    O “algo estranho” estava em um documento queparecia ser só mais um pergaminho entre

    muitos outros sobre as várias investigaçõesordenadas pelo Papa Clemente V sobre osTemplários. Era aparentemente insignificante.

    ...

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    Uma tomada de depoimentos na cidade deTour, na época uma pequena aldeia na regiãocentral da França, longe da Cúria Romana. Maso conhecimento apurado da história da Igrejapela pesquisadora fez saltar o nome doresponsável por aquela diligência: o cardealBérenger Fédol.

    Não se tratava de um cardeal qualquer. Eraninguém menos que o sobrinho do Papa. Mais:era eminente cânone, indicado para missõesdiplomáticas de alto nível, além de membro dedestaque do Conselho de Cardeais. O queestaria, pois, fazendo naquela aldeia, longe deCúria, tal eminência? Quando a jovem começoua ler o texto, veio a revelação: ela estava diantedo interrogatório de Jacques De Moley,Grão-Mestre dos Templários à época, e dosprincipais líderes daquela Ordem. Mais: havia a

    sentença da Igreja.

    Barbara verificou que o documento estavaperdido naquele canto por causa de umaclassificação errada do mesmo ocorrida no iníciode 1600. Com sua descoberta, ela iria mudar700 anos de uma história que estava coberta deerros, especulações e imprecisões. A História deum dos mais famosos julgamentos do mundo.

    Ela havia encontrado os desaparecidosPergaminhos de Chinon, que integrava o

    “Processus contra Templarios”. Seis anosdepois, em 2007, a Igreja decidiu publicar umaréplica deste processo, em edição especial,reproduzindo 799 cópias de documentos, queforam vendidos a universidades, museus ecolecionadores pelo valor de cerca de US$ 6mil. Hoje uma das raras cópias à venda em umsite de leilão é oferecida por U$ 85 mil.

    Parece muito, mas tão inestimável quanto aréplica em si é o fato de que o documentoconsagrou a verdade sete séculos depois. Aocontrário do que se contava, os Templários nãoforam condenados pelo Papa por heresia.Foram absolvidos. Todos eles.

    Esta absolvição descoberta pela pesquisadorafoi anunciada em outubro de 2007. Aapresentação, feita no Vaticano, foi presididapelo arquivista e bibliotecário da Santa RomanaIgreja, Dom Raffaele Farina, e pelo prefeito doArquivo Secreto, Dom Sergio Pagano. Tambémpresente a própria Barba Frale, que, já doutora,terminou contratada pelo próprio Vaticano paratrabalhar no Arquivo Secreto.

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      Pesquisadora Barbara Frale,quando descobriu em 2001 os Pergaminhos de Chinon 

    Réplica do “Processus contra Templarios” vale hoje US$ 85 mil.

    Apenas 799 cópias foram feitas 

    2 – A História que nos foi contada

    Para entendermos os efeitos desta descoberta,vamos ao que se pensava até agora sobre oocorrido na França no período que oscilou de1307 a 1314:Clemente V era um Papa fantoche do rei daFrança Felipe IV, o Belo. O rei queria se apossardos tesouros dos Templários e por isso planejoupara que o Papa condenasse por heresia oslíderes da Ordem e dissolvesse definitivamentea mesma ordem.O Papa, mancomunado com o rei, condenou àfogueira todos os líderes Templários por heresiae apostasia, incluindo o Grão-Mestre JacquesDeMolay. Todos foram excomungados.A Igreja considerou que os Templários heregespraticavam feitiçaria e outras práticas diabólicas,como a adoração de um ídolo (uma cabeça,segundo alguns, ou de corpo inteiro, segundooutros) chamado Baphomet. Tratar-se-ia de umídolo barbudo, de aparência demoníaca.

    Até então estes eram considerados os fatos portodo e qualquer historiador. Por isso, muitoscatólicos de várias gerações em toda ahierarquia da Igreja colocaram os Templárioscomo hereges, apostatas e excomungados.Além disso, Baphomet grudou nos Templários edepois foi transferido aos maçons quando umfraudador chamado Leo Taxil, no Século 19, deuum golpe e enganou até o Para Leão XIII,obtendo dele patrocínio para um livro em quedizia que provaria que os maçons, a exemplodos Templários, adoravam Baphomet.

    A chamada “Fraude de Taxil” foi desmentida porele próprio, que deu risadas por ter enganadotanta gente. Ainda assim, a exemplo do que

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    ocorreu com os Templários, a imagem deBaphomet usada por Taxil – uma reprodução daimagem inventada anos antes pelo ocultistaEliphas Levi - ainda hoje é usada para iludircristãos acusando os maçons de adorarem umaimagem do demônio.(Mais detalhes: http://pt.wikipedia.org 

     /wiki/Fraude_de_Taxil)Da mesma forma que católicos repetiam taisacusações, muitos historiadores destacaramClemente V como um fantoche de Felipe IV , umsubserviente, e o culpado direto pelaexcomunhão dos Templários, assim como amorte na fogueira de seus dignatários e adissolução definitiva da Ordem, em 1312.Vejam o que diz o site da Secretaria Nacional daPastoral da Cultura da própria Igreja emPortugal, para sentir qual é a imagem deClemente V em sua própria casa:

    “Devido a vicissitudes várias e a fatores que ainda hoje carecem de explicação cabal, a Ordem do Templo foi, há sete séculos, depois de quase duzentos anos de existência, submetida a um processo trágico que levou à sua extinção”.“O processo anti-templário foi liderado pelo Rei de França, Filipe, o Belo, que conseguiu a conivência do Papa de então, Clemente V, para considerar a Ordem do Templo culpada de desvios e faltas graves. De tal modo que o monarca francês logrou, embora hoje sem 

    sabermos com certeza se com provas justas,obter do Papa a extinção desta Ordem e até a condenação das suas mais importantes lideranças, culminando com a morte na fogueira do seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay,em 1314”.(http://www.snpcultura.org 

     /templarios_e_ordem_Cristo.html)

    Ao morrer na fogueira, em 1314, o Grão-MestreJacques DeMolay lançou sobre o Papa e o reiuma maldição:

    “Antes que decorra um ano, eu os convoco a comparecer perante o Tribunal de Deus”.Naquele mesmo ano morreram tanto ClementeV quanto Felipe IV.

    A capa do livro de Leo Taxil: um inventado Baphomet com avental maçônico 

    3 – A História que não foi contada

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    Agora vamos às verdades descobertasrecentemente. Verdades documentadas empergaminhos originais no Arquivo Secreto doVaticano, descobertos por pesquisadores elevados a público pela própria Igreja.Em primeiro lugar tudo o que se escreveu sobreFelipe IV (queria se apossar do tesouro dos

    Templários, forjou acusações etc) é verdade.Mas vamos às relações entre Clemente V, aIgreja e os Templários.

    O Papa Clemente V não condenou NENHUMdos Templários por heresia. Todos foramabsolvidos por ele.O Papa tentou até o fim proteger os Templáriosda sanha de Felipe IV em matá-los e destruir aOrdem.O Papa não extinguiu a Ordem. Apenas asuspendeu temporariamente porque, se não o

    fizesse, Felipe IV tomaria o poder da própriaIgreja e o transferiria para si próprio.O Papa foi traído pelo frades dominicanos daInquisição que, contrariando sua ordemexpressa, saíram perseguindo os Templáriospela França.Jacques DeMolay e os líderes Templários foramexecutados por Felipe IV sem autorização daIgreja.Felipe era um déspota que havia mandadoespancar o Papa anterior, Bonifácio VIII, que eraseu inimigo. Este Papa foi preso e torturado

    pelos homens de Felipe, vindo a morrer doismeses depois provavelmente em consequênciade tais atos.Quando Bonifácio morreu, Clemente V foi eleitoPapa em uma concorrência tumultuada tendo,de um lado, os cardeais partidários do reifrancês e, de outro, os partidários do falecidoPapa. Clemente V, neste caso, acabou sendouma alternativa conciliadora, mas o rei lhe fezalgumas exigências, entre as quais a suapermanência na França – e não em Roma.Mais tarde Clemente V, com o episódio dosTemplários, iria descobrir que havia, na verdade,sido feito refém.O fato é que, quando os Templários forampresos, não foi por ordem do Papa. Felipelançara sobre eles acusações e o Papa atémandou abrir uma investigação, muito mais paraganhar tempo e com a clara recomendação dese fazer vistas grossas às denúncias que sabiaque eram falsas.Clemente V estava longe da Cúria e dosacontecimentos, fazendo um tratamento paraseus problemas de saúde, quando Felipemandou prender os Templários e torturá-los.

    Para isso, usou os dominicanos da Inquisição,que participaram do ardil contra o Papa e os

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    Templários junto com o rei. Este esquema,inclusive, falsificou depoimentos e tomouconfissões sobre dura tortura, levando algunsTemplários a confessar supostas heresias eapostasias, além de dizerem que cuspiam nacruz e adoravam um ídolo barbudo.Quanto o Papa tomou conhecimento, se

    revoltou. Afinal, a Ordem dos Cavaleiros doTemplo era diretamente subordinada a ele eninguém mais nela podia intervir.Vamos ver o que escreveu a pesquisadoraBarbara Frale em seu livro “Os Templários e oPergaminho de Chinon Encontrado noArquivo Secreto do Vaticano”.“Avisado da captura dos Templários por um mensageiro enquanto ainda tentava concluir a própria terapia, Clemente V retornou imediatamente à Cúria, em Poitiers, onde convocou todos os cardeais para uma reunião em caráter emergencial objetivando estancar a crise. O fato recém-consumado não tinha precedente: o rei da França, titular do poder laico, reivindicava o direito de decidir sobre questões relativas à ortodoxia, estendendo, de quebra, sua mão sobre uma ordem religiosa, isto é, um pedaço da Igreja de Roma, que somente a autoridade do papa poderia julgar. E os Templários, objeto de uma investigação que a Cúria romana estava instruindo, já haviam sido detidos, interrogados e pesadamente lesados na sua reputação por obra da Inquisição e do rei”.Em 27 de dezembro de 1307, o Grão-Mestre doTemplo, Jacques de Molay, pôde finalmentedepor diante dos dois enviados do Papa eretratar sua outra confissão, denunciando queela havia sido arrancada dele sob tortura.Segundo uma testemunha, ele teria pedido paradepor em público diante de uma multidãoreunida na catedral de Notre-Dame, onde sedespiu para mostrar os sinais das torturas quelhe haviam inferido sobre todo o seu corpo.Continuemos com os detalhes da pesquisadora:

    “Por volta do fim de janeiro, logo depois do retorno à Cúria de dois embaixadores que traziam a notícia dos fatos ocorridos, o papa suspendeu as faculdades do Tribunal da França,visando a bloquear todos os procedimentos contra os Templários e que estavam sendo levados a cabo com a ajuda do decreto sancionado por Guillaume de Paris alguns meses antes. A posição do pontífice era muito clara: seguro da má-fé utilizada na condução do processo, ele queria interrogar pessoalmente os Templários e não reconheceria os poderes da Inquisição até que o rei tomasse a decisão de remeter os prisioneiros às mãos da Igreja”.

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    O Papa foi mais longe. Proibiu qualquermembro da Igreja de interrogar os Templários,pois ele próprio iria fazê-lo. Em bula declarou-secomo a única autoridade viva com direito de

     julgar os Templários.O rei acabou se rendendo a tamanha

    determinação do Papa. Com isso, 70 Templáriosforam levados em direção a Pointiers, ondeestava Clemente, escoltados por guardas do rei.Mas, passados três quartos do percurso, a tropareal alegou imprevistos e colocou os presos nafortaleza real de Chinon. Disseram ao Papa quemuitos cavaleiros estavam doentes e nãopodiam mais viajar. Por este artifício,mantiveram-nos sob controle de Felipe.De qualquer forma, o Papa foi a Chinon e,finalmente, ouviu pessoalmente o depoimentodos líderes Templários. Ouviu sobre as torturas

    e falsificações. Tudo indica que um pacto foifirmado: os Templários assumiriam desvios decomportamento de baixa gravidade (como cuspirna cruz), pediriam absolvição da Igreja e seriamatendidos. Como não havia nenhuma heresia,apostasia ou coisa parecida, não seriamexcomungados nem punidos.E assim foi feito: o Papa absolveu todos osTemplários, baixando uma bula ereintegrando-os à comunhão da Igreja.A vitória do Papa foi efêmera. Felipe mandouabrir um processo para julgar seu falecido

    inimigo, o Papa Bonifácio VIII. Seu plano eraacusar Bonifácio de heresia e bruxaria, fazersua deposição como Papa “pos mortis” e, comocastigo pelas supostas feitiçarias, queimar osseus ossos em praça pública. Ou seja, assumiro poder sobre a Igreja e seus papas.Felipe deu uma demonstração de que falava asério: em 3 de outubro de 1308, quandoClemente V apenas havia assinalado a suavitória judiciária em Chinon, o bispo Guichard deTroyes foi acusado de bruxaria e queimado nafogueira, embora o mesmo pontífice o tivesseabsolvido.O golpe foi sentido pelo Papa. Salvar a Igrejapassou a ser mais importante que defender aOrdem.Clemente sabia que não conseguiria manter aOrdem dos Templários, a qual Felipe queria verdestruída. A questão para o Papa, segundoBarbara Frale, era tentar salvar os Templários.Sob pressão de Felipe, o Papa restituiu ospoderes da Inquisição para agir no caso dosTemplários, mas deu-lhes um papel secundário.As investigações seriam comandadas pelosbispos, e não pelos inquisidores. Além disso, a

    ordem era investigar para “conceder absolvição”na linha das bulas por ele já expedidas.

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    Mas na França o Papa foi mais uma vezdesrespeitado. Para mostrar sua força, em 1310o rei Felipe emitiu uma ordem régia mandandopara a fogueira, de uma só vez, 54 Templáriosque haviam sido inocentados pela Igreja.A tortura virou regra:“No local onde o poder da Inquisição era mais 

    forte, isto é, no sul da França, encontramos atestações de culpa frequentemente ligadas à feitiçaria, como o encontro de bruxos e as orgias coletivas que superavam em muito a gravidade das acusações expressas por Felipe, o Belo, as quais não continham nenhuma menção ao satanismo e que mencionavam apenas um desconhecido ídolo barbudo. Assim, procurou-se imputar aos acusados todas as culpas que o imaginário coletivo local possuía de mais abominável”.Por outro lado, nas áreas vizinhas ao domíniofrancês os resultados eram inversos. Osinvestigações colheram depoimentos favoráveisaos Templários de pessoas de todas as classes.Até milagres foram a eles atribuídos porcavalheiros que não eram da Ordem.Quanto aos cavalheiros Templários, seusdepoimentos eram sempre a favor da Ordem.Durante a grande audiência que sedesenvolvera em Paris entre 1310 e 1311,muitos Templários haviam dado prova de suacoragem, desejando firmemente manter os seusvotos; quinhentos deles, inclusive, haviam sido

    apresentados aos bispos comissários paratestemunhar em defesa da Ordem.Depois da ampla investigação veio a decisão doPapa:

    “Ainda que os atos do processo não tenham chegado a comprovar a acusação de heresia, a Ordem do Templo foi suspensa sob a alegação de que a vergonha manchou muitos de seus membros. A suspensão, declarada como sentença não-definitiva, foi motivada por causas de força maior e pela necessidade de se evitar 

    que a Igreja sofresse um gravíssimo dano. Os ex-Templários poderiam voltar a fazer parte de alguma outra ordem religiosa, até mesmo do Hospitalários, apesar de uma antiga proibição reconsiderada pelas novas sanções. Os bens da Ordem seriam devolvidos ao Hospitalários para que fosse respeitada a vontade dos doadores,que os haviam deixado como contribuição para a causa da cruzada”.

    Clemente pensava, assim, aplacar a ira deFelipe. Afinal, os líderes Templários, como

    DeMolay, ainda que ilegalmente detidos,estavam protegidos pela imunidade do Papa.

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    Os cavalheiros do Templo ainda aguardavamsua libertação.Mas algo pior aconteceu. A doença do Papa seagravou. Com constantes hemorragias, eledecidiu se recolher e nomeou uma comissão debispos para estabelecer o futuro dos líderesTemplários.

    “Na realidade – diz Frale - o jogo já estava definido, tratava-se somente de tomar efetiva a medida de detenção perpétua sob a custódia apostólica que permitia salvar a vida dos dignitários e assegurava ao rei da França que o Templo não seria reconstituído”.

    Ou seja, no fundo DeMolay e os outros líderesestariam condenados à prisão perpétua. Nesteponto DeMolay percebeu que o Papa haviaabandonado a Ordem. E certamente se

    arrependeu de ter feito, com o Papa, o pacto deaceitar pequenas acusações e aceitar pedirperdão à Igreja, em troca da absolvição.

    “Escutando o veredicto do cárcere em vida, o Grão-Mestre Jacques DeMolay e o seu mais fiel companheiro, o Preceptor da Normandia Geoffroy de Charny, rebelam-se e proclamam a completa inocência do Templo em todas as suas culpas que lhe foram imputadas: nesse ponto, os bispos da comissão foram confundidos e decidiram interromper seus trabalhos, já que um 

    fato dessa magnitude necessitava de certa ponderação, sendo necessário consultar a vontade do papa”.

    É quando entra Felipe IV e o seu medo absolutode que, por alguma razão, o Papa mandasselibertar o Grão-Mestre da Ordem do Templo:

    “Vendo escapar de suas mãos aquela solução do compromisso que provavelmente Clemente V havia proposto e que a parte regia já havia aceitado, o rei começou a temer que a 

    desativação do Templo não fosse mais tão segura aos seus olhos, retornando ao espectro da absolvição ou de outro ato imprevisto que pudesse recolocar em discussão todo o êxito do processo. Foi decidida uma maneira de encerrar de uma vez por todas a questão templária, de modo que esta não pudesse mais ser rediscutida: o rei manda raptar Jacques de Molay e Geoffroy de Charny, subtraindo-lhes da legítima custódia dos comissários, mandando-os à morte pelo fogo em uma pequena ilha do Senna, pouco após o anoitecer”.

    No encerramento do livro sobre sua pesquisa,

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    Barbara Frale resume a história do assassinatodo último Grão-Mestre Templário:

    “As fontes que nos falam desses fatos concordam com o grande heroísmo dos dois dignitários, que enfrentaram uma morte que teriam escolhido voluntariamente como ato supremo de testemunho pela própria Ordem.Jacques de Molay pediu aos carrascos que afrouxassem a corda que lhe cerravam os pulsos para que pudesse dirigir seus olhares à Catedral de Notre-Dame, que por mais de uma vez já havia visto testemunhar a sua inocência e rezou à Virgem Maria a quem São Bernardo havia dedicado a Ordem. Os Templários diziam que em nome da Virgem tudo havia tido início e que,em nome dela, tudo terminaria. Assim, com essa prece, o Grão-Mestre pretendia encerrar gloriosamente o fim do Templo, proclamando sua perfeita fé cristã.A multidão presente agitou-se e para acender a fogueira foi necessário esperar que parte da mesma fosse dispersada. Segundo o testemunho do poeta Geoffroy de Paris, que provavelmente assistiu em pessoa à execução,Jacques de Molay teria chamado diante do Tribunal de Deus tanto o rei da França (que o havia traído) quanto o papa (que o havia abandonado). Clemente V morreu no dia 20 de abril seguinte, pouco mais de um mês depois da 

    fogueira: parece que no momento de sua morte ele não teria perdoado o mísero fim dos Templários, aos quais sempre tratou de se opor.O fato de ambos morrerem logo um ano depois de terem sido chamados pelo Mestre para responderem as suas culpas diante do juízo de Deus favoreceu o surgimento de lendas que proliferaram naqueles tempos, alimentadas pelo mistério da extraordinária coragem que os dois fanáticos dignitários haviam mostrado diante de seus executores”.

    A execução de Jacques DeMolay 

    4 – O ídolo barbudo dos TempláriosAs pesquisas com a divulgação do processo dosTemplários pelo Vaticano deram a pista parasolucionar uma das mais graves acusações deFelipe IV contra os Templários: a adoração doídolo barbudo. Algo como uma espécie dedemônio. O cúmulo da heresia.As pesquisas mostram que ele pode de fato terexistido. Segundo os depoimentos, seria uma

    cabeça que ficava em destaque desenhada emum pano de linho dobrado. Quando da iniciaçãode um cavalheiro templário, o linho era

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    desdobrado e surgia o corpo inteiro da figura derosto barbudo, tendo o templário que lhe beijaros pés. Os Templários, segundo osdepoimentos, também esfregavam neste linhoseus próprios mantos, como uma espécie deproteção quando iam para as cruzadas.Mas o tal retrato mal definido no pano de linho

    não era o do inventado Baphomet.O que as pesquisas mostram é que era o retratode Cristo no Santo Sudário (manto queacredita-se ter envolvido o corpo de Jesus), queteria sido guardado pelos Templários desde osaque de Constantinopla pela Quarta Cruzada(1204).Na verdade, o Santo Sudário foi dado pordesaparecido exatamente em 1204 e só em1353 voltou a aparecer: em uma igreja francesa,em Lirey, exposta à veneração dos fiéis peladoação de uma família descendente do

    templário Geoffroy de Charney, queimado nafogueira junto com o Grão Mestre da Ordem,Jacques de Molay, em 18 de Março de 1314. Onome do doador era o mesmo do seu ancestral,Geoffroy de Charney, que seria neto doTemplário.“É quase certo que os Templários, a mais poderosa ordem religiosa e militar da Idade Média, tenham sido os guardiões do Sudário de Cristo, hoje conservado em Turim. Venerado no mais absoluto segredo, o Sudário, de que apenas os mais altos dignitários da ordem 

    sabiam a natureza, fazia parte do tesouro central dos Templários. Numa época de confusão doutrinal da Igreja, o Santo Sudário representava um poderoso antídoto para a proliferação da heresia” (Barbara Frale em seu mais recente livro: “OsTemplários e o Sudário de Cristo”.)

    Cabeça com o rosto barbudo do Sudário: imagem de Cristo tem baixa definição 

    O Santo Sudário de Turim exposto sob 

    iluminação ao fundo 

    5 – ConclusãoEstas são as recentes interpretações dos fatostrazidos à luz por estes novos documentoshistóricos. E quanto mais luz é lançada sobre ahistória dos Templários, mais impressionante setorna o passado daqueles cavaleiros quasemíticos que uniam fé e bravura. E mais densasse mostram as trevas que uniram os interessesInquisição com as ambições sem limite de umrei.

    Mas é interessante registrar que o rei da França jamais conseguiu encontrar os tesouros dosTemplários. Estes tesouros desapareceram

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     junto com a frota de navios que a Ordemmantinha nos portos da França e em váriosportos do mundo. Era a maior frota navalexistente. Os Templários foram dissolvidos, masfundaram novas ordens com outros nomes.Na Escócia, na Capela Rosslyn, construídaapós a dissolução dos Templários, vê-se a

    estátua com a iniciação de um homem, com osolhos vendados , ajoelhado entre duas colunase com uma corda no pescoço. É o típico ritualde iniciação maçônico. Só que na estátua, quemconduz a iniciação é um cavaleiro Templário.Mais: a estátua é de 1440, cerca de 270 anosantes da fundação da Grande Loja MaçônicaUnida da Inglaterra. E cerca de 130 anos após adissolução da Ordem dos Templários.Ao mesmo tempo, o fim dos Templários – queforam os criadores do sistema bancário –coincidiu com o inesperado aparecimento do

    sistema bancário em um país de aldeões, atéentão atrasado, chamado Suíça.Mas foi em Portugal que o mais incrível ocorreu.O rei D.Diniz conseguiu do Papa que a Ordemdos Templários, ao invés de ser extinta, setransformasse na Ordem de Cristo, em 1319.Portugal, que, na ocasião da suspensão doTemplários não tinha um só navio, mesmo assimcriou um Almirantado. Veio depois a Escola deSagres, comandada pela Ordem de Cristo. Eesta Ordem levou as caravelas com a CruzTemplária em suas velas até terras

    desconhecidas pelos reis. A primeira bandeira aentrar em uma destas terras não foi a dePortugal. Foi a bandeira da Ordem de Cristo,estampando a cruz dos Templários. Ou, comodiziam, a Verdadeira Cruz. E Terra de Vera Cruzfoi o nome dado a uma destas descobertas,depois chamada de Terra de Santa Cruz e,finalmente, Brasil.Mas isso já é história para um outro trabalho.

    A estátua em Rosslyn, construída mais de um século após a dissolução dos Templários e 270 

    antes da criação da Maçonaria inglesa atual 

    Detalhes da estátua em desenho mostrando uma iniciação maçônica: corda no pescoço, olhos vendados, Bíblia na mão, ajoelhado, entre colunas. Só que o iniciado é conduzido por um cavaleiro Templário 

    Pintura de 1519 representando o descobrimento do Brasil: a Cruz Templária nas caravelas portuguesas 

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     Meu irmão maçom, se você vem de uma loja maçônica de qualquer lugar do mundo está é a sua casa.

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