a verdadeira história do capuchinho

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D A N I E L G I L 2 0 0 5 P R É M I O L I V R O I N F A N T I L A. R. Almodóvar Marc Taeger

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Livros para sonhar. Conto tradicional

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Page 1: A verdadeira história do capuchinho

•D

ANIEL GIL 2005

•PRÉMIO

LIVROINFA

NTIL

A. R. Almodóvar

Marc Taeger

Page 2: A verdadeira história do capuchinho
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Page 4: A verdadeira história do capuchinho

Esta versão do Capuchinho baseia-se em textos recolhidos da tradição oral francesa e estudados pelogrande folclorista Paul Delarue. Também tem em conta as discussões teóricas de outros estudiosos,como antropólogos, semiólogos e psicanalistas, principalmente de Bruno Bettelheim e ErichFromm, acerca das distintas adaptações posteriores do conto.

Colecção

© do texto: A. R. Almodóvar, 2004© das ilustrações: Marc Taeger, 2004© da tradução: Alexandre Faria, 2007da revisão: Elisabete Ramos, 2008© desta edição: Kalandraka Editora Portugal Ltda., 2009Rua Alfredo Cunha, 37–5º, Sala 564450–023 Matosinhos. PortugalTelefone: (00351) 229 375 [email protected]

Design: equipa gráfica da Kalandraka e Marc Taeger

Impresso em Eujoa Primeira edição: Fevereiro, 2009 ISBN: 978-972-8781-95-8DL: 278966/08

Reservados todos os direitos

A. R. AlmodóvarPara Marcos, meu neto, que pertence à primeirageração da verdadeira Capuchinho.

Marc TaegerPara Neo, Frank, Yanik, Bhavna, Miquel e Arnau.

Page 5: A verdadeira história do capuchinho

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO

CAPUCHINHO

Antonio Rodríguez Almodóvar Marc Taeger

Page 6: A verdadeira história do capuchinho

Era uma vez uma menina muito bonita

que vivia numa aldeia, perto de um bosque.

Chamavam-lhe Capuchinho, ou Capuchinho Vermelho,

porque a sua avó, que vivia noutra aldeia ali perto,

lhe tinha dado uma capa dessa cor,

com um capuz para o frio.

A menina gostava tanto daquela capa

que queria vesti-la a toda a hora.

Mas a sua mãe tinha-lhe dito

que era só para quando saísse de casa,

o que não acontecia muitas vezes.

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Page 8: A verdadeira história do capuchinho

Capuchinho passava o tempo quase todo a aprender a coser e a coser

e a coser. Mas como não gostava nada disso,

em vez de enfiar a agulha no pano, preferia pôr alfinetes.

Assim acabava mais depressa.

Page 9: A verdadeira história do capuchinho

Um dia, a sua mãe, que tinha o bom costume

de fazer em casa toda a espécie de queques, madalenas e outros doces,

tirou do forno uns pães de leite com um cheirinho...

Quando Capuchinho os cheirou,

largou a costura e apareceu a correr na cozinha:

–Posso comer um, mãe?

–Não, filha, que estão muito quentes

e fazem-te mal à barriga.

Vai antes a casa da avó,

que anda um pouco adoentada,

e leva-lhe alguns.

Quando lá chegares, de certeza que já arrefeceram.

Ah, e leva-lhe também uma garrafa de leite.

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