a utilização do computador como recurso tecnológico no processo de ensino aprendizagem

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ TAISE FLAVIA SANTOS BORGES A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COMO RECURSO TECNOLÓGICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM. IPORÁ /GOIÁS 2009

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    TAISE FLAVIA SANTOS BORGES

    A UTILIZAO DO COMPUTADOR COMO RECURSO TECNOLGICO

    NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

    IPOR /GOIS

    2009

  • TAISE FLAVIA SANTOS BORGES

    A UTILIZAO DO COMPUTADOR COMO RECURSO TECNOLGICO

    NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

    Trabalho de concluso de curso apresentado

    Coordenao Adjunta de Pesquisa de TCC em

    Geografia da Universidade Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor, como exigncia

    para obteno do grau de Licenciatura Plena em

    Geografia, sob orientao da Prof. Esp. Ftima

    Maria de Jesus.

    IPOR/GO

    2009

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    COORDENAO ADJUNTA DE TRABALHO DE CONCLUSO DO CURSO

    DE GEOGRAFIA

    A UTILIZAO DO COMPUTADOR COMO RECURSO TECNOLGICO NO

    PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

    Por

    Taise Flavia Santos Borges

    Monografia submetida Banca Examinadora designada pela Coordenao Adjunta de

    Trabalho de Concluso do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois,

    UnU Ipor como parte dos requisitos necessrios obteno do grau de Licenciado (a) em Geografia, sob orientao do (a) prof(a) Ftima Maria de Jesus.

    Ipor, 03 de Dezembro de 2009

    Banca examinadora:

    Professora Silva Diniz UEG Ipor

    Professora Claudete UEG Ipor

  • Dedico este trabalho aos meus

    professores, aos meus amigos e em especial a

    minha me Marlene ao meu Pai Vivaldo, as minhas

    irms Binria e Yara e ao meu namorado Rafael.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus, que iluminou meu caminho, e concedeu foras,

    sabedoria, inteligncia, coragem e F para que pudesse prosseguir nessa jornada.

    Aos meus queridos pais que mesmo nas dificuldades me concedeu foras para

    lutar pelo meu ideal, dando me coragem nas horas difceis, a compreenso pela minha

    renuncia de minha presena e pelo amor e carinho dedicado na constante participao

    desta conquista.

    A todos meus professores que dividiu comigo seus conhecimentos,

    transformando-os em ferramentas necessrias para abrir novos horizontes, rumo ao

    meu ideal profissional e humano.

    A meus queridos avs que mesmo com todas as dificuldades sempre me

    demonstrou foras e discernimento e sabedoria em busca de meu ideal.

    Ao meu querido namorado Rafael Resende que com pacincia e Sabedoria

    tornou-se um alicerce para dividir comigo todas as dificuldades advindas no decorrer

    de todos estes anos.

    E aos meus caros colegas que sem medir esforos me dedicaram parte de seu

    tempo durante todo caminho percorrido, rumo ao conhecimento, me apoiando e me

    ajudando para a realizao desta conquista.

  • O conhecimento pronto estanca o saber, E a dvida provoca a inteligncia.

    Levy Vigotsky

    .

  • RESUMO

    A pesquisa possui como objeto de estudo a Escola Estadual Edmo Teixeira que foi

    criada em 1973, no municpio de Ipor-GO. O objetivo saber como esta sendo

    utilizada o recurso tecnolgico da unidade em especial o uso do computador, e como

    os Docentes tem absolvido e organizado este recurso com a era da informao. Nesta

    busca ser realizada uma reviso bibliogrfica permeando a elaborao do material

    escrito e anlise de dados, tendo como base que para que haja uma maior integrao

    entre computador e educao necessrio que este meio seja aceito e bem trabalhado

    pelos gestores da educao, sabe-se porm que isso no acontece de fato, o que

    motivou as seguintes hipteses para esta pesquisa. Neste primeiro momento discuti

    sobre os avanos da tecnologia e sua utilizao como recurso Didtico, englobando a

    Educao a Sociedade e a Tecnologia, e como o computador tem se tornado um aliado

    didtico pedaggico nos trabalhos administrativos mais principalmente no mbito

    pedaggico especificadamente na sala de aula, h uma breve discusso sobre a

    importncia do paradigma emergente no desenvolvimento da prtica pedaggica tendo

    como enfoque a aprendizagem e a produo do conhecimento, e por fim um breve

    embasamento sobre as teorias da computao. Para tanto no segundo captulo, faz uma

    abordagem geral sobre as formas de e concepes adotadas pelos autores na discusso

    da temtica discutida. No terceiro captulo, apresentado a coleta e anlise de dados,

    apresentando a realidade escolar da Escola Estadual Edmo Teixeira e suas propostas

    pedaggicas. E por fim no quarto captulo, pretendo apresentar algumas propostas de

    interveno referentes a utilizao dos recursos tecnolgicos no processo de ensino

    aprendizagem.

    Palavras chaves: Recursos Tecnolgicos. Computador. Prtica Pedaggica.

  • SUMRIO

    INTRODUO ...................................................................................................... 09

    CAPITLO I - OS AVANOS DA TECNOLOGIA E SUA UTILIZAO

    COMO RECURSO DIDTICO ........................................................................... 11

    1.1 Educao, Sociedade e Tecnologia .................................................................... 11

    1.2 O computador como aliado Didtico- Pedaggico ............................................ 13

    1.3 A importncia do Paradigma Emergente na Prtica Pedaggica ....................... 15

    1.4 Teorias sobre a utilizao do computador ......................................................... 16

    CAPTULO II - FUNDAMENTAO TERICA............................................ 19

    2.1 Abordagem Geral ............................................................................................... 19

    2.2 Conceitualizaes .............................................................................................. 20

    CAPTULO III - A REALIDADE ESCOLAR; O ESTUDO DE CASO,

    DESENVOLVIDO NA ESCOLA ESTADUAL EDMO TEIXEIRA ................ 23

    3.1.1 Matriz curricular para o Ensino Fundamental do Estado de Gois ................ 26

    3.2 Coleta de Dados ................................................................................................. 27

    3.3 Analise e Resultados .......................................................................................... 30

    CAPTULO IV PROPOSTA DE INTERVENO ........................................ 35

    4.1 Abordagem Geral ............................................................................................... 35

    4.2 Proposta Metodolgica do Curso ....................................................................... 35

    4.3 Material de Didtico .......................................................................................... 36

    4.4 Desenvolvimento do Curso ............................................................................... 37

    4.5 Ementrio do curso ........................................................................................... 37

    CONCLUSO ........................................................................................................ 39

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................... 40

    ANEXOS ................................................................................................................. 43

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Quanto ao Sexo......................................................................................... 31

    Figura 2. Faixa Etria ............................................................................................... 31

    Figura 3. Noo sobre Informtica .......................................................................... 32

    Figura 4. Nvel de Conhecimento sobre os Aplicativos Basico .............................. 33

    Figura 5. Nvel de Conhecimento sobre os aplicativos Intermedirio ..................... 33

    Figura 6. Nvel de Conhecimento sobre os aplicativos Avanado .......................... 34

    Figura 7. Freqncia que o computador utilizado na prtica pedaggica ............. 34

    Figura 8. Atribuio de Maior Interesse dos Educandos Sobre Aulas Ministradas no

    LIE ........................................................................................................................... 35

  • 9

    INTRODUO

    Com as constantes modificaes sociais em suas formas organizacionais,

    produtivas, comerciais, bem como em seu modelo de diverso, de ensinar e de

    aprender MORAM (2008,p.11) a educao busca novos caminhos, afim de preparar o

    cidado para o mercado de trabalho,e para vida social que lhe exige a utilizao de

    tcnicas, prticas, criativas e inovadoras, pois atualmente a virtualidade e a tecnologia

    fazem parte da sociedade, atribuindo ao professor a incumbncia de ser um elo

    facilitador entre alunos e essas novas tcnicas; no se admitindo mais ao professor a

    funo de somente repassar o conhecimento.

    Segundo Moram (2008,p.11) as inovaes tecnolgicas exigem dos

    profissionais envolvidos com a educao um aperfeioamento constante, inclusive no

    que se refere insero de recursos tecnolgicos aplicados no processo de ensino

    aprendizagem.

    Para Moram (2008,p.12) para que a participao do professor seja efetiva

    nesse contexto, ele precisa estar em condies de desenvolver conhecimentos,

    inclusive para inserir em sua prtica pedaggica, conhecimentos que facilitem e

    auxiliem o aprendizado de seus alunos.

    No entanto o presente estudo pretende-se analisar a utilizao do recurso

    tecnolgico em especial o computador no processo ensino-aprendizagem na Escola

    Estadual Edmo Teixeira, na cidade de Ipor- Go com o objetivo de relacionar quais os

    recursos tecnolgicos a instituio possui, como vem sendo utilizado os mesmos e qual

    a influncia destes recursos na qualidade do ensino educacional, bem como avaliar se

    h dificuldades na utilizao dos mesmos pelos docentes.

    O referido objeto de estudo a Escola Estadual Edmo Teixeira, localizada na

    cidade de Ipor, que esta situado na meso regio denominada Centro-Oeste goiano e na

    micro regio de Ipor, no estado de Gois, est localizado a 16 28 latitude sul e 31

    06 longitude Oeste.

    Alm do embasamento terico o trabalho se realizar atravs de pesquisa

    campo, entrevistas, acompanhamento de planejamento, levantamento nmero de aulas

    ministradas com uso do LIE ( Laboratrio de Informtica Escolar), bem como outros

    recursos tecnolgicos existentes na escola.

    E ainda ser abordado pesquisa bibliogrfica, artigos cientficos, material

    disponibilizado na internet e documentao oficial da Unidade Escolar.

  • 10

    Considerando a grande necessidade de insero das novas tecnologias ao

    processo educacional como suporte didtico- pedaggico, foi pensado o referido

    trabalho com o objetivo de propor uma reflexo acerca do tema, pois para que a escola

    tenha significncia social necessrio se faz inserir-se no contexto social, atualizando se

    e inovando-se. Diante deste quadro os professores so chamados a acompanhar e

    participar, continuamente, de processo de produo do conhecimento e de acelerado

    desenvolvimento tecnolgico pelo qual passa a sociedade. Segundo Bueno (2001, p.1):

    A escola como setor social, tambm vai reformular se e reconstruir se com o processo educativo vinculado aos avanos tecnolgicos e a formao de profissionais que

    possam compreender o processo ensino aprendizagem, assumindo uma postura que propicie aos alunos condies

    favorveis construo do conhecimento com o uso de

    tecnologias de informao comunicao.

    Sendo assim para Bueno (2001,p.1) para que o conhecimento seja repassado a

    altura das exigncias do mercado competitivo, a responsabilidade de educador

    grande, pois para que o mesmo tenha condies de repass-lo de forma qualitativa,

    primeiro precisa capacitar-se para tal. Assim no estar desprezando uma realidade

    social fazendo da escola um espao isolado.

  • 11

    CAPTULO I - OS AVANOS DA TECNOLOGIA E SUA UTILIZAO

    COMO RECURSO DIDTICO.

    Num mundo em permanente evoluo, o incerto,o imprevisto, as mudanas e

    as transformaes esto cada dia mais presente, e o conhecimento evolui de uma forma

    absolutamente incontrolvel e a educao precisa se adequar a essas mudanas.

    Para identificar as transformaes, o uso da tecnologia informtica nas

    escolas vem sendo cada vez mais difundido, no entanto h ainda muitas dvidas sobre

    a forma de utilizao dos computadores nas instituies educacionais.

    Para Moram (2008,p.20) o avano da tecnologia nos atingiu como um

    avalanche e envolve a todos, inclusive a Escola estabelecendo novas pontes entre o

    estar juntos fisicamente e virtualmente.

    No entanto a primeira etapa desta pesquisa corresponde a um aprofundamento

    do tema, e o recurso Didtico como uma caracterstica fundamental para o uso, em

    educao, tanto da tecnologia convencional, como das assim chamadas novas

    tecnologias, visando a melhoria do processo de ensino aprendizagem, tendo como base

    o computador como aliado didtico pedaggico e o Paradigma emergente na Prtica

    pedaggica, onde as diferentes concepes adotadas pelos autores busca a superao

    da reproduo para a produo do conhecimento formando um sujeito critico e

    inovador.

    1.1. Educao, Sociedade e Tecnologia.

    Segundo Behrens (2008,p.67) a sociedade contempornea passa por

    transformaes em suas diversas faces, social, cultural, econmica, e poltica, e

    embutidos em cada uma dessas linhas sociais esto as condies de vida dos

    indivduos, como educao, sade e segurana e outros, que por sua vez tambm

    sofrem transformaes em detrimento do sistema maior que se modifica

    constantemente.

    Sendo assim, a educao como sendo um dos eixos centrais para o

    desenvolvimento socioeconmico, de uma forma lenta tem procurado inserir-se s

    mudanas sociais. Pois sabido que nos primrdios as escolas possuam um sistema de

    ensino altamente punitivo que ao invs de promover a socializao e a re significao

  • 12

    dos contedos aplicados, baseavam-se suas prticas pedaggicas em castigos que

    tornavam a escola um espao de medo e tortura.

    Hoje a escola se apresenta no quadro social diferente, incorporando em sua

    poltica atitudes que promovam de fato o aprendizado. Considerando ainda que a

    clientela hoje atendida bastante distinta de outrora, sendo assim a incorporao das

    novas tecnologias educao ou seja nas escolas e consequentemente na prtica

    pedaggica vem colocar o processo educacional mais perto do que acontece fora dos

    muros das instituies. Pois a informatizao tomou conta da sociedade, deixando-a

    dependente ao ponto de achar impossvel viver sem a mesma, em especial ao

    computador que se tornou instrumento de trabalho e informao indispensvel de uma

    forma muito rpida. Nessa perspectiva a escola como sendo um organismo vivo da

    sociedade vem incorporar s novas tecnologias afim de que no fique to a quem da

    sociedade externa. Como afirma Chaves (1998,p.5).

    Quanto a escola, como hoje a conhecemos, a grande questo

    se ela sobreviver ao desafio que lhe coloca a tecnologia. A

    escola de hoje fruto da era Industrial.

    Sendo assim para que a escola tenha significncia e relevncia social, jamais

    poder se omitir em relao aos avanos sociais e tecnolgicos, pois seus clientes

    fazem parte de uma sociedade que avana velozmente. E para que a escola no seja um

    espao arcaico e retrgrado, seus profissionais precisam munir-se de meios para

    transmitir um ensino significativo, de forma criativa e inovadora e para que isso seja

    possvel os profissionais docentes e tcnico administrativos precisam dominar as

    novas tecnologias e fazer uso das mesmas, nas escolas, em especial os softwares1, que

    o tema de discusso deste trabalho. Pois infelizmente ainda existem muitos

    professores que evitam ministrar uma aula no laboratrio de informtica da escola,

    justamente pelo fato de o prprio no dominar o uso do equipamento, fato esse que

    bastante agravante para a educao nos dias atuais. Segundo Pereira (1993.p.39).

    Um dos principais aspectos para a melhoria do desempenho

    dos educadores a aquisio de habilidades para implantao

    de reformas Curriculares e Instrucionais.

    1

    Softwares Trata se da parte lgica do computador (os programas).

  • 13

    Sendo assim para que o processo educacional obtenha sucesso faz se

    necessrio a capacitao constante do docente.

    Mas para que haja de fato mudanas de atitudes docentes o professor precisa

    sentir-se ameaado pelas novas tecnologias e compreende-las como suporte essencial

    em sua prtica docente, sendo esta uma aliada poderosssima no processo de ensino

    aprendizagem2. Dessa forma haver desenvolvimento de habilidades tanto docente

    quanto discente.

    1.2. O computador como aliado Didtico- Pedaggico.

    impossvel nos dias atuais desprezar o uso do computador na escola, no

    somente para os trabalhos administrativos, mas principalmente no mbito pedaggico,

    especificadamente na sala de aula, pois o mesmo tornou-se ferramenta de trabalho de

    todos os profissionais e na docncia no poderia ser diferente. Pois constantemente os

    professores so chamados a participar de capacitaes para tal com intuito de no

    cair no perigo de no acompanhar o desenvolvimento tecnolgico imposto pela

    sociedade globalizada.

    Porm infelizmente ainda h muitos acomodados que no se preocupam ou

    resistem, e acabam por fazer parte de uma parcela docente que parou no tempo,

    emperrando os ndices educacionais a alavancarem de fato.

    Para Moram (2008,p.31) contudo para que o professor possa usar, critica e

    conscientemente as tecnologias de informtica em seu trabalho, ele precisa, mais do

    que simplesmente treinamento tcnico, precisa enfrentar seriamente um conjunto de

    questes tericas e conceituais. Pois antes de comear a usar o computador em sala de

    aula precisa se ter clareza sobre vrios modelos de insero do computador no processo

    de ensino aprendizagem.

    Considerando o que o professor far com o computador em sala de aula, a

    forma utilizada para cada disciplina, faixa etria dos alunos, so quesitos bsicos para

    que este seja de fato um instrumento didtico-pedaggico de utilidade objetivando o

    aprendizado, ressaltando que o computador apenas um recurso a ser utilizado e o

    mesmo no dispensa a atuao do professor, que deve agir como um mediador do

    conhecimento, onde a mquina o subsidiar para tal.

    2 O processo de Ensino Aprendizagem, deve ser entendido segundo Cavalcante (2002); como um processo de construo do

    conhecimento em que o aluno o sujeito ativo desse processo, sendo capaz de aprender construir seus conhecimentos mediados

    pelo professor

  • 14

    Segundo Behrens (2008,p.75) para romper com o conservadorismo, o

    professor deve levar em considerao que alm da linguagem escrita que acompanham

    historicamente o processo pedaggico de ensinar e aprender, necessrio considerar

    tambm a linguagem digital. Onde neste processo de incorporao, ele precisa propor

    novas formas de aprender e de saber apropriar criticamente de novas tecnologias,

    buscando recursos e meios para facilitar a aprendizagem.

    Portanto, o professor, ao propor uma metodologia inovadora, precisa levar em

    considerao que a tecnologia digital possibilita o acesso ao mundo globalizado e

    rede de informao disponvel em todo o universo. As proposies pedaggicas se

    ampliam, pois segundo Kenski (1998, p.64) alerta que:

    A tecnologia digital rompe com a narrativa contnua e

    seqencial das imagens e textos escritos e se apresenta como

    um fenmeno descontnuo. As imagens e os textos

    digitalizados tem seu prprio tempo, seu prprio espao

    dentro do contexto pedaggico.

    Partindo da idia de Kenski (1998), percebemos que o desafio do professor ao

    propor sua ao docente ser levar em considerao a qualidade e a relevncia, dentre

    dos seus mtodos pedaggicos, tendo como ponto de partida o conhecimento, podendo

    discuti-lo, depur-lo e transform-lo. E o aluno precisa ser instigado a buscar o

    conhecimento, a ter prazer, em conhecer, a aprender a pensar, a elaborar as

    informaes para que possam ser aplicadas realidade de que est vivendo.

    No processo de produzir conhecimento torna-se necessrio, ousar, criar e

    refletir sobre os conhecimentos acessados para convert-los em produo relevante e

    significativa. Segundo Pilar Delors (1998, p.93) apresenta o aprender a fazer, a

    aprendizagem indissocivel do aprender a conhecer, e recomenda:

    Aprender a fazer no pode, pois continuar a ter significado

    simples de preparar algum para tarefa material bem

    determinada, para faz-lo participar no fabrico de alguma

    coisa. As aprendizagens devem evoluir e no podem mais ser

    considerados como simples transmisso de prticas.

    Segundo Delors (1998,p.93) trata-se portanto, de ir alm da tarefa repetitiva

    do ato de repetir o que est feito, mais sim de buscar o fazer na criao com criticidade

    e autonomia.

  • 15

    1.3. A importncia do Paradigma Emergente na Prtica Pedaggica.

    A acelerada mudana em todos os nveis educacionais leva a ponderar sobre

    uma educao mundial globalizante. Educar nos dias atuais tornou-se um processo de

    globalizao3 que tem passado a integrar os sistemas financeiros, econmicos, polticos

    e sociais das naes.

    Paralelamente ocorre a transio da sociedade industrial, voltada para a

    produo de bens materiais, para a sociedade do conhecimento, voltada para a

    produo intelectual com o uso intensivo de tecnologias. Um paradigma4 inovador que

    venha atender aos pressupostos necessrios as exigncias da sociedade do

    conhecimento tem sido denominado de paradigma emergente por alguns educadores

    como Boaventura Santos (1989), Moraes (1997), Pimentel (1993), Gutirrez (1999) e

    Behrens (1999). Por exemplo Moraes (1997) denomina paradigma emergente a aliana

    entre as abordagens construtivista, interacionista, sociocultural e transcendente.

    No entanto o ponto de encontro entre os autores que contribuem com seus

    estudos sobre o paradigma emergente a busca da viso de totalidade com o enfoque

    da aprendizagem e o desafio de superao da reproduo para a produo do

    conhecimento.

    Uma ao pedaggica que leve produo de conhecimento e que busque

    formar um sujeito critico e inovador, precisa enfocar o conhecimento como provisrio

    e relativo, preocupando-se com a ao, a curiosidade, o esprito critico, o

    questionamento, e a prtica educativa proposta em sala de aula. Segundo Cunha

    (1997);

    A valorizao da ao reflexiva e da disciplina tomada

    como Capacidade de estudar e de sistematizar o

    conhecimento instiga o aluno a reconhecer a realidade e a

    refletir sobre ela.

    Portanto segundo Cunha (1997) a produo do conhecimento com autonomia,

    com criatividade, com criticidade e esprito investigativo provoca a interpretao do

    conhecimento e no apenas a sua aceitao. Na prtica pedaggica o professor deve

    propor projetos que provoquem um estudo sistemtico, uma investigao orientada,

    para a ultrapassar a viso de que o aluno produto e objeto, e torn-lo sujeito produtor

    do prprio conhecimento.

    3 Globalizao: processo de integrao entre as economias e sociedade e a difuso de informaes, especialmente produo. 4 Paradigma: modelo padro de algo exposto

  • 16

    Para alicerar uma prtica pedaggica compatvel com as mudanas

    paradigmticas da cincia num paradigma emergente, Behrens (1999), acredita na

    necessidade de desencadear uma aliana de abordagens pedaggicas, formando uma

    juno da viso holstica, com a abordagem progressista e com o ensino com pesquisa.

    Essa aliana segundo Behrens (1999) justifica-se e torna-se necessria de

    acordo com as caractersticas de cada abordagem:

    a) O ensino com pesquisa; pode provocar a superao de reproduo para a produo

    do conhecimento, com autonomia, esprito critico e investigativo. Considera a pesquisa

    como principio educativo, portanto o aluno e o professor tornam-se pesquisadores e

    produtores dos seus prprios conhecimentos.

    b) A abordagem progressista; tem como pressuposto central a transformao social.

    Instiga o dialgo e a discusso coletiva como foras propulsoras de uma aprendizagem

    significativa e contempla os trabalhos coletivos, as parcerias e a participao crtica e

    reflexiva dos alunos e professores.

    c) A viso holstica ou sistmica; busca a superao da fragmentao do

    conhecimento, o resgate do ser humano em sua totalidade, considerando o homem com

    suas inteligncias mltiplas, levando formao de um profissional humano, tico e

    sensvel.

    A aliana proposta a partir das trs abordagens permite uma aproximao de

    pressupostos significativos, cada uma em sua dimenso. Uma prtica pedaggica

    competente e que d conta dos desafios da sociedade moderna exige uma inter-relao

    dessas abordagens e uma instrumentalizao com a tecnologia inovadora. Servindo

    como instrumentos, o computador e a rede de informaes aparecem como suportes

    relevantes na proposio de uma ao docente inovadora.

    1.4. Teorias sobre a utilizao do computador

    Para se implantar a informtica na educao so necessrios segundo alguns

    autores quatro elementos: o computador, o software educacional, o professor

    capacitado para usar o computador como um dos recursos educacionais e o aluno.

    Segundo Carraher (1992, p.22) prope trs modelos de utilizao do

    computador na educao. Primeiro, como mquina de ensinar, segundo como tutor

    inteligente e terceiro, como ferramenta intelectual.

    1) O computador como mquina de ensinar

  • 17

    A introduo do computador na escola como mquina de ensinar trouxe para

    a escola uma grande vantagem, apesar da sua utilizao como recurso didtico no

    provocar muitas mudanas metodolgicas, j que os programas eram uma verso

    informatizada dos mtodos tradicionais.

    Os programas seguiam a linha behavorista/ skinneriana, que valorizavam a

    aprendizagem mediante a formao de hbitos, enfatizando a repetio com exerccios

    e uma prtica totalmente mecanicista. As seqncias de exerccios eram todas

    planejadas de etapas lgicas, no permitindo que o aluno fizesse qualquer interveno

    no processo de aprendizagem, tornando esse processo superficial.

    A perpetuao do ensino tradicional, a falta de tcnicas pedaggicas e de

    especialistas multidisciplinares, so as grandes desvantagens encontradas nesta

    primeira fase.

    2) O computador como recurso inteligente

    De acordo ainda com Carraher (1992, p.23), o modelo do computador como

    tutor inteligente baseado na esperana de produzir programas inteligentes e capazes

    de estabelecer comunicao autntica com o usurio.

    3) O computador como ferramenta intelectual

    Uma das funes do computador gerenciar as atividades intelectuais

    auxiliando o usurio a raciocinar sobre fenmenos. O computador usado tambm

    como comunicador. Atravs dele e de uma linha telefnica pode-se transmitir e receber

    informaes. Esses computadores interligados, formam o mail eletrnico, correio

    eletrnico, possibilitando ilimitado nvel de comunicao mundial.

    Mattos (1995, p.11), considera que o computador, pelas suas caractersticas

    audiovisuais e capacidade de interao, ideal para ser usado nas seguintes situaes:

    1) Simulao de situaes reais que apresentam variao mediante

    interveno. Isto se aplica a fenmenos que no podem ser

    explorados na vida real de modo seguro ou rpido ou, que at

    mesmo no permitam manipulao. Um exemplo disto seriam

    ondas estacionrias em Fsica, que podem ser simuladas no

    computador.

    2) Ferramenta conceitual, ou seja o computador se presta para

    conjugar representaes diferentes do mesmo fenmeno ao

    mesmo tempo: a representao concreta e a representao formal.

    Um exemplo seria o preenchimento de garrafas de formatos

    diferentes e a representao grfica da funo preenchimento.

    A informtica possui uma dimenso interativa (BUSATO, 1999, p.62),

    porque o aluno faz um intercmbio com as mquinas sries mais ou menos longas de

  • 18

    informaes, e isso numa confrontao pessoal simultaneamente exploratria e ldica.

    A interatividade e hipertextualidade, que permitem ao aluno/ professor manipular

    indefinidamente textos e imagens, montar e desmontar as formas e contedos dos

    objetos simblicos do conhecimento.

    Ensino, estudo e aprendizagem so conceitos inter- relacionados.

    Objetivamente segundo Tricrio (1996,p.81), o ensino, a dimenso mais fortemente

    associada escola busca consolidar um processo de transmisso e construo de

    conhecimentos que permita a aprendizagem, ou seja a possibilidade de transformao.

    Percebe-se portanto, a crescente preocupao com a capacitao do professor em

    familiarizar-se com as novas tecnologias e na mudana da postura das metodologias.

    Por outro lado, essa capacitao tambm envolve, para Tricrio (1996,p.84),

    modificaes na organizao institucional envolvida no processo, no sentido de

    propiciarem condies que facilitem essa formao, mediante a assinatura de

    convnios com outros rgos j estruturados e outras aes que minimizem os esforos

    do docente, que visa com isso a melhoria na qualidade de seu trabalho e, como

    conseqncia, uma educao com mais qualidade e centrada nas necessidades reais da

    sociedade atual.

    Demo (1998, p.196) ressalta que muito importante para o professor

    continuar aprendendo sempre, e em sentido interdisciplinar, para contribuir a um estilo

    mais abrangente e formao dos alunos, instigando a leitura a interesses multiplicados

    pela informao, a trabalhar em equipe, e assim por diante. O mundo do trabalho

    tambm espera que o saber pensar inclua saber ver longe e aprender sempre.

    Ambiente interdisciplinar tambm mais apto a promover a inovao.

  • 19

    CAPTULO II- FUNDAMENTAO TERICA.

    A educao tem sido alvo constante de preocupaes, debates e investimentos

    por parte dos governos, empresrios e da sociedade como um todo. Hoje discutida a

    importncia de se repensar as prticas pedaggicas para enfrentar os desafios

    provenientes da globalizao, e da revoluo nas tecnologias de comunicao e

    informao.

    Partindo dessa idia pretende-se nesta segunda etapa desta pesquisa, fazer-se

    uma abordagem geral, sobre as formas e concepes adotadas pelos autores, na

    discusso sobre a utilizao de recursos tecnolgicos no processo de ensino

    aprendizagem, tendo como base o aprimoramento e desempenho do ensino com

    qualidade.

    2.1. Abordagem Geral

    Para realizar a presente pesquisa, buscar-se a autores que estudaram a

    capacitao de docentes, subsidiada por referenciais tericos e teorias pedaggicas que

    fundamentam a educao. Segundo Libneo (1982, p.43) chama de prtica pedaggica:

    1 Uma prtica social envolvendo uma inter relao adultos aprendizes, e que visa a modificaes profundas nos sujeitos

    envolvidos a partir de aprendizagem de saberes existentes na

    cultura, conduzida de tal forma a preencher necessidade, e

    exigncias de transformao da sociedade.

    Para Libneo (1982,p.43) a prtica social deve-se a uma interao que visa a

    transformao do sujeito envolvidos num processo de ensino aprendizagem

    preenchendo-se as necessidades que a sociedade impe. Para Bahlis (2005,p.05) o

    impacto das novas tecnologias na vida cotidiana e na sociedade cada vez mais

    evidente e s passa por hoje despercebido para uns poucos resistentes, que esperam

    assim fugir aos temores do desconhecido desta nova aventura.

    Segundo Bahlis(2005) mesmo entre os que reconhecem a sua importncia,

    em geral sua observao se restringe s caractersticas quantitativas do processo em

    curso (o nmero de pessoas e mquinas envolvidas, a ampliao da abrangncia de

    suas atividades, seu carter global, os valores econmicos envolvidos etc.), do que

  • 20

    pelas caractersticas e dinmicas especficas que estas novas tecnologias implementam

    ao nvel de nosso processo cognitivo e da prpria prtica educativa.

    Os recursos tecnolgicos atuais, entre eles a internet desencadearam novas

    formas de ler, de escrever, e, portanto de pensar e agir. Visto sob este prisma, o

    processo educativo pressupe uma nova forma de possibilitar a construo e a

    elaborao do conhecimento diferente do tradicional, a partir de caractersticas

    especficas de novas tecnologias.

    Nos lembra Kenski (1998,p.15) que as novas tecnologias da informao e

    comunicao articula vrias formas eletrnicas de armazenamento, tratamento e

    difuso da informao. Tornam-se miditicas5 aps a unio da informtica com as

    telecomunicaes e o audiovisual. Geram produtos que tem como algumas de suas

    caractersticas a possibilidade de interao comunicativa e a linguagem digital.

    Os recursos didticos possibilitado pelas novas tecnologias ao ensino,

    aumentam as formas de comunicao e interao para Moram (2008, p.22):

    [...] A tecnologia da informao provoca e cria possibilidades

    de comunicao entre os estudantes e as universidades como

    instituies e tambm com membros que as compem, gesto-

    res, pesquisadores, acadmicos e funcionrios.

    Segundo Moram (2008, p.22), as novas tecnologias possibilitam uma

    interao e cria possibilidades de dialogo entre educadores, e educandos cooperando

    com o conhecimento muto para o desenvolvimento do processo de ensino-

    aprendizagem.

    2.2. Conceitualizaes

    A capacitao, da educao continuada, ou aperfeioamento, para efeito de

    estudo, refere-se principalmente a formao contnua do professor, a educao em

    servio em terminologia utilizada por alguns autores, principalmente na dcada de 80,

    considerada uma condio essencial para o aperfeioamento da atividade do

    professor.

    5 Miditicas: Ocorre quando os meios de comunicao comeam a interferir com mais fora na

    organizao da sociedade.

  • 21

    No sentido amplo, a educao em servio para professores pode ser definida

    conforme Pereira (1998, p.38) como:

    [...] Aquela que abrange todas as atividades nas quais

    os profissionais se envolvem enquanto esto em exer-

    cicio e que so estruturadas para contribuir a melhoria

    de seu desempenho.

    Segundo Pereira (1998,p.38), a educao em servio para professores pode

    ser definida como qualquer atividade de desenvolvimento profissional que o professor

    empreende individualmente ou com outros professores em seu meio em sua prtica

    docente. necessrio, portanto, que a educao em servio para professores, segundo

    Freire (1976, p.42):

    [...] Esteja em seu contedo, em seus programas e em seus

    mtodos, adaptada ao fim que se persegue: permitir ao

    homem chegar a ser sujeito, construir se como pessoa transformar o mundo e estabelecer com os outros homens

    relaes de reciprocidade fazer cultura e a histria.

    Para Freire (1976,p.42), a preparao dos professores logicamente

    determinada pela natureza das tarefas de ensino para as eles esto sendo

    capacitados.Por isso, os objetivos das atividades de educao so influenciados pela

    natureza do crescimento profissional pretendido. A conceituao do professor e do

    grau de competncia dele exigido, a identificao das tendncias do currculo e a

    anlise das necessidades e interesses dos professores so aspectos fundamentais para

    um bom planejamento voltados para o ensino. Libneo (1982, p.54) enfatiza que:

    E preciso que os educadores empenhados na valorizao da

    escola adquiram uma formao pedaggica mais consistente e

    pesquisem situaes pedaggicas reais, com suas dificuldades

    e positividades.

    Segundo Libneo o papel desempenhado pelos professores envolve sempre o

    desenvolvimento de novas habilidades e competncias, torna-se maior, a cada dia, a

    necessidade de seu aperfeioamento contnuo em sua prtica docente. O professor

    segundo Libneo (1982,p.55) deve:

    Sempre melhorar sua matria; passar por treinamento em

    tcnicas de sensibilizao; aprender estratgias de ensino

    verbais e no verbais; diagnosticar, orientar, avaliar a

    aprendizagem; estar sempre atualizado em relao as

    pesquisas; aprender a trabalhar em grupos; criar, selecionar e

    avaliar materiais e meios de comunicao; e funcionar como

    agente de mudana.

  • 22

    Alm disso tendo em vista que o professor capaz de encarar seu trabalho

    como parte da prtica social global ele precisa, para Libneo (1982,p.55) adquirir um

    conhecimento terico que lhe permita pensar, agir sobre o real histrico e tambm

    dominar os meios operacionais; o saber e o saber fazer didticos.

    Deste modo, para Silva (1980, p.41) educador educado como todos os

    homens, em e pela prtica transformadora das circunstncias e dos homens. Segundo

    Silva (1980, p.41) o ensino um exerccio de gesto,os professores administram seu

    espao, tempo, material de apoio, facilitam a aprendizagem dos alunos e controlam seu

    desempenho, orientando-os e avaliando-os.

    O professor precisa ter uma viso ampla de todos os aspectos e mediaes

    inerentes a ao pedaggica, nas suas contradies, a fim de que introduza em seu

    trabalho docente a dimenso da prtica histrico- social no processo do conhecimento.

    Cruz (1991, p. 155) afirma que a formao continuada de professores compreende:

    As atividades sistemticas de formao a que se dedicam aps

    sua titularizao profissional com vista a melhorar os seus

    conhecimentos, as suas competncias e as suas atitudes

    profissionais, de modo a assegurar, com eficcia, a formao

    de alunos.

    Para Cruz (1991,p.55) a formao continuada traduz-se no aperfeioamento

    recebido posterior a formao universitria e surge da necessidade do prprio docente

    em se aperfeioar em questes geradas pelas mudanas da sociedade e sua prtica

    pedaggica, pode-se verificar que os professores necessitam de uma educao

    contnua, visando sempre a melhoria em sua prtica pedaggica. Portanto cabe as

    instituies de ensino, facilitar o aperfeioamento desses profissionais, no que se refere

    s atualizaes que ocorrem na educao principalmente com a insero das novas

    tecnologias ao ensino.

  • 23

    CAPTULO III- A REALIDADE ESCOLAR; O ESTUDO DE CASO

    DESENVOLVIDO NA ESCOLA ESTADUAL EDMO TEIXEIRA.

    A Pesquisa foi realizada na Escola Estadual Edmo Teixeira, localizada na

    Avenida Caiap n 282, na cidade de Ipor, GO sendo bem localizada

    geograficamente, portanto de fcil acesso, atende um grande nmero de alunos, de

    vrias extremidades da cidade, possue tambm uma estrutura muito confortvel

    contando com Secretaria, Almoxarifado, Banheiros, Saguo, Cozinha, Sala para

    professores e coordenao, as salas de aula so confortveis e arejadas comportando

    em mdia 40 alunos e possue tambm laboratrio de informtica cuja utilizao trata-

    se do objeto da referida pesquisa.

    De acordo com a documentao da Escola, pretende criar um mecanismo para

    a melhoria e qualificao do ensino, buscando condies propcias de discusses

    criativas e crticas, buscando assim um instrumento de ao e reflexo, proporcionando

    o melhor caminho, para que o aluno possa desenvolver suas potencialidades de

    maneira global ou seja exercer sua cidadania.

    Durante a pesquisa foi possvel notar que a Escola realiza um trabalho scio-

    interacionista6 e cultural em relao aos seus alunos, pois sua Proposta Pedaggica

    privilegia o ensino enquanto construo do conhecimento, e desenvolvimento pleno

    das potencialidades do discente e sua insero no ambiente social utilizando, para isso,

    os contedos curriculares da base nacional comum e os temas transversais, trabalhados

    em sua contextualizao .

    Analisando a situao da Escola no que se refere ao Corpo Docente

    constatou-se que todos os professores participam de cursos de atualizao e

    aperfeioamento. Mas, sentem a falta de estmulo de uma poltica salarial adequada, a

    Escola possue um total de 12 professores atuando em sala de aula, sendo todas

    licenciados ou pedagogos.

    Os professores trabalham em sala de aula com todas as disciplinas da Base

    nacional comum, ou seja, exercem a Unidocncia (Lngua Portuguesa, Matemtica,

    Histria, Geografia, Cincias, Educao Fsica e Educao Artstica) que

    complementada pela parte diversificada (Ensino Religioso e Ingls), estabelecendo a

    6 Scio-interacionista: Segundo Vygotisky a abordagem scio-interacionsta se trata do desenvolvimento

    humano que se d nas trocas entre parceiros sociais, atravs de processos de interao e mediao, onde

    o indivduo interage com o meio.

  • 24

    articulao entre as reas do conhecimento e a vida cidad. So oferecidos na Escola

    Estadual Edmo Teixeira o Ensino Fundamental, do 1 ao 5 ano no perodo Matutino e

    Vespertino, sendo que o prdio compartilhado com turmas de Educao Infantil, que

    esto a cargo do municpio.

    3.1- Professor e o Plano Geral de Ensino

    Os professores tem hoje a tarefa de ensinar as crianas, jovens e adultos

    contedos ligados ao cotidiano desenvolvendo um trabalho docente que resulte

    efetivamente em uma aprendizagem significativa para os alunos. Segundo Rosa (2006,

    p.17):

    Refora-se tambm, a concepo de professor como profis-

    sional do ensino que tem como principal tarefa cuidar da a-

    prendizagem dos alunos, respeitando a sua diversidade pes-

    soal, social e cultural, buscando a formao plena (cogniti-

    va, afetiva, social).

    Para a autora o ensino um processo de conhecimento mediado pelo

    professor, cabendo a ele a responsabilidade de transmitir e encaminhar contedos e

    informaes que venha contribuir para a formao do cidado, utilizando metodologia

    e didtica necessria para esse processo de ensino aprendizagem.

    Para Moram (2008,p.136), h questes subjacentes a maneira de ensinar, s

    expresses eficcia, eficincia, tecnologia interessam seriamente ao processo de ensino

    aprendizagem e que no podem ser desconsideradas, como por exemplo a busca dos

    melhores recursos para que a aprendizagem realmente acontea, o acompanhamento

    contnuo do aprendiz motivando-o em direo aos objetivos do ensino escolar para a

    vida dos indivduos.

    De acordo com Mizukami (1986,p.106) o processo de ensino apresenta duas

    abordagens bem definidas: o ensino tradicional, que caracterizado pela concepo de

    que a educao como um produto, onde os modelos a serem alcanados esto pr

    estabelecidos.Trata-se de transmisso de idias selecionadas e organizadas

    logicamente, onde o professor j traz o contedo pronto e o aluno se limita,

    passivamente, a escut-lo.

    E o ensino renovado, onde a educao tem como finalidade a criao de

    condies que facilitem a aprendizagem do aluno dando nfase na participao ativa

  • 25

    do aluno durante a aprendizagem. possvel notar dois modelos diferentes em relao

    ao ensino escolar, que segundo Mizukami (1986,p.107) diz [...] no h teoria que por

    sua prpria natureza, fins e prioridades, sejam elaborados e resista a mudanas sociais,

    [...].

    Percebe-se assim que essas concepes de ensino citadas anteriormente,

    passaram por algumas transformaes, devido s mudanas sociais, resultando em

    novos paradigmas. Pode-se destacar a concepo de escola e ensino a partir das idias

    de Freire (2000.p.114), para ele o ensino precisa fazer uma anlise do meio cultural,

    para no realizar uma educao pr-fabricada, no adaptada ao homem concreto. A

    educao deveria assumir um carter amplo. Segundo Freire (2000,p.115):

    [...] uma educao que nos parecia a de que precisvamos.

    Identificada com as condies de nossa realidade, realme-

    nte instrumental, por que integrada ao nosso tempo e ao

    nosso espao, levando o homem a refletir sobre sua onto-

    logia vocao de ser sujeito.

    A escola segundo Freire uma instituio que existe num contexto histrico

    de uma determinada sociedade. Segundo este contexto, para ela ser compreendida deve

    atuar de acordo com essa sociedade, ou seja que permitam aprender o real em mltiplas

    dimenses. Provocando e criando condies para que desenvolva uma atitude de

    reflexo critica, comprometida com a ao.

    Outro aspecto importante que Freire (2000), defende que o conhecimento

    produzido a partir da interao com o mundo fsico e social com base no contato do

    individuo com sua realidade, considerando a diversidade do meio cultural, que cada

    individuo possui.

    Partindo das idias de Freire (2000), passamos a perceber que Cavalcante

    (2002) o ensino um processo de conhecimento do aluno mediado pelo professor, na

    qual esto envolvidos de forma interdependente, os objetivos, os contedos, os

    metdos, e as formas organizativas do ensino. Para a realizao desses componentes

    preciso trabalhar com a interao de saberes. Segundo Cavalcante (2002,p.33):

    A escola um lugar de encontro e culturas, de saberes,

    Saberes Cientficos, e de saberes cotidianos, ainda que seu

    trabalho tenha como referencia bsica os saberes cientificos. A

    escola lida com cultura, seja no interior da sala de aula, seja

    nos demais espaos escolares.

  • 26

    Segundo Cavalcante (2002,p.33) na escola h o ensino das diferentes matrias

    escolares, que precisam ter metodologias e procedimentos de ensino, pensados em

    funo da cultura dos alunos, da cultura escolar, do saber sistematizado e em funo

    ainda da cultura da escola. Nessa proposta desenvolve um ensino integrado a

    diversidade cultural valorizando a cultura individual e proporcionando a sistematizao

    e o conhecimento de novas culturas.

    3.1.1- Matriz curricular para o Ensino Fundamental do Estado de Gois

    De acordo com a proposta curricular atual, a educao um dos principais

    instrumentos de promoo da cidadania, proporcionando a todos os educandos o

    exerccio de direitos sociais como valores supremos de nossa sociedade.

    Nesse contexto a elaborao da matriz curricular constitui em parmetros

    bsicos para o desenvolvimento de qualquer atividade educacional que tenha como

    foco a qualidade do ensino e a aprendizagem no ensino fundamental. Buscam

    contemplar os contedos indispensveis a formao critica e cidad dos aprendizes,

    desenvolvendo competncias necessrias para responder aos desafios que se

    apresentam no dia a dia dos educandos. Enfocando principalmente a leitura e a escrita

    em todas as reas do conhecimento.

    A matriz curricular do 1 ao 9 ano deixa claro que o ensino deve ser um

    processo complexo e contnuo de desenvolvimento de competncias, estimulando

    sempre os envolvidos nesse processo a atualizar para melhor acompanhar as exigncias

    da sociedade e assim desenvolver competncias relacionadas realidade.

    Para o ensino fundamental a construo do conhecimento tem como

    referencial pedaggico as seguintes competncias, de acordo com a matriz curricular

    (2008):

    Cognitivas/ aprender a pensar, onde procura desenvolver e habilitar o

    aluno a pensar de forma critica e criativa, se posicionando diante das

    diferentes situaes.

    Atitudinais/ aprender a ser e a conviver- competncia que visa

    estimular a percepo da realidade e convivncia em diferentes

    ambientes.

    Operativas/ aprender a atuar- que prevem que os alunos possam

    aplicar o conhecimento adquirido de forma reflexiva e consciente.

  • 27

    A partir do desenvolvimento dessas trs competncias cada escola elabora o

    seu projeto poltico pedaggico e o plano de desenvolvimento da escola, que devem

    responder a essas competncias, garantindo assim um ensino de qualidade e facilitando

    a aprendizagem dos alunos.

    Alm da matriz curricular a Secretaria de Educao envia tambm as matrizes

    de habilidades de cada srie e disciplina, cabendo a escola adequ-los e desenvolve-las

    de acordo com sua realidade. Para as sries iniciais implantam aes especficas

    voltadas a aquisio e a consolidao da base alfabtica, enquanto que nas sries finais

    so asseguradas s habilidades especificas, inerentes a esse nvel de ensino.

    3.2 - Coleta de Dados

    Para salientarmos sobre a presente pesquisa pretende-se primeiramente

    ressaltar que a realizao deste trabalho, foi decorrente de dois fatores: primeiramente,

    o que se refere a prtica pedaggica dos professores da Escola Estadual Edmo

    Teixeira, tendo como objetivo principal observar como vem sendo utilizado os

    recursos tecnolgicos da unidade em especial o uso do computadores e como os

    docentes tem absorvido e organizado estes recursos com a era da informao, e em

    segundo como estes recursos tecnolgicos tem contribudo no processo de ensino

    aprendizagem dos discentes, enfatizando as competncias e habilidades que requerem

    o conhecimento bsico dos recursos tecnolgicos, e porque os professores no se

    valem desses recursos para ministrarem suas aulas.

    Dessa forma, tem-se de um lado, um plano de ensino que considera o

    professor como sendo um facilitador da aprendizagem, exigindo-lhe um

    aperfeioamento contnuo, e de outro, alunos que possuem uma intimidade maior com

    as mquinas nas quais intensamente acessam informaes e dominam linguagens

    desconhecidas para o educador.

    Portanto, dentro do cenrio apresentado foi feito um longo acompanhamento

    aos planejamentos dos professores da Escola Estadual Edmo Teixeira onde foi possvel

    perceber muitas dificuldades e resistncias quando o assunto se tratava da utilizao

    dos recursos tecnolgicos em especial o o computador, ferramentas tecnolgicas

    como um mtodo de ensino no processo de ensino aprendizagem dos discentes.

  • 28

    O planejamento das aulas so elaborados todas as segundas-feiras, pois os

    professores do perodo matutino planejam suas aulas no perodo vespertino e vice

    versa. O planejamento feito com ajuda dos PCNs7, Guias Curriculares, livros

    Didticos, internet, adequando-os a realidade da escola e dos discentes, o contedo

    segue de acordo com que esta sendo visto em sala de aula, e so selecionados de

    acordo com os PCNs e matrizes e habilidades8.

    O Laboratrio de Informtica Educativa (LIE) da Escola bem equipado

    contando com 17 computadores, 04 impressoras, 02 Scanners, e conexo a internet por

    banda larga, que se encontra disponvel para toda comunidade escolar.

    O projeto de execuo do Laboratrio de Informtica Educativa na Escola

    Estadual Edmo Teixeira foi fundado a partir de 1.999, dando nfase a um maior

    potencial na proposta pedaggica da Escola. O projeto financiado pelo MEC

    (Ministrio da Educao e do Desporto), Secretaria da Educao e Cultura do Estado

    de Gois, Unidade Escolar e Comunidade, Ncleo Tecnolgico Educacional de Ipor

    (NTE), sendo os financiadores seus maiores responsveis, juntamente com NTE que

    o rgo parceiro das escolas em relao manuteno, oferecimento de cursos e

    estreita ligao com os dinamizadores.

    A Escola tem passado por uma problemtica, pois o Laboratrio de

    Informtica, no possue dinamizador9 e isso tem ocasionado muitas dificuldades aos

    professores, pois muitos no sabem como manusear os computadores e diz no ter

    coragem de encarar esta batalha sozinhos.

    A implantao de um Sofware moderno chamado Linux10

    , tem trazido muitas

    controvrsias e dificuldades no desenvolvimento e aprendizado para manuseio do

    programa pois os docentes no sabem como manuse-lo para, a compreenso e

    desenvolvimento das aulas, ministradas no laboratrio.

    No entanto, percebe-se a fraqueza das polticas educacionais, em relao

    falta do dinamizador, que uma funo pouco aceita devido a carga horria que

    oferece, sendo apenas um total de 30 horas, respectivas a 6 horas de trabalho dirio.

    7 PCNs: Parmetros Curriculares Nacionais desenvolvido na escola tendo em vista o processo de

    construo do conhecimento por parte do aluno e do professor, levando-se em conta os fatores culturais,

    sociais e econmicos. 8 Matrizes e Habilidades: Documento expedido pela Secretaria Estadual de Eduacao para as Escolas

    pblicas, contendo o currculo pleno para cada sere e disciplina. 9 Dinamizador: Funcionrio (docente) responsvel pelo LIE, bem como a dinamiz-lo pedagogicamente

    de acordo com o professor regente. 10

    Linux: um sistema operacional usado nos computadores tal como Microsoft Windows e

    Gerenciador de Recursos.

  • 29

    Sendo assim permitido contratar dois servidores de 30 horas cada e no permitido

    um mesmo funcionrio fazer e complementar as 60 horas.

    Dessa forma como na escola no existe professores com carga horria menor

    que 40 horas semanais, os profissionais para o laboratrio precisam ser importados de

    outra unidade escolar os quais tenham carga horria disponvel, para ser completada.

    Partindo desta informao, observa-se que a instituio escolar, passa por

    uma problemtica no s estrutural mas tambm organizativa na qual os mais atingidos

    com esta problemtica so os discentes.

    Foi possvel notar tambm que so poucas as aulas ministradas no LIE

    (Laboratrio de Informtica Educacional) que so contempladas no planejamento,

    porque muitos dos docentes sentem receio e medo de utilizar o laboratrio, por no

    terem conhecimento dos aplicativos informacionais, essa rejeio muitas vezes se d

    devido a falta de conhecimento por parte desses profissionais, sobre a forma como

    utiliz-las para adquirir praticidade no processo de ensino aprendizagem.

    Dessa maneira perceptvel perceber que o processo de implantao dos

    Recursos Tecnolgicos, em especial o computador na escola tem trazido muitos

    desafios, pois significa muitas mudanas na atitude e na metodologia dos professores,

    conscientes sobre os inevitveis reflexos que, evidentemente acabam por afetar a sua

    prtica pedaggica e o processo de construo do conhecimento.

    Outro fator importante que foi possvel notar foi a pouca receptividade dos

    professores em relao entrevista proposta, talvez por se sentirem intimidados com a

    seguinte pesquisa, essa resistncia justificada pelos professores por vrias razes;

    falta de preparo, disponibilidade de horrio adequado para a qualificao, grande

    nmero de alunos nas turmas, falta de disponibilidades de microcomputadores para

    todos os discentes, so argumentos que demonstram a vontade de permanecerem com

    uma prtica tradicional ao invs de encarar essa nova situao disponibilizada pela

    tecnologia como instrumento facilitador da aprendizagem.

    Outro grande desafio dos professores foi o de lidar com situaes que

    desafiam a prtica cotidiana, na sala de aula tradicional, o professor pode improvisar e

    na maioria das vezes o improviso funciona; em um ambiente de aprendizagem

    informatizado, o professor tem uma responsabilidade maior sobre o gerenciamento de

    suas tarefas. As aes a serem desenvolvidas no laboratrio requerem um

    planejamento que permita o gerenciamento do processo durante toda a aula, pois ao

    planejar o professor deve considerar um trabalho em grupo envolvendo um grande

  • 30

    nmero de alunos por mquina, e um s professor para organizar a dinmica de

    trabalho.

    Se no houver planejamento e certa firmeza do professor em cumprir as

    etapas de trabalho, a realizao das etapas no acontece. Junto a tudo isso est a

    dificuldade do professor em ter a sua disposio poucos computadores, para atender

    um grande nmero de alunos. Em muitas situaes, observa-se que o empecilho falta

    de tempo funciona como uma defesa dos profissionais frente ao impacto ocasionado

    pela tecnologia e a necessidade de um novo paradigma que vem se estabelecendo na

    rea da educao.

    Portanto no poderia deixar de citar, que durante a realizao desta pesquisa

    foi possvel notar que alguns professores se preocupam em representar e explicitar os

    principais problemas enfrentados pela Escola, que segundo os mesmos dificultam a sua

    prtica, levantando assim as possibilidades de uma proposta de interveno que ajudem

    no desenvolvimento de suas prticas pedaggicas, tornando suas aulas mais atrativas e

    despertando o interesse dos alunos.

    3.3 Anlise dos Resultados

    Conforme o que vem sendo explicitado, o foco principal da presente

    pesquisa, foi saber como vem sendo utilizado o computador pelos docentes no

    processo de ensino aprendizagem em suas prticas pedaggicas, na Escola Estadual

    Edmo Teixeira.

    Com esse propsito, planejamos um questionrio (em anexo), para serem

    respondido pelos docentes individualmente, tendo como referencia os objetivos da

    pesquisa e conhecimentos bsicos sobre informtica, visando a aprendizagem escolar

    dos educandos.

    A atividade foi respondida pelos professores entre professores de apoio e

    regentes que estavam trabalhando em sala de aula. Durante a aplicao da atividade,

    percebeu se nos docentes uma certa resistncia em relao a pesquisa abordada.

    Os dados resultantes da pesquisa foram dispostos em grficos tipo pizza.

    Atravs da anlise das questes referentes ao sexo a idade observa se que a maioria

    dos pesquisados e formada por mulheres, no total de 99%, encontram se entre 41

    50 anos 37%, entre 31 40 anos 38%, entre 21 30 anos 25%, e nenhum entre 51 60

    anos.

  • 31

    Figura 1: Quanto ao Sexo

    Figura 2: Faixa Etria dos Docentes

    Sendo assim, perguntou se aos docentes da Escola Estadual Edmo Teixeira

    sobre sua noo de informtica, assim como seu nvel de capacitao em cursos de

    Informtica. Verificando a figura 3 sobre os questionados observamos que 38% possui

    uma boa noo, 49% regular, e 13% tima noo e 0% possui pouca noo.

  • 32

    Figura 3: Noo sobre informtica

    Desta forma perguntou se aos docentes sobre o nvel de conhecimento sobre

    os aplicativos, a figura abaixo indica que, em nvel bsico 13% possui conhecimento

    em Microsoft Windows, 21 % Microsoft Explorer, 8% Microsoft Word, 33%

    Microsoft Excel e 25% Linux.

    Figura 4: Nvel de Conhecimento sobre os aplicativos

    Bsico

  • 33

    J na figura 5, observar se o nvel de conhecimento dos docentes em relao

    ao intermedirio.

    Figura 5: Nvel de Conhecimento sobre os aplicativos

    Na figura 6, o nvel de conhecimento dos docentes em relao ao nvel

    avanado.

    Figura 6: Nvel de conhecimento sobre os aplicativos

    Percebe se que os docentes possui um nvel variado entre bsico,

    intermedirio e avanado. Necessitando de cursos que lhe dem nveis mais elevados

    de conhecimento.

    J na figura 7 perguntamos com que freqncia o computador utilizado em

    sua prtica pedaggica, 49 % disseram utilizar 2 vezes por semana, 38% uma vez por

    semana e 13% nenhuma vez. Muitos justificaram que no utilizavam os computadores

    por no possuir dimanizador no LIE(Laboratrio de Informtica Educacional) e que

  • 34

    no encaravam est batalha. Isto demonstra falta de motivao que muitas vezes

    acaba por deixarem os docentes acomodados.

    Figura 7: Freqncia que o computador utilizado na prtica

    pedaggica.

    49%38%

    13% 2 Vezes por

    Semana

    1 Vez por

    Semana

    Nenhuma

    Na figura 8 pergunta se sobre atribuio e interesse dos alunos pelas aulas

    ministradas no LIE, o importante que os docentes registraram que os educandos se

    interessam primeiramente por no terem computador em casa, pela aula ser mais

    atrativa e estimulante e outras opes como jogos, internet, imagens etc.

    Figura 8: Atribuio de maior interesse dos educandos nas aulas ministradas no

    LIE

    Por fim o que se pode analisar que os discentes esto interados com novas

    tecnologias que os docentes, apesar dos mesmos buscarem por qualificao

    profissional e est realidade direciona se um s questionamento sobre a realidade

    da educao no Brasil, como sendo um ponto de partida para melhoria do aprendizado

    dos educandos, contribuindo para uma sociedade critica e reflexiva.

  • 35

    CAPTULO IV- PROPOSTA DE INTERVENO

    Neste captulo pretende-se apresentar algumas propostas referentes a

    utilizao dos recursos da informtica numa perspectiva educativa, visando atender ao

    modelo de ambiente em que ser implantada, tendo como base o aperfeioamento dos

    docentes.

    4.1- Abordagem Geral

    Esta proposta tem por objetivo a utilizao de um ambiente informatizado

    com microcomputadores, impressoras, e com os sofwares e hardwares para conectar-se

    internet. Para facilitar o processo de capacitao, optou-se pela diviso dos contedos

    em trs etapas:

    1- Introduo terica, enfatizando-se a importncia da capacitao, as

    facilidades que o computador dispe, a melhoria na qualidade do ensino, abordando

    questes metodolgicas que devero fundamentar o funcionamento do ambiente;

    2- A importncia dos aplicativos e da rede internet com exemplos gerais;

    3- A capacitao prtica, como avaliao para detectar possveis falhas e,

    posteriormente, sua utilizao definitiva.

    4.2- Proposta Metodolgica do Curso

    A realidade da Escola Estadual Edmo Teixeira igual a qualquer outro

    estabelecimento pertencente rede de Escolas mantidas pelo governo. Os recursos so

    parcos e as necessidades as mais variadas, portanto, cabe sugerir dois tipos de aes

    pedaggicas:

    1- Capacitar, todos os professores da instituio em informtica, por esses

    apresentarem dificuldades em manusear o computador;

    2- Aps o cumprimento da primeira etapa e de sua validao, elaborar um

    outro projeto, com o objetivo de capacitar os professores em programas especficos

    para cada rea de conhecimento da informtica.

    O curso dever ser ministrado no laboratrio de informtica da Escola

    Estadual Edmo Teixeira, pelo professor qualificado na rea de informtica. As aulas

    tero carga horria de 60 horas/ aula, com dezesseis computadores disponibilizados aos

    docentes.

  • 36

    Para facilitar a compreenso dos professores que apresentam dificuldades

    com relao aos conhecimentos bsicos sobre o manuseio do computador, optar-se

    pela diviso do grupo de professores em trs turmas.

    Definidas a temtica, o professor iniciar com aulas tericas e prticas

    primeiramente com questes bsicas de informtica, com por exemplo, os programas e

    os recursos que a ferramenta pode oferecer ao docente.

    Os decentes desenvolvero o contedo conforme seu ritmo de aprendizado,

    procurando tcnicas que os motivem, evitando uma relao de desinteresse. Os

    aplicativos a serem trabalhados sero aqueles que podem estar inseridos em atividades

    educacionais. Entre eles:

    a- Editores de texto: Para a utilizao dessas ferramentas e a possibilidade de ser

    envolvido, por parte dos docentes, o interesse pela produo de textos, ao utilizar-se

    desse recurso, a escrita torna-se menos laboriosa e o aluno pode selecionar com mais

    cuidado as palavras trabalhar a estrutura das frases e corrigir os erros mais comuns que

    aparecem na escrita.

    b- Planilhas eletrnicas: contribuem para o ensino da matemtica e de outras

    disciplinas e assuntos como: Cincias, Fsica, Qumica, Geografia, elaborao de

    planejamentos, oramentos, custos e a obteno de dados estatsticos.

    c- Programa grfico: pode ser utilizado para ilustrar produes e revistas em

    quadrinhos, o que exigir sempre a inter-relao entre as disciplinas e professores.

    d- Programa de apresentao: esse recurso utilizado para gerao de seqncia de

    slides para projetos, experimentos e pesquisas, com o objetivo de apresenta-lo em sala

    de aula.

    e- Internet; rede de computadores interligados mundialmente, mediante centros de

    tecnologia. O uso do computador, e da rede internet na educao aplicado para a

    divulgao, pesquisas, apoio ao ensino e comunicao, podendo ser uma atividade

    obrigatria ou livre, sendo essa uma comunicao entre as pessoas da escola e do

    mundo.

    4.3 - Material Didtico

    Para o entendimento e desenvolvimento das atividades sero ofertadas aos

    alunos do curso, apostilas com contedos tericos e ilustraes, alm de transparncias

    e slides.

  • 37

    4.4 - Desenvolvimento do Curso

    Como suporte para o desenvolvimento do curso, adotou-se o modelo proposto

    por Lucena e Fulks (apud Bueno, 2001,p.68), buscando definir as atividades que

    serviriam de base para aquele, fim, sendo assim determinado:

    1- definio dos programas a serem utilizados;

    2- definio da metodologia a ser empregada;

    3- desenvolvimento do material didtico;

    4- divulgao do curso aos docentes;

    5- execuo do curso;

    Definidos os programas a serem utilizados, adotando, o Windows, Linux ,

    como sofware e inicialmente o Word, Power Point , e o Excel como aplicativos, o

    material didtico a ser produzido procurar atender as necessidades dos docentes.

    Terminada a primeira etapa, durante a qual os docentes obtero informaes

    essenciais para a operao do Windows, Linux, Word, Power Point, e Excel iniciar-se

    o aprendizado para a utilizao da Internet. Espera-se que o manuseio da mquina p

    si mesmo alcanar o grau de motivao dos docentes pela interatividade, riqueza de

    informaes e ilustraes.

    Todas as atividades desenvolvidas nos tpicos desta seo, buscaro instigar

    aos docentes quando a necessidade real e atual do uso de recursos tecnolgicos e

    principalmente, constituir um paralelo entre esses e suas atividades curriculares.

    4.5 - Ementrio do Curso

    O curso foi planejado em duas etapas, conforme o seguinte programa:

    Primeira etapa- 40 horas/ aula

    1. Windows

    1.1 definies

    1.2 aplicaes

    1.3 caractersticas

    2. Linux

    2.1 definies

    2.2 aplicaes

    2.3 caractersticas

    3. Word

    3.1 definio

  • 38

    3.2 criao de documentos

    3.3 formatao de documentos

    4. Power Point

    4.1 definio

    4.2 criao de slides

    4.3 preparao de apresentao

    4.4 navegao pela apresentao

    4.5 exibio e apresentao de slides

    5. Excel

    5.1 definio

    5.2 montagem e criao de planilhas

    5.3 formatao de planilhas

    5.4 elaborao de frmulas

    5.5 representao grficas de dados

    Segundo mdulo- 20 horas/ aula:

    1.Internet

    1.1 definies

    1.2 aplicaes

    1.3 navegando pela rede

    1.4 conexo e servios disponveis

    1.5 busca de informaes na Web

    1.6 correio eletrnico

  • 39

    CONCLUSO

    Ao desenvolver o presente trabalho de pesquisa com o objetivo geral de

    analisar a utilizao do computador como recurso tecnolgico no processo de ensino

    aprendizagem da Escola Estadual Edmo Teixeira, verificou-se que a maioria dos

    docentes encontram-se com idade acima de 30 anos e que pertencem a uma gerao

    que teve um contato nfimo com a informtica, durante seu perodo de formao

    acadmica apesar de longos anos de trabalho em sala de aula como docentes. Por este

    motivo suas prticas de ensino encontram-se ancoradas em suas experincias, as quais

    no incluem o computador como ferramenta de trabalho.

    Outro fator importante que complementa a pesquisa que os professores

    apresentaram vrias dificuldades na dinamizao, e utilizao do computador em suas

    prticas de ensino. Por outro lado registramos que o comportamento dos professores

    durante a realizao da pesquisa refletiu em situaes que permitiram uma anlise de

    descrio, e reflexo sobre as dificuldades enfrentadas, na Educao.

    Alinhavando-as com propostas de incentivo aos nossos docentes tanto

    salarial, como na sua qualificao profissional, considerando vivncias pedaggicas,

    que possam dar a docncia um novo nimo e novas perspectivas a serem

    implementadas, propiciando melhores condies de aprendizagem para os Discentes e

    maior gratificao no trabalho docente.

    Entretanto, na nossa compreenso, os limites existentes no implicam a

    fragilidade do trabalho, mas apontam para a possibilidade de este ser visto por outros

    como uma investigao que no se deu por terminada, ao contrrio, a partir do que no

    foi por ns explorado, pelo menos suficientemente, esperamos que seja dada a

    continuidade por outros ou por ns mesmos, de forma a que tenhamos cada vez mais

    subsdios que ajudem de alguma forma a melhoria da qualidade da Escola Pblica,

    quanto para os educandos quanto para os docentes, em especial no processo de

    utilizao do computador no ensino.

  • 40

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BAHLIS; dos Santos Nilton. Notas sobre a Educao a distncia e a Revoluo

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  • 43

    ANEXOS

    Anexo 1- Questionrio de pesquisa sobre o conhecimento dos docentes em relao

    a utilizao do computador como recurso tecnolgico utilizado na prtica

    pedaggica.

    01- A quanto tempo trabalha na escola?

    02- Qual a sua carga horria?

    03- Durante o tempo em que aqui trabalha, quais as transformaes ocorridas na escola, nos aspectos didtico e pedaggico que voc considera mais relevantes?

    04- Faixa Etria

    ( ) 21 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) 51 a 60 anos

    05- Qual sua noo sobre informtica?

    ( ) boa ( ) regular ( ) pouca ( ) tima

    06- Voc j participou de algum curso de informtica?

    ( ) sim ( ) no

    07- Voc acha pertinente a capacitao em relao a cursos de orientao no campo da informtica?

    ( ) sim ( ) no

    Em caso afirmativo, esses cursos deveriam ser de nvel:

    ( ) bsico ( ) intermedirio ( ) avanado

    08- Em que nvel estaria o seu conhecimento sobre os aplicativos abaixo:

    MICROSOFT WINDOWS : ( ) bsico ( ) intermedirio ( ) avanado

    MICROSOFT EXPLORER : ( ) bsico ( ) intermedirio ( ) avanado

    MICROSOFT WORD: ( ) bsico ( ) intermedirio ( ) avanado

    MICROSOFT LINUX : ( ) bsico ( ) intermedirio ( ) avanado

  • 44

    MICROSOF EXCEL : ( ) bsico ( ) Intermedirio ( ) avanado

    09- Voc utiliza o computador em sua Prtica Pedaggica?

    ( ) sim ( ) no

    Com que freqncia?

    10- Em seu Planejamento so contempladas aulas no LIE ? E os objetivos e habilidades so alcanados facilmente ?

    11- Voc considera as aulas no LIE com aproveitamento inferior igual ou superior s ministradas em sala convencional? Por qu ?

    12- Com as novas perspectivas educacionais voc considera o computador um recurso indispensvel Pratica Pedaggica ?

    13- Seus alunos demonstram maior interesse pelas aulas ministradas no LIE ? ( Em caso positivo) a que voc atribui esse interesse ?

    14- Voc j aplicou alguma avaliao no LIE, como complemento de alguma aula l ministrada? (em caso positivo) houve diferena nos resultados ? Comente:

    Se desejar faa suas consideraes finais: