a utilizaÇÃo de mapas conceituais progressivos no ensino de ciÊncias naturais em uma escola...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS (LICENCIATURA À DISTÂNCIA) EDMAR FREIRE DE LIMA A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PROGRESSIVOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL MUTISSERIADO DA ZONA RURAL DE POMBAL-PB JOÃO PESSOA PB 2015

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Page 1: A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PROGRESSIVOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL MUTISSERIADO DA ZONA RURAL DE POMBAL-PB

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS

(LICENCIATURA À DISTÂNCIA)

EDMAR FREIRE DE LIMA

A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PROGRESSIVOS NO ENSINO

DE CIÊNCIAS NATURAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL MUTISSERIADO

DA ZONA RURAL DE POMBAL-PB

JOÃO PESSOA – PB

2015

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EDMAR FREIRE DE LIMA

A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PROGRESSIVOS NO ENSINO

DE CIÊNCIAS NATURAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL MUTISSERIADO

DA ZONA RURAL DE POMBAL PB

Monografia apresentada como exigência

parcial para obtenção do Certificado de

Conclusão do Curso de Graduação em

Ciências Naturais (Licenciatura à Distância),

pela Universidade Federal da Paraíba.

Orientador: Profº. Msc. Valdyr Yuri Soares de

L. Cavalcanti.

JOÃO PESSOA – PB

2015

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EDMAR FREIRE DE LIMA

A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PROGRESSIVOS NO ENSINO

DE CIÊNCIAS NATURAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL MUTISSERIADO

DA ZONA RURAL DE POMBAL PB

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do Grau de Graduação em

Ciências Naturais. E aprovada em sua forma final pela Universidade Federal da Paraíba

na modalidade à distância.

Data: ____/____/____

________________________________________________

Profº. MSc.Valdyr Yuri Soares de L. Cavalcanti

(Orientador)

__________________________________________________

Profº. Dr. Luimar Cavalcanti de Oliveira

Examinador

__________________________________________________

Profº. MSc. Bruno César Bezerra N. de Sousa

Examinador

JOÃO PESSOA – PB

2015

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Quero agradecer а Deus, pela força е coragem durante toda

esta longa caminhada. Dizer muito obrigado a todos os meus

colegas que contribuíram para meu sucesso e para meu

crescimento como pessoa. Sou o resultado do otimismo e da

força de cada um de vocês.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS em primeiro lugar, que se faz presente em todos os momentos da minha vida.

Ao meu filho ERMERSOM FILIPE que é a razão do meu viver.

Aos meus pais EDGAR E FRANCIR, a quem devo toda a minha perseverança e razão

de viver, pelos quais tenho muito orgulho.

Aos meus irmãos EDINALDO, ERINALVA E EDINALVA pelo o apoio que eles

sempre me deram.

As minhas tias FRANCINES E HOZANA que me incentivou em todos os momentos.

Ao meu orientador Profº. MSc.VALDYR YURI SOARES DE L.

CAVALCANTIPELOS ensinamentos e conselhos que tanto contribuiu para meu

aprendizado.

A professora Dr. THAIS JOSY CASTRO FREIRE DE ASSIS pela colaboração e

compreensão no desempenho do meu trabalho.

Aos meus COLEGAS de curso pelo companheirismo e amizade ao longo da vida

acadêmica.

Em fim aos meus COLEGAS DE INFÂNCIA, e os demais que conquistei no decorrer

da minha vida e a todas as pessoas que me oferecem votos de confianças e contribui

direto ou indireto para meu sucesso.

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“O mais significativo fator isolado que predomina a

aprendizagem é o que o aprendiz já sabe. Delibere isto e ensine-

o de acordo” Ausubel.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................12

2 OBJETIVOS........................................................................................................12

2.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................12

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................12

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................13

2.1 OS MAPAS CONCEITUAIS E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE

AUSUBEL.......................................................................................................................13

2.2 COMO UTILIZAR OS MAPAS CONCEITUAIS EM SALA DE

AULA..............................................................................................................................16

2.3 OS MAPAS CONCEITUAIS SUAS CONSTRUÇÕES E

PARTICULARIEDADES...............................................................................................19

2.4 OS MAPAS CONCEITUAIS COMO MECANISMO AVALIATIVO NA SALA DE

AULA..............................................................................................................................21

2.5 O ENSINO DE CIÊNCIAS

NATURAIS.....................................................................................................................23

4 METODOLOGIA................................................................................................26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................29

5.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS MAPAS CONCEITUAIS DOS

DISCENTES.........................................................................................................................29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................34

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RESUMO

Essa pesquisa mostra na prática as normas de construção, criação e a aplicação dos

mapas conceituais. De tal forma que seja possível observá-lo com maior domínio

conceitual para utilização no dia a dia dos discentes. Tendo como objetivo analisar a

importância da construção e utilização dos mapas conceituais como elemento auxiliador

na construção da aprendizagem significativa. E tendo a finalidade de os discentes

produzirem seus próprios mapas, sendo capazes de se tornarem seres autônomos a partir

de conteúdos agregados em ciências. Sem a apreensão de uma aprendizagem mecânica.

Esta investigação assenta em bases qualitativas investigativas que iniciou no início do

primeiro semestre do ano letivo de 2015. Participaram desse estudo: dez discentes do

ensino fundamental I, cinco alunos da segunda série e cinco da terceira série primária,

com faixa etária entre oito e 10 anos de idade. Argumentando que a utilização dos

mapas conceituais foi a forma empregada para a observação de como os discentes

organizam seus conhecimentos e constatando-se que ambos ao utilizar essa ferramenta

há um significado aumento no aprendizado dos propostos pelo docente. Ficando

evidente que essa estratégia de ensino é eficaz, tornando o ensino prazeroso, capaz de

gerar mudanças de forma dinâmica, integradas e colaborativa.

Palavras-chave: Mapas conceituais, Escola multisseriada, Ensino de ciências,

Aprendizagem significativa.

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ABSTRACT

Research shows that in practice the building regulations, creation and application of

conceptual maps. So that we can observe it with greater conceptual domain for use in

the daily life of students. Aiming to analyze the importance of the construction and use

of concept maps as supportive element in the construction of meaningful learning. And

the purpose of having the students produces their own maps, being able to become

autonomous beings from aggregates content in science. No seizure of rote learning. This

research is based on qualitative investigative bases that began early in the first semester

of the school year 2015. Participated in this study: ten students of elementary school,

five students of the second grade and five in the third primary grade, aged between 8:10

years old. Arguing that the use of concept maps was the form used for the observation

of how students organize their knowledge and noting that both when using this tool

there is a significance increase in learning of the proposed by the teacher. It is becoming

evident that this teaching strategy is effective, making the pleasure teaching, able to

dynamically generate changes, integrated and collaborative.

Keywords: conceptual maps, multisseriate School, Science Education, Meaningful

learning.

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1 INTRODUÇÃO

Nesta análise educativa autores partilham a concepção quanto à importância

das atividades construtivas dos educados no desenvolvimento da aprendizagem e

consideram que particularidades importantes que descomplicam a aprendizagem

significativa de Ausubel estão examinadas através dos mapas conceituais empregados

por Novak (1998) e Gowin (1999), no qual as estratégias didáticas eram focadas no

discente e não no docente, na evolução do aprendiz, e assim não se conformando

somente com a memorização das informações.

De acordo com vários autores (Vekiri, 2002. P.287; Ausubel, 2002; Moreira,

2006; Bruner, 1966), com os mapas conceituais progressivos podemos associar melhor

a realidade real do trabalho em sala de aula. Produzir e partilhar os conhecimentos,

aprender com sentido e significado, explicar uma situação, revelar as circunstâncias do

momento de aprendizagem, aprender a aprender, ensinar a pensar e formular conceitos,

são competições que nos levam a por e pensar como é desenvolvido o trabalho dos

docentes em sala de aula com os discentes do ensino fundamental, aplicando como

recursos didáticos instrucionais os mapas conceituais que foram aplicados trabalhados

de forma progressiva.

Para mudar esse cenário, o docente precisa assimilar que os processos

cognitivos auxiliam na construção ativa do conhecimento do discente, que implica em,

selecionar, ordenar e agregar informações. Quando aguçamos e estimulamos os

discentes a expor suas ideias, idealizar, opinar, dialogar e discutir, isto é, a incumbirem

eles próprios de desenvolverem significados a partir das experiências do dia a dia, sendo

reconhecidos como sujeitos, tornam-se eficazes na obtenção, elaboração e produção do

conhecimento.

Nesta ideologia, a aprendizagem não é vista somente como o acréscimo de

conhecimento, mas sim como sendo algo eficaz de influenciar os indivíduos nas

escolhas e nas atitudes de quem aprende (ROGERS, 1978). Isso auxilia e contribui para

sua altivez e domínio sobre sua própria vida.

A conexão vivente entre as ideias pérvias dos discentes e o conhecimento

científico contemporâneo é parte dos dias atuais, de um ensino/aprendizagem que tem

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em conta a ligação/interação entre docente e discente na construção do conhecimento.

Questiona Ausubel que os discentes só conseguem aprender novas ideias se estas

estiverem ligadas de modo apropriado com os conceitos e enunciação que já estejam

acessíveis em sua estrutura cognitiva (AUSUBEL 2002, p.325). Ainda de acordo com o

autor a estrutura cognitiva do sujeito é o fato definitivo em relação ao significado ao

novo conceito,assim como para sua aprendizagem e detenção, pois se mostra uma

estrutura hierárquica de conceitos organizados.

Inserir o estudo dos mapas conceituais nas escolas de ensino fundamental, de

acordo com Novak & Gowin (1999, p. 40), “é uma das melhores formas de auxiliar a

aprendizagem significativa dos discentes e obviamente ajudá-los a compreenderem as

características e o papel dos conceitos”, assim como as relações que coexistem entre

ambos, tal como existem em suas estruturas mentais e como existem externamente, no

mundo ou em orientações escritas ou orais.

Esta é uma compreensão bem simples, mas relevante. Os discentes podem

demorar anos para reconhecerem que, o que eles escutam, ouvem, cheiram, pegam e

veem é, em grande parte, o que está ligado aos conceitos que eles possuem em suas

mentes. Este objetivo é de suma importância em num programa talhado a ajuda os

discentes a aprender a aprender, pois os conhecimentos não estão baseados só nos

livros, mas em todas as alternativas de conhecimento, segundo Postman e Weingartner

(1969 apud MOREIRA, 2000, p.1) resaltam que “o conhecimento não está nos livros à

espera que alguém venha a aprendê-lo; ele é produzido em resposta a perguntas; todo

novo conhecimento resulta de novas perguntas, muitas vezes novas perguntas sobre

velhas perguntas”.

Essa experiência surgiu do empenho durante o estágio supervisionado do curso

de graduação em Ciências Naturais, nos quais foi observada a situação do

ensino/aprendizagem que vinham sendo desenvolvida nas escolas da zona rural

especificamente a escola “Várzea Comprida das Oliveiras”, percebendo então, que os

esforços com relação à aprendizagem dos discentes ofereciam certeza de que estavam

desenvolvendo conceitos de forma significativa.

Conjectura-se que essa pesquisa com mapas conceituais em uma sala de aula

multisseriada da escola “Várzea Comprida das Oliveiras”, localizada na zona rural, na

cidade de Pombal – Paraíba nos leva a um enorme desafio. Diante de uma vasta

realidade, um pouco diferente do que vemos nas escolas da zona urbana, os discentes

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dessa sala de aula tinham características diferentes (pequeno número de alunos

matriculados, classe multisseriado, idades diferentes, frequência irregular, situação

econômica baixa) dos discentes das escolas situadas na zona urbana.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a importância da construção e utilização dos mapas conceituais como

elemento auxiliador na formação da aprendizagem significativa.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Vivenciar na prática a utilização dos Mapas Conceituais;

Contextualizar os conceitos e transformá-los em informações;

Reconhecer os mapas como uma ferramenta auxiliadora na construção da

aprendizagem significativa;

Discutir os conteúdos utilizados para o desenvolvimento dos mapas conceituais.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 OS MAPAS CONCEITUAIS E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE

AUSUBEL

Os mapas conceituais foram arquitetados por Joseph Novak, na década de

setenta e fundamentados nas teorias cognitivas de aprendizagem de David Ausubel. E

essas teorias cognitivas de Ausubel, são onde “aciona a organização e integração da

informação que se pretende aprender”. Compreendida como “conteúdo organizado das

ideias de um sujeito; ou no âmbito da aprendizagem de uma disciplina de ensino, o

conteúdo passa a ser de organizar as ideias em uma área restrita de conhecimentos”

(MOREIRA e MASINI, 1982).

De acordo com o criador, o mapa conceitual é um método capaz de organizar e

representar o conhecimento e tem como objetivo de desenvolver a aprendizagem, pois

segundo Ausubel:

A aprendizagem significativa acontece quando a incumbência da

aprendizagem relaciona, de forma não arbitrária e substantiva (não literal),

uma nova informação a outras com as quais o discente já esteja familiarizado,

e quando o discente adota uma estratégia correspondente para assim

proceder. (AUSUBEL, 1980, p.626).

Nessa compreensão, a aprendizagem significativa requer uma interação entre o

novo conhecimento e o conhecimento que já existe, com essa ligação ambos se

diversifica e passa a construírem novos significados chamado de resignificados,

surgindo dessa forma uma reorganização dos conteúdos já existentes.

Na teoria de Ausubel o processo de aprendizagem significativa acontece quando

os conceitos são ampliados, idealizados e diferenciados em defluência de várias

interações. Para elucidar melhor esse processo Ausubel explica como ocorre o princípio

da aprendizagem significativa através do processo da Diferenciação Progressiva e

Reconciliação Integrativa¹:

__________________________________________________ ¹ AUSUBE. Teoria da Aprendizagem Significativa: Definição de Diferenciação progressiva e Reconciliação integrativa. Disponível em <http://penta2.ufrgs.br/edu/objetivo/ausubel.html> Acesso em 30 de jun. de 2015.

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Onde o docente procura deixar evidentes as diferenças e semelhanças no qual os

conteúdos estão sendo apresentado em vários contextos, é por esse motivo que os livros

didáticos são separados por capítulos e módulos (MOREIRA, 2006).

A proposta de Novak para idealizar o mapa conceitual foi proposta através de

uma organização hierárquica através de conceitos, indicando os mais extensos aos

menos extensos. E com isso, os conceitos que ficam localizados no topo do mapa

conceitual interpreta uma ideia mais geral e, abaixo são designadas as ideias

complementares.

Essa hierarquia, orientada por Novak, é refletida por vários escritores. A propósito,

Moreira exemplifica que:

Ainda que geralmente o mapa conceitual tenha uma organização hierárquica

e, muitas vezes incluam setas, tais diagramas não devem ser confundidos com organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam sequência,

temporalidade ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de

poder. (MOREIRA, 1997, p.1).

Partilhamos de sua concepção, os mapas conceituais são consolidados para que

possam seguir uma estrutura mental, mas nem sempre eles se ordenam de modo

hierárquico. No nosso dia a dia, conseguimos fazer leituras e vivenciar vários

acontecimentos e com isso não elaboramos conceitos hierárquicos, pois a nossa

existência não é considerada linear. Não é mensurável definir onde começa e onde

termina um mapa conceitual, pois o mesmo tem peculiaridades e diversificadas

possibilidades de combinação de conceitos.

Ao trabalharmos com essa ideia, aumentamos as capacidades de entendimento

dos conceitos através dos mapas, uma vez que não há uma imposição hierárquica. Ainda

de acordo com os autores qualquer espécie ou forma de mapa conceitual, pode ser

distendida em todos os seus aspectos, pois; Ele pode ser produzido por um grupo, um

indivíduo, de qualquer natureza (DELEUZE; GATTARI, 1995, p. 22).

Em outras palavras a utilização do mapa nos proporciona avaliar como são

instituídas as relações entre os conceitos, pois em um processo de ensino/aprendizagem,

o mapa nos possibilita identificar os conhecimentos que os discentes desenvolvem sobre

um determinado conteúdo e as interdependências que os mesmos conseguem fazer.

Assim, podemos dizer que mapas conceituais ou mapas de conceitos

progressivos são esquemas indicando ligações de palavras, conceitos e ideias

organizadas seguindo uma hierarquia de conteúdos abordados para que possa estimular

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a aprendizagem. Como podemos demonstrar graficamente um mapa conceitual através

desse conceito, que foi citado abaixo, Figura 1.

Figura 1: Mapa conceitual produzido pelo autor

Os mapas conceituais não podem ser confundidos com organogramas ou

diagramas, porque não possuem uma sequência, de hierarquias organizadas, pois, O

organograma para Chiavenato (2001, p.251), “organograma é o gráfico que representa

estrutura formal da empresa”. Mapas conceituais são desenhos que contém significados,

de ligações significativas e de conceitos hierárquicos. Por isso que é diferenciado

também das redes semânticas que não é necessário possuir uma hierarquia e nem

obrigatoriamente conceitos. Na explicação do autor Jonassen redes semânticas são

diagramas arquitetados por nós que demonstra conceitos e por linhas qualificadas

representando a ligação de conceitos, o mesmo não segue uma hierarquia (JANASSEN

2000, pág. 73).

Os mapas conceituais não podem ser comparados com mapas mentais que não

precisam se relacionar com conceitos e seguir uma hierarquia, eles são conceituados

segundo Hermann e Bovo (2006) como sendo uma “técnica de registro visual e

conceitual de informações”. Também não deve ser comparado com mapas sinóticos,

pois, eles são representados por linhas e colunas para juntar as ideias de um texto dando

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uma visão de conjunto das ideias conceituais. Assim dentro dessa conjuntura os mapas

conceituais não qualificam conceitos, mas relaciona hierarquicamente.

2.2 COMO UTILIZAR OS MAPAS CONCEITUAIS EM SALA DE AULA

Várias são as estratégias de empregar os mapas conceituais em sala de aula,

através da prática de conhecimentos adquiridos durante a análise literária, através da

efetivação de investigações anteriores, como também a partir das experiências

vivenciadas.

Os mapas conceituais podem ser usados mediantes pequenas estratégias, que

podem ser aplicadas no decorrer das práticas pedagógicas, sem a necessidade

de tecnologias para sua realização, precisando simplesmente para sua

confecção, lápis e papel. (MAFFRA, 2010, p. 44).

Para o autor Ontoria et al (2009) mostra em suas obras varias estratégias de

como utilizar os mapas conceituais em varias disciplinas de forma interdisciplinar, e

evidência que quando bem utilizados em sala de aula desenvolve a aprendizagem

significativa (ONTORIA et al 2009).

Os educadores necessitam ampliar uma interpretação educativa que seja capaz

de aperfeiçoar o método de ensino/aprendizagem é a conjuntura sine qua non², pois

para Gonçalves Lima (1994, p. 663-681) as novas “tecnologia é muito mais que apenas

equipamentos, máquinas e computadores”.

Nesse contexto é de suma importância adquirir conhecimento do que o discente

aprende e as diversas variantes que domina tal aprendizagem, necessitando no dia a dia

de questionamentos e atitudes que possam formar sujeitos críticos, criativos e

autônomos do seu próprio conhecimento e, desse modo ajudar o discente a aprender

com eficácia.

A educação através da pesquisa constitui-se em forma de socialização e

construção de autonomia dos sujeitos envolvidos, garantindo-lhes um

domínio qualitativo do instrumental da ciência, numa perspectiva para

intervenções transformadoras nas realidades em que se inserem. Dentre os

produtos da educação pela pesquisa mais destacados está o desenvolvimento

da autonomia e socialização dos sujeitos envolvidos. (MORAES, 2004,

p.139).

__________________________________________________ ² Sine qua non ou condição sine qua non é uma expressão que originou-se do termo legal em latim que pode ser

traduzido como “sem o qual não pode ser”. Disponível em <http://www.escolaaberta.com.br/?p=1888> Acesso em 30 de jun. de 2015.

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Por este panorama, a metodologia usada em sala de aula pode contribuir para

que o ensino/aprendizagem seja de forma significativa, sendo capaz de tornar o discente

em ouvinte e produtor do que foi transmitido pelo docente.

De acordo com Novak (2000, p.8).

A Educação, em qualquer plano, é um esforço humano complexo; existem

mais formas de fazer mudanças que serão prejudiciais ou de pouco valor, do

que formas de fazer melhoramentos construtivos na educação. É necessária

uma teoria polivalente da educação para dar visão e orientação para novas

práticas e investigações, que levem a um melhoramento firme da educação.

Somando-se a isso pomos a nossa analise sobre os mapas conceituais, na procura

de uma ferramenta auxiliadora, que possa oferecer uma potencialidade na construção de

estratégias pertinentes ao aperfeiçoamento da aprendizagem e, de modo consequente,

lapidando expressivamente a educação.

Somando-se a isso, no entendimento de Moreira (2003) os Mapas são gráficos

hierárquicos que procura demonstrar uma organização de conceitos de um conteúdo,

apresentando dentro dos gráficos conceitos e as ligações em forma de setas entre esses

conceitos, como pode ser exemplificado na Figura 2. Quando é construído um mapa,

ele pode representar varias interpretações, sem alterar seu significado real, dando

oportunidade a cada discente do domínio sobre o que ele aprende e como aprender

certos conteúdos (GAVA et al, 2002).

Figura 2: exemplificação de Mapa Conceitual simples (GAVA et al , 2002).

Quanto ao uso os Mapas Conceituais são considerados estratégias que facilitam

a aprendizagem significativa dos docentes quando bem utilizadas em sala de aula para a

organização dos conhecimentos prévios. Que se baseiam em conteúdos introdutórios,

Homem Sistema Digestório

ou Digestivo Alimentos

Que transforma mecânica e

enzimaticamente os

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mencionados antes do material que se pretende aprender, em um bom nível de

abstração, das ideias gerais e exclusividade do material (MOREIRA, 2006).

Do ponto de vista de Moreira (2006), o Mapa Conceitual aplicado dessa forma

oferece ao docente conhecer o grau de conhecimento e a habilidade de associação de

diferentes conteúdos pelos discentes, o que lhe proporcionara uma aprendizagem

significativa.

Ainda nessa compreensão de Moreira, o mapa quando não bem compreendido

pelos discentes pode se tornar algo confuso, e pode confundir o aprendizado do discente

e assim retendo suas habilidades e dificultando a construção de uma hierarquia de

conceitos (MOREIRA, 2006). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998)

para o Ensino de Ciências Naturais, não mencionam diretamente a utilização de Mapas

Conceituais, mas estão implicitamente baseados na Teoria de Aprendizagem

Significativa de Ausubel.

No texto original dos PCNs, encontra-se menção de tabela e esquema, mas

nenhuma instrução clara para que os educadores façam uso de Mapas Conceituais em

sua prática, seja como organizadores prévios ou como meios para a avaliação³. Para

Moreira (2006):

Os mapas conceituais podem ser úteis não só como facilitadores na

construção do conhecimento prévio dos discentes, mas também para analisar

mudanças em sua estrutura cognitiva durante a instrução dos conteúdos.

Dessa forma se adquirem, até mesmo, informações que podem servir de

realimentação para a instrução e para o currículo (MOREIRA, 2006, p. 55).

O uso de Mapas Conceituais como instrumento de aprendizagem é um recurso

auxiliador a mais, pois tem o objetivo de confrontar sobre o grau de compreensão,

avaliação, conhecimentos prévios, etc, sobre o que o discente sabe sobre os conceitos de

certos conteúdos de estudo, de que modo ele se estrutura, hierarquizam, distingue,

disserem e integra esses conceitos.

Assim, o docente deve estar perceptível quanto à multiplicidade de mapas

conceituais que poderão ser produzidos pelos discentes, deve considerar em observação,

o significado das palavras conceituais, dentro do contexto e da lógica exibida.

__________________________________________________ ³ Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009.. Disponível em < http://revistas.facecla.com.br/index/reped> Acesso em 30 de jun. de 2015.

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Partindo do começo temos que ter em mente que não há “o mapa conceitual”,

mas sim “um mapa conceitual”, o docente tem uma ferramenta auxiliadora de

ensino/aprendizagem, pelo qual poderá compreender e verificar de que forma o discente

realizou o processo de aprendizagem, pois embora seja o mesmo conteúdo, o aluno

como ser racional e pensante, tem uma olhar individual de ambiente e verdade

(MOREIRA, 2006).

Os mapas conceituais podem ser trabalhados em sala de aula como

atividade individual (trabalho independente), atividade em grupo ou com toda a turma

simultaneamente (trabalho em grupo), cabe ao docente montar a melhor forma de

aplicá-los.

E possível executar também uma forma de competição entre os discentes,

podendo relacionar o tempo com a quantidade de palavras relacionadas ao conteúdo

abordado, que conseguir usar o maior numero de palavras em menor tempo possível

vence a competição, mas pra isso o docente tem que saber e observar se a produção do

mapa apresenta lógica de relações das palavras.

Quanto à aplicação dos métodos, Menezes (2009) relata:

Através dos trabalhos independentes, o docente deve orientar as atividades,

para que o discente possa resolver de modo relativamente independente e

criador. Pode ser utilizada para o reconhecimento do conhecimento prévio,

compreensão do conteúdo ou como exercício de elaboração pessoal. Exige

autonomia do discente e ambiente que seja propício para a realização destas

atividades. Pelo método de atividade em grupo o educador deve distribuir

temas de estudo iguais ou diferentes a grupos como número de estudantes

fixos ou variáveis. Com a finalidade de obter a cooperação dos alunos entre si

na realização do trabalho (MENEZES, 2009).

A característica dos mapas conceituais torna-se uma ferramenta para várias

atividades, afinal sabemos que o ser humano há anos busca utilizar a linguagem de

forma não linear para se comunicar com maior agilidade e expressividade, pois os

mesmos podem ser utilizados em qualquer atividade onde possamos organizar nossas

ideias, como: na organização de uma aula, de uma palestra, de um artigo, e várias

outras.

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2.3 OS MAPAS CONCEITUAIS SUAS CONSTRUÇÕES E PARTICULARIEDADES

Várias são as atribuições dos mapas conceituais que são apresentados pelas

obras literárias, mas de modo geral, fica clara a existência de uma hierarquia em sua

construção de modo a auxiliar no aprendizado. E essa ordem hierárquica tende a

proporcionar meios para uma maior assimilação de conteúdos novos através da

associação com a estrutura cognitiva pré-existente do discente.

De modo geral, entende-se que os mapas procuram estabelecer relações e

semelhanças hierárquicas de conceitos sendo que, para compor, desenhar e traçá-los

precisamos primeiramente reconhecer os conceitos-chave. Uma vez reconhecidos esses

conceitos, procuramos separá-los, e em seguida, hierarquizá-los começando pelos mais

gerais e depois pelos mais inclusivos para, que posteriormente, possamos organizá-los

de modo integrado em uma rede de interligações através de linhas procedidas de

significados.

Nesse contexto, Moreira (1997, p.2) mostra a relevância da formação de mapas

como recursos capazes de revelar conhecimentos, explicando que, “o mais importante é

que o mapa possa ser uma ferramenta capaz de atribuir significados e relações de

conceitos dentro de um contexto”.

De acordo com Maffra (2010 p. 12) “a exibição gráfica bidimensional, ou seja,

que tem duas dimensões, do mapa precisar ser vista como um conjunto de conceitos

relacionados entre eles”. Assim, os conceitos são dispostos dentro de desenhos

geométricos, e as palavras de ligação que se conectam aos conceitos, devem estabelecer

as ligações estabelecidas entre ambos.

Segundo Moreira (1997, p.2), “esta exposição de conceito, frase de ligação mais

conceitos, é chamada de proposição”. Alem disso, Tavares (2007, p. 2) afirma que:

A linguagem gráfica escrita e o conceito são demonstrados por uma figura

geométrica, frequentemente retangular. E uma relação entre dois conceitos é

demonstrada por um segmento de reta que liga as figuras geométricas que os

representam. A cada conceito e a cada relação está ligada uma palavra ou

frase, usada para descrever a semiologia do conceito ou relação.

Outra propriedade importante do mapa conceitual é indicada por Dutra (2005, p.

35) quando ressalta o fato de que as “frases de ligação devem sempre conter verbos

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conjugados de acordo com o sentido que se quer dar à proposição.” Este autor proponha

uma técnica de construção de um mapa conceitual, especificando as seguintes etapas:

Primeiramente ter, antes, uma boa pergunta inicial, cuja resposta estará

expressa no mapa conceitual construído; depois escolher um conjunto de

conceitos (palavras-chave) dispondo-os aleatoriamente no espaço onde o

mapa será elaborado; em seguida escolher um par de conceitos para

estabelecimento das relações entre eles; em seguida decidir qual a melhor e escrever uma frase de ligação para esse par de conceitos escolhido; e

consequentemente a repetição das etapas e tantas vezes quanto necessário.

Do ponto de vista dos autores Jiménez Alonzo (1996) as crianças a partir dos

dez anos de idade estão mais preparadas para fazer uma relação correta dos mapas. Já na

visão de Isern relata em uma de suas pesquisas que executou experimentações com

mapas conceituais com alunos da educação infantil (crianças a partir de quatro anos de

idade), e compreendeu que ao elaborar mapas nesse período escolar auxilia muito a

assimilação, o dialogo, o contato, a interação, o olhar crítico e a compreensão dos

pensamentos são adquiridos (ISERN 1999, p. 74).

Nessa linha de pesquisa Davide Ausubel (1978, 1980), entona em um dos seus

comentários que os mapas conceituais possuem características marcantes que podem

influenciar no processo de aprendizagem e essas são consideradas como conhecimentos

prévios, pois baseados nesses conhecimentos os discentes podem formular novas ideias

e que podem ser elaboradas e aprendidas nesses conhecimentos já existentes e podendo

até ser modificados na estrutura cognitiva do aprendiz.

Segundo Ausubel a aprendizagem significativa é um método adquirido a partir

de uma nova informação com a estrutura já existente do conhecimento, que são os

conhecimentos prévios, no qual Ausubel chama de subsunçor, na explicação Ausubel

(1978, p.41) mostra que a estrutura do método de aprendizagem significativa é:

Quando as ideias são expressas em símbolos elas sejam relacionadas de

maneira substantiva (não literal) e não arbitrária ao que o discente já sabe, ou seja, a algum ângulo de sua estrutura cognitiva especificamente relevante

para a aprendizagem dessas ideias. Este aspecto especificamente relevante

pode ser, por exemplo, uma imagem, um símbolo, um conceito, uma

proposição, já significativo.

Desse modo, para que haja a aprendizagem significativa é necessário determinar

relações dos materiais que irão ser aprendidos com a estrutura cognitiva do discente de

maneira não arbitrária e não literal. Um material com essas particularidades é tido como

potencialmente significativo.

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Outra circunstância para haja a aprendizagem significativa é a capacidade,

habilidade e vontade que o discente deve ter para confrontar de forma não arbitrária e

não literal o novo conhecimento com os conceitos pré-existentes, e a aprendizagem será

equilibrada significativamente quanto a sua condição e afeição em fazer tais relações.

2.4 OS MAPAS CONCEITUAIS COMO MECANISMO AVALIATIVO NA SALA

DE AULA

As formas avaliativas que tendem a adaptação e a detenção do saber precisam

ser transformadas, diferentes daquelas antes adotadas, distintas: devem proporcionar a

habilidade de pensar sobre os conhecimentos, de pensar sobre o próprio método de

aprendizagem, bem como de efetivar a auto-regulação do aprendizado. Esses processos

concretizam-se sob a forma de mecanismos avaliativos, que se modificam de acordo

com as necessidades.

Os mapas são considerados ótimas ferramentas de ensino/aprendizagem, como

também um ótimo mecanismo avaliativo em sala de aula, uma vez que, no segmento de

sua organização e reorganização, manifestam-se discussões cognitivas e lugar para a

tomada de compreensão sobre divergências, problemas, erros, complexidades - que

quando explorado, explorados, confrontados, discutidos, apresentam-se como campos

de avanços, concordâncias, superações e autorregulações.

Usados como estratégias de ensino/aprendizagem não podem representar uma

ferramenta rotineira em sala de aula, afinal deve-se ter muito cuidado para não ficar

monótona a aula e sem interesse, pois, por mais útil e eficiente que seja essa estratégia,

seu valor é tocante às necessidades de progredir na variabilidade didática, respeitando

os vários ritmos e maneiras de aprender dos discentes.

Como ferramenta avaliativa os mapas oferecem aos docentes e discentes a

intuição quanto ao reconhecimento e a adequação dos conceitos mais importantes em

um âmbito informacional, a afirmação das relações ajustadas entre eles, bem como a

demarcação da qualidade das modificações adquiridas na estrutura cognitiva do

discente.

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Utilizar-se de mapas conceituais como método de ensino/aprendizagem e,

também como instrumento avaliativo, torna-se factível acompanhar o discente no

decorrer de processos variados e concomitantes: “de aprender - buscando novas

informações; de aprender a aprender - refletindo sobre métodos de aprendizagem; de

aprender a conviver - interagindo com todos; de aprender a ser - refletindo sobre si

mesmo enquanto principiantes" (HOFFMANN, 2001, p. 139).

Através de suas informações, os mapas, podem propiciar o levantamento de

informações facilitam as dificuldades de aprendizagem vivenciadas na adequação do

conhecimento, e dessa forma podendo favorecer um ajustamento do processo de

ensino/aprendizagem. Dessa forma o discente tende a adquirir facilidades de colher

informações acerca dos processos cognitivos que ocorrem na aprendizagem dos

discentes.

Moreira (1998, p.1) mostra a utilização de mapas como instrumento avaliativo

objetivando observar como o discente “organiza, hierarquiza, distingue, relaciona, e

integra conceitos de determinado conteúdo ou disciplina”. Assim, o uso de mapas

conceituais como método avaliativo pode-se tornar uma ótima situação para o docente

entender toda a dinâmica da construção do saber pelo discente, bem como para

averiguar indicadores que possam orientá-los na reorganização do ensino, visando dessa

forma o aumento das aprendizagens aplicadas.

A ideia central da utilização de mapas no processo de avaliação da

aprendizagem é a de avaliar o discente em relação ao que ele já sabe, a partir dos

mecanismos conceituais que lês conseguem criar, isso é, como eles estruturam,

hierarquizam, relacionam, diferenciam e integram os conceitos de um dado conteúdo

em observação (GAVA, MENEZES, CURY, 2010, P.2).

Utilizar-se dos mapas conceituais como método de ensino/ aprendizagem e,

também e como processo avaliativo, é assumir o comprometimento com a produção de

experiências educativas que trazem reflexão e compreensão dos conceitos ainda em

construção, até porque o erro passa a representar uma identificação a ser interpretado de

forma a orientar as ações destinadas à promoção de resilencias e avanços.

A avaliação através de mapas é de fundamental importância para o ajustamento

do ensino quando concentra sua preocupação “nas obtenções e nos modos de raciocínio

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de cada discente o bastante para auxiliá-lo a avançar” (PERRENOUD, 1999, P.14) por

esse motivo, o reconhecimento de um problema reivindica uma solução da ação

apropriada e no momento certo “ações corretas, baseadas em uma analise dos processos

e dos trabalhos dos discentes” (PERRENUOD, 1999, p.78). Não há reinteração,

interação ou linearidade no emprego de mapas conceituais, cada criação é uma forma

diferenciada.

2.5 O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS

Muitos docentes trata a disciplina de ciências naturais de forma clara, não

levando em consideração os saberes que o discente já traz consigo e faz destes uma

ligação com os conteúdos de sala de aula. A maioria dos professores trata o currículo de

ciências de forma linear, não levando em consideração os saberes que o aluno já tem e

fazendo destes uma conexão com os conteúdos de sala de aula.

Cada discente traz para sala de aula uma bagagem de saberes, estruturadas em

seus mais variados espaços/tempos de conhecimentos (Alves 2004, p.48).

É parte essencial a pesquisa sobre o que o aluno já traz de conhecimento, pois

em qualquer aprendizagem cognitiva a obtenção de novos conhecimentos deve ser

considerada o conhecimento prévio do aluno. Os mesmos apresentam suas dificuldades

de organizar suas informações de vários pontos, determinando com isso conexões entre

os conteúdos abordados em sala de aula e as várias informações que faz parte do seu dia

a dia para que diante desses pontos consigam se integrar com o mundo.

O ensino de ciências naturais deve interagir com vários temas e metodologias

que estejam vinculadas com a vivência e a existência deles. Assim, parte-se dos

conhecimentos prévios dos discentes como também de suas necessidades e interesses, e

unindo dos dois acontecimentos chegam à conclusão de que podem ser superados os

desafios do ensino/ aprendizagem (SOUZA, 1981).

Além disso, a proposta curricular de ciências naturais deve ser pautada na

concepção conceitual diante de diferentes conjunturas problematizadoras. Na opinião de

Nina (2005, p.16).

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O desenho de um espiral omite a da escada, a da sequencia de armários ou da

torre de marfim e conjectura a apresentação progressiva de conteúdos que

respeita o desenvolvimento cognitivo dos discentes, as inter-relações entre os conteúdos e sua contextualização na realidade em que os discentes estão

inseridos.

O ensino tradicional de aprendizagem não faz mais parte da nossa realidade. É

essencial que o conhecimento prévio do aluno seja explorado na sala de aula para que o

mesmo seja coautor da reconstrução do seu próprio conhecimento. Ao se tratar de

conceitos é notório afirmar que “o ensino e a aprendizagem tem uma ligação muito

forte; representando-se as duas faces de uma moeda ou as duas vertentes de uma aula

ministrada, pois é, e sempre será o principal objetivo da didática” (CARVALHO 2005,

p.1).

Sabe-se que o papel do discente é de mediador do conhecimento e da

aprendizagem para que ambos ocorram de modo significativo, pois a aprendizagem

significativa ocorre quando os discentes a partir do sentido que ele dar ao conteúdo

consegue compreender, argumentar e discutir as ideias já existentes e ser capaz de levá-

lo para sua realidade e acessar ainda mais novos conteúdos. No entendimento de Celso

Antunes (2003), muitos discentes se limitam a aplicarem em sala de aula o que gostam e

não o que é essencial, indispensável.

Muitos dos discentes acham que só as aulas expositivas são essenciais para a

construção do conhecimento, e não aplicam outras metodologias para que os discentes

assimilem esse conhecimento que estão ao alcance de suas mãos. De acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais (2001) o discente consegue em sua estrutura

cognitiva ser capaz de fazer uso de conceitos científicos fundamentais colocando-os no

seu dia a dia e compreendendo que a ciência é um segmento na produção de

conhecimentos. O conhecimento científico é importante, mas não é bastante.

A procura pela motivação e o despertar nos discentes a motivação pelo

aprender se mostra uma tarefa de suma importância para o docente, pois esse

engajamento pode influenciar significadamente a maneira como eles inserem a

informação na sua estrutura cognitiva. Na compreensão de Novak (1996, p.64) “os

mapas conceituais ajudam na contribuição e interpretação dos conceitos chaves e suas

relações através dos conhecimentos e dos objetos que observam”.

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Os mapas podem ser utilizados como métodos que introduzem nas áreas do

ensino/aprendizagem e se constituem grandes ferramentas auxiliadoras nas atividades

explanadas em sala de aula, tais como: introduzir e explicar um novo tópico, manter os

discentes mais atrelados aos conceitos, intensificar a compreensão da aprendizagem,

adquirir hábitos de estudo, proporcionar a autonomia em suas responsabilidades pelo

que aprende e aplica e buscar a postura da organização pelo que faz.

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3 METODOLOGIA

A prática desenvolvida durante o primeiro semestre (em um período de dois

meses) do ano letivo de 2015, na escola Várzea comprida dos Oliveiras (só existe essa

escola na comunidade rural), que fica localizada na zona rural no município de Pombal,

estado da Paraíba. Esta pesquisa baseia-se em uma pesquisa do tipo qualitativa

interpretativa, por isso, essas técnicas interpretativas dão visão ao mundo, transformam-

no em uma sucessão de representações e designações realizadas pelos próprios sujeitos

da ação (DENZIN; LINCOLN, 2006, p. 17).

Os discentes matriculados estão inseridos no 2º e 3º ano do ensino

fundamental, pressupondo um total de dez discentes em uma sala multisseriado, sendo

cinco do segundo ano (3 do sexo feminino e 2 do sexo masculino com faixa etária de 7

anos de idade), e cinco do terceiro ano do ensino fundamental (3 do sexo masculino e 2

do sexo feminino com idade de 8 anos).

A escolha dessas turmas deu-se pela necessidade de não terem um bom

conhecimento em mapas e um pouco de dificuldade em ler e escrever. Tais

complexidades foram superadas no decorrer das atividades desenvolvidas durante o

trabalho na sala de aula multisseriado.

1º - MOMENTO

Este momento é uma das mais relevantes e essenciais para dar sequência a todo

método de ensino-aprendizagem. Para a realização do processo metodológico o

pesquisador contou com a elaboração de um plano fundamentado em Novak & Gowin,

(1999, p. 41). A finalidade inicial foi trabalhar com os discentes da segunda e terceira

série do ensino fundamental a descrição minuciosa das palavras que indicam objetos,

fatos, acontecimentos, palavras conetivas, ou seja, de ligação, para explicar e apontar as

diferenças sobre as funções que iram atuar em um mapa conceitual, ensinando,

explanando e mostrando o que seria os conceitos. Os dez alunos das series já citadas

durante as aulas recebendo orientações sobre as técnicas dos mapas conceituais desde o

início do semestre. Os exercícios preliminares elaborados pelos alunos através de mapas

foram versos da música “Água” (Anexo I) dos autores Arnaldo Antunes, Paulo Tatit do

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álbum infantil Canções de brincar gravada no ano de 1996, disponível no Link:

<http://www.vagalume.com.br/palavra-cantada/agua.html#ixzz3Vd8CyiFf>, baseado no

conteúdo “Água no Planeta” abordado em sala de aula.

Ao trabalhar com esse método, o docente entregou a letra da música a cada

aluno e pediu que cantassem e depois marcassem em cada estrofe do texto musical os

conceitos chave as palavras de ligação e os possíveis exemplos que fossem surgindo.

Esse momento figurou-se de um estudo introdutivo prévio com os docentes que se

estendeu durante duas semanas. Como tarefas a serem realizadas e relacionadas de

acordo com o planejamento da analise, o pesquisador/professor desenvolveu um

exercício para que os discentes pudessem elaborar mapas conceituais sobre as estrofes

da música já citada anteriormente (Figuras 1, 2, 3, e 4).

2º - MOMENTO

Esse momento iniciou-se com um diálogo em sala de aula com os discentes, para

que pudéssemos analisáramos os seus conhecimentos prévios que já tinham em relação

ao tema “Água no Planeta” na medida em que o professor ia dialogando e

exemplificando ia reproduzindo para a lousa os conceitos que os discentes diziam. Após

essa etapa, foi elaborado um mapa conceitual pelo docente com o tema água, ensinando

cada etapa, e em seguida o mesmo apaga da lousa para que eles não fizessem os seus

mapas introduzidos no modelo que se encontrava na lousa durante da explicação. De

acordo com que os discentes falavam a docente solicitava que eles fossem notando nos

seus cadernos de classe, e separando por ordem hierárquica e as palavras de ligação que

são as palavras que só servem para unir dois ou mais conceitos. Essas primeiras

experiências com mapas conceituais foram produzidos individualmente e apoiado em

seus conhecimentos prévios de acordo com o tema abordado. Durante o início desse

semestre os discentes produziram mapas conceituais com outros temas em ciências

naturais como universo, ser humano, solo, reciclagem, lixo.

3 - MOMENTO

Nessa etapa, a docente trabalhou à temática sobre Água, tanto na segunda

como na terceira série, fundamentado na obra dos autores Santos et al. (2005, p. 257),

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que discorre sobre a importância da água para o planeta, A presença de água nos seres

vivos, estados físicos da matéria, propriedades da água, o ciclo da água, a qualidade da

água, o tratamento da água, incluindo várias atividades. Em seguida ainda trabalhando

versos da música “Água”.

Solicitou-se que os discentes produzissem individualmente seus próprios

mapas conceituais de acordo com os conteúdos que estão sendo desenvolvidos em sala

de aula. Foram selecionados para observação, nessa fase, mapas conceituais produzidos

durante a execução do conteúdo água de dois alunos do segundo ano: um discente do

sexo masculino e um do sexo feminino; e duas meninas da terceira série. A escolha dos

discentes foi baseada participação continua dos discentes nas aulas. O estudo dos mapas

conceituais foi fundamentado no estudo de Novak & Gowin (1999, p. 53) identificado

na parte resultados, diagnostico e detalhamento.

4 - MOMENTO

O momento final foi feito a proposta aos discentes para que eles construíssem

seus próprios mapas conceituais ilustrados, através de figuras, ou sem ilustração em

cartazes para após a realização fossem apresentados para toda a turma os mapas

finalizados. Os resultados das figuras 5 a 6 estão relacionadas com as produções fieis

dos mapas conceituais produzidos pelos discentes do segundo e terceiro ano do ensino

fundamental. Em seguida faremos um estudo qualitativo e as discussões dos mapas

conceituais.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS MAPAS CONCEITUAIS DOS DISCENTES

Para análise e discussão dos trabalhos iniciais, desenvolvidos nos momentos,

quatro discentes representados pelas iniciais A, B, C e D, foram selecionados

casualmente. Seus primeiros mapas conceituais produzidos foram versos pertinentes à

música “Água” (Anexo I) dos autores Arnaldo Antunes, Paulo Tatit do álbum infantil

Canções de brincar gravada no ano de 1996, baseado no conteúdo “Água no Planeta”

abordado em sala de aula.

“Água”

Da nuvem até o chão, do chão até o

bueiro

Do bueiro até o cano, do cano até o

rio

Do rio até a cachoeira.

Da cachoeira até a represa, da

represa até a caixa d'água

Da caixa d''água até a torneira, da

torneira até o filtro

Do filtro até o copo.

Figura 2. Mapa do aluno A Figura 3 Mapa da aluna B

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A análise completa dos mapas conceituais iniciais construídos pelos alunos

(figuras, 2, 3, 4 e 5) nos levou a uma compreensão que os discentes em um

entendimento geral mostraram uma intenção na interpretação como também no

conteúdo dos versos da musica trabalhado em sala de aula. Além de observar também

que, alguns dos mapas conceituais não mostram as palavras repetidas da letra da música

e mostra uma sequencia lógica de palavras.

“Água”

Do copo até a boca, da boca até a

bexiga

Da bexiga até a privada, da privada

até o cano

Do cano até o rio.

Do rio até outro rio

De outro rio até o mar

Do mar até outra nuvem

Figura 4. Mapa do aluno C Figura 5 Mapa da aluna D

A seguir, observamos as figuras 4 e 5 e analisaremos a sequência do mapa

conceitual dos discentes “C” e “D” realizadas após a introdução dos conceitos sobre a

temática abordada - Água.

No mapa do aluno “C” da figura 5, observa-se que ele possui conhecimentos

prévios simplificados e faz uso de palavras de ligação repetidas. Observa-se que os

conceitos estão bem interligados e são bem hierarquizados. Não demonstrando

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dificuldades de conhecimento sobre o conteúdo. Já o aluno “D” da figura 5 mostra uma

boa estruturação do mapa e estabelece uma hierarquia lógica entre as palavras de

ligação e os conceitos que ele já conhecia.

Analisando estruturalmente os mapas das figuras 2, 3, 4, e 5, pode-se

considerar que mesmo não tendo o hábito de produzir mapas conceituais em sala de

aula, os discentes durante as explicações e demonstrações de exemplos dados pelo

docente evoluíram em sua aprendizagem, mesmo que lentamente, foi possível perceber

mudanças significativas e que os mesmos estão progredindo em cada encontro.

Os dois mapas conceituais abaixo elaborados pelos alunos “E” e “F” das

figuras 6 e 7 no que se referem à aquisição da aprendizagem, os discentes dá

comprovação de estarem construindo sua autonomia através do conteúdo trabalhado,

mostrando assimilações novas ainda que principiante.

“Água”

Figura 6. Mapa do aluno E Figura 7 Mapa do aluno F

Os discentes não se preocuparam muito em escrever a estrofe da musica antes da

construção do mapa, mas mesmo diante desse fato observa-se que os mesmos mostram

sua concepção do ciclo da água, quando descrevem que: “a água vem da nuvem, vai

até o chão, até o bueiro, até o cano e do cano até o rio, até a cachoeira”. E o aluno

“F” mostra a sequencia do mapa que começa da “cachoeira até o copo”, dando uma

hierarquia lógica para o ciclo da água.

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Ambos agregam conceitos prévios com novos conceitos, demonstrando uma

ligação lógica e integradora ao fazer ligações transversais “da nuvem, até a cachoeira

e da cachoeira até o copo”. Mostrando dessa forma relações conceituais entre os

conceitos abordados na letra da música. Nesses mapas das figuras 6 e 7 nota-se a

presença das setas fazendo as ligações dos conceitos relacionados, mesmo que

reinteradas.

Figura 8 Mapa do aluno G

O mapa conceitual do aluno “G” da figura 8 demonstra que, sua evolução foi

progressiva diante do seu aprendizado e que o mesmo consegui através da temática

obter mudanças significativas e percebe-se também que aos poucos está evoluindo e

conseguindo estruturar a aprendizagem adequadamente Isso expressa que, em sua

estrutura cognitiva, já possuía subsunçores acessíveis para o desenvolvimento da

temática abordada em sala de aula.

Segundo Moreira (1980), os mapas conceituais podem ser usados para se obter

a reprodução de conceitos - relações hierárquicas entre conceitos - que o aluno

sistematiza para certo conteúdo. Com isso, além de o mapa conceitual servir para a

observação do desenvolvimento de conceitos é uma importante qualidade para o

feedback sobre a prática pedagógica do docente. (AMORIN, 2009, p.1446).

Observa que os mapas conceituais desenvolvidos pelos alunos tiveram um

progresso conceitual e percebe-se que ficou claro para todas as explicações dadas em

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sala de aula que a água além de ser um bem natural ela tem seu ciclo, ou seja, o

movimento que ela faz na natureza.

Os resultados da não utilização de mapas conceituais em sala de aula são

observáveis quando aplicamos em atividades de classe, pois a utilização desse processo

ainda é deficiente e precário dentro do processo ensino-aprendizagem.

Os docentes ainda encontram-se limitados aos conteúdos elaborados e não usa

a prática, o que prejudica a formação do discente, pois o mesmo não pode ir além do

que o docente aplica em sala de aula naquele momento. Os mapas conceituais

produzidos pelos discentes na investigação forma produzidos individualmente, que de

acordo com Huarte & Iraizoz (2004) sempre que utilizam mapas iniciais, final

individual e em grupos sempre ocorre à aprendizagem significativa.

O momento final foi feito a exposição dos mapas produzidos em cartazes para

serem apresentados para toda a turma. Todos os esforços da experiência realizada em

sala de aula durante a análise não está acabada, todos devem investir para que o trabalho

com mapas conceituais nos revele a certeza de uma aprendizagem significativa.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Argumentando que os mapas conceituais é a forma empregada para observar

como os discentes organizam seus conhecimentos, podemos deduzir que tanto os

discentes da segunda série quanto os da terceira série mostram conhecer bem o tema

abordado, havendo uma significativa aprendizagem.

Ambos demonstraram inicialmente dificuldades que não foram difíceis de serem

superadas diante das explicações e discussões.

Durante as tarefas iniciais que tinha como foco principal definir os

conhecimentos sobre conceitos, objetos e palavras de ligação, os alunos desenvolveram

sem muita dificuldade, embora não tivessem o domínio da leitura e da escrita; uma

dificuldade que acreditamos que seja uma das dificuldades mais relevantes.

O resultado dessa experiência foi satisfatório, pois se percebeu uma mudança

significativa na sala de aula durante a realização das atividades. Os discentes estavam

mais entusiasmados e motivados demonstrando um desenvolvimento conceitual

expressivo. Embora eles estivessem um pouco inseguros na leitura e na escrita a

construção dos mapas com os versos da música conseguiram assimilar o conteúdo de

forma simples e natural.

Vale salientar que a experiência de trabalhar mapas conceituais na escola

Várzea Comprida dos Oliveiras teve um saldo positivo e que essa prática está sendo

inserida no dia a dia dos discentes, apesar de ser uma experiência ainda preparatória

pode por alguns momentos conter imperfeições. Ainda assim, torna a construção do

conhecimento continuo e produtivo, pois os alunos podem dar segmento às novas

informações para que possam superar as dificuldades sobre a produção dessa atividade

prática.

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ANEXO

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ANEXO I

A música “Água” dos autores Arnaldo Antunes, Paulo Tatit do álbum infantil Canções

de brincar gravada no ano de 1996, disponível no Link:

<http://www.vagalume.com.br/palavra-cantada/agua.html#ixzz3Vd8CyiFf>.

Água

Da nuvem até o chão, do chão até o bueiro

Do bueiro até o cano, do cano até o rio

Do rio até a cachoeira

Da cachoeira até a represa, da represa até a caixa d'água

Da caixa d''água até a torneira, da torneira até o filtro

Do filtro até o copo

Do copo até a boca, da boca até a bexiga

Da bexiga até a privada, da privada até o cano

Do cano até o rio

Do rio até outro rio

De outro rio até o mar

Do mar até outra nuvem.