a uma semana da copa, funcionários do metrô e da cet...

9
Página 1 Boletim 539/14 – Ano VI – 05/06/2014 A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET entram em greve A uma semana da abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, em São Paulo, os metroviários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da madrugada de hoje. Em assembleia realizada na noite de ontem no Sindicato dos Metroviários, 2 mil trabalhadores deliberaram pela paralisação. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também vão parar a partir de hoje. O rodízio de veículos foi suspenso. Segundo o Metrô, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu uma liminar à empresa a fim de garantir 100% de operação da rede nos horários de pico e 70% no restante do dia. A multa por descumprimento da decisão judicial é de R$ 100 mil por dia. A estatal criticou no Twitter a decisão dos metroviários. "O Metrô repudia a greve decretada pelo Sindicato dos Metroviários, que só prejudica os usuários e a população”, disse a empresa aos usuários. A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) marcou audiência de conciliação para as 10 horas com sindicalistas e o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Outra reunião será realizada às 15h no TRT. A categoria fará assembleia às 17h para decidir se a greve continua. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres Júnior, garantiu que, mesmo com a liminar, os metroviários não vão trabalhar hoje. "Desafio o governo do Estado a fazer isso (exigir 100% da operação), uma vez que nem na operação normal isso acontece”. De acordo com Prazeres Júnior, a assembleia foi realizada antes de o sindicato ser formalmente notificado pelo TRT e, por isso, a paralisação está mantida nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. "O transporte não é mercadoria e tem de ser pago pelos grandes empresários, que tratam o povo como escravo. Se tem dinheiro para Itaquerão e Copa, porque não tem para o transporte público?”, disse Prazeres Júnior. Ele prometeu uma "greve histórica”. Vários líderes de movimentos sociais discursaram em apoio aos metroviários, entre eles do PSTU e do Movimento Passe Livre (MPL), que em junho do ano passado deflagrou onda de manifestações contra o aumento das tarifas.

Upload: trinhkien

Post on 10-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 1

Boletim 539/14 – Ano VI – 05/06/2014

A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CE T entram em greve A uma semana da abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, em São Paulo, os metroviários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da madrugada de hoje. Em assembleia realizada na noite de ontem no Sindicato dos Metroviários, 2 mil trabalhadores deliberaram pela paralisação. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também vão parar a partir de hoje. O rodízio de veículos foi suspenso. Segundo o Metrô, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu uma liminar à empresa a fim de garantir 100% de operação da rede nos horários de pico e 70% no restante do dia. A multa por descumprimento da decisão judicial é de R$ 100 mil por dia. A estatal criticou no Twitter a decisão dos metroviários. "O Metrô repudia a greve decretada pelo Sindicato dos Metroviários, que só prejudica os usuários e a população”, disse a empresa aos usuários. A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) marcou audiência de conciliação para as 10 horas com sindicalistas e o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Outra reunião será realizada às 15h no TRT. A categoria fará assembleia às 17h para decidir se a greve continua. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres Júnior, garantiu que, mesmo com a liminar, os metroviários não vão trabalhar hoje. "Desafio o governo do Estado a fazer isso (exigir 100% da operação), uma vez que nem na operação normal isso acontece”. De acordo com Prazeres Júnior, a assembleia foi realizada antes de o sindicato ser formalmente notificado pelo TRT e, por isso, a paralisação está mantida nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. "O transporte não é mercadoria e tem de ser pago pelos grandes empresários, que tratam o povo como escravo. Se tem dinheiro para Itaquerão e Copa, porque não tem para o transporte público?”, disse Prazeres Júnior. Ele prometeu uma "greve histórica”. Vários líderes de movimentos sociais discursaram em apoio aos metroviários, entre eles do PSTU e do Movimento Passe Livre (MPL), que em junho do ano passado deflagrou onda de manifestações contra o aumento das tarifas.

Page 2: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 2

Proposta. Os funcionários do Metrô rejeitaram e vaiaram a proposta de 8,7% oferecida pela empresa, assim como o vale-refeição de R$ 290 (hoje é de R$ 247). O TRT havia sugerido aumento de 9,5% e R$ 320 de vale refeição. Os metroviários pedem reajuste de 16,5% e dizem que não voltam a trabalhar se não houver uma oferta de ao menos 10%. O Metrô tem cerca de 9,7 mil funcionários. Diante do impasse nas negociações, mediadas pela desembargadora Ivani Contini Bramante, Prazeres Júnior desafiou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a permitir a catraca livre durante a greve, para não prejudicar a população. Antes da deflagração da greve, o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, descartou a possibilidade de catraca livre. "Não vemos nenhum sentido nisso, porque é um prejuízo para a população. O Metrô tem uma única fonte de receita: a venda dos bilhetes. A perda de é um contrassenso se estamos negociando melhores condições de salário”, afirmou. Ele disse também que vê "com muita preocupação” uma greve da categoria às vésperas da Copa e criticou o fato de alguns operadores de trens terem usado a comunicação sonora das composições para alertar a população sobre o risco de greve. "Não é uma atitude correta e, na nossa opinião, fere as condições de paz. Tivemos também de chamar a polícia, porque a manifestação dos metroviários na Sé foi tumultuada.” Pacheco afirmou que um plano de contingenciamento pode ser adotado. Neste caso, supervisores operariam as linhas. Prazeres Júnior orientou os indecisos a doar sangue. "Não tem chance de ter fura-greve.” PROTESTO IMITA A AÇÃO ‘BLACK BLOC’ Metroviários gritavam ‘uh, uh, uh’ na Estação Sé "Black Bloc” é o termo usado nos dias de hoje para descrever os mascarados vestidos de preto que comparecem a manifestações de rua. Ontem, no protesto feito pelos metroviários na Estação e na Praça da Sé, algumas das pessoas podiam se encaixar na descrição. Até gritar como os jovens que preocupam a polícia os metroviários gritaram – é um uh, uh, uh que se parece com o grito de um gorila. Mas, diferentemente dos originais, os black blocs metroviários não estavam em clima de briga: pacificamente, protestaram como os colegas sem máscaras, reivindicando aumento salarial e fazendo críticas à gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Corneta e apito.Eles usaram panos para a cobrir o rosto. Tinham também cornetas e apitos. No mesmo horário da manifestação, por volta das 10 horas, a Linha 1-Azul do Metrô

Page 3: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 3

apresentava problemas na Estação Tiradentes, provocando lentidão no ramal todo. Quem desceu na Sé achou que o atraso nos trens tinha relação com a manifestação dos agentes. Quem estava na manifestação pertencia a três setores da empresa. Parte vestia macacões da manutenção, parte os uniformes dos agentes das estações e o último grupo era composto pelos seguranças – justamente quem imitava o grito dos black blocs. Eles também erguiam seus cassetetes para o alto quando gritavam palavras de ordem com os demais manifestantes. Depois de uma rodada de discursos no megafone do mezanino – que parou até por cauda de uma discussão entre os servidores sobre como conduzir o ato –, os metroviários decidiram sair da estação para fazer uma foto. Foi quando ocuparam a escadaria da catedral. Depois de posar para os fotógrafos, deles mesmos e da imprensa, que acompanhava o protesto, os agentes se dispersaram. Mas gritaram o mesmo "uh, uh, uh” mais uma vez. Estação Tatuapé.Antes da assembleia que decidiu pela paralisação, os metroviários fizeram um ato parecido na Estação Tatuapé, zona leste. (Fonte: Estado de São Paulo dia 05-06-2014).

Marronzinhos param pela 1ª vez em dez anos Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também definiram greve por tempo indeterminado ontem. Em assembleia realizada na Câmara Municipal, cerca de 700 marronzinhos – mais da metade do efetivo – recusaram a proposta de 8% de reajuste feita pela gestão Fernando Haddad(PT) e optaram pela paralisação. A última greve da categoria ocorreu há cerca de dez anos, durante a gestão da prefeita Marta Suplicy (2000-2004). O sindicato que representa a categoria espera 100% de paralisação e reivindica aumento real de 12,9% e reajuste de 20% nos vales alimentação e refeição ofertados pela CET, entre outros benefícios. A empresa já estava avisada sobre a possibilidade de greve desde sexta-feira. Sem agentes nas ruas, os serviços de orientação do trânsito, aplicação de multas e fiscalização do uso correto de corredores de ônibus, por exemplo, ficam prejudicados. "A população acha que a gente só sabe multar. Não sabe o que passamos. Somos obrigados a fazer hora extra, acumular funções. Tudo isso sem um plano de carreira, sem concurso público”, reclamou um marronzinho. Vice-presidente do sindicato, Luiz Antônio Queiroz afirma que a cidade de São Paulo precisa de ao menos 4 mil agentes por dia nas ruas. "Temos somente 1,2 mil em atividade, e divididos em quatro turnos.”

Page 4: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 4

A companhia. Em nota oficial, a CET diz que já iniciou a utilização de um plano de contingência e haverá remanejamento da equipe para reforçar o efetivo em campo na capital. (Fonte: Estado de São Paulo dia 05-06-2014).

O Estado no combate ao trabalho escravo O Brasil deu um grande passo para a erradicação do trabalho análogo ao de escravo. O Congresso Nacional aprovou, no último dia 27, a proposta de emenda constitucional que determina a expropriação de imóveis onde for comprovada a prática. A PEC tramitava há 15 anos no Legislativo federal. A aprovação da PEC de Combate ao Trabalho Escravo permite que a delegação brasileira chegue numa situação muito especial à Conferência da Organização Internacional do Trabalho, que será realizada em Genebra até o próximo dia 12: somos um dos raros países no mundo a ter inscrito em sua Constituição Federal regras claras para punir, com a perda da propriedade, os responsáveis pela prática de trabalho escravo. Esta é uma grande vitória, sobretudo se recordarmos a história de nosso país. Nos mais de três séculos de escravidão no Brasil, a comercialização de seres humanos era permitida pela legislação e estimulada como política pública. O país mantinha seu modelo econômico baseado na força de trabalho de pessoas escravizadas. Esta prática foi tão marcante em nosso desenvolvimento que até hoje são encontradas pessoas submetidas a condições análogas a de escravo em diversos setores da cadeia produtiva. Este, portanto, não é um tema novo na agenda do Estado. Já na década de 1970, organizações da sociedade civil, especialmente a Comissão Pastoral da Terra, denunciaram trabalho análogo ao de escravo em áreas de expansão agrícola. O Estado conseguiu mobilizar as primeiras ações na década seguinte, quando inscreve em sua Constituição Federal o conceito de "função social" da propriedade aliado ao respeito às relações de trabalho, "favorecendo o bem estar de proprietários e empregados". A prática foi incorporada à agenda estatal não mais como problema localizado, mas como uma questão social, devido à frequência das denúncias. Em 1995, reconhecendo a necessidade de ser proativo no combate ao trabalho escravo, o Estado brasileiro, instrumentalizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, criou o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, que em estreita parceria com o Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal e Ministério Público Federal, passou a operar para o resgate de

Page 5: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 5

trabalhadores, a aplicação de sanções administrativas, a recomposição de patrimônio de trabalhadores e fornecimento de provas para a judicialização dos casos. Em 2003, o Brasil, em sua opção definitiva pela estruturação dos pilares dos Direitos Humanos, dá um passo decisivo no combate às formas análogas a de escravo. Para acompanhar as ações nessa área, criamos a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo - Conatrae, vinculada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Composta por órgãos do governo e entidades da sociedade civil, a comissão passou a acompanhar as políticas públicas, os projetos de cooperação e os trâmites legislativos relacionados ao tema. Os resultados da atuação da Conatrae no fortalecimento dos Planos Nacionais foram imediatos. O Estado brasileiro passou a buscar soluções amistosas para casos emblemáticos, sendo que alguns se arrastavam há décadas. Em paralelo, criamos o Dia e a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, assim como fomentamos a instituição de 13 Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo. Dentro deste esforço, realizamos dois encontros nacionais para debater o tema, criamos o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, em parceria com 150 empresas comprometidas em combater o trabalho escravo em suas cadeias produtivas, e, por fim, mas não menos importante, a Conatrae elabora o Cadastro de Empregadores (conhecido como "lista suja"), como forma de prestar contas das ações desenvolvidas. A "Lista Suja" tem sido um instrumento fundamental para o combate ao trabalho escravo no país. Ela relaciona os empregadores flagrados com esse tipo de mão de obra e que tiveram oportunidade de se defender em primeira e segunda instâncias administrativas, antes de ser confirmado o conjunto de autuações que configuraram condições análogas às de escravo. Uma vez na "Lista Suja", a empresa fica impedida de receber financiamento público. Outra ação efetiva para a erradicação do trabalho escravo no Brasil tem sido a profícua parceria com o poder Judiciário. De 2009 pra cá, realizamos 32 oficinas de capacitação para juízes do Trabalho, em todas as regiões do país. As comissões estaduais promovem ações parecidas. O objetivo é sensibilizar os magistrados para a importância de estarem atentos a este tipo de violação de direitos humanos, seja no ambiente rural ou urbano. Estas ações estatais têm mudado a realidade do país. No entanto, o Brasil ainda sofre com práticas análogas à escravidão, que violam a ética constitucional e as relações trabalhistas, mas também atenta contra os princípios de mercado, como a concorrência leal. Em outras palavras, empregadores e empregados perdem com o trabalho escravo porque, de um lado, os empregados são afastados de seus direitos; de outro, os empregadores com boas práticas ficam em desvantagem econômica, já que cumprem suas responsabilidades com encargos trabalhistas de seus funcionários, enquanto que alguns concorrentes desleais garantem lucros indiretos.

Page 6: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 6

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, atualmente existem cerca de 20 milhões de pessoas submetidas a formas contemporâneas de escravidão em todo o planeta. No Brasil, 46.478 trabalhadores foram libertados desde 1995. Vamos seguir trabalhando até que esta prática odiosa seja definitivamente erradicada em nosso país, pois como disse a Relatora Especial das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Gulnara Shahinian: "O Brasil tem muita vontade e potencial para erradicar a escravidão e garantir a proteção necessária a todos submetidos à escravidão no país. Essas pessoas não podem esperar mais". Por: Ideli Salvatti (Fonte: Valor Econômico dia 05-06-2014).

Governo amplia prazo para contratação de temporário s O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ampliou o prazo de duração do contrato de trabalho temporário. A partir de 1º de julho, esses contratos poderão durar por até nove meses, mediante autorização do órgão, caso ultrapassem os três meses habituais. Atualmente, as atividades temporárias só podem ser prorrogadas uma vez, em mais três meses, num total de seis meses. A alteração se deu pela Portaria nº 789, publicada ontem no Diário Oficial da União. Por ora, vale a Portaria nº 550, de 2010. Hoje, a autorização para a prorrogação é bem mais restritiva. Na contratação temporária, ao dispensar o funcionário, a empresa não precisa pagar as chamadas verbas recisórias, como aviso prévio e a multa de 40% de FGTS. Porém, o salário tem que ser equivalente ao de um funcionário efetivo. Segundo a portaria, a solicitação de autorização para contratação de trabalho temporário superior a três meses deve ser feita pelo site do Ministério do Trabalho com antecedência mínima de cinco dias de seu início. Quando for o caso de prorrogação de contrato de trabalho temporário, o pedido deve ser feito até cinco dias antes do termo final previsto inicialmente. De acordo com o advogado Jurandir Zangari Junior, do escritório Zangari Advogados, essa autorização deve ser mais facilmente concedida nas situações em que há substituições de pessoal, ou seja, quando uma funcionária entra em licença-maternidade, por exemplo, ou o empregado se afasta por motivo de doença, e a companhia quer contratar temporários. Isso porque, nesses casos, há uma justificativa mais evidente para esse tipo de contratação. Há também a possibilidade de prorrogação quando há um acréscimo extraordinário de serviços - uma fábrica de chocolates, por exemplo, que aumenta sua produção para suprir a demanda da Páscoa. Nessas situações, a companhia precisa comprovar que esse

Page 7: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 7

aumento do trabalho é realmente extraordinário. "Nesses casos é mais difícil de comprovar a necessidade. Isso porque o Ministério do Trabalho ao tentar evitar o contrato considerado precário tem sido mais rígido nessas autorizações", diz Zangari Junior. (Fonte: Valor Econômico dia 05-06-2014). Dano moral coletivo O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou oito instituições financeiras a pagar indenização por dano moral coletivo por abuso de direito na utilização de ações judiciais (interditos proibitórios) para inviabilizar movimentos grevistas em Belo Horizonte (MG). No caso, os bancos apresentaram 21 ações, tendo como base a defesa da posse dos estabelecimentos bancários durante as greves, garantindo, assim, a liberdade de ir e vir aos empregados e clientes. A indenização fixada é de R$ 50 mil por cada uma dessas ações, totalizando mais de R$ 1 milhão, em favor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região. Foram condenados os bancos ABN Amro Real, Santander Banespa, Itaú, União de Bancos Brasileiros -Unibanco, Mercantil do Brasil, Bradesco, HSBC Bank Brasil - Banco Múltiplo e Safra. O processo é uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região em 2006 e engloba ações impetradas pelas instituições financeiras em 2005 e 2006. Para o ministro Vieira de Mello, redator do acórdão na 7ª Turma, utilizar ações judicias, partindo-se da presunção de abusos a serem cometidos pelos grevistas, atenta contra os princípios concernentes ao direito de greve e configura conduta antissindical. (Fonte: Valor Econômico dia 05-06-2014).

Page 8: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 8

(Fonte: Diário de São Paulo dia 05-06-2014).

Page 9: A uma semana da Copa, funcionários do Metrô e da CET ...az545403.vo.msecnd.net/uploads/2014/07/informe-desin-539-ano-vi-05... · A uma semana da Copa, ... "Desafio o governo do

Página 9

OIT discute protocolo sobre escravidão em Genebra e uma recomendação complementares à Convenção 29, de 1930, que trata do trabalho forçado, estão sendo discutidos por trabalhadores, empregadores e representantes de governos de 185 países membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, durante a 103a Conferência Internacional do Trabalho. Existem hoje 21 milhões de vítimas de trabalho forçado no mundo. O "negócio" , segundo estimativas da OIT, movimenta por ano U$$ 150 bilhões. Ambos os documentos pretendem abordar lacunas na aplicação da convenção e reforçar medidas de prevenção, proteção e indenização das vítimas para eliminação do trabalho forçado em todo o mundo. A decisão de adotar um ou outro documento, ou até ambos, caberá aos delegados de governos, patrões e obreiros enviados à conferência, durante a plenária final. A comissão de trabalho forçado examinou o projeto de protocolo de 30 de maio até ontem. O texto aprovado foi encaminhado ao comitê de redação. Segundo coordenador nacional de Erradicação ao Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho, Jonas Ratier, no preâmbulo, os valores dos direitos humanos fundamentais, como o princípio da dignidade dos trabalhadores, foram reafirmados. (Fonte: DCI dia 05-06-2014).

Caso não haja interesse em continuar recebendo esse boletim, favor enviar e-mail para [email protected] , solicitando exclusão.