a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA A TRANSFIGURAÇÃO BARROCA DE UM ESPAÇO ARQUITECTÓNICO A OBRA SETECENTISTA NA SÉ DE ELVAS VOLUME II ANEXOS Mário Alexandre Henriques Zacarias Cabeças MESTRADO EM ARTE, PATRIMÓNIO E TEORIA DO RESTAURO 2011

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Page 1: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

A TRANSFIGURAÇÃO BARROCA DE UM

ESPAÇO ARQUITECTÓNICO

A OBRA SETECENTISTA NA SÉ DE ELVAS

VOLUME II

ANEXOS

Mário Alexandre Henriques Zacarias Cabeças

MESTRADO EM ARTE, PATRIMÓNIO E TEORIA DO

RESTAURO

2011

Page 2: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

1

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

A TRANSFIGURAÇÃO BARROCA DE UM

ESPAÇO ARQUITECTÓNICO

A OBRA SETECENTISTA NA SÉ DE ELVAS

Mário Alexandre Henriques Zacarias Cabeças

Dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do

Restauro apresentada à Universidade de Lisboa sob

orientação do Professor Doutor Vítor Manuel Guimarães

Veríssimo Serrão

Page 3: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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Anexo documental

Em relação à transcrição da documentação de arquivo em anexo e citada no

corpo da dissertação procedemos ao desdobramento das abreviaturas e à actualização do

emprego do u e do v e das maiúsculas e das minúsculas.

Índice de documentos

Documento 1 - Contrato notarial celebrado entre os mordomos da Confraria do Santíssimo

Sacramento e o dourador Agostinho Mendes para a remodelação da Capela do Santíssimo

Sacramento da Sé de Elvas, 22 de Outubro de 1706.

Documento 2 - Acórdão do Cabido de Elvas para a cedência da Capela de Nossa Senhora do

Desterro da Sé de Elvas à Irmandade das Chagas de Jesus, 22 de Janeiro de 1715.

Documento 3 - Acórdãos dos mordomos da Irmandade das Chagas de Jesus em que estes

decidem financiar a remodelação da sua nova capela da Sé de Elvas, 27 de Janeiro de 1715, 27

de Fevereiro de 1716, 11 de Outubro de 1716, 30 de Maio de 1719.

Documento 4 - Despesas com a obra da Capela das Chagas de Jesus da Sé de Elvas, 28 de

Fevereiro e 8 de Outubro de 1716.

Documento 5 - Despesas com a obra de talha da Capela das Chagas de Jesus da Sé de Elvas, 10

de Maio de 1716, 2 e 3 de Outubro de 1716, 8 de Novembro de 1716, 2 de Dezembro de 1716,

15 de Fevereiro de 1717, 3 de Maio de 1717, 30 de Junho de 1719.

Documento 6 - Contrato notarial celebrado entre a Irmandade das Chagas de Jesus e o dourador

Manuel dos Reis para este dourar e pintar o retábulo da Capela das Chagas de Jesus da Sé de

Elvas, 26 de Agosto de 1719.

Documento 7 - Despesa com a obra de dourado do retábulo da Capela das Chagas de Jesus da

Sé de Elvas executada por Manuel dos Reis, 3 de Maio de 1720.

Documento 8 - Despesas com o entalhador Manuel Francisco por conta do retábulo de talha da

Capela de Nossa Senhora de Guadalupe da Sé de Elvas, 30 de Agosto de 1722, 8, 21 e 29 de

Novembro de 1722; 5, 12 e 20 de Dezembro de 1722; 3, 21 e 30 de Janeiro de 1723; 13 e 20 de

Fevereiro de 1723; 13 e 30 de Março de 1723; 17 e 26 de Abril de 1723.

Documento 9 - Recibo do ferreiro Manuel Rodrigues pela execução de um gradeamento que

este fez para a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe da Sé de Elvas [anos 20 do século

XVIII].

Documento 10 - Pagamento do Cabido a Frei João da Piedade por uma planta que este fez para

a remodelação da escadaria da Sé de Elvas, 16 de Dezembro de 1728.

Documento 11 - Contribuição financeira do Cabido para o ornato da Capela do Santíssimo

Sacramento da Sé de Elvas, 20 de Janeiro de 1731.

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3

Documento 12 - Acórdão do Cabido em que este decide pedir a Frei João da Piedade a

realização de uma planta para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 10 de Setembro de

1734.

Documento 13 - Acórdão do Cabido em que este decide que o Deão se informasse acerca de um

arquitecto estante em Campo Maior [Sebastião Soares] para este projectar a obra da nova

capela-mor da Sé de Elvas, 8 de Março de 1735.

Documento 14 - Pagamento da planta da nova capela-mor da Sé de Elvas ao arquitecto

Sebastião Soares, 11 de Abril de 1735.

Documento 15 - Acórdão do Cabido em que se pede ao Deão que reúna todos os capitulares

para se tomar uma resolução acerca da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 2 de Maio de

1735.

Documento 16 - Acórdão do Cabido em que se nomeiam o Deão e o capitular “Pacheco” como

responsáveis pela preparação da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 12 de Maio de 1735.

Documento 17 - Acórdão do Cabido em que se decide que se prossiga a construção da nova

capela-mor da Sé de Elvas e que o Deão e o capitular “Pacheco” continuem como intendentes

da obra, 23 de Julho de 1735.

Documento 18 - Primeira relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas,

23 de Julho de 1735.

Documento 19 - Despesas com pedra mármore de Estremoz para a obra da nova capela-mor da

Sé de Elvas, 30 de Julho de 1735.

Documento 20 - Despesas com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé

de Elvas, 9 de Janeiro de 1736.

Documento 21 - Primeira relação de trabalhadores da pedreira de Borba que extraíam o

mármore para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, de 10 a 21 de Julho de 1736, 25 de

Julho de 1736.

Documento 22 - Despesas com a pedra da região de Sintra e com outros materiais para a obra da

nova capela-mor da Sé de Elvas, 2 de Setembro de 1736.

.

Documento 23 - Carta de José de Lima Pinheiro e Aragão dirigida ao Deão e ao capitular

“Pacheco” a pedir que as “carruagens” para a condução da pedraria de Benavente para a obra

da nova capela-mor da Sé de Elvas viessem munidas de guias assinadas pelo vedor da obra, 19

de Setembro de 1736.

Documento 24 - Despesas com a pedraria da região de Sintra e de Borba, de 1 a 12 de Outubro

de 1736, para a obra da nova capela-mor da Sé, 12 de Outubro de 1736.

.

Documento 25 - Recibo do salário do mês de Outubro de 1736 do mestre-da-obra da nova

capela-mor da Sé de Elvas João Fernandes Cordeiro, 3 de Novembro de 1736.

Documento 26 - Recibo do salário de quatro meses e de uma despesa com uma deslocação a

Évora do arquitecto da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas Sebastião Soares, 18 de

Novembro de 1736.

Documento 27 - Despesa com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé

de Elvas, 24 de Novembro de 1736.

Page 5: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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Documento 28 - Despesas com a obra da capela-mor da Sé de Elvas, nomeadamente com a

pedraria da região de Sintra, de Estremoz e de Borba, 1 de Dezembro de 1736.

Documento 29 - Despesa com pedra mármore preta de Borba para a obra da capela-mor da Sé

de Elvas, 10 de Maio de 1737.

Documento 30 - Despesas com a pedraria da região de Sintra e com outros materiais para a obra

da nova capela-mor da Sé de Elvas, 18 de Junho de 1737.

Documento 31 - Relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas em que

surge pela primeira vez o escultor Guilherme da Cruz, 27 de Julho de 1737.

Documento 32 - Despesa com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé

de Elvas, 19 de Agosto de 1737.

Documento 33 - Última relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas,

15 de Janeiro de 1738.

Documento 34 - Última relação dos trabalhadores da pedreira de Borba que extraíam a pedra

mármore para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 25 de Janeiro de 1738.

Documento 35 - Carta da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino para o Cabido de Elvas a

solicitar o envio de mapas mais pormenorizados das rendas da Mitra e a comunicar o desejo de

o monarca de que a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas não prosseguisse, 10 de Abril de

1738.

Documento 36 - Recibo do último salário do arquitecto da obra da nova capela-mor da Sé de

Elvas Sebastião Soares, 20 de Agosto de 1738.

Documento 37 - Declaração de salários dos trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de

Elvas e de preços de aluguer de “bestas” e de juntas de bois para a mesma obra, 25 de Maio de

1741.

Documento 38 - Solicitação do bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio ao rei D. João

V para este fazer mercê dos acréscimos dos celeiros comuns e dos bens de raiz da comarca de

Elvas para com eles se continuar a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas [1743].

Documento 39 - Contrato notarial celebrado entre o procurador do bispo D. Baltazar de Faria

Vilas Boas e Sampaio e os mestres pedreiros Gregório das Neves Leitão e José Francisco de

Abreu para a continuação e conclusão da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 12 de Maio

de 1746.

Documento 40 - Sentença de premissas de dois breves papais que concedem os rendimentos do

extinto Convento de Nossa Senhora da Conceição de Olivença à Fábrica da Sé de Elvas para as

obras da nova capela-mor da Catedral, 25 de Novembro de 1749.

Documento 41 - Acórdão do Cabido em que se decide concluir a obra da Sala Capitular da Casa

do Cabido de Elvas mandada fazer pelo bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio, 9 de

Novembro de 1757.

Documento 42 - Último pagamento do trabalho do falecido José Francisco de Abreu, arquitecto

da Casa Capitular da Casa do Cabido de Elvas, dia de São João Baptista de 1757 ao dia de São

João Baptista de 1758.

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Documento 43 - Despesas com os oficiais que trabalharam na Casa do Cabido de Elvas, dia de

São João Baptista de 1757 ao dia de São João Baptista de 1758.

Documento 44 - Pagamentos efectuados a Pascoal Caetano (Oldovino) por um realejo e pelo

órgão do coro alto que este fez para a Sé de Elvas, 3 de Agosto de 1760, 15 de Fevereiro de

1763, 21 de Maio de 1764, 4 de Novembro de 1764, dia de São João Baptista de 1765 ao dia de

São Baptista de 1766 e dia de São João Baptista de 1771 ao dia de São Baptista de 1772.

Documento 45 - Despesas com a obra da escadaria da Casa do Cabido, da Capela do Santíssimo

Sacramento da Sé de Elvas e com a mesa da Sala Capitular, 9 de Dezembro de 1761, 25 de

Fevereiro de 1762, 8 de Abril de 1762, 23 de Maio de 1762.

Documento 46 - Despesa com o pintor António Sardinha pela pintura de uns armários da “casa

de vestir do cabido” e pelo prateamento de quatro imagens dos evangelistas da banqueta do

altar-mor da Sé de Elvas, 12 de Janeiro de 1763.

Documento 47 - Despesas com a obra da “varanda” do órgão do coro alto e com os “cancelos”

da capela-mor da Sé de Elvas, dia de São João Baptista de 1765 ao dia de São João Baptista de

1766.

Documento 48 - Despesas com a obra da Capela de Nossa Senhora da Soledade, com os

“cancelos” da capela-mor e com um púlpito da Sé de Elvas, dia de São João Baptista de 1765 ao

dia de São João Baptista de 1766, dia de São João Baptista de 1766 ao dia de São João Baptista

de 1767.

Documento 49 - Despesas com as obras de remodelação da Capela das Almas da Sé de Elvas, 2

de Fevereiro de 1768, 4 de Fevereiro de 1769, 9 de Maio de 1769, 16 de Junho de 1769, 9 de

Outubro de 1769, 6 e 31 de Dezembro de 1769, 5 e 7 de Março de 1770, 27 de Abril de 1770,

30 de Dezembro de 1774, 16 de Dezembro de 1779.

Documento 50 - Despesas com obras na Sé que se realizaram para a recepção do rei D. José I à

cidade de Elvas, relacionadas com o adro e a escadaria, com os telhados, com as “janelas do

coro”, com a armação, com sepulturas e com dois sinos da igreja, dia de São João Baptista de

1769 ao dia de São João Baptista de 1770.

Documento 51 - Memória descritiva do projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto Reis,

11 de Dezembro de 1938.

Documento 52 - Parecer de Raul Lino sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto

Reis, 4 de Fevereiro de 1939.

Documento 53 - Parecer de Raul Lino sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto

Reis, 11 de Fevereiro de 1939.

Documento 54 - Parecer do Conselho Central sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas, 2 de

Março de 1939.

Documento 55 - Parecer de Humberto Reis sobre as sugestões de Raul Lino acerca do projecto

de restauro de Sé de Elvas, 24 de Março de 1939.

Page 7: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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Documento 1

Contrato notarial celebrado entre os mordomos da Confraria do Santíssimo Sacramento

e o dourador Agostinho Mendes para a remodelação da Capela do Santíssimo

Sacramento da Sé de Elvas, 22 de Outubro de 1706. ADPTG, Cartório Notarial de Elvas (3º ofício), CNELV 06/1/85, fls. 113-115v. Publicado em fac-simile

por Miguel Ángel VALLECILLO TEODORO, “Agostinho Mendes, pintor-dorador. Su obra en Elvas y

Olivenza”, op. cit., pp. 327-332.

Escritura de contrato da hobra que se ha-de fazer na Capella do Santissimo Sacramento

da Se que ajustarão os mordomos e escrivão João Rodrigues Bagulho e recebedor

Manoel Henrrique e mais mordomos com o oficial de doirador Agostinho Mendes

sendo seu fiador Barnabe Martins Caldeira

Saibam quantos este publico jnstromento de contrato e obriguação de hobra virem que

no anno do nassimento de nosso senhor Jazu Christo de mil e settecentos e seis annos

aos vinte e dois dias do mes de Outubro do ditto anno nesta cidade de Elvas na See

desta ditta cidade na sanchristia da Jrmandade do Santissimo Sacramento donde eu

tabalião fui sendo ahi juntos em menza o escrivão João Rodrigues Bagulho e o

recebedor Manoel Henrriques e os mais mordomos abaxo asinados e bem assim

Agostinho Mendes oficial de doirador moradores digo e bem assim Barnabe Martins

Caldeira moradores nesta ditta cidade pessoas de mim tabalião conhecidas e dou fee

serem os proprios contheudos neste publico jnstromento pellos dittos escrivão e

recebedor e mais mordomos foi ditto em prezenca de mim tabalião e das testemunhas

que prezentes estavão abaxo asinadas que he verdade que elles se ajustarão e

contratarão com o ditto Agostinho Mendes oficial de doirador a fazer-lhe a hobra

seginte na capella a saber a rasguar-lhe a janella que tem a ditta capella tudo o mais que

puder ser para mais claridade que he nesesaria e a alvanaria e mais de mestres e

serventes por sua conta e assim o teto como a ditta guanella ha-de ser estoquado e

pintado de burlesco colorido com seu oiro adonde a obra o pedir com os rialces que se

custuma fazer no corte e o arco da ditta cappella o campo todo de oyro e burlesco com

todo o realce que puder ser e colorido e as grades que tem de ferro pintadas de

emcarnado de holio fino e a folhaguem simalhas e frizos doirados como estavão

antiguamente e o retabolo da ditta capella sera obriguado a limpa-llo e emvirnizado

pondo-lhe o ouro adonde tiver alguma falta e toda esta hobra sera depois de acabada

vista por dois homens piritos na arte que bem no entendão e pondo-lhe alguma falta sera

elle ditto mestre a emmenda-la a sua cuista e não o querendo fazer poderão os dittos

mordomos meter oficiais por conta do ditto mestre e paguando este a sua custa o preço e

dias que guastarem e pella ditta hobra lhe dão e estão ajustados em trezentos e sincoenta

mil reis pagos sento e outenta mil reis logo ao asinar desta escritura os quais logo os

dittos escrivão e recebedor e mais mordomos derão e emtreguarão ao ditto Agostinho

Mendes perante mim tabalião e das dittas testemunhas em muito boa moeda de oiro e

prata moeda hora corrente neste reino e Portugual cem da ditta quantia de sento e

outenta mil reis ficar coiza alguma aos dittos recebedor e escrivão e mordomos por dar e

paguar e emtreguar nem ao sobreditto Agostinho Mendes por receber e por assim ser

pago emtregue e satisfeito da ditta quantia disse que por este publico jnstromento delles

lhe dava per livrissima e geral quita deste dia pera todo sempre e o mais que falta pera

os tresentos e simcoenta mil reis lhe darão no discurso da obra com tal condicão que

sem mil reis ficarão sempre em ser athe se findar e ser acabada a ditta obra e emtão

serão obriguados os dittos mordomos a emtregua-los estando a obra feita comforme esta

Page 8: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

7

ajustada e vista como atras fica ditto nesta escritura a qual o ditto Agostinho Mendes

aseitou e se obrigua a fazer a ditta hobra a qual se obrigua a da-lla acabada athe meo do

mes de Abril que embora vira so anno de mil e settecentos e sette e não acabando no

ditto tempo querendo os dittos escrivão e recebedor e mordomos acaba-la poderão meter

ofissiais por conta do ditto Agostinho Mendes e pagos por sua conta dos sem mil reis

que lhe an-de dar no fim da obra obrigua sua pessoa e bens moves e de rais avidos e por

aver e pera mais seguranca do que ditto he disse que dava e aprezentava por seu fiador e

principal paguador ao ditto Barnabe Martins Caldeira que prezente estava pello qual

outrosim foi ditto a mim tabalião perante as dittas testemunhas que he verdade que elle

fiava como com efeito fiado tem ao ditto Agostinho Mendes que sendo cazo o que Deos

não primita que elle falte a acabar a ditta obra e ao dinheiro que comstar tem recebido a

satisfazer tudo como seu fiador e principal paguador e faz da divida e obriguacão alhea

sua propria com tal condição que os dittos mordomos prezentes ou futuros se for

nesesario aver demanda poderão paguar com o fiador sem ser nesesario escolher

primeiro os bens do horginario sinão com elle por terem o contrato e divida mais segura

que a tudo o ditto fiador se obriga e consentio como fiador e principal paguador a cuia

satisfação de tudo se obrigua por sua pessoa e bens moves e de rais avidos e por aver e

escritura a qual se obriguão a comprir todos pella parte que lhe toqua e a não hirem nem

virem contra ella em parte nem em todo antes em tudo e por tudo comprirem como nella

se contem e fazendo o contrario do que ditto he dicerão que não querião ser ouvidos em

juizo e fora delle cem primeiro darem comprimento a tudo o contheudo e declarado

neste publico jnstromento e darem comprimento a dar a ditta hobra acabada e prefeita

no ditto tempo e os escrivão e recebedor e emtreguarem o dito dinheiro como fica ditto

e avendo alguma duvida a lhe faltarem com elle não sera obriguado o ditto mestre a jr

continuando com a ditta hobra e todo o tempo que por esta cauza estiver despresada a

ditta hobra não se metera em conta do ditto tempo se não lhe darão os dias que lhe

faltarem que com elles fara emtão o dito tempo e sendo nesesario demandar aos jrmaos

pera lhe acabar e onde paguar se podera peguar com o ditto escrivão e recebedor porque

elles se obriguão por tais e por suas pessoas e bens a dar todo o dinheiro sem ser

nesesario demandar nem sitar os mais mordomos senão aos sobredittos e huns e outros

se dezaforão do juis de seu foro domesilio e jurisdicão que hora tem e ao diante tiverem

e se obriguão e sometem a responder a qualquer duvida demanda ou embargo que sobre

esta escritura rezultar ante o juis de fora do geral desta ditta cidade que hora he e ao

diante for ao qual desde logo eleguem por seu competente juis e por seus despachos

mandados e sentenças querem ser comvencidos e exzecutados e que esta escritura valha

como sentença definitiva passada em coiza julguada e a pessoa que andar sobre a tal

duvida demanda ou embargo que sobre esta escritura rezultar daram e paguarão a sento

e sincoenta reis por dia desd’o dia da ausão athe rial emtregua e pera mais segurança do

que ditto he dicerão que fazião seu procurador em cauza propria ao alquaide piqueno da

vara desta ditta cidade que hora he e ao diante for na pessoa do qual se fara a sitacão

pera todos os prosedimentos e sustanciada cauza e por ella se porsedera athe final

sempre oubriguadas suas pessoas e todos seus bens moves e de rais avidos e por aver ao

comprimento e satisfação de tudo em testemunho de verdade assim o autroguarão e

mandarão nesta nota ser feito este publico jnstromento por estas partes outroguado

aseitado e asinado eu tabalião o aseito em nome de quem toquar auzente sendo

testemunhas prezentes Antonio Rodrigues Lopes e Estevão Mendes Toirinho e Guaspar

Rodrigues todos moradores nesta ditta cidade que tudo assim aseitarão com os

sobredittos eu Manoel Rodrigues Proenca tabalião o escrevy.

Agostinho Mendes Barnabe Martins Caldeira

Page 9: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

8

Manoel Henriques João Rodrigues Bagulho

Bento Gonçalves João Rodrigues Cavaleiro

Gaspar Gonçalves Pipairo[?]

Manoel Dias Antonio Rodrigues Lopes

Gaspar Rodrigues Velozo

Estevão Mendes Tourinho

Documento 2

Acórdão do Cabido de Elvas para a cedência da Capela de Nossa Senhora do Desterro

da Sé de Elvas à Irmandade das Chagas de Jesus, 22 de Janeiro de 1715. ACP, Bispado de Elvas, Livro 8.º dos Acórdos do Reverendo Cabido, 1694 ate 1727, fl. 55.

Em Cabido de 22 de Janeiro de 1715 se acordou que a Capella de Nossa Senhora do

Desterro por se achár informe, e sem esperança de reedificação, se dese aos jrmãos da

Confraria das Chagas que a pediam com obrigação de a fazerem com o arco em

correspondencia ao da Capella do Sanctissimo e de a acabarem de alvanaria dentro de

hum anno.

Documento 3

Acórdãos dos mordomos da Irmandade das Chagas de Jesus em que estes decidem

financiar a remodelação da sua nova capela da Sé de Elvas, 27 de Janeiro de 1715, 27

de Fevereiro de 1716, 11 de Outubro de 1716, 30 de Maio de 1719. APNSAE, Livro que hade servir nas eleiçois e acordaos nesta Irmandade das Chagas de Jezus, Elvas, 3

de Maio de 1714, fls. 3v., 8v.-9, 11, 18-18v. Parcialmente referenciado por Amílcar F. MORGADO, op.

cit., pp. 12-13, e por Artur Goulart de Melo BORGES, Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Elvas

(antiga Sé), op. cit., pp. 21-22.

[fl. 3v.]

Finta de sinco moedas de ouiro para se comessar capella nova que se quer fazer he a

primeira finta

Acordam sobre a capella os senhores mordomos abaixo asignados para a primeira finta

Aos vinte e sete dias do mes de Janeiro de mil e sete centtos e quinze junttos em meza

os senhores mordomos que servem a Irmandade das Chagas de Jesus este anno fizeram

meza e votaram todos uniformemente que para melhor se servir a Deos Nosso Senhor e

ter mais devoção para estar patente aos fieis com a sua crus as costas era nesesario fazer

lhe a capella que se intatava ja a mais tempos e que agora era a ocasião propria porque

se tinha despacho de huma petição pello Reverendo Cabido em 22 do ditto mes e que

não lha davam para sempre o que visto por todos diceram que elles tomavam a ditta

capella com as condiçois que nos lhe apresentemos, e que para isso se fintavam logo

todos a sinco moedas de ouiro que estavam promptos para as dar todas as vezes que a

capella se comesasse a fazer e todos a votaram[?] nesta[?] meza so o mordomo Manuel

Page 10: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

9

Fangueiro[?] Mendes não mas disse que tudo o que se fizesse estava por elle[?] de que

mandaram fazer este termo para em todo[?] o tempo constar dos [ilegível] Elvas em

meza de 27 de Majo de 1715 o escrivão da meza e todos asignaram

João Mendes Leal

[ilegível] Diogo de Souza

Manoel Henrriques João de Deos

Joam Cordeiro [ilegível] Jozeph Gomes

Manoel Alvres Francisco Frejre

Manoel Mendes Jaçinto Mendes Falcato

[fls 8v.-9]

Finta de duas moedas de ouiro cada mordomo para o retabollo da capela

Acordam 2.ª ves os senhores mordomos da Chagas de Jezus sobre se continuar a obra de

madeira da capella novamente erecta na Se para se lhe fazer seu retabolo

Aos vinte e sete dias do mes de Fevereiro deste anno de mil e sete centtos e dezaseis,

nesta cidade de Elvas na caza do despacho da meza das Chagas de Jezus sendo ahi

juntos os mordomos attuais que servem este anno abaixo asignadas todos

uniformemente votaram, que era conveniente fazerse o retabolo de madeira na capella

que de novo estava já acabada de arco, de pedraria fina para cuio effeito se fintaram

cada hum a duas moedas de ouiro e que desde logo se continuasse com a ditta obra que

com effeito se fes e se esta trabalhando no ditto retabolo, e que se obrigou cada hum de

per si de logo dar a ditta finta sub obrigação de sua pessoa e bens de que mandaram

fazer este termo com declaração que no cazo, que a ha algum dos dittos mordomos

actuais saia no fim deste anno que he em tres de Majo do ditto anno sempre sera

obrigado a pagar a finta das dittas duas moedas de ouiro e os mordomos que lhe

sucederem se lhe fara prezente esta finta para que elles contribuam com a ditta quantia e

que elles concorreram como [corroída] por ser obra pia, e serviço das Chagas de Jezus

de que mandará fazer este termo que todos asignaram. Eu o Padre João Mendes Leal

escrivão da irmandade o escrevi em meza de 27 de Fevereiro de 1716

João Mendes Leal

Diogo de Souza

Manoel Henrriques João de Deos

Jozeph Gomes Francisco Freyre

Joam Cordeiro

[ilegível]

Jacinto Mendes Falcato

O Cónego João Alvres Garcia

[fl. 11]

Finta de huma moeda de ouiro cada mordomo para a capella se acabar entalhado

Acordam 3.ª ves os senhores mordomos da Chagas de Jezus que servem este anno a

ditta irmandade sobre se acabar a capella novamente erecta na Se desta cidade

Page 11: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

10

Aos onze dias do mes de Outubro deste presente anno junttos os mordomos da Chagas

de Jezus que servem este anno abaixo asignados em meza na caza do despacho della

ajustaram todos que para se acabar a obra da capella novamente erecta na se lhe era

nesesario mais dineiro para effeito de se acabar o que todos diseram que se fintavam as

moedas de ouiro cada hum e que se ouvesse mister mais dinheiro que todos estavam

promptos para o que fosse nesesario e que se acabasse logo toda e de tudo o mais para

que mandaram fazer este termo que eu asignei e todos asignaram Elvas em meza de 11

de Outubro de 1716

João Mendes Leal

Manoel Henrriques Lourenço Travassos da Costa

Francisco Frejre Jozeph Gomes

Joam Cordeiro Diogo de Souza

João de Deos

[fl. 18-18v.]

Acordam que fazem os mordomos das Chagas de Jezus sobre doirar o retabollo da

capella

Aos trinta dias do mes de Majo deste anno de 1719 junttos em meza os mordomos que

servem este mesmo anno the 3 de Majo de 1720 acordaram, que se doirase o retabollo

da capella e para se dar principio a obra se fintara a sinco moedas de ouiro com mais

cento e ouitto mil quatro centtos e setenta reis que o mordomo João Cordeiro que Deos

tem deixou a ditta irmandade para o mesmo effeito de doirar o ditto retabollo e com

estes centto e oitto mil reis e a finta das sinco moedas de ouiro que cada hum se finta

fazem perto de quatro centtos mil reis e todos dizeram que estavam promptos para as

dar para se principiar a obra de que mandaram fazer este termo e todos asignaram

comigo escrivão da irmandade e pormeteram do que fosse mais nesesario não faltarem e

eu fis o termo de mandado delles Elvas em meza de 30 de Majo de 1719 o escrivão da

meza

João Mendes Leal

Jozeph Gomes

Lourenço Travaços da Costa

Manoel Henrriques

João de Carvalho Manoel de Nunes

Jaçinto Mendes Falcato

[ilegível] João de Deos

Finta de sinco moedas de ouiro para se doirar o retabolo

Finta de moeda e meia de ouiro que faltou para se acabar de doirar o retabollo que todos

os mordomos pagaram só Diogo de Souza nam quis pagar asim que sam[?]

nesesarias[?] nam ira a irmandade acompanhar nem se lhe faram sufragios

Leal

Page 12: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

11

Documento 4

Despesas com a obra da Capela das Chagas de Jesus da Sé de Elvas, 28 de Fevereiro e 8

de Outubro de 1716. APNSAE, Livro de despeza da Irmandade das Chagas de Jesus sita na Sée desta cidade de Elvas, 22 de

Julho de 1713, fls. 15-16.

[fl. 15]

Capella e obra nova que se faz na See. Arco de pedra fina e lagedo, e pedra da

cestaneira[?] da tribuna tudo costou 160515

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes sento e sesenta mil quinhenttos e

quinze reis com toda a pedraria do arco da nossa capella que se fes novamente e esta no

cruzeiro da Se que custou toda a pedraria fina do arco, e lagedo cento e quarenta seis

mil e vinte sinco reis como se ve do livro que se fes para a despeza da ditta obra folhas 2

e asim[?] mais despendeo quatorze mil e quatro centos e noventa reis com a pedraria do

respaldo da tribuna como se ve do ditto livro folhas 2 e versso que tudo soma a ditta

quantia dos dittos cento e sesenta mil e quinhenttos e vinte sinco reis e de como os

despendeo me asignei como escrivão da ditta Irmandade Elvas em meza[?] de 28 de

Fevereiro de 1716

João Mendes Leal

Caretadas de pedra de Borba o que se fes de custo 64340

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes sesenta e quatro mil trezentos e vinte

reis com as condusois das pedras que se fizeram para esta cidade da villa de Borba

como se ve do livro que se fes para a despeza da obra folhas tres, e de como os

despendeo me asignei como escrivão da Irmandade Elvas de Fevereiro 28 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 15v.]

Com dias[?] dos pedreiros

11190

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes onze mil centto e noventa reis com as

[ilegível] dias dos mestres pedreiros que vieram asistir ao asentar do arco de que

estiveram nesta cidade hum mes e dois dias e fizeram o ditto custo como se ve do livro

que se fes para despeza da obra folhas tres e de como as despendeo me asignei como

escrivão que sou da ditta Irmandade Elvas de Fevereiro 28 de 1716

João Mendes Leal

Page 13: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

12

Empreitada mais[?] dos alvanes

130000

Leal

Metriais que se lhe deram

23820

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes cento e trinta mil reis com os officiais

que fizeram o arco, e mais obra da capella que foram João Fernandes e Thomé da Sjlva

mestres de alvanes, que esto[?] foi pellas suas maos, e asim mais se lhe deu[?] dois

mojos de cal e mil ladrilhos e ouitto mojos de area e dois corteiros[?] de cal branca que

tudo soma assim os dittos centto e trinta mil reis com os metriais declarados que sam

em todos os metriais vinte e tres mil ouitto centos e vinte reis como se ve do livro de

despeza que se fas para a ditta obra folhas três versso e de como o despendeo me asignei

como escrivão que sou da ditta Irmandade Elvas de Fevereiro 28 de 1716

João Mendes Leal

[fl 16]

Miudezas que foram nescesarias para a dita obra

12970

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes doze mil nove centtos e setenta reis

com varias meudezas que foram nesesarias para a ditta capella, em que emtrou o ferro

da lampada, e douirado della, que tudo levou, e constou sinco mil e sete centtos e

sesenta reis como se ve do livro da despeza que se fes para a ditta obra folhas quatro e

de como os despendeo me asignei como escrivão que sou da ditta Irmandade Elvas de

Fevereiro 28 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 20v.]

Pagas as escadas para a tribuna que se fizeram

2640.

Leal

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes dois mil e seis centtos e quarenta reis

com as escadas de alvanaria que se fizeram para a nossa capella, que sam as escadas que

servem para a tribuna e de como os despendeo me asignei como escrivão que sou da

ditta Irmandade Elvas de Outubro 8 de 1716

João Mendes Leal

Page 14: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

13

Documento 5

Despesas com a obra de talha da Capela das Chagas de Jesus da Sé de Elvas, 10 de

Maio de 1716, 2 e 3 de Outubro de 1716, 8 de Novembro de 1716, 2 de Dezembro de

1716, 15 de Fevereiro de 1717, 3 de Maio de 1717, 30 de Junho de 1719. APNSAE, Livro de despeza da Irmandade das Chagas de Jesus sita na Sée desta cidade de Elvas, 22 de

Julho de 1713, fls. 18

[fl. 18]

Retabolo, e madeira, e mais custo de ajuda do mestre

144650

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes centto quarenta quatro mil seis centtos

e cincoenta reis com madeira e parte de vinte carretadas da mesma e mais de ajuda do

custo que esta meza mandou dar a Manoel Francisco mestre entalhador, que fas o

retabollo para a nossa capella como consta do livro da obra folha sinco, em que se vai

lancando todo o custo que fas a ditta nossa capella, e de os aver despendido me asignei

como escrivão da Irmandade Elvas de Majo 10 de 1716

Escrivão da meza

João Mendes Leal

Pagas

sete ferias de mãos de officiais e mais couzas neccesarias

58565

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes sincoenta e outo mil quinhentos

sesenta e sinco reis com sete ferias que se pagarão aos mestres Manoel Francisco e

Bartholameu [ilegível] e [ilegível] pellos pressos que [ilegível] ao mestre Manoel

Francisco a seis[?] tostões e meio [ilegível] Maio 10 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 19v.]

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes sinco mil e sete centtos e outenta reis

com huma cama que se comprou para dormir hum entalhador, e mais cordas e carrettos

de madeira para a Se e de como se despendeo me asignei como escrivão da Irmandade

Elvas de Outubro 2 de 1716

João Mendes Leal

Page 15: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

14

[fl. 20]

Paga

huma caretada de madeira que costou 2400

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes dois mil e quatro centtos reis com a

ultima caretada de madeira que veio de Portalegre, que se pagou o carreto e de como os

despendeo me asignei como escrivão da Irmandade Elvas de Outubro 3 de 1716

João Mendes Leal

Pagas dezasete ferias aos emtalhadores

148660

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes centto quarenta e outo mil reis e

sesenta reis com dezasete ferias que se pagaram aos mestres emtalhadores que fazem o

retabolo da nossa capella e ficou pago the ouie tres de Outubro deste anno como se ve

lancadas estas ferias no livro da obra folhas seis e de como os despendeo me asignei

como escrivão que sou da ditta Irmandade Elvas de Outubro 3 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 20v.]

Paga a ferragem para a capella

4840

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes quatro mil e ouito centtos e quarenta

reis de ferragem para a capella assim portas[?] como [ilegível] ouito escapollas e de

como os despendeo me asignei como escrivão que sou da ditta Irmandade, Elvas de

Novembro 8 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 21]

Pagas mais seis ferias que se pagaram aos emtalhadores athe ouie 8 de Novembro deste

anno que tomar[?]

52390

Leal

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes sincoenta e dois mil trezentos e

noventa reis com seis ferias que se pagaram aos emtalhadores que fazem o nosso

retabolo e ficam pagos athe ouie ouito de Novembro deste anno e como os despendeo

me asignei como escrivão que sou da Irmandade Elvas de Novembro 8 de 1716

João Mendes Leal

Page 16: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

15

[fl. 21v.]

Feitio de quatro quadros que se mandaram fazer para a capella que levaram de os fazer.

24000

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes vinte e quatro mil reis para se acabar e

de pagar o feitio dos quatro quadros que faltam na capella nova de que se pagaram ao

entalhador Manoel Francisco e de como os despendeo me asignei como escrivão que

sou da ditta Irmandade Elvas de Dezembro 2 de 1716

João Mendes Leal

[fl. 22v.]

Taboas para o asoalhado da capella escadas della

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes quatro mil e trezentos sincoenta reis

com as taboas de pinho da Frandes que foram nesessarias para o asoalhado da capella e

escadas de pao para as duas tribunas e de como os despendeo asignei e custou cada

taboa quatro centtos reis e huma sette centtos e sincoenta que soma a ditta quantia de

quatro mil trezentos e sincoenta reis Elvas de Fevereiro 15 de 1717

João Mendes Leal

Altar para a nossa capella assim de madeira como ferragem mais cuzas

9120

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes com o altar que se fes para a nossa

capella nova assim madeira como ferragem e chave do caixam e mais [ilegível] para

dentro nove mil e sete centtos e vinte reis que tanto se deu ao carpinteiro Bartholomeu

Reis[?] que elle[?] mandou fazer tambem a ferragem e de como os despendeo me

asignei Elvas de Fevereiro 15 de 1717

João Mendes Leal

[fl. 26]

Ferias que se estavam devendo 4 e se fintaram cada mordomo a 4800 em 3 de Majo de

1717

Leal

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes quarenta sinco mil novecentos e

noventa reis com quatro ferias que estavam por pagar ao mestre Manoel Francisco e

foram[?] as ultimas para fim[?] da obra do retabollo que se fes na Se na nossa capella

nova como se ve [ilegível] do livro da obra folhas sete, e de como os despendeo me

asignei como escrivão da Irmandade Elvas de Majo 3 de 1717

João Mendes Leal

Page 17: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

16

[fl. 38v.]

Grande[?] frontal de madeira entalhado

Despendeo mais o ditto recebedor Jozeph Gomes sinco mil centto e vinte reis com hum

grande[?] frontal de madeira entalhado que fes Manoel Francisco para a nossa capella

das Chagas de Jezus de como os despendeo me asignei como escrivão da Irmandade

Elvas de Junho 30 de 1719

João Mendes Leal

Documento 6

Contrato notarial celebrado entre a Irmandade das Chagas de Jesus e o dourador Manuel

dos Reis para este dourar e pintar o retábulo da Capela das Chagas de Jesus da Sé de

Elvas, 26 de Agosto de 1719. ADPTG, Cartório Notarial de Elvas, Livro 189 de notas de Bento Canhão, fls. 72v.-73v. Referenciado

por Miguel Ángel VALLECILLO TEODORO, Retablística Alto-Alentejana (Elvas, Villaviciosa y

Olivenza) en los siglos XVII-XVIII, op. cit., p. 155.

Escritura de contrato que fazem a Jrmandade das Chagas de Jesus e Manoel dos Reis

para efeito de se doirar a capella da dita Jrmandade.

Saibam quantos este publico instromento de contrato e obrigação virem que no anno do

nassimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e dezanove aos vinte e seis

dias do mês de Agosto do dicto anno nesta cidade de Elvas na sancrestia da Jrmandade

das Chagas de Jesus sita na igreja da See da mesma aonde eu tabaleão fis e sendo ahi

prezentes e juntos em mesa o Reverendo Padre João Mendes Leal escrivão da dita

jrmandade e Jozeph Gomes mestre alfayate resebedor e os mais mordomos que este

prezente anno servem no fim desta nosa asinados e bem assim estavam prezentes

Manoel dos Reis doirador asistente na vila de Campo Major e hora nesta dita cidade

pessoas conhesidas de mim tabeleão e logo pellos ditos escrivão resebedor e mais

mordomos da dita jrmandade foi dito em minha presensa e das testemunhas ao diante

nomeadas e asim das que elles estavam contratados com o dito Manoel dos Reis para

efeito do mesmo doirar e pintar o retabolo da capella que a dita tem feito na dita igreja

da See em frente a do Santisimo Sacramento por cuja obra estam ajustados a lhe dar

quinhentos mil reis em dinheiro de contado com as condessois seguintes que elle dito

Manoel dos Reis sera obrigado a doirar o retabollo da dita capella tudo o que for de

talha sacras evangelhos e goarda frontal do melhor ouro que para este efeito ouver e o

arco da mesma capella sera goarnesido pelas arestas com fachas de ouro a porprosão do

mesmo arco as feguras do dito retabolo serão todas estofadas e encarnadas com

encarnação polida e os estofados serão feitos com as cores mais finas que ouver de sorte

que [ilegível] que o doirado e pinturas do dito retabollo com toda a perfeisão da arte e

por conta dos ditos quinhentos mil reis lhe dão logo vinte moedas de ouro e o resto lhe

hirão fazendo pella continuação[?] da obra a qual sera obrigado o dito mestre doirador a

dar acabada perfeitamente the o prensipio de Fevereiro do anno que vem de sete centos

e vinte e a satisfação do resto da referida quantia disserão que obrigavão todos os bens e

rendas da dita jrmandade e pello dito mestre doirador Manoel dos Reis foi dito que elle

asintava este contrato na forma declarada nesta escretura e se obriga a doirar e pintar o

dito retabolo do melhor ouro e pintura que ouver, tudo athe prensipio de Fevereiro

Page 18: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

17

prosimo foturo pellos ditos quinhentos mil reis somente sem que os mordomos da dita

jrmandade fiquem obrigados a lhe dar mais cousa alguma pella dita obra, e cujo

cumprimento desse que obrigava sua pesoa e dos seos benz moveis e de rais havidos e

por haver e que para mais segurança dos ditos quinhentos mil reis ou do que delles tiver

resebido disse que oferesia por seu fiador e prensipal pagador a Manoel Morato mestre

sapateiro morador desta cidade que tambem estava prezente pello qual foi dito que ele

fiava ao dito mestre Manoel dos Reis em tudo aquillo que constar tem resebido dos

ditos quinhentos mil reis por conta da dita obra porque sendo cazo que elle falte a

fazella ou acaballa dentro do referido tempo a que fica obrigado ou não vá feita com as

sircunstancias declaradas nesta escretura elle como seu fiador e prensipal pagador quer

ser por elle o primeiro[?] executado para cujo efeito fas da divida alheja sua propria e

tudo quer satisfazer á dita jrmandade a lei[?] de depozito a cuja satisfação disse que

obrigava sua pesoa e todos seos bens moveis e de rais havidos e por haver e que

havendo demanda se obriga responder perante o dito vigario geral deste bispado que

hora he e por diante for ao qual desde logo elege por seu competente juis e por seos

despachos mandados e sentensas quer ser convensido[?] e executado para cujo efeito

disse [ilegível] fora do juis de seu foro domesilio e jurisdissão que hora tem e ao diante

tiver tudo debaixo a obrigação de sua pesoa e bens que feito tem […] assim o

oubrigarão ser feito nesta nota[?] este instrumento que estas partes aseitarão e asinarão

sendo testemunhas presentes Manoel Rodriguez mejrinho dos clérigos e Thomé Coelho

mestre sapateiro nesta cidade moradores Bento Canhão tabalião de notas [?] e declarou

o dito mestre dourador que elle hera morador na cidade no Bairro de Jesus[?] na Rua do

Valle freguesia de Santa Catherina e que tambem [?] do juis de seu foro domesilio e

jurisdissão que hora tem e ao diante tiver, e se obriga e somete a responder a qualquer

duvida perante o dito vigario geral e que renunsia todos os previlegios seos[?]

liberdades e favores [?] tudo debaixo da obrigasão que feito tem [?] da dita jrmandade

ficarão a pagar pela falta que ouver na dita obra ou ajuste [?] a qualquer dellas que

quizer testemunhas as sobreditas [?]

Escrivão da jrmandade João Mendes Leal Jozeph Gomes

[ilegível] Henrriques [ilegível] Francisco Freyre

João de Deos Manoel dos Reiz Manoel de Morato Thome de Coelho

Documento 7

Despesa com a obra de dourado do retábulo da Capela das Chagas de Jesus da Sé de

Elvas executada por Manuel dos Reis, 3 de Maio de 1720. APNSAE, Livro de despeza da Irmandade das Chagas de Jesus sita na Sée desta cidade de Elvas, 22 de

Julho de 1713, fl. 42

Finta para doirar o retabullo da capella e sahiu cada mordomo em 1.ª e 2.ª finta a seis

moedas de ouiro neste anno que fes fin em 3 de Majo de 1720

Leal

Despendeo mais o ditto reçebedor Jozeph Gomes quinhenttos mil reis que tanto custou

o doirar o retabollo da nossa capella e se deram a Manoel dos Reis mestre doirador e

morador na cidade de Lisboa e para esta despeza se fintaram os mordomos que serviam

Page 19: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

18

este anno que comessou em tres de Majo de mil e setecenttos e dezanove, e findou em

tres de Majo de mil e sete centtos e vinte em seis moedas e meja cada hum como consta

do livro da receita folhas 66 que por huma ves se fintaram em sinco moedas de ouiro e

por outra fintaram em moeda e meja como consta da ditta receita fl. 66v e de como os

despendeo os dittos quinhentos mil reis me asignei como escrivão da Irmandade Elvas

de Majo 3 de 1720

João Mendes Leal

Documento 8

Despesas com o entalhador Manuel Francisco por conta do retábulo de talha da Capela

de Nossa Senhora de Guadalupe da Sé de Elvas, 30 de Agosto de 1722, 8, 21 e 29 de

Novembro de 1722; 5, 12 e 20 de Dezembro de 1722; 3, 21 e 30 de Janeiro de 1723; 13

e 20 de Fevereiro de 1723; 13 e 30 de Março de 1723; 17 e 26 de Abril de 1723. AHME, Bispado de Elvas, Documentos de receita e despeza da Mitra, Cabido e Fabrica da Sé, 1602-

1799. Publicado por António Torres de CARVALHO, op. cit., p. 80.

Por este feito a meu rogo, e por mim asignado digo eu Manoel Francisco official de

entalhador e assistente nesta cidade que he verdade que eu recebi do muito Reverendo

Conigo o Senhor Diogo Vaas Fialho de Siqueira, como escrivão da Irmandade de Nossa

Senhora de Guadalupe dezanove mil, e duzentos reis que o Illustrissimo Senhor Bispo o

Senhor D. João de Souza Castellobranco me mandou dar para começar a obra do

retabollo que ajustei fazer com o dito Senhor por preço de cento e dés mil reis com toda

a perfeição no entalhe, e circunstancias necessarias para a ditta capella do retrato da

Senhora, em que hão de estar portas de prata, e para satisfação do contheudo neste

escrito obrigo minha pessoa, e bens, e pedi ao Padre João Gonçalves Coelho que este

por mim fizese, e como testemunha asignase o que eu fis a rogo do dicto Manoel

Francisco, e como testemunha asignei sendo mais testemunhas prezentes o Senhor

Reverendo Padre Mestre das Ceremonias Manoel Lopes Cardozo e o Senhor Reverendo

Beneficiado Antonio Alvres Tarrinho Elvas 30 de Agosto de 1722

Manoel Francisco O Padre João Gonçalves Coelho

O Beneficiado Manoel Lopes Cardozo O Beneficiado Francisco Alvares Tarrinho

Recebj mais do Senhor Reverendo Conigo Diogo Vas Fialho catro mil he oito sentos

reis para comta da obra acima Elvas 8 de Novenbro de 1722 anos

Manoel Francisco

Recebj mais meia moeda de ouro do Senhor Reverendo Conigo a comta da obra que

estou fazendo para a Cenhora daa Guadalupe Elvas 21 de Novenbro de 1722

Manoel Francisco

Page 20: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

19

Recebj do Senhor Reverendo Conigo Diogo Vas Fialho meia moeda de oiro mais por

[corroído] obra acima he por verdade me acinej Elvas 29 de Novenbro de 1722 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Diogo Vas Fialho meia moeda de oiro por conta

da obra acima he por verdade me acinej Elvas 5 de Dezembro de 1722 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Diogo Vas Fialho escrivão da Nossa Senhora da

Guadalupe meia moeda de ouro por conta da obra que estou fazendo he por verdade me

acinej, Elvas 12 de Dezembro de 1722 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Conio [sic] Diogo Vas Fialho huma moeda de ouro por

conta da obra que estou fazendo para a Senhora da Guadalupe Elvas a 20 de Dezembro

de 1722 anos.

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Diogo Vas Fialho huma meia moeda de ojro por

conta da obra que estou fazendo de Nosa Senhora da Guadalupe Elvas a 3 de Janeiro de

1723 anos

Manoel Francisco

Recebj do Cenhor Reverendo Coniguo Diogo Vas Fialho huma moeda de oiro por conta

da obra que estou fazendo para a Cenhora da Guadalupe he por verdade me acinej Elvas

a 21 de Janeiro de 1723 anos

Manoel Francisco

Recebj do Cenhor Reverendo Coniguo Dioguo Vas Fialho huma moeda de ojro a comta

da obra que estou fazendo para a Senhora daa Guadalupe he por verdade me acinej a 30

de Janejro de 1723 anos

Manoel Francisco

Page 21: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

20

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Dioguo Vas Fialho huma moeda de ouro por

conta da obra que estou fazendo para Nosa Senhora daa Guadalupe Elvas aa 13 de

Feverejro de 1723 anos

Manoel Francisco

do Cenhor Reverendo Conio [sic] Dioguo Vas Fialho seis mil reis por conta da obra de

Nossa Senhora daa Guadalupe he por verdade me asjnej Elvas aa 20 de Fevereiro de

1723 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Dioguo Vas Fialho sete mil he dozentos reis por

comta da obra que estou fazendo para a Senhora daa Guadalupe Elvas a 13 de Março de

1723 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Diogo Vas Fialho ojto mil he catro sentos reis

por conta da obra que estou fazendo para Cenhora daa Guadalupe he por verdade me

asinej Elvas aa 30 de Março de 1723 anos

Manoel Francisco

Recebj do Senhor Reverendo Coniguo Dioguo Vas Fialho sette mil he dozentos reis por

conta da obra que estou fazendo para Cenhora daa Guadalupe he vomo ho recebj me

asinej Elvas aa 17 de Abril de 1723 anos

Manoel Francisco

Recebj mais do Reverendo Coniguo Dioguo Vas Fialho vinthe he tres mil he seis sentos

reis com os oitenta he seis mil he catro sentos reis [ilegível] a thenho[?] resebj do

como[?] centos[?] dos [ilegível] resibos feitos pela minha letra he por mim asinados

comteudos nesta folha de papel [ilegível] emportancea dos cento he des mil reis por que

aiustej fazer ho retabolo para a capela de Nosa Senhora daa Guadalupe [ilegível] nesta

sidade como se ve do escrito[?] [ilegível] que fis nesta mesma[?] folha de papel

[ilegível] que estan [ilegível] fejto dos [ilegível] a prezente [ilegível] fejto he acinado

Elvas 26 de Abril[?] de mil e 723 annos

Manoel Francisco

Page 22: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

21

Documento 9

Recibo do ferreiro Manuel Rodrigues pela execução de um gradeamento que este fez

para a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe da Sé de Elvas [anos 20 do século

XVIII1].

AHME, Bispado de Elvas, Documentos de receita e despeza da Mitra, Cabido e Fabrica da Sé, 1602-

1799. Publicado por António Torres de CARVALHO, op. cit., p. 80.

Digo eu Manoel Rodriguez ofisial de fereiro morador nesta sidade de Elvas que he

verdade que heo fis humas grades para Nossa Cenhora de Guadalupe que pezarom

cincoenta arobas de fero pelo preso de 3 mil e dozemtos reis cada aroba e fizeram de

custo cento e cecenta mil reis e a comta tenho resebido da mam do Senhor Reverendo

Conigo João Rodriguez

73000 22040

50490 9600

22510 12000

73000 2250

1000

3600

50490

Documento 10

Pagamento do Cabido a Frei João da Piedade por uma planta que este fez para a

remodelação da escadaria da Sé de Elvas, 16 de Dezembro de 1728. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Documento 17, Relasão das despezas que se fizerão com as obras da

cappela mor athe que se suspenderão por ordem de Sua Magestade participada pello Sacratario de

Estado que forão carregadas no mapa e se individuão na forma seguinte, 25 de Maio de 1741, fl. não

numerado.

Na despeza do anno de 1728 para o de 1729 numero 68 se carregou a quantia de 19.200

reis que por portaria do Reverendo Cabbido de 16 de Dezembro de 1728 se mandarão

pagar ao Padre Frei João da Piedade religioso de Santo Agostinho Descalso por premio

de hüa planta que fes para se reformar a escada da porta principal da Sé por se achar

com muitos degraos quebrados e mal andamoza[?] intentando se restituilla a milhor

forma para ocazião da emtrada que El Rey Nosso Senhor fes com a familia Real na

mesma Sé na ocazião das pasagens o que não teve efeito por se abreviar a vinda do

mesmo Senhor e não ter cabido no tempo.

1 Apesar do documento não estar datado é provável que o gradeamento tenha sido executado durante ou

logo a seguir à obra do retábulo de talha da capela (1722-1723).

Page 23: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

22

Documento 11

Contribuição financeira do Cabido para o ornato da Capela do Santíssimo Sacramento

da Sé de Elvas, 20 de Janeiro de 1731. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Documento 14, Obras na Capela do Santíssimo Sacramento da Sé.

Os senhores econimos da Mitra mandarão dar aos suplicantes dois mil, e quatro centos

reis. Elvas em Cabido de 18 de Janeiro de 1731

Tesoureiro mor Pacheco

Jllustrissimo Senhor

Dizem os mórdomos da Jrmandade do Sanctissimo Sacramento da Sé desta cidade de

Elvas que elles aiustáram em meza que para milhor ornato da cappela querem mandar

fazer hüns remates de emtalhado sobre os cabildes que se fizeram de novo, em que

rrecolhem as jmsinias de prata da dita jrmandade, e tambem humas banquetas para o

altar e sacrá, e evangélho, e lavabo tudo de emtalhado, para cuia obra se simtáram, e

esperão de Vossa Jllustrissima queira comcurrer como juis que hé desta jrmandade com

sua esmolla para aiuda da dita obra pello que pedem a Vossa Jllustrissima que

atendendo ao referido queira comcurrer com a esmólla que for servido por ser a obra

comviniente para o aumento da ditta cappela

Jeronymo Rodriguez de Morais

O Depozitario das rendas da Mitra dara por conta da mesma dois mil e quatro centos

reis de esmola aos suplicantes para o Santisimo Sacramento comforme o despacho

asima e com recibo do escrivão da irmandade lho levaremos em conta Elvas 20 de

Janeiro de 1731

Dr. Pinho Garcia

São 2400 reis

Recebeo o reçebedor da Irmandade do Sanctissimo Sacramento, o Sr. João Gonçalvez

Coelho dois mil e quatro sentos reis do Sr. Capitão Francisco Freyre como depozitário

dos bens da Mitara comforme o despacho asima declarado e por assim ser na verdade

pasei o prezente que asignei, Elvas 20 de Janeiro de 1731

O escrivão o Beneficiado Jeronymo Rodriguez de Morais

Page 24: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

23

Documento 12

Acórdão do Cabido em que este decide pedir a Frei João da Piedade a realização de uma

planta para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 10 de Setembro de 1734. ACP, Bispado de Elvas, Livro 9º dos Acordaos do Reverendo Cabido, de 1727 ate 1741, p. 226.

Publicado por Francisco de Paula SANTA CLARA, O Deado da Sé d’Elvas, op. cit., p. 37.

Em Cabido de dez do corrente Setembro [de 1734] chamado com dez dias de perda na

forma de acordão supra se acordou que o senhor prezidente e secretario escrevessem ao

vigario geral dos Agostinhos Descalsos Frei Antonio dos Rejs para se[?] remeter o

irmão Frei João da Piedade para nos fazer huma planta para a obra da capela mor

Documento 13

Acórdão do Cabido em que este decide que o Deão se informasse acerca de um

arquitecto estante em Campo Maior [Sebastião Soares] para este projectar a obra da

nova capela-mor da Sé de Elvas, 8 de Março de 1735. ACP, Bispado de Elvas, Livro 9.º dos Acordaos do Reverendo Cabido, de 1727 ate 1741, p. 241.

Item que visto haver de ir a Campo Mayor o Senhor Deam se informasse de hü architeto

que ali se acha, e achando ser pessoa capas de se fiar delle o pitipe[?] da obra da capella

maior que se intenta, o ajustasse para que viesse formar juizo da obra, e fazer o mais

que fosse necessario para se lhe dar principio e se lhe daria o premio que fosse justo.

Documento 14

Pagamento da planta da nova capela-mor da Sé de Elvas ao arquitecto Sebastião Soares,

11 de Abril de 1735. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Documento 17, Relasão das despezas que se fizerão com as obras da

cappela mor athe que se suspenderão por ordem de Sua Magestade participada pello Sacratario de

Estado que forão carregadas no mapa e se individuão na forma seguinte, 25 de Maio de 1741, fl. não

numerado.

No anno de 1734 para o de 1735 numero 58 se carregou a quantia de quatorze mil e

quatro centos reis que por portaria do Reverendo Cabido de 11 de Abril de 1735 se

mandarão pagar ao arquiteto Sebastião Soares pello trabalho de hüa planta que fes para

a obra da cappela mor consta do seu recibo de 11 de Abril de 1735 14 400

Page 25: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

24

Documento 15

Acórdão do Cabido em que se pede ao Deão que reúna todos os capitulares para se

tomar uma resolução acerca da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 2 de Maio de

1735. ACP, Bispado de Elvas, Livro 9.º dos Acordaos do Reverendo Cabido, de 1727 ate 1741, pp. 245-246.

Item que o Senhor Deão chame Cabido, quando lhe parecer que estarão todos os

senhores capitulares na cidade, com pena de dez dias sem excepção de pessoa alguma

ainda que jubilado, ou coadjunto, que tambem será chamado na falta de seu coadjutor

para se tomar resolução sobre a obra da capella mayor; e se deu o cabido por acabado de

que fis termo e assinei com o Senhor Deão. Elvas ut supra

Deão Dr. Pinho

Documento 16

Acórdão do Cabido em que se nomeiam o Deão e o capitular “Pacheco” como

responsáveis pela preparação da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 12 de Maio de

1735. ACP, Bispado de Elvas, Livro 9º dos Acordaos do Reverendo Cabido, de 1727 ate 1741, p. 246.

Publicado por Francisco de Paula SANTA CLARA, O Deado da Sé d’Elvas, op. cit., pp. 37-38.

Em Cabido de 12 de Majo de 1735 se acordou, que visto estarem alguns senhores

capitulares impedidos por doensa, e outros fora da cidade, e se não poder chamar cabido

como esta determinado no acórdão supra, e não ser conveniente dilatar algumas

rezoluçois que devem proceder antes de se entrar a obra da capella maior, se nomeava o

Senhor Deão, e o Senhor Pacheco para que disponhão o que fosse necessario mandando

chamar os architectos e com minuação destes[?] preparando o mais que lhe parecer

conveniente

Documento 17

Acórdão do Cabido em que se decide que se prossiga a construção da nova capela-mor

da Sé de Elvas e que o Deão e o capitular “Pacheco” continuem como intendentes da

obra, 23 de Julho de 1735. ACP, Bispado de Elvas, Livro 9.º dos Acordaos do Reverendo Cabido, de 1727 ate 1741, p. 248.

Item se acordou se fizese, e continuase a obra da capella mayor na forma da planta dos

arquitetos por se ter avriguado estar tudo pela melhor diresão, que pode ser e os nossos

Deão e Pacheco continuasem a ser intendentes da dicta obra como ja se lhe mandou em

acordão de 12 de Mayo de 735 era ut supra

Deão Pacheco

Page 26: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

25

Documento 18

Primeira relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 23 de

Julho de 1735. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 16, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Somana que se acabou a 23 de Julho de 1735

Manoel Cardozo ………………. 5 dias com a jornada …1800

Francisco das Chagas ………….. 5 dias com a jornada …1600

Manoel Francisco ……………… 5 dias com a jornada …1500

Antonio Luis ……………………5 dias com a jornada … 1500

João Gomes ……………………. 5 dias com a jornada … 1500

Henrrique Rodrigo …………….. 6 dias com a jornada … 1400

Manoel Mendes …………………3 dias ………………… 0900

Alugueis de 4 bestas …………………………………….. 1300

Manoel Cardozo da primeira jornada …… 4 dias ……….. 1200

Da segunda jornada 2 dias e a besta ………………………1080

De huma taboa para os moldes …………………………… 0160

Nove regoas ………………. A 80 reis cada huma ………. 0720

Huma regoa de 14 palmos …………………………………0300

15860

O servente 3 dias ………………………………………….00450

16310

Sebastiam Soares

Emportou esta feria asima dezaseis mil e trezentos e des reis se nececario for a juro em

23 de Julho de 1735

Sebastiam Soares

O rendeiro da Mitra Manoel Mendes Gançozo satisfaça ao mestre Sebastiam Soares a

feria de dezaseis mil e trezentos e des reis e com recibo se levarão em conta. Elvas de

Julho 23 de 1735

Deão Pacheco

Por se achar fora o mestre Sebastiam Soares satisfaça o rendeiro da Mitra a feria acima

ao mestre João Fernandez e com recibo se levará em conta. Elvas ut supra

O Deão Pacheco

Dr. Pinho Garcia

Page 27: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

26

Documento 19

Despesas com pedra mármore de Estremoz para a obra da nova capela-mor da Sé de

Elvas, 30 de Julho de 1735. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 16, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Permeira midição que se fás ao mestre Manuel Cardozo na pedraria que tem mandado

para a obra da Cé

Em 19 pedras para a cimalha medindoselhe hum leito como dis que tinha ajustado com

o mestre Sebastiam Soares se achou ter seis sentos e trinta e sinco palmos que

multiplicados por oitenta reis emportam _________________________________50800

Mais em 9 pedras para architraves, sento e trinta e seis palmos _____ 136 palmos

Mais 4 pedras para degraos__________________________________ 88

Mais em 5 pedras para frizo _________________________________ 82

Mais em duas lagens _______________________________________ 37

Fasem estas quatro adisonis trezentos e corenta e dois palmos que

multiplicados por oitenta reis emportão em vinte e sete mil e trezentos

e sesenta reis ______________________________________________________27360

______

78160

Emporta toda a midição em setenta e oito mil e sento e sesenta reis o que tudo se fes na

verdade e se jurara se for nesecario em companhia do mestre Sebastiam Soares que aqui

asinou tambem Elvas 30 de Julho de 1735

Sebastiam Soares João Fernandez Cordeiro

Decalro pagarense mais seis tostonis a hum homem que foi a Estremos sobre a pedraria

asima Elvas ute supra _________________________________________________ 600

_______

78760

João Fernandez Cordeiro

O rendeiro da Mitra Manuel Mendes Gançoso

Satisfaça a Manuel Cardozo o importe de setenta

e oito mil sete centos e sesenta reis de pedra que tem vindo ate 30 de Julho de 735 e

com recibo se levarão em conta. Elvas de Julho 30 de 1735

Deão Pacheco

Pinho Garcia

Recebi o contuudo na ordem asima Elvas 31 de Julho 1735 Manuel Cardozo da Crus

Page 28: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

27

Documento 20

Despesas com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas,

9 de Janeiro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 16, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Midição que se fes a Manoel Cardozo e a seu jirmão na pedraria que tem mandado para

a obra da Cé em 9 de Janeiro de 1736

Tem nos pés direiros do arco ____________________________________ 400 palmos

Tem nas pedras de volta do mesmo arco ___________________________ 380

Dois degraos de 9 palmos de comprido 3 de largo ___________________ 054

Outros dois de 8 de comprido 4 de largo tronichado __________________ 076

Outros dois de 7 de comprido 3 de largo ___________________________ 042

Tem nas janellas que vão por fora que são 6 ________________________ 474

Tem nas janellas que vão por dentro ______________________________ 408

Mais hüa pedra para a cimalha ___________________________________ 027 1 2

_______

1861 1 2

Emporta a midição em mil oito sentos e sesenta e hum palmo e meio que multiplicados

por oitenta reis o palmo emportão em sento e corenta e oito mil oito sentos e oitenta

reis________________________________________________________ 148880

Tem mais dee laxedo sento e sinco palmos os quais não tem ainda prezo-

O que tudo foi medido na verdade debacho de juramento dos Santos Evangelhos. Elvas

no mesmo dia asima declarado

João Fernadez Cordeiro

Declaro que o laxedo se ajusta a corenta reis o palmo que emportão em quatro mil e

duzentos reis o que tudo declaro debacho do mesmo juramento ___________ 4200

Emporta toda a conta ____________________________________________ 153080

João Fernadez Cordeiro

O Rendeiro da Mitra Manoel Mendes Gançoso dará a Manuel Cordeiro Cotarro da vila

de Borba cento e sincoeta e tres mil e outenta reis que importarão mil e oito centos e

sesenta e hum palmos de pedra por preço de outenta reis e cento e sinco palmos de

lajeado a quarenta reis e com recibo do dito Manoel Cordeiro Cotarro se levarão em

conta. Elvas de Janeiro 10 de 1736

São 153.080 reis

Deão Pacheco

Doutor Pinho Garcia

Page 29: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

28

Documento 21

Primeira relação de trabalhadores da pedreira de Borba que extraíam o mármore para a

obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, de 10 a 21 de Julho de 1736, 25 de Julho de

1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 22, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Feria de 10 de Julho athe 21 da gente que anda nos cavoucos de Borba

O mestre Manoel Mendes – 11 1 a 420 _______________________________ 4830 2

Antonio Luis – 11 dias e 1 a 340 ___________________________________ 3910 2

Antonio Gomes – 11 dias e 1 a 340 _________________________________ 3910 2

Antonio Jozeph – 8 dias a 200 reis ___________________________________ 1600

14250

Manoel Lopes –11 dias a 180 _______________________________________ 1980

Francisco Gomes – 11 dias a 180 ____________________________________ 1980

Hum aprendis – 12 dias a 140 ______________________________________ 1680

Hum homem com sua besta 4 dias a 230 _____________________________ 0920

Dois cantaros ___________________________________________________ 0120

20930

Emporta esta feria de duas somanas em vinte mil nove sentos e trinta reis o que tudo vai

de bacho de juramento do mestre que ha asiste que asinou comigo Elvas 25 de Julho de

1736

Manoel Mendes João Fernandez Cordeiro

Depositario das rendas da Mitra satisfaça a feria dos pedreiros que andão arancando

pedra em Borba por conta da Mitra, que importa vinte mil nove centos e trinta e com

recibo do mestre João Fernandez se levarão em conta Elvas de Julho 28 de 736

Deão Pacheco Garcia

São 20.930

Rezebi o comteudo na ordem atras de que fis este rezibo que asinei Elvas, 28 de Julho

de 736

João Fernandez Cordeiro

Page 30: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

29

Documento 22

Despesas com a pedra da região de Sintra e com outros materiais para a obra da nova

capela-mor da Sé de Elvas, 2 de Setembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 22, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Despeza que fis com a pedraria e mais aviamentos que mandei vir da sidade de Lixboa

para a obra da capela major da Santa Sée de Elvas he o seguinte

De hum dia e besta em que fui a pedreira _______________________________000900

Hum ferro deluua _________________________________________________ 002400

As folhas de papel emprial _________________________________________ 001600

Tres moitoes _____________________________________________________ 003800

Ferro para o moitão ________________________________________________002200

Custou o mastro ________________________________________________ 012800

______

023700

Custou a pedra amarella e preta _______________________________________009200

Carreto para a praa _________________________________________________001400

Custou o cabo groso para o aparelho dos mastro _________________________ 023800

O barril de breu ___________________________________________________ 005860

Os dois cabos piquenos _____________________________________________ 014400

Sinco duzias de taboas _____________________________________________ 027600

Carreto para a praa ________________________________________________ 000960

_______

106920

Carreto do mastro para a praa _________________________________________01600

Frete do primeiro barco que foi a Banavente ____________________________ 012000

Dias do rapas e serventes que andarão conduzindo _______________________ 001400

Despacho e minha siza que paguii da pedra _____________________________ 01300

Carreto do barril de breu e dos cabos __________________________________ 000400

Aos mariollas que chegarão a pedra e o mais ao phe do barco ______________ 001200

_______

124820

Custo que fes Ignacio quando foi a Banavente __________________________ 004750

Huma serra ______________________________________________________ 001920

Dias e besta em que fui a pedreira _____________________________________ 02900

Frete do segundo barco quando foi a Banavente _________________________ 008800

Aos mariolas e mais serventes que chegarão a pedra ao phe do barco ________ 001600

Custou toda a pedra vermelha _______________________________________ 069580

Carreto de 34 carradas que veio para a praa ____________________________ 033000

Custou a pedra preta quando veio da pedreira __________________________ 007200

Carreto do barco _________________________________________________ 000480

________

255050

Page 31: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

30

Compra e carreto de huma carrada de pedra de brunir _____________________002300

De hum servente que foi à pedreira ___________________________________ 000300

De 20 folhas de papel emprial _______________________________________ 000800

Do treceiro barco que foi a Banavente _________________________________ 008800

Os mariolas que chegarão a pedra ao phe do barco _______________________ 001400

Serventes que andarão conduzindo para a praa __________________________ 000500

________

268950

Emporta a relação atras _____________________________________________ 268950

E de como fis a despeza asima por ordem dos Reverendos Senhor Deão e Senhor

Lourenço Marques Pacheco e ser tudo verdade o juro aos Santos Evangelhos Campo

Major 2 de Setembro de 1736

Sebastiam Soares Pinto

O depositario das rendas da Mitra satisfaça a importancia do rol acima de duzentos

sesenta e outo mil nove centos e sincoenta, e com recibo do mestre Sebastiam Soares se

levarão em conta Elvas de Setembro 2 de 1736

Deão Doutor Pinho Pacheco

Recebi do Senhor Francisco Freire depozitario das rendas da Mitra a importancia de que

fas menção a relação asima e por pacar na verdade pacei a prezente

Campo Major 2 de Setembro de 1736

Sebastiam Soares

Documento 23

Carta de José de Lima Pinheiro e Aragão dirigida ao Deão e ao capitular “Pacheco” a

pedir que as “carruagens” para a condução da pedraria de Benavente para a obra da

nova capela-mor da Sé de Elvas viessem munidas de guias assinadas pelo vedor da

obra, 19 de Setembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Documento 13, Obra da capela-mor da Sé.

Vi a carta de Vossa Jlustrissima[?] de 14 do corrente a respeito da condução da pedra

que hade ir para a ireção da capella mor dessa Catedral. Cuidarey muito em que Vossa

Jlustrissima[?] experimente em mim aquella atenção que se deve a um corpo tão nobre,

e que devo a mim, e para que não haja confuzão nas dittas conduçoens hé percizo, que

as carruages derigidas para o transporte da ditta pedra, tragão guias asinadas pelo vedor

das obras para á vista dellas as mandar dar livres, e de qualquer modo farey visível o

dinheiro[?] que tenho de servir a Vossa Jlustrissima[?]

Deos guarde a Vossa Jlustrissima[?] [ilegível] Benavente 19 de Setembro de 1736

Page 32: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

31

Muito Reverendo Senhor Deão e Cabido da See de Elvas

Jozé de Lima Pinheiro e Aragão

Respondida a 12 de Outubro de 1736 e mandouse dizer que as guias iriam rubricadas

com as rubricas ou[?] com[?] algumas dellas Deão Pacheco

Documento 24

Despesas com a pedraria da região de Sintra e de Borba, de 1 a 12 de Outubro de 1736,

para a obra da nova capela-mor da Sé, 12 de Outubro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 22, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Despeza que se tem feito com a obra de Cé desde o permeiro de Outubro por diante athe

12 do mesmo

Vierão em 3 de Outubro sinco pedras vermelhas que pezarão 95 arobas que a 140 reis

aroba ____________________________________________________________ 13300

Em 4 do mesmo vierão 3 juntas com hüas pedras de Borba que custarão _______ 04500

Em 6 do mesmo vierão 12 carretas de Benavente com 320 arobas de pedra a 140 reis

cada aroba que custarão _____________________________________________ 44800

______

62600

Em 10 do mesmo vierão duas carretas com 72 arobas de pedra vermelha e amarela a

140 reis aroba custarão ______________________________________________ 10080

Em 11 do mesmo vierão sinco carretas de Benavente com sinco pedras que pezarão 188

arobas a 140 aroba fas em ____________________________________________ 26320

No mesmo dia vierão duas juntas com a nossas carretas que custarão __________03000

_____

102000

Emporta esta relação salvo herro em sento e dois mil reis o que tudo vai de bacho do

juramento dos Santos Avangelhos. Elvas 12 de Outubro de 1736.

João Fernandez Cordeiro

O depositario das rendas da Mitra satisfaça o rol acima de cento e dois mil reis e com

recibo do mestre João Fernandez se levarão em conta. Elvas de Outubro 13 de 1736

Deão Doutor Pinho Garcia Pacheco

Page 33: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

32

Documento 25

Recibo do salário do mês de Outubro de 1736 do mestre-da-obra da nova capela-mor da

Sé de Elvas João Fernandes Cordeiro, 3 de Novembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 19, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Relação dos dias que tenho asistido na obra da Cé este mes de Outubro

1.ª somana ______________________ 6 dias

2.ª somana ______________________ 6 dias

3.ª somana ______________________ 5 1 2

4.ª somana ______________________ 6

5.ª somana ______________________ 3

________

26 1 2

Somão vinte e seis dias e meio que a 400 reis por dia emportão em 10600 reis o que

tudo juro aos Santos Avangelhos Elvas 3 de Novembro de 1736

João Fernandez Cordeiro

Depositario das rendas da Mitra satisfaca ao mestre João Fernandez des mil, e seis

centos, salario de vinte e seis dias e meio, que asistiu na obra o mez de Outubro de 736,

e com recibo se levarão em conta. Elvas de Novembro 3 de 1736

São 10.600 Deão Doutor Pinho Garcia

Recebi do rendeiro digo depozitario das rendas da Mitra o comteudo na ordem asima

Elvas 4 de Novembro de 1736

João Fernandez Cordeiro

Documento 26

Recibo do salário de quatro meses e de uma despesa com uma deslocação a Évora do

arquitecto da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas Sebastião Soares, 18 de

Novembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 19, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

O depositario das rendas da Mitra dará ao mestre Sebastião Soares sincoenta e sete mil e

seis centos reis pelo seu ordenado de quatro meses vencido em dezoito de Novembro de

1736, e dará mais dois mil e quatro centos reis pelo trabalho de ir a Evora tambem por

Page 34: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

33

conta da nossa obra da capela mayor por insinuação nossa, e com recibo se levarão em

conta. Elvas de Novembro. 18 de 736

São 60.000 Deão Pinho Pacheco Garcia

Recebi o contiudo na ordem asima, e por ser verdade a juro ao Santos Avagelhos, Elvas

18 de Novembro de 1736

Sebastiam Soares

Documento 27

Despesa com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas,

24 de Novembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 19, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Emporta a predaria que tem vindo de Antonio Francisco em trezentos e trinta e sete

palmos que a noventa reis o palmo emportão em trinta mil e trezentos e trinta reis o que

tudo vai jurado aos Santos Avangelhos Elvas. 24 de Novembro de 1736

João Fernandez Cordeiro

O depositario das rendas da Mitra satisfasa os trezentos e trinta e sete palmos de pedra

da ruivina, que tem dado Antonio Francisco se levarão em conta. Elvas de Novembro

24 de 736

São 30.330 Deão Doutor Pinho Pacheco Garcia

Resebi do depuzitario das rendas da mitara o comtiudo na ordem seginte 25 de

Novembro de 1736

Antonio Francisco

Page 35: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

34

Documento 28

Despesas com a obra da capela-mor da Sé de Elvas, nomeadamente com a pedraria da

região de Sintra, de Estremoz e de Borba, 1 de Dezembro de 1736. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 19, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Despeza que se tem feito em comdusonis de pedraria e varias rezeitas, desde 12 de

Outubro athe 1 de Dezembro

De hum homem que levou hua carta a Benavente __________________________ 0960

De duas pedras vermelhas que vierão de Benavente que pezarão 85 arobas a 15 reis

aroba ____________________________________________________________ 12750

Em 21 de Outubro vierão duas pedras vermelha que pezarão o mesmo que as de sima__

_________________________________________________________________12750

De sinco pedras pretas que se comprarão a Manuel Antunes de Estremos que tiverão

duzentos e nove palmos per midição a 100 reis cada palmo emportarão em _____ 20900

A Domingos Rodriguez o ferreiro de amanho de picaretas e alavancas que andarão nos

desmanchos da capella e hua cunhas que fés que serão para Borba __05830

Ao cordoheiro da rua do asimo de hüa dúzia de cordas que fes para as serras e mais duas

cordas mais piquenas que tinhão vindo para as mesmas serras ________________08200

Ao beneficiado Sebastião Rodriguez de cuartel das casas que tem a São João em que

asistem alguns officiais ______________________________________________04800

De duas juntas que vierão com pedras pretas e de hum dia que dis andara o carreteiro

amanhando o caminho _______________________________________________03200

De hua carretada de pedras brancas que veio em 27 de Novembro ____________ 01300

De 14 moios de cal que vierão para a caza pagou meu filho dois que devia, e o padre

João Proensa hum e o senhor conigo Lourenço Marques 1 cuarteiro, ficam a conta da

obra dois moios e tres cuarteiros que a 2050 reis emportão ________________ 22037 1

2

________

92727 1

2

Da lauda atras ____________________________________________________ 92727 1

2

Em 28 de Novembro veio a carreta grande com duas juntas e duas pedras pretas _ 0300

De 800 ladrilhos que se comprarão a rezão de 2700 reis o milheiro ____________ 0276

Acarreto delles _____________________________________________________ 0048

_____

983671

2 Emporta despeza salvo herro em noventa e oito mil e duzentos sesenta e sete reis e meio

o que tudo juro aos Santos Evangelhos. Elvas 1 de Dezembro de 1736

João Fernandez Cordeiro

Page 36: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

35

O depozitario das rendas da Mitra satisfaca o rol acima de noventa e outo mil trezentos

e sesenta e sete reis e meio, e com recibo do mestre João Fernandez se levarão em

conta. Elvas de Dezembro 2 de 736

Deão Doutor Pinho Garcia Pacheco

Rezebi do depozitario das rendas da Mitra o conteudo na ordem asima Elvas 2 de

Dezembro de 1736

João Fernandez Cordeiro

Documento 29

Despesa com pedra mármore preta de Borba para a obra da capela-mor da Sé de Elvas,

10 de Maio de 1737. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 19, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Emportou toda a pedraria preta que se achou despois desta ultima medição que se fes a

5 de Janeiro de 1737 trezentos e sinco palmos a rezão de noventa reis o palmo

emporta__________________________________________________________ 27450

Por asim ser verdade o juro ao Santos Avangelhos

Elvas 10 de Majo de 1737

Sebastiam Soares

O depositario das rendas da Mitra satisfaça os vinte e sete mil quatro centos e sincoenta

reis que constão do rol acima e com recibo do mestre do cabouco Antonio Francisco se

levarão em conta. Elvas de Mayo 10 de 1737

Doutor Pinho Garcia Pacheco

Resebi do Senhor Francisco Frere depuzitario das rendas da Mitara o comtiudo da

ordem asima Elvas em 10 de Maio de era – 1737

Antonio Francisco

Page 37: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

36

Documento 30

Despesas com a pedraria da região de Sintra e com outros materiais para a obra da nova

capela-mor da Sé de Elvas, 18 de Junho de 1737. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 18, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Rol dos gastos que tenho feitto no que foi para a obra da See da cidade de Elvas

Com[?] o almocreve de trazer as 30 moedas ______________________________ 600

De[?] hir en a pedreira de Sintra e besta _________________________________ 1.200

Cinco arobas de breu ________________________________________________ 2.500

Dois arates de pottea ________________________________________________ 1.920

Huma aroba de pedra ponba __________________________________________ 1.920

Duas canastras e cordas ______________________________________________ 560

Dois arates de vermelhão e folhas de frandes ______________________________ 240

Do despacho e mejo dia de hum trabalhador ______________________________ 180

Quarto arates de vermelhão de betume ___________________________________ 160

Hum dia meu e besta que fui a pedreira do vermelho ______________________ 960

Duas carradas de pedra de burnir ______________________________________ 4.300

De de um trabalhador que foi a pedreira de pedra de burnir __________________ 400

Custarão as pedras perttas posttas no portto em barcadas que são as

quarto pedras grandes dos paineis e o caixilho todo da boca da terbuna

que fazem por todas 13 pedras _______________________________________ 10.000

Custarão as pedras amarellas posttas no portto em barcadas que

fazem perto das 24 pedras sem embargo que vão algumas que sarradas

dão duas que sempre fazem a mesma contta da 24 ________________________ 38.000

De hum dia meu e besta quando fui ao embarce a san Jiam _________________ 1.200

De frertte de duas viagems do barco que levou esta pedraria

pertta e amarella a Banavente ________________________________________ 15.000

Custarão as seis vergas de voltta e as couzeiras de voltta que fazem

12 pedras vermelhas por ____________________________________________ 46.800

Custarão as 12 honbreiras vermelhas __________________________________ 30.000

Custarão as seis pedras de sete palmos de comprido a quarto e mejo de

largo vermelhas ___________________________________________________ 12.000

Custarão os 26 pilhares vermelhos ____________________________________ 23.400

Caretto de 34 carradas da pedreira para a praja desta pedraria vermelha_______ 32.640

_______

284.180

Seis arobas de pedra ponba __________________________________________ 11.480

De tres canastras e cordas __________________________________________ 960

De frertte do barco de tres viagems que levou toda a pedraria vermelha

a Banavente _____________________________________________________ 20.200

Dos mariolas que chegarão a pedraria vermelha da praja para o pee do

barco para se embarcar ______________________________________________ 3.200

De dois barris de breu ____________________________________________ 11.500

Cinco arobas de breu _____________________________________________ 2.400

De huma canastra e cordas ________________________________________ 250

Do despacho e trabalhadores que amdaram acarretando __________________ 300

Soma tudo trezentos e trinta e quarto mil e quinhentos ___________________ 334.500

Page 38: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

37

Tinha em meu puder trinta moedas que me troze o almocreve mais sento

e sesenta e quarto mil de huma letra mais vinte e dois mil reis de outra

letra fas tudo ____________________________________________________ 326.400

Restasseme a dever _______________________________________________ 008.100

Emportou toda a pedraria e mais aviamentos que veio de Lixboa para a obra da Santa

See de Elvas trezentos e trinta e quatro mil e quinhentos como consta da lauda atrás

São ____________________________________________________________334.500

Mais de suas comicois que forão duas __________________________________14.400

_______

348.900

Emportão estas parsellas trezentos e quarenta e oito mil e noventa reis salvo o erro

assim o juro aos Santos Avangelhos Elvas 18 de Junho de 1737

Sebastiam Soares

O depositario das rendas da Mitra satisfaça o rol acima de trezentos e quarenta, e outo

mil, e nove centos reis e com recibo do mestre Sebastiam Soares se levarão em conta.

Elvas de Junho 18 de 737

Doutor Pinho Garcia Pacheco

Recebi do Senhor Francisco Freire como depositario das rendas da Mitra o contiudo na

ordem asima Elvas 19 de Junho de 1737

Sebastiam Soares

Documento 31

Relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas em que surge pela

primeira vez o escultor Guilherme da Cruz, 27 de Julho de 1737. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 18, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Somana que se acabou a 27 de Julho de 1737

Guilherme da Crus ……………….. 8 dias com a jornada …a 960 ………………7680

Manoel Pereira …………………… 8 dias com a jornada a 400 ………………... 3200

Manoel Rodriguez …………………hum dia a 400 ………………………………..400

Diogo Gomes ……………………...4 dias a 400 ………………………………... 1600

João da Costa ……………………...4 dias a 400 …………………………………1600

Antonio dos Santos ………………..4 dias a 350 …………………………………1400

João dos Santos ……………………4 dias a 350 …………………………………1400

Page 39: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

38

Bento João …………………………4 dias a 350 …………………………………1400

Sebastiam Dias ……………………..4 dias a 340 …………………………………1360

20 040

Pedro Alexandre …………………... 4 dias a 320 ………………………………..01280

Antonio Lopes ……………………...4 dias a 320 ………………………………...01280

Vicente Fernandez …………………2 dias e meio a 320 ………………………...00800

Francisco Gonçalves ………………..4 dias a 320 ………………………………...01280

Jozeph dos Santos …………………..4 dias a 320 ………………………………...01280

Joszeph de Almeida …………………4 dias a 320 ………………………………..01280

João Rodriguez ……………………...4 dias a 320 ………………………………..01280

Antonio Mendes …………….............4 dias a 320 ………………………………..01280

Manoel de Faria ……………………..4 dias a 300 ………………………………..01200

Romão da Silva ……………………...4 dias a 320 ……………………………….01280

Jozeph de Macedo …………………..2 dias e meio a 320 ………………………..00800

Jozeph de Siqueira …………………..2 dias a 320 ……………………………......00640

Francisco Ferreira[?] ………………...4 dias a 320 ……………………………….01280

Leonardo Ribeiro ……………………4 dias a 320 ………………………………..01280

Jozeph dos Reis ……………………...4 dias a 320 ……………………………….01280

Carllos Martinz ………………………2 dias a 320 ……………………………….00640

Francisco Pinheiro[?] ………………...8 dias com a jornada ……………………... 2400

Aprendizes

João Xavier …………………………...3 dias e meio a 200 ………………………....700

Jerónimo ……………………………...4 dias a 200 ………………………………....800

Macedinho ……………………………4 dias a 140………………………………….560

Manuel ………………………………..4 dias a 100……………………………….... 400

João Nunes ……………………………3 dias a 160 ………………………………...480

Simão ………………………………….4 dias a 160 ………………………………...640

Pedro ………………………………….4 dias a 140 …………………………………560

Miguel …………………………………4 dias a 120 ………………………………. 480

Serradores

António Gomes ………………………..4 dias a 200 ……………………………….. 800

Bartolomeu Pereira …………………….4 dias a 200 ………………………………..800

Caetano João …………………………...4 dias a 200 ………………………………..800

José Vicente ……………………………4 dias a 200 ………………………………..800

Francisco de Oliveira …………………..4 dias a 200 ………………………………..800

Manuel António ………………………..4 dias a 200 ………………………………..800

Manuel da Cruz ………………………...4 dias a 200 ……………………………….800

João Baptista …………………………...4 dias a 200 ………………………………..800

Burnidores

Pedro Colau …………………………….4 dias a 300 ……………………………...1200

João Francisco ………………………….4 dias a 300 ……………………………...1200

Francisco Fernandes …………………….4 dias a 240 ………………………………960

Manuel Afonso ………………………….4 dias a 200 ………………………………800

António dos Santos ……………………..4 dias a 160 ……………………………….640

António Dias ……………………………4 dias a 160 ……………………………….640

Domingos Clavel ………………………..4 dias a 240 ………………………………960

André Afonso …………………………..4 dias a 260 ……………………………...1040

Manuel Vieira …………………………...4 dias a 300 ……………………………..1200

António Gonçalves ……………………...4 dias a 300 ……………………………..1200

Cardoso ………………………………….4 dias a 200 ……………………………...800

Page 40: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

39

Manuel Marques …………………………4 dias a 160 ……………………………...640

Manuel Cardoso ……………………….....4 dias a 160 ……………………………..640

João da Costa …………………………….4 dias a 100 ……………………………...400

João Cordeiro …………………………….4 dias a 160 ……………………………..640

José dos Santos …………………………..3 dias e meio a 160 ……………………...560

Tomé Gomes ……………………………..3 dias a 160 ……………………………. 480

António Afonso …………………………..4 dias a 260 ……………………………1040

[…]

Da carruaze que trouxerão os officiais de Lixboa …………………………………. […]

Emporta esta feria asima setenta e nove mil e nove sentos e trinta e sinco salvo o erro

assim a juro aos Santos Avangelhos Elvas 27 de Julho de 1737

Sebastiam Soares

O depositario das rendas da Mitra satisfaça a feria de setenta e nove mil seis sentos e

sincoenta e sinco reis com recibo do mestre Sebastiam Soares se levarão em conta Elvas

de Julho 27 de 737

Deão Dr. Pinho Garcia Pacheco

Recebi do Senhor Francisco Freire depozitario das rendas da Mitra o comtiudo na

ordem asima Elvas 27 de Julho de 1737

Sebastiam Soares

Documento 32

Despesa com pedra mármore de Borba para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas,

19 de Agosto de 1737. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 21, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

O depositario das rendas da Mitra dará a Antonio Francisco cabouqueiro da pedra des

mil cento e setenta reis de 113 palmos de pedra, que deu para a obra, e vinte mil reis

pelo trabalho de discobrir o penedo para as colunas e com recibo se levarão em conta.

Elvas de Agosto 19 de 737

Deão Doutor Pinho Garcia Pacheco

Importa tudo 30.170

Recebi do Senhor Francisco Frere depuzitaro das rendas da Mitara des mil e cento e

setenta reis de 113 palmos de pedra preta que veio para a capela maior asim recebi mais

Page 41: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

40

vinte mil reis do meu travalho que fis no penedo que fis adonde se ande tirar as colunas

e por ser verdade fis este por mim feito e asinado Elvas em 20 de Agosto 1737

Antonio Francisco

Documento 33

Última relação de trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 15 de

Janeiro de 1738. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 18, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Somana que se acabou a 15 de Janeiro de 1738

Guilherme da Crus …………………… 3 dias a 960 ……………………. 02880

Manoel Pereira ……………………….. 3 dias a 400 ……………………. 01200

João da Costa ………………………… 3 dias a 400 ……………………. 01200

Diogo Gomes ………………………… 3 dias a 400 ……………………. 01200

Francisco Gil …………………………. 3 dias a 350 ……………………. 01050

Manoel de Morais ……………………. 3 dias a 350 ……………………. 01050

João dos Santos ………………………. 3 dias a 350 ……………………. 01050

Antonio Lopes ………………………... 3 dias a 320 ……………………. 00960

Leonardo Ribeiro ……………………... 3 dias a 320 ……………………. 00960

11550

Pedro Alexandre ……………………… 3 dias a 300 ……………………. 00900

Jozeph Tavares ………………………...3 dias a 300 ……………………. 00900

Jozeph dos Santos …………………….. 3 dias a 300 ……………………. 00900

Jozeph de Sequeira ……………………. 3 dias a 300 ……………………. 00900

Jozeph de Macedo …………………….. 3 dias a 300 ……………………. 00900

Jgnacio Rozado ………………………... 3 dias a 300 ……………………. 00900

Carllos Martinz ………………………… 3 dias a 300 ……………………. 00900

17850

Crisphi Ferreira[?] ………………………3 dias a 300 ……………………. 00900

Manoel Rodriguez ………………………3 dias a 300 ……………………. 00900

Manoel de Faria …………………………3 dias a 300 ……………………. 00900

Manoel Gomes …………………………. 3 dias a 300 ……………………. 00900

Manoel Duarte …………………………. 3 dias a 300 …………………… 00900

Francisco Ferreira ………………………. 3 dias a 300 …………………… 00900

23250

Francisco Bombarda ……………………. 3 dias a 300 …………………… 00900

Francisco de Oliveira …………………… 3 dias a 300 …………………… 00900

Antonio Esteves ………………………… 3 dias a 300 …………………… 00900

Francisco da Silva ………………………. 3 dias a 300 …………………… 00900

Vicente Fernandez ……………………… 3 dias a 300 …………………… 00900

27750

Julio de Andrade …………………………3 dias a 300 …………………….00900

Bento da Silva ……………………………3 dais a 300 …………………… 00900

João Rodriguez …………………………. 3 dias a 300 …………………..... 00900

João de Macedo ………………………… 3 dias a 280 …………………… 00840

Francisco das Chagas …………………… 2 dias a 300 …………………… 00600

31890

Aprendis

João Xavier ……………………………… 3 dias a 200 …………………… 00600

Page 42: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

41

Heronimo …………………………………3 dias a 200 …………………… 00600

Simão ……………………………………. 3 dias a 160 …………………… 00480

Pedro …………………………………….. 3 dias a 140 …………………… 00420

Manoel ……………………………………3 dias a 100 …………………… 00300

Miguel …………………………………….3 dias a 120 …………………… 00360

Antonio …………………………………...3 dias a 120 …………………… 00360

Tomas ……………………………………..3 dias a 100 …………………… 00300

35310

Sarradores

Antonio Gomes …………………………… 3 dias a 200 ………………….. 00600

Manoel da Crus …………………………… 3 dias ………………………… 00600

Manoel Antonio …………………………… 3 dias ………………………… 00600

Antonio de Araujo ………………………… 3 dias ………………………… 00600

Caetano João ………………………………. 3 dias ………………………… 00600

João Baptista ………………………………. 3 dias ………………………… 00600

38910

Burnidores

Pedro Colau ………………………………... 3 dias a 300 ………………….. 00900

Manoel Vieira ……………………………… 3 dias a 300 ………………….. 00900

Andre Afonco ……………………………… 3 dias a 260 ………………….. 00780

Antonio Afonco ……………………………. 3 dias a 260 ………………….. 00780

Domingos Glavel[?] …………………………3 dias a 240 ………………….. 00720

42990

João Cardozo ……………………………….. 3 dias a 200 ………………….. 00600

Manoel Marques ……………………………. 3 dias a 160 ………………….. 00480

João Cordeiro ……………………………….. 3 dias a 160 …………………..00480

Antonio o Novo[?] ………………………….. 3 dias a 160 …………………..00480

De levar Guilherme da Crus para Lixboa ……...............................................02400

47910

Emporta a lauda atras …………………………………………………………. 47910

13 cargas de area com huma que ficou a 180 da pasada …………………….. 02340

50250

Emporta a feria asima sincoenta mil e duzentos e sincoenta salvo o erro asim o juro ao Santos

Avangelhos Elvas 19 de Janeiro de 1738

Sebastiam Soares

O depositario das rendas da Mitra satisfaca a feria de sincoenta mil duzentos e sincoenta reis e

com recibo do Mestre Sebastiam Soares se levarão em conta. Elvas de Janeiro 15 de 738

Deão Pacheco

Recebi do Senhor Francisco Freire depozitario das rendas da Mitra o comtiudo na ordem asima

Elvas 19 de Janeiro de 1738

Sebastiam Soares

Page 43: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

42

Documento 34

Última relação dos trabalhadores da pedreira de Borba que extraíam a pedra mármore

para a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 25 de Janeiro de 1738. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 20, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

Somana de 25 de Janeiro de 1738

Manoel Mendes _______________ 4 dias a 420 _______________________ 1680

Antonio Gomes _______________ 1 1 a 300 _________________________ 0450 2

Alixandre Afonso ______________ 1 1 a 300 _________________________ 0450 2

João Moreira __________________ 1 1 a 260 _________________________ 0390 2

Antonio Lois __________________ 1 1 a 300 _________________________0150 2

Manoel Gonsalves ______________ 1 1 a 160 _________________________0240 2

Domingos Rodrigues ____________ 1 1 a 160 _________________________ 0240 2

Luis dos Santos _________________ 1 a 160 _________________________ 0080 2

Buro da faramenta _______________ 1 1 a 060 _________________________0090 2

Manoel Francisco _______________ 1 a 180 _________________________0090 2

Mais do fereiro __________________________________________________ 11800

17220

Emporta esta feria em dezasete mil i duzentos i vinte u que juro a os Santos Evangelhos

Borba 25 de Janeiro de 1738

Manoel Mendes

Importa esta feria __________________________ 17220

Vendeu de pedra que não servia para a obra _____ 3780

Fica sendo esta feria _______________________ 13440

O rendeiro da Mitra satisfaça a feria dos cabouqueiros de Borba de treze mil quatro

centos e quarenta e com recibo do mestre Sebastião Soares se levarão em conta Elvas de

Janeiro 26 de 738

Deão Pacheco

Recebi do Senhor Manuel Gansojo o contiudo na ordem asima Elvas 26 de Janeiro de

1738

Sebastiam Soares

Page 44: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

43

Documento 35

Carta da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino para o Cabido de Elvas a solicitar

o envio de mapas mais pormenorizados das rendas da Mitra e a comunicar o desejo de o

monarca de que a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas não prosseguisse, 10 de Abril

de 1738. ANTT, Mitra Episcopal de Elvas, Documentos Particulares, Maço 2, Documento 20. Parcialmente

publicado por Francisco de Paula SANTA CLARA, O Deado da Sé d’Elvas, op. cit., p. 38.

Recebi hüa carta de Vossa Senhoria de 24 de Janeiro com o mapa das rendas da Mitra,

que Vossa Senhoria tem admenistrado, o qual vem mui diverso, do que se esperava,

pois não he mais que hum brevissimo rezumo, devendo individuar por cada hum dos

annos a receita, e a despeza, e trazer lançadas com clareza as parcella de hüa, e outra

couza. Tambem se reparou em não expressar o ditto mapa couza algüa a respeito das

dividas activas sendo evidente que as deve haver, quando não fosse por outras razões

por virem incluzos na conta os rendimentos ate a vespera do dia em que Vossa Senhoria

me escreveo. Mandame pois Sua Magestade recomendar muito a Vossa Senhoria que

remetta logo a esta Secretaria de Estado dos Negocios do Reino o ditto mapa feito com

toda a individuação; como tambem hüa rellação das rendas da Fabrica dessa Sê, e da

despeza annual que a ditta fabrica costumava ter em tempo do ultimo bispo.

Lembro tambem a Vossa Senhoria o mapa das penções que tem essa Mitra

Pello que toca a obra da capella mor, Sua Magestade que a vio, entende que sem

necessidade algüa a mandou Vossa Senhoria desfazer de todo para fabricala de novo, e

por ora não julga o mesmo ser conveniente que se prosiga esta obra, nem outra algüa

despeza, que não for indispensavelmente preciza, mas somente que mande Vossa

Senhoria hum orçamento do que custará para concluirse de todo a obra da capella mor.

E quanto âs esmollas não tem Sua Magestade divida a que se continuem a dar as

que fazem precisamente necessarias, uzandose no arbítrio, e distribuição dellas e devida

circunspecção, e fidelidade. Deos guarde a Vossa Senhoria Lixboa a 10 de Abril de

1738

Pedro da Motta e Silva

Deão, dignidades conegos, e Cabbido sede vacante da cidade de Elvas

Page 45: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

44

Documento 36

Recibo do último salário do arquitecto da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas

Sebastião Soares, 20 de Agosto de 1738. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Processo 3, Despesas com a obra da capela-mor da Sé.

O Rendeiro da Mitra satisfaça ao mestre Sebastiam Soares sete mil trezentos e vinte reis

procedidos do salario que venceu em vinte dias do mez de Janeiro de 738 dia em que

parou a obra por ordem de Sua Magestade e porque vencia treze mil trezentos e vinte do

dicto salario se lhe abatem seis mil reis do aluguer das casas da Mitra em que asiste

vencidos em Natal de sete centos e trinta e outo so se lhe deve satisfazer a quantia a

cima dos sete mil trezentos e vinte, que com recibo se lhe levarão em conta. Elvas de

Agosto 20 de 738

Deão Pacheco

São 7.320

Recebi [ilegível] Gançoso [ilegível] na ordem a sima [ilegível] Agosto de 1738

Sebastiam Soares

Obra da capella mor em que vai descontado o quartel das cazas de fronte do Palacio

vencido em Natal de 1738

7320

Documento 37

Declaração de salários dos trabalhadores da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas e

de preços de aluguer de “bestas” e de juntas de bois para a mesma obra, 25 de Maio de

1741. ACP, Bispado de Elvas, Maço 11, Documento 17, Relasão das despezas que se fizerão com as obras da

cappela mor athe que se suspenderão por ordem de Sua Magestade participada pello Sacratario de

Estado que forão carregadas no mapa e se individuão na forma seguinte, 25 de Maio de 1741, fl. não

numerado.

Declarasão dos presos dos officiaes que trabalharão na obra da cappela mor cuja

despeza vai lansada na relasão e para milhor enduvidasão[?] della se declara o seguinte

Ao architeto Sebastião Soares se constituio 20000 por mes cazas para morar em todo

tempo que durou a obra

Ao mestre João Fernandez Cordeiro que servio de apontador da obra e tinha a seu cargo

vigiar officiaes que trabalhavão nella 400 reis pellos dias que asistia somente

Page 46: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

45

Ao escultor Guilherme da Crus 960 reis por dia a quem se deu cama e cazas

Aos canteiros se ajustou o jornal conforme o prestimo de cada hum e encomodo que lhe

rezultava de de asistir na obra considrada a destancia das suas patrias e deficuldade de

asistirem nesta cidade onde trabalhavão e por iso se pagou alguns a 400 reis por dia e se

lhe derão cazas para morarem a outros se pagou a 350 reis por dia, a outros a 320 por

dia a outros a 300 reis por dia

Aos aprendizes de canteiros se pagou comforme o prestimo de cada hum e asim a huns

se pagou a 100 reis a outros a 160 reis a outros a 140 a outros a 120 e alguns a 100 reis

Aos serradores se pagou a 200 reis cada hum por dia

Aos burnidores se pagou comforme o prestimo de cada hum e asim a alguns se pagou a

300 reis a outros a 260 reis a outros a 240 reis a outros a 200 reis a outros a 160 reis

Aos alvanes se pagou a 300 reis por dia e a outros a 240 reis por dia e os aprendizes a

180 reis serventes de alvanes a 140 e outros a 160 reis

Caboqueiros a 300 reis

No cabouco de Borba se pagavão os caboqueiros com ferramenta a 420 reis sem

ferramenta a 340 reis e a 200 reis e a 30 [sic – leia-se, certamente, 300] reis e a 180 reis

comforme o prestimo de cada hum

Aos carpinteiros se pagou a hum a 300 reis e outros a 240 reis comforme o prestimo de

cada hum

As bestas de aluguer nesta cidade para comdusões de area e de emtulho se alugarão a

180 reis cada hüa

As juntas de boes se alugavão para ajudarem as da mitra se pagavão a 1500 reis por

junta e a 1600 reis em cada jornada comforme a necessidade dellas e distancia da

condução as carretadas da pedraria de Benavente que não podia vir nas carretas da mitra

por não serem estas bastantes[?] para a condusão de toda a pedraria se pagarão hüas a

4800 reis e outras a 4000 reis comforme a necessidade que havia de aviamentos para se

trabalhar na obra

Page 47: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

46

Documento 38

Solicitação do bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio ao rei D. João V para

este fazer mercê dos acréscimos dos celeiros comuns e dos bens de raiz da comarca de

Elvas para com eles se continuar a obra da nova capela-mor da Sé de Elvas [1743]. AHME, Memórias escriptas por Ordem do Ex.mo Snr D. Balthasar de Faria Bispo desta Dioceze de

Elvas de algumas Couzas Succedidas com elle Respectivas ao seu Officio Pastoral, s.d., MS/118, fl. 26.

Referenciado por Francisco de Paula SANTA CLARA, “D. Balthasar de Faria Villas-Bôas e Sampayo”,

op. cit., pp. 52-53.

Senhor

Apresenta a Vossa Magestade o Bispo de Elvas, que entrando elle na sua diocese achou

demolida a capella mor da sua igreja Cathedral, e o coro posto no corpo da igreja de

sorte que a occupa quasi toda: e querendo o supplicante mandar preparar o seu trono

episcopal, se fez com tal aperto, que as funções pontificaes se executão com grande

descómodo, sendo preciso que a sua cadeira fique em lugar mais alto que o altar mór,

faltandose sem remedio em muitas cousas á observancia do ceremonial, por embaraço

do sitio: e sendo ainda necessaria para se acabar a obra huma grande soma de mil

cruzados, se achou o supplicante com a desolação de não puder entrar nella; pois he

impossível que nem da fabrica da igreja, nem da renda da mitra se possa fazer. E porque

nos depositos comuns de trigo, que ha nas terras daquella comarca se achão

accrescimos, dos quaes Vossa Magestade costuma fazer merce para algumas obras

publicas, de que ha muitos exemplos, o que tambem cede em beneficio dos moradores,

que tem prejuiso em que os celeiros estejão muito avultados: e tambem se achão

accrescimos nos bens de raiz, com os quaes se pode principiar a dita obra e irse

continuando com esperança de se concluir: e a attenção áquella igreja he digna da real

piedade de Vossa Magestade assim por ser do padroado de Vossa Magestade como pela

impossibilidade do supplicante: por tanto

Peço a Vossa Magestade lhe faça merce dos accrescimos dos celeiros comuns, e dos

bens de raiz da comarca de Elvas para com elles fazer a obra da dita capella mor,

durando esta concessão athe que a mesma obra esteja perfeitamente acabada.

E S.M.

Page 48: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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Documento 39

Contrato notarial celebrado entre o procurador do bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas

e Sampaio e os mestres pedreiros Gregório das Neves Leitão e José Francisco de Abreu

para a continuação e conclusão da obra da nova capela-mor da Sé de Elvas, 12 de Maio

de 1746. ADPGT, Cartório Notarial de Elvas (1.º Ofício), CNELV/4/1/220, fls. 103v.-106v. Documento

conhecido, embora não citado, desde Francisco de Paula SANTA CLARA, “D. Balthasar de Faria Villas-

Bôas e Sampayo”, op. cit., p. 54, e publicado na integra, em versão castelhana, por Miguel Ángel

VALLECILLO TEODORO, Retablística Alto-Alentejana (Elvas, Villaviciosa y Olivenza) en los siglos

XVII-XVIII, op. cit., pp. 327-330.

Escriptura de contrato que fás o Excelentissimo e Reverendissimo Senhor D. Balthazar

de Faria Villas Boas por merce de Deos e da Santa See Apostolica Bispo desta cidade e

Bispado de Elvas do Concelho de Sua Magestade que Deos guarde por seu procurador o

Dr. João de Macedo com Gregorio das Neves Lejtam e Joze Francisco de Abreu mestres

pedrejros asistentes nesta cidade.

Sajbam quantos este publico instromento de contrato e obrigasam e fiansa virem que no

anno do nascimento de nosso Senhor Jhesus Christo de mil sete centos e quarenta e seis

aos doze dias do mes de Majo do ditto anno nesta cidade de Elvas e cazas de morada do

Reverendo Doutor João de Macedo promotor deste Bispado onde eu tabeliam fuj, e

sendo elle ahy prezente como procurador do Excelentissimo e Reverendissimo Senhor

D. Balthazar de Faria Villas Boas por merce de Deos e da Santa See Apostolica Bispo

desta cidade e Bispado de Elvas do Concelho de Sua Magestade que Deos guarde [?]

como constou de sua procurasam, que no fim desta notta hirá lançada, e bem assim se

achavam tambem prezentes Gregorio das Neves Leytam, e seu companheyro Jozé

Francisco de Abreu mestres pedreyros asistentes nesta cidade e João Loppes Ribejro e

Manoel Affonço estallajadeyro da Estallage de Sam João de Deos e João Baptista

mestre alfayâte moradores todos desta cidade pessoas, que eu tabalião conheço e dou

fee serem as proprias aqui contheudas, e logo pello ditto Reverendo Doutor João

Macedo foy ditto em minha prezensa e das testemunhas ao diante nomeadas e

asignadas, que elle em nome do ditto Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo

seu constituhinte se acha ajustado e contratado com os sobredittos Gregorio Neves

Leytam e seu companhejro Jozé Francisco de Abreu mestres pedreyros para effeyto

destes continuárem, e comcluirem a obra da cappella major da igreja da Santa See desta

cidade, e juntamente huma caza de orattório que o ditto Excelentissimo e

Reverendissimo seu constituhinte manda fazér no seu pallacio, cujas óbras tem ajustado,

e com effeyto as ajusta por este instromento com os sobredittos mestres com as

clauzullas condisois, e obrigasois seguintes, que tanto que a ditta capella mayor da

igreja da ditta Santa See, como a caza do oratorio hande ser feytas comforme os riscos,

que para as dittas obras se fizeram que se acham asignados por sua Excelência, e pellos

dittos dois mestres pedreyros sem que as dittas obras tenham deminuisam alguma dos

dittos riscos, e alem destes faram ábobadas da ditta cappella mayor de tejolo com suas

janellas para lus da mesma capella major, e o numero dellas será aquelle que se julgár

que hé bastante, e o chadres o hande fazér de pedra branca e pretta, faram mais quattro

sepulturas na ditta capella mayor, duas nos presbistterios, e no cruzeyro ás que

couberem, como antiguamente estávam, e hum depozito em hum dos ládos no lugár que

se detreminava para a credencia com aquella preffeysam, e órnátto que en táes obras se

premite tudo com meteriáes de boa condisam e capázes das dittas obras, e pellas dittas

Page 49: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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obras ajustadas lhe hade dar o ditto Excelentissimo e Reverendissimo seu constituhinte

quatro contos, e quatro centos, e quarenta e outto mil mil reis em dinheyro de contado

da moeda hora corrente neste reyno de Portugal, e alem do ditto dinheyro lhe dá mais

por este instromento todas as pedrarias lavradas, e por lavrár, que se acharem asim na

obra como em quálquer parte que se acharem, que sejam pertencentes a mesma obra, e

da mesma sorte lhe dá por este instromento = câl, alvanaria, madeyras, ferros, cordas,

carros, telhejros, e tudo o máis que para as dittas obras estava comprádo tudo no estado

em que se âcha para poderem uzár dos dittos effeytos e meteriáes nas dittas obras ou em

outras quaesquer como donos absollutos delles, porem com tal condisam, que seram

obrigados os dittos mestres pedrejros, a dár as dittas obras findas e acabádas de tudo o

que pertence a officio de cantejro, e alvane dentro do tempo de tres annos que faram

principio hoje dia da factura desta escriptura, e cazo, que faltem por cauza de

fallecimento ou outra qualquér a dárem as dittas obras findas, e acabadas no ditto tempo

seram obrigados a repor os mesmos petreyxos de que seram entregues por huma

rellasam, que asignaram, e os pagamentos do ditto preso de quatro contos, e quatro

centos e quarenta, e outto mil reis porque ajustaram as dittas obras lhos hade fazér o

ditto Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo seu constituhinte pella maneyra

seguinte // logo ao signár desta escriptura lhe hade dar outto centos e quarenta mil reis

digo e quarenta e outo mil reis, que com effeyto o ditto Reverendo procurador o Doutor

Joao de Macedo logo ao signar desta escriptura lhos entregou e contou em dinheyro de

contado da moeda hora corrente neste reyno de Portugal os quáes os dittos mestres

pedreyros receberam sem que delles lhe faltace couza alguma por recebér, o que pasou

parante mim tabalião, e das dittas testemunhas os quáes lhe dá adiantados para

principiarem, e acabarem a caza do orattorio e para continuarem hum dos lados da

capella mayor da See thé o porem na simalha, e logo que o ditto ládo for acabado, lhe

dará mais dois mil cruzados para continuarem outro ládo, e o comcluirem na forma do

primeyro, e findo elle lhe dará mais tres mil cruzados para fazerem o retábolo, e

acabado, e findo, que seja o retábolo, lhe dara mais outros tres mil cruzados, com os

quaes seram obrigados a findar as dittas obras deyxandoas preffeytas, e acabadas, e o

resto lho hade dár depois de finalizadas as dittas obras de tudo conforme, o que

mostram nos dittos riscos, e tudo o mais deduzido nesta escriptura porque na forma

della e com todas as mais clauzullas condisois e obrigasois deduzidas nesta escriptura

dice o ditto Reverendo o Doutor João de Macedo em nome do ditto Excelentissimo e

Reverendissimo Senhor Bispo seu constituhinte lhe havia as dittas obras por ajustadas e

se obrigava fazerlhe este contrato bom seguro, e depás e fazerlhe bons os dittos

pagamentos na forma referida sob obrigasam das rendas do ditto Excelentissimo e

Reverendissimo seu constituhinte. E pellos dittos mestres pedrejros Gregorio das Neves

Leytam e seu companhejro Joze Francisco de Abreu que prezentes estavam foy ditto,

que elles aceytavam as dittas obras da capella mayor da Santa See, e caza do oratorio

para as continuárem e acabarem, e este ajuste, e contráto da mam do ditto Reverendo

Doutor procurador do ditto Excelentíssimo, e Reverendissimo Senhor Bispo seu

constituhinte pello tempo e preso nesta nesta escriptura declarádos e con todas as mais

clauzullas condisois e obrigasois nella deduzidas, que tudo se obrigam cumprir muito

pontualmente sem falta quebra nem deminuisam alguma dos riscos, e o mais neste

instromento contheudo, e que havendo duvida diceram se obrigam respondér a ella

parante o Doutor juis de fora do geral desta cidade que hora hé e ao diante for, ao qual

desde logo ellegem por seu competente juis e por seos [?] mandádos e sentensas querem

ser convencidos e executados para cujo effeyto diceram que se dezaforam do juis de

seos foros domecilios e jurisdisois, que hora, e ao diante tiverem, e que renunciam todos

os previllegios leis liberdades e favores prezentes, e futuros de que valler se posam

Page 50: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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ferias excepções[?], e particullares os nove dias de doente e anojado os sinco, que a lej

dá do impedimento dos procuradores e estes de hembargos sempre obrigadas suas

pesoas e todos os seos beis moveis, e de rais havidos, e por haver ao cumprimento e

satisfasam desta escriptura, e para mais seguransa das suas pessoas diceram o ditto

Gregório Neves Lejtam que frecia por seu fiador á sua pesoa ao ditto Joam Baptista

mestre alfayate, que prezente estava, e o ditto Jozeph Francisco de Abreu ao ditto

Manoel Affonço que também se achava prezente pellos quaes dittos fiadores foy ditto

que elles se obrigavam por este instromento dár conta das pesoas dos dittos mestres das

obras o ditto Joam Baptista de Gregorio Neves Leytam =; e o ditto Manoel Affonço de

Jozeph Francisco de Abreu e a tellos promptos nas dittas obras the estas serem de todo

findas, e acabadas na forma desta escriptura; com tal condisam porem, que vivendo o

ditto Gregorio Neves Leytam todo o tempo que durarem as dittas obras, que devem ser

oss dittos tres annos elle ditto fiador fica obrigado com o ditto Gregorio Neves Leytam a

satisfasam da ditta obra e pesoa do sobreditto Gregorio Neves Leytam, e morrendo este

nam será obrigado elle fiador a couza alguma, e do mesmo modo e a mesma condisam

dice o ditto Manoel Affonço queria se verificace com elle, e o ditto Jozé Francisco de

Abreu, a quem fia na mesma manejra para cujo effeyto diceram os dittos fiadores Joam

Baptista e Manoel Affonco se submetiam en todas as clauzullas condisois e obrigasois

desta escriptura, e que ao cumprimento, e satisfasam della obrigavam, todas as suas

pesoas, digo obrigavam suas pesoas e todos os seos beis moveis e de rais havidos e por

havér, e para mais seguransa dos dittos dois mil cruzados e quarenta e outto mil reis,

que receberam adiantados ao signar desta escriptura diceram os dittos mestres

pedreyros, que offreciam por seu fiador e principal pagador ao ditto Joam Loppes

Ribeyro que prezente estava, pello qual foy ditto que elle fiáva aos dittos Gregorio

Neves Lejtam, e Jozeph Francisco de Abreu nos dittos dois mil cruzados, e quarenta e

outto mil reis que ja receberam por esta escriptura adiantados para as dittas obras porque

sendo cazo que elles dittos mestres nam dem enteyra satisfasam do primejro lado da

ditta capella major para que lhe foram dados dados asim como por esta escriptura ficam

obrigados elle como seu fiador, e principal pagador quer será [?] executado como

original devedor do que restár do ditta quantia avaliada para a obra que se achar feyta

com o ditto dinhejro, que se lhe leva en conta para cujo effeyto dice que fás da divida

alheja sua própria, e tudo o que restar da ditta obra na forma referida quer satisfazér ao

ditto Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo a ley[?] de depozito como também

se faltárem ou se retirarem com a ditta quantia se obriga como com original[?] devedor

ao ditto Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo para cujo effeyto dice que fazia

da divida alheya sua própria e se submetia en todas as clauzullas condisois e obrigasois

desta escriptura e que ao cumprimento e satisfasam della dice obrigava sua pesoa e

todos os seus beis = Procurasam de que nesta se faz mensam hé do theor e forma

seguinte// Dom Balthazár de Faria e Villas Boas por merce de Deos, e da Santa See

Apostholica Bispo desta cidade e Bispado de Elvas do Conselho de Sua Magestade [?]

= Por este nosso alvará de procurasam fazemos nosso procurador em tudo bastante ao

Reverendo Doutor João de Macedo nosso prometor para que posa cellebrár huma

escriptura de contráto soubre a obra da cappella mor na forma de huma menutta feyta

com as condisois e clauzullas que nos parecem convenientes, que lhe damos para o ditto

effeyto, e poderá asignár a ditta escriptura com todas as mais clauzullas, que lhe

parecerem convenientes, que para tudo lhe damos todos os poderes em dereyto

necesarios, e os mesmos lhe concedemos para que posa intentár aquella accam, que lhe

parecér mais conveniente contra os cappelláes das freguesias do campo deste bispado

para que se posa julgár serem as suas cappellanias amoviveis ad nutum segundo a

natureza que tem, e poderá substaballecér esta procurasam em hum e muitos

Page 51: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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procuradores ficando cada hum contidos os poderes in sólidum, e o que por cada hum

for feyto o havemos por firme a valliozo sub obrigasam de nosas rendas = Dada em

Elvas sub nosso signal, e sello de nosas armas aos outto de Mayo de mil sette centos, e

quarenta, e seis = Balthazar Bispo de Elvas = lugar do sello = E nam continha mais a

ditta procurasam que aqui lancey a que me reportto a qual entreguej ao ditto Reverendo

Doutor procurador que de como a recebeu asignou nesta escriptura e pello mais tocante

a ella em testemunho de verdade asim a a outorgaram e mandáram nesta notta ser feyto

este instromento que estas partes aceytaram e asignaram depois desta lhe ser lida por

mim tabaliam parante as testemunhas que foram prezentes Antonio Jozé [?] escrivam do

ecleziastico, e Reverendo Benefficiado Joam Mendes Justinianno moradores nesta

cidade parante as quaes declarou o ditto Reverendo procurador que pello fiador ao

dinhejro dizer nam queria fiar mais que o dinhejro adiantado que se da por esta

escriptura ajustou com os dittos mestres pedrejros a que dariam fiador para o novo

dinhejro que receberem a satisfasam de Sua Excelencia testemunhas[?] ao sobreditto

Manoel da Ponte Caldeyra tabaliam de nottas o escrevj

João de Macedo João Lopes Ribeiro

Jozé Francisco de Abreu

Gregorio Neves Leitam

Manuel Affonso

João Mendes Justiniano

Antonio Joze [?]

Documento 40

Sentença de premissas de dois breves papais que concedem os rendimentos do extinto

Convento de Nossa Senhora da Conceição de Olivença à Fábrica da Sé de Elvas para as

obras da nova capela-mor da Catedral, 25 de Novembro de 1749. ANTT, Mitra Episcopal de Elvas, Documentos Particulares, Maço 4, Documento 7. Um documento com

o mesmo teor deste foi publicado por Francisco de Paula SANTA CLARA, “D. Balthasar de Faria Villas-

Bôas e Sampayo”, op. cit., pp. 54-56.

Dr. João de Andrada da Foncequa Prothonotario Apostolico de Sua Santidade vigário

geral e juis dos reziduos em esta cidade e Bispado de Elvas, que tambem de prezente no

mesmo sirvo de provizor juis dos cazamentos, e das justeficações de genere pello

Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas por

merce de Deos e da Santa Sê Apostolica e Bispo desta dita cidade e Bispado, e do

Concelho de Sua Magestade que Deos Guarde. A todos os muito reverendos senhores

doutores provizores vigarios geraes, especiaes, e da vara, reytores, curas, cappellaens,

clerigos de missa, e de ordens sacras tinminoribus, notarios apostolicos, escrivaens de

eccleziastico, e mais pessoas delle; e bem asim a todos os senhores doutores

corregedores, provedores ouvidores, contadores, julgadores juízes justiças, offeciaes, e

Page 52: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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mais pessoas della assim da jurisdição eccleziastica, como secular de todos estes reynos

e senhorios de Portugal, aquelles a quem, e parante quem e ante os quais aonde quer que

esta minha carta de sentenca extrahida e rezumida dos auttos do processo em forma for

aprezentada e o conhecimento della pertenser, e seu devido efeito enteyro cumprimento

e real execução da mesma da parte da Santa e Madre Jgreja de Roma e da minha muito

por merce se pedir e requerer por qualquer via forma modo maneira rezão ou ocazião

que seja e ser possa em direito melhor lugar haja faço lhes digo lugar haja saude e pas

para todo o sempre em Jezu Christo Nosso Senhor que de todos he verdadeiro remedio e

salvação faço lhes saber em como parante mim e neste meu juizo e autorio[?]

eccleziastico se tratarão correrão e processarão e por mim finalmente forão vistos,

detreminados e setenciados huns auttos de cauza e materia civel em vertude de huns

breves passados na Curia Romana alcançados a favor da Fabrica da Sê desta dita cidade,

e a instancia do Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo desta mesma cidade

com o tudo ao diante e pello discurso desta minha sentença se fará mais larga expressa e

declarada menção; e pellos ditos auttos e termo da aprezentação delles se via e mostrava

que sendo no anno do nascimento de Nosso Senhor Jezu Christo de mil sette centos

quarenta e nove annos aos des dias do mes de Novembro do dito anno nesta cidade de

Elvas nas cazas de morada do escrivão da camara episcopal deste mesmo Bispado que

esta subscreveo ahy por parte do doutor procurador da Mitra deste Bispado lhe fora

aprezentada a petição e breves com ella ao diante juntos passados na Curia Romana a

favor da fabrica da Sê desta cidade a instancia do Excelentissimo e Reverendissimo

Senhor Bispo da mesma e artigos de premissas tambem juntos dos ditos breves que tudo

o dito escrivão lhe tomara e em cumprimento do meu despacho na dita petição posto e

aos auttos hade[?] ajuntara e era o que se seguia com o mais em verdade delles

processado Franscisco Pereyra escrivam da camara episcopal e notario apostolico de

Sua Santidade que o escrevera segundo que assim e mais largamente constava e parecia

do termo da dita aprezentação e rosto dos ditos auttos junto aos quais se via logo e

mostrava a petição do theor e forma seguinte. Dis o procurador da Mitra deste Bispado

que a favor da Fabrica da Cathedral do mesmo e a instancia do Excelentissimo e

Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo desta cidade e

Bispado concedeo Sua Santidade a graça dos breves que aprezenta com os computos

das suas despezas, e porque quer ajuizar os mesmos justeficando as premissas delles

pede a vossa merce seja servido ao remetido ajuste ficar e deduzir as premisas dos ditos

breves e constando da verdade dos mesmos haver lhas por provadas julgandoas por taes,

e por bons os breves, e sem vicio a graça por elles concedida para de tudo haver sua

setença e receberá merce segundo que asim se continha e declarava em a dita petição a

qual sendo me aprezentada com os ditos breves nella proferi o meu despacho do theor e

forma seguinte deduzindo as premissas por artigos e autuados como os breves o

escrivão e notario Francisco Pereyra me fassa tudo comcluzo Elvas des de Novembro de

mil sete centos e quarenta e nove //Andrada// segundo que asim se continha e declarava

em o dito meu despacho posto na dita petição a qual sendo asim junta aos auttos logo

pellos mesmos se via e mostrava estar a elles tambem juntos e autuados os breves de

Sua Santidade de que a dita petiçam fas menção cujo theor e forma delles de verbo ad

verbum he o seguinte. Primeiro breve […]. 2.º breve […].

Segundo que asim se continha e declarava era contheudo escripto e declarado em os

ditos breves os quais sendo asim juntos aos auttos logo pellos mesmos se via e mostrava

os artigos justeficativos de premissas cujo theor e forma delles he o seguinte e por

artigos justeficativos de premissas dos breves juntos passados na Curia Romana a favor

e instancia do Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e

Villas Boas Bispo desta cidade e Bispado de Elvas dis o procurador da sua Mitra que se

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cumprir. Provará que o Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de

Faria e Villas Boas he Bispo desta cidade e Bispado e o mesmo de que fazem menção

os breves juntos do Santissimo Padre e Senhor Nosso Benedicto dessimo quarto hora na

Igreja de Deos prezidente que a seu favor e instancia se passarão na Curia Romana para

o fim que nelles se declara provara que necessitando a jgreja Cathedral desta cidade e

Bispado de se refazer o coro de paramentos, e de renovar e instaurar o edeficio da

capella maior por estar antiquado e com falta de luz detreminou o Reverendo Cabbido

sede episcopal tume[?] vacante remediar huma e outra necessidade pellos redditos e

fructos da meza episcopal juntos, e depozitados durante a larga vacancia da ditta Sê e

com efeito deu o Reverendo Cabbido sede vacante principio a obra de redificação e

instauraçam da capella major provara que despois de principiada a dita obra sobreveio a

aplicação que por autoridade apostolica se fes das terssas e quartas partes de todos os

fructos redditos e proventos das mezas de todas as jgrejas archiepiscopaes, e episcopaes

dessez reynos de Portugal e Algarves a meza capitullar da Jgreja Patriarchal de Lisboa e

contribuindo por isso o Reverendo Cabbido sede vacante desta cidade para a meza

capitular da dita Jgreja Patriarchal com huma grande soma de dinheyro a que se fes a

conta, e computo desde o principio da Sê vacante ficou tam exausto o cofre e deposito

da meza episcopal desse Bispado que foy necessario parar como parou a instauração e

obra da cappella maior e deichala imperfeita, e não acabada como na verdade estava

imperfeita e não acabada em o mes de Mayo de mil sete centos e quarenta e sete tempo

em que foy concedida a graça do primeiro breve junto, e em o mes de Fevereyro do

anno de mil sete centos e quarenta e outto tempo em que foy concedida a graça do

segundo breve e tambem junto provara que com a obra da cappella mor asim imperfeita

e por acabar ficou a igreja Cathedral dessa cidade com grande incomodidade, e

indecencia para os officios divinos, e maior conciderada a situação em que se acha esta

cidade por fazerem por ella caminho muitas vezes os nuncios da Se apostólica, e

embaxadores dos reys que passão mandados a corte de Lisboa provara que a meza

episcopal deste Bispado he das menores deste reyno, e pella referida aplicação das

terssas partes a meza capitular da Jgreja Patriarchal, e por outros encargos a que he

obrigada esta meza episcopal ficarão tam diminutos os seus redditos que são quazi

deziguaes para delles poder sustentar o Excelentissimo Prellado deste Bispado o seu

estado com a decencia que pede a dignidade episcopal, e não lhe resta com que poder

fazer a grande despeza da obra e instauração da cappella mor. Provara que na villa de

Olivença deste Bispado que he huma das praças que defende este Reyno situada nos

confins do mesmo na arraia de Castella se fundou e eregio hum mosteiro de freyras da

Ordem de São Francisco, e da invocação de Nossa Senhora da Conceiçam cujas freyras

por evitarem os tumultos e descomodos da invazão da guerra com que foy combatida

aquella vila pellos jnimigos deste reyno por ocazião da aclamação del Rey Dom João o

quarto deste nome em Portugal deixarão o dito mosteiro passando para outros da mesma

ordem mais seguros, e ficando por este motivo dezerto aquelle mosteiro o prelado que

então era deste Bispado, e os mais que lhe sucederão por rezão de seu pastoral officio

tomarão a administração dos bens e rendas do tal mosteiro, e os tem tratado e

administrado fielmente como ainda hoje os administra o Excelentissimo Senhor Dom

Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo desta cidade e Bispado, tanto asim que no

decurço de tantos annos depois da dezerção do ditto mosteiro se tem feito e acha haver

hum grande montante de dinheyro proveniente dos redditos de tal mosteiro. Provara que

o ditto mosteiro dezerto dificultozamente se poderá reduzir ao seu antigo estado não sô

porque o seu edificio em rezão da guerra e de não ser habitado muitos annos padeceo

ruina, mas tambem porque o ditto mosteiro passou a ser hospital dos soldados infermos

da guarnição daquella praça habitado pellos relligiozos da Ordem de São João de Deos

Page 54: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

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que ainda de prezente nelle habitam curando e tratando dos soldados infermos, e

tambem porque atendendo a ser a cituação da villa de Olivença na arraya de Castella

fica o dito mosteiro sogeito as perturbaçoes da guerra e dezacomodado para o socego

que devem ter as rellegiozas dedicadas a Deos. Provara que pellas referidas cauzas o

Santissimo Padre e Senhor Nosso Benedicto dessimo quarto na Jgreja de Deos

prezidente pello primeyro breve junto separou e apartou do monte proveniente dos

redditos daquelle mosteiro dezerto da villa de Olivença outto mil cruzados que aplicou a

Fabrica da jgreja Cathedral desta cidade concedendo ao Excelentissimo Reverendissimo

Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo da mesma a faculdade e licença de

os dispender, e gastar na obra da instauração da capella mor da mesma Cathedral, e não

em outra couza separando outro fim mais daquelle monte e redditos do mosteiro dezerto

todas e quaisquer despezas feitas com a expedição do dito breve para as haver e pagar

pellos redditos do dito monte ou mosteiro sem que o excelentissimo prelado e bispo

desta diocese nem os que lhe sucederem fiquem obrigados a refazer e pagar ao dito

mosteiro ou monte de seos redditos couza algüa dos outto mil cruzados nem das

despezas da expedição do breve da sua concessão cujas despezas pello seu computo

autentico que também se ajunta consta importarem a quantia de cento e vinte e quatro

mil outto centos e sincoenta reis. Provará que por não chegarem aquelles outto mil

cruzados para se acabar a obra e instauração da cappela mor foy o mesmo Santissimo

Padre e Senhor Nosso servido pelas mesmas cauzas conceder mais a Fabrica da

Cathedral desta cidade quatro mil cruzados que pello segundo breve junto separou e

apartou do monte e redditos do sobredito mosteiro com faculdade de se gastarem na

continuação e complemento da obra e instauração da cappella mor separando outro fim

do mesmo monte e redditos a despeza da expedição do segundo breve que pello seu

computo autentico que se ajunta consta importar noventa e seis mil e sincoenta reis para

estes com os quatro mil cruzados se haverem do monte dos redditos daquelle mosteyro

dezerto na mesma forma, e com as mesmas faculdades e izençoes que a graça do

primeiro breve. Provará que a obra e instauração da cappella mor se acha completa e

finda e nella se despenderão e gastarão aquelles doze mil cruzados concedidos, e

aplicados pellos breves juntos, e ainda concorreo com bastante porção o Excelentissimo

e Reverendissimo Senhor Bispo para mayor perfeição do edifício. Provarâ que nos

termos referidos e nos de se acharem sem vicio os breves juntos e constar da verdade

das premissas se devem as mesmas julgar provadas, e por bons sem vicio de obreção e

subreção os breves juntos, e as graças por elles feitas e asim espera se julgue //fama

publica// pede recebimento e cumprimento de justiça e custas// segundo que asim se

continha e declarava era contheudo e escripto e declarado em os ditos artigos de

premissas os quais sendo asim tambem juntos aos auttos e sendome os mesmos feitos e

lavados comcluzos e por mim vistos nelles dera e proferira o meu despacho do theor e

forma seguintes recebo os artigos de premissas o justificante de prova aos mesmos

Elvas doze de Novembro de mil sete centos e quarenta e nove //Andrada// segundo que

asim se continha e declarava em o dito despacho o qual sendo asim por mim dado e

havido por publicado e mandado cumprir e guardar asim e da maneira que em elle se

conthem e declara como tudo melhor e mais largamente constava e parecia do termo da

sua publicação em vertude e cumprimento do qual dera o dito justeficante prova a seos

artigos de premissas por testemunhos que por mim lhe forão preguntadas cuja prova

sendo tambem autuada e junto aos auttos sendo me os mesmos feitos e levados

comcluzos e por mim vistos e assinados nelles dera e proferira a minha definitiva

sentença do theor e forma seguinte e vistos estes auttos breves apostolicos do

Santissimo Padre e Senhor Nosso Benedicto dessimo quarto hora na Jgreja de Deos

prezidente passados na Curia Romana a favor da Fabrica da jgreja Cathedral desta

Page 55: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

54

cidade de Elvas a instancia do Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Dom Balthazar

de Faria e Villas Boas Bispo desta dita cidade e Bispado; e vistos outrosim os computos

autenticos da despeza, e custo dos ditos breves artigos de premissas, e testemunhas

preguntadas em prova dos mesmos porque se mostra e prova que o Excelentissimo

Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas he Bispo desta cidade e

Bispado, e o mesmo de que fazem menção os breves juntos; provasse outrosim que por

nececitar a cappella mayor da Cathedral de luz e de se instaurar o edificio da mesma que

estava antiquado, dispuzera o Reverendo Cabbido da dita jgreja sede vacante instaurar o

edificio da cappella mor pellos redditos e fructos da meza episcopal havidos durante a

Se vaga, e que tendo com efeito dado principio a obra sobreviera a aplicação que por

autoridade apostolica se fes a meza capitolar da Jgreja Patriarchal de Lisboa das terças e

quartas partes dos fructos redditos e proventos das mezas de todas as jgrejas

archiepiscopaes e episcopaes destes reynos de Portugal e Algarve, e que verificandosse

a tal aplicação neste bispado desde o principio da Se vacante contribuira o Reverendo

Cabbido della com huma tão grande somma que se exaurio o cofre da meza episcopal e

parou por isso a obra da instauração da cappella mor ficando imperfeita, e por acabar

provasse mais que em o mes de Mayo do anno de mil sette centos e quarenta e sete em

que foy feita a graça do primeiro breve e que em Fevereyro de mil sette centos e

quarenta e outto em que foy concedida a graça do segundo breve se achava imperfeita e

não acabada a obra da instauração da cappella mor, e que por asim estar imperfeita se

achava a jgreja Cathedral com grande imcomodidade e indecencia para os officios

divinos e mayor por fazerem por esta cidade caminho para a corte de Lisboa os nuncios

apostolicos, e os embaxadores mandados a ditta corte; e asim mais se prova se a Mitra

ou meza episcopal deste Bispado huma das menores deste reyno e ficarem os seu

redittos e fructos depois da aplicação das terças partes alem de outros encargos a que he

obrigada tam diminutos que são quazi deziguaes para os excelentíssimos prelados deste

Bispado poderem sustentar o seu estado com decencia que pede a dignidade episcopal, e

não poder por isso fazer a despeza de acabar e aperfeicoar a obra da cappela mor.

Provasse mais ser a villa de Olivença praça de armas situada nos confins deste reyno

junto a arraya de Castella, e que havendosse erigido, e fundado na ditta villa hum

mosteiro de freyras da Ordem de São Francisco sogeitas a jurisdição ordinaria deste

bispado dezempararam as rellegiozas o dito mosteiro por avistarem os tomultos e

discomodos da guerra com que foi combatida aquella villa por ocazião da aclamação del

Rey o Senhor Dom João o quarto deste nome em Portugal passando as rellegiozas do

ditto mosteiro para outros da mesma ordem mais seguros, e acomodados para a vida

rellegioza, e que por ficar por isso dezerto aquelle mosteiro o prelado que então era

deste Bispado, e os que lhe sucederão em rezam de seu pastoral officio administrarão

como de prezente admenistra o Excelentissimo Reverendissimo Senhor Dom Balthazar

de Faria e Villas Boas os bens e rendas do dito mosteiro dezerto com tanto cuidado e

fedelidade que de então athe agora se tem feito hum grande monte de dinheiro

proveniente dos redditos do tal mosteiro, e que este dificultozamente se poderá reduzir

ao seu antigo estado por se achar o seu edificio servindo de hospital dos soldados

enfermos da guarnição daquella praça e habitado pellos relegiozos da Ordem de São

João de Deos que tratão dos soldados enfermos, e tambem porque estando como está

aquela villa junto da arraya do reyno de Castella fica o ditto mosteiro sogeito as

perturbaçoens da guerra, e dezacomodo para a vida rellegioza das freyras. Provasse

outrosim ser verdade tudo o mais allegado, e que pellas referidas cauzas Sua Santidade

pello primeiro breve junto separou do monte dos redditos daquelle mosteiro dezerto

outo mil cruzados e os aplicou a fabrica da jgreja Cathedral desta cidade concedendo ao

Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas

Page 56: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

55

faculdade e licença para os dispender e gastar na obra da instauração da cappella mor da

mesma Cathedral e que por não serem estes bastantes e suficientes para se completar e

acabar a dita obra concedera mais Sua Santidade pello segundo breve junto quatro mil

cruzados que tambem separou do monte dos redditos do mosteiro dezerto e aplicou na

mesma forma e para o mesmo fim a fabrica da dita jgreja Cathedral separando mais do

dito monte todo o custo, e despeza da expedição de cada hum dos ditos breves para

daquele monte se tirar, e pagar, não só os doze mil cruzados aplicados a Fabrica da

Cathedral e obra da cappella mor concedidos pellos breves juntos, mas tambem os

custos e despezas da expedição dos ditos breves, e isto sem que o Excelentissimo

Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo deste Bispado, nem seos

suscessores fiquem obrigados arrepor e pagar ao monte do ditto mosteiro dezerto couza

alguma dos dittos doze mil cruzados ou do custo, e despeza dos breves da sua

concessão. Provasse finalmente estar acabada a obra de instauração da cappella mor, e

haveremse gastado e dispendido nella aquelles doze mil cruzados, concedidos, e

aplicados pellos breves juntos, e que não forão bastantes os outto mil cruzados do

primeiro breve e assim mais se prova principalmente pellos computos autenticos juntos

da despeza feita com a expediçam dos ditos breves mportar a despeza da graça e breve

dos outto mil cruzados em cento e vinte e quatro mil outocentos e sincoenta reis, e a

despeza da graça e breve dos quatro mil cruzados e noventa e seis mil e sincoenta reis

que fazem ambas a soma de duzentos e vinte mil e nove centos reis o que tudo visto

julgo a premissas dos breves juntos por provadas, e por verdadeira a suplica de hum e

outro breve, e ambos carecentes de todo vicio de obreção e sobreção, e por boa a graça

por elles feita para na forma dos mesmos se haver do monte dos reedditos do dito

mosteiro dezerto os dose mil cruzados, e duzentos, e vinte mil e nove centos reis

separados do ditto monte e aplicados, e concedidos na forma dos mesmos e breves, e

pague o justeficante os autos Elvas vinte de Novembro de mil sette centos quarenta e

nove //João de Andrada da Foncequa// segundo que assim se continha e declara em a

dita sentença a qual sendo assim por mim dada fora também havida por publicada e

mandada cumprir e guardar como melhor e mais largamente se via e mostrava do termo

de sua publicasão; hora pello Reverendo e Procurador da Mitra do Excelentissimo e

Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo desta cidade e

Bispado de Elvas que foy dito e requerido que para efeito de poder haver do monte dos

redditos do dito mosteiro dezerto os ditos doze mil cruzados e duzentos e vinte mil e

nove centos reis que pellos ditos breves erão concedidos e aplicados na forma dos

mesmos lhe era necessario lhe mandasse dar e passar sua sentença extrahida e rezumida

dos auttos do processo; e visto e ouvido por mim seu requerimento por ser o mesmo

justo comforme a direito razão e justiça lha mendey dar e passar lhe a prezente pello

theor da qual autoridade ordinaria de que uso requeira da da posse da Santa Madre

Jgreja de Roma, e da minha pessoa e merce a todos os reverendos senhores menistros

em o prencipio desta declarados; e aos ofeciaes, e mais pessoas da minha jurisdição

mando dita authoridade que sendo lhes esta minha sentença aprezentada hindo ella

primeyro por mim asignada e sellada com o sello das armas do Excelentissimo e

Reverendissimo Senhor Bispo deste mesmo Bispado que he o que ante mim serve a

cumprão e guardem, e fação muito inteyramente cumprir e guardar asim e da maneira

que em ella se conthem e declara em a dita minha sentença vay julgado visto

detreminado e sentenciado; tudo na forma dos ditos breves e graças nella incertos o que

tudo asim se cumprirá. Dada e passada em esta muito nobre e sempre leal cidade de

Elvas aos vinte e sinco dias do mes de Novembro do anno do nascimento do Nosso

Senhor Jezu Christo de mil setecentos quarenta e nove annos esta vay sobsescripta por

Francisco Pereyra notario apostolico de Sua Santidade, e escrivam da camara episcopal

Page 57: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

56

desta mesma cidade e seu Bispado por provizão do dito Excelentissimo, e

Reverendissimo Senhor Dom Balthazar de Faria e Villas Boas Bispo deste dito Bispado

do Concelho de Sua Magesdade. Eu Francisco Pereira escrivão da camara episcopal a

fis escrevi e sobsescrevo.

João de Andrada da Fonceca

Sentença de premissas dos breves na mesma insertos a favor da fabrica da Sê desta

cidade, e a instancia do procurador da mitra deste bispado como nella se declara.

O Reverendo Padre João Lopes Barroca administrador dos bens do mosteyro de freyras

que houve nesta villa de Olivença entregou ao fabriqueyro de nossa Santa Sé toda a

quantia de que consta esta sentença e breves de Sua Santidade, e por mão do mesmo

fabriqueyro em nome da nossa Santa Sé, e nosso, nos havemos por satisfeitos della, e

para que asim conste em todo o tempo e para discargo do dito padre administrador lhe

mandamos passar a prezente pello secretario da visita que asignamos. Olivença 30 de

Novembro de 1749

Balthazar bispo de Elvas

Documento 41

Acórdão do Cabido em que se decide concluir a obra da Sala Capitular da Casa do

Cabido de Elvas mandada fazer pelo bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio, 9

de Novembro de 1757. ACP, Bispado de Elvas, Livro 10º dos Acordãos de 1742 e findou em 1767, fl. 132v. Referenciado por

Francisco de Paula SANTA CLARA, “D. Balthasar de Faria Villas-Bôas e Sampayo”, op. cit., pp. 72-73.

Aos 9 de Novembro de 1757 em Cabido se acordou, que o Senhor Conego Marques

mande acabar a obra da Aula Capitular que o Senhor Bispo D. Balthazar de Faria

deixou imcompleta; visto a necessidade que ha de haver caza de despacho; e que se

fassa tendo na forma da idea do senhor bispo; mandando porem tirar as suas armas;

assim por estarem em lugar emproprio; como por ser a obra feita a custa da Fabrica da

Sé; para cuja continuação se tomará dinheiro ao convento de freiras de Olivença na

forma que o senhor bispo fes para a mesma obra.

Documento 42

Último pagamento do trabalho do falecido José Francisco de Abreu, arquitecto da Casa

Capitular da Casa do Cabido de Elvas, dia de São João Baptista de 1757 ao dia de São

João Baptista de 1758. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fl. 11-11v. Referenciado por António Thomaz PIRES, “Sala Capitular da Sé d’Elvas”, p. 70.

Disse e mostrou haver dispendido por ordem do Reverendo Cabbido sede vacante, e

recebido de Antonio Rodrigues offecial de latoeiro como cabeça de cazal e depositario

da herança e bens que ficarão por morte de José Francisco de Abreo mestre architecto

Page 58: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

57

das obras da Caza Capitular a quantia de quinhentos e quarenta mil quinhentos e setenta

e quatro reis que tanto constou ficar lhe devendo a Fabrica ao tempo da sua morte por

um escripto de ajuste de contas asignado pello Excelentissimo Senhor Bispo Dom

Balthasar de Faria com cuja quantia se sahe_____________________________540 574

Documento 43

Despesas com os oficiais que trabalharam na Casa do Cabido de Elvas, dia de São João

Baptista de 1757 ao dia de São João Baptista de 1758. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fls. 14v.-16.

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabbido sede vacante

de 16 de Janeiro com a primeira feria dos offeciaes que trabalharão na caza nova

capitular noventa e seis mil novecentos e sincoenta reis com que se sahe_______ 96950

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabido sede vacante

de 10 de Abril com a 2.ª feria dos offeciaes que trabalharão na dita caza capitular cento

e dezoito mil e des reis com que se sahe _______________________________ 118010

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabbido sede vacante

de 18 de Mayo com a treseira feria dos dittos offeciaes que trabalharão na caza nova

capitular cento e des mil cento e trinta reis com que se sahe________________ 11013

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabbido sede vacante

de quinze de Junho com a quarta feria dos offeciais que trabalharão na caza nova

capitular duzentos noventa e outto mil cento e sincoenta reis com que se sahe __ 298150

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabido sede vacante

de 26 de Agosto com a quinta feria dos dittos offeciaes cento e vinte e hum mil seis

centos e trinta reis com que se sahe ___________________________________ 121630

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabido de 24 de

Outubro com a sexta feria dos dittos offeciaes noventa e quatro mil outtocentos e

sincoenta reis com que se sahe ________________________________________ 94850

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabbido sede vacante

de 9 de Dezembro com a setima feria que se fes para pagamento dos dittos offeciaes

outenta e quatro mil e quatro centos com que se sahe _______________________84400

Page 59: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

58

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabbido de 3 de

Fevereiro com a 8.ª feria para pagamento dos dittos offeciaes outenta mil cento e

quarenta e sinco reis com que se sahe __________________________________ 80145

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do ditto Reverendo Cabido de 29 de

Mayo com a nona feria para pagamento dos dittos offeciaes cento sinco mil nove centos

e des reis com que se sahe __________________________________________ 105910

Disse mais e mostrou ter despendido por despacho do Reverendo Cabido sede vacante

de 10 de Julho com a decima feria para pagamento dos dittos offeciaes cento vinte e

nove mil novecentos e secenta reis com que se sahe ______________________ 129960

Disse mais e mostrou ter despendido por portaria do Reverendo Cabido sede vacante de

14 de Julho com o Reverendo Conigo Lourenço Marques Pacheco cento e sete mil

setecentos e trinta reis para diverssas cousas necessarias para complemento da obra da

caza capitular de que era entendente com que se sahe _____________________ 107730

Disse mais e mostrou ter despendido por portaria do Reverendo Cabbido sede vacante

de 3 de Março com Antonio Rodriguez offecial de latoeiro pello trabalho que teve na

conta das ferias dos officiaes e providencia necessaria e pagamento de ttodas as dittas

ferias setenta e dous mil reis com que se sahe _____________________________ 7200

Documento 44

Pagamentos efectuados a Pascoal Caetano (Oldovino) por um realejo e pelo órgão do

coro alto que este fez para a Sé de Elvas, 3 de Agosto de 1760, 15 de Fevereiro de 1763,

21 de Maio de 1764, 4 de Novembro de 1764, dia de São João Baptista de 1765 ao dia

de São Baptista de 1766 e dia de São João Baptista de 1771 ao dia de São Baptista de

1772. AHME, Fundo Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802,

6683/84, fls. 53, 58, 77, 85, 93v., 101v., 148v. Referenciado por Victorino d’ALMADA, “O órgão da

Sé”, op. cit., p. 2, e por Artur Goulart de Melo BORGES, “A Igreja de Nossa Senhora da Assunção,

antiga Sé de Elvas”, op. cit., p. 110.

[fl. 53]

Mostrou mais despender cento e oitenta e sete mil reiz com Dom Pascoal Caetano por

hum realejo em tres de Agosto de 1760 com que se saj____________________ 187.000

[fl. 58]

Disse ter despendido por portaria de Sua Excelentíssima Reverendissima quatrocentos

mil reiz em 3 de Agosto de mil setesentos e sesenta com Dom Pascoal Caetano mestre

organeiro com que se saj____________________________________________400.000

Page 60: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

59

[fl. 77]

Despendeo por portaria de Sua Excelentissima Reverendissima de 15 de Fevereiro de

1763 com Dom Pascoal Caetano mestre organeiro pelo orgam que fes para a Sê desta

cidade quatro centos mil reis ________________________________________ 400.000

[fl. 85]

Despendeo por portaria de Sua Excelentissima Reverendissima passada em Lixboa a 21

de Mayo de 1764 com Dom Pascoal Caetano organeiro quatro centos mil reis e he este

o 3.º pagamento que se lhe fez por conta do orgam da Se __________________ 400.000

[fl. 93v.]

Despendeo por portaria de Sua Excelentissima Reverendissima de 4 de Novembro de

1764 passada em Lixboa com Dom Pascoal Caetano organeiro quatro centos mil reis, e

he este o 4.º pagamento ____________________________________________ 400.000

[Dia de São João Baptista de 1765 ao dia de São João Baptista de 1766, fl. 101v.]

Despendeo por ordem de Sua Excelentissima Reverendissima com Dom Pascoal

Caetanno mestre organeiro quinhentos mil reis quinto pagamento que ao dito se

faz___500.000

[Dia de São João Baptista de 1771 ao dia de São João Bpatista de 1772, fl. 148v.]

Despendeo por despacho de Sua Excelentissima Reverendissima com Dom Pascoal

Caetano resto que se lhe devia do orgam cem mil reis ____________________ 100.000

Page 61: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

60

Documento 45

Despesas com a obra da escadaria da Casa do Cabido, da Capela do Santíssimo

Sacramento da Sé de Elvas e com a mesa da Sala Capitular, 9 de Dezembro de 1761, 25

de Fevereiro de 1762, 8 de Abril de 1762, 23 de Maio de 1762. AHME, Fundo Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802,

6683/84, fls. 68v., 69v. Referenciado - no que diz respeito à intervenção dos pintores António de Sequeira

e António Sardinha na Capela do Santíssimo Sacramento e do entalhador Francisco da Costa Leitão na

mesma capela e na realização da mesa da Sala Capitular - por Artur Goulart de Melo BORGES, Guia do

Museu de Arte Sacra de Elvas, Casa do Cabido, op. cit., p. 9; Idem, Igreja de Nossa Senhora da

Assunção de Elvas (antiga Sé), op. cit., p. 13.

[fl. 68v.]

Despendeo com Antonio de Siqueira Ramalho pintor por obra do seu officio que fes na

Capela do Santissimo Sacramento da Se por livrança de 9 de Dezembro de 1761 trinta e

dois mil e oito centos reis ___________________________________________32.800

.

[69v.]

Despendeo com Joze Rodriguez alvane por livrança de 25 de Fevereiro de 1762 o

pagamento de 35 ferias tempo que se gastou na fatura da escada da Caza Capitular, e

Capela do Santissimo quatro centos, doze mil, duzentos, noventa e nove reis___412.299

Despendeo com Francisco da Costa Leitam por livrança de 8 de Abril de 1762 por obras

que fez para a Capela do Santissimo e trono para a mesma e meza capitular, e cofre e

mais couzaz percizaz duzentos e vinte e cinco mil cento oitenta e cinco reiz ___ 225.185

[fl. 93]

Despendeo por despacho de Sua Excelentissima Reverendissima de 23 de Mayo de

1762 com Antonio Sardinha pintor por diversas obras que fez para a Seê e para o tronno

do Santissimo Sacramento cento dezasete mil setecentos reis ______________ 117.700

Documento 46

Despesa com o pintor António Sardinha pela pintura de uns armários da “casa de vestir

do cabido” e pelo prateamento de quatro imagens dos evangelistas da banqueta do altar-

mor da Sé de Elvas, 12 de Janeiro de 1763. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fl. 91v. Referenciado por Artur Goulart de Melo BORGES, Igreja de Nossa Senhora da Assunção de

Elvas (antiga Sé), op. cit., p. 14.

Despendeo por despacho de Sua Excelentissima Reverendissima de 12 de Janeiro de

1763 com Antonio Sardinha pintor por pintar os almarios da caza de vestir do

Reverendo Cabido e pratear os 4 Evangelistaz da banqueta do altar mor sesenta e tres

mil quatro centos e setenta reis _______________________________________ 63.470

Page 62: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

61

Documento 47

Despesas com a obra da “varanda” do órgão do coro alto e com os “cancelos” da

capela-mor da Sé de Elvas, dia de São João Baptista de 1765 ao dia de São João

Baptista de 1766. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fl.101v. Referenciado por Victorino d’ALMADA, “O órgão da Sé”, op. cit., p. 2, e por Artur Goulart de

Melo BORGES, “A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas”, op. cit., p. 109.

Despendeo por despacho de Sua Excelentissima Reverendissima com o padre tezoureiro

da Sê para pagar aos officiaes de entalhadores pedreiros e carpinteiros que trabalharão

na varanda do orgão grande e cancelos do coro duzentos trinta e oito mil quatro centos e

oitenta reis ______________________________________________________ 238.480

Documento 48

Despesas com a obra da Capela de Nossa Senhora da Soledade, com os “cancelos” da

capela-mor e com um púlpito da Sé de Elvas, dia de São João Baptista de 1765 ao dia

de São João Baptista de 1766, dia de São João Baptista de 1766 ao dia de São João

Baptista de 1767. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fl.100v. e 108v. Referenciado, no que respeita aos “cancelos” da capela-mor, por Artur Goulart de Melo

BORGES, “A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas”, op. cit., p. 109.

[Dia de São João Baptista de 1765 ao dia de São João Baptista de 1766, fl. 100v.]

Despendeo por despacho de Sua Excelentissima Reverendissima com Joze Rodrigues

alvane na fatura da Capela de Nossa Senhora da Soledad e com os mestrez canteiros

pela fatura dos cancelos da capela mor da Santa Sé, e algumas couzas maiz para o

orgam grande duzentos sesenta e tres mil e quarenta e dois reis _____________ 263.042

[Dia de São João Baptista de 1766 ao dia de São João Baptista de 1767, fl. 108v.]

Despendeo por ordem de Sua Excelentissima Reverendissima com o padre thezoureiro

da Seê para pagar as ferias a os officiaes que fizerão os cancelos da capella mor, e o

pulpito que se move, e hum veo de cambraz que se comprou e mais meudezas que

constou das ferias e róis dos mestres que tudo emportou cento noventa e seiz oito centos

e sesenta reis ____________________________________________________ 196.860

Page 63: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

62

Documento 49

Despesas com as obras de remodelação da Capela das Almas da Sé de Elvas, 2 de

Fevereiro de 1768, 4 de Fevereiro de 1769, 9 de Maio de 1769, 16 de Junho de 1769, 9

de Outubro de 1769, 6 e 31 de Dezembro de 1769, 5 e 7 de Março de 1770, 27 de Abril

de 1770, 30 de Dezembro de 1774, 16 de Dezembro de 1779. APNSAE, 3.º Livro de despeza da Jrmandade das Almas da Seé de Elvas, servio do anno de 1762 athe

1801, fls. 26v., 29v., 31-31v., 32-32v., 33, 34v., 35v., 37, 53v., 76v. e 77. Referenciado por Artur Goulart

de Melo BORGES, “A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas”, op. cit., p. 109.

[fl. 26v.]

Por conta da obra da cappela 1ª despeza

Despendeo o Muito Reverendo Senhor Quartanario Amaro Cordeiro Torrão recebedor

desta santa Jrmandade das Almas, sincoenta mil reis que se derão para principio da obra

da cappela ao mestre canteiro Manoel Gonsalvez, e para que conste fiz este termo, que

asignei com os officiaez da meza. Elvaz 2 de Fevereiro de 1768 50.000

O Padre Domingos Rodriguez O Quartanario Amaro Cordeyro

[fl. 29v.]

Do ajuste da obra da cappela 20 de Dezembro de 1768

Despendeo maiz quatro centos sincoenta mil reiz, que se entregarão ao canteiro Manoel

Gonsalvez pela obra da cappela com sincoenta mil reis, que o dito tinha ia recebido

soma a quantia de quinhentos mil reis porque foi ajustada a obra da cappela, e para que

conste fiz este termo, que asignei com os officiaes da meza 450.000

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Resebi os ditos quinhentos mil reis

Elvas – 4 de Fivireiro de 1769

Manoel Gonsalvez

[fl. 31]

Vidros na janella, e ferrage

Despendeo mais, doze mil quinhentos, e outenta reis, a saber a Francisco Gomes Veléz

peloz vidros, que pos na jenela da cappela, e onze mil e duzentos reis, ao sarralheiro do

concerto da grade da rede, nove centos e outenta reis de hum varão para as quartinas de

Page 64: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

63

Nossa Senhora, quatro centos reis tudo soma a referida quantia, e para que conste fiz

este termo, que asignei com os officiaez da meza. Elvaz 9 de Mayo de 1769 12.580

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Caxilho para os vidros da janela, portas para os almarios, estrado para a cappela

Despendeo mais, des mil, cento e vinte reiz, que levou Francisco Joze carpinteiro pelo

caxilho, e madeira e portas dos almarios, e estrado, e mais necessárias para a cappela

tudo soma a referida quantia, e para que conste fiz este termo que asignei com os

officiaez da meza. Elvaz 9 de Mayo de 1769 10.120

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 31v.]

Entalhado para a cappela

Despendeo mais vinte mil quatro centos, e vinte reis, que tanto fez de custo os

entalhados, que se fizerão para a cappela, e para que conste fiz este termo que asignei

com os officiaez da meza. Elvaz 9 de Mayo de 1769 20.420

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 32]

Mais talha para a capella

Despendeo maiz, onze mil, e sincoenta reis de entalhado de diversas pessas que se

fizerão para a cappela, que todas forão douradas, e para que conste fis este termo, que

asignei com os officiaez da meza. Elvas 16 de Junho de 1769 11.050

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Page 65: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

64

Pintor Antonio Sardinha

Despendeo maiz doze mil, e outo centos reiz, que levou Antonio Sardinha pintor por

conta do dourado da cappela, e para que conste fiz este termo, que asignei com os

officiaez da meza. Elvaz 9 de Outubro de 1769 12.800

O Padre Domingoz Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 32v.]

Sarralheiro, e canteiro

Despendeo maiz dois mil sete centos e quarenta reis, a saber ao sarralheiro dos

parafuzos, que fez para se pregarem as pessas duradaz da cappela, mil, e trezentos reis,

e ao canteiro de abrir os buracos dos parafuzos, mil e quatro centos, e quarenta reis,

tudo soma a referida quantia, dita, e para que conste fis este termo, que asignei com os

officiaes da meza. Elvaz 9 de Outubro de 1769 2.740

O Padre Domingoz Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Maiz ao pintor Antonio Sardinha

Despendeo maiz doze mil, e outo centos reis, que se derão ao pintor Antonio Sardinha

por conta do dourado da cappela e para conste fiz o prezente que asignei com os

officiaes da meza. Elvas 9 de Outubro de 1769 12.800

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Maiz ao pintor Antonio Sardinha

Despendeo maiz nove mil, e seiz centos reiz, que levou o pintor Antonio Sardinha, por

conta do dourado da cappela, e para que conste fiz este termo, que asignei com os

officiaes da meza. Elvaz 9 de Outubro de 1769 09.600

O Padre Domingos Rodriguez

Page 66: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

65

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 33]

Mais ao pintor Antonio Sardinha

Despendeo mais dois mil e quatro centos reiz, que pedio o dourador da cappela Antonio

Sardinha, por conta da divida, estando infermo, que fés de custo, todo o dourado, e

pintura, sesenta mil reis, de que se hande habater, e que tem recebido como consta dos

termos, atras escritos, e para que conste, fiz este termo, que asignei com os officiaes da

meza. Elvas 6 de Dezembro de 1769 2.400

O Padre Domingos Rodriguez

O Quartanario Amaro Cordeyro

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 34v.]

Ao canteiro maiz

Despendeo maiz mil reis e seis centos reiz, que se pagarão ao canteiro mais por abrir os

buracos na pedra para acazos de talha dourados, e para que conste fiz este termo que

asignei com os officiaez da meza. Elvas 31 de Dezembro de 1769 001.600

O Padre Domingos Rodriguez

[fl. 35v.]

Pintor Antonio Sardinha, mais

Despendeo maiz quatro mil, e outo centos reiz, que se derão ao pintor Antonio

Sardinha, por conta do que se lhe deve do que dourou na cappela, e para que conste fiz

este termo, que asignei com os officiaez da meza. Elvaz 5 de Março de 1770 4.800

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Page 67: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

66

Pintor Antonio Sardinha

Mais ultima parcela

Despendeo maiz dezasete mil, e seiz centos reiz, que se pagou ao pintor Antonio

Sardinha, que se lhe restava dever do dourado, que fez na Cappela daz Almaz, que

emportou ao todo sesenta mil reiz, e com esta ultima parcela, ficou pago, e satisfeita de

toda a divida, e para que conste fiz este termo, que asignou com os officiaez da meza.

Elvaz 7 de Março de 1770 17.600

O Padre Domingoz Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Antonio Sardinha

[fl. 37]

Concerto dos frontaes, quartinado, e São Miguel

Despendeo maiz, doiz mil, e quinhentos reiz, a saber ao mestre, que concertou os

frontaes da cappela quartinado da Senhora mil, e quinhentos reis; ao carpinteiro por

concertar as gradez dos frontaes, calzas de São Miguel duzentos, e vinte reiz, de huma

vara de setim branco para a cruz de panno de veludo; setecentos e outenta reiz, tudo

soma a referida quantia, e para que conste fiz este termo, que asignei com os officiaes

da meza. Elvaz 27 de Abril de 1770 02.500

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

[fl. 53v.]

Frontal para a cappela

Despendeo mais com hum frontal, que se fes de damasco branco para a cappela, nove

mil sete centos, e vinte sinco reis, e para que conste, fis este termo, que asignei com os

officiaes da meza. Elvas 30 de Dezembro de 1774 09.725

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Silva

Page 68: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

67

[fl. 76 v.]

Despeza na cappela

Despendeo maiz quatro mil, quinhentos sincoenta, digo sesenta, e sinco reiz com hum

espartão para a cappela quatro centos, e outenta, e com hum canteiro, que cortou huma

pedra do nicho e outraz miudezas, que tudo soma a referida quantia dita, e para que tudo

conste, fiz este termo, que asignei com os officiaes da meza. Elvas 16 de Dezembro de

1779 04.565

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Despeza na cappela

Despendeo mais, outo mil, outo centos reiz com duas pianhas, que se fizerão, para São

Miguel, e São Nicolau, e humaz azas a São Miguel mil e seis reis, e az duas pianhas,

sete mil, e duzentos reis, que tudo soma a referida quantia, e para que conste, fiz este

termo, que asignei com os officiaes da meza. Elvas 16 de Dezembro de 1779 008.800

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

[fl. 77]

Despeza na cappela

Despendeo mais, honze mil, e duzentoz reis, de dourar as pianhas de São Nicolau, e São

Miguel, sete mil e duzentos reis, e de pintar os nichos de Nossa Senhora, e santos,

quatro mil e outo centos reis, que soma a referida quantia, de que fiz este termo, que

asignou com os officiaes da meza. Elvas 16 de Dezembro de 1779 011.200

O Padre Domingos Rodriguez

O Vigario Francisco Nunes

O Beneficiado Antonio Joze da Silva

Page 69: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

68

Documento 50

Despesas com obras na Sé que se realizaram para a recepção do rei D. José I à cidade de

Elvas, relacionadas com o adro e a escadaria, com os telhados, com as “janelas do

coro”, com a armação, com sepulturas e com dois sinos da igreja, dia de São João

Baptista de 1769 ao dia de São João Baptista de 1770. AHME, Bispado de Elvas, Livro de receitas e despesas da fábrica da Sé do ano de 1757 a 1802, 6683/84,

fls.134-135. Referenciado, no que respeita ao fabrico de dois sinos, por Artur Goulart de Melo BORGES,

Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Elvas (antiga Sé), op. cit., p. 29.

Despesas que por hordem de Sua Excelentissima Reverendissima acreceram neste anno

a fabrica e fes o fabriqueiro da mesma com o novo taboleiro da Sé, concerto de

telhados, e janelas do coro, comcerto de portas da jgreja, e armaçam da mesma que se

fizerão percizos com a vinda de Sua Magestade a esta cidade e tambem com a fundição

de dois sinos cujas despezas são az seguintez

Dispendeo com o cabouqueiro que arincou a pedraria para o taboleiro e para algumaz

campas de sepolturas que faltavão cento e vinte e tres mil nove centos e vinte reis como

consta por doze recibos do mesmo que se chama Joze Marques […] _________ 123.920

Dispendeo por 31 ferias que aprezentou do Pedro Manoel Goncalves que foi o mestre

que fez o taboleiro trezentos cincoenta e nove mil quinhentos e vinte e cinco reis como

constou das referidas ferias __________________________________________359.523

Dispendeo com o frete de 75 carradas de pedra que vierão para o dito taboleiro e

campas cento e doze mil seis centos e vinte reis como constou por recibos dos mesmos

carreteiros que a troxerão __________________________________________ 112.620

Dispendeo por 26 ferias do alvane Joze Rodriguez que sentou o taboleiro, concertou

telhados e janelas cento setenta e cinco mil trezentos oitenta e tres reis como tudo

constou das referidas ferias _________________________________________ 175.383

Dispendeo mais com o mesmo Joze Rodriguez por 5388 cargas de entulho que tirou do

desmancho do taboleiro a rezão de des reis por carga cincoenta e tres mil oito centos e

oitenta ___________________________________________________________53.880

Dispendeo mais com 13 moyos e tres quarteiros de cal que se gastarão com a obra e

mostrou por ferias do dito Joze Rodrigues vinte e cinco mil trezentos e cincoenta

reis______________________________________________________________25.350

Dispendeo mais com 67 moyos de areya para a dita obra e mostrou por ferias do dito

Joze Rodriguez dezasete mil trezentos e cincoenta reis _____________________17.350

Dispendeo mais com 348 telhas que se comprarão e mostrou por ferias do dito Joze

Rodriguez dois mil trezentos oitenta e quatro reis _________________________ 2.384

Dispendeo mais com os calcadores que fizerão a calcada em roda do taboleiro como

constou de huma feria do dito Joze Rodriguez seis centos e oitenta reis ________ 0.680

Page 70: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

69

Dispendeo mais com a fundicam de dois sinos que se fundirão a 1600 reis cada huma

aroba e ambos tem de pezo 111 arobas que importam em cento setenta e sete mil e seis

centos reis o que tudo constou por recibo do mestre que o fez Belchior de

Camino_________________________________________________________ 177.600

Dispendeo mais com metal que se comprou para os ditos sinos e mais despezas dos

mesmos percizas e nececarias noventa e cinco mil quinhentos e quarenta reis como tudo

constou por recibos que aprezentou ____________________________________ 95.540

Dispendeo mais com hum rol do ferreiro Pedro Fernandez vinte e nove mil sete centos

sesenta e cinco reis ________________________________________________ 29.763

Dispendeo mais com 4 rois do sarralheiro Mathias Lourenco vinte e oito mil seis centos

e des reis ________________________________________________________ 28.610

Dispendeo mais com dois rois do pintor Francisco de Abreu quarenta e sete mil e seis

centos reis _______________________________________________________ 47.600

Dispendeo mais com 4 rois do fundidor Bernardino de Matos vinte e tres mil quinhentos

e noventa reis _____________________________________________________ 23.590

Dispendeo mais com o cordoeiro Antonio Pedro de cordas para os sinos dois mil e cento

e vinte reis ________________________________________________________ 2.120

Dispendeo mais com o armador Joaquim de Faria pello aluguer da sua armaçam que

armou para o dia que sua Magestade veyo a esta cidade alem da armação da Sé oito mil

e quinhentos reis que constou por recibo do mesmo ________________________ 8.500

Page 71: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

70

Documento 51

Memória descritiva do projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto Reis, 11 de

Dezembro de 1938. IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais Textuais, Antiga Sé de Elvas/Igreja de

Nossa Senhora da Assunção: obras 1938, N.º IPA PT04120703000, http://www.monumentos.pt (acedido

em Outubro de 2010).

Memória Descritiva

A presente estimativa refere-se a obras de restauro da Sé de Elvas (Monumento

Nacional).

Este templo de três naves, cinco tramos, ousia e absidiolos, é de construção

manuelina, muito embora tenha sido edificado sôbre outro, anterior, gótico, e a que já se

encontram referências desde o século XIII.

Foi obra do arquitecto Francisco de Arruda (1517), mas tem sofrido inumeras

alterações, algumas das quais de completa transformação, como seja a reconstrução da

capela mor, em 1749.

Nas paredes das colaterais foram embutidos altares de talha e de mármore sem

grande vâlor artistico; tôdas as frestas do clerestory e algumas das naves laterais foram

transformadas em janelas semi-circulares; ainda na fachada principal foi substituido o

portal manuelino de Miguel de Arruda, pelo actual.

Foram previstas as obras seguintes:

- Demolição dos altares dos colaterais e respectivos acrescentos nas paredes da fachada.

- Demolição da pirâmide de tijolo que encima a fachada principal e restauração das suas

ameias.

- Restauração das frestas de cantaria de granito segundo as ainda ali existentes.

- Entaipamento de rasgos abertos pelos altares, com alvenaria.

- Lageamento dos absidiolos, e da capela lateral que hoje serve de arrecadação.

- Reconstrução geral do telhado.

- Reparação geral de rebocos.

- colocação geral de portas.

- Colocação de vitrais armados em chumbo.

- Restauração do órgão.

- Pintura e várias remoções dos entulhos.

Importa a presente estimativa na quantia total de DUZENTOS E CINCOENTA E OITO

MIL ESCUDOS, destinando-se CENTO E QUINZE MIL E QUATROCENTOS

ESCUDOS a materiais e os restantes CENTO E QUARENTA E DOIS MIL E

SEISCENTOS ESCUDOS A jornais.

Évora, 3.ª Secção da Direcção dos Monumentos Nacionais, em 11 de Dezembro de

1938.

O Arquitecto Chefe

Humberto dos Reis

Page 72: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

71

Documento 52

Parecer de Raul Lino sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto Reis, 4

de Fevereiro de 1939. Publicado por Maria João Baptista NETO, Memória, Propaganda e Poder. O Restauro dos Monumentos

Nacionais (1929-1960), op. cit., p. 325.

Sé de Elvas

No plano de obras previsto há propósitos que nos parecem levados a certo

exagero. Assim, por exemplo, não podemos aplaudir a ideia de se demolirem os altares

das naves colaterais, e esperamos que sejam deixados ficar em paz. Ainda que não

representam grande valor arquitectónico, ostentam ricos materiais e não deixam de

apresentar um ou outro pormenor de maior interesse artístico como – por exemplo – as

teias opulentas. Retirados estes altares, que aliás se acham bem conservados, que

ganharíamos em os ver substituídos por pano de parede refeita?

Acresce a isto a má impressão que poderia causar o desmantelamento

desnecessário de mais uma Sé, com prolongada interrupção dos serviços cultuais.

Concomitantemente julgamos de igual modo preferível deixar ficar as janelas

conforme estão, sem se substituírem por frestas. No restauro de velhas igrejas há por

vezes que atender a razões que estão fora do campo da arqueologia e que se prendem

mais com o sentimento dos fiéis do que motivos de ordem – digamos – escolar, que nem

sempre artística. O que se não deve tolerar é a banalidade, em caso algum, e está nestas

condições o arranjo (pseudo-decoração) da actual Capela do s.s. que precisa – essa sem

dúvida alguma – de ser reintegrada, ou pelo menos recomposta, aproveitando-se a bela

grade (agora suja de purpurina) que a veda, um tumulo metido na parede e mais

quaisquer elementos que porventura estejam ocultos por baixo dos banais parâmetros. É

curioso que o plano de obras não mencione este arranjo que bastante se impõe; talvez

tanto mais quanto nos parece existir a tendência nas disposições litúrgicas para se

acabar com as capelas laterais reservadas ao s. s.

Também aconselhamos a que não se destrua a velha pirâmide que serve de

coroamento à torre. Este arremate pode não ser da primitiva, mas o que é certo é que

existe desde há muitas dezenas de anos, sendo de época sem dúvida anterior à infeliz

quadra de restaurações do século XIX; tem sabor portuguesíssimo e estamos já

habituados a considerá-lo se não original, pelo menos inspirado de perto em outro muito

seu semelhante.

Raul Lino

Lisboa, 4 de Fevereiro

Page 73: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

72

Documento 53

Parecer de Raul Lino sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas de Humberto Reis, 11

de Fevereiro de 1939. Publicado por Maria João Baptista NETO, Memória, Propaganda e Poder. O Restauro dos Monumentos

Nacionais (1929-1960), op. cit., p. 326.

Sé de Elvas

No plano de obras previsto parecia-nos preferível não eliminar os altares das

naves colaterais, que, sem terem extraordinário valor artístico, são de bom material,

contém alguns pormenores interessantes como – por exemplo – sumptuosas teias, e

guarnecem de certo modo as paredes do templo que, sem eles, ficariam demasiado nuas.

Parece-nos igualmente que não haverá motivo de interesse arqueológico

suficientemente forte para aconselhar a substituição das janelas existentes por frestas. É

natural que aquelas não sejam da primitiva, mas é certo também que a substituição das

frestas obedecem ao desejo de se obter melhor iluminação dentro da igreja, - motivo de

atender.

Mas o que me afiguraria necessário e interessante é a reconstituição até ao ponto

que for possível da actual capela do s. s., que se acha estragada pela mais banal das

decorações. Haveria que eliminar os revestimentos da abóbada e por de novo a

descoberto os paramentos das paredes, poupando-se – escusado será dize-lo – a bela

vedação forjada, ora suja de purpurina, o tumulo parietal e o mais que se descobrir e que

haja interesse.

Exteriormente julgo que não será de aconselhar a demolição da pirâmide que

coroa a torre. Não será da primitiva, mas a verdade é que de há muito tempo que se está

habituado a considerá-la feição característica da Sé de Elvas, tem indubitavelmente

sabor portuguesíssimo e, se não pertence à época manuelina, é pelo menos inspirada de

perto em uma ou outra muito semelhante das que existem pelo país todo.

Além dos motivos de ordem artística que nos levam a aconselhar o respeito

pelos elementos pitorescos do monumento, julgamos também que será de ponderar

qualquer obra mais radical e que não pode deixar de ser demorada, porquanto o culto há

de forçosamente sofrer, com tais obras, prolongada interrupção.

Lisboa, 11 de Fevereiro de 1939

Raul Lino

Page 74: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

73

Documento 54

Parecer do Conselho Central sobre o projecto de restauro da Sé de Elvas, 2 de Março de

1939. IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais Textuais, Antiga Sé de Elvas/Igreja de

Nossa Senhora da Assunção: Pro[…]1938, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt

(acedido em Outubro de 2010).

PARECER

Restauro da Sé de Elvas

Sôbre o projecto das obras de conservação e de restauro da “Sé de Elvas”, o

arquitecto Raúl Lino apresentou as sugestões que a seguir se transcrevem por nos

parecer que se deveriam tomar em consideração.

“No plano de obras previsto parecía-nos preferível não eliminar os altares das

naves colaterais, que, sem terem extraordinário valor artístico, são de bom material,

contêm alguns pormenores interessantes como – por exemplo – sumptuosas teias, e

guarnecem de certo modo as paredes do templo que, sem eles, ficariam demasiado nuas.

Parece-nos igualmente que não haverá motivo de interêsse arqueológico

suficientemente forte para aconselhar a substituição das janelas existentes por frestas. É

natural que aquelas não sejam da primitiva, mas é certo também que a substituição das

frestas obedeceu ao desejo de se obter melhor iluminação dentro da igreja, - motivo de

atender.

Mas o que se me afiguraria necessário e interessante é a reconstituição até ao

ponto que for possível da actual capela do S.S., que se acha estragada pela mais banal

das decorações. Haveria que eliminar os revestimentos da abóbada e pôr de novo a

descoberto os paramentos das paredes, poupando-se – escusado será dizê-lo – a bela

vedação forjada, ora suja de purpurina, o tumulo parietal e o mais que se descobrir e que

haja interêsse.

Exteriormente julgo que não será de aconselhar a demolição da pirâmide que

coroa a torre. Não será da primitiva, mas a verdade é que de há muito tempo que se está

habituado a considera-la feição característica da Sé de Elvas, tem indubitavelmente

sabor portuguessíssimo e, se não pertence à época manuelina, é pelo menos inspirada de

perto em uma ou outra muito semelhante das que existem pelo país todo.

Seguindo-se este critério haveria que alterar o orçamento em conformidade, pelo

que nos abstemos de o apreciar por agora.

Lisboa, em 2 de Março de 1939.

O CONSELHO CENTRAL,

[assinatura ilegível]

Page 75: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

74

Documento 55

Parecer de Humberto Reis sobre as sugestões de Raul Lino acerca do projecto de restauro de Sé

de Elvas, 24 de Março de 1939. IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais Textuais, Antiga Sé de Elvas/Igreja de

Nossa Senhora da Assunção: Pro[…]1938, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt

(acedido em Outubro de 2010).

Restauro da Sé de Elvas

Da leitura do parecer sôbre o projecto das obras de Conservação e Restauro da Sé de

Elvas, ressaltam nitidamente, as opiniões que a seguir – e pela mesma ordem – transcrevo, e

sobre as quáis, me permito fazer determinadas considerações:

1) …”não eliminar os altares das naves colaterais”…

2) …”não…substituição das janelas existentes por frestas… para obter melhor iluminação

dentro da Igreja.

3) …”reconstituição da Capela do Santissimo Sacramento”…

4) …”não será de aconselhar a demolição da pirâmide que coroa a torre”…

1) …”não eliminar os altares das naves colaterais”…

Os altares das naves colaterais, de pouco valor artistico, foram construidos – no

século XVIII – à custa da mutilação de parte das frestas que iluminam a Igreja, e com

manifesto prejuizo, do aspecto das suas fachadas laterais.

Conforme se pode verificar, as referidas fachadas, encontram-se pejadas de

acrescentos afrontosos – acrescentos êstes que fazem de fundo aos referidos altares –

que, a alem de desmerecerem no seu conjunto, encobrem tambem, os contrafortes

manuelinos, que exteriormente definem a estrutura da Igreja.

Com a demolição dêsses acrescentos, a demolição dos altares é evidente, e

então, a obra de Restauro seria verdadeira.

O aspecto interior, seria largamente compensado – da demolição dos altares –

com o aparecimento das frestas e vitrais, em todos os tramos, das respectivas naves

colaterais.

Beneficiaria ainda com aquelas demolições, uma capela de reconhecido

marecimento (forrada com azulejos do século XVII, e coberta por uma abóbada

artesoada), que hoje se encontra entaipada.

2) …”não substituir as janelas existentes por frestas - para melhor iluminação da Igreja”…

Com a demolição dos mesmos altares e respectivos acrescentos exteriores, as

frestas poderiam ser restauradas, segundo os indicios ali existentes.

Abertas em tôda a sua grandeza, a Igreja ficaria mais francamente iluminada

(como se pretende no parecer).

Reintegradas na sua pureza e guarnecidas com os respectivos vitrais, a Igreja –

tanto no seu interior como exteriormente –, tomaria a feição arquitectónica que lhe é

devida, e que tão desvirtuada ficou, com a elevação dos altares.

3) …”reconstituição até ao ponto em que for possivel da Capela do Santissimo

Sacramento”…

A construção da Capela do Santissimo Sacramento foi iniciada em Janeiro de

1609 conjuntamente com a Casa do Cabido e sacristia.

Page 76: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

75

Arranjada, possivelmente no decorrer do século XVIII – a quando da construção

dos altares laterais –, a Capela do Santissimo, sem merecimento de especie alguma, a

meu ver, e por esta razão, deveria ser conservada tal qual se encontra.

Apenas foi prevista a reparação do reboco da abóbada – e isto, com o fim

de a limpar das pinturas que ali foram feitas à cêrca de 3 anos.

As paredes encontram-se revestidas de pano de damasco (assente em

réguas de madeira e desmontáveis) em perfeito estado de conservação, que a meu ver se

deveria conservar, por não haver quaisquer elementos que possam ser tomados em

consideração e que nos leve a preferir que o rebôco seja posto a descoberto.

4) …”demolição da pirâmide que coroa a tôrre”…

A pirâmide, construida posteriormente à data, da última transformação por que

passou aquela Igreja, muito embora possua sabor nacional, em minha opinião deveria

ser demolida.

Em bôa verdade, já os olhos se habituaram a vê-la, como que coroando a tôrre,

no entanto, indubitavelmente êle desmerece o conjunto daquêle Monumento.

Parecendo-nos todavia, que poderá ser discutivel, o critério que nos levou a

optar pela demolição daquela pirâmide, e admitindo portanto a hipotese da sua não

demolição, julgo que, só por esta razão, não seria necessário alterar o plano de trabalhos

já elaborado, uma vez que, a verba a dispender na demolição, da referida pirâmide, seria

então utilizada para a reparação da mesma.

Para melhor esclarecimento do que acabo de expor, a seguir junto, uma planta e

várias fotografias da Sé de Elvas, que só por si, justificam o critério que se adoptou,

para a elaboração do plano das obras de Restauro daquêle Monumento Nacional.

Évora, 3ª. Secção da Direcção dos Monumentos Nacionais, em 24 de Março de

1939

O Arquitecto Chefe

Humberto Reis

Page 77: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

76

Anexo de figuras

Índice de figuras

Fig. 1 - Planta da Sé de Elvas

Fig. 2 – Sé de Elvas e Praça da República

Fig. 3 – Sé de Elvas e Praça da República

Fig. 4 – Praça da República vista a partir da Sé de Elvas

Fig. 5 – Sé de Elvas integrada na malha urbana da cidade

Fig. 6 – Vista aérea da Sé de Elvas

Fig. 7 – Sé de Elvas, fachada principal

Fig. 8 – Sé de Elvas, varanda da fachada principal

Fig. 9 – Sé de Elvas, portal principal

Fig. 10 – Sé de Elvas, placa de mármore mandada colocar pelo bispo D. Lourenço de Lencastre

no lado direito do nártex, em que se descrevem as obras realizadas na Sé por iniciativa do

prelado e se comemora a visita do rei D. José I, em 1769, à Catedral

Fig. 11 – Sé de Elvas, placa de mármore colocada no lado esquerdo do nártex para comemorar a

sagração da Sé a 13 de Outubro de 1754, pelo bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio

Fig. 12 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Santo Amaro ou dos

Pessanhas

Fig. 13 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente

Fig. 14 – Sé de Elvas, portal lateral nascente ou Porta do Sol

Fig. 15 – Sé de Elvas, pormenor do portal lateral nascente

Fig. 16 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, gárgula

Fig. 17 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Nossa Senhora da

Soledade e da capela-mor

Fig. 18 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Nossa Senhora da

Soledade e da capela-mor

Fig. 19 – Sé de Elvas, zona posterior ocupada pelo Cine-Teatro (antes ocupada pelo convento

feminino da Ordem de São Domingos)

Fig. 20 – Sé de Elvas, fachada lateral poente

Fig. 21 – Sé de Elvas, portal lateral poente

Fig. 22 – Sé de Elvas, fachada lateral poente, muro do pátio e antiga Capela de Santo António

Page 78: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

77

Fig. 23 – Sé de Elvas, muro do pátio, sacristia e Casa do Cabido

Fig. 24 – Casa do Cabido de Elvas

Fig. 25 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 26 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 27 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 28 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 29 – Sé de Elvas, abóbada da nave central

Fig. 30 – Sé de Elvas, abóbada da nave central

Fig. 31 – Sé de Elvas, pormenor da abóbada da nave central, em que estão representados nos

bocetes as armas reais, esferas armilares e cruzes da Ordem de Cristo

Fig. 32 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas reais

Fig. 33 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas do

Cardeal D. Henrique

Fig. 34 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas da

cidade de Elvas

Fig. 35 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas do

bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio

Fig. 36 – Sé de Elvas, capitéis dos pilares

Fig. 37 – Sé de Elvas, Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 38 - Descida do Espírito Santo, óleo sobre madeira, finais do século XVI, autor

desconhecido, Sé de Elvas, Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 39 - Sé de Elvas, altar da Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 40 – Sé de Elvas, imagem de São João Baptista da Capela de Santo Amaro ou dos

Pessanhas

Fig. 41 – Sé de Elvas, imagem de Santo Amaro da Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 42 – Sé de Elvas, baptistério e pintura Baptismo de Cristo dos finais do século XVI

princípios do século XVII de autor desconhecido

Fig. 43 – Sé de Elvas, pia baptismal e azulejos seiscentistas do baptistério

Fig. 44 – Sé de Elvas, abóbada do baptistério

Fig. 45 – Sé de Elvas, Capela de São José

Fig. 46 – Sé de Elvas, Capela de São José

Page 79: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

78

Fig. 47 – Sé de Elvas, Capela de São José, retábulo de talha dourada

Fig. 48 – Sé de Elvas, Capela de São José, pormenor do retábulo de talha dourada (parede

esquerda da capela)

Fig. 49 – Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de São José

Fig. 50 – Sé de Elvas, restos de azulejos seiscentistas descobertos aquando do restauro do

retábulo de talha dourada da Capela de São José em 2004

Fig. 51 – Sagrada Família, madeira estofada e policromada, primeira metade do século XVIII,

Museu de Arte Sacra, Casa do Cabido de Elvas. Imagens antes pertencentes à Capela de São

José

Fig. 52 – Sé de Elvas, Capela de São José em 1941, em que se vêem expostas as imagens da

Sagrada Família

Fig. 53 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 54 - Sé de Elvas, retábulo de talha dourada da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 55 - Sé de Elvas, retábulo de talha dourada e imagem de Nossa Senhora de Guadalupe da

Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 56 - Sé de Elvas, pormenor do retábulo de talha dourada (parede esquerda) da Capela de

Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 57 - Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 58 - Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 59 – Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), óleo sobre tela,

1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 60 - Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), pormenor em

que se vê o nome do encomendador, óleo sobre tela, 1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa

Senhora de Guadalupe

Fig. 61 - Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), pormenor em

que se vê a assinatura do pintor, óleo sobre tela, 1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa

Senhora de Guadalupe

Fig. 62 – Ex-voto dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2008), autor

desconhecido, 1680, Sé de Elvas

Fig. 63 – Sé de Elvas, Capela das Almas

Fig. 64 – Sé de Elvas, pormenor do retábulo da Capela das Almas

Fig. 65 – Sé de Elvas, pormenor da parede esquerda e do arco da Capela das Almas

Fig. 66 – Sé de Elvas, base da pilastra esquerda da Capela das Almas

Fig. 67 – Sé de Elvas, altar da Capela das Almas

Page 80: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

79

Fig. 68 – Sé de Elvas, teia da Capela das Almas

Fig. 69 – Sé de Elvas, nicho da parede esquerda da Capela das Almas com a imagem do

Arcanjo São Miguel

Fig. 70 – Sé de Elvas, nicho da parede direita da Capela das Almas com a imagem de São

Nicolau

Fig. 71 – Sé de Elvas, Capela de Santa Ana

Fig. 72 – Sé de Elvas, pormenor da Capela de Santa Ana

Fig. 73 – Sé de Elvas, retábulo e nicho com a imagem de Santa Ana da Capela de Santa Ana

Fig. 74 – Sé de Elvas, teia da Capela de Santa Ana

Fig. 75 – Sé de Elvas, parede esquerda da Capela de Santa Ana

Fig. 76 – Sé de Elvas, nicho da parede esquerda da Capela de Santa Ana com a imagem de São

Tiago

Fig. 77 – Sé de Elvas, nicho da parede direita da Capela de Santa Ana com a imagem de São

Sebastião

Fig. 78 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 79 – Sé de Elvas, parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 80 – Sé de Elvas, tecto da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 81 – Sé de Elvas, bases das colunas e teia da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 82 – Nossa Senhora da Conceição (antes do seu restauro efectuado em 2008), anos 50(?)

do século XVIII, óleo sobre tela, autor desconhecido, Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da

Conceição

Fig. 83 – Pormenor da tela de Nossa Senhora da Conceição (antes do seu restauro efectuado em

2008), Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 84 – Imagens de São Crispim e São Crispiniano, início do século XVII(?), pertencentes à

antiga Capela de São Crispim e São Crispiniano da Sé de Elvas (actual Capela de Nossa

Senhora da Conceição), depositadas numa dependência de um edifício da Câmara Municipal de

Elvas

Fig. 85 – Sé de Elvas, Capela de Santo António

Fig. 86 – Sé de Elvas, pormenor da Capela de Santo António e tela A aparição do Menino Jesus

a Santo António, 1707, de Bento Coelho, da Capela de Santo António

Fig. 87 – Sé de Elvas, tecto da Capela de Santo António, em que se vêem as iniciais do nome do

encomendador da obra, o bispo D. Baltazar de Vilas Boas

Fig. 88 – Sé de Elvas, base da coluna exterior da Capela de Santo António

Fig. 89 – Sé de Elvas, teia da Capela de Santo António

Page 81: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

80

Fig. 90 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António (antes do seu restauro

efectuado em 2008), 1707, Sé de Elvas, Capela de Santo António

Fig. 91 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António (após o seu restauro

efectuado em 2008), 1707, Sé de Elvas, Capela de Santo António

Fig. 92 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António, 1707, pormenor da

assinatura e datação da obra, Sé de Elvas, Capela de Santo António

Fig. 93 – Sé de Elvas, parede do fundo da antiga Capela de Santo António (por trás da actual

capela homónima)

Fig. 94 – Sé de Elvas, restos de pintura mural (finais do século XVI ou princípios do século

XVII ?) na parede do fundo da antiga Capela de Santo António

Fig. 95 – Sé de Elvas, antiga Capela de Santo António, azulejos seiscentistas e túmulo de

Gonçalo Anes do Paço, falecido em 1540

Fig. 96 – Sé de Elvas, pintura mural no intradorso do arco do túmulo de Gonçalo Anes do Paço

(segunda metade do século XVII ou inícios do século XVIII) na antiga Capela de Santo António

Fig. 97 – Sé de Elvas, abóbada quinhentista da antiga Capela de Santo António

Fig. 98 – Sé de Elvas, pintura de brustesco (primeira metade do século XVIII) da abóbada da

antiga Capela de Santo António

Fig. 99 – Painéis alusivos aos milagres de Santo António: Santo António livrando o pai da forca

e Milagre eucarístico, talha dourada e policromada, atribuídos à segunda metade do século

XVII, reservas do MNAA, Lisboa, pertencentes ao retábulo de talha dourada da antiga Capela

de Santo António da Sé de Elvas

Fig. 100 - Painéis alusivos aos milagres de Santo António: Confissão do pecador arrependido e

Pregação aos peixes, talha dourada e policromada, atribuídos à segunda metade do século XVII,

dependência do Museu de Arte Sacra, Casa do Cabido de Elvas, pertencentes ao retábulo de

talha dourada da antiga Capela de Santo António da Sé de Elvas.

Fig. 101 – Sé de Elvas, Capela do Senhor dos Passos, antiga Capela das Chagas de Jesus

Fig. 102 – Sé de Elvas, pormenor da Capela do Senhor dos Passos

Fig. 103 – Sé de Elvas, Capela do Senhor dos Passos, representação do emblema da Confraria

das Chagas de Jesus, da Cruz com o sudário e dos instrumentos do martírio de Cristo

Fig. 104 – Sé de Elvas, sacrário da Capela do Senhor dos Passos

Fig. 105 – Sé de Elvas, altar da Capela do Senhor dos Passos

Fig. 106 – Sé de Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 107 – Sé de Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento, arca tumular brasonada de D. Maria

do Quintal, 1620

Fig. 108 – Sé de Elvas, altar e sacrário da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 109 – Sé de Elvas, pormenor do altar da Capela do Santíssimo Sacramento

Page 82: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

81

Fig. 110 – Sé de Elvas, dossel, janelões e abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 111 – Sé de Elvas, emblema alusivo à Eucaristia: Feixe de espigas de trigo (Pão), abóbada

da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 112 - Sé de Elvas, emblema alusivo à Eucaristia: Videira com um cacho de uvas (Vinho),

abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 113 - Sé de Elvas, representação de Torre em Chamas (símbolo da purificação e da

iluminação?), abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 114 - Coroação da Virgem, autor desconhecido, segunda metade do século XVIII, Sé de

Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 115 – Sé de Elvas, imagens dos quatro evangelistas que encimavam o gradeamento da

Capela do Santíssimo Sacramento, estando actualmente acomodados na antiga sacristia do

cabido

Fig. 116 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 117 – Sé de Elvas, imagem de Nossa Senhora da Soledade da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Fig. 118 – Sé de Elvas, sacrário e “trono” da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 119 – Sé de Elvas, aplicações de talha por cima do arco fundeiro da Capela de Nossa

Senhora da Soledade, em que se representou um coração trespassado por uma flecha, uma

alusão a Nossa Senhora com o título da Soledade

Fig. 120 – Sé de Elvas, abóbada quinhentista da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 121 – Sé de Elvas, parede direita da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 122 – Sé de Elvas, tela pintada que reveste a parede direita da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Fig. 123 – Sé de Elvas, revestimento da parede direita da Capela de Nossa Senhora da Soledade

com painéis de talha dourada e pintura marmoreada e tela pintada

Fig. 124 – Sé de Elvas, tela que reveste a parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Fig. 125 – Sé de Elvas, revestimento da parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da

Soledade com painéis de talha dourada e pintura marmoreada e tela pintada

Fig. 126 – Sé de Elvas, azulejos seiscentistas na parede esquerda da Capela de Nossa Senhora

da Soledade

Fig. 127 – Sé de Elvas, imagem (seiscentista?) de São Sebastião no nicho da parede do lado

direito da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 128 – Sé de Elvas, capitel em talha dourada da pilastra direita da Capela de Nossa Senhora

da Soledade

Fig. 129 – Sé de Elvas, teia em pau-santo da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Page 83: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

82

Fig. 130 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora das Candeias

Fig. 131 – Sé de Elvas, arco e abóbada da Capela de Nossa Senhora das Candeias

Fig. 132 – Sé de Elvas, azulejos seiscentistas da Capela de Nossa Senhora das Candeias

Fig. 133 – Sé de Elvas, nicho com a imagem de Nossa Senhora da Vitória da Capela de Nossa

Senhora das Candeias

Fig. 134 – Sé de Elvas, imagem de São Francisco (nicho da parede do lado direito) da Capela de

Nossa Senhora das Candeias

Fig. 135 – Sé de Elvas, imagem de São Bernardo (nicho da parede do lado direito) da Capela de

Nossa Senhora das Candeias

Fig. 136 – Sé de Elvas, capela-mor

Fig. 137 – Sé de Elvas, retábulo do altar-mor

Fig. 138 – Sé de Elvas, zona superior do retábulo do altar-mor

Fig. 139 – Sé de Elvas, mísulas e colunas do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Fig. 140 – Sé de Elvas, mísulas do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Fig. 141 – Sé de Elvas, pormenor de uma mísula do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Fig. 142 – Sé de Elvas, mísulas e colunas do retábulo do altar-mor (lado da Epístola)

Fig. 143 – Sé de Elvas, mísula do retábulo do altar-mor (lado da Epístola)

Fig. 144 – Sé de Elvas, pormenor da decoração do retábulo do altar-mor

Fig. 145 – Sé de Elvas, armas papais e anjo do retábulo do altar-mor (banda do Evangelho)

Fig. 146 – Sé de Elvas, anjo do retábulo do altar-mor (banda do Evangelho)

Fig. 147 – Sé de Elvas, armas do bispo D. Baltazar Vilas Boas e anjo do retábulo do altar-mor

(banda da Epístola)

Fig. 148 – Sé de Elvas, anjo retábulo do altar-mor (banda da Epístola)

Fig. 149 – Sé de Elvas, abóbada da capela-mor

Fig. 150 – Sé de Elvas, parede lateral e tribuna da capela-mor do lado da Epístola

Fig. 151 – Sé de Elvas, pormenor da parede lateral da banda da Epístola da capela-mor

Fig. 152 – Sé de Elvas, túmulo de D. Pedro e D. Baltazar Vilas Boas na parede lateral da banda

da Epístola da capela-mor

Fig. 153 – Sé de Elvas, túmulo de D. Pedro e D. Baltazar Vilas Boas

Fig. 154 – Sé de Elvas, parede lateral e tribuna do lado do Evangelho da capela-mor

Page 84: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

83

Fig. 155 - Lorenzo Gramiccia(?), Assunção da Virgem, 1748, óleo sobre tela, pintura do altar-

mor, Sé de Elvas

Fig. 156 - Lorenzo Gramiccia(?), Assunção da Virgem (pormenor), 1748, óleo sobre tela,

pintura do altar-mor, Sé de Elvas

Fig. 157 - Lorenzo Gramiccia, Assunção da Virgem, 1756, óleo sobre tela, pintura do altar-mor

da Colegiada de Valmontone, Itália

Fig. 158 – Sé de Elvas, órgão de Pascoal Caetano Oldovino (hoje na Capela de Nossa Senhora

das Candeias), 1758

Fig. 159 – Sé de Elvas, órgão do coro alto de Pascoal Caetano Oldovino, 1762

Fig. 160 – Sé de Elvas, armas do bispo D. Lourenço de Lencastre no órgão do coro-alto

Fig. 161 – Sé de Elvas, registo das insígnias episcopais e da data de “1777” (ano em que terá

sido terminada a obra de talha) na caixa do órgão do coro alto

Fig. 162 – Sé de Elvas, pormenor da obra de talha do órgão do coro alto

Fig. 163 – Sé de Elvas, guarda-vento da porta principal

Fig. 164 – Sé de Elvas, pormenor do guarda-vento da porta principal

Fig. 165 – Sé de Elvas, escadaria de acesso à tribuna da capela-mor do lado do Evangelho e à

Casa do Cabido

Fig. 166 – Sé de Elvas, escadaria de acesso à Casa do Cabido

Fig. 167 – Sé de Elvas, cobertura da escadaria de acesso à Casa do Cabido

Fig. 168 – Sé de Elvas, sacristia, vista geral do interior

Fig. 169 – Sé de Elvas, sacristia, vista geral do interior

Fig. 170 – Sé de Elvas, revestimento azulejar seiscentista da sacristia com as armas do bispo D.

Sebastião de Matos Noronha

Fig. 171 - Casa do Cabido de Elvas em 1968 (actualmente Museu de Arte Sacra de Elvas)

Fig. 172 – Casa do Cabido de Elvas, aspecto geral da Sala Capitular

Fig. 173 – Casa do Cabido de Elvas, aspecto geral da Sala Capitular

Fig. 174 – Casa do Cabido de Elvas, retábulo do altar da Sala Capitular

Fig. 175 – Pedro Alexandrino(?), Nossa Senhora da Conceição, segunda metade do século

XVIII, óleo sobre tela, pintura do retábulo do altar da Sala Capitular da Casa do Cabido de

Elvas

Fig. 176 – António de Sequeira, Cenas de paisagens e Alegoria ao Poder Temporal, início dos

anos 60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 85: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

84

Fig. 177 – António de Sequeira, Cenas de paisagens e Alegoria ao Poder Temporal, início dos

anos 60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 178 – António de Sequeira, Alegoria ao Poder Espiritual, início dos anos 60 do século

XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 179 - António de Sequeira, Cenas de paisagens e São João Evangelista (?), início dos anos

60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 180 - António de Sequeira, Alegoria à Justiça, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 181 - António de Sequeira, Alegoria à Fortaleza, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 182 - António de Sequeira, Cena de paisagem e Alegoria à Temperança, início dos anos 60

do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 183 - António de Sequeira, Alegoria à Prudência, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 184 - António de Sequeira, Paisagem, início dos anos 60 do século XVIII, Sala Capitular

da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 185 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 186 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 187 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 188 - Casa do Cabido de Elvas, Sala Capitular em 1937

Fig. 189 – Sé de Elvas, fachada lateral poente em 1942

Fig. 190 – Sé de Elvas, vista geral do interior em 1942

Fig. 191 – Sé de Elvas, restauro do telhado em 1942

Fig. 192 – Sé de Elvas, aspecto dos arcobotantes antes do restauro em 1942

Fig. 193 – Sé de Elvas, restauro dos arcobotantes em 1942

Fig. 194 – Sé de Elvas, aspecto geral do telhado durante o seu restauro em 1942

Fig. 195 – Sé de Elvas, restauro do coruchéu em 1944

Fig. 196 – Sé de Elvas, restauro do campanário em 1944

Fig. 197 – Sé de Elvas, restauro do campanário em 1944

Fig. 198 – Sé de Elvas, obras de restauro na fachada lateral poente em 1945

Page 86: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

85

Fig. 199 – Sé de Elvas, vista geral da cobertura após o seu restauro em 1945

Fig. 200 - Luís de Morales e colaboradores, A Assunção da Virgem, técnica mista sobre

madeira, painel pertencente ao antigo retábulo-mor da Sé de Elvas (1576-1579), Museu de Arte

Sacra Casa, Casa do Cabido de Elvas

Fig. 201 - Luís de Morales e colaboradores, Encontro de Sant’Ana e São Joaquim na Porta

Dourada e A Anunciação, técnica mista sobre madeira, painéis pertencentes ao antigo retábulo-

mor da Sé de Elvas (1576-1579), Museu de Arte Sacra Casa, Casa do Cabido de Elvas

Fig. 202 - Luís de Morales e colaboradores, A Visitação, técnica mista sobre madeira, painel

pertencente ao antigo retábulo-mor da Sé de Elvas (1576-1579), sacristia da igreja do Salvador

de Elvas (antiga igreja de Santiago da Companhia de Jesus)

Fig. 203 - Luís de Morales e colaboradores, Adoração dos Reis Magos, técnica mista sobre

madeira, painel pertencente ao antigo retábulo-mor da Sé de Elvas (1576-1579), sacristia da

igreja do Salvador de Elvas

Fig. 204 - Luís de Morales e colaboradores, Apresentação no Templo, técnica mista sobre

madeira, painel pertencente ao antigo retábulo-mor da Sé de Elvas (1576-1579), sacristia da

igreja do Salvador de Elvas

Fig. 205 – Igreja da Madalena de Olivença, fachada principal

Fig. 206 – Igreja da Madalena de Olivença, portal lateral (lado da Epístola)

Fig. 207 - Igreja da Madalena de Olivença, vista geral do interior

Fig. 208 – Igreja da Madalena de Olivença, capela-mor

Fig. 209 – Igreja do Salvador de Elvas (antiga igreja de Santiago da Companhia de Jesus),

retábulo-mor de talha dourada da autoria de Manuel Francisco, 1702-1703

Fig. 210 – Igreja do Salvador de Elvas, pormenor da mísula do lado da Epístola do retábulo-mor

Fig. 211 – Basílica de Mafra, parte superior do retábulo da capela-mor

Fig. 212 – Sé de Évora, retábulo da capela-mor

Fig. 213 – Igreja de São João Baptista de Campo Maior, 1734-1747

Fig. 214 – Igreja de São João Baptista de Campo Maior, aspecto geral do interior

Fig. 215 – Igreja de São João Baptista de Campo Maior, capela-mor

Fig. 216 – Hospital da Misericórdia de Elvas (hoje Museu de Arte Contemporânea de Elvas),

portal principal da autoria de Gregório das Neves Leitão, 1749-1750

Fig. 217 – Igreja do Santuário do Senhor Jesus da Piedade de Elvas, erguida a partir de 1753,

fachada principal

Fig. 218 – Igreja do Santuário do Senhor Jesus da Piedade de Elvas, vista do interior

Fig. 219 - Igreja do Convento de São Domingos de Elvas, altar lateral de Santa Maria

Madalena, segunda metade do século XVIII

Page 87: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

86

Fig. 220 – Igreja do Santuário de Nossa Senhora da Lapa de Vila Viçosa, erguida a partir de

1756, fachada principal

Fig. 221 - Igreja do Santuário de Nossa Senhora da Lapa de Vila Viçosa, vista do interior

Fig. 222 - Igreja do Santuário de Nossa Senhora da Lapa de Vila Viçosa, retábulo da capela-

mor, 1759, da autoria de Gregório das Neves Leitão

Fig. 223 - Igreja da Misericórdia de Évora, portal principal da autoria de Gregório das Neves

Leitão, 1765

Page 88: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

87

Fig. 1 - Planta da Sé de Elvas, IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais,

Fotografias e Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de Nossa Senhora da Assunção, DES.0052076, N.º

IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro de 2010).

Fig. 2 – Sé de Elvas e Praça da República

Page 89: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

88

Fig. 3 – Sé de Elvas e Praça da República

Fig. 4 – Praça da República vista a partir da Sé de Elvas

Page 90: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

89

Fig. 5 – Sé de Elvas integrada na malha urbana da cidade

Fig. 6 – Vista aérea da Sé de Elvas, IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes

Documentais, Fotografias e Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de Nossa Senhora da Assunção,

FOTO.0513816, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro

de 2010).

Page 91: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

90

Fig. 7 – Sé de Elvas, fachada principal

Fig. 8 – Sé de Elvas, varanda da fachada principal

Page 92: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

91

Fig. 9 – Sé de Elvas, portal principal

Fig. 10 – Sé de Elvas, placa de mármore mandada colocar pelo bispo D. Lourenço de Lencastre

no lado direito do nártex, em que se descrevem as obras realizadas na Sé por iniciativa do

prelado e se comemora a visita do rei D. José I, em 1769, à Catedral

Page 93: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

92

Fig. 11 – Sé de Elvas, placa de mármore colocada no lado esquerdo do nártex para comemorar a

sagração da Sé a 13 de Outubro de 1754, pelo bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio

Fig. 12 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Santo Amaro ou dos

Pessanhas

Page 94: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

93

Fig. 13 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente

Fig. 14 – Sé de Elvas, portal lateral nascente ou Porta do Sol

Page 95: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

94

Fig. 15 – Sé de Elvas, pormenor do portal lateral nascente

Fig. 16 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, gárgula

Page 96: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

95

Fig. 17 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Nossa Senhora da

Soledade e da capela-mor

Fig. 18 – Sé de Elvas, fachada lateral nascente, exterior da Capela de Nossa Senhora da

Soledade e da capela-mor

Page 97: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

96

Fig. 19 – Sé de Elvas, zona posterior ocupada pelo Cine-Teatro (antes ocupada pelo convento

feminino da Ordem de São Domingos)

Fig. 20 – Sé de Elvas, fachada lateral poente

Page 98: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

97

Fig. 21 – Sé de Elvas, portal lateral poente

Fig. 22 – Sé de Elvas, fachada lateral poente, muro do pátio e antiga Capela de Santo António

Page 99: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

98

Fig. 23 – Sé de Elvas, muro do pátio, sacristia e Casa do Cabido

Fig. 24 – Casa do Cabido de Elvas

Page 100: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

99

Fig. 25 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 26 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Page 101: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

100

Fig. 27 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Fig. 28 – Sé de Elvas, vista geral do interior

Page 102: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

101

Fig. 29 – Sé de Elvas, abóbada da nave central

Fig. 30 – Sé de Elvas, abóbada da nave central

Page 103: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

102

Fig. 31 – Sé de Elvas, pormenor da abóbada da nave central, em que estão representados nos

bocetes as armas reais, esferas armilares e cruzes da Ordem de Cristo

Fig. 32 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas reais

Page 104: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

103

Fig. 33 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas do

Cardeal D. Henrique

Fig. 34 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas da

cidade de Elvas

Page 105: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

104

Fig. 35 – Sé de Elvas, bocete da abóbada da nave central com a representação das armas do

bispo D. Baltazar de Faria Vilas Boas e Sampaio

Fig. 36 – Sé de Elvas, capitéis dos pilares

Page 106: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

105

Fig. 37 – Sé de Elvas, Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 38 - Descida do Espírito Santo, óleo sobre madeira, finais do século XVI, autor

desconhecido, Sé de Elvas, Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Page 107: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

106

Fig. 39 - Sé de Elvas, altar da Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 40 – Sé de Elvas, imagem de São João Baptista da Capela de Santo Amaro ou dos

Pessanhas

Page 108: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

107

Fig. 41 – Sé de Elvas, imagem de Santo Amaro da Capela de Santo Amaro ou dos Pessanhas

Fig. 42 – Sé de Elvas, baptistério e pintura Baptismo de Cristo dos finais do século XVI

princípios do século XVII de autor desconhecido

Page 109: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

108

Fig. 43 – Sé de Elvas, pia baptismal e azulejos seiscentistas do baptistério

Fig. 44 – Sé de Elvas, abóbada do baptistério

Page 110: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

109

Fig. 45 – Sé de Elvas, Capela de São José

Fig. 46 – Sé de Elvas, Capela de São José

Page 111: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

110

Fig. 47 – Sé de Elvas, Capela de São José, retábulo de talha dourada

Fig. 48 – Sé de Elvas, Capela de São José, pormenor do retábulo de talha dourada (parede

esquerda da capela)

Page 112: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

111

Fig. 49 – Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de São José

Fig. 50 – Sé de Elvas, restos de azulejos seiscentistas descobertos aquando do restauro do

retábulo de talha dourada da Capela de São José em 2004, foto DRCA, Tacula, Marcenaria e

Restauro, Relatório dos trabalhos efectuados no âmbito da aquisição de serviços: Tratamento

de conservação e restauro de duas capelas em talha dourada e policromada da Igreja de Nossa

Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, 2005

Page 113: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

112

Fig. 51 – Sagrada Família, madeira estofada e policromada, primeira metade do século XVIII,

Museu de Arte Sacra, Casa do Cabido de Elvas. Imagens antes pertencentes à Capela de São

José

Fig. 52 – Sé de Elvas, Capela de São José em 1941, em que se vêem expostas as imagens da

Sagrada Família, IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais, Fotografias e

Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de Nossa Senhora da Assunção, FOTO.0178418, N.º IPA

PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro de 2010)

Page 114: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

113

Fig. 53 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, foto 2008, IHRU/DGEMN,

Sistema de Informação, Fontes Documentais, Fotografias e Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de

Nossa Senhora da Assunção, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido

em Outubro de 2010)

Fig. 54 - Sé de Elvas, retábulo de talha dourada da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Page 115: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

114

Fig. 55 - Sé de Elvas, retábulo de talha dourada e imagem de Nossa Senhora de Guadalupe da

Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 56 - Sé de Elvas, pormenor do retábulo de talha dourada (parede esquerda) da Capela de

Nossa Senhora de Guadalupe

Page 116: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

115

Fig. 57 - Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Fig. 58 - Sé de Elvas, pintura de brutesco do arco da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Page 117: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

116

Fig. 59 – Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), óleo sobre tela,

1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, foto DRCA, Tacula,

Marcenaria e Restauro, Relatório dos trabalhos efectuados no âmbito da aquisição de serviços:

Tratamento de conservação e restauro de duas capelas em talha dourada e policromada da

Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, 2005

Fig. 60 - Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), pormenor em

que se vê o nome do encomendador, óleo sobre tela, 1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa

Senhora de Guadalupe, foto DRCA, Tacula, Marcenaria e Restauro, Relatório dos trabalhos

efectuados no âmbito da aquisição de serviços: Tratamento de conservação e restauro de duas

capelas em talha dourada e policromada da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé

de Elvas, 2005

Page 118: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

117

Fig. 61 - Juan Correa, Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2004), pormenor em

que se vê a assinatura do pintor, óleo sobre tela, 1676-1677, Sé de Elvas, Capela de Nossa

Senhora de Guadalupe, foto DRCA, Tacula, Marcenaria e Restauro, Relatório dos trabalhos

efectuados no âmbito da aquisição de serviços: Tratamento de conservação e restauro de duas

capelas em talha dourada e policromada da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé

de Elvas, 2005

Fig. 62 – Ex-voto dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe (após o restauro em 2008), autor

desconhecido, 1680, Sé de Elvas, foto DRCA, Arterestauro, Relatório de Conservação e

restauro do ex-voto dedicado a Nossa Senhora da Guadalupe da Sé de Elvas, Lisboa, 2008.

Originalmente estava colocado na Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, encontrando-se

actualmente exposto numa parede da escadaria que dá acesso à Casa do Cabido e à tribuna do

lado esquerdo da capela-mor

Page 119: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

118

Fig. 63 – Sé de Elvas, Capela das Almas

Fig. 64 – Sé de Elvas, pormenor do retábulo da Capela das Almas

Page 120: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

119

Fig. 65 – Sé de Elvas, pormenor da parede esquerda e do arco da Capela das Almas

Fig. 66 – Sé de Elvas, base da pilastra esquerda da Capela das Almas

Page 121: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

120

Fig. 67 – Sé de Elvas, altar da Capela das Almas

Fig. 68 – Sé de Elvas, teia da Capela das Almas

Page 122: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

121

Fig. 69 – Sé de Elvas, nicho da parede esquerda da Capela das Almas com a imagem do

Arcanjo São Miguel

Fig. 70 – Sé de Elvas, nicho da parede direita da Capela das Almas com a imagem de São

Nicolau

Page 123: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

122

Fig. 71 – Sé de Elvas, Capela de Santa Ana

Fig. 72 – Sé de Elvas, pormenor da Capela de Santa Ana

Page 124: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

123

Fig. 73 – Sé de Elvas, retábulo e nicho com a imagem de Santa Ana da Capela de Santa Ana

Fig. 74 – Sé de Elvas, teia da Capela de Santa Ana

Page 125: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

124

Fig. 75 – Sé de Elvas, parede esquerda da Capela de Santa Ana

Fig. 76 – Sé de Elvas, nicho da parede esquerda da Capela de Santa Ana com a imagem de São

Tiago

Page 126: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

125

Fig. 77 – Sé de Elvas, nicho da parede direita da Capela de Santa Ana com a imagem de São

Sebastião

Fig. 78 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Conceição

Page 127: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

126

Fig. 79 – Sé de Elvas, parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 80 – Sé de Elvas, tecto da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Page 128: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

127

Fig. 81 – Sé de Elvas, bases das colunas e teia da Capela de Nossa Senhora da Conceição

Fig. 82 – Nossa Senhora da Conceição (antes do seu restauro efectuado em 2008), anos 50(?)

do século XVIII, óleo sobre tela, autor desconhecido, Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da

Conceição, foto DRCA, Arterestauro, Relatório de conservação e restauro da tela Nossa

Senhora da Conceição da Sé de Elvas, 2008

Page 129: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

128

Fig. 83 – Pormenor da tela de Nossa Senhora da Conceição (antes do seu restauro efectuado em

2008), Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Conceição, foto DRCA, Arterestauro,

Relatório de conservação e restauro da tela Nossa Senhora da Conceição da Sé de Elvas, 2008

Fig. 84 – Imagens de São Crispim e São Crispiniano, início do século XVII(?), pertencentes à

antiga Capela de São Crispim e São Crispiniano da Sé de Elvas (actual Capela de Nossa

Senhora da Conceição), depositadas numa dependência de um edifício da Câmara Municipal de

Elvas

Page 130: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

129

Fig. 85 – Sé de Elvas, Capela de Santo António, foto de 2008, IHRU/DGEMN, Sistema de

Informação, Fontes Documentais, Fotografias e Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de Nossa Senhora

da Assunção, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro de

2010)

Fig. 86 – Sé de Elvas, pormenor da Capela de Santo António e tela A aparição do Menino Jesus

a Santo António, 1707, de Bento Coelho, da Capela de Santo António

Page 131: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

130

Fig. 87 – Sé de Elvas, tecto da Capela de Santo António, em que se vêem as iniciais do nome do

encomendador da obra, o bispo D. Baltazar de Vilas Boas

Fig. 88 – Sé de Elvas, base da coluna exterior da Capela de Santo António

Page 132: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

131

Fig. 89 – Sé de Elvas, teia da Capela de Santo António

Fig. 90 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António (antes do seu restauro

efectuado em 2008), 1707, Sé de Elvas, Capela de Santo António, foto DRCA, Arterestauro,

Relatório de conservação e restauro da tela de Bento Coelho da Sé de Elvas, 2008

Page 133: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

132

Fig. 91 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António (após o seu restauro

efectuado em 2008), 1707, Sé de Elvas, Capela de Santo António, foto DRCA, Arterestauro,

Relatório de conservação e restauro da tela de Bento Coelho da Sé de Elvas, 2008

Fig. 92 – Bento Coelho, A aparição do Menino Jesus a Santo António, 1707, pormenor da

assinatura e datação da obra, Sé de Elvas, Capela de Santo António, foto DRCA, Arterestauro,

Relatório de conservação e restauro da tela de Bento Coelho da Sé de Elvas, 2008

Page 134: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

133

Fig. 93 – Sé de Elvas, parede do fundo da antiga Capela de Santo António (por trás da actual

capela homónima)

Fig. 94 – Sé de Elvas, restos de pintura mural (finais do século XVI ou princípios do século

XVII ?) na parede do fundo da antiga Capela de Santo António

Page 135: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

134

Fig. 95 – Sé de Elvas, antiga Capela de Santo António, azulejos seiscentistas e túmulo de

Gonçalo Anes do Paço, falecido em 1540

Fig. 96 – Sé de Elvas, pintura mural no intradorso do arco do túmulo de Gonçalo Anes do Paço

(segunda metade do século XVII ou inícios do século XVIII) na antiga Capela de Santo António

Page 136: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

135

Fig. 97 – Sé de Elvas, abóbada quinhentista da antiga Capela de Santo António

Fig. 98 – Sé de Elvas, pintura de brustesco (primeira metade do século XVIII) da abóbada da

antiga Capela de Santo António

Page 137: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

136

Fig. 99 – Painéis alusivos aos milagres de Santo António: Santo António livrando o pai da forca

e Milagre eucarístico, talha dourada e policromada, atribuídos à segunda metade do século

XVII, reservas do MNAA, Lisboa, pertencentes ao retábulo de talha dourada da antiga Capela

de Santo António da Sé de Elvas

Fig. 100 - Painéis alusivos aos milagres de Santo António: Confissão do pecador arrependido e

Pregação aos peixes, talha dourada e policromada, atribuídos à segunda metade do século XVII,

dependência do Museu de Arte Sacra, Casa do Cabido de Elvas, pertencentes ao retábulo de

talha dourada da antiga Capela de Santo António da Sé de Elvas

Page 138: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

137

Fig. 101 – Sé de Elvas, Capela do Senhor dos Passos, antiga Capela das Chagas de Jesus

Fig. 102 – Sé de Elvas, pormenor da Capela do Senhor dos Passos

Page 139: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

138

Fig. 103 – Sé de Elvas, Capela do Senhor dos Passos, representação do emblema da Confraria

das Chagas de Jesus, da Cruz com o sudário e dos instrumentos do martírio de Cristo

Fig. 104 – Sé de Elvas, sacrário da Capela do Senhor dos Passos

Page 140: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

139

Fig. 105 – Sé de Elvas, altar da Capela do Senhor dos Passos

Fig. 106 – Sé de Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento

Page 141: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

140

Fig. 107 – Sé de Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento, arca tumular brasonada de D. Maria

do Quintal, 1620

Fig. 108 – Sé de Elvas, altar e sacrário da Capela do Santíssimo Sacramento

Page 142: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

141

Fig. 109 – Sé de Elvas, pormenor do altar da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 110 – Sé de Elvas, dossel, janelões e abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Page 143: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

142

Fig. 111 – Sé de Elvas, emblema alusivo à Eucaristia: Feixe de espigas de trigo (Pão), abóbada

da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 112 - Sé de Elvas, emblema alusivo à Eucaristia: Videira com um cacho de uvas (Vinho),

abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 113 - Sé de Elvas, representação de Torre em Chamas (símbolo da purificação e da

iluminação?), abóbada da Capela do Santíssimo Sacramento

Page 144: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

143

Fig. 114 - Coroação da Virgem, autor desconhecido, segunda metade do século XVIII, Sé de

Elvas, Capela do Santíssimo Sacramento

Fig. 115 – Sé de Elvas, imagens dos quatro evangelistas que encimavam o gradeamento da

Capela do Santíssimo Sacramento, estando actualmente acomodados na antiga sacristia do

cabido

Page 145: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

144

Fig. 116 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 117 – Sé de Elvas, imagem de Nossa Senhora da Soledade da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Page 146: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

145

Fig. 118 – Sé de Elvas, sacrário e “trono” da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 119 – Sé de Elvas, aplicações de talha por cima do arco fundeiro da Capela de Nossa

Senhora da Soledade, em que se representou um coração trespassado por uma flecha, uma

alusão a Nossa Senhora com o título da Soledade

Page 147: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

146

Fig. 120 – Sé de Elvas, abóbada quinhentista da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Fig. 121 – Sé de Elvas, parede direita da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Page 148: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

147

Fig. 122 – Sé de Elvas, tela pintada que reveste a parede direita da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Fig. 123 – Sé de Elvas, revestimento da parede direita da Capela de Nossa Senhora da Soledade

com painéis de talha dourada e pintura marmoreada e tela pintada

Page 149: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

148

Fig. 124 – Sé de Elvas, tela que reveste a parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da

Soledade

Fig. 125 – Sé de Elvas, revestimento da parede esquerda da Capela de Nossa Senhora da

Soledade com painéis de talha dourada e pintura marmoreada e tela pintada

Page 150: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

149

Fig. 126 – Sé de Elvas, azulejos seiscentistas na parede esquerda da Capela de Nossa Senhora

da Soledade

Fig. 127 – Sé de Elvas, imagem (seiscentista?) de São Sebastião no nicho da parede do lado

direito da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Page 151: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

150

Fig. 128 – Sé de Elvas, capitel em talha dourada da pilastra direita da Capela de Nossa Senhora

da Soledade

Fig. 129 – Sé de Elvas, teia em pau-santo da Capela de Nossa Senhora da Soledade

Page 152: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

151

Fig. 130 – Sé de Elvas, Capela de Nossa Senhora das Candeias

Fig. 131 – Sé de Elvas, arco e abóbada da Capela de Nossa Senhora das Candeias

Page 153: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

152

Fig. 132 – Sé de Elvas, azulejos seiscentistas da Capela de Nossa Senhora das Candeias

Fig. 133 – Sé de Elvas, nicho com a imagem de Nossa Senhora da Vitória da Capela de Nossa

Senhora das Candeias

Page 154: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

153

Fig. 134 – Sé de Elvas, imagem de São Francisco (nicho da parede do lado direito) da Capela de

Nossa Senhora das Candeias

Fig. 135 – Sé de Elvas, imagem de São Bernardo (nicho da parede do lado direito) da Capela de

Nossa Senhora das Candeias

Fig. 136 – Sé de Elvas, capela-mor, foto de 2008, IHRU/DGEMN, Sistema de Informação,

Fontes Documentais, Fotografias e Desenhos, Sé de Elvas/Igreja de Nossa Senhora da

Assunção, N.º IPA PT041207030001, http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro de

2010)

Page 155: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

154

Fig. 137 – Sé de Elvas, retábulo do altar-mor

Fig. 138 – Sé de Elvas, zona superior do retábulo do altar-mor

Page 156: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

155

Fig. 139 – Sé de Elvas, mísulas e colunas do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Fig. 140 – Sé de Elvas, mísulas do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Page 157: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

156

Fig. 141 – Sé de Elvas, pormenor de uma mísula do retábulo do altar-mor (lado do Evangelho)

Fig. 142 – Sé de Elvas, mísulas e colunas do retábulo do altar-mor (lado da Epístola)

Page 158: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

157

Fig. 143 – Sé de Elvas, mísula do retábulo do altar-mor (lado da Epístola)

Fig. 144 – Sé de Elvas, pormenor da decoração do retábulo do altar-mor

Page 159: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

158

Fig. 145 – Sé de Elvas, armas papais e anjo do retábulo do altar-mor (banda do Evangelho)

Fig. 146 – Sé de Elvas, anjo do retábulo do altar-mor (banda do Evangelho)

Page 160: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

159

Fig. 147 – Sé de Elvas, armas do bispo D. Baltazar Vilas Boas e anjo do retábulo do altar-mor

(banda da Epístola)

Fig. 148 – Sé de Elvas, anjo retábulo do altar-mor (banda da Epístola)

Page 161: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

160

Fig. 149 – Sé de Elvas, abóbada da capela-mor

Fig. 150 – Sé de Elvas, parede lateral e tribuna da capela-mor do lado da Epístola

Page 162: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

161

Fig. 151 – Sé de Elvas, pormenor da parede lateral da banda da Epístola da capela-mor

Fig. 152 – Sé de Elvas, túmulo de D. Pedro e D. Baltazar Vilas Boas na parede lateral da banda

da Epístola da capela-mor

Page 163: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

162

Fig. 153 – Sé de Elvas, túmulo de D. Pedro e D. Baltazar Vilas Boas

Fig. 154 – Sé de Elvas, parede lateral e tribuna do lado do Evangelho da capela-mor

Page 164: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

163

Fig. 155 - Lorenzo Gramiccia(?), Assunção da Virgem, 1748, óleo sobre tela, pintura do altar-

mor, Sé de Elvas

Fig. 156 - Lorenzo Gramiccia(?), Assunção da Virgem (pormenor), 1748, óleo sobre tela,

pintura do altar-mor, Sé de Elvas

Page 165: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

164

Fig. 157 - Lorenzo Gramiccia, Assunção da Virgem, 1756, óleo sobre tela, pintura do altar-mor

da Colegiada de Valmontone, Itália, foto Stefano Spaziani

Fig. 158 – Sé de Elvas, órgão de Pascoal Caetano Oldovino (hoje na Capela de Nossa Senhora

das Candeias), 1758

Page 166: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

165

Fig. 159 – Sé de Elvas, órgão do coro alto de Pascoal Caetano Oldovino, 1762

Fig. 160 – Sé de Elvas, armas do bispo D. Lourenço de Lencastre no órgão do coro-alto

Page 167: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

166

Fig. 161 – Sé de Elvas, registo das insígnias episcopais e da data de “1777” (ano em que terá

sido terminada a obra de talha) na caixa do órgão do coro alto

Fig. 162 – Sé de Elvas, pormenor da obra de talha do órgão do coro alto

Page 168: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

167

Fig. 163 – Sé de Elvas, guarda-vento da porta principal

Fig. 164 – Sé de Elvas, pormenor do guarda-vento da porta principal

Fig. 165 – Sé de Elvas, escadaria de acesso à tribuna da capela-mor do lado do Evangelho e à

Casa do Cabido

Page 169: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

168

Fig. 166 – Sé de Elvas, escadaria de acesso à Casa do Cabido

Fig. 167 – Sé de Elvas, cobertura da escadaria de acesso à Casa do Cabido

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169

Fig. 168 – Sé de Elvas, sacristia, vista geral do interior

Fig. 169 – Sé de Elvas, sacristia, vista geral do interior

Fig. 170 – Sé de Elvas, revestimento azulejar seiscentista da sacristia com as armas do bispo D.

Sebastião de Matos Noronha

Page 171: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

170

Fig. 171 - Casa do Cabido de Elvas em 1968 (actualmente Museu de Arte Sacra de Elvas),

IHRU/DGEMN, Sistema de Informação, Fontes Documentais, Fotografias e Desenhos, Sé de

Elvas/Igreja de Nossa Senhora da Assunção, FOTO.0166285, N.º IPA PT041207030001,

http://www.monumentos.pt (acedido em Outubro de 2010)

Fig. 172 – Casa do Cabido de Elvas, aspecto geral da Sala Capitular

Page 172: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

171

Fig. 173 – Casa do Cabido de Elvas, aspecto geral da Sala Capitular

Fig. 174 – Casa do Cabido de Elvas, retábulo do altar da Sala Capitular

Page 173: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

172

Fig. 175 – Pedro Alexandrino(?), Nossa Senhora da Conceição, segunda metade do século

XVIII, óleo sobre tela, pintura do retábulo do altar da Sala Capitular da Casa do Cabido de

Elvas

Fig. 176 – António de Sequeira, Cenas de paisagens e Alegoria ao Poder Temporal, início dos

anos 60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 174: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

173

Fig. 177 – António de Sequeira, Cenas de paisagens e Alegoria ao Poder Temporal, início dos

anos 60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 178 – António de Sequeira, Alegoria ao Poder Espiritual, início dos anos 60 do século

XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 175: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

174

Fig. 179 - António de Sequeira, Cenas de paisagens e São João Evangelista (?), início dos anos

60 do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 180 - António de Sequeira, Alegoria à Justiça, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 176: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

175

Fig. 181 - António de Sequeira, Alegoria à Fortaleza, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 182 - António de Sequeira, Cena de paisagem e Alegoria à Temperança, início dos anos 60

do século XVIII, Sala Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 177: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

176

Fig. 183 - António de Sequeira, Alegoria à Prudência, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 184 - António de Sequeira, Paisagem, início dos anos 60 do século XVIII, Sala Capitular

da Casa do Cabido de Elvas

Page 178: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

177

Fig. 185 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 186 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Page 179: a transfiguração barroca de um espaço arquitectónico a obra

178

Fig. 187 - António de Sequeira, Cena campestre, início dos anos 60 do século XVIII, Sala

Capitular da Casa do Cabido de Elvas

Fig. 188 - Casa do Cabido de Elvas, Sala Capitular em 1937, “Sala Capitular da Sé d’Elvas”, in

Arquivo Transtagano, n.º 5, 4.º ano, Elvas, Editor António José Torres de Carvalho, 15 de

Novembro de 1937, p. 71.