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ESCOLA DA BÍBLIA DE ITU TEOLOGIA DE DANIEL 1 Escola da Bíblia de Itu Teologia de Daniel Professor: Joncilei Escola da Bíblia de Itu

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A Teologia de Daniel

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Page 1: A Teologia de Daniel

ESCOLA DA BÍBLIA DE ITU

TEOLOGIA DE DANIEL

1

Escola da Bíblia de Itu Teologia de Daniel

Professor: Joncilei

Escola da Bíblia de Itu

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TEOLOGIA DE DANIEL

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Conteúdo programático

1. VISÃO GERAL DO PROFETISMO

2. INTRODUÇÃO A DANIEL

3. A FÉ DE UM JOVEM FIEL

4. O REINO QUE NUNCA SERÁ DESTRUÍDO

5. FÉ A PROVA DE FOGO

6. DEUS HUMILHA OS SOBERBOS

7. A MÃO DE DEUS

8. FECHANDO A BOCA DE LEÕES

9. A VISÃO DAS QUATRO BESTAS

10. A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE

11. AS SETENTA SEMANAS

12. A VISÃO DO TEMPO DO FIM

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 1- Visão geral do Profetismo

Introdução Cerca de um terço do conteúdo do Velho Testamento é de profecia. Em torno de 660 vezes o termo profeta é

usado na Bíblia, dos quais, 440 vezes no Antigo Testamento e 220 no Novo Testamento. Portanto é importante

conhecer mais sobre este tipo de literatura Bíblica.

Os livros proféticos falam dos ensinos e o ministério dos profetas. Os profetas eram homens chamados por Deus

com a missão de proclamar a palavra de Deus aos povos.

O profeta era a pessoa que tinha a posição central de revelador da vontade de Deus aos homens. Hebreu 1:1 diz:

“… Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas”. Também em

Jeremias 18:18 afirma: “…porquanto não há de faltar a lei ao sacerdote, nem o conselho ao sábio, nem a palavra

ao profeta…”

I. FUNÇÃO E DEFINIÇÃO DE PROFETA

A. A palavra “profeta”, vem do grego “Prophetes”, que significa: “falar antes” ou “falar por (alguém)”.

B. É o equivalente ao termo hebraico Nahbi, que tem o mesmo sentido.

C. Portanto o profeta é o Porta voz de Deus, fala em nome de Deus. (2Pe 1:20-21)

D. TERMOS DESCRITIVOS DOS PROFETAS:

1. VIDENTE = “Rõ’eh” em Hebraico. É aquele que vê. (1Sm 9:9,11) O profeta é aquele que pode

penetrar o futuro e revelá-lo.

2. HOMEM DE DEUS - Destaca a dedicação, consagração e comunhão que o profeta tem com

Deus. (1Sm 9:6,8)

3. SERVO DE DEUS = Descreve sua sujeição ao Senhor. (Jr 7:25;Am 3:7)

4. ENVIADOS OU MENSAGEIRO = Mostra a origem de suas palavras e sua autoridade.

(Ag 1:13;2Cr 36:15-16)

5. ATALAIA = A idéia de alertar sobre perigo da destruição em função de pecado praticado

pela nação. (Jr 6:17;Ez 3:17)

II. A PREEMINÊNCIA DO PROFETA

A. Há tres grandes figuras na liderança de Israel: O sacerdote, o profeta e o rei.

B. O profeta tinha uma área de atuação diferente do sacerdote, embora este também exercesse

um trabalho espiritual.

C. Os profetas tinham autoridade para repreender sacerdotes e reis que eram infiéis. (Ex: Natã e

Davi 2Sm 12:1-7)

D. O profeta escolhia e ungia reis e até liderava golpes de estado para destronar reis. (Samuel e

Saul 1Sm 13:11-13) (Elias e Acabe)

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III. A ORIGEM DOS PROFETAS

A. O primeiro a ser chamado de profeta na Bíblia foi Abraão (Gn 20:7).

B. O termo foi estendido também a Arão (Ex 7:1) e Moisés (Dt 34:10).

C. O ministério profético estabelecido como conhecemos começou com Samuel (1Sm 9:9;10:5;

19:20) Samuel foi um grande profeta juntamente com Moisés (Jr 15:1).

IV.ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES DOS PROFETAS

1. Segundo o meio de comunicar a mensagem.

Profetas orais: Elias, Eliseu, Nata, Gade (2Sm 24:11), Aias (2Rs 11:29) e outros.

Profetas literários: Isaías, Jeremias, (todos os profetas maiores e menores).

2. Segundo os receptores da mensagem. A. A Israel: Oséias, Amós.

B. A Judá: Joel, Isaías, Miquéias, Sofonias, Jeremias, Habacuque, Ageu, Zacarias,

Malaquias.

C. A Nínive: Jonas e Naum

D. A Babilônia: Daniel.

E. Aos Exilados: Ezequiel.

F. A Edom: Obadias.

3. Segundo os períodos cronológicos A. Pré-Exílio:Obadias,Joel,Jonas,Oséias,Amós,Isaías,Miquéias,Naum,Sofonias,Jeremias,

Habacuque.

B. Exílio: Ezequiel e Daniel.

C. Pós-Exílio: Ageu, Zacarias, Malaquias.

4. Segundo os períodos dos Impérios gentílicos mundiais A. Período Assírio: Obadias, Joel, Jonas, Oséias, Amós, Isaías, Miquéias, Naum.

B. Período Babilônio: Sofonias, Jeremias, Habacuque, Daniel, Ezequiel.

C. Período Persa: Ageu, Zacarias, Malaquias.

5. Segundo a Septuaginta (ordem seguida em várias versões) A. Profetas Maiores: Isaías, Jeremias (Lamentações), Ezequiel, Daniel.

B. Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,

Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

V. CLASSIFICAÇÕES DAS PROFECIAS

1. Profecias para Israel e seu relacionamento com o Deus da Aliança.

2. Profecias Messiânicas (Isaías, Malaquias, Joel, etc).

3. Profecias Escatológicas: (Daniel).

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VI.A MENSAGEM PROFÉTICA.

1. Mensagem de denúncia do pecado da nação.

2. Mensagem de Juízo Castigo Divino (Joel 2: 11,31; Am 5:18-20).

3. Mensagem de Consolo e Renovação (Is. 40:1).

4. Mensagem de Ética e Justiça Social (Hc. 1:1-4).

VII. ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROFETISMO BÍBLICO

A. VOCAÇÃO-

É o chamado de Deus para o ministério profético.

O chamado não era facultativo, mas exigia compromisso total (Jr 1:1-19).

Não existe profeta verdadeiro sem vocação, chamado divino (Jr 23: 21).

B. MENSAGEM-

O verdadeiro profeta tinha uma mensagem de Deus para entregar ao povo

(Jr 1:2;Ez 1:3;Os 1:1).

A mensagem era recebida e transmitida de várias formas (Hb 1:1).

Não havia profeta verdadeiro sem uma mensagem de Deus.

C. CUMPRIMENTO-

O cumprimento do que foi profetizado era essencial para confirmar um profeta de Deus

(Dt 18:20-22)

Uma profecia não cumprida era falsa profecia e deveria ser punida com morte.

Não havia profeta verdadeiro sem profecia cumprida.

VIII.A ÉTICA PESSOAL DOS PROFETAS

A. Alguém que conhece e vive a mensagem que prega - (Ez 2: 8; Ap ).

B. Alguém que obedece ao Senhor não importa o custo - (Is 20: 3; Ez 4: 12;24:15).

C. Alguém sem lucros pessoais (interesses próprios) - (2Rs 5:16; Ne 5:15).

D. Alguém que não bajula e nem é bajulado - (2Cr 18:12-13,26,27).

E. Alguém incorruptível (íntegro) – (Dn 1:8;6:4).

F. Alguém humilde e servo de todos - (Jo 1:27; 3:30; Lc 17:10).

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LICÕES PARA HOJE

1. Não há mais profetas no sentido de trazer novas revelações. Sejamos fiéis em pregar as

verdades já reveladas.

2. Sejamos uma mensagem viva. Que as pessoas vejam não apenas em nossas palavras, mas também

em nossas ações a verdade de Jesus.

3. Sejamos criativos em comunicar a mensagem de Deus. Contextualizando a mensagem aos nossos

dias sem perder o significado de seu conteúdo.

4. Obedeçamos à chamada para proclamar a mensagem de Deus. (Mt 28:18-20)

5. Tenhamos a humildade para reconhecer que o trabalho é de Deus.

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 2- Introdução a Daniel

Introdução Um dos livros mais fascinantes da Bíblia certamente é o livro de Daniel. Os primeiros seis capítulos contêm relatos de fé que inspiram jovens e adultos. Os últimos seis capítulos estão repletos de visões apocalípticas que desafiam os estudantes mais avançados da Bíblia e grandes teólogos. É um livro que tem sido atacado e abusado.

Atacado pelos teólogos liberais que negam a sua inspiração.

Abusado por muitos que o tomam fora de seu contexto para apoiar toda sorte de doutrinas e Teorias estranhas sobre a segunda vinda de Jesus.

Mas o livro de Daniel quando lido e entendido apropriadamente pode:

1. Inspirar-nos a uma maior fidelidade no serviço do Senhor.

2. Fortalecer nossa fé na inspiração das Escrituras.

Vamos começar nosso estudo de Daniel com uma introdução geral de seu conteúdo e estrutura.

I. DANIEL O HOMEM

A. O nome Daniel significa: “Deus é meu juiz”.

B. Ele era uma pessoa de fé perseverante e profunda.

a. Quando jovem ele propôs em seu coração não se contaminar. (Dn 1:8)

b. Quando idoso persistiu em servir a Deus mesmo sendo ameaçado. (Dn 6: 10)

C. Deus abençoou Daniel por causa de sua fé.

a. Ele foi alçado a posições de destaque e poder nos reinos da Babilônia e da Pérsia.

(Dn 2:48;6:1-3)

b. Ele serviu como estadista, conselheiro de reis, e profeta de Deus.

c. Durante um período de 70 anos Daniel serviu a seis governadores babilônicos e a dois persas.

No governo de tres deles foi elevado a Primeiro Ministro.

D. Daniel foi contemporâneo de Jeremias e Ezequiel.

a. Jeremias profetizou em Jerusalém antes e durante o exílio. (626-528 a.C)

b. Ezequiel estava na Babilônia entre os exilados. (592-570 a.C)

c. Daniel profetizou na capital da Babilônia. (605-586 a.C)

E. Nada se sabe sobre Daniel além do que está em seu livro.

a. Nasceu provavelmente em 623 a.C em Jerusalém durante a reforma de Josias e no princípio do

ministério de Jeremias.

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b. Ele vem de uma família proeminente de Judá, talvez de sangue real. (Dn 1:3)

c. Ainda muito jovem (12-18 anos) ele foi tirado de sua família para ser treinado nas cortes da

Babilônia. (Dn 1:3-4)

d. Não se sabe se era casado ou não.

II. ÉPOCA DE DANIEL

A. Algumas datas importantes a serem lembradas:

1. 612 a.C - Queda de Nínive, capital do império Assírio.

2. 605 a.C - A batalha de Carquêmis provou a supremacia babilônica (alguns judeus foram levados para a

Babilônia, Daniel e seus tres amigos estavam entre eles).

3. 597a.C - Uma segunda leva de judeus foi encaminhada para a Babilônia, inclusive Ezequiel.

4. 586 a.C-Jerusalém caiu e o templo foi destruído

5. 536 a.C- Babilônia cai e a primeira leva de judeus retorna à Jerusalém.

6. 457 a.C- Uma segunda leva retorna com Esdras. (A Nação é reorganizada e a Lei é lida).

7. 444 a.C- Uma terceira leva retorna com Neemias. (O muro é reconstruído).

B. Daniel viveu muito nesse período (605-534 a.C)

a. Ele estava entre o primeiro grupo de cativos levados para a Babilônia. (Dn 1:1-4)

b. Ele continuou lá durante os setenta anos de cativeiro. (Dn 1:21; 10:1; Dn 9:1-2; Jr 25:11; 29:10)

III. O LIVRO DE DANIEL

A. AUTOR :

1. Muitos teólogos liberais têm negado a autoria de Daniel com base em vários argumentos:

históricos, literários, cronológicos e outros. Veja alguns exemplos:

a. As predições proféticas 1. Objeção: Os teólogos liberais alegam que o livro teria que ser escrito cerca de 165 a.C.porque, dizem eles, era impossível terem sido compostas tão minuciosas predições a respeito dos eventos vindouros. Daniel revelou a Nabucodonosor a história política envolvendo três impérios mundiais que sucederam ao império babilônio. 2. Resposta: A prova da inspiração gira em torno deste argumento central. Se Daniel escrevesse como um historiador ele não seria inspirado, mas a profecia cumprida é uma das provas mais fortes que os homens simplesmente não especularam; em vez disso, Deus revelou coisas antes que elas acontecessem (Isaías 42:9; 44:7). a. Daniel foi inspirado (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:21). b. Ezequiel, um contemporâneo, referiu-se a ele três vezes (Ezequiel 14:14,20; 28:3). c. Jesus confirmou a veracidade de Daniel quando ele o declarou ser um profeta (Mateus 24:15). b. Os milagres 1. Objeção: Os teólogos liberais alegam que os milagres da fornalha ardente e da cova dos leões estão ao nível dos contos de fadas infantis. 2. Resposta: Teríamos que jogar fora toda a Bíblia se cada narrativa de milagre tiver que ser rejeitada. Os milagres são atos sobrenaturais (João 3:2). Se eles tivessem que ser explicados pela lógica humana, nada sobre eles faria com que se honre e reverencie o Pai celestial (veja Juizes 7:2).

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c. A linguagem 1. Objeção: Os teólogos liberais alegam que o uso de três palavras gregas em Daniel 3:5 (“harpa”, “saltério” e “cítara”) prova que foi escrito num tempo posterior, no período grego. Resposta: Estas palavras são nomes de instrumentos musicais e, como as palavras italianas “piano” e “viola”, estes instrumentos levaram seus nomes originais para onde quer que fossem transportados. 2. Objeção: Os teólogos liberais alegam que o uso de quinze antigas palavras persas tais como “príncipes” (1:3) e “manjar do rei” (1:5) indicam uma data posterior. Resposta: O uso destas palavras somente demonstra que a vida de Daniel tocou não somente a corte babilônia como também a persa. 3. Objeção: Os teólogos liberais alegam que dois autores escreveram o livro, baseados no fato que Daniel 2:4 - 7:28 está escrito em aramaico, enquanto o resto está em hebraico. (Eles afirmavam que era “aramaico tardio” até que os rolos do Mar Morto foram descobertos que continham partes de Daniel escritas em aramaico do 2º século que não era nada semelhante ao aramaico de Daniel, provando que era uma composição do 6º século). Resposta: O aramaico era a língua oficial do império babilônio e se tornou língua internacional, como o inglês é hoje. As línguas semitas hebraica e aramaica têm qualidades semelhantes às das línguas românicas do francês e do italiano. Mas, assim como os franceses não entendem os italianos, os hebreus não entendiam o aramaico dos funcionários assírios e, mais tarde, dos babilônios. Durante o exílio, ocorreu uma mudança nos hábitos do falar dos judeus. Eles começaram a falar o aramaico, que finalmente afastou o hebraico e se tornou a língua falada e escrita da Palestina. o O fato que o livro de Daniel usa ambas as línguas não prova que é obra de dois autores diferentes, mas que o único autor usou dois estilos distintos (capítulos 1-6 e capítulos 7-12). Se estas duas partes também tivessem sido separadas pelas duas línguas existiria um caso mais forte. Contudo, tanto o aramaico como o hebraico são encontrados em cada parte e, í o aramaico se sobrepõe em ambas as partes, ligando-as. Portanto, estes fatos servem como uma forte confirmação de que um só autor seguiu um modelo consistente.

Não sabemos por que a língua muda nestes lugares a não ser que ambas as línguas fossem entendidas comumente pelos judeus nos dias de Daniel

2. Há também muitas provas da autenticidade da autoria de Daniel. A mais contundente é a

afirmação de Jesus. (Mt 24:15)

B. DATA QUE FOI ESCRITO: Entre 537-535 a.C.

C. GÊNERO LITERÁRIO: A qual tipo de literatura pertence o livro de Daniel?

1. Narrativa histórica.

2. Profética.

3. Sapiencial.

4. Apocalíptica.

D. OBJETIVOS DO LIVRO DE DANIEL:

1. Objetivo Teológico: Declarar a soberania de Deus sobre os reinos da terra.

2. Objetivo prático: Encorajar a fidelidade em ambientes pagãos. (Dn 1:8; 6:4)

E. TEMA DO LIVRO DE DANIEL: “O Altíssimo domina sobre o reino dos homens”. (Dn 2:21;4:17,25,32,34-35;5:21)

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F. ESTRUTURA DE DANIEL: Duas grandes seções:

1. Narrativas históricas. (Caps. 1- 6)

2. Visões apocalípticas. (Caps. 7-12)

G. CONTRIBUIÇÕES SINGULARES DE DANIEL: 1. Ênfase gentílica (mundial) - Suas profecias não se centralizam em Judá e no povo judeu, mas nos

reinos mundiais. Diferente dos demais profetas. 2. Uso de duas línguas- 2:4b -7:28 - escrito em aramaico, a língua internacional da época. 1:1-2 e 8:1-

12:13 escrito em hebraico língua dos judeus. 3. Visão de um programa profético - A descrição cronológica de uma futura sucessão de reis e reinos

mundiais e sua participação dentro do plano de Deus. 4. Daniel é um livro selado. O que quer dizer isto?

H. DANIEL E O NOVO TESTAMENTO:

1. Expressões usadas por Jesus: Filho do Homem, Abominável da desolação.

2. Símbolos e figuras semelhantes em Apocalipse: Daniel 7 e Apocalipse 13:1-10

3. Profecias cumpridas nos tempos neotestamentários (período interbíblico e no 1º século). Ex:

Reino estabelecido nos dias de Roma (Dn 2/At 2), destruição de Jerusalém (Dn 9/Mt 24).

I. ESBOÇO DE DANIEL

I. Eventos históricos (1-6)

A. Daniel e sua determinação de manter-se puro (Dn 1:1-21).

B. Sonho de Nabucodonosor e promoção de Daniel (Dn 2:1-49).

C. Fé diante do fogo ao qual seus amigos foram submetidos (Dn 3:1-30).

D. Segundo sonho de Nabucodonosor e sua insanidade temporária (Dn 4:1-37).

E. O escrito na parede e a queda de Belsazar (Dn 5:1-31).

F. Dário e sua cova de leões (Dn 6:1-28).

II. Visões Apocalípticas (7-12)

A. O sonho de Daniel, as quatro bestas (Dn7:1-28).

B. O sonho de Daniel, um bode e um carneiro (Dn 8:1-27).

C. A oração de Daniel e a visão das setenta semanas (Dn 9:1-27).

D. A visão de Daniel do tempo do final (Dn 10:1-12:13).

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 3- A Fé de um jovem fiel

Introdução

1. O antigo Testamento está cheio de exemplos dignos de estudo e apreciação.

a. Como José, com sua fidelidade na casa de Potifar.

b. Como Josué, um grande homem de fé e convicção em seu serviço a Deus.

2. Outro exemplo que deve nos inspirar é o de Daniel.

a. Como jovem, sua fé deu-lhe a coragem para permanecer fiel a suas convicções.

b. Quando velho, sua fé ajudou-o a enfrentar perseguição.

I. A FÉ DE DANIEL COMO JOVEM

A. ERA UM DIA TERRÍVEL NA HISTÓRIA DE ISAREL.

1. O inicio da dominação babilônica - Dn 1:1-2.

a. No terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C).

b. Jerusalém é sitiada por Nabucodonosor.

c. Jeoaquim é levado ao cativeiro, e os elementos preciosos do Templo são levados.

2. Esta foi a primeira das três vezes que Nabucodonosor veio contra Jerusalém. (605, 597,586 a.C)

B. DANIEL E OUTROS SÃO ESCOLHIDOS PARA UM TREINAMENTO ESPECIAL.

1. Jovens rapazes levados para servir Nabucodonosor - Dn 1:3-7.

a. Eles eram a “nata” dentre os cativos.

1) Bonitos e sem defeito.

2) Dotados de sabedoria, conhecimento e habilidade para aprender rapidamente.

b. Eles deveriam servir no palácio do rei, e serem ensinados na língua e cultura dos Caldeus

(Babilônios).

1) Foi-lhes dada provisão especial da comida e da bebida do rei.

2) Com tres anos de treinamento especial.

c. Entre os escolhidos, quatro foram nomeados, e aparentemente renomeados para honrar os

deuses babilônios.

1. Daniel (Deus é meu juiz) - Beltessazar (Um servo de Bel=Dama).

2. Hananias (O Senhor é bondoso) - Sadraque (inspirado pelo deus Sol).

3. Misael (Quem é o que Deus é?) - Mesaque (quem é o que deus lua é?)

4. Azarias (O Senhor ajuda) - Abdenego (servo de Nebo).

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2. Como estes jovens deveriam responder?

a. Eles deveriam se submeter às tentações impostas?

b. Eles se desculpariam por serem jovens e inexperientes?

Como você reagiria se estivesse no lugar deles?

C. DANIEL TOMA UMA DECISÃO.

1. Ele “propôs em seu coração”, “resolveu firmemente” não se contaminar.

a. I.e., ele fez um compromisso.

b. Algo muito raro hoje, tanto para os jovens quanto para os adultos.

2. Seu compromisso era “não se contaminar” com a comida do rei.

a. Possivelmente comida impura, proibida em Levitico (Lv 11).

b. Talvez fosse carne que tinha sido consagrada inadequadamente (Lv 17:14).

c. Ou ainda carne que tivesse sido sacrificada a ídolos (1 Co 10:20-22).

D. COMO DANIEL PERMANECEU FIEL AO SEU COMPROMISSO COM DEUS.

1. Ele o fez com educação - Dn 1:8b

a. Note que ele “pediu”.

b. Ele não “exigiu”, mas respeitou a autoridade dos que eram responsáveis.

2. Ele fez com a ajuda de Deus - Dn 1:9

a. Deus o favoreceu aos olhos do chefe dos eunucos.

b. Semelhante a José na prisão, no Egito. (Gn 39:21).

3. Ele fez com persistência - Dn 1:10-11

a. Ele não desistiu depois da recusa do chefe dos eunucos.

b. Ele tentou algo diferente, foi ao cozinheiro chefe responsável por eles.

4. Ele fez com o desejo de ter sua fé testada - Dn 1:12-15

a. Ele estava confiante de que a maneira de Deus era a maneira certa.

b. Ele desejou mostrar que o jeito de Deus era superior.

c. Então pediu ao cozinheiro chefe apenas legumes e água por 10 dias.

E. O VALOR DESTA FÉ É VISTA ATRAVÉS DOS RESULTADOS.

1. Afetou a vida de outros! - Dn 1:15-16

a. Abençoou a aparência de Daniel e seus amigos.

b. Abençoou o resto dos jovens sob o cuidado do chefe dos eunucos.

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2. Deus abençoou Daniel e seus tres amigos mais ainda! - Dn 1:17-20

a. Deus deu conhecimento, inteligência e a habilidade de interpretar sonhos.

b. Eles se tornaram os melhores dentre os jovens que tinham sido treinados, e servido na

presença de Nabucodonosor.

3. Daniel continuou na corte da Babilônia por setenta anos! – Dn 1:21

a. Até o primeiro ano de Ciro da Pérsia (593 a.C).

b. Ele se tornou chefe de todos os sábios e governador da Babilônia - Dn 2:48

II. APLICAÇÕES PARA NOSSA VIDA

A obediência deve partir do coração do homem. Tem que querer obedecer.

Nenhum servo de Deus deixará de ser provado.

Aqueles que só servem quando é conveniente, cairão na tentação - Rm 6:16.

Deus nos usa para cumprir seu propósito, mesmo em situações trágicas.

Hoje Deus continua abençoando aqueles que com coragem e convicção defendem a Jesus

Cristo. (Mc 10:29-30;2Tm 1:12)

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 4- O Reino que nunca será destruído

Introdução

1. Em Daniel capítulo 2, lemos sobre o sonho de Nabucodonosor e a sua interpretação.

a. Um sonho que profetiza sobre quatro impérios mundiais.

b. O quarto, um reino indestrutível, um reino eterno. O reino de Deus.

2. Neste capítulo há dois pensamentos chave:

a. Deus é o revelador de segredos - Dn 2:19, 22, 28-29, 47

b. Deus pode fazer conhecer o futuro e trazê-lo ao presente - Dn 2:28-29, 21

I.UM SONHO QUE TIROU O SONO (Dn 2:1-16)

A. Nabucodonosor é atormentado por um sonho. (v.2)

B. Ele pede que seus magos, encantadores, feiticeiros e caldeus que:

1. Revelem o conteúdo do sonho. (V.3)

2. A interpretação do sonho.

C. Os magos perguntaram primeiro o conteúdo do sonho para que pudessem interpretá-lo.

(v.4-13)

a. O Rei queria provar a autenticidade dos sábios. Exigia o conhecimento do sonho.

b. Eles queriam ganhar tempo repetindo o pedido de explicação do sonho. Nabucodonosor

percebeu o estratagema e se recusou a revelar o conteúdo do sonho.

c. Eles afirmaram que o que o rei pedia era insensato e impossível

d. O rei decreta a pena de morte a todos os magos e sábios, incluindo Daniel e seus amigos.

Daniel pediu um tempo para dar a interpretação do sonho ao rei.

Por que o rei concedeu tempo a Daniel e não aos outros?

Por que Daniel tinha que esperar?

II. DANIEL PEDE A DEUS A INTERPRETAÇÃO DO SONHO (Dn 2:17-35)

A. Daniel e seus amigos oraram pedindo a Deus a revelação do sonho. (v.17-18)

B. Daniel rende glória a Deus pela revelação do sonho. (v.17-23)

C. Daniel pede uma oportunidade para falar com o rei e expor a interpretação (v.24-25)

D. Daniel louva a Deus diante de Nabucodonosor, afirmando que só Deus poderia revelar tal coisa.

(v.24-30)

E. Daniel revela o conteúdo do sonho do rei e em seguida a interpretação. (V.31-35)

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III.DANIEL REVELA A INTERPRETAÇÃO AO REI (Dn 2:36-45)

A. Nabucodonosor viu uma grande estátua feita com diferentes metais. (v.31)

B. A estátua tinha esta composição (v.31-33):

1. A cabeça era de ouro.

2. O peito e os braços de prata

3. O ventre e os quadris de bronze.

4. As pernas de ferro.

5. Os pés, parte de ferro e parte de barro.

6. Uma pedra é cortada sem o uso das mãos e quebra a estátua. (v.34-35)

C. O significado de cada parte (v.36-45):

1. A cabeça de ouro = Babilônia (v.37-38)

2. Peito e braços de prata = Medo-Pérsia (Dn 2:39; 5:28; 8:20)

3. Ventre e quadris de bronze = Grécia (Dn 2:39; 8:21)

4. Pés de ferro = Roma (Dn 2:40-43; 7:7-8)

5. A pedra = Reino de Deus, a igreja (v.44-45)

D. O sonho de Daniel no capítulo 2, tem paralelo com o sonho de Daniel no capítulo 7. Os reinos

apresentados nas partes da estátua, são também os dos quatro animais.

IV.O REINO DE DEUS

A. Profetizado em Daniel

Daniel profetizou a ascensão e a queda de quatro reinos, e o surgimento de um reino que

nunca cairia. A igreja (v.44-45).

A PROFECIA diz que este reino (igreja) seria estabelecido nos dias destes reis (4º reino-

romano).

Que nunca deixaria de existir, como os reinos terrenos deixaram de existir.

B. Cumprido nos dias de Jesus e dos apóstolos.

1. Jesus e João Batista pregaram que o reino estava próximo – (Mt 3:1-2;Mc 1:14).

2. Jesus anunciou que o reino chegaria com poder - (Mc 9:1).

3. Jesus disse aos apóstolos que seriam revestidos de poder do Espírito Santo - (At 1:8).

4. Quando estas coisas se cumpriram? Quando o reino de Deus foi estabelecido?

5. Atos 2, no dia de Pentecostes. A chegada do reino com poder do Espírito Santo.

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C. A NATUREZA DESTE REINO

1. Daniel profetizou que não seria um reino comum, humano e terreno.

2. Jesus afirmou sobre o seu reino, a igreja:

a. As portas do hades não prevaleceriam sobre ele - (Mt 16:18).

b. Não é um reino deste mundo - (Jo 18:36; Rm 14:17).

c. Um reino presente hoje entre nós - (1Co 15:24; Cl 1:13; Ap 1:9).

d. Um reino eterno - (Dn 2:44; Hb 12:28; Lc 1:31-33).

D. O FUTURO DESTE REINO

1. Durará para sempre – (Dn 2:44; Hb 12:28; Lc 1:31-33).

2. Será entregue ao Pai - (1 Co 15:24).

3. Será na eternidade nos céus - (Ap 22:5).

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 5- Fé a prova de Fogo

Introdução

1. Em Daniel capítulo 1, fomos apresentados aos amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abd-nego.

a. Como Daniel, eles foram jovens levados de Judá para o cativeiro e treinados para servirem o rei (Dn 1:6-7).

b. Como Daniel, eles foram abençoados por Deus e impressionaram o rei após o período de treinamento (Dn 1:17-20).

1. Daniel capítulo 3, revela mais sobre o caráter destes tres jovens:

a. Reportando um incidente que tem fascinado jovens e adultos através dos tempos.

b. Como em Daniel 1, ele ilustra o poder da fé daqueles que são jovens.

I. O MONUMENTO DA VAIDADE E SOBERBA (Dn 3:1-7)

A. A ESTATUA - O rei fez uma estátua de ouro na planície de Dura, que se localizava cerca de

20km a sudoeste da Babilônia. Media cerca de 30 metros de altura por 3 metros de largura. (v.1)

B. Nabucodonosor reuniu todos os oficiais de seu reino para comparecerem a consagração dessa

imagem (v.2-3)

C. A ORDEM -Todo povo foi ordenado a adorar a imagem. Parecia ser um monumento ao seu

reinado, ou uma tentativa de unificação do Reino por meio da religião (v.4-7).

D. A AMEAÇA - Havia uma ameaça para quem não adorasse a imagem: “lançado na fornalha de fogo”. (v.6).

E. A PRESSÃO DA MULTIDÃO - A pressão da maioria é uma das maiores tentações, se todos

estão fazendo uma coisa, poucas pessoas têm força para serem diferentes. A sociedade é um

monstro. A moda é cruelmente coerciva. Ela ordena: “Faça o que os outros fazem” (vestir,

beber, falar, etc.) Assim foi na Babilônia. Tocou a trombeta todos se dobraram ante a estatua.

II. O TESTEMUNHO DA FIDELIDADE INCONDICIONAL A DEUS (Dn 3:8-18)

A. A difamação da fidelidade dos servos de Deus (v.8-12)

1. A multidão não se conformou em ver alguém agindo diferente.

2. Na mesma hora os oficiais acusaram os judeus amigos de Daniel (v.8-9)

3. Transformaram a fidelidade deles a Deus, em algo pessoal contra o rei (v.9-12)

B. O rei irado desafia a lealdade deles ao Deus verdadeiro. (v.13-15)

1. Nabucodonosor não podia acreditar. Perguntou: “É verdade”?. Não acreditou que eles o

estivessem rejeitando. Talvez achasse que era uma informação errada.

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2. O rei lhes deu uma segunda chance de se redimirem perante ele, se aceitassem adorar a

imagem naquele instante.

3. O rei desafiou o Deus único perguntando quem poderia livrá-los das mãos do rei e da fornalha

de fogo.

C. A determinação inflexível dos jovens fieis (v.16-18)

1. Não precisamos responder!, ou seja, não precisamos pensar mais no assunto! Já estamos

decididos. Não é preciso pensar demais para decidir ser fiel ao Senhor, é preciso agir mais do

que falar.

2. Eles criam no poder de Deus para livrá-los. Se assim Ele quisesse (v.17)

3. Eles criam na vontade soberana de Deus. Ele poderia não querer livrá-los. (v.18)

4. A lealdade deles a Deus era incondicional. Com ou sem livramento, eles seriam fiéis a Deus.

(v.18)

III. A PROVA DA FÉ (Dn 3:19-23)

A. Nabucodonosor se encheu de fúria e mandou lançá-los na fornalha de fogo sete vezes mais

quente que o normal.(v.19)

B. Os homens que os lançaram foram queimados ao se aproximar da fornalha (v.20-21)

C. O milagre se tornou mais ressaltado pelo fato que os homens que os lançaram foram mortos, os

três, nem sequer tiveram suas roupas chamuscados. (v.21-23,27)

IV. O TRIUNFO DA FÉ E FIDELIDADE A DEUS (Dn 3:24-30)

A. O restante do capitulo revela:

Como eles foram salvos da fornalha de fogo (Dn 3:19-25).

Como Nabucodonosor foi levado a glorificar a Deus (Dn 3:26-29).

B. Considere o que a fé deles lhes proporcionou, a recompensa:

1. Um novo senso de liberdade!

Eles entraram amarrados e saíram “passeando” (Dn 3:23-25).

Eles seriam destruídos, mas foram libertos sem dano!

Assim nossas tribulações podem ser usadas para nos dar real liberdade!

(Tg 2:1-4; Rm 5:3-5)

2. Um novo senso de comunhão!.

a. Note: Haviam quatro pessoas no fogo! (Dn 3:25)

b. A identidade deste quarto personagem é incerta

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Alguns pensam que era um anjo.

Outros acreditam que foi uma Cristofania (uma pré-encarnada aparição de Cristo)

c. O que quer que seja, nos sugere uma comunhão íntima com Deus!

d. Assim nossas tribulações nos aproximam mais de Deus!

3. Uma nova oportunidade de serviço!

a. Eles foram promovidos a posições maiores (Dn 3:30).

b. Como José no Egito, que em suas tribulações foi:

De escravo a mordomo!

De prisioneiro a segunda homem de Faraó

c. Assim nossas tribulações nos levam a coisas maiores ! (Mt 25:21, Ap 2:25-27)

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 6- Deus humilha os soberbos

INTRODUÇÃO

Algumas pessoas realmente “só aprendem apanhando”. Não deve ser assim, podemos aprender para não errar, para não apanhar, mas algumas pessoas só com os tombos que levam.

Parece que este é o caso de Nabucodonosor. Um rei pagão que já tinha visto e aprendido sobre Deus:

1. Ele aprendeu que Deus é quem revela os mistérios – Dn 2:47

2. Ele aprendeu que Deus liberta os seus servos – Dn 3:28-29

Mas ainda havia muito que Nabucodonosor tinha que aprender.

Agora era hora de Nabucodonosor aprender que Deus, o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens, inclusive o seu próprio.

I. O PREFÁCIO DE NABUCODONOSOR (V.1-3)

B. Estes três versículos foram escritos perto do fim da vida de Nabucodonozor, que ocorreu em 561aC.

C. Este é seu testemunho. Nabucodonosor relata a sua experiência com Deus.

D. Ele declara a grandeza de Deus (v.2-3). Ele proclama que o reino de Deus é eterno, Seu domínio durará de geração a geração (Dn 4:3b).

II. O SONHO DE NABUCODONOSOR (V.4-18)

B. Um sonho que o atormentou e o amedrontou – (Dn 4:4-5).

C. Sua insatisfação com os sábios da Babilônia – (Dn 4:6-7).

D. O Sonho é reportado a Daniel:

1. A confiança do rei em Daniel - Dn 4:8-9.

2. Os elementos do sonho - Dn 4:10-17.

4. Uma arvore no meio da terra, cuja altura atingia o céu.

5. O decreto de um vigilante, um santo a respeito da árvore.

Para ser derrubada e cortados seus ramos e raízes

Presa com cadeias de ferro e bronze

Molhada com o orvalho do céu

Seu lugar seria com os animais

Seu coração seria mudado para o de animais

Passariam sete tempos (anos?)

3. O propósito do decreto é para todos os viventes saberem:

1) O altíssimo domina sobre os reinos dos homens.

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2) Que Ele dá a quem Ele quer e escolhe.

4. O rei reafirma a sua confiança em Daniel para interpretar o sonho.

III. A INTERPRETAÇÃO DO SONHO DE NABUCODONOSOR (V.19-27)

B. Daniel ficou preocupado e apreensivo pelo sonho – (Dn 4:19)

a. Mesmo assim o rei pede a Daniel a interpretação.

b. Daniel desejou que o sonho fosse para os inimigos do rei.

C. Elementos da interpretação de Daniel – (Dn 4:20-26)

a. A árvore forte e alta representa Nabucodonosor

b. O rei seria banido dentre os homens e habitaria com animais e iria pastar como boi.

1. Sete tempos se passarão sobre ele.

2. Até que ele saiba que o Altíssimo domina sobre os reinos da terra.

c. O reino seria devolvido a Nabucodonosor

1. Indicado pela ordem de deixar o tronco e a raiz da árvore.

2. Até que ele saiba que o Altíssimo domina sobre os reinos da terra. (2:21; 4:17, 25,32; 5:21).

IV. O CUMPRIMENTO DO SONHO DE NABUCODONOSOR (V.28-37)

B. O sonho foi logo esquecido, ou foi negligenciado por Nabucodonosor. Doze meses depois o rei se vangloriou de seu reinado e conquistas. (v.28-30)

C. Uma voz do céu declara o cumprimento do sonho. (v.31)

D. Nabucodonosor perdeu a sanidade e passou a viver e a comer entre os animais. Talvez uma doença mental chamada pelos médicos de Licantropia (individuo que se vê e age como um animal) (v.32-33).

V. A RESTAURAÇÃO DE NABUCODONOSOR (V.34-37)

B. Sua razão, honra e esplendor retornaram. Seus conselheiros o restabeleceram no trono.(v.34-36)

C. Mas agora ele louva e glorifica o Rei dos céus por Sua verdade e Justiça.

D. Ele pode humilhar os que caminham com soberba (v.37).

LIÇÕES PRECIOSAS PARA HOJE

O nosso Senhor Jesus é o soberano rei em toda a terra. (Ap 1:5; 17:14)

Deus humilha os soberbos e exalta os humildes. (Lc 18:14)

Cuidado com a soberba. Não confunda fé, confiança com arrogância. (Rm 12:3)

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 7- A mão escrevendo na parede

INTRODUÇÃO

Chegamos agora na parte, o fim do Império babilônico. Nabucodonosor já havia morrido e agora seu neto Belsazar está no trono, como co-regente com seu pai Nabonido.

O exército medo-persa está às portas, prontos para entrar e conquistar a Babilônia.

Agora um outro regente da Babilônia iria aprender uma grande lição:

1. Deus é quem escreve a História.

2. Deus escreveu a sentença de um rei arrogante e soberbo.

Belsazar iria aprender que não se zomba de Deus e de Sua santidade.

Que a mão de Deus não apenas escreve, mas pesa sobre nossas vidas.

I. UMA FESTA DE PECADO (V.1-4)

A. O REI BELSAZAR.

1. O período agora é cerca de 539 aC.

a. Nabucodonozor tinha morrido em 562 aC

b. Ele foi sucedido pelo seu filho, Evil-Merodaque (2 Rs 25:27).

1) Depois de dois anos ele foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado.

2) Este, morreu quatro anos depois (556 aC), deixando o trono para seu filho, ainda bebê (npve meses) Labassi-Marduque, que foi deposto pela revolução sacerdotal.

c. Nabonido, ex-sacerdote de Nabucodonozor, tornou-se rei em 556 aC.

1) Ele estava interessado em questões religiosas e culturais.

2) Ele nomeou seu filho Belsazar como regente da Babilônia em seu lugar.

d. Belsazar, porém tornou-se co-regente em 550 aC.

1) Ele foi o “segundo” no comando.

2) Por isso ele ofereceu a Daniel apenas a “terceira” posição (Dn 5:16,29).

3) Nabucodonosor é chamado seu “pai” (Dn 5:2,11,13,18,22).

a. Nabonido (pai de Belsazar) era genro de Nabucodonosor, e era comum referir-se a um “ancestral” como pai.

B. BELSAZAR DÁ UM GRANDE BANQUETE

1. Foi uma festa de pecado. Pecados presentes:

Descuido - Devido a situação militar.

Orgulho - Banquete de auto-glorificação.

Impureza - Mulheres.

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Intemperança - Vinho

Sacrilégio - Uso de vasos sagrados do Templo em festa idolátra (2 Cr 36:10)

Idolatria - Deuses falsos sendo adorados.

II. UMA REAÇÃO DE PÂNICO E HUMILHAÇÃO (V.5-9)

A. A MÃO ESCREVENDO NA PAREDE

1. Os dedos de uma mão humana aparecem (Dn 5:5).

2. Ela escreve no reboco da parede do palácio do rei (Dn 5:5b).

3. Belsazar vê parte da mão que escreveu (Dn 5:5c).

B. O REI QUE TREMEU DE MEDO –

a. Em um momento seu coração está saltando de orgulho.

b. No momento seguinte, seus joelhos estão batendo um no outro (Dn 5:6).

c. Uma ilustração vívida de Provérbios 16:18.

C. OS SÁBIOS INÚTEIS:

1. Mais uma vez, um rei apela para aqueles que não podiam ajudar ( Dn 5:7-9).

2. Exatamente como Nabucodonozor fez em - Dn 2 e 4

3. Pessoas costumam fazer a mesma coisa em tempos de crise

a. Elas vão buscar ajuda no lugar errado.

1) Olhando para sua própria força e sabedoria.

2) Ou até para a de outras pessoas

b. Quando o que precisam é confiar em Deus primeiro (Pv 3:5-10; Mt 6:33).

III. A CHEGADA DO HOMEM DE DEUS (V.10-16)

A. O CONSELHO DA RAINHA

a. A rainha (rainha mãe), pois as esposas já estavam presentes (Dn 5:10-12;5:2).

b. Note que a rainha não estava presente no banquete.

B. DANIEL DIANTE DO OFENSOR

c. Duas vezes o rei disse: “Eu ouvi falar de você” (Dn 5:13-16).

d. Evidentemente ele não tinha feito esforço para conhecer Daniel antes deste evento.

e. Pessoas no mundo não são muito diferentes.

1. Não se esforçam para conhecer o povo de Deus.

2. Mas em tempos de doença, dificuldades e morte, para onde elas vão? O tempo para conhecer o povo de Deus é antes, não depois!

IV. A ACUSAÇÃO (V.17-24)

A. DANIEL REJEITA AS RECOMPENSAS DO REI (Dn 5:17)

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Daniel alegremente anuncia a verdade gratuitamente!

B. DANIEL RECONTA UMA LIÇÃO DA HISTÓRIA

A lição do segundo sonho de Nabucodonosor é recontada (Dn 5:18-21).

Belsazar falhou em não atentar para a lição da história e evitar seu pecado.

C. DANIEL REPREENDE O REI

Belsazar não aprendeu com o erro de Nabucodonosor (Dn 5:22-24).

Ele se exaltou ao invés de glorificar a Deus.

V. A SENTENÇA E SUA EXECUÇÃO (V.25-31)

A. A ESCRITA NA PAREDE É EXPLICADA

1. Qual o significado de: “Mene, Mene, Tequel e Parsim” ?

a. Mene – Deus tem contado o teu reino e dado cabo dele.

b. Tequel – Você tem sido pesado na balança, e achado em falta.

c. Peres (Uparsim)- Seu reino tem sido dividido e dado aos Medos e Persas.

d. Contado, contado, pesado e dividido. (?)

2. Aprofundando a questão

a. Mene – Um termo aramaico que poderia significar uma unidade monetária: “Mina” ou o particípio “contado”. Sua repetição dá o sentido de “contado completamente”. Deus determinou os limites do reinado de Belsazar.

b. Tequel – Termo aramaico que pode significar uma unidade monetária correspondente ao hebraico “Shequel” ou o particípio “Pesado”.

c. Peres (Uparsim)- A última palavra aramaica Uparsim poderia ser também uma unidade monetária, uma meia mina ou meia shequel, ou o plural particípio do verbo Paras, “dividir”, significando então “e dividiu”.

d. A mensagem da interpretação de Daniel era que o reino de Belsazar seria contado para destruição. O rei é pesado e achado em falta. O reino seria tomado e dado aos Medos e Persas.

B. A EXECUÇÃO APLICADA NAQUELA NOITE

3. Naquela noite de 538 aC Belsazar foi morto e a Babilônia caiu sob os Medos e Persas . Isaías também profetizou isto 175 anos antes (Is 13,14,21 e 27) (Is 45:1-5).

4. Uma vitória fácil, mas que parecia impossível, pois a Babilônia era circundada por uma muralha de 105 metros de altura por 26 metros de espessura (6 carros de guerra podiam percorrê-la emparelhados). Contudo Ciro arquitetou um plano brilhante. O rio Eufrates corria através da cidade, mas a base da muralha estava mergulhada na superfície da água. Ciro foi rio acima e desviou a água para um lago artificial que drenou o leito do rio de modo que seu exército pode marchar para dentro da cidade. Uma vez dentro da cidade, o exército ainda enfrentava as muralhas ao longo de cada margem do rio. Porém, talvez por causa da festa, os portões estavam abertos.

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5. Dário o Medo. Sua identificação é um tanto misteriosa e tem colocado em dúvida a autenticidade de Daniel. Não há registro na história secular deste homem. Isto levanta um problema. Mas há algumas soluções sugeridas:

(*De apostila: Lições práticas do livro de Daniel, Álvaro Pestana, SerCris,Campo Grande,2003)

1) Dário é um outro nome para Ciro, o persa, que conquistou a Babilônia.

2) Dário é um governador da Babilônia, colocado por Ciro, conhecido nos registros como Gubaru, e confundido com Ugbaru (este morreu tres semanas depois da queda da Babilônia em 539 aC).

LIÇOES PERMANENTES

O Juízo veio sobre o rei, porque ele usou instrumentos santos, do Templo de Deus para uso pecaminoso.

Hoje o templo sagrado de Deus que não deve ser usado para o pecado é o nosso corpo.

(1Co 3:16-17)

Devemos aprender com os erros e não repeti-los. Belsazar não atentou para a história e evitou o pecado de Nabucodonosor, mas o repetiu. Aprenda com a história!.

Deus julga os homens: Ele os conta, pesa e julga. Cuidado!

Arrependa-se agora, amanhã pode ser tarde demais!

Primeiro Deus dá a mão para nos tirar do pecado, depois Ele usa a Sua mão para punir os pecados.

“Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10:30-31)

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 8- Fechando a boca de leões

INTRODUÇÃO

Daniel está agora com 80 anos e serve no Império Medo Persa, sob a regência de Dário. Daniel no inicio do livro foi um exemplo de jovem fiel, dedicado a Deus. Agora já velho ele também é um exemplo de ancião fiel a Deus.

No livro de Daniel aprendemos que a fé e a fidelidade a Deus são independentes de idade ou circunstância.

Este episódio é um dos mais conhecidos da vida de Daniel (Hb 11:33) esta história tem sido lembrada e contada através das gerações.

Hoje aprenderemos que Deus fecha a boca dos leões que rondam as nossas vidas

I. A ARMADILHA ESTÁ ARMADA (V.1-9)

A. Daniel está sendo bem sucedido.

1. Ele é apontado como um dos tres presidentes dos sátrapas do reino (Dn 6:1-2).

a. O reino pode ser o babilônico, recentemente conquistado pelo império Medo-Persa

(Dn 5:30-31).

b. A identidade de Dário é incerta, possivelmente foi um homem conhecido com Gubaru designado por Ciro da Pérsia para reger a Caldeia.

2. Daniel se “destacou” acima dos outros - (Dn 6:3).

a. Seu sucesso foi devido a seu “excelente espírito”, sem corrupção ou politicagem.

b. Provando que alguém pode ser bem sucedido na política e nos negócios sem comprometer seu caráter e integridade.

B. Daniel desperta inveja.

1. Seu sucesso leva outros a invejá-lo (Dn 6:4)

a. Mesmo os mais santos homens da Bíblia tiveram inimigos (ex:Davi, Cristo).

b. Inimigos por inveja e por causa do bom caráter.

2. Seu nobre caráter é confirmado pelos seus inimigos (Dn 6:4).

a. Eles não puderam acusá-lo, não acharam nenhuma, falta e nem erro nele.

b. Porque ele era “fiel”.

3. Seus inimigos descobrem que há apenas uma maneira de derrubá-lo (Dn 6:5)

a. Achar um conflito entre a Lei de Deus e a do país.

C. Daniel é o alvo.

1. Os inimigos de Daniel vão influenciar o rei (Dn 6:6).

2. Eles propõem um estatuto real, um firme decreto (Dn 6:7).

a. Nenhuma petição poderia ser feita para qualquer outro deus, ou homem a não ser ao rei.

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b. Sob a pena de ser jogado na cova dos leões.

3. O rei é encorajado a estabelecer o decreto (Dn 6:8-9)

a. Que de acordo com a Lei dos Medos e Persas, não pode ser mudada.

b. O rei Dário assina o decreto.

II. A ARMADILHA ESTÁ FUNCIONANDO (V.10-17)

A. Daniel continua a orar

1. Sabendo com certeza que o decreto havia sido assinado - (Dn 6:10).

2. Praticando um costume comum entre os judeus - (Dn 6:10).

a. Orando tres vezes ao dia - (Sl 55:17).

b. Orando em direção a Jerusalém - (1 Rs 8:27-30).

c. Orando de joelhos (postura comum de orar) - (1Rs 8:54).

d. Orando como era seu costume fazer - (Dn 6:10).

B. Daniel é apanhado

1. Os inimigos apanham Daniel orando - (Dn 6:11).

2. Os inimigos delatam Daniel ao rei - (Dn 6:12-13).

a. Relembrando Dário da imutabilidade do decreto.

b. Acusando Daniel de desrespeitar o rei e seu decreto.

3. O rei é forçado a cumprir seu próprio decreto - (Dn 6:14-15).

a. Descontente consigo mesmo, o rei tenta livrar Daniel.

b. Os inimigos de Daniel pressionam o rei a cumprir seu decreto.

C. Daniel é jogado na cova dos leões

1. O rei tinha esperanças - (Dn 6:16).

a. Que o Deus de Daniel iria libertá-lo.

b. A quem Daniel servia continuamente.

2. A cova é fechada e selada com uma pedra - (Dn 6:17).

a. Selada com o anel do rei e de seus grandes.

b. Assegurando que o propósito de Daniel não mudaria.

III. DANIEL É SALVO DA BOCA DOS LEÕES (V.18-28)

A. Dário fica preocupado

1. Não consegue dormir (Dn 6:18)

a. Ele passa a noite jejuando, e não ouve música.

b. Ele não podia dormir.

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2. Sua preocupação por Daniel é evidente (Dn 6:19-20)

a. Levantando cedo de manhã, ele vai até a cova.

b. Chorando por Daniel com voz de lamento.

c. Imaginando se Deus teria libertado Daniel

B. Daniel é libertado

1. Daniel responde ao rei (Dn 6:21-22)

a. Com respeito ao rei.

1) Apesar do que o rei havia feito

2) Um exemplo para abençoar os que vos perseguem

b. Daniel foi tirado da cova.

1. Sem nenhum dano

2. O rei se alegrou sobremodo.

IV. O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO

A. Os inimigos recebem a mesma punição que intentaram contra Daniel - (Dn 6:24).

B. Como geralmente acontece com quem trama contra o povo de Deus.

O Caso de Hamã - (Ester 7:10).(Sl 7:14-16 e Pv 1:10-19)

3. DEUS É EXALTADO

a. Dário faz um decreto para que o Deus de Daniel seja temido - (Dn 6:25-27).

b. Outro rei pagão reconhece quem está no controle.

Como Nabucodonosor - (Dn 4:34-35).

Como Belsazar, infelizmente tarde demais - (Dn 5:26-28).

4. DANIEL PROSPERA

a. No reino de Dário, que regeu a Caldeia - (Dn 6:28)

b. No reino de Ciro da Pérsia (que também reinou sob Dário) - (Dn 1:21)

LIÇOES PERMANENTES

1. Cuidado com as decisões impensadas - às vezes não se pode voltar atrás.

2. Tramar contra os servos de Deus é afrontar o próprio Deus.

3. Deus recompensa a fidelidade e a integridade.

4. A vida correta diante de Deus é a melhor maneira de evitar problemas.

5. Fidelidade atrai perseguição.

6. A oração é a saída quando parece que não há solução.

7. Em caso de Perigo Ore!

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 9- A VISÃO DAS QUATRO BESTAS

INTRODUÇÃO

O livro de Daniel é dividido em duas grandes seções:

1. Narrativas históricas (Caps. 1-6)

2. Visões apocalípticas (Caps 7-12)

Agora entramos na segunda etapa de nosso estudo, onde iremos estudar as visões apocalípticas de Daniel.

Esta segunda parte do livro contém quatro visões que Daniel teve:

1. A visão das quatro bestas (Dn 7:1-28)

2. A visão do bode e do carneiro (Dn 8:1-27)

3. A visão das 70 semanas (Dn 9:1-27)

4. A visão do tempo do fim (Dn 10:1-12:13)

No capitulo 2 o sonho era de Nabucodonosor, aqui o sonho é de Daniel. Em muitos aspectos, estes sonhos são paralelos; de fato, o sonho de Daniel parece dar ampliação e entendimento de Daniel 2 e Apocalipse 13.

Estes capítulos fornecem uma chave para o entendimento do livro de Apocalipse.

Nestas visões Deus revela muitas coisas sobre Seu plano, propósito na história, com relação a Israel e sobre o reino eterno que viria.

I. A VISÃO DESCRITA (V.1-14)

A. A data da visão.

1. Recebida por Daniel no 1º ano do Rei Belsazar da Babilônia (Dn 7:1).

2. Isto poderia ser 550 aC, quando Belsazar se tornou co-regente com seu pai Nabonido.

B. Detalhes da visão.

1. Parte Um: As bestas do mar- (Dn 7:2-8)

b. Os quatro ventos do céu agitavam o grande Mar (Mediterrâneo)

1) O “mar” pode significar a massa da humanidade - (Is 17:12, Ap 17:15)

2) Os “quatro ventos do céu” podem ser as forças de Deus, usadas para controlar e até destruir (Jr 49:36;51:1).

c. Quatro bestas vindas do mar

1) O leão com asas de águia.

a) Cuja asas foram arrancadas.

b) A quem foi dado pés e coração de homem.

O Leão representa a Babilônia (Dn 2:37-38).

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2) O urso com costelas em sua boca.

a) Levantou-se sobre um de seus lados.

b) Tinha tres costelas entre seus dentes.

c) Foi-lhe dito para devorar mais carne.

O urso representa o império Medo-Persa. “Que levanta de um lado" imperadores e reis que reinaram durante os eventos envolvendo o estabelecimento do reino de Deus. (Dn 2:44)

2. Parte Dois: Um incrível julgamento- (Dn 7:9-12)

b. Tronos forma colocados em um lugar, e o Ancião de Dias estava sentado.

1) Sua veste era branca como a neve, seus cabelos como pura lã.

2) Seu trono tinha rodas ardentes e chamas.

3) Milhares e milhares o serviam e centenas de milhares estavam diante Dele.

4) A corte (julgamento) estava sentada, e os livros foram abertos.

c. O julgamento das quatro bestas.

1) A grande terrível besta.

a) Aquela que falava insolências pelo pequeno chifre.

b) Foi morta e o seu corpo destruído, levado para ser queimado.

2) As outras bestas.

a) Foram tirados os seus domínios.

b) Sua vida foi prolongada por um prazo e um tempo.

3. Parte Três: A coroação do Filho do Homem- (Dn 7:13-14)

b. Daniel vê um como o Filho do Homem.

1) Vindo das nuvens do Céu.

2) Trazido diante do Ancião de Dias.

c. A Ele foi dado domínio, glória, e um reino:

1) Onde todos os povos, nações e línguas o adorariam.

2) Seu Domínio é eterno.

3) Seu reino nunca será destruído - (Dn 2:44).

Os paralelos entre esta visão e o sonho de Nabucodonosor (Dn. 2) devem ser cuidadosamente notados. Ambos envolvem o surgimento e a queda de quatro reinos, e um reino que nunca será destruído. Na visão de tres partes, o conflito virá entre o 4º reino e o estabelecimento do reino que durará para sempre.

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II. A VISÃO INTERPRETADA (V.15-28)

A. O EFEITO EM DANIEL.

1. Afligido em seu espírito - Dn 7:15.

2. Perturbado pelas visões que ele teve.

B. A EXPLICAÇÃO PARA DANIEL.

1. O panorama geral da visão - Dn 7:16-18

a. Provido por um dos que estava perto. (Um anjo?)

b. As 4 bestas eram 4 reis (reinos - Dn 7:23).

c. Os santos do Altíssimo receberiam e possuiriam um reino eterno.

2. Daniel deseja saber mais - Dn 7:19-20

a. Sobre a 4ª besta, terrível e espantosa.

b. Sobre os 10 chifres na cabeça.

c. Sobre o pequeno chifre.

1) Diante de quem caíram os tres reis.

2) Que tinha olhos e boca falando, vangloriando-se.

3) Cuja aparência era mais poderosa que as demais.

3. O que Daniel viu então - Dn 7:21-22

a. O chifre menor fazendo guerra contra os santos, prevalecendo sobre eles.

b. Até chegar o Ancião de Dias.

1) Com julgamento a favor dos santos do Altíssimo

2) Era tempo dos santos possuírem o reino.

4. O que Daniel então ouviu - Dn 7:23-27

a. A respeito da 4ª besta.

1) Que seria um 4º reino na terra.

2) Que devoraria toda terra.

O Império Romano, que veio para dominar o mundo Mediterrâneo.

b. A respeito dos 10 chifres.

1) Eles são 10 reis que surgem do 4º reino.

2) Depois dos quais se levantará outro rei.

Estes podem ser os imperadores romanos que reinaram no 1º século, quando o reino eterno (a igreja) foi estabelecida, ou os 10 reis mencionados em Ap 17:12-13; ou ainda novamente o número 10 pode ser apenas simbólico, refletindo sua plenitude, e não reis específicos.

c. A respeito do pequeno chifre.

1) Ele será diferente dos primeiros reis.

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2) Ele subjugará os tres reis.

3) Ele perseguirá os santos do Altíssimo.

4) Ele tentará mudar os tempos e as leis.

5) Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.

Talvez 3 ½ anos (1 ano, 2 anos e ½ ano) - Ap 13:5; 11:2,3.

Um curto período de tempo envolvendo perseguição.

Esta é comumente a perseguição do imperador romano (ex: Domiciano), descrita como a besta do mar em Apocalipse (Ap 13:1-2, 5-7).

d. A respeito do julgamento.

1) O Domínio do pequeno chifre será tirado, ele será consumido e destruído.

2) Então o reino, e o domínio e a majestade dos reinos será dado aos santos.

3) Este reino será eterno, e os domínios o servirão e obedecerão.

Como descrito em Apocalipse, o conflito entre o império romano e a igreja terminaria com a vitória final do povo de Deus (que mesmo martirizado, reinaria com Cristo - Ap 17:14;19:19-20;20:4).

C. EPÍLOGO DE DANIEL.

1. Seus pensamentos o perturbaram e sua aparência mudou (Dn 7:28).

2. Mas ele guardou no coração estas coisas (v.28).

LIÇOES PERMANENTES

1. Contraste: Reino dos homens X Reino de Deus.

2. Deus dirige a História: Entre o surgimento e o declínio de vários reinos humanos, Deus suscitaria seu reino que nunca iria acabar.

3. Deus é o Juiz: Nenhuma nação, por mais poderosa e rica que seja, vai escapar do juízo de Deus. Ninguém mexe com o povo de Deus e fica impune. Ninguém que tenta atrapalhar os planos de Deus fica impune. Deus julgará com justiça.

4. Deus está reinando: Estabelecido depois destes reinos e nos dias do 4º. O reino de Deus nunca terá fim.

5. Profecia cumprida: Evidencia de inspiração divina. Daniel só poderia saber a seqüência de reinos mundiais, suas quedas e surgimentos, através da inspiração de Deus.

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 10- A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE

INTRODUÇÃO

Nos capítulos anteriores nós vimos as visões descrevendo quatro reinos.

a. A visão de Nabucodonosor - Dn 2

b. A visão de Daniel - Dn 7

Estes reinos eram: Babilônio, Medo-Persa, Grego e Romano.

Em Dn 8 é relata outra visão.

a. Comumente chamada “A visão do bode e do carneiro”

b. Na qual dois reinos são descritos.

Como veremos, os dois reinos são os mesmos dois de quatro reinos nas visões anteriores. Na visão do capitulo 7 de Daniel, haviam mais informações do 4º Reino, agora a visão de Daniel 8, providenciará mais informações do 2º e 3º reinos.

I. A VISÃO DESCRITA (V.1-14)

A. A data da visão.

1. Recebida no 3º ano do reinado de Belsazar, rei da Babilônia (Dn 8:1).

2. Isto poderia ser 552 a.C, dois anos depois da visão de Dn 7.

B. Detalhes da visão.

1. Na visão Daniel vê a si mesmo em Susã - (Dn 8:2).

a. Na província de Elam (Pérsia ocidental, hoje o moderno Irã)

1) A capital de inverno dos reis da Pérsia.

2) Ele estava no rio Ulai.

2. Ele viu um carneiro com dois chifres - (Dn 8:3-4).

a. Em pé diante do rio.

b. Os chifres eram altos, um mais alto do que os outros e veio por último.

c. O carneiro dava marradas para o ocidente, para o norte e para o sul.

1) Nenhuma besta podia resistir-lhe.

2) Ninguém podia se livrar do seu poder.

3) Ele fazia segundo a sua vontade e se tornou grande.

3. Ele viu um bode com um chifre - (Dn 8:5).

a. Vindo repentinamente do Ocidente.

b. Sobre a face da terra sem tocar no chão.

c. Com um notável chifre entre os olhos.

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4. Ele viu um bode derrotar um carneiro - (Dn 8:6-7).

a. Com um poder furioso o bode atacou o carneiro e quebrou seus dois chifres.

b. O carneiro era incapaz de resistir ao bode, e foi pisado por ele.

5. O bode se tornou grande, mas quando ele se tornou forte - (Dn 8:8).

a. O chifre grande foi quebrado.

b. Em seu lugar quatro notáveis chifres vieram dos quatro ventos do céu.

6. Ele viu um pequeno chifre dos quatros com grande poder - (Dn 8:9-12).

a. Que cresceu notavelmente.

1) Para o oriente e para o sul.

2) Para a terra Gloriosa.

b. Que cresceu até as hostes do céu.

1) Lançou por terra alguns do exército e das estrelas.

2) Exaltou-se a si mesmo como o Príncipe do exército.

c. Por este poderoso chifre.

1) Foi tirado o sacrifício diário.

2) O lugar do santuário foi tirado

3) Foi-lhe entregue um exército para se opor ao sacrifício diário (por causa da transgressão).

Ele fez tudo isso e prosperou.

7. Daniel então ouviu a conversa entre dois santos - (Dn 8:13-14).

a. Um perguntou: “Até quando durará a visão?...”

1) “O sacrifício diário e a transgressão da desolação”

2) “Entregue ambos, o santuário e a hoste para serem pisados”.

b. A resposta dada a Daniel:

1) 2.300 tardes e manhãs.

2) Então o santuário será purificado.

II. A VISÃO INTERPRETADA

A. GABRIEL É ENCARREGADO DE EXPLICAR A VISÃO.

1. Daniel estava procurando entender o significado - (Dn 8:15-16).

a. Ficou em pé diante dele um tendo a aparência de homem.

b. Quando um com voz humana das margens de Ulai encarregou Gabriel de fazer Daniel entender a visão.

2. Gabriel fala a Daniel - (Dn 8:17-19).

a. Ele se aproxima de Daniel.

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1) Levando Daniel a prostrar-se com medo, o rosto em terra.

2) Dizendo–lhe que “a visão refere-se ao tempo do fim”.

b. Ele colocou Daniel de pé.

1) Daniel caiu sem sentidos no chão.

2) Dizendo–lhe que “a visão refere-se ao tempo do fim”.

B. GABRIEL EXPLICA A VISÃO.

1. O carneiro com 2 chifres- Dn 8:20

a. Descreve os reis da Média e da Pérsia.

b. O chifre maior representa a maior influência da Pérsia - Dn 8:3.

c. A extensão do império Medo-Persa ilustrado pelo carneiro marrando para o ocidente, para o Norte e para o Sul - Dn 8:4.

2. O bode de um chifre - Dn 8:21

a. Descreve o reino da Grécia; note que vem do Ocidente - Dn 8:5.

b. O chifre maior representa seu primeiro rei (Alexandre, o Grande).

c. A velocidade do Bode reflete as conquistas de Alexandre - (Dn 8:5).

d. Alexandre derrotou os Persas em tres batalhas decisivas - (Dn 8:6-7).

1) Em Granico (334 a.C)

2) Em Issos (333 a.C)

3) Em Gaugamela (331 a.C)

3. O chifre quebrado e os 4 chifres que levantaram-se em seu lugar - Dn 8:22

a. Alexandre morreu com 33 anos de idade.

b. Seu império foi dividido entre seus quatro generais - Dn 8:8.

1) Ptolomeu (Egito)

2) Seleuco I (Síria)

3) Cassandro (Macedônia e Grécia)

4) Lisimaco (Trácia e Ásia Menor)

4. O pequeno chifre que se tornou grande - Dn 8:23-25

a. Algum tempo depois um rei se levantaria.

1) Quando os transgressores completassem a medida (quando Israel caísse de volta no pecado)

2) Com muito poder, não de si mesmo.

3) Que destruirá , prosperará e com intrigas.

4) Destruirá os poderosos e o povo santo.

5) Através de engano ele prosperará.

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6) Ele se exaltará, e destruirá muitos em sua prosperidade.

7) Ele até se levantará contra o Príncipe dos príncipes (Deus mesmo)

8) Mas será destruído sem auxilio de mãos humanas (Deus o destruirá)

b. Esta descrição parece se encaixar com Antioco Epifânio, regente da Síria (175-163 a.C).

1) Que impôs a cultura grega e as suas divindades ao seus súditos.

2) Que ao conquistar Jerusalém:

a) Colocou uma imagem (ídolo) no Templo.

b) Sacrificou uma porca no Altar (animal impuro).

c) Encorajou os soldados gregos a cometerem fornicação no Templo.

d) Proibiu a circuncisão, a guarda do sábado e até de possuir uma cópia das Escrituras

5. A VISÃO DAS TARDES E MANHÃS- Dn 8:26

a. O número de dias em que o sacrifício cessará, e o templo será desolado.

b. Talvez um período literal (pouco mais de 6 anos) correspondendo ao atual período de tempo da abominação por Antioco Epifânio ocorrido em 171-165 aC.

c. Daniel foi instruído a selar a visão:

1) Pois aconteceria: “em dias muito distantes”.

2) Isto é: quase 400 anos depois.

C. O EFEITO EM DANIEL.

1. Ele enfraqueceu e ficou doente por alguns dias - Dn 8:27.

2. Embora ele levantasse e tratasse dos negócios do rei, ele estava espantado pela visão

3. (ninguém a entendia) - Dn 8:27.

CONCLUSÃO

Esta é uma das visões mais fáceis de interpretar, porque a própria Bíblia a interpreta. (v.20-23)

A história confirma o que foi descrito na visão

O conflito entre os gregos e os Medo-Persas

A divisão do Império grego após a morte de Alexandre.

O surgimento de Antioco Epifânio e sua abominação no templo.

O propósito da visão era preparar o povo de Daniel para o que viria:

“No tempo do fim”.

“No ultimo tempo da ira”.

Refere–se à perseguição que viria aos judeus no fim do período do Antigo Testamento (Young)

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“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 11- SETENTA SEMANAS

INTRODUÇÃO

1. Continuando nosso estudo do livro de Daniel, chegamos agora a um capítulo marcante.

a. Na qual encontramos uma linda oração feita por Daniel - Dn 9:1-19.

b. Na qual encontramos uma revelação impressionante sobre as “70 semanas”- Dn 9:20-27.

2. Sem dúvidas, a última parte do capítulo é difícil.

3. Em vista a esta dificuldade:

a. Nós devemos nos aproximar desta passagem com humildade e sem dogmatismos.

b. Nós devemos ser cuidadosos e não chegar a conclusões que contradizem o ensino claro das Escrituras.

I. A ORAÇÃO DE DANIEL (9.1-19)

1. (v.1-2) Este Dário é o mesmo mencionado em Dn 5:31 e em Dn 6.

a. Daniel estava familiarizado com os escritos de Jeremias e agora entende a profecia do cativeiro durante setenta anos (Jr 25:9-11;29:10).

b. O próprio Daniel tinha sido levado em 605 a.C e agora era o ano de 536 a.C, quando a primeira leva retornou sob a liderança de Zorababel (Ed 1).

2. (v.3-6) Daniel confessa a iniqüidade do povo, a rebelião contra Deus e a rejeição dos seus profetas.

3. (v.7-10) Ele reconhece que a justiça pertence a Deus, mas a eles pertencia a confusão (vergonha) por causa da recusa deles em ouvirem a Deus.

4. (v.11-15) Portanto, “a maldição” é derramada sobre Israel como foi pronunciada por Moisés (Deuteronômio 28; Levítico 26).

5. (v.16-19) Na confissão, Daniel pede a Deus que retire Sua ira deles e implora por misericórdia. Ele pede perdão, não basedo na retidão deles, mas pela grande misericórdia de Deus.

II. A VISÃO DAS SETENTA SEMANAS (9:20-27)

A. Enquanto Daniel estava orando Gabriel apareceu (Dn 8:15-16) para dar-lhe entendimento.

B. Daniel recebeu uma mensagem de Deus (v.24-27). Além dos 70 anos de cativeiro, Daniel recebeu uma visão de 70x7 anos ou setenta semanas de anos que falavam a respeito do povo de Deus.

C. Por que Israel passou setenta anos em cativeiro? Por causa da idolatria e da negligência dos anos sabáticos (Lv 25:1-7) veja 2 Cr 36:21.

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D. ESTRUTURA DAS SETENTAS SEMANAS:

As 70 semanas estão divididas em 3 segmentos:

1. 7 semanas = 49 anos Tempo para reconstruir Jerusalém.

2. 62 semanas = 434 anos Tempo somado aos 49 anos e computados desde 457 a.C chega a 26 d.C ano provável do batismo de Jesus

3. Meio da 70ª semana = 3 anos e meio Depois da 69ª semana. 3 ½ anos do ministério público de Jesus culminando em 30 d.C, ano da morte de Jesus.

E. CRONOLOGIA DO CONTEXTO PROFÉTICO DAS 70 SEMANAS:

As 70 semanas seguem uma ordem cronológica que envolve 3 coisas:

1. O ponto de inicio = A ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém.

2. O período de duração entre o ponto de inicio e o evento conclusivo

3. O evento conclusivo = A morte do ungido. Totaliza 486 anos e meio

PECADO (490 anos)

2 Crônicas 36:21

FIM DOS PECADOS

(490 anos)

70 Anos de

Cativeiro

7 semanas

49 anos

457 a.C Ordem para

reconstruir

Ponto

inicial

(1)

30 d.C morte de

Cristo

62 semanas 434 anos

Período de duração

(2)

Evento conclusivo

(3)

(486-490

anos)

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F. TRÊS DECRETOS A SE CONSIDERAR COMO O PONTO INICIAL.

1. Decreto de Ciro em 536 a.C - Zorababel guiou um grupo de hebreus saindo do cativeiro (Ed

1:1-4;Is 44:26-28;45:13). Este parece não ser o ponto de partida pois 486 anos desde 536 a.C chega a 50 a.C, que são 80 anos antes da morte de Jesus.

2. Decreto de Artaxerxes em 457 a.C- Esdras 7:13-14

o Para Esdras restaurar a Lei e a adoração.

o Esta data se encaixa matematicamente? Vejamos se começamos em 457 a.C e computamos mais 486 anos e meio chegamos a 30 d.C, a data aproximada da morte de Jesus.

3. Segundo Decreto de Artaxerxes em 445- 444 a.C- Neemias 2:1-8

Neemias foi comissionado para reconstruir a cidade e os muros.(Ne 2:3-5)

Porém 486 anos depois de 444 aC será 42 d.C, 12 anos depois da morte de Cristo.

Talvez a escolha mais próxima seria o decreto de Artaxerxes em 457aC

G. AS SEMANAS APONTAM PARA A VINDA E A OBRA DO MESSIAS

1. Gabriel faz 6 descrições que apontam claramente para o Messias.

2. Portanto as 70 semanas devem terminar com o tempo do messias e o fim da era judaica.

a. “Cessar a transgressão”- A transgressão de Israel tinha sido a razão de seu cativeiro

(Dn 9:11); mas a Lei transgredida por eles estava para terminar (Cl 2:14-17;Ef 2:15).

b. “Para dar fim aos pecados”- quando Jesus morreu ele destruiu o poder de satanás,

provendo perdão do pecado (Hb 2:14-15;7:27;9:28;10:12).

c. “Para expiar a iniqüidade”- Como isto seria feito aqui não é dito, mas em Is 53:5-6,10-

12. Note que as 3 primeiras coisas sobre a obra de Cristo diz respeito ao “pecado”.

d. “Para trazer a justiça eterna”- Através de Jesus nos tornamos a justiça de Deus nele

(Rm 3:21-23,1Co 5:21)

e. “Para selar a visão e a profecia”- Cumprir, finalizar, significa que as profecias seriam

cumpridas, especialmente as profecias do A.T. relacionadas ao fim dos pecados (Lc 24:44-47)

f. “Para ungir o santo dos santos” - Cristo foi ungido no seu batismo no inicio de seu

ministério (Is 42:1; Mt 3:16; At 10:38)

H. UMA DESCRIÇÃO DOS ACONTECIMENTOS

1. Haverá 7 semanas e 62 semanas- Dn 9:25.

Iniciando com a ordem de reconstruir Jerusalém (ver ponto F), até o Messias, o príncipe.

2. Após as 62 semanas estes eventos aconteceriam:

a. Será morto o Ungido,e já não estará

(1) Isto refere-se a morte de Cristo.

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(2) Cuja morte acontece no meio da 70ª semana.

b. Povo de um príncipe que virá e destruirá a cidade e o santuário

(1) e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.

a. O povo descrito são os romanos, que destruíram Jerusalém em 70 d.C.

b. O “príncipe” é Tito, o general romano como agente de Cristo para destruir o templo e a cidade. Esta seria a guerra de desolações (Mt 24:15; Lc 21:20-22).

(2) Muitos contendem que a destruição de Jerusalém deve cair dentro da 70ª semana.

a. Todavia muitos comentarista concordam que isto não é requerido.

b. A desolação para a destruição de Jerusalém pode ser a conseqüência dos eventos durante a 70ª semana, e não cair dentro do período da 70ª semana.

c. Por 1 semana fará firme Aliança com muitos

(1) “Ele” refere-se a Jesus.

(2) “Confirmará a Aliança” descreve a obra feita por Cristo. A Nova Aliança inaugurada com sua morte.(Mt 26:26).

a. O Ministério de Jesus durou aproximadamente 3 anos e meio.

b. O evangelho foi pregado durante este período e depois pelos apóstolos.

d. Na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta.

(1) Refere-se a Jesus que foi morto, e já não está.

(2) Através de Sua morte, Ele acabou com a necessidade de se oferecer sacrifícios

(Hb 10:12-18).

e. A abominação e a desolação por vir (Dn 9:27).

(1) Refere-se a destruição de Jerusalém em 70 d.C.

(2) Jesus referiu-se a isto em Mt 24:15.

(3) Novamente, esta desolação pode ser a conseqüência do que ocorreu na 70ª semana (morte de Cristo), mesmo que isto tenha ocorrido depois da 70ª semana.

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GRÁFICO DAS SETENTA SEMANAS DE DANIEL 9:20-27 (* SUGESTÃO)

457a.C Decreto

(1) (2)

408 a.C

Edificação

da cidade

(5) (3) (4)

3,5 3,5

7 anos

1 Semana

27d.C

Inicio

Min.Jesus

us

62 Semanas 434 anos

7 Semanas 49 anos

Morte

30dC

Fim ?

70dC

70ª

semana

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ESTUDO DE DANIEL

“O Altíssimo Domina sobre o reino dos homens”

Lição 12- A VISÃO DO TEMPO DO FIM

INTRODUÇÃO

1. No capitulo 10 encontramos o inicio da visão final de Daniel.

a. Uma visão que pertence àquilo que acontecerá ao povo de Daniel (Israel) – Dn 10:14.

b. Descrevendo o que ocorrerá “nos últimos dias”, porque a visão se refere a muitos dias no futuro -

Dn 10:14.

c. Suas palavras foram fechadas e seladas até “o tempo do fim” - Dn 12:9.

Por esta razão tem sido chamada “A Visão do tempo do fim”.

2. Mas o que significa a expressão “Tempo do fim?”.

a. É o fim dos tempos como pensamos, a volta de Jesus?

b. Ou se refere ao fim de Israel e seu relacionamento com Deus como povo escolhido?

I. DANIEL VÊ UM HOMEM VESTIDO DE LINHO (10:1-9)

A. (10:1-3) - Daniel tem uma visão de uma grande guerra que forma uma profecia contínua nestes 3 últimos capítulos. A visão foi revelada a Daniel no 3º ano de Ciro (536 aC), que também parece ser o 1º ano de Dário, o Medo (veja 11:1,2). Esta visão impressionou Daniel pela sua solenidade, à qual ele reagiu jejuando e se lamentando durante tres semanas.

B. (10:4-6) - Quando Daniel estava junto ao rio de Hildequel, o nome hebraico para o rio Tigre, ali apareceu um homem cuja descrição é muito similar a de Cristo feita em Apocalipse 1:13-15. Contudo pelo que se segue é a descrição de um mensageiro de julgamento, indicada pela aparência de relâmpago e fogo.

C. (10:7-9) - Os que estavam com Daniel não tiveram a visão, mas ficaram amendrontados e fugiram com grande temor. Pela visão tê-lo deixado fraco, ele caiu num sono profundo.

II. O MENSAGEIRO CONFORTA DANIEL (10:10-21)

A. (10:10-11) - Uma mão tocou Daniel, ajudando-o a ficar sobre seus joelhos e mãos. Ele foi encorajado a se levantar, pois este homem tinha vindo para ajudá-lo a entender a visão.

B. (10:12-13) - O pedido de Daniel para o entendimento da visão tinha sido ouvido desde o 1º dia, ainda que tivesse passado 21 dias. A demora tinha sido causada pelo príncipe (anjo) da Pérsia que resistiu ao homem, que parece ser o anjo dos medas (11:1). Parece que estava acontecendo uma guerra espiritual (ver Ap 12:7), mas finalmente Miguel , um dos primeiros príncipes, veio para ajudar (Dn 12:1;Jd 9).

C. (10:14) – O homem tinha agora vindo para ajudar Daniel a entender o que aconteceria com Israel nos “’ultimos dias”. A expressão “últimos dias” indica que a visão dizia respeito aos eventos da vinda do Messias e àquele período (Dn 2:28;At 2:16-17).

D. (10:15-17) – Daniel não pôde falar até que um alguém com aparência humana tocou seus lábios. Ele então explicou que seu silêncio era devido estar tão esmagado pela aflição.

E. (10:18-19) – Ele foi fortalecido novamente e foi lhe dito que não tivesse medo, mas que fosse forte.

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F. (10:20-21) – No tempo em que esta profecia foi dada não havia Império Grego, contudo foi falado a Daniel sobre uma guerra a ser travada entre o príncipe da Média (11:1) contra o príncipe da Pérsia e, então, contra o Príncipe da Grécia. A mente mortal só pode especular quanto ao que realmente está envolvido aqui. Sabemos, de fato, que há forças e poderes angélicos (Ef 1:20-21;Cl 1:16;2:15). Talvez as forças angélicas estejam envolvidas na ascensão e na queda das nações. Tinha que ser mostrado a Daniel o que estava nos escritos da verdade (8:18-23), tudo o que apontava para a queda da Pérsia nas mãos da Grécia.

III. O CONFLITO GRECO-PÉRSICO (11:1-4)

A. (11:1-2) - O anjo do capitulo 10 aqui é identificado como a Média. Três ainda ficariam na Pérsia, mas o 4º que se seguiria enfrentaria a Grécia. A ordem dos reis persas a partir de Ciro foi:

1. Cambises

2. Smerdis

3. Dario Hispastes (Dario o grande)

4. Xerxes (chamado Assuero no livro de Ester), que era forte e rico e provocou a agitação contra a Grécia.

B. (11:3-4) - Um poderoso rei da Grécia enfrentaria a Pérsia (8:5-21). Este foi Alexandre o Grande, mas seu reino mais tarde seria dividido em quatro (8:22-25). A exatidão profética é admirável. Depois da morte de Alexandre sua esposa e seu filho foram mortos, assim sua posteridade não recebeu nenhum império. O reino foi dividido em quatro:

1. Seleuco fundou o império Seleucida

2. Cassandro tomou a Macedônia

3. Lisimaco tomou a Trácia

4. Ptolomeu I tomou o Egito

IV. O CONFLITO SIRO-EGIPCIO (11:5-19)

A. (11:5) - O Sul é o Egito (v.8), e seu rei Ptolomeu I, era um forte chefe, mas outro príncipe de Alexandre era ainda mais forte. Este parece ser Seleuco I Nicator, rei do norte (Síria). Judá se tornou uma espécie de bola jogada para frente e para traz entre as duas potências dominantes.

B. (11:6-8) - A filha do rei do sul (Berenice) foi dada em casamento ao filho do rei do norte (Antíoco I) num esforço para formar uma aliança entre as duas potências. Mas não deu certo porque a esposa que Antioco (Laodice), a repudiou e planejou matar Berenice. Contudo seu irmão (“ramo de suas raízes”), Ptolmeu III, veio e batalhou com sucesso contra o norte e levou cativos na volta para o Egito.

C. (11:9-11) – O rei do norte ataca o rei do sul, sem sucesso; por isso ele voltou para casa. Os seus filhos estimulados com isto, invadem o Egito com grande exército. Contudo eles também foram abatidos e, de fato, muitos são levados cativos.

D. (11:12-13)- O rei do Egito orgulha-se devido ao grande sucesso, mas seu tempo de jactância dura pouco, pois o rei do norte retorna com um exército maior, melhor equipado.

E. (11:14-16)- Parecia a certos judeus (“dados a violência dentre teu povo”) que o Egito estava para cair, por isso eles se revoltaram e se juntaram com esforço para derrubar o Egito. Mas não conseguiram, pois quando o rei da Síria derrubou o Egito, ele também veio “contra a gloriosa terra” (Palestina) e ninguém foi capaz de resistir-lhe.

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F. (11:17)- O rei do norte (Antioco, o Grande) tentou estabelecer-se dando sua filha em casamento, num esforço para manter sua aliança com o Egito; porém ela se volta contra ele, sendo leal ao seu esposo antes que a seu pai.

G. (11:18-19)- Ele então volta a sua atenção para as ilhas do Mediterrâneo e consegue tomar muitas, mas logo seus avanços são impedidos e ele tropeça e cai.

V. A ASCENÇÃO DE ANTIOCO EPIFÂNIO (11:20-35)

A. (11:20-21) – O “Homem vil” que obtém o reino por manobra política (adulações) é Antioco Epifânio, que governou a Siria de 175 a 164 a.C. Este é o mesmo chamado “chifre menor” em Daniel 8:9-12.

B. (11:22) Com grande força ele consegue derrubar o príncipe da aliança, provavelmente se referindo ao sumo sacerdote. Nos anos de 169 -167 a.C, Antioco tomou a cidade e Jerusalém e saqueou o Templo.

C. (11:23-24) Submetendo pequenos grupos, um de cada vez, Antioco se tornou mais forte. Ele entrou em várias cidades egípcias, ricas através de trapaça (enganosamente), quando o povo realmente pensava que ele estava trazendo paz e segurança. Assim ele foi capaz de fazer o que seu pai não tinha conseguido - conquistar o Egito.

D. (11:25-26) - O rei do Egito sobe a batalhar contra ele com um exército poderoso, mas não resiste. Até mesmo seus amigos (“os que comeram os seus manjares”) ajudaram na sua derrota, dando mau conselho militar.

E. (11:27) - Os dois reis sentam-se a uma mesa de paz, mas dizem mentiras um ao outro. Contudo, seus reinados durariam de acordo com o cronograma divino, “porque o fim virá no tempo determinado”. Deus tem o controle nas mãos.

F. (11:28-29) - Epifânio retornou para a Síria levando grande espólio de guerra. Seu coração, contudo, estava contra a aliança santa, que se refere a Israel e sua adoração a Deus.

G. (11:30-31) - Os navios de Quitim (os romanos) também estavam no Egito. A história diz que os romanos traçaram um circulo na areia e ordenaram a Antioco que não saísse dele enquanto não retornasse ao lugar de onde tinha vindo. Em angustia e amargura, ele retornou e descarregou sua ira em Israel.

H. (11:32) - Alguns podiam ser enganados para cometer um erro, mas os fortes não cediam a Antioco e resistiram a ele. Talvez isto se refira aos macabeus.

I. (11:33-35) - Grande perseguição contra o povo de Deus separa os maus dos bons. Os fortes se mantiveram com a verdade, mas muitos foram mortos. Isto foi cumprido com os macabeus que começaram em 168 a.C. com a revolta de Matatias, o velho sacerdote, que foi seguido por seus cinco filhos.

VI. OS ROMANOS (11:36-45)

A. (11:36) – Quem é este rei? Há várias interpretações:

1. Alguns acham que ainda esta se referindo a Antioco Epifânio.

2. Alguns primilenialistas acham que é o Anticristo.

3. Outros pensam serem os romanos. Parece ser esta, a melhor opção, algumas razões.

(11:30) – Os navios de Quitim (Roma) já foram apresentados como vindos contra Antioco.

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(11:36) - Exalta-se e se engrandece acima de todos os deuses e blasfema contra o Deus dos deuses. Isto certamente se ajusta aos imperadores romanos que forçaram a adoração deles mesmos, como deuses e perseguiram os cristãos (Ap 13:5-7).

(11:36) - Até que a indignação seja completada, isto é, a “destruição do poder do povo santo” (Dn 12:7;Ap 12:4)

(11:36) - Conquistado o Egito; a Líbia e a Etiópia se tornaram suas cativas, mas descreve os romanos, que ficaram ricos com muitos despojos.

Todos estes fatos apontam para Roma e está certamente de acordo com o livro de Daniel que, consistentemente, incluía quatro impérios dentro de sua profecia (Dn 2;7).

B. (11:37-39) - Os dominadores romanos eram dedicados ao “deus das fortalezas”. O poder era o seu deus. Eles adorariam a qualquer deus contanto que conquistassem a muitos.

C. (11:40-41) - Ele derrotará tanto o norte como o sul. E entrará também na “terra gloriosa”.

D. (11:42-43) - Conquistado o Egito, ele obteve muitos despojos e os libios e os etíopes se tornaram seus cativos. Isto só poderia se ajustar aos romanos.

E. (11:44-45) - Noticias do Oriente (partas) e do norte (germanos) sempre perturbaram Roma, e nunca foram realmente submetidos por Roma. Ainda que Roma plantasse seus próprios tabernáculos na Palestina (a terra entre o Mar Mediterrâneo e o monte santo, Monte Sião), o fim deste reino mundial foi também determinado por Deus.

VII. A VITÓRIA FINAL DO POVO DE DEUS (12:1-13)

A. (12:1-7) – TRIBULAÇÃO E FIM

a. (12:1) - Durante o domínio romano haveria uma grande catástofre. “Qual nunca houve, desde que houve nação”. Jesus referiu-se a uma tribulação terrível ligando a destruição de Jerusalém com a profecia de Daniel (Mt 24:15;Lc 21:20-22)

b. (12:2-3) - Isto não aponta necessariamente para a ressurreição final, mas antes a uma ressurreição espiritual. Ele diz que “muitos” em vez de “todos”, se erguerão. A ressurreição é designada a “todos”(Jo 5:28-29). Além disso quando isto é ligado com versículo 10, os “muitos”que são purificados são contrastados com os ímpios que continuam a proceder impiamente.

c. (12:4-6) - O livro seria selado e guardado para os últimos dias”. Um dos dois anjos pergunta, “Quanto tempo levará até o fim destas maravilhas ?” Oito vezes nestes capítulos “o fim “(referindo a um tempo indicado) é mencionado (11:27,35,40;12:4,6,8,9,13). Isto se refere ao:

1. Fim do mundo?

2. Fim do sistema judaico?

3. Fim de Roma que marcou o fim dos reinos pagãos?

Nada indica que seja o fim do mundo, pois após os quatro reinos mundiais passarem o mundo ainda continua. Qualquer dos dois últimos pontos de vista são possíveis.

d. (12:7) - O mensageiro vestido de linho identificou que será “quando se acabar a destruição do poder do povo santo “. A referência a “tempo, 2 tempos e ½ tempo” também foi usada em Dn 7:25 e parece claramente paralela ao período descrito em Ap 12:4 (veja Ap 11:4;12:6;11:2;13:5). Em Apocalipse tinha sido dado poder a Roma para perseguir o povo de

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Deus, durantes este período (talvez 3 ½ anos, 42 meses, 1260 dias). Contudo chegou a hora, quando Roma caiu como império mundial, enquanto que o reino de Deus continuou. O povo de Deus pode ter sido espalhado e perseguido, mas não foi destruído.

B. (12:8-13) - CONSELHOS FINAIS A DANIEL

a. (12:8-9) - Daniel não entendeu a pergunta: “Quando será o fim destas coisas”?

É dito a Daniel: “vai, Daniel porque estas palavras serão seladas e encerradas até o fim”. Talvez este se ajuste melhor ao tempo quando Roma caiu, pois em Apocalipse 10:7, quando a 7ª trombeta soou, foi dito: cumprir-se á, então o mistério de Deus, segundo Ele anunciou aos seus servos, os profetas”. Os reinos mundiais pagãos não atingirão uma estabilidade duradoura. Somente o reino de Deus é indestrutível (Dn 2:44;7:13; 7:25-27).

b. (12:10-11) - O significado deste versículo não é facilmente determinado. Talvez os 1290 dias sejam o período entre dois eventos significativos que esmagaram o sistema judaico de adoração. O tempo em que o “sacrifício diário” foi afastado é o tempo mencionado em Daniel 11:31,quando Antíoco Epifânio desconsagrou o Templo. Esta foi a primeira abominação. Mas houve uma segunda vez, e Jesus a identifica claramente com a Destruição do Templo, quando Jerusalém foi destruída em 70 d.C. (Mt 24:15;Lc 21:20-22).

c. Por que 1290 dias são usados para descrever o tempo entre estes dois eventos? Pelo estilo apocalíptico simbólico de números, parece ser mais simbólico que literal, talvez um período indefinido que somente Deus tinha sob seu comando.

d. (12:12-13) - Abençoado seja aquele que chega aos 1335 dias. De novo, somos deixados somente a especular quanto ao significado. A destruição de Jerusalém ocorreu no ano 70 d.C. e enquanto isto marcou um tempo significativo na história do povo de Deus, um momento ainda maior foi quando o reino de Deus provou-se indestrutível. Roma tentou esmagar a igreja, mas, em vez disso, a própria Roma caiu. A batalha de Armagedon, seguida pelo reinado de Cristo de mil anos, é um tempo de grande alegria para o povo de Deus (Ap 20:6;Dn 7:18,22,27). Esse ponto foi subseqüente à queda de Jerusalém e marcado por um acréscimo de 45 dias simbólicos. Os impérios mundiais pagãos acabaram; somente o reino de Deus é universal (Dn 2:44-45). Esta coisas seriam cumpridas num futuro distante, mas Daniel ficaria confirmado como um verdadeiro profeta.

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EVENTOS SIGNIFICATIVOS COM O POVO DE DEUS

TEMPLO POLUÍDO JERUSALÉM DESTRUIDA ROMA CAI (Antioco Epifânio) (Pelos Romanos) (Armagedon) Sacrifício diário ----(1290 dias)---Economia Judaica cai----------(45 dias ) -----Reino de

Deus permanece

______________________________________________________________________ “Abominação desoladora” “Abominável da desolação” Santos possuem o

reino de Deus

(Daniel 8:11;11:31) (Daniel 9:26-27;12:11- Mt 24:15;Lc 21:20-22) (Daniel 7:18,22,27) Ap 19:20 -20:6

(1335 dias)