a tecnologia rfid e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

17
Faculdade Novo Milênio Curso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias DE SÁ Cristiane S¹; DANDREA Rafael² RESUMO Introdução: o presente artigo objetivou apresentar as vantagens que a tecnologia de identificação por radiofrequência, o RFID, apresenta para o rastreamento de ativos e mercadorias. Por conseguinte, apresentou a conceituação do que é RFID, sua origem e histórico de desenvolvimento, para assim apresentar as suas vantagens no que condiz ao rastreamento e identificação. Os componentes de um sistema RFID são os identificadores, que são responsáveis pela identificação dos itens, e leitores, que são responsáveis por ler através de radiofrequência os dados dos identificadores e transmitir as informações através da rede. Como toda tecnologia nova enfrenta algumas dificuldades e barreiras, mas da qual já estão sendo resolvidos os principais problemas que dificultam a utilização maciça da tecnologia. Entretanto, considerando o crescimento da produção industrial por consequentemente gerando o aumento das vendas, a busca por mais qualidade de serviços prestados ao consumidor, e a necessidade de mais eficiência no processo logístico, tornaram-se assim necessário a evolução de tecnologias mais eficazes, seguras e velozes para a comunicação, transportes e realização do processo logístico de distribuição. Contexto, qual entra o RFID, uma tecnologia que pode ser utilizada em diversos segmentos, e na logística ela pode ser aplicada em suas mais diversas áreas de atuação, são eles: suprimentos/compras; produção; estoque / armazenagem; distribuição / vendas; e logística reversa. Métodos: Este estudo utilizou-se de uma abordagem de uma pesquisa bibliográfica a partir de revisões de literatura de artigos científicos anteriores e publicados na área de logística, tecnologia e sistema de informação e administração quanto a temática da utilização da tecnologia RFID nos dias atuais. Resultado: A presente pesquisa buscou através dos casos de estudos pesquisados provenientes de uma revisão bibliográfica apresentar os pontos suscetíveis e vantajosos do RFID no rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Foram apresentado quatro casos de estudos referentes a importantes empresas onde RFID garantiu vantagens competitivas quanto a questão do rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. As empresas apresentadas foram: a FAB, Força Área Brasileira; a grife Paulistana Memove; o Hospital Albert Einstein e a empresa multinacional Chinesa de Containers a CIMC, onde foram encontrados como o RFID garantiu a essas empresas vantagens competitivas e um diferencial competitivo quanto a proposta apresentada pelo artigo, das vantagens do RFID para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Conclusão: a conclusão foi que através dos casos de estudos apresentados, o RFID foi vista como uma tecnologia diferencial que aumenta a capacidade de soluções e abre portas para a novas oportunidades quanto a questão do rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Palavras-chaves: rfid, logística, tecnologia, sistema, informação, radiofrequência, identificação, rastreamento. INTRODUÇÃO 1 A demanda por informação, velocidade de deslocamento e segurança na logística de suprimentos aumenta a cada dia e este aumento é impulsionado pela pressão cada vez maior por produtividade de forma a propiciar melhores resultados em um mercado altamente competitivo. Então, inserindo-se neste contexto, mais cedo ou mais tarde em um não tão distante futuro, as etiquetas inteligentes, a tecnologia RFID, estarão presentes em produtos que qualquer consumidor vier a comprar. A tecnologia em questão o RFID 1 Aluna do 5º período do Curso de Tecnologia da Informação da Faculdade Novo Milênio, Vila Velha, ES, Brasil 2 Mestrando de Gestão em Operações de Logística, Graduado em Engenharia Elétrica na UFES e Professor da Faculdade Novo Milênio. E-mail: [email protected] / [email protected] Trabalho de conclusão de curso (Projeto Tecnológico) – Faculdade Novo Milênio Data do envio: 16/11/2014 Data do aceite: 16/11/2014 – (Identificação por Radiofrequência), processo que utiliza a frequência de rádio, via ondas eletromagnéticas para identificar artigos previamente demarcados permitem a identificação de produtos em tempo instantâneo, sem precisar da leitura direta do chip como acontece com os populares código de barras. Grandes quantidades não são um problema. A boa aplicação da tecnologia garante precisão e integridade da informação em tempo real garantindo todo o controle de informação, segurança e integridade [1] . Não obstante, paradoxalmente, o mercado procura por métodos competitivos sob a pressão e poder dos custos e consequentemente este passa a exigir a diminuição do preço dos produtos oferecidos e como também à segurança do transporte e rastreamento dos produtos. A princípio nota-se que a tecnologia RFID enfrenta esse obstáculo quanto a sua implementação em grande escala,

Upload: cristiane-scarpat

Post on 02-Aug-2015

202 views

Category:

Technology


12 download

TRANSCRIPT

Page 1: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

DE SÁ Cristiane S¹; DANDREA Rafael²

RESUMO

Introdução: o presente artigo objetivou apresentar as vantagens que a tecnologia de identificação por radiofrequência, o RFID, apresenta para o rastreamento de ativos e mercadorias. Por conseguinte, apresentou a conceituação do que é RFID, sua origem e histórico de desenvolvimento, para assim apresentar as suas vantagens no que condiz ao rastreamento e identificação. Os componentes de um sistema RFID são os identificadores, que são responsáveis pela identificação dos itens, e leitores, que são responsáveis por ler através de radiofrequência os dados dos identificadores e transmitir as informações através da rede. Como toda tecnologia nova enfrenta algumas dificuldades e barreiras, mas da qual já estão sendo resolvidos os principais problemas que dificultam a utilização maciça da tecnologia. Entretanto, considerando o crescimento da produção industrial por consequentemente gerando o aumento das vendas, a busca por mais qualidade de serviços prestados ao consumidor, e a necessidade de mais eficiência no processo logístico, tornaram-se assim necessário a evolução de tecnologias mais eficazes, seguras e velozes para a comunicação, transportes e realização do processo logístico de distribuição. Contexto, qual entra o RFID, uma tecnologia que pode ser utilizada em diversos segmentos, e na logística ela pode ser aplicada em suas mais diversas áreas de atuação, são eles: suprimentos/compras; produção; estoque / armazenagem; distribuição / vendas; e logística reversa. Métodos: Este estudo utilizou-se de uma abordagem de uma pesquisa bibliográfica a partir de revisões de literatura de artigos científicos anteriores e publicados na área de logística, tecnologia e sistema de informação e administração quanto a temática da utilização da tecnologia RFID nos dias atuais. Resultado: A presente pesquisa buscou através dos casos de estudos pesquisados provenientes de uma revisão bibliográfica apresentar os pontos suscetíveis e vantajosos do RFID no rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Foram apresentado quatro casos de estudos referentes a importantes empresas onde RFID garantiu vantagens competitivas quanto a questão do rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. As empresas apresentadas foram: a FAB, Força Área Brasileira; a grife Paulistana Memove; o Hospital Albert Einstein e a empresa multinacional Chinesa de Containers a CIMC, onde foram encontrados como o RFID garantiu a essas empresas vantagens competitivas e um diferencial competitivo quanto a proposta apresentada pelo artigo, das vantagens do RFID para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Conclusão: a conclusão foi que através dos casos de estudos apresentados, o RFID foi vista como uma tecnologia diferencial que aumenta a capacidade de soluções e abre portas para a novas oportunidades quanto a questão do rastreamento e identificação de ativos e mercadorias.Palavras-chaves: rfid, logística, tecnologia, sistema, informação, radiofrequência, identificação, rastreamento.

INTRODUÇÃO1

A demanda por informação, velocidade de deslocamento e segurança na logística de suprimentos aumenta a cada dia e este aumento é impulsionado pela pressão cada vez maior por produtividade de forma a propiciar melhores resultados em um mercado altamente competitivo. Então, inserindo-se neste contexto, mais cedo ou mais tarde em um não tão distante futuro, as etiquetas inteligentes, a tecnologia RFID, estarão presentes em produtos que qualquer consumidor vier a comprar. A tecnologia em questão o RFID – (Identificação por Radiofrequência), processo que utiliza a frequência de rádio, via ondas eletromagnéticas para identificar artigos previamente demarcados permitem a identificação de produtos em tempo instantâneo, sem precisar da leitura direta do chip como acontece com os populares código de barras. Grandes quantidades não são um problema. A boa aplicação da tecnologia garante precisão e integridade da informação em tempo real garantindo todo o controle de informação, segurança e integridade[1]. Não obstante, paradoxalmente, o mercado procura por métodos competitivos sob a pressão e poder dos custos e consequentemente este passa a exigir a diminuição do preço dos produtos oferecidos e como também à segurança do transporte e rastreamento dos produtos. A princípio nota-se que a tecnologia RFID enfrenta esse obstáculo quanto a sua implementação em grande escala, argumentada como custosa, mas com o passar dos anos, desde uma década quando o RFID começou a ser discutido como substituto direto do código de barras, muitas questões já foram esclarecidas. O crescimento da tecnologia RFID no varejo está sendo bastante expressivo no

mundo e também no Brasil. Os setores de eletroeletrônicos, e confecções estão revolucionando o mercado com a popularização da adoção da tecnologia como uma ferramenta estratégica e de gestão, prevalecendo a sua aplicação para melhorar o rastreamento e a visibilidade de estoque objetivando a redução dos custos operacionais, aumento de vendas pela melhoria da disponibilidade e prevenção de perdas através de furtos e troca erradas. Hoje apesar do custo inicial o RFID, é tida como a melhor opção desde que os apelos da tecnologia RFID são instigantes. As etiquetas com microchip colocadas nos produtos funcionam como uma espécie de documentação de uma identidade com informações de preço, origem, prazo de validade, número do lote, entre outras informações, além de permitir uma relação mais intima entre linhas de produção, os consumidores e os sistemas de informação de uma organização[2].

A tecnologia RFID, de forma simplificada, apresenta quatro componentes: transponder, (a etiqueta) transceiver (o leitor), antenas e middleware, além de sua comunicação por rádio frequência[3]. Entre suas das vantagens na usabilidade dessa tecnologia é a não necessidade da leitura mecânica direta, como acontece com o código de barras, entretanto, assim facilitando a identificação por exemplo itens dentro de um armazém ou galpão sem o necessário manuseio humano e até a própria leitura de itens em lugares de baixa visibilidade e a uma distância maior entre o leitor e a etiqueta[2].

O RFID apresenta vantagens quando isso vem a questão do rastreamento e identificação imediata de mercadorias, além disso vale notar é cada vez mais intensa a aplicação das novas tecnologias sem fio na

1 Aluna do 5º período do Curso de Tecnologia da Informação da Faculdade Novo Milênio, Vila Velha, ES, Brasil2Mestrando de Gestão em Operações de Logística, Graduado em Engenharia Elétrica na UFES e Professor da Faculdade Novo Milênio.E-mail: [email protected]/ [email protected] de conclusão de curso (Projeto Tecnológico) – Faculdade Novo MilênioData do envio: 16/11/2014Data do aceite: 16/11/2014

Page 2: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

sociedade atual, fato que tem provocado severas mudanças de hábitos e no comportamento na sociedade. Os benefícios de imediato do RFID são: a eliminação de erros de escrita e leitura de dados, rastreamento e armazenamento de dados de forma mais veloz e automática, diminuição no processamento de dados e ganho de maior segurança[3].

Em relação às vantagens do RFID em relação às outras tecnologias de identificação e rastreamento de dados, temos: operação segura em ambiente hostis como lugares úmidos, molhados, sujos, corrosivos, altas temperaturas, baixas temperaturas, vibração, choques, operação sem contato e sem necessidade de campo visual e grande variedade de formatos e tamanhos[3].

OBJETIVOO objetivo deste artigo é apresentar a aplicação

da tecnologia de Identificação por Radiofrequência (Radio Frequency Identification - RFID), demonstrando como a revolucionaria etiqueta inteligente possui vantagens no que trata-se ao rastreamento e identificação de ativos e mercadorias.

JUSTIFICATIVA A justificativa deste artigo em torno da identificação por frequência de rádio, tecnologia RFID, deve-se à possibilidade de uma tecnologia em reconhecimento em tempo real de produtos e mercadorias, assim como consequência obtendo ganhos de eficiência e a abertura de oportunidades para novos serviços ao longo da cadeia de suprimentos, trazendo para os dias atuais as possibilidades anteriormente apenas vivida no

imaginário dos visionários e futuristas. A opção pela tecnologia RFID na gestão da logística vem recebendo bastante atenção em meios acadêmicos e corporativos. O RFID está sendo explorado por grandes empresas e corporações industriais de diferentes áreas, desde indústrias automobilísticas (Mercedes Benz, Audi, Volkswagen, etc.) a grandes companhias de varejo (Wal-Mart, Grupo Metro, Pão de Açúcar, etc.) [10] Uma vez que o uso do RFID intensifica-se por sua capacidade de suprir as deficiências do sistema de código de barras e acrescentar ao mesmo novas funcionalidades. Além disso, a queda dos preços nos últimos anos nos componentes de hardware favoreceu para que um número cada vez maior de empresas optasse pela adoção da tecnologia RFID[11]. Assim vão aparecendo inúmeras notícias de que importantes grandes corporações já estão investindo maciçamente nessa tecnologia. Um famoso caso é a empresa norte-americana Procter & Gamble encomendou cerca de quinhentos milhões de chips RFID para a sua subsidiaria, a Gillette, alavancando a tecnologia no noticiário popular[6]. A duas principais fabricantes de aviões, a Boeing e a Airbus, passaram a exigir de seus mais de dois mil fornecedores a identificação de peças e motores utilizando a tecnologia com a proposta e objetivo de evitar erros de manufatura, aumentar o controle do rastreamento e a segurança dos ativos ao longo de sua cadeia de suprimentos[6].

O mais famoso caso de uso RFID frequente na mídia é o do uso do RFID por parte da rede de hipermercados Americana a Wal-Mart, da qual recentemente passou a exigir a seus fornecedores que todos os produtos vendidos pela rede precisarão conter etiquetas RFID até final desta década [6]. Também a Microsoft publicamente divulgou que tem projetos e está investindo em pesquisas da qual vem direcionando alto recursos financeiros na tecnologia RFID com a divulgação de que pretende desenvolver softwares e serviços para suportar o uso de RFID nos setores da indústria e de varejo[6]. Entretanto, mesmo com a trajetória de RFID estando objetiva e popular a cada dia em decorrência de suas vantagens em comparação a seu principal rival, o código de barras, vale dizer que a velocidade de sua adoção é incerta nos dias de hoje. Nos EUA, onde essa tecnologia, saiu na frente, o chip de identificação de radiofrequência mais barato ainda custa cerca de vinte e cinco centavos de dólar a cada compra de um milhão de chips, enquanto no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação (ABA), esse custo sobe para oitenta centavos até um dólar a unidade[6]. Obviamente, esse valor é barateado em comparação ao usado em um notebook, carro ou tablete vendido, entretanto, torna caro se for contabilizado a existência de uma etiqueta (tag RFID) a cada caixa de sabão-em-pó no supermercado ou a cada lata de leite condensado. Há também o custo das leitoras de etiquetas e a infraestrutura de leitores RFID necessária para coletar, examinar e movimentar o vasto volume de dados que as etiquetas de identificação por radiofrequência geram[6].

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA A fundamentação teórica apresenta os resultados de uma revisão de literatura buscando as definições que servem de base para o desenvolvimento da presente pesquisa bibliográfica. É apresentada a conceituação do que é RFID, sua origem e histórico de desenvolvimento e suas vantagens. E dentro da análise de apontando suas respectivas vantagens: é apresentado o impacto de sua utilização; finalizando com a apresentação de três variáveis estratégicas organizacionais selecionadas para análise baseando-se em pesquisas acadêmicas anteriores. RFID é a abreviação de Radio Frequency Identification – Identificação por Radiofrequência. Diferentemente do feixe de luz utilizado no sistema de código de barras para a apuração e captura de dados, essa tecnologia utiliza-se da frequência de rádio, wireless. Um conceito de tecnologia, em tempo real, desenvolvida inicialmente como solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso. Simplificando, um sistema de RFID é composto, de uma antena, um transceptor, que faz a leitura do sinal e transfere a informação para um dispositivo leitor, e um transponder ou etiqueta de rádio frequência, qual deverá possuir o circuito e a informação a ser transmitida. Estas etiquetas podem estar presentes em pessoas, animais, produtos, embalagens, enfim, em equipamentos diversos[3]. Assim sendo uma antena transmite a informação, emitindo o sinal do circuito integrado transmitindo suas informações para o leitor da qual converte as ondas de rádio do RFID em informações digitais em tempo real. E após sendo

Page 3: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

convertidas, elas poderão ser lidas e compreendidas por um terminal ou computador para então ter seus dados analisados e interpretados. O objetivo dessa tecnologia é melhorar a eficiência no rastreamento e localização de produtos, além de oferecer benefícios para quem tenha necessidade de registrar bens físicos, garantindo segurança e integridade física[3]. Simplificando, a RFID ou identificação por radiofrequência é uma tecnologia wireless para efeitos de identificação e rastreamento de etiquetas. Um sistema RFID é composto por três componentes principais: identificador, leitor e banco de dados (Figura1).

Figura 1 - Sistema RFID

A tecnologia de RFID teve suas origens nos sistemas de radares que foram desenvolvidos e usados durante a Segunda Guerra Mundial. Alemães, japoneses, americanos e britânicos começaram a usar radares, que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson-Watt, um físico escocês, para avisá-los com antecedência a vinda de aviões enquanto eles ainda estavam distantes de seus alvos. Entretanto, havia um problema qual era o de identificar aviões que eram os inimigos e quais eram aliados. Os Alemães no entanto descobriram que se os seus pilotos virasse seus aviões quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletida o de volta ao radar. Esse método então alertava os operadores responsáveis pelo radar que tratava-se de aviões alemães, esse ato foi, simplesmente, considerado o primeiro sistema passivo de RFID, a ser usado[7]. Então, sob o comando de Watson-Watt, os Britânicos desenvolveram o primeiro identificador ativo de aliado ou inimigo foi o: IFF – Identify Friend or Foe. Onde era colocado um transmissor em cada avião Britânico. Quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de resposta, da qual identificava o aeroplano como friendly, amigável[7]. Os RFID funcionam baseado no mesmo princípio. Um sinal é enviado a um transponder, o qual é ativado e reflete de volta o sinal sistema passivo ou transmite seu próprio sinal sistemas ativos[7]. Avanços na área de radares e de comunicação RF (Radio Frequency) continuaram após a guerra pelas décadas de 50 e 60 do século XX. Cientistas, acadêmicos e pesquisadores dos Estados Unidos, Europa e Japão realizaram inúmeras pesquisas e apresentaram diversos estudos explicando como a energia RF (Radio Frequency) poderia ser utilizada para identificar objetos remotamente[7]. Neste contexto, então, empresas começaram a ver um potencial comercial para esta nova tecnologia que

não fosse apenas de a caráter militar. Muitas delas começaram a comercializar sistemas antirroubo que passaram a utilizar-se ondas de rádio para rastrear e determinar caso um item havia sido roubado ou pago devidamente em lojas e depósitos. Era o advento das etiquetas RFID denominadas de "etiquetas de vigilância eletrônica" as quais ainda são utilizadas até hoje. Cada etiqueta utiliza-se de um bit. Se a pessoa paga pela mercadoria, o bit é posto em 0. E os sensores não dispararam o alarme. Caso o contrário, o bit continua em 1, e caso a mercadoria saia através dos sensores, um alarme é então disparado[7]. Existem numerosos estudos e pesquisas sobre as vantagens que as empresas podem obter com o RFID. Da mesma forma, é comum encontrar relatórios empresariais mostrando como o RFID ainda não gera resultados financeiros que compensem sua implementação. Entretanto, a realidade é que os possíveis benefícios alcançados serão diferentes de uma empresa para outra, e vice-versa, variando de ambiente e situação de mercado encontrada, ou até mesmo dependendo de estratégias adotadas [4]. Os gestores de logística como de qualquer outra área de atuação empresarial necessitam nos dias atuais conhecer bem as vantagens que o RFID pode oferecer e quantificar os ganhos que podem ser obtidos em sua empresa, como parte de um importante diferencial competitivo. Porém, devem entender os custos, e os problemas que podem encontrar em seu curso e implementação[4]. Em muitos estudos feitos, as principais vantagens que o RFID apresenta podem ser distinguidos e listados nas seguintes categorias[2]:

1. Automação: o RFID reduz os processos manuais efetuados na captura de dados, diminuindo o erro humano e permitindo aos funcionários maior concentração nas atividades de maior valor agregado,

2. Integridade: capacidade de manter as informações sempre atualizadas em tempo real, eliminando erros, facilitando o rastreamento e prevenindo contra perdas, danos e roubos,

3. Velocidade: redução do tempo de movimentação de materiais e busca de informações

4. Informação: disponibilidade de dados e informações que permitam uma tomada de decisão efetiva e rápida,

5. Capacidade: permitindo que empresas passem a explorar novas aplicações em sua cadeia de suprimento, melhorando o atendimento ao clientes e o relacionamento e interação com os parceiros da cadeia.

Além do mais, dentro de cada uma destas categorias descritas, é possível citar e descrever uma série de ganhos reais que podem ser obtidos com o uso do RFID:

1. Produtividade do armazém e da distribuição: as atividades de leitura manual ou com código de barras podem ser substituídas com o uso de produtos ou pallets com RFID. O material será rastreado automaticamente enquanto se move pelo armazém. Os ganhos com produtividade serão expressivos[2].

2. Produtividade no ponto de venda: a usabilidade do RFID concederá uma redução

Page 4: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

do tempo gasto em pontos de venda com a gestão de armazéns. Todo material que sai da loja é automaticamente registrado, sem a necessidade de processo[2].

3. Falta de estoque: quando falta um material em estoque, corre-se o risco da venda ser perdida ou cancelada, e ainda pior, que o cliente busque a comprar de seu concorrente. A informação em tempo real que o RFID oferece permite rastrear melhor os estoques e a movimentação de materiais reduzindo ao mínimo a falta de itens em estoque. O reabastecimento de material também é mais rápido com este nível de qualidade nas informações[2].

4. Gestão do inventário: o RFID melhora os processos de produção em Just-In-Time, seguindo o rastreamento de material em processo (WIP) e a movimentação do produto finalizado. Uma visão clara e em tempo real deste cenário permite uma previsibilidade melhor do inventário e seu gerenciamento[2].

5. Redução dos roubos: o uso do RFID nos produtos permite identificar diferenças no estoque imediatamente, visualizar em qual ponto desapareceu o material e ter alarmes quando algum material sai de sua sequência normal de movimentação[2].

6. Redução dos erros: o uso de um sistema de captura automatizado com RFID reduz

eficientemente o erro humano na captura de informação[2].

7. Rastreamento e gestão dos ativos: uma organização tende a ter uma certa quantidade de equipamentos importante e difícil de gerenciar. Com o RFID facilita-se a localização, a manutenção e prevenção de roubo destes equipamentos[2].

8. Prevenção de falsificação e pirataria: a legitimidade do produtos podem ser verificada com a implantação do RFID[2].

9. Contas a receber: a informação em tempo real melhora o processo de contas a receber. Faturas serão emitidas de forma veloz e com menores taxas de erro, diminuindo o prazo médio de recebimento[2].

Quanto as variáveis estratégicas de principal interesse para esta pesquisa, foram identificadas, após a o término da fundamentação teórica em três áreas: o da conceptualização do que é RFID; seu histórico e a apresentação de suas vantagens, seu diferencial competitivo, em relação a sua adoção. Isto resultou em três variáveis estratégicas dentro das vantagens que o RFID apresenta para o rastreamento e identificação de mercadorias: o da competitividade; da velocidade; e da segurança. Os impactos de cada variável e as suas respectivas referências dentro da fundamentação teórica, estão apresentados de forma resumida na Tabela 1.

Variáveis Rastreamento Identificação

Competitividade O uso do RFID no rastreamento de mercadorias (produtos) apresenta maior competividade. O RFID é um diferencial competitivo de alto valor agregado[7].

Apresenta pequenas ou nulas chances de erro no processo de identificação. E é instantâneo sem a necessidade de terceiros como no processo de identificação do Código de Barras[7].

Velocidade A performance da velocidade é alta no rastreamento de mercadorias, devido a tecnologia RFID[7].

A tecnologia RFID permite a identificação de produtos em alta velocidade, sem precisar da leitura direta do chip. Grandes quantidades não são um problema. A boa aplicação da tecnologia garante precisão e integridade da informação[7].

Segurança Apresenta maior segurança no rastreamento de mercadorias (produtos) desde que é feito de forma automática sem contato de terceiros[7].

Menor, para perto de zero a probabilidade de erros na identificação de (mercadorias) produtos. Garantindo maior integridade[7].

Tabela 1. Variáveis estratégicas selecionadas para estudo.

METODO DE PESQUISA Este estudo utiliza-se de uma abordagem de pesquisa bibliográfica a partir de revisões de literatura de artigos científicos anteriores e publicados na área de logística, sistema de informação e administração referente a temática da utilização da tecnologia RFID nos meios empresariais e corporativos referentes aos dias atuais. Visto que, a pesquisa bibliográfica, ou a, revisão de literatura, tem a função de buscar os principais conceitos sobre um tema e apresentar os principais achados empíricos[5]. Com base em material publicado, tem a vantagem de permitir uma cobertura ampla dos fenômenos estudados, bem maior do que a possibilidade que o pesquisador teria de investigar diretamente[5]. A busca bibliográfica foi realizada de agosto de 2014 a novembro de 2014: nas bases de dados do portal da ABREPO Associação Brasileira de Engenharia de Produção (artigos científicos de casos

de uso e exploratórios); nas bases de dados do Portal Scielo (artigos científicos bibliográficos e exploratórios); nas bases de dados da Capes/MEC (teses e dissertações); nas bases de dados do Global Science and Technology, um periódico científico de caráter quadrimestral, publicado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde direcionado à divulgação de estudos e pesquisas da área de ciência e tecnologia; Portal da Fundação Getúlio Vargas através de artigos de estudos de caso direcionado a área da Administração Empresarial. E, através de pesquisas de pesquisas de artigo científicos e acadêmicos no Portal Google Acadêmico (Google Scholar). Outras fontes de evidências e informações foram as reportagens e informações disponíveis em sítios eletrônicos institucionais de empresas; nos sítios de relacionamento com clientes e documentos de apresentação institucional das organizações. E, de pesquisas em periódicos relacionados ao estudo da Logística e Sistema de Informação na Biblioteca da

Page 5: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

Faculdade Novo Milênio, Vila Velha, ES, nos idiomas de português, abrangendo material (artigos, dissertações, e teses) entre o período de janeiro de 2004 a junho de 2014. Consequentemente, neste artigo de caráter bibliográfico, para fins de estudo, foram incluídos artigos e teses originais de revisão bibliográfica, artigos de estudos de casos de uso e artigos de analise exploratória, que incluíssem o tema RFID e apresentando o seu potencial tecnológico, vantagens e diferencial competitivo quanto a sua aplicabilidade ao rastreamento e identificação de mercadorias. Foram excluídos os artigos que, embora contemplassem o tema RFID em aplicação logística, não comentavam sobre as suas respectivas vantagens e o diferencial apresentados para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Os artigos foram analisados de acordo com as seguintes categorias previamente definidas. Após o mapeamento dos dados, os artigos foram identificados conforme os enfoques priorizados, agrupados e apresentados de acordo com sua temática: RFID, e suas vantagens (aplicabilidade e diferencial competitivo) para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. Após a leitura dos vinte e cinco artigos inicialmente selecionados pela descrição, foi realizada uma nova seleção de caráter rígido incluindo os critérios estritos como, anteriormente relatados, e desses vinte e cinco, restaram somente dez artigos, que foram selecionados para a revisão de literatura para pesquisa de estudo de caso apresentada na seções de resultados e discussão, de pesquisa bibliográfica deste presente trabalho. RESULTADOS Desta forma, apresenta-se aqui os resultados dos dados coletados através de uma pesquisa bibliográfica para o desenvolvimento do trabalho, através de um elaborado processo de revisão de literatura.

Em consonância com os objetivos adotados, foram analisadas e agrupadas as publicações conforme descrita pela metodologia e as categorias previamente definidas na fundamentação teórica: conceitos do que é RFID, sua origem, histórico de desenvolvimento e suas vantagens inseridas no contexto de rastreamento e identificação de mercadorias. Apresentando-lhes como um diferencial competitivo. A identificação do número de publicações foi selecionada de acordo com os objetivos já apresentados, base de dados consultada e distribuição cronológica. A leitura pormenorizada dos artigos encontrados permitiu agrupar os resultados por similaridade de conteúdo. Elaborou-se uma tabela correlacionando os periódicos e o ano dos respectivos trabalhos. Trata-se de casos de estudos extraídos por meio de artigos elaborados através de pesquisa exploratória atendendo os requisitos conforme o objetivo, a justificativa e a fundamentação teórica desde presente artigo. Estudos de casos que obtiveram sucessos com a tecnologia RFID. A Tabela 2 apresenta estes dados e evidencia a associação de enfoques. O primeiro estudo de caso pesquisado e analisado refere-se a utilização da tecnologia RFID pela Força Aérea Brasileira (FAB) para automação de rastreamento de ativos em seus depósitos[16]. O segundo caso é de um estudo sobre o uso do RFID pela estatal Chinesa fabricante de containers a China International Marine Containers (CIMC) para a agilização e eficiência na identificação e rastreamento de seus ativos[15]. O terceiro caso é sobre uma marca têxtil brasileira que aplicou a tecnologia RFID em seus processos de identificação e rastreamento, desde o depósito até as lojas utilizando-se dos conceitos de manufatura enxuta via o RFID[20]. O quarto caso trata-se da aplicação do RFID na pelo Hospital Israelita Albert Einstein, no estado de São Paulo, como gestão, controle e identificação de ativos.

Autores Ano Titulo TemáticaSoares, Washington L. P.; Akabane, G. K.

2012 Estratégias tecnológicas em sistemas de transportes colaborativos: Um estudo de caso da tecnologia de RFID aplicada em terminais de contêineres[15].

Aplicação do RFID em terminais de contêineres.

Ferreira, Marcela M.; Cugnasca, Carlos E.

2013 Logística e RFID: Casos e Aplicações[16]. Um artigo apresentando 3 exemplos reais de estudos de casos do RFID na logística

Pessoa, Cláudio R. M.; Jamil, George L.; Gonçalves, Danilo M. R.; Souza, Roberto O.

2012 Gestão estratégica do conhecimento em produção: Uso da tecnologia RFID para controle de equipamentos ativos em ambientes industriais[17].

Usabilidade do RFID no controle e gerenciamento de ativos em ambientes industriais

Paes, Libânia R. A. 2009 Uma investigação sobre o uso da informação na cadeia interna de suprimentos em hospitais na cidade de São Paulo[18].

Uso da informação na cadeia interna de suprimentos em hospitais

Gonçalves, Veralice M. 2012 Identificação por radiofrequência: tecnologia inteligente, hospital eficiente, qualidade e segurança para o paciente[19].

Um estudo sobre a aplicação da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) em um hospital

Silva, Gleyson A.; Costa, Thiago L. L. R.

2009 Sistema de controle de inventario através da tecnologia RFID[20].

Uso do RFID no controle de inventários

Dresch Jr, Antônio; Efrom, Danny R.; Grumovski, Dieison

2008 Sistema de controle de patrimônio via RFID[21]. Uso do RFID no controle de inventários no varejo

Page 6: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

Silva, Lucas P.; Oliveira, Rodrigo C. A.

2008 A segurança de ativos utilizando RFID[22]. Como a tecnologia RFID garante melhor segurança de ativos

Souza, Dácio A. M.; Souza, Harley R.; Sá, Marco A. L.;Cintra, Sérgio P. V.

2012 A Logística na gestão de estoque por meio da Identificação por Rádio Frequência (RFID)[23].

O uso de RFID na gestão de estoque

Souza, Leandro R. S.; Moreira, Márcio A. R.

2012 Otimização do processo de abastecimento em linhas de produção utilizando os conceitos da manufatura enxuta via RFID[24].

Aplicação do RFID no rastreamento de manufaturas em uma linha de produção fabril

Tabela 2. Distribuição das publicações analisadas através de uma revisão bibliográfica referente os estudos de casos apresentados conforme o enfoque priorizado

CASO 1: A FAB (Força Aérea Brasileira), como documentado em dezembro de 2011, através do RFID Journal Brasil, iniciou um processo de modernização das operações do seu Centro Logístico de Aeronáutica (CELOG), este responsável pela gestão e movimentação mensal de milhares de toneladas de materiais aeronáuticos diversificados como: motores, painéis, câmbios automáticos, pneus, radares, etc., cuja qual movimentam-se entre as Comissões Aeronáuticas Brasileiras localizadas em Washington, EUA, Londres, Reino Unido e Rio de Janeiro, Brasil[16]. A proposta desse mecanismo de automatização foi o de agilizar os processos de circulação de mercadorias, garantir eficiência operacional e aumentar a confiabilidade na logística no transporte e movimentação de materiais. Razão pela qual, o CELOG elegeu o uso do RFID. Com o novo sistema, a carga recebe uma tag, com a etiqueta RFID antes do encaminhamento ao destino. Uma vez cadastrado o volume, peso, cubagem e destino, a carga então pode ser dispensada para o transporte. Seguinte passo foi a infraestrutura de apoio à tecnologia RFID instalada, configurada, testada e ativada por uma empresa terceirizada com grande especialização no setor e em seguida é composta por portais RFID, coletores de dados e impressoras. Além do mais, a empresa contratada também se encarregou de integrar o sistema utilizado pelo RFID ao sistema interno da FAB[16]. O início das operações começaram com a separação e expedição dos materiais a serem enviados ao Brasil, em Washington. Após o processo de separação, os materiais são colocados em contêineres aeronáuticos e passam pelos pontos de leitura instalados nas docas de expedição e onde estão posicionados para o despacho. Após o fim desse processo, é então gerado automaticamente um documento contendo todas informações detalhadas do material expedido[16]. Ao chegar no Rio de Janeiro, então a carga é transportada até uma doca de recebimento onde é realizado o registro do material recebido por um portal de leitura móvel. O sistema gera um arquivo com as informações coletadas dos materiais recebidos e os envia ao sistema do CELOG, FAB. Assim, os materiais são separados em um armazém e a partir desse momento passam a aguardar a liberação da receita Federal para serem distintamente armazenados ou encaminhados para os Postos do Correio Aéreo Nacional (CAN)[16]. Anterior ao processo de RFID instalado o embarque de materiais aeronáuticos da FAB de Washington ao Brasil levava de entre três a quatro

dias, após a implementação do sistema de RFID, o mesmo processo passou a ser realizado em apenas três horas. A produtividade da movimentação de materiais entre Washington, Londres, Rio de Janeiro e os postos CAN foi acrescida em 600%[22]. Devido à leitura simultânea e instantânea das cargas em tempo real, o tempo gasto na elaboração dos documentos e processos para a expedição foi reduzido de três horas para um minuto e o recebimento de um contêiner teve redução de oito horas para quarenta e cinco minutos[16]. Após os benefícios ganhos com a implementação do RFID, o processo de expedição geralmente apresentava discrepâncias de 2% nos registros documentados e, após a adoção da tecnologia, o índice de erro diminuiu para 0,005%[16]. CASO 2: China International Marine Containers (CIMC). A China International Marine Containers Ltd. (CIMC) é um grupo de empresas estatais Chinesas fundado em 1980 em Shenzhen na China, originado de um programa de governo Chinês com ambiciosas estratégias logísticas de exportação, que hoje faz da China o maior exportador de commodities mundial. Atualmente o grupo é listado na bolsa de valores de Shenzhen e Shangai, e tem tornado em um conglomerado líder global na categoria de segmentos de fabricação e fornecimento de contêineres, reboques e equipamentos de tanque, instalações aeroportuárias e sistemas offshore naval e entre outras atividades envolvendo a logística de transportes marítimos. A CIMC oficialmente opera mais de 20 fábricas e estaleiros de armazenamento do recipiente de 40 em toda a China. A empresa oferece a major transporte e locação empresas na Ásia, Europa e América do Norte[15]. Ao que refere-se sua gestão do processo fabril, e ao posicionamento dos produtos especificamente os contêineres, sempre foi uma tarefa muito árdua e complexa de se lidar pelos gestores e operadores da CIMC. Durante anos o processo de controle de inventário da CIMC foi um processo trabalhoso e lento desde a fabricação até etapa de entrega dos contêineres aos clientes. Anteriormente o operadores da CIMC usavam diferentes técnicas muitas vezes não interligadas entre si, eram confusas, portanto, isto redundava em um sistema de gerenciamento que misturava desde tecnologia óptica de reconhecimento de caracteres, papel, canetas, pranchetas e até binóculos, tudo isso para determinar a locação de seus produtos nos terminais de contêineres. Embora que cada recipiente é feito por uma determinada encomenda, as caixas parecem muito entre si. E, em um pátio que se baseia em trabalhadores manualmente gravando números de identificação dos

Page 7: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

lados dos recipientes, em seguida, detectando e recuperando os recipientes conforme necessário, semelhança gera ineficiência e desperdício de tempo[15]. No geral, a empresa muitas das vezes já não mais sabia a localização exata de seus contêineres e até perdia os equipamentos e, ou planejava erroneamente rotas para entrega dos equipamentos aos seus clientes. Cansado de brincar de esconder e procurar com seus contêineres, CIMC encontra um novo sistema RFID para ajudar a localizar o produto em seus pátios. Uma variedade quase infinita de produtos se move ao redor do globo em contêineres. Para China International Marine Containers grupo (CIMC), porém, o contêiner em si é o produto. E assim como qualquer outro produto, o remetente precisa manter o controle de sua localização[15]. Então na tentativa de reduzir despesas e aprimorar as operações, a CIMC engatou um projeto piloto de RFID 9 no ano de 2005 cujo proposta inicial era localizar a rota dos contêineres da fábrica ao local ou pátio de armazenamento com o intuito de agilizar a localização dos equipamentos e ativos e facilitando a distribuição de acordo com o inventário de terminais. Além de outros objetivos estratégicos, a ideia no início era o de acelerar a eficiência da cadeia de abastecimento e reduzir o custo do gerenciamento de ativos. Sendo assim os executivos da estatal, entre eles Shouqin Zhou, diretor do CIMC Smart e Centro de pesquisa de segurança concluiu que a tecnologia RFID poderia ajudar a reduzir custos e fornecer melhor confiabilidade em processos logísticos do que o Optical Character Recoginition (OCR), até então usado. O método anterior de rastreamento de contêineres da CIMC, não refletia as informações necessárias sobre as especificidades dos contêineres, como também não fornecia os dados técnicos sobre as unidades que saiam das fábricas de produção da CIMC a caminho do pátio de armazenagem[15]. Anterior ao projeto piloto implantado com RFID, os contêineres inicialmente prontos para o transporte da fábrica para o pátio de armazenamento funcionava de forma burocrática onde os motoristas de caminhões necessitavam de verificar uma papelada enorme para controle no portão do pátio. Sendo assim, o projeto foi implantado. Para começar, o terminal de container onde o piloto foi realizado abrange mais de 37 hectares e pode armazenar até 30.000 contêineres. No âmbito do projeto-piloto, a CIMC desenvolveu um sistema de gerenciamento por tecnologia de informação para o pátio de armazenamento e controle de bens, ativos em tempo real[15]. De forma mais participativa, o sistema então começou a fornecer recursos de gerenciamento de tarefas e mapeamento tridimensional ao utilizar de forma sincronizada dois componentes de software: Mobile Locator, da qual é executado por um computador portátil ou montado em equipamento em determinada localização. Para o rastreamento dos dados para controle dos ativos; e posição de servidor, que usa as APIs baseadas em XML para fornecer uma interface de dados entre os sistemas de comunicação móvel e do CIMC[15]. No sistema CIMC, os alertas são emitidos no computador móvel, por exemplo, se um operador de empilhadeira pegar o container errado. Imediatamente é acionado o sinal. Os sensores conectados aos

computadores bordo dos veículos por meio da porta serial ajudam na localização oferecendo acesso diretamente a quadra do pátio de contêineres. Na fábrica, as etiquetas passivas são anexadas aos contêineres por fita magnética quando estes saem da linha de produção. Essas etiquetas incorporam informações de identificação completa no container, incluindo a pesagem, o dia, a data e a hora de fabricação. Informação da qual é imediatamente gravada na base de dados central da CIMC. As etiquetas RFID são colocadas sobre os para-brisas dos caminhões que transportam os contêineres desde a fábrica até o pátio de armazenagem[15]. Leitores RFID instalados nos portões da fábrica leem as tags (etiquetas RFID) onde ambos os caminhões e os contêineres, quando eles passam em frente, seguindo para o envio de informações sobre o movimento as bases de dados da CIMC. Quando os caminhões entram ao pátio de contêineres, os leitores podem digitalizar tanto o tamanho, pesagem e os modelos dos contêineres, fazendo uma vistoria automática. As empilhadeiras que descarregam os containers são equipadas com tela touch-screen por computadores de bordo que executam o Móvel Locator e um leitor RFID, enquanto o computador móvel e o leitor RFID transmitem as informações através de uma rede wireless. Assim sendo, quando um container atinge o local ordenado, a etiqueta RFID do mesmo aparece na tela do computador montado na empilhadeira, com a informação correspondente de identificação do container e um mapa tridimensional do terminal[15]. Após, o processo segue o mapa gerado pelo software sendo usado pelos operadores de empilhadeira que neles podem ver onde os contêineres são armazenados, mesmo quando estiverem empilhados um sobre o outro. Outra vantagem é que os operadores também podem procurar o sistema para um respectivo container, digitando o seu número de identificação na tela touch-screen do computador de bordo da empilhadeira[15]. E desde que foi instalado em 2007 através do projeto piloto a CIMC levou dois anos para obter um retorno do seu investimento. E até ao final do ano de 2012, o sistema já tinha produzido estes seguintes resultados[15]:

1. Eliminou um quarto das buscas para recipientes equivocadas por mês.

2. Eliminada a perda de cerca de oito contêineres no trânsito por ano.

3. Reduzidos em 50% a necessidade de locação de empilhadeiras para o pátio durante horários de demanda de pico.

4. Melhorou a precisão da navegação em quase 100 por cento.

5. Reduziu os custos operacionais, tornando a localização e o status dos equipamentos, tais como contêineres, reboques e equipamentos de tanque disponíveis em tempo real.

CASO 3: Uma grife brasileira do ramo de moda jovem, a Memove, propriedade da holding Paulistana VGB (Valdac Global Brands), foi lançada no dia sete de outubro de 2011, com o objetivo de atingir o público jovem consumidor das classes A e B. O lançamento aconteceu junto com a inauguração da primeira loja da marca, no Shopping Tamboré, em Barueri, na Grande

Page 8: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

São Paulo, em espaço de mil e quinhentos metros quadrados[16]. O plano da Valdac Global Brands foi o de implantar cento e vinte lojas Memove em quatro anos. Três lojas foram inauguradas no fim de 2011, todas elas com a tecnologia RFID incorporada: uma no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas e outras duas na capital paulista sendo uma no Mooca Plaza Shopping e a segunda no Shopping Center Norte, em São Paulo. As operações da marca Memove incorporam o RFID como principal inovação tecnológica em 100% da cadeia de suprimentos e nas operações internas. Já no primeiro mês daquele ano a tecnologia já tinha apontado ganhos como a redução do tempo requerido para a contagem do inventário, o processo que levava dias para sua operação, passou a gastar apenas algumas horas[16]. As primeiras vantagens a partir da adoção da tecnologia RFID, foram a obtenção do controle total de cerca de quarenta mil itens oferecidos pela loja, desde sua fabricação, passando pelo centro de distribuição e até o ponto de venda[20]. Além do mais, nos pontos de venda, a tecnologia potencialmente funciona como um sistema de Vigilância Eletrônica de Artigos (EAS), evitando furtos e perdas de danos. Visto que, o uso do RFID na Memove inicia-se no momento em que uma peça de vestuário é fabricada, através da costura de uma etiqueta RFID com todas os dados referentes à peça, incluindo informações do produto, fornecedor, tamanho, lote, etc. E quando já as mercadorias são recebidas no CD - Centro de Distribuição, os processos de recebimento, conferência e separação de produtos são executados de forma automática em portais e esteiras RFID fabricados pela empresa fornecedora da tecnologia, a RFsense[16]. Cada peça é detalhadamente identificada individualmente por meio da etiqueta RFID. Portais também são utilizados no controle das expedições das mercadorias do CDs, os Centro de Distribuições, até as lojas[16]. Cada centro de distribuição também conta com uma sofisticada esteira transportadora equipada com leitores RFID. Graças a essa infraestrutura, as etiquetas são lidas em três pontos: no recebimento dos produtos, no armazenamento e no envio, o que possibilita saber quais dos itens estão disponíveis no centro de distribuição e quais estão a caminho das lojas da Memove[16]. O inventário que tradicionalmente é feito por uma ou duas vezes ao ano em lojas desse porte, com a tecnologia RFID pode ser realizado em questão de minutos. E ainda no objetivo de facilitar o processo de compra, optou-se em utilizar estações de fast check-out onde o cliente deposita as peças escolhidas e a cesta captura os dados anexados as tags dos produtos e as repassa para o software da loja que calcula o valor da compra e exibe em tempo real em um dos terminais[21]. Após a compra pela peças pelo cliente, o interrogador presente nesta cesta inteligente apaga o número de identificação contido na etiqueta, para não mais a sua releitura. Assim sendo, o cliente não corre o risco de disparar o alarme ao sair da loja. Quanto aos casos de devoluções, é possível ler o código de barras impresso nas etiquetas e os dados da etiqueta RFID podem ser recuperados. Embora caso não seja mais possível a recodificação do código de identificação, há indícios que a etiqueta RFID foi

danificada ao ser lavada, portanto, a peça não estará mais apta à troca pelo cliente[21]. Finalmente, os benefícios decorrentes para a empresa devido a utilização do RFID nos processos da marca são: o uso de apenas uma tecnologia para processos logísticos, de vendas e prevenção de perdas; veracidade das informações de estoque acima de 99%; aumentou para cinco vezes a produtividade na área de recebimento e expedição; eliminação dos erros nos processos de expedição; redução de custos operacionais; informações rápidas sobre tendências de vendas; maior visibilidade sobre a cadeia de suprimentos; rápida resposta a anomalias, diferencial competitivo entre outros[16]. CASO 4: O Hospital Israelita Albert Einstein, em 17 de maio de 2012, líder em vanguarda médica na América Latina, implementou um projeto de rastreabilidade utilizando a tecnologia RFID com parceria da NEC Brasil, braço da multinacional Japonesa no Brasil, provedora de soluções de redes de comunicação e tecnologia da informação. O projeto trata-se da usabilidade do RFID como um diferencial competitivo, com a proposta de obter vantagens como customização de tempo, através do rastreamento de ativos médicos e monitoramento e gerenciamento da temperatura de geladeiras, assim desonerando os profissionais da área e ampliando a capacidade de controle e gestão sobre a utilização dos recursos. Uma vez que, o setor de saúde exige uma demanda elevada por tecnologias voltadas a disponibilizar o máximo os profissionais da área durante o processo hospitalar para que os mesmos possam concentrar em atividades mais relevantes[18]. O desenvolvimento do projeto teve início em 2009 e possui um sistema pioneiro no Brasil, prontamente projetado para as necessidades do setor de saúde, com alta capacidade de rastreabilidade e visibilidade. Durante a primeira fase da implementação do projeto foram instaladas ferramentas de controle de temperatura das geladeiras: uma vez que o hospital possui muitas geladeiras com temperaturas diferenciadas para determinado material, como bancos de sangue, de tecido, de leite materno, medicamentos, etc. E a instalação de localização de um conjunto piloto de aproximadamente quinhentos equipamentos médicos, funcionando por meio de uma rede wireless, da qual foi customizada atendendo as necessidades mais básicas de gestão logísticas do hospital. Cujo objetivo foi liberar os profissionais do Hospital Albert Einstein com a proposta de focar toda a atenção de suas atividades no atendimento aos pacientes, agilizando as ações. Além do mais, a solução foi projetada para ampliar a capacidade de gestão sobre a utilização e o direcionamento dos recursos internos de forma eficiente. Mencionando que as inúmeras e importantes certificações que o hospital possui exigem um rígido controle da temperatura desses depósitos garantindo que a armazenagem esteja de acordo com as regras previstas por lei. Por isso, essa verificação, realizada diariamente por diversas vezes, desperdiçava tempo útil de trabalho dos funcionários do hospital[18]. Com a solução, o processo automatizou, devido ao uso de tags para medição e transmissão de informações das geladeiras, medindo regulamente as temperaturas e ligadas a um software de gerenciamento regulando todo o processo. Se houver

Page 9: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

algum incidente fora do contexto ou uma anomalia, o sistema passa a então direcionar alertas em tempo real e automático aos gestores responsáveis.Quanto a solução de identificação de ativos, permitiu maior organização do fluxo de materiais, como leito moveis e monitores paramétricos. Cada item teve uma tag, indicando a localização e as condições de cada objeto, ativo e instrumento. A tecnologia mapeia a movimentação dos equipamentos via wireless, diminuindo o tempo de procura e evitando perdas[19]. Também o sistema gera alertas sobre a situação de cada ativo e disponibiliza aos gestores quando determinado objetos estiverem indisponíveis. Fazendo com que o hospital alcance relevantes resultados na otimização dos seus processos internos melhorando ainda mais o gerenciamento do processo de atendimento ao paciente[19]. A solução de RFID adotada pelo Albert Einstein foi implantada em quatro fases, seguindo as necessidades da expansão dos recursos de infraestrutura e suportada na customização necessária. A fase inicial envolveu a adequação da infraestrutura e a finalização da qual terminou em junho de 2012. A fase um compreendeu monitoramento de temperatura e acionamento de botão de alerta, concluído em 2010. A fase dois compreende do rastreamento de ativos entrou em operação em 2010. A fase três consiste a do piloto de Fluxo de Pacientes, em abril de 2011[18]. A escolha da tecnologia RFID como uma proposta de solução para os desafios de rotina do hospital, como a problemática de identificação de equipamentos, bem como os registros eletrônicos, o monitoramento de temperatura com fins de auditoria e a dificuldades no acionamento imediatos de equipes. Onde determinado casos segue um processo. Visualizando prontamente, a informação é gerada automaticamente pela tag e enviada ao sistema através de uma rede wireless. Simplificando e agilizando tudo como antes não visto. A principal empresa contratada para a implantação da solução foi a NEC do Brasil. O fabricante da solução, Aeroscout, participou com recursos técnicos ao curso das implementações quanto com recursos de gerenciamento do projeto. Para o projeto foram dispostos dois servidores IBM, dois appliances de localização da Cisco, cerca de 1.500 tags ativas da Aeroscout, mais de 1.000 access points da Cisco e cerca de uma centena de exciters e choque points da Aeroscout[18]. A solução possibilitou uma maior cobertura do sinal, o que permitiu o monitoramento de estabelecimentos de grande porte e intenso fluxo de trabalho, como é o caso do Einstein. A capacidade de rastrear e visualizar as condições dessas diversas áreas dentro das entidades de saúde permitiu maior controle dos processos internos e o gerenciamento eficiente da logística interna, onde os ativos passaram a ser adequadamente alocados, de acordo com as necessidades rotineiras. Finalizando, as vantagens apresentadas reduziram os custos de gestão, seja com a otimização do trabalho dos profissionais, quanto com a agilidade na utilização dos equipamentos. E principalmente a gestão da logística interna foi otimizada com a melhora e eficiência no rastreamento e identificação de ativos hospitalares[18].

DISCUSSÃO Nos casos apresentados nota-se que para muitas organizações, e empresas o importante é conhecer a localização imediata e exata dos seus ativos, como no caso exemplificado do Hospital Israelita Albert Einstein, tais como aparelhos eletrônicos, hospitalar, etc. e como são utilizados, ao etiquetar estes ativos, o Hospital Albert Einstein passou a gerir melhor seu processo hospitalar, passou a correr menos riscos e diminuir o seu custo operacional. Visto que, nos hospitais, por exemplo, é comum o pessoal médico perder tempo precioso procurando um equipamento hospitalar, como um desfibrilador, que pode estar sendo utilizada em uma outra sala ou guardado em um outro compartimento[19]. O RFID trouxe eficácia e segurança a uma imediata localização de um determinado ativo de urgência medica. Também, ao utilizar a RFID na gestão de ativos torna-se possível guardar informações sobre a manutenção de um determinado equipamento de forma mais prática e simples, no próprio equipamento, ao invés de sendo guardado em um ficheiro de arquivo. Verifica-se que no caso do Hospital Albert Einstein, através da utilização de RFID, a gestão do inventário de ativos é simplificada[18]. Verificou-se a questão da importância do inventário nas lojas e departamentos. Da qual foi apresentado no estudo de caso da grife brasileira Memove. Muitas lojas e departamento nos dias de hoje com altos volumes de vendas, trocas, pedidos, etc., gastam tempo fazendo inventários, além de verificando e analisando os dados colhidos. E para um inventário, muitas vezes necessitam de fechar a loja durante um ou dois dias e além como relatado o risco de ocorrência de erros enquanto se faz a contagem é bastante alto. E além de executar o inventário mais rapidamente, os dados serão transmitidos diretamente ao sistema contábil e administrativo da empresa e com muito mais precisão. Esta aplicação RFID também permite às lojas a identificação de peças que não há no compartimento local e que é necessário mandar buscar dos centros de distribuição[16]. A utilização da RFID na execução desta tarefa árdua torna-se esta tarefa em algo rápido e fácil. Entretanto, é verificado através do caso da grife Memove que para obter o necessário retorno do investimento, a RFID só pode ser aplicada a artigos cujo valor justifique a utilização de uma etiqueta RFID, como no caso de um vestuário de grife direcionada para determinado consumidores com alta renda, e aparelhos eletrônicos de informática, etc[16]. Um dos problemas de logística nos portos é a questão da segurança, da contagem, do controle e saída de containers. O caso de estudo apresentado referente a empresa Chinesa CIMC foi possível sustentar que os benefícios do rastreamento por RFID em tempo real de ativos excedeu em vantagens não plenamente identificadas por maior controle e inventário, mas sim no processo de gestão como um todo. Os ganhos econômicos vieram por uma série de seguidas razões: o número de contêineres perdidos no pátio de Shenzhen foi reduzido de quatro a zero. A locação de empilhadeiras foi cortada no pátio de armazenamento, nos horários de pico, dado a celeridade obtida com a nova tecnologia RFID. A CIMC retratou como uma empresa pode-se utilizar do RFID para propiciar uma logística interna de

Page 10: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

rastreamento e identificação mais precisa em seu pátio de contêineres, e desenvolvendo um sistema de inventario seguro e de distribuição mais colaborativo[15].

CONSIDERAÇÕES FINAIS Enfim, chega-se à conclusão que a RFID deve ser vista como uma tecnologia diferencial que aumenta a capacidade de soluções e abre portas para a novas oportunidades. Com a apresentação e descrição dos respectivos casos escolhidos por este presente artigo, foram verificadas a diferentes aplicações que o RFID pode oferecer e as respectivas vantagens ganhas com seu uso. Trata-se de uma tecnologia qual vantagens mais importantes são a: rastreabilidade, a total automatização dos processos e eficiência. O que apoia o esforço de inúmeras pesquisas de desenvolvimento deste, e que objetivam aumentar e popularizar a aplicabilidade e o retorno oferecidos pelo RFID. Entre as vantagens verificadas através dos casos analisados e demonstrados é noticiado a diminuição da discrepância e dados, aumento na produtividade, melhora do serviço ao cliente, fornecimento de informações seguras para apoio a tomada de decisão e uma alta diminuição de custos operacionais independente do investimento feito na implementação da tecnologia. Assim sendo, notou-se que o uso correto e aplicado da tecnologia RFID tem uma imensa capacidade de oferecer um diferencial competitivo, e retorno financeiro para as empresas que utilizam de maneira eficiente à tecnologia em suas atividades logísticas de rastreamento e identificação de ativos e mercadorias. As atividades logísticas, desde a cadeia de produção e que envolvem rastreamento e identificação e como os processos de gestão e movimentação de ativos e mercadorias com valores agregado significante, são excelentes candidatas à adoção da tecnologia RFID, pois a identificação por radiofrequência permite melhor controle das unidades comercializadas e das questões operacionais que sempre aparecem nos processos logísticos. Além do que, o RFID traz a possibilidade do controle total dos produtos, controle dos ativos ou de mercadorias, está passando do fabricante até o centros de distribuições, seguindo pelo varejo até a venda ao consumidor final, o que permite uma clara visão global do funcionamento da cadeia de suprimentos. E, como relatado nos casos apresentados, à inserção do RFID no ambiente empresarial deve ser realizada por profissionais altamente especializados para que o sistema seja direcionado de maneira que fortaleça as capacidades, produza informações seguras e não gere custos desnecessários de implantação.

REFERÊNCIAS1. Freiberger, Andrey; Bezerra, Marcelo B. P: RFID e

seus impactos na logística. Disponível em: < http://www.logisticadescomplicada.com/rfid-e-o-futuro-dos-negocios/>. Acesso em: 13 set. 2014.

2. Descalso, Daniel; Da Silva, Flavia. A. J., e Clemente, Graziela C. RFID: Analise de viabilidade, vantagens e desvantagens da tecnologia e desenvolvimento de um sistema para demonstração e testes. Disponível em

<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/882/1/CT_COTEL_2011_1_01.pdf>. Acesso em 13 set. 2014.

3. Narciso, Marcelo G. Aplicação da tecnologia de identificação por rádio frequência (RFID) para controle de bens patrimoniais pela WEB. Disponível em: < http://www.cefetrv.edu.br/periodicos/index.php/article/view/11/10>. Acesso em: 13 mar. 2014.

4. Bernado, Cláudio G. A tecnologia RFID e os benefícios da etiqueta inteligente para os negócios. Disponível em<http://www.profcordella.com.br/unisanta/textos/fqa43_rfid_tecnologia_detalhes.htm.>. Acesso em 24 set 2014.

5. Santos, Marilena S., Leite, Pedro F.O Como elaborar projetos de pesquisa. Disponível em<http://www.cairu.br/riccairu/pdf/artigos/11_RESENHA_COMO_ELABORAR.pdf>. Acesso 24 set. 2014.

6. Lessa Netto, Antônio T. O impacto da aplicação da inovação tecnológica da RFID para a redução da ruptura no varejo – Um relato profissional. Disponível em<http:www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2014/artigos/E2014_T00047_PCN74007.pdf>

7. De Almeida, Lucas C. Aplicações de tecnologia de identificação por rádio frequência. Disponível em<http://www.cgti.ufc.br/monografias/LUCAS_CALVACANTE_DE_ALMEIDA.pdf> Acesso em 18 de out. 2014.

8. Marques, Carlos A. A tecnologia de identificadores de rádio frequência RFID na logística interna industrial: pesquisa exploratória numa empresa de usinados para o setor aeroespacial. Disponível em <http://www.revista.feb.unesp.br> Acesso em 20 de out. 2014.

9. Pinheiro, José M. S Identificação por radiofrequência: Aplicações e vulnerabilidades da tecnologia RFID. Disponível em <http://web.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/02/18.pdf> Acesso 20 out. 2014.

10. NOGUEIRA FILHO, C. C. Tecnologia RFID aplicada à logística. 2006. 101 f. Dissertação (Mestrado) - Puc-RJ, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br>. Acesso em: 19 nov. 2012.

11. DALFOVO, O.; HOSTINS, C. A. Delineamento para aplicação do RFID na logística de supermercado como inteligência competitiva: supermercado Hostins. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.4, n.1, p. 23-48, Sem I 2010.

12. Cugnasca, Carlos E., Ferreira, Marcela M. Logística e RFID: Casos e aplicações. Disponível em <http://www.abrepo.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_stp_177_009_21843.pdf>. Acesso em 02 de nov. 2014.

13. Pedroso, Marcelo C., Zwicker, Ronaldo, De Souza, Cesar A. A adoção de RFID no Brasil: Um estudo

Page 11: A tecnologia RFID e as suas vantagens para o rastreamento e identificação de ativos e mercadorias

Faculdade Novo MilênioCurso de Graduação em Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação

exploratório. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ram/v10n1a02.pdf> Acesso em 02 de nov. 2014.

14. Nassar, Victor, Vieira, Milton L. H., A aplicação de RFID na logística: um estudo de caso do Sistema de infraestrutura e monitoramento de cargas no estado de Santa Catarina. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/gp/v21n3/v21n3a06.pdf > Acesso em 02 de nov. 2014.

15. Soares, Washington L. P.; Akabane, G. K. Estratégias tecnológicas em sistemas de transporte colaborativos: Um estudo de caso da tecnologia RFID aplicada em terminais de contêineres.

Disponível em < www.faccamp.br/ojs/index.php/RTA/article> Acesso em 09 de nov. 2014.

16. Ferreira, Marcela M.; Cugnasca, Carlos E. Logística

e RFID: Casos e Aplicações. Disponível em < http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_stp_177_009_21843.pdf > Acesso em 09 de nov. 2014.

17. Pessoa, Cláudio R. M.; Jamil, George L.; Gonçalves, Danilo M. R.; Souza, Roberto O. Gestão estratégica do conhecimento em produção: Uso da tecnologia RFID para controle de equipamentos ativos em ambientes industriais. Disponível em <http://www.infoteca.inf.br/contecsi/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/docs/PDFs/115.pdf> Acesso em 09 de nov. 2014.

18. Paes, Libânia R. A. Uma investigação sobre o uso da informação na cadeia interna de suprimentos em

hospitais na cidade de São Paulo. Disponível em < http://www.intercostos.org/documentos/custos_388.pdf > Acesso em 09 de nov. 2014.

19. Gonçalves, Veralice M. Identificação por radiofrequência: tecnologia inteligente, hospital eficiente, qualidade e segurança para o paciente.

Disponível em < http://arca.icict.fiocruz.br/bitstream/icict/6710/1/Andr%C3%A9%20Mena%20%C3%81vila%5B1%5D.pdf> Acesso em 10 de nov. 2014.

20. Silva, Gleyson A.; Costa, Thiago L. L. R. Sistema de controle de inventario através da tecnologia RFID.

Disponível em < http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/3210/2/20466120.pdf > Acesso em 11 de nov. 2014.

21. Dresch Jr, Antônio; Efrom, Danny R.; Grumovski, Dieison. Sistema de controle de patrimônio via RFID. Disponível em <http://revista.ctai.senai.br/index.php/edicao01/article/view/32/16.> Acesso em 10 de nov. 2014.

22. Silva, Lucas P.; Oliveira, Rodrigo C. A. A segurança

de ativos utilizando RFID. Disponível em < http://pfc-ufg-2007-2008.googlecode.com/svn-history/r128/LATEX/classe-inf/modelo-tese.pdf> Acesso em 10 de nov. 2014.

23. Souza, Dácio A. M.; Souza, Harley R.; Sá, Marco A. L.; Cintra, Sérgio P. V. A Logística na gestão de estoque por meio da Identificação por Rádio

Frequência (RFID) Disponível em < http://ww.aedb.br/seget/artigos09/233_233_A_Logistica.pdf> Acesso em 10 de nov. 2014.

24. Souza, Leandro R. S.; Moreira, Márcio A. R. Otimização do processo de abastecimento em linhas de produção utilizando os conceitos da manufatura enxuta via RFID Disponível em < http://www.tecsi.fea.usp.br/9contecsi/index.php/envio/article/view/436/222 > Acesso em 10 de nov. 2014.