a tecnica do maha yoga ramana maharshi

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A TÉCNICA DA MAHA YOGA (AUTOINVESTIGAÇÃO) Selecionado das conversas com Sri Ramana Maharishi e coordenadas na ordem de sequência visando a prática Por N.R. NARAYANA AIYER (Sri Ramanasran) 1ª Edição Publicado pelo T. N. Venkataraman Gerente-Presidente Sri Ramanasraman P.O. S. Índia 1962 1

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A TCNICA DA MAHA YOGA

PAGE 37

A TCNICA DA MAHA YOGA

(AUTOINVESTIGAO)

Selecionado das conversas com Sri Ramana Maharishi e coordenadas na ordem de sequncia visando a prtica

Por

N.R. NARAYANA AIYER

(Sri Ramanasran)

1 Edio

Publicado pelo T. N. Venkataraman

Gerente-Presidente Sri Ramanasraman P.O.

S. ndia

1962

DEDICATRIA

Humildemente dedicado a

Bhagavan Sri Ramana, o Todo-penetrante Esprito Supremo

Residente no corao de todos os seres e que est alm de espao e tempo.INTRODUO

A fim de aprender-lhe os sublimes ensinamentos, o autor desta pequena obra esteve aos ps do maior sbio dos nossos dias: Sri Ramana Maharishi. Durante esse tempo ele se submeteu, como ainda o faz, a estrita disciplina da vida espiritual e a prtica regular.Neste trabalho, guisa de guia para os aspirantes, o autor registra literalmente sua prpria experincia nesse campo, com o intuito de acautel-los para no tomarem por experincia vlida idias e conceitos enganosos. Para auxili-los a vencer alguns dos obstculos na senda espiritual, uns poucos e importantes sadhanas (prtica visando o progresso espiritual) tais como japa (repetio de slabas sagradas); regularizao da respirao e do sono; prtica regular e sua metodizao so tratados em lugar adequado.Passagens relacionadas com as vasanas (tendncias inerentes mente) e diferentes samadhis so to interessantes quanto esclarecedoras, sendo as asseveraes apoiadas por algumas das maiores autoridades no assunto, e pelas experincias dos grandes sbios do passado e do presente.

Este livro ser muito til ao aspirante jnana-marga ( o progresso para atingir-se a permanncia natural na autoconscincia suprema) especialmente ao da Vichara.

Sri Ramananda Saraswathi

PREFCIO

Por algum tempo, embora tivesse sentido um desejo interior persistente de coletar os aspectos essenciais da prtica da Maha Yoga dos vrios talks de Sri Bhagavan, e concaten-los com vistas sua utilizao prtica por futuros aspirantes, acometeu-me tambm um certo receio em faz-lo, uma vez que seria caminhar em terreno inexplorado. De algum modo a primeira razo acabou sobrepujando a segunda.O ciclo completo do Sadhana, disperso nos vrios Talks, precisava realmente de uma concatenao. Os leitores e revisores das publicaes do Ashram apontavam esta necessidade: da esta obra.

Uma vez que o mtodo da Maha Yoga de Sri Bhagavan e o seu tratamento so originais, e no existem em quaisquer livros vednticos com tais detalhes, certas partes desta obra, como as de vasanas e de silncio, podero ser julgadas excessivamente repetidas; tal, no entanto, foi considerado essencial para tornar claro ao aspirante sua importncia prtica.Outrossim, numa compilao desta natureza, onde se esfora por reproduzir os ensinamentos de Bhagavan em suas prprias palavras originais, as quais abrangiam por vezes todos os ramos da Yoga em poucas frases correlacionadas, so inevitveis as imperfeies devidas a impropriedades na sua localizao no texto. Sua apresentao, por esta causa, talvez no seja das melhores. O leitor indulgente deve relevar tais defeitos.Como se pode notar nos Talks, muitos visitantes perguntavam a Sri Bhagavan como praticar a autoinvestigao. Como muitos aspirantes devem estar tateando nas trevas com relao a esse assunto, o autor julgou ser til, aos pesquisadores srios, delinear o mtodo por ele adotado a partir de 1942, e que, pela experincia, verificou produzir resultados.Somente nos versculos 28 e 29 do Ulladu Narpadu (Verdade Revelada) que Sri Bhagavan indicou veladamente o mtodo do Sadhana. Como alguns aspirantes novos podero achar difcil sua adoo ao tentar aplic-lo de imediato como prescrito, os passos foram dosados a fim de facilitar-lhes a prtica. Perceber-se- que os passos, indicados pelo autor no Cap. II, conduzem o aspirante gradualmente aos mtodos mencionados naqueles versculos (vide apndice).Considerou-se necessrio relatar as experincias de forma minuciosa, a fim de mostrar o efeito do Sadhana durante sua progresso. As experincias individuais podem no corresponder sempre s do autor, j que dependem dos prvios samskaras (tendncias herdadas de vidas anteriores) de cada indivduo, e ningum deve sentir-se desencorajado se as suas no forem idnticas.

O autor

SRI RAMANA MAHARISHI

Nascido em 30 de dezembro de 1879 em Tiruchuzhi, um pequeno municpio de Ramamad, em uma famlia brmane Venkataraman mais tarde chamado reverentemente de Sri Ramana Maharishi, foi educado em Dindigul e Madurai at a idade escolar. Aos 17 anos abandonou o lar secretamente, indo para Tiruvannamalai em 31 de agosto de 1896, e l permaneceu at atingir seu Mahasamadhi, em 14 de abril de 1950.

Seria interessante estudar os aspectos conhecidos de sua vida espiritual. j aos 11 anos ele confundia samadhi com sono, que modestamente chamava de sono pesado, e de cujo torpor no podia ser levantado seno por violentas sacudidelas. Era tambm sujeito a acessos, em que permanecia num estado intermedirio entre o sono e a viglia, pelos quais passam muitos jivanmuktas antes da autorrealizao.Assim, desde a sua tenra adolescncia, atingia sem esforo um estado que parecia ser um preldio da realizao, que passou, em certa ocasio, ao dramatizar a morte por poucos minutos. Esse breve momento atirou-o numa empreitada da qual no poderia desertar, e que culminou por lan-lo nos braos dos deuses. Da por diante perdeu o controle de suas aes, passando a ser um instrumento passivo de um grande poder superior, o Ser, ao qual chamou Arunachala nos Cinco hinos a Arunachala. Sua mente foi, como no podia deixar de ser, envolvida num estreito abrao pelo Ser, at extinguir-se e transformar-se nAquilo. O estudo dos hinos nos conduz a essa concluso. O jivanmukta, aps a realizao, desenvolve-se espiritualmente sem cessar vide Cap. II, vers. 18 e 19 do Ramana Gita e Maharishi, vivendo 54 anos aps a realizao atingiu a Divindade e se pessoas houve que isso no compreenderam, porque Maya ocultou-lhes impedindo-lhes de reconhecer a sua grandeza, tal como o Senhor Krishna, em tempos idos, no foi reconhecido como grande encarnao a no ser pelos sbios.O Bhagavad Gita e o Yoga Vasishta dizem que aqueles que esto no caminho da yoga e que, no momento de seus passamentos, j haviam alcanado certas realizaes, continuam de onde pararam no nascimento subseqente. Aparentemente, em seus nascimentos anteriores, ele deve ter terminado o seu quarto Jnana Bhumika Sattvapatti (vide cap. 1 tpico II). Normalmente, isto seria o suficiente para, ao morrer, dar a libertao nesse nascimento. Forte desejo de renascer no entanto, para tornar-se um grande mestre e instrumento de libertao de seus semelhantes, devem ter sido a causa do presente nascimento. Seu involuntrio e inapercebido Samadhi na adolescncia; sua autorrealizao sem esforo; e suas preces no Templo em Madurai, exprimindo o desejo de ser como os 63 santos do Tamil; leva-nos concluso acima.Seu sbito interesse por Arunachala, quando casualmente mencionado; sua partida para Tiruvanamalai, sem qualquer premeditao aparente de seu destino; sua referencia frequente de conhecer cada polegada da montanha; e sua meno em um dos Talks; Fui realmente felizardo em nunca me ter afeioado filosofia; tivesse eu me ocupado dela, provavelmente estaria em parte alguma sempre confuso. Meus purya-vasanas dirigiram-me diretamente para a pergunta Quem sou eu?e finalmente, o seu domnio do tamil clssico, sem esforo, desde tenra idade; so indcios de sua permanncia, realizaes e tapas em Arunachala, em seu nascimento anterior.J aos vinte anos ou menos, ele era capaz de dar instrues claras a aspirantes srios Jnana yoga. Tais perguntas e respostas foram, anos mais tarde, reunidas e impressas em forma de panfletos com os ttulos de Quem sou eu?, Instrues espirituais, e Catecismo da autoinvestigao.Nos vrios panfletos e talks dada uma forma a autoinvestigao Quem sou eu? que tocada somente de passagem em Yoga Vasistha, Viveka Chudamani e outras escrituras da Vedanta. recomendado como uma panacia para todos os sofrimentos materiais e mentais, e tambm recomendada para erradicar vasanas, destruindo a mente e tornando-se um Jnana.Sri Bhagavan disse que o advento de um Mestre mundial ocorre em conformidade com a poca, e com a maturidade das pessoas desejosas de instrues que as beneficiem. Os vrios talks, impressos em 3 volumes, mostram os graus de maturidade dos perguntadores.Os Talks registrados no 2 volume do Evangelho de Maharishi, indicam a agudeza, compreenso e capacidade do questionador M.Frydman um polons em extrair grandes verdades visando a orientao dos sadhakas. Estas obras so um valioso presente para a posteridade.Sri Bhagavan era avesso a escrever livros, sendo de se espantar que sejam publicadas obras pelos devotos, no parecendo, nos tempos vindouros, findar esse processo.

O advento de Jnana de tal envergadura ocorre uma vez em sculos. Eles so chamados de Aadhikarika Purushas agentes autorizados para reviver uma escola de pensamento decadente, e para guiar a humanidade em assuntos espirituais e Sri Bhagavan parece ter admitido ser um deles aos seus devotos mais chegados.

realmente rara a sorte daqueles que deram nascimento a uma alma de tal grandeza, e tambm dos que nascem em tal famlia. Varaha Upanishad diz que os descendentes dessa pessoa por 101 geraes libertam-se do cativeiro sem esforo. Qual no ser realmente a sorte e purva-punnya daqueles que tiveram a grande sorte de ter seu darsan e sentarem-se aos seus ps dia aps dia.

Ribhu Gita diz que o darsan de um jnani tem o efeito de um banho em guas santas. Varana Upanishad afirma que os pecados daqueles que obtiveram o darsan de um Brahmavid so destrudos, e se tal sbio voltar seu gracioso olhar para qualquer um, destruir os pecados de suas vidas anteriores. A mera permanncia na presena de um jnani um banho espiritual. Sua existncia irradia influencia espiritual em todas as direes pelo mundo afora, e aqueles que pela introverso so receptivos a ela recebem-na na medida de suas respectivas aptides. Tal como o sol, que ao nascer desenvolve os botes e floresce os j maduros, assim tambm os sadhakas com mentes espiritualizadas desenvolvem-se com tais radiaes, quando para elas se voltam. Da o fluxo do Jivanmuktas durante e aps sua vida, a saber? Sri Ma Anandamayi, Sri Aurobindo, Swami Ramadas, Swami Sivananda, Sri Shankaracharya de Kamakoti Peetam, Sri Jnanananda, Swami de Tapovanam e finados Shankaracharya de Sringeri que faleceu em 1959, Seshadriswami de Tiruvanamalai, Kuttalam Mowna Swami, Sri Purushottamananji de Hrishikesh que morreu em 1961, Mr. H.T. Hamblin de Sussex, e muitos outros que no temos conhecimento. Muitos visitantes maduros, mesmo nas primeiras horas de permanncia diante de Bhagavan, experimentaram o samadhi. Este resulta em virtude da quietude mental, e a proximidade de Sri Bhagavan, no seu estado de mouna mental, era o suficiente para subjugar os pensamentos das almas maduras presentes. Seu olhar, quando dirigido intencionalmente para algum, revolvia sua conscincia espiritual adormecida, incentivando-a a atividade. Embora normalmente o observador pudesse pensar que ele estivesse simplesmente olhando para a pessoa, Bhagavan, pelo olhar, estava dando instrues cuja importncia era compreendida inequivocamente pelo receptivo. No havia como errar quanto ao seu significado.Certa vez Bhagavan disse: A mente csmica, manifestada em alguns raros sbios, capaz de efetuar a unio da mente individual com o Ser interior. Ele tinha esse poder nico.

Embora se costume dizer que ele no iniciou ningum, na verdade assim o fez. O Sr. Paul Brunton no poderia ter entrado em samadhi seno pela sua iniciao atravs do olhar. Ele relatou suas experincias durante o seu samadhi.

Outro europeu foi o Sr. Grant Duff. Quando este entrou no hall e se sentou, Sri Bhagavan dirigiu-lhe o olhar por cerca de uma hora, a despeito de ter soado a campainha para o jantar, no deixando o hall antes de ter finalizado a iniciao.

No terceiro dia aps estabelecer-me em Tiruvanamalai, e logo aps ter-me prostrado e sentado diante dele, fechando os olhos insinuou-me que assim tambm o fizesse e, quando passivamente assim o fiz, decorridos 5 minutos fiquei inconsciente do que se passava por cerca de meia hora, at ser liberado do seu controle mental. Isto continuou por volta de um ms. Durante uma quinzena repeti involuntariamente Quem sou eu?.Quando minha esposa visitou-o, uma semana aps a mudana para a nova casa, Bhagavan fez o mesmo com ela, bem como todas as vezes que o ia ver, estabelecendo assim as bases para o seu sadhana. Quantos outros tero sido iniciados de maneira similar: somente Bhagavan e eles o sabem. Dizer-se que no iniciou ningum incorreto.

Se pela presena em sua proximidade nossos pensamentos podiam ser subjugados, e se pelo olhar nossas mentes podiam fixar-se firmemente em nossos coraes, no de se espantar que pelo toque intencional em sua mo foi capaz de destruir suas vasanas remanescentes, libertando-as do ciclo de nascimentos, e dando-lhe assim a libertao. No seu Jayanthi e no Mahapuja de sua me, costumava enviar sua influencia benvola aos devotos ausentes por volta de 10:30 a.m., antes do jantar, e uma vez em minha vila a cerca de 150 milhas, num dia de Jayanthi, senti imprevista e inequivocamente essa influencia no momento da minha sadhana usual. Nos anos subsequentes reparei, estando em Tiruvannamalai, sua concentrao nesse particular momento, sendo capaz de relacion-la com a minha experincia. Certo dia mais tarde, quando lhe relatei essa experincia, mostrou interesse e avidez em ouvir-me, provavelmente para saber o efeito dessa mensagem concentrada em seus devotos ausentes.

Costumava insistir para que os pobres, do lado de fora, fossem alimentados antes que ele tomasse a sua refeio. Do mesmo modo, nos dias de Jayanthi e Mahapuja, no ia jantar antes que a alimentao dos pobres tivesse comeado. Nos dias de festival de Karthika deepam costumava dizer: No sabemos sob que forma os siddhas que habitam esta colina vm aqui. Eles devem ser alimentados em primeiro lugar.Embora no mostrasse aparentemente nenhum interesse na construo do templo, um ano antes do seu Mahasamadhi prescreveu que ele devia ser completado rapidamente. Ao passo que anteriormente a construo andava lentamente, tomou um impulso gigantesco com as centenas de operrios atarefados diariamente, e o Saryadhikari encontrava-se frequentemente em dificuldades com as ondas de operrios com que tinha de tratar. Nada, de acordo com a vontade de Sr Bhagavan, deveria ser deixado incompleto.Na meia-noite anterior ao dia da consagrao, ele, em companhia do escultor-arquiteto, Sarvadhikari, Sr. Chadwik e outras pessoas, entrou na templo e tocou as vrias bases, onde as deidades seriam instaladas, com um movimento circular da mo, consagrando-as assim ele mesmo. Foram realizadas cerimnias rituais e de consagrao, no mais ortodoxo estilo, por grande nmero de pandits Brahmanes eruditos, no dia da consagrao. Numerosa multido de longe e de perto, em particular das aldeias circunvizinhas, testemunhou a funo.

Durante a ltima dcada de sua vida, embora o afluxo de visitantes estrangeiros fosse comparativamente pequeno, em consequncia da guerra, o elemento indiano foi to grande que tiveram de mud-lo para lugar mais confortvel.

digno de nota que, durante este perodo, muitos marajs com suas esposas, governadores de Estados, ministros e administradores, e pessoas de destaque, visitaram-no prestando-lhe homenagem.

Ele frequentemente exprimiu que estava alm do espao e do tempo, isto , que era eterno e poderia ser achado tanto no presente como da a 1.000 anos, ou at a eternidade, seja de onde fosse.

Para colaborar com isso, seria interessante mencionar o seguinte: Por carta, uma senhora inglesa pediu instrues espirituais em 1956 ao Asraman, isto , seis anos aps o mahasamadhi de Sri Bhagavan. Foi instruda a repetir a japa Om Namo Bhagavate Sri Ramanaya, que disse ter repetido assiduamente. Dois anos aps escreveu dizendo que alguma voz imanente nela estava perguntando: Quem est orando? Quem est perguntando?, e que tais questes redundavam noutra: Quem sou eu?. Ela foi dirigida ao caminho da autoinvestigao. Com isto deve ficar claro que aspirantes srios obtm orientao independentemente do tempo e do lugar.

Durante o penoso fim de sua vida, quando o povo soube que ele estava em precrio estado de sade, por causa do sarcoma do qual sofria, devotos em grande nmero, tanto de longe como de perto, e outras pessoas da cidade e de aldeias prximas, acorreram ao Asraman lotando a estrada de acesso. At o ltimo dia deu o seu darsan ao povo que em fila passou por ele. Quanto atingiu o mahasamadhi, s 8:47 hs. Da noite do dia 14 de abril de 1950, uma estrela grande e brilhante foi notada deslocar-se para o norte. Isto foi notado mesmo pelo povo em Madras e outros lugares circunvizinhos.

Seus restos mortais foram enterrados na noite seguinte no prprio Asraman, diante do templo. Foi erigido um santurio provisrio sobre o tmulo e instalado um Shiva Linga, e poojas de acordo com as agamas hindus so executadas diariamente pela manh e a noite. Um santurio permanente est a caminho.

Pessoas que perderam sua paz mental, por causa da perda de entes queridos, foram vistas reaverem sua anterior serenidade, ao sentarem-se por poucas horas na proximidade do santurio, durante alguns dias.

A santidade de Arunachala, acrescida da poderosa irradiao emanada do santurio e da pacfica atmosfera do lugar, contribui para a fcil concentrao, e novos sadhakas, de outros lugares, foram imediatamente afetados por ela, l permanecendo por poucos anos para desenvolver suas sadhanas.

Um bom nmero de homens e mulheres que costumavam a meditar durante o tempo de Sri Bhagavan, l permaneceram para continuar seus sadhanas, no estando inclinados a deixar o lugar, e se assim o fazem, sentem-se como peixes fora dgua desejando ansiosamente voltar.

Aparte dos velhos devotos, pessoas de pases estrangeiros e de outras provncias da ndia, que nem mesmo viram Sri Bhagavan durante sua vida, a foram ter para fazer sadhana, apesar de grande sacrifcio pessoal.Tiruvanamalai reputada como a colina que convida os jnana sadhakas, e muitas so as pessoas que l atingiram a libertao. Senhor Shiva determinou que residir num raio de trinta milhas da colina ser por si s suficiente para queimar todos os defeitos e efetuar a unio da alma individual com a Suprema, mesmo sem iniciao.

Sri Bhagavan costumava dizer que havia vrios siddhas purushas habitando a colina. Sri Parvathi Devi, os sbios Gautama e Dhurvasa fizeram tapas l, em tempos remotos, e seus ashramas ainda existem.

O tmulo da me de Sri Bhagavan, que foi erigido na forma de uma cabana, formou o ncleo do atual Sri Ramanasraman. Em seguida o salo de Sri Bhagavan, o gosala (estbulo), o Vedapatasa (escola vdica), o quarto de depsito, o pakasala (cozinha e salo de jantar), o Vaidyasala (hospital) e posteriormente o templo, sucessivamente surgiram espontaneamente sem qualquer esforo ou desejo da parte de Sri Bhagavan.O presente cuidado da administrao para a convenincia dos devotos e dos sadhakas, o arranjo para a acomodao e alojamento de visitantes casuais, ricos e pobres; e para aqueles desejosos de permanecer por longos perodos para sadhana; a conservao do Asraman e a publicao de livros propagando os ensinamentos de Sri Bhagavan em vrios idiomas estrangeiros e indianos; tudo aponta um sadio crescimento, mesmo agora, aps doze anos decorridos do seu mahasamadhi.

Atribui-se a Sri Shankaracharya de Kamokoti Peetam a observao de que a grandeza do Asraman seria aparente daqui a cinquenta anos. Se for uma profecia ou um desejo do portador dessas informaes, somente a posteridade poder julgar at que altura o Asraman cresceu para beneficio de todo o mundo.MAHA YOGA

CAPTULO I

INTRODUO

Colhido no vrtice do ciclo de nascimento e mortes, transmigrando por 84 lakhs de espcies de seres animados, evolui-se para a forma humana. Mesmo assim tm-se ainda os velhos e fortes instintos animais, e no se capaz de discriminar o bem do mal.

Quando, como resultado do sofrimento, o homem primitivo reconhece um poder supremo, ora para ele a fim de superar a dor, e o Senhor, benevolente, compraz-se em alivi-lo. Ento estabelecida a f, e, pelo hbito, adora a Deus mesmo que no sofra. Assim se constri o caminho pela devoo. Posteriormente o homem utiliza-se desta para obter os prazeres do mundo e do cu, ignorante do objetivo do nascimento humano, que a libertao do ciclo dos nascimentos e mortes. Este culto pela pooja e, posteriormente, pelos cnticos de louvor, embora ocasional no incio, torna-se frequente e contnuo mais tarde. Vale-se tambm do japa, que a repetio para mant-lo em incessante lembrana de Deus. Quando, com esta devoo suprema, todas as aes so feitas com esprito de dedicao a Deus, a divindade do Ser disso se compraz e dirige-o ao caminho da libertao.

Ribhu Gita diz que somente naqueles que obtiveram a Graa pela adorao e extrema devoo ao Senhor Siva gerada a crena na unidade de tudo. No Panchadasi, Dhyanadeepika, est escrito que aquele que fez aes desinteressadas dedicadas a Deus em vrios nascimentos anteriores, tornando-se madura para a autoinvestigao, tem o desejo de praticar Atma vichara (autoinvestigao). O Bhagavad Gita enfatiza igualmente que a aao desinteressada conduz a Jnana e, ento, a libertao.Sri Bhagavan, no 3 verso de sua Upadesa Saram, assevera que aes desinteressadas dedicadas a Deus corrigem o carter individual, e conduzem ao caminho da libertao. Embora o indivduo anteriormente tivesse praticado aes virtuosas, motivadas pelo desejo de cus ou melhores futuros nascimentos, entregou os seus frutos a Deus (por aes dedicadas a Deus tm-se somente que dizer no seu respectivo fim: Senhor eu vos entrego os frutos destas aes, ou simplesmente dizer: Brahmarpanam, que significa dado em dedicao ao Ser), no deixando para si quaisquer de seus resduos, ser compelido a Jnana marga. Dedicando uma vez suas aes a Deus, habitua-se a assim proceder, de modo que todas elas passaro, inclusive seus deveres dirios de rotina, a serem feitos com esprito de servir a Deus. Mesmo a manuteno da famlia e do trabalho , por essa razo, feitos com o mesmo esprito, resultando da em gradual desinteresse pela famlia tambm. Comea ento a manifestar-se em sua mente pensamentos tais como: Quantos pais, esposas e filhos devo ter tido nos meus muitos nascimentos anteriores? Estarei com eles relacionados agora? O mesmo se passar com os atuais tambm? Esse desinteresse cresce, e conduz a vairagya (impassibilidade, indiferena) e a mumukshutva (desejo de libertao).1. JNANA YOGA

Na Jnana Yoga h dhyana marga e a vichara marga, que Sri Bhagavan chama de Maha Yoga. A primeira diz respeito meditao em um dos Mahavakyas Aham Brahamasmi (Eu sou o Ser). Sri Bhagavan recomenda a Maha Yoga como um mtodo mais direto para a fcil concentrao da mente, e consequente erradicao das vasanas e extino da mente.

Sri Bhagavan coloca concisamente o esquema completo da Maha Yoga em Vichara Sangraha (autoinvestigao) como se segue: Pela prtica constante da investigao obtida a extino da mente, que o resultado final de todos os esforos. Aqueles que esto nesse estado nunca dele se desviam. Mowna ou permanecer sereno esse estado. Todos os sadhanas so para obter a concentrao da mente, pois o ato de pensar, de desejar, de odiar, etc., so todos modificaes da mente e no podem ser o estado natural do Ser. Este , to somente, a imutabilidade silenciosa da mente. At que esta condio de quietude mental se firme, no perder o contacto com o Ser e no contaminar a mente com pensamentos so os dois elementos essenciais a serem observados no sadhana. 2. OS SETE ESTGIOS DA JNANA YOGA

H sete Bhumikas ou estgios na Jnana Yoga: 1. Subechcha, 2. Vicharana, 3. Thanumanasi, 4. Sattvapatti, 5. Asamsakthi, 6. Padarthabhavana, 7. Turiya.

1. O desinteresse por esposa e filhos, mumukshuva (desejo de libertao) e o desejo que surge naquele que por vairagya pura, aps perguntar-se: Serei ignorante? resolve estudar os jnanas sastras e procurar a companhia de um sbio, so as caractersticas do Subechcha.

2. Vicharana a associao com o sbio e o srio e constante estudo dos vrios jnanas sastras.

3. chamado de Thanumanasi a absoluta f nas escrituras e nos ensinamentos do sbio, e a prtica da Sadhana ou meditao conduzindo a diluio da mente e ao enfraquecimento do desejo ardente pelos objetos dos sentidos.4. Chama-se Sattvapatti o estgio onde, tendo-se tornado indiferente a todos os objetos dos sentidos pela prtica dos trs estgios acima, a mente purificada, tornando-se madura, fixa-se no Corao.

5. Asamsakthi o estgio que, como resultado da prtica dos 4 estgios anteriores, a mente, tendo sido absorvida no Corao, manifesta pura sattva guna. 6. Chama-se de Padarthabhavana o estgio em que, como resultante da prtica dos estgios acima, o indivduo, tendo encontrado prazer em Atman, no consciente de interioridade ou exterioridades, embora diante dele; e compromete-se em aes somente quando impelido a assim faz-lo.

7. Turiya o estado em que, por muito prolongada prtica nos 6 estgios acima, o indivduo habita imutavelmente em Atman, tendo perdido a experincia de distino, prpria do mundo.

3. GURU

Deus, Guru e o Ser interior so a mesma coisa. Afirma-se em todas as Escrituras Hindus que um Guru sempre necessrio. Normalmente, qualquer pessoa no pode comear a prtica da Jnana Yoga sem o auxlio de um Jnana Guru. O Bhagavad Gita IV, 34, afirma que somente um Brahma Jnani pode iniciar algum em Brahma Jnana ou, pelo menos, nos leva a essa concluso. Bhagavan Sri Ramana, em Vichara sangraha (autoinvestigao), diz que como o resultado de aes sem escopo dedicadas a Deus, feitas em vrios nascimentos anteriores, a mente torna-se pura, o aspirante encontra o seu Guru, obtm Upadesa (instrues) dele, e por intensa e incessante prtica, durante largo perodo, consegue a libertao.

Algumas vezes, no caso de alguns aspirantes srios, algumas grandes almas sugerem qualquer emblema com., por exemplo, uma foto ou a figura do seu Guru para comear, com grande f e devoo, tal como mencionada em seus respectivos ensinamentos. A histria de Ekalavya, o caador, citada como um exemplo.Quando Dronacharya, o arqueiro Guru de Arjuna, recusou a tomar Ekalavya como seu discpulo e a ensinar-lhe a arte do arco, este, no obstante ter sido desencorajado, fez uma figura de Dronacharya na floresta perto de sua habitao, adorou-a com grande devoo como se fosse a real incorporao de seu Guru, e comeou a praticar a arte do arco em sua frente, tornando-se um perito e igualando Arjuna nessa arte.

Certa vez, quando Dronacharya e Arjuna, precedidos pelo seu co, caminhavam na floresta onde Ekalavya estava praticando, este apontou uma seta para o animal, a qual ficou fincada em sua parte posterior, aps trespassar-lhe a face. O co, sentindo-se ferido, correu para Arjuna que ao v-lo nesse estado perguntou ao Mestre: Voc ensinou-me esta maneira de atirar dizendo-me no t-lo feito a mais ningum. Eis aqui um outro que tambm perito. Dronacharya retrucou: Prossigamos e vejamos quem fez isto.

Quando se aproximaram de Ekalavya, com grande agitao, este prostrou-se diante de seu Guru na forma fsica, e tendo-lhe Dronacharya interrogado quem o havia ensinado, apontou para a figura dizendo: Vs mesmo. Confundindo-se por ter achado um rival para Arjuna o Mestre perguntou a Ekalavya: Onde est a oferenda (dakshina) do Guru? Este replicou que estava preparado para dar-lhe, no importando o que solicitasse. Dronacharya pediu-lhe ento o polegar direito, que Ekalavya sem a menor hesitao, sacando sua faca de caa, amputou e, com grande humildade, ofertou-o ao Guru. Esta histria est cheia de preceitos morais a saber: prtica com f conduzindo libertao; devoo e sacrifcio ao Guru do polegar, sem o qual no poderia, de modo algum, ser um arqueiro.

Nos vrios puranas e histrias de santos dito que, quando o aspirante se encontra maduro, Deus faz com que ele encontre um Guru, e mesmo uma palavra casual por este proferida por ele entesourada, nele atuando e levando-o a libertao.

Quando o sbio Thayumanavar estava maduro, um professor apareceu-lhe e ficaram juntos por alguns instantes. At o momento da partida no lhe deu qualquer instruo e, ao deix-lo, importunou-o dizendo: Fique quieto. O discpulo considerou esta frase como uma upadesa e passou a pratic-la, tomando-a na acepo de quietude mental. Qualquer outro teria entendido estas palavras como sinal de desgosto a uma pessoa importuna, no maduro Thayumanavar, entretanto, elas atuaram de forma diferente e ele as recebeu como uma real upadesa. Praticando a quietude mental tornou-se um grande sbio.Outras almas maduras tambm, tendo recebido a upadesa necessria em seus nascimentos anteriores, e havendo deixado incompletas as suas sadhanas, continuam de onde pararam, completando-as sem a ajuda de um Guru na forma fsica, e conseguindo assim a libertao.

Outros mais, que em suas vidas anteriores atingiram tal maturidade, de modo a considerar os seus Seres internos como seus Gurus e, como deles j estejam obtendo instrues, no precisam do Guru externo em vista de reconhecerem, desde o incio, no Ser interno o seu Guru. Durante suas sadhanas, na profunda quietude da conscincia livre de pensamentos, a Voz interna fala-lhes guiando-os. Isto tambm ocorre com dadhakas maduros, quando perdem por qualquer razo o contacto pessoal com seus Gurus, no saindo a procura de outro.Em resposta pergunta de um homem de negcios americano, na qual solicitava uma mensagem que pudesse guardar e levar consigo quando longe de Sri Bhagavan, disse-lhe este: O Guru no est do lado de fora como parece pensar. Ele est dentro de voc, e na realidade o Ser. Reconhea esta verdade, procure-o dentro de si, e l o encontrar. Ter ento constante comunho com Ele: a mensagem est sempre l; nunca est silenciosa; nunca poder abandon-lo, bem como voc no poder afastar-se de seu Guru.

Com o progresso da sadhana nesta Maha Yoga, desenvolve-se naturalmente o hbito de considerar o Ser interno como o Guru, e sua fotografia ou qualquer smbolo perde, consequentemente, seu significado original. As preces, se as fizer, sero sempre dirigidas ao Ser interno, e no far diferena entre Deus, Guru e o Ser.

4. GRAA

Sri Bhagavan disse certa vez: O que a Graa? uma funo de Deus. A Graa, tal como os raios de sol, est sempre operando; no h momento algum em que no o esteja; mas o seu compartilhamento depende da receptividade de cada um. O que contribui no indivduo para a receptividade Graa? a sudha chittam (mente purificada), causada por vrios fatores a saber: sentimento de solidariedade e simpatia pelo sofrimento humano, resultando em atos de caridade; peregrinaes; banhos em guas santas; devoo a Deus por meio de cnticos de louvor a Ele dedicados; japa; pranayama; meditao; etc.. Como um escolar, que habilitando-se, vai de uma classe mais baixa a uma mais elevada, este chitta suddha, de natureza varivel, desenvolve a espiritualidade no indivduo passo a passo, e a Graa o ajuda guiando. A Graa muito manifesta quando h sradha (dedicao).Com o incremento do bhakti, japa e meditao, o indivduo a ela torna-se muito receptivo. Ele experimenta-a e atribui todo o bem, material e espiritual, a essa Graa protetora. Esta, por sua vez, induz absoluta sujeio e imediata rejeio de qualquer pensamento de planejamento consciente.Aquele que est totalmente absorto em assuntos mundanos inacessvel a Graa.

5. PRECE

H devotos de duas espcies, a saber: saguna upasakas (devotos do Deus com forma) e nirguna upasakas (devotos do Deus sem forma). Suas devoes so chamadas respectivamente de annya bhakti (devoo a Deus externo a si mesmo) e na-annya bhakti (devoo a Deus no externo a si mesmo). Saguna upasana deve preceder nirguna upasana; constantes repeties de preces ou strotas divindade que o encanta, e a sua lembrana atravs de japa constante e apropriada, so passos sucessivos que conduzem a na-annya bhakti. Saguna upasakas sempre se valem da prece. Para o benefcio dos devotos a ndia est cheia de templos, cujas deidades so famosas desde velhos tempos. Tirupatti (Balaji), Palani, Madurai, Chidanbaram e Raneswaram, no sul da ndia, e numerosos outros lugares no pas atraem devotos durante todo o ano, onde promessas so feitas e solenemente cumpridas. Mesmo hoje as preces de devotos dessas deidades, so concedidas numa medida mais que desejada ou antecipada.Com a maturidade da saguna upasana, o indivduo automaticamente lanado no estgio de nirguna upasana. Com o cultivo da devoo ao Ser Interno pela meditao e, posteriormente, em vista da intensidade de tal meditao, a comunho com o Ser Interno se estabelece. Depois disso a prece parece suprflua, pois tudo feito espontaneamente pelo sadhaka (praticante) da maneira a mais satisfatria.

Senhor Krishna diz: Tomo a mim os interesses e o bem estar daqueles que me cultuam como seus Seres Internos (B.G. IX 22). Embora o verso tenha um significado mais profundo, o acima expresso para aqui suficiente.

No seu estado avanado, se qualquer tentativa for feita pelo nirguna upasaka para rogar por algo para si ou para seus entes queridos, sua tentativa ser frustrada pois, ento, sua mente ficar paralisada e incapaz de formular uma s palavra de prece. Quando esta frustrao experimentada duas ou trs vezes, sua prece se reduz a: Oh Senhor! Seja feita a sua vontade.

6. SONO

O sono algumas vezes considerado como um obstculo a sadhana. Enquanto o sadhaka no puder evitar dormir totalmente, ele pode reduzir gradualmente o perodo para quatro ou cinco horas diariamente, sem detrimento de sua sade ou sadhana.Se suas atividades forem totalmente afastadas por circunstncias ou pela idade, o perodo normal de 6 a 8 hs. de sono um tanto demasiado. Se o sadhaka for dormir pelas 8 ou 9 hs. Da noite e acordar por volta das 6 hs., ele deveria comear a levantar-se s 5 e, aps um ms, s 4, e assim por diante, at que o mximo de 4 ou 5 hs. De sono seja obtido, utilizando ento as primeiras horas matinais para a meditao, quando estando-se revigorado pelo sono, com a mente e o corpo descansados e o mundo exterior completamente tranquilo, tudo muito conducente a sadhana.Bhagavan Sri Ramakrishna disse que bhogis (libertinos), rogis (doentes) e Yogis (sadakas) no dormem de noite. Dormindo de 4 a 5 hs. Diariamente, ele est condensando o perodo total de sono profundo, nada sentindo de ruim por isso e, ao levantar-se, tem uma sensao de saciedade tal como se sente aps uma refeio completa. Ocasionalmente, quando se tem necessidade realmente de sono, melhor deixar que a natureza aja. De qualquer modo, utilizando-se uma boa parte da noite para a sadhana, o progresso muito bom e o sadhaka se sente grandemente encorajado pelo resultado. De fato, qualquer melhora em nossa sadhana e qualquer experincia espiritual so visveis principalmente na meditao da madrugada.O sono pode ser utilizado pelos estudantes srios para as sadhanas, seja na Bhakti ou Jnana Yoga. Durante 15 minutos antes de dormir, caso se repita na cama japa mantran ou qualquer verso em louvor da sua deidade escolhida (Ishta Devatha), e com isto adormecer nos lbios, a mente subconsciente toma-a e repete-a durante o sono, e acordar-se- com a japa ou o verso nos lbios.Da mesma maneira, se o estudante repetir Quem sou eu? com a mente voltada para o Ser, estar sem esforo ajudando sua sadhana e, aquele que na dhyana marga, se com bhavan (visualizao mental) repetir Eu sou o todo penetrante Atma, achar que isso redundar em vantagem para si. Por certo, nos dois ltimos casos, o perodo de sono ser uma espcie de transe ou um misto de viglia e sono: mas o sadhaka no ser em nada prejudicado por isso. realmente, a pureza da mente ao acordar, ser tal que ele gostaria de cultivar essa prtica.7. JAPANa senda espiritual, seja pela devoo ou Jnana, nenhum aspirante pode dar-se ao luxo de fazer sua sadhana sem ajuda e apoio da japa, em vista do que ela representa em potncia e auxlio. Em todas as religies Cristianismo, Budismo, Islamismo e Hindusmo so observados aspirantes rolando suas contas, mesmo quando andando, a fim de no interromper a continuidade da japa.

Valmiki, um brmane, tornou-se assaltante de estrada e assassino. O sbio Narada pressentindo sua purya punnya, quis inici-lo em Rama Nama Japa. Sendo, no entanto, um grande pecador em sua existncia de ento, no podia nem mesmo pronunciar RAMA, j que ele estava habituado a mar-mar, que significa matar. Narada disse-lhe para repetir mar, que quando continuamente proferido torna-se Rama-Rama. O ladro repetiu com tal intensidade que perdeu a conscincia do corpo por anos, e um formigueiro cresceu cobrindo-o. obteve a Realizao, tornou-se um grande sbio e um grande poeta ( o autor do original snscrito Ramayana em versos). Autores de posteriores Ramayanas, em outras lnguas, obtiveram seu material desse livro.Thyaga Brahman, o msico santo do sul da ndia, nascido em 1759, repetiu o mantra Rama durante muito tempo, tornou-se poeta e musicou seus poemas. Vivia de esmolas e caminhava pelas ruas cantando canes em louvar a Rama, sendo muito venerado. Atingiu a autorrealizao somente pelo japa. O Senhor, para provar sua grandeza ao mundo, f-lo tocar num cadver sobre o qual os parentes pranteavam, chamando-a vida: isto ocorreu durante sua peregrinao a Tirupati.Swami Ramadas, de Kanhangad, atingiu a autorrealizao puramente pela repetio de Rama Nama.

A repetio do nome de uma divindade escolhida, quando regularmente praticada durante uma hora pela manh e a noite pelo perodo de 2 meses, faz com que o indivduo repita-a inconscientemente, mesmo durante o trabalho e nos momentos de lazer. Posteriormente ele obtm a viso da divindade de sua japa. Encorajado com isso, torna-se mais devotado ao mantra e continua a proferi-lo sem cessar. Mais tarde, involuntariamente se concentra na rua repetio, isto , ouvindo a articulao mental com os ouvidos da mente. Isto faz com que a mente mergulhe na fonte donde ela se origina, o Corao. assim, do caminho da devoo conduzido, sem queres, ao caminho da Jnana.Por volta de 1946 o Sr. e Sra. Khana de Kampur, com seus filhos de 2 e 17 anos de idade, tendo morado por cerca de 3 meses perto do Asraman, vinham ao hall diariamente pela manh e a tarde. Na ocasio da partida, apontando para as crianas, a sra. Khana perguntou a Sri Bhagavan o que deveria ela fazer na senda espiritual, com tanto em suas mos. Este, benignamente, instruiu-a para repetir Eu, Eu, Eu... durante todo o tempo, mesmo quando trabalhando, e ler o panfleto Quem sou eu? uma vez ao dia. Isso suficiente. Que instruo to simples de se entender, to fcil de seguir, e to profunda com efeito quando seguida. A repetio de Eu, Eu... durante o trabalho, afasta os pensamentos. Quando fora dele a repetio faz com que a mente caminhe involuntariamente para a fonte do Eu onde ela repousa. Assim, gradualmente a mente extinta, resultando disso a autorrealizao. No comeo, ao ler Quem sou eu?, o indivduo compreende seu significado superficialmente, mas, ao progredir em sua repetio, resulta em meditao e despertar espiritual, tornando-se claro o significado mais profundo da substncia do livro, ajudando assim o sadhaka.Da mesma maneira se d com a repetio de Quem sou eu?. Sri Bhagavan diz que de todas as japas Quem sou eu? a melhor.

Swami Ramadas diz que a japa no deveria ser um mero movimento de lbios, mas cada tomo do corpo deve vibrar com ele. O Santo Tukaran costumava sempre proferir Ram Nam mesmo quando respondendo a perguntas. Quando um bispo Brmane reparou isso e por tal o admoestou, parou a repetio; imediatamente cada poro de seu corpo comeou a proferi-lo causando grande bolha, tal dever ser a intensidade da japa.

Homens de negcios, incidentalmente, aps retirarem-se de suas ocupaes, defrontam-se com o vazio de suas vidas e tornam-se nufragos mentais. Para ocupar seu tempo entregam-se s audies de rdio, s leituras de jornais, poltica, etc... Alguns se dedicam a ler livros religiosos e a escrever artigos para jornais, etc., e ainda se deparam com um vazio em suas vidas que no so capazes de imaginar. Se as pessoas, embora j tendo atingido os 40 anos, se dedicassem japa sadhana durante meia hora por dia pela manh e noite com o correr do tempo alcanariam um estado onde estariam olhando ansiosamente para o dia de suas aposentadorias, de modo a poder ocupar-se inteiramente com esta japa sadhana. Mesmo aps a aposentadoria, se uma pessoa empregasse resolutamente o seu tempo com a japa, estaria levando uma boa vida espiritual e, pelo menos, daria exemplo famlia e a todos aqueles que entrassem em contato com ele. 8. MAHA YOGA

Na Maha Yoga o indivduo sente que descobriu sua condio primitiva de unio com o Ser, desejando reaver esse estado natural. O que este estado original ou natural? o de bem-aventurana, livre do pensamento de ego. Ns temos um relance de sua experincia durante o sono, quando sentimos o estado de grande felicidade, pois nele estamos livres de pensamentos. E qual a nossa presente condio? a de ajnana ou ignorncia, repleta do sentido do ego e vrittis mentais (formas de pensamentos). Estas ondas de pensamentos, quer agradveis ou desagradveis, causam a nossa misria final e contnua samsara, ciclo de nascimentos e mortes. O que so estas ondas de pensamentos e como so originadas e dominadas? Elas so devidas as vasanas. 9. VASANAS

Quando um pensamento ocorre e passa, deixa uma impresso na mente subconsciente. Quando o mesmo pensamento vem novamente, marca mais a impresso original e, se ocorre frequentemente, esta se torna mais profunda e, ficando bem impressa, o pensamento vir periodicamente sem ser solicitado. Estas impresses registradas na mente subconsciente tomam a forma de uma semente, mergulhando profundamente no Corao no momento da morte e, no perecendo, so transportadas para o novo nascimento como vasanas ou purya samaskaras (tendncias latentes). Elas, no devido tempo, brotam do corao. o Ser salvaguarda estas vasanas na sua mais ntima proximidade, no Corao, tal como um usurrio conserva seus valores consigo, nunca os afastando de si. Quando uma vasana desprende-se do Corao e entra em ao, ela est associada com a luz do Ser e a pessoa dita pensar. Ela passa do Corao para o crebro e, em seu caminho, o pensamento transformado cresce cada vez mais, at que mantenha o controle por si mesmo. Nesse nterim, todas as outras vasanas so mantidas em estado latente. Quando a primeira se gastou por si mesma, uma outra mais insistente, que se encontrava na expectativa, entra em campo ocupando a mente, e assim por diante. Voltando s impresses dos pensamentos, deve-se dizer que elas determinam o carter do indivduo, constroem ou destroem um homem espiritual. quando pensamentos de Deus e de bondade para com os semelhantes ocupam a mente e predominam, eles elevam o indivduo, e gradualmente conduzem-no ao amadurecimento para a disciplina espiritual, e posteriormente para a dignidade nesse campo.

Contrariamente, o egosmo, a indiferena pelos sofrimentos dos outros, a inveja, a vaidade, a ira e o dio, conduzem ndole vingativa, crueldade e primitiva selvageria do homem. As pessoas, medida que envelhecem, se no so cuidadosas com seus pensamentos, e persistem em seus velhos caminhos desonestos, manhosos e luxuriosos, tornam-se intratveis e insuportveis, fazendo com que os outros as evitem: elas padecem do inferno mesmo em vida. se esses samskaras ruins so transportados para os prximos nascimentos, no difcil de adivinhar a ndole da criana, e Deus, na Sua sabedoria, coloca-a em famlia e lugares apropriados sua natureza. (B.G. XVI).O nico remdio fcil para superar essas inclinaes ruins o recurso japa e constante lembrana de Deus. Isso, certamente, sublimar todas as tendncias ruins, e mudar o indivduo completamente. No deve haver a mnima dvida a respeito.

No jagrat (estado de desperto), quando um homem est ocioso, sua mente mantida ocupada por essas vasanas latentes: a mente nunca fica ociosa. como um moinho em movimento querendo moer trigo, e nisto suprido pelas vasanas.

Em Arunachala Ashtaka, ou os Oito versos sobre Arunachala, no 6 verso, dirigido ao Corao, Sri Bhagavan diz: Tu s Tu mesmo, o Ser nico sempre consciente como o Corao autoiluminado. Em ti h um poder misterioso, que sem Ti nada . Dele emana o fantasma da mente, emitindo suas neblinas latentes, escuras e sutis, que iluminadas por Tua luz de conscincia nelas refletida, aparecem no interior como pensamentos girando nos vrtices do prarabdha. Posteriormente, desdobrando-se nos mundos psquicos, projetam-se para fora como o mundo material transformam-se em objetos concretos e so ampliados pelos sentidos, movimentando-se tais como imagens de um cinema. Visvel ou invisvel, Oh colina da Graa, sem Ti eles nada so.Consequentemente, isso explica a declarao que afirma serem todas as manifestaes, inclusive o mundo, o corpo, etc., pensamentos objetivados e, portanto irreais.

Dessa maneira, essas vasanas transformadas em pensamentos perturbam o aspirante durante a meditao. Enquanto elas permanecerem e no forem completamente destrudas, a realizao no poder ser obtida. As vasanas s podem ser eliminadas pela concentrao naquele que livre delas, isto , o Corao.

O objetivo dos pesquisadores deve consistir em esvaziar o Corao das vasanas, e no deixar que nenhuma reflexo obstrua a luz da Conscincia. Isto conseguido pela busca da fonte do ego: eis o mtodo direto. O estado livre de vasanas o primitivo e eterno estado de pureza.

Em outra ocasio, falando a respeito do mtodo para se obter a libertao, Sri Bhagavan disse: Tal como a gua do pote reflete o imenso sol dentro de seus estreitos limites, da mesma maneira as vasanas, ou tendncias latentes do indivduo, agindo como meio refletor, apanha a luz toda penetrante da Conscincia que se levanta do Corao, e apresenta o fenmeno chamado da mente na forma de reflexo. Vendo somente este, o ajnani iludido pela crena de que um ser finito, o jiva. Se a mente introvertida pela autoinvestigao para a fonte do Aham Vritti pensamento-Eu as vasanas se extinguem, e com a ausncia desse meio refletor, o fenmeno da reflexo, ou seja, a mente, desaparece sendo absorvida na luz da nica realidade, o Corao. Consequentemente, esta a razo pela qual se diz ser o jiva ou o ser individual denominado de conscincia refletida (chitthabhasa).

No versculo 276, Viveka Chudamani diz: as vasanas se extinguem a medida que a mente for absorvida no Corao.

necessria a contemplao do nosso prprio Ser, sem ser interrompida por idias referentes a objetos externos, e, dessa maneira, so extintas as tendncias instintivas da mente, que so as causas do nascimento e da morte. At que a idia nica do Ser flua naturalmente e sem esforo numa corrente contnua, a contemplao dever ser praticada para que as vasanas peream. Todos os Upanishads aconselham o indivduo a extermin-las pela contemplao do Ser.

O Madukya Upanishad aconselha a fixao da mente no ardhamatra, isto , na ltima slaba da articulao mental do som OM, e permanecer livre de pensamentos, o que vem a ser a virtual fixao da mente no Corao.

No Bhagavad Gita VI, 25-26, est dito: Com vontade resoluta, gradualmente fixe a mente no Ser obtendo a tranquilidade mental; em seguida permanea livre de pensamentos. Toda a vez que a mente se extroverter traga-a de volta e restabelea-a no Ser.Bhagavan Sri Ramana, instruindo Kavyakantha Ganapati Muni no tapas, disse: Se no momento de ser repetido um mantra, observar-se firmemente de onde emana o seu som, l ser absorvida a mente. Isto tapas.

Sri Bhagavan em Quem sou eu? diz: Manter a mente voltada para dentro e habitar no Ser Atma Vichara.

De novo no Upadesa Sara, versculo 10, encontramos: Habitar no Corao significa manter a mente nele localizada e permanecer livre de pensamentos. Deve ser aqui firmado que o Corao, Atman, Brahman, Ser, Esprito, Guru ou Vazio, so sinnimos. Do mesmo modo tambm, Jiva, mente, ego, chittabhasa e conscincia refletida so sinnimos. Tal como o ter num pote nada mais que o todo penetrante ter, o Ser no Corao de cada indivduo nada mais do que o todo penetrante Esprito Supremo ou Deus.

10. LOCALIZAO DO SER

O Ser menor do que o menor e maior do que o maior est escondido no recesso do corao das criaturas. (Sv. Up.)

O Ser Interno to grande quanto um polegar reside no corao de cada um. (Katha Valli).

O corao como um ltus invertido h um ponto brilhante, como o tomo, como a ponta de um gro de arroz. Esse ponto como uma chama e sua crista a sede do Ser. (Purusha Suktha).

A dois dedos direita do centro do peito est o Corao tal como um boto de ltus. Todos os nadis emanam da. A respirao, a mente e a luz da Conscincia tem a sua origem a. (Vers. 18-19 Sup. Truth Revealded).

11. COMO LOCALIZAR O CORAO PARA A MEDITAOJ que a respirao se origina no corao, a fim de localiz-lo para a sadhana, observe com os olhos fechados, o movimento da respirao por poucos segundos, e veja de onde ela se levanta e se afunda dentro do trax. Esse lugar o Corao e deve ser escolhido para a sede da meditao.Algumas pessoas escolhem o Sahasrara (crnio) e outros o Ajna (espao entre as sobrancelhas) para a sede da meditao; Sri Bhagavan, no entanto, advoga somente o Corao, j que somente a fixao da mente Nele resulta em extino das vasanas e da mente, ao passo que tal no ocorrer no caso de fix-la nos outros centros. (Talks vith Sri Ramana Maharishi, T 616)

12. CONCENTRAO

A mente por natureza vagante e impulsionada pelas vasanas inatas. Como mant-la concentrada no Corao o ponto crucial da sadhana. Desde velhos tempos se recomenda o controle da respirao. Sri Bhagavan diz na Upadesa Sara que, j que a fonte da respirao e da mente a mesma, caso a primeira seja controlada, a segunda automaticamente o ser; e se, durante o controle da respirao, a mente for fixada no Corao, ela se extinguir gradualmente. Enquanto ela estiver voltada para o Corao e nele fixada, no receptiva s vasanas as quais, por sua vez, relaxam seu esforo.

Dissertando a respeito da Raja Yoga do Sbio Patanjali sobre a subjugao da mente, Sri Bhagavan disse que Chitta Vritti nirodha (controle das atividades da mente) realizada no sono, no desmaio ou inanio, mas com a retirada da causa de tais torpores, ela torna-se ativa de novo. Na Maha Yoga, no entanto, a prtica consiste no seu recolhimento no Ser. (Talks with Sri Ramana Maharishi, P 485)

13. CONTROLE DA RESPIRAO

Com vistas concentrao, sugerida a prtica do pranayama nos vrios sastras yogas. Bhagavan Sri Ramana diz que pramayama no seu todo no necessrio. Referindo-se ao controle da respirao como uma ajuda para a concentrao disse: ahih pranayama (controle externo da respirao) para aquele no dotado de um forte controle da mente. No h meio to seguro como o da companhia de um sbio. O homem experiente deve lanar mo da prtica externa caso no possa permanecer a seus ps. No entanto, sem que o note, este o prover da fora necessria se mantiver-se em sua companhia. Dedicando-se japa, dhyana, bhakthi, etc., somente um pouco de controle respiratrio ser suficiente para tambm controlar a mente. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 54).A concentrao desta no Corao destri as vasanas e torna-a pura. A mente pura ou sudha manas no falar vedntico aquela que est livre de pensamentos (sejam puros ou impuros).

14. PRTICA

Quando se procura acalmar a mente e comea-se a meditar, ondas de pensamentos, cada qual de maneira mais premente, precipitam-se para ocupar o espao vazio. Sem entreter nenhum deles, e a medida que surjam, deve-se perguntar A quem ocorreu este pensamento.

A resposta ser a mim. Pergunte ento Quem sou eu? e, articulando mentalmente esta pergunta, deve-se mergulhar no Corao em busca da fonte do pensamento-eu (veja Cap. II- Passo 4).

Tais mergulhos frequentes no Corao destroem o pensamento particular. Trate cada pensamento subseqente da mesma maneira e, aps algum tempo, achar que os est dominando. Lugar e tempo determinado para a sadhana sempre uma ajuda, visto que adquirindo o hbito de sentar-se num certo lugar em certa hora, a mente involuntariamente comea a meditar.

15. MERGULHO NO CORAOO versculo 28 da Verdade Revelada diz: Tal como um mergulhador imerge num poo para procurar alguma coisa nele cada, do mesmo modo voc, com restrio da palavra e da respirao, mergulhe fundo dentro de si mesmo para descobrir donde surge o ego.A restrio da palavra nele advogada somente para os aspirantes comuns, quando ainda nos estgios iniciais da japa de Quem sou eu? e enquanto o mergulho parea ser necessrio para evitar que a mente vagueie. Pode no ser to essencial para almas avanadas que possam facilmente se concentrar.

No caso acima, enquanto estiver a mente atarefada na busca da fonte do ego, o fato de ficar completamente concentrada nesse trabalho na regio do Corao, redunda em sua incapacidade para vaguear, o que culmina na realizao de seu objetivo, isto , o seu estabelecimento no Corao.

No captulo I do Evangelho de Maharishi, volume II, ele diz: a autoinvestigao no uma frmula vazia. mais do que a repetio de um mantra qualquer. Se a inquirio Quem sou eu? fosse mera pergunta mental, no seria de grande valor. O VERDADEIRO PROPSITO DA AUTOINVESTIGAO A TOTAL FOCALIZAO DA MENTE EM SUA FONTE. No portanto o caso de um Eu procurando por outro Eu.Muito menos uma frmula vazia, porque ela envolve uma intensa atividade de toda a mente para manter-se firmemente fixada na pura autoconscincia.

A autoinvestigao o nico meio infalvel e direto para realizar-se o Ser absoluto e incondicionado que realmente se .

Tal como uma pessoa, que pela frequente imerso na gua, se livra da sujeira de seu corpo, a mente, de maneira semelhante, pela frequente imerso no Corao em estado de ausncia de pensamentos, se livra de tudo aquilo que se lhe acrescentou e das vasanas adquiridas em vrios nascimentos.

Em certa ocasio disse Sri Bhagavan: Pedem-me um mtodo de contemplao; isso s no entanto no suficiente, pois pode algum se manter sempre a olhar para a imagem: assim, a esta deveria ser acrescida a japa, que ajuda a fixar a mente na imagem em acrscimo a viso. O resultado disso ser a concentrao que finaliza na realizao do objetivo. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 401)

Na Maha Yoga a sadhana envolve somente a busca pela fonte do ego; assim, so removidas imagens ou objetos concebidos, j que so uma fonte de embarao para a realizao.

Ao passo que em outras yogas considerado necessrio o cultivo e aquisio de certas qualidades espirituais superiores, como Sadhana Chathushtaya, etc., como requisitos prvios, na Maha Yoga, a prpria sadhana confere, em seu decurso, essas qualidades sem que tenha de cultiv-las.Alm disso, na Maha Yoga a PRTICA EXPLICA A TEORIA, enquanto que nas outras yogas, a teoria guia a prtica.

Durante a prtica, o sahaka impelido a investigar como e quando os pensamentos surgem, a despeito de sua resoluo de evit-los pela fixao da mente no Corao. Nos primeiros estgios da sadhana as vasanas ficam assediando a mente durante todo o tempo. Quando mesmo por um lapso de segundo a mente escapa do Corao, as vasanas lanam uma cunha fazendo com que ela funcione, isto , formule pensamentos. Passando-os ao crebro este os desenvolve e, transferindo-os aos rgos dos sentidos, assim se concretizam formas de pensamentos em objetos grosseiros. Mas, durante o movimento respiratrio, o pensamento com o qual a mente se ocupava no seu comeo mantido durante todo o perodo da respectiva restrio, no admitindo a intromisso de qualquer outro: da o porque da concentrao. Desse modo, se o sadhaka for cuidadoso em fixar a mente no Corao no comeo do controle respiratrio, e praticar a autoinvestigao e posteriormente a quietude mental, ele poder continuar a faz-lo dessa forma durante todo o perodo de restrio.

Deve ficar compreendido bem claramente que a concentrao no pode ser obtida em poucos meses ou anos. O caminho comprido e um heri aquele que, no desanimado pelos insucessos, resolutamente praticar at atingir o objetivo. Uma vez dominada a concentrao, o resto fcil. A mente no perturbada pelas vasanas fortalece-se cada vez mais em sua fixao no Corao. A Graa do Guru necessria para o progresso em cada passo. Orao frequente ao Guru (Ser) para o sucesso de cada etapa e para a remoo dos impedimentos mentais muito necessria.

Aps alguns anos de prtica de tal sadhana, sua mente, tendo-se tornado pura, est pronta para absorver todas as asseveraes das escrituras, sem qualquer raciocnio ou dvida. Algumas vezes, o conhecimento nelas contido j foi experimentado por voc, e serve somente para confirmar a sua experincia. O esprito de involuntria submisso ento se estabelece. Comea a sentir que nada no plano do mundo pode ser feito por voc, estando tudo predestinado, e que somente tal como folha seca carregada pelo vento. Perda ou ganho material cessa de afet-lo. Mesmo em seu sadhana sente que no pode progredir seno pela Graa do Guru, e que esta obtida pela soma do esforo dispensado, sendo que este ltimo no nos chega seno tambm pela Graa do Guru estranho paradoxo.Voc tambm verificar que o sadhana ocasionou a eliminao do assalto de pensamentos menores passageiros, que nos estgios inicias desencorajavam-no. H tambm uma tendncia natural para no entreter quaisquer pensamentos. Voc tambm tenta evitar companhias e conversas, j que elas resultam na criao de vasanas, as quais impedem a sua concentrao durante a prtica.

Inconscientemente tambm voc abandona todas as inclinaes e fraquezas no ticas, e adquire qualidades superiores espirituais sem ter que cultiv-las, frutos que so de sua habitual rejeio de pensamentos no relacionados com o Ser.16. HIATOS ENTRE PENSAMENTOS

Outro aspecto perceptvel o de estar sua mente se atenuando. Suponhamos que ocorram seis pensamentos por minuto, com intervalos de lapso de segundo entre eles. Este pequeno hiato de tempo entre dois pensamentos um perodo em que eles no ocorrem, isto , seu estado primitivo natural. Tripura Rahasya diz que quando a mente no cria imagens, devido a ausncia de pensamentos, se est no estado inalterado, que a condio primordial e pura.

De novo, no captulo XVI da mesma obra afirmado: Cada instante livre de pensamentos, ou meditaes no estado de viglia, condio de samadhi. Samadhi simplesmente a ausncia de pensamentos. Com o progresso da Sadhana, os hiatos de ausncia de pensamentos, diferentemente chamados de Sunya, vazio ou vcuo, vo num crescendo. No incio sentido visivelmente. Tal como uma dona de casa atarefada se defronta sem nada por fazer, e olhando em volta diz: Que farei agora?; do mesmo modo a mente, acostumada ao incessante pensar, quando sujeita involuntariamente a esses hiatos se expressa em palavras: Que que eu vou pensar agora?. Tem-se que experimentar isso para crer.

Durante os estgios adiantados da prtica do 4 passo, descrito no captulo seguinte, e que corresponde ao Thanumanasi o 3 Bhumika do Jnana Yoga detalhado previamente, maravilhoso de se descobrir como a mente fica sujeita dissecao sem esforo.

Tal como uma pea de fazenda, que frequentemente exposta ao fogo, perde sua resistncia embora mantendo a contextura, a mente pela constante exposio luz da conscincia perde a capacidade de formular pensamentos; e no somente isso: ela se recusa a pensar e oferece resistncia a pensamentos srios. Nesse estgio as dvidas assaltam por se julgar que se esteja caindo numa espcie de colapso mental, devido a no convergncia de pensamentos. No se deve de maneira alguma temer este estado, j que o objetivo da sadhana a liquidao da mente.De maneira frequente, o estado de vazio mental estabelece-se involuntariamente. Anteriormente, a busca pela fonte do ego era possvel com toda a energia da mente; agora, no entanto, com a mente rareficada, como fruto da sadhana, o mergulho no Corao torna-se firme e a mente algumas vezes permanece parada. Voc fica automaticamente quieto com a mente simplesmente focalizada no Corao. dessa maneira lanado no prximo passo: ficando quieto. Sri Bhagavan diz que a Upasana e Dhyana so admissveis enquanto houver mente, e que devem cessar quando esta parar. Elas so meramente preliminares final erradicao dos pensamentos, e a quietude mental. 17. VASANA E SEXO

Retornando s vasanas, necessrio se falar com franqueza e no ter melindres com respeito s referentes ao sexo, uma vez que isto, foi frequentemente suscitado mesmo por sannyasins anteriores a Sri Bhagavan.A vasana do sexo adquirida e desenvolvida em sucessivos nascimentos de modo a tornar-se um instinto. Alm disso mais gozos e pensamentos a eles concernentes fortalecem-na. Ela uma fraqueza comum a todas as pessoas, exceto em raros casos onde foi enfraquecida por meditao em nascimentos anteriores. Aspirantes senda espiritual so muito desencorajados por esta vasana. Eles duvidam se realmente seria possvel venc-la de todo. Certa escola de pensamentos cr em sublim-la atravs de incessante devoo a Deus, pela rejeio, na medida que ocorram, dos pensamentos a ela relativos. A maioria das pessoas, no entanto, geralmente sucumbem fraqueza, defrontando-se continuamente com essa dificuldade.

No captulo XVI da Autorrealizao um devoto pergunta a Bhagavan: H inumerveis purvas (antigas) vasanas, quando sero elas varridas?. Quanto mais recolher-se no Ser, tanto mais elas empalidecer-se-o e, finalmente, por si mesmas desvanecer-se-o completamente. Com firme determinao mergulhe no Ser e funda-se l. A vichara deve ser praticada enquanto as vasanas emergirem fazendo com que pensamentos ocorram.Numa outra ocasio, respondendo a uma pergunta de como se poderia livrar de distraes devidas a tendncias anteriores, Sri Bhagavan, com nfase e com inteno de trazer convico, replicou: Sim; muitos assim o fizeram, creia. Eles conseguiram porque acreditaram que poderiam. As vasanas podem ser obliteradas: isto se faz pela concentrao naquele que livre de vasanas e tambm o seu centro.(Talks with Sri Ramana Maharishi, T 28)

J que esta vasana acumulativa, antiga e profundamente arraigada, ser a ltima a desvanecer-se. A Maha Yoga, quando regularmente praticada, enfraquece-a gradualmente. Com a prtica do 4 passo, detalhado no prximo captulo, e com a gradual atenuao da mente, o poder de exteriorizar este pensamento decresce e, posteriormente, com maior prtica em permanecer a mente no Corao, esta vasana no o perturbar. claro que uma orao frequente para elimin-la, e um pequeno mas sincero esforo para rejeitar esses pensamentos, ou um mergulho no Corao a medida que eles apaream, de grande ajuda.

Homens sbios comparam os sadhakas que no dominam esta fraqueza a encher-se vasos furados com gua, pois o que eles adquirem perdido pela fraqueza.

A prece, quando ofertada diariamente com desejo de progresso espiritual, por si s torna-se tapas. A orao visando a erradicao desta vasana, a par de sua eficcia na obteno do favor divino, imediatamente ou aps acarreta um efeito psicolgico no aspirante, particularmente quando oferecida seriamente e diariamente, j que ela cria uma boa vasana. Aspirantes espirituais srios, se no atingirem seus objetivos na vida corrente, continuam a s-lo no prximo nascimento e as samskaras criadas pela prtica e orao so transportadas para o prximo nascimento como bons e substanciais valores, onde facilmente acharo expresso para o preenchimento das mesmas num ambiente de aspiraes semelhantes.

Ocasionalmente deve ser mencionado que grandes gnios no campo poltico, espiritual, cientfico ou artstico, no so devidos a acidentes de nascimentos, mas ao efeito cumulativo de seus contnuos esforos, pesquisas, prticas e reflexes em seus respectivos campos e nos nascimentos anteriores, que chegou a culminao na vida corrente.

Um visitante levantou uma dvida quanto ao fato de se poder extinguir vasanas caso os sentidos fossem satisfeitos a ponto de saciedade. Sri Bhagavan replicou que tal indulgncia equivaleria a derramar petrleo para atear-lhe fogo.

Quando o celibato foi suscitado, Sri Bhagavan no lhe deu importncia, dizendo ser um entre muitos auxlios para a realizao, nele no insistindo e, dando a entender que o desejo forte ser removido pela prtica da Yoga.

18. SILNCIO DA MENTE

Com a atenuao da mente, a quietude mental deve ser praticada. Sri Bhagavan diz que o silncio o nico requisito para a realizao. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 338)

Tambm no Budismo o silncio diferentemente enfatizado para atingir o estado Bdico.

Sri Bhagavan frequentemente costumava citar a mxima bblica: Fique quieto e sabers que sois Deus.

Suas prprias citaes paralelas so: - Se estiveres livre de pensamentos e todavia consciente, sers aquele Ser perfeito. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 609)

- Quando se est livre de pensamentos, -se a inteligncia infinita, o Ser. ( Talks with Sri Ramana Maharishi, T 480)- A mente livre de pensamentos, mergulhada no Corao, o prprio Chit. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 589)

- Tudo aquilo que se pede para realizar o Ser ficar quieto (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 379)

- O Atma realizado pela mruta manas, isto , a mente livre de pensamentos e voltada para o interior. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 90)

Desse modo, o silncio da mente e sua consequente virtual extino tornam-se necessrios para a autorrealizao.

Advaita Bodha Deepika diz: No difcil matar a mente. Embora para o ignorante possa parec-lo, para os poucos com discernimento muito fcil. Nunca pense em coisa alguma seno no Ser inclume. Atravs de longa prtica de tal procedimento voc facilmente esquecer o falso-ser. No pode ser difcil permanecer quieto sem pensar em nada. No deixe pensamentos surgirem na mente; pense sempre no Ser. Desse modo, todos os pensamentos mundanos se desvanecero, e somente permanecer o pensamento do Ser. Quando tal se firmar, esquea mesmo isso, e sem pensar eu sou o Ser, permanea como o Ser. Com esta prtica sua mente extinguir-se-, voc esquecer tudo e permanecer como o Ser. ( Advaita Bodha Deepika, p 117)

No aconselhvel para um aspirante comear a prtica do silncio da mente desde o incio, em vez de praticar Quem sou eu?, por causa do afluxo de pensamentos. A menos que a mente esteja at certo ponto atenuada pela prtica de Quem sou eu?, a tentativa de alcanar o silncio da mente poder tomar tempo mais prolongado, ou poder terminar em frustrao. Claro que isto no diz respeito aos sadhakas que j atingiram uma certa soma de atenuao da mente.

Quando Sri Bhagavan falava a respeito do silncio da mente, uma visitante culta perguntou-lhe: que deveria fazer para permanecer livre de pensamentos como ele aconselhava? Somente pela pergunta Quem sou eu? Bhagavan: Permanea quieta somente. Faa isso e veja. A senhora: impossvel. Bhagavan: Por essa razo a pergunta Quem sou eu? aconselhada. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 322)

A tranquilidade da mente ou silncio pode tambm ser obtido mantendo a mente vazia, afastando atentamente os pensamentos, tendo o esvaziamento da mente como nico objetivo, sem a contemplao do Ser como um segundo plano. O transe resultante desse esvaziamento pode acarretar certo prazer devido a ausncia de pensamentos; mas isto somente no resolver, e poder acabar desastrosamente algumas vezes. Isto no conduz a libertao. Dever-se-ia precaver-se contra esse mtodo. Este aviso diz respeito somente para aqueles que querem achar um atalho e por ele prosseguir, em sua sadhana. Silncio ou esvaziamento da mente, ou vazio resultante da erradicao parcial de vasanas como resultado da contemplao do Ser, o que deve ser almejado. Este vazio um estado de intensa concentrao. Nos primeiros estgios mesmo o barulho da queda de um alfinete causa um choque corporal que o despedaa. Alm disso, o silncio ou estado natural sem pensamentos tambm queima as vasanas. Sri Bhagavan diz que elas sero queimadas to somente permanecendo-se como se , isto , no primitivo estado de pureza. (Talks with Sri Ramana Maharishi T. 219)Notar-se- que a articulao mental de Quem sou eu? usada no estgio inicial para a rejeio de pensamentos e, no seguinte, significando qual a fonte do pensamento-Eu, utilizada para treinar a mente a mergulhar no Corao, resultando em seu gradual abrandamento e eliminao das vasanas, devido sua exposio, ao mergulhar luz da conscincia. Depois disso, o silncio da mente obtido em se ocupando ela em focalizar o Corao, sem qualquer articulao mental.19. A VOZ INTERNAA voz interna ouvida como se ouve a prpria articulao mental. na maioria das vezes ouvida quando num estado beirando ao transe. No h engano possvel. Se acontecer que voc for um daqueles acostumado s meditaes pela madrugada, s 2 ou 3 horas, e se por acaso dormir demais, ela acorda-lo- chamando pelo nome. No comeo, quando no estiver habituado a ela, ficar curioso para saber donde vem essa voz. Depois voc compreende. Algumas vezes ela diz dorme ainda?, ou se por inadvertncia tomou alimento tamsico noite, disso resultando em inabilidade para meditar e inclinao para dormir, repreende-o; mas se por muito meditar na noite anterior ou se por outra causa razovel sentir sono e incapacidade para meditar, sentindo por isso remorso com a perda do perodo, ela dir-lhe-: no se preocupe. Ela o conduz em cada passo mais do que uma me amorosa!Quando a meditao se encaminha para a quietude ou transe, a voz interna (a voz do Ser ou Guru) ouvida de dentro para esclarecer quaisquer dvidas que voc possa estar elaborando. Por vezes ela domina a sua meditao e vem tal como um claro para falar algo. Um sadhaka sbio deveria imediatamente anotar tais instrues, pois algumas vezes difcil compreender todo o seu significado de imediato. Em alguns casos as expresses so to clssicas que voc ter que recorrer ao dicionrio para muitas palavras: demais, so significativas e difceis de entender, sendo a linguagem inimitavelmente bela, particularmente no caso dos devotos de Sri Bhagavan. Se falhar, em anot-las no exato momento no conseguir relembr-las.Com relao a isto devem ser relembradas devidamente as citaes que Sri Bhagavan fazia do Sbio Thayumanavar: Oh, Senhor! Vindo sempre comigo durante os muitos nascimentos, nunca me abandonando e finalmente libertando-me; e de novo do autor de Kaivalya Navaneetham: Oh Guru! Sempre estiveste comigo velando-me por muitos nascimentos e decidindo o meu progresso. No tivesse Sri Bhagavan essa experincia no teria ele se referido a experincia de outros sobre o assunto. Isto tambm explica as instrues de Sri Bhagavan ao cavalheiro americano no momento de sua partida: O Guru interno no silencioso.Mahtma Gandhi confiava muito na voz interna que o guiava no planejamento de seu movimento poltico. Pode um movimento guiado por Deus falhar?

Sri Bhagavan era leitor regular do Harijan semanal de Gandhi e, ocasionalmente, nele apanhou as experincias de Gandhi para ler no hall.

20. SAMADHI

O verdadeiro Atma Vichara comea somente quando se est livre das ondas mentais e se habita no Corao. atravs de firme constncia no Ser, tal como o fluxo de azeite em fio incessante e ininterrupto, gerado o Nirvikalpa samadhi. O objetivo de todo o yogui alcan-lo em vista de seus benficos efeitos espirituais.

Samadhi uma espcie de transe. Sri Ramana, em Rama Gita, diz a Hanuman que h por volta de cem samadhis. H os samadhis da Hata Yoga e da Raja Yoga. So todos eles detalhados em seus respectivos tratados. Na Maha Yoga, no entanto, os samadhis que um aspirante conhece no curso da sadhana so: 1) Kevala nirvikalpa Samadhi; 2) Savikalpa Samadhi; 3) Nirvikalpa Samadhi, e 4) Sahaja Samadhi. Kevala Nirvikalpa Samadhi experimentado durante Tanumanasi ou nos estgios avanados do 4 passo. No Kevala nirvikalpa Samadhi a mente imersa na Luz da Conscincia por um curto instante e trazida de volta pelas vasanas que no foram destrudas. Nesse estgio experimentada a conscincia com a calma da mente.

A mente sustentada no Ser com esforo Savikalpa Samadhi. Em outras palavras, no Savikalpa Samadhi a mente firmada no objeto da meditao durante um certo tempo, no sendo obstruda pela mais insignificante onda de pensamentos. Savikalpa significa com diferenciao de sujeito e objeto, isto , o meditador e o objeto da meditao.

A constante prtica do Savikalpa Samadhi conduz ao Nirvikalpa Samadhi. Este vem a ser a mente fundida na realidade, permanecendo inconsciente do mundo. Neste estado o sujeito, isto , o meditador e a coisa meditada fundem-se numa massa de conscincia. Ao voltar deste Samadhi o meditador rememora sua experincia lembrando-se do que leu nas escrituras, compreende que Eu sou Aquele. Esta rememorao da experincia do samadhi e sua identificao como Eu sou Aquele chamada de Prathyabhijma Jnana. somente esta Prathyabhijma Jnana que destri completamente a ignorncia, isto , a dualidade. Isto bem explanado no captulo XVII da Tripura Rahasya. 21. OS EFEITOS DO NIRVIKALPA SAMADHI

Viveka Chudamani diz que quando a mente purificada pela sadhana passa-se do Savikalpa para o Nirvikalpa Samadhi e da diretamente para a autorrealizao. O nirvikalpa Samadhi acarreta o rompimento dos Chit-Jada-Granthi, destruindo todas as vasanas, e o conhecimento sem esforo de todas as manifestaes como do Ser. As diferenas como voc, eu, isto, aquilo, etc. desaparecem!

Sri Bhagavan diz que o esforo necessrio somente at atingir-se o Nirvikalpa Samadhi, da por diante o alm se encarrega de voc. O verdadeiro e incessante tapas se estabelece somente com a autorrealizao. Esse tapas sem esforo algum. Do mesmo modo que o projtil para alcanar a lua equipado de propulso visando subjugar inicialmente a gravidade at atingir o campo de atrao da luz, quando esta somente prevalece para lev-lo a sua superfcie, do mesmo modo, o aspirante, atravs de seu esforo, submete as vasanas e a mente que impedem dele habitar no Ser. Aps um perodo de ausncia de mente e de Nirvikalpa Samadhi atrado e poderosamente sustentado pelo Ser. Aps o Nirvikalpa Samadhi ele se torna um Jivamukta, isto , liberto mesmo quando em vida. da por diante no haver mais nenhum esforo de sua parte. Ele sofre passivamente a influencia do Ser que efetua a transformao. Tal como o ao aderido ao magneto, a mente mantida e subjugada pelo Ser sendo solta somente aps a sua total transformao.Sri Ramakrishna ficou a tal ponto dominado pelo Ser que permaneceu inconsciente de seu corpo e suas necessidades, tendo que ser atendido e alimentado pelo seu sobrinho Hriday.

Bhagavan Sri Ramana, aps sua chegada em Tiruvanamalai, esteve numa condio similar durante vrias semanas. Ele foi envolvido pelo Ser de maneira to forte e persistente que ficou absolutamente inconsciente do correr dos dias e noites, de seu corpo, e de suas necessidades a ponto de ser alimentado fora.

Rememorando suas experincias no ltimo verso de OS DEZ VERSOS A ARUNACHALA, disse: Tinha descoberto uma coisa nova. Esta colina, centro atrativo de vidas, aprisiona aquele que pensa muito nela, arrasta-o para sua proximidade e, fixando-o imvel sua prpria imagem, alimenta-se de sua alma assim amadurecida. Que maravilha isso! Oh almas! Acautelem-se com Ela e vivam! Tal destruidor de vidas este magnfico Arunachala, que brilha dentro do Corao!

22. EXPERINCIA DA AUTORREALIZAO

Falando de sua experincia no momento da realizao, Sri Bhagavan falou: Realizao chamada de Vritti Jnana. Voc pode sentir-se uno com o Um que existe; todo o corpo torna-se um mero poder, uma corrente de fora; sua vida torna-se uma agulha arrastada para uma enorme massa de magneto e, quanto mais se aprofunda, mais se transforma num simples centro e, nem mesmo isso, pois se torna uma mera conscincia. No h mais pensamentos e cuidados; eles so despedaados no limiar; uma inundao; voc uma simples palha; engolido vivo; mas muito agradvel, pois se transforma na prpria coisa que o engole. Esta a unio de jiva com Brahman, a perda do ego no Ser Real, a destruio da ignorncia, a realizao da verdade.

Falando disto noutra ocasio expressou-se: Aps experimentar tal bem-aventurana mesmo uma s vez, repetidas vezes tentamos experiment-la de novo. Tendo passado pela bem-aventurana da paz uma vez, ningum desejaria abandon-la e tratar de outras coisas. Aps alcanar o Samadhi, afirma-se, ele deve ser praticado continuamente at que resulte em Sahaja Samadhi. Mesmo aps alcan-lo, a experincia de jnana espasmdica pelo fato das vasanas no terem sido completamente destrudas. Para que a jnana fique dridha (firme) deve-se recorrer a lembrana de que Eu no sou o corpo, e rememorar a experincia do samadhi. Isto erradica as vasanas. Aparece ento o estado de Sahaja. A permanncia na condio original de existncia, estado de Sahaja, isto , livre de pensamentos sem esforo, no afetado pelas coisas internas ou externas, em outras palavras, no reagindo a eles, dito estar-se em Sahaja Samadhi. Aquele que permanece no primitivo estado de Sahaja est em automtico e incessante tapas espontneo e sem esforo. Ocupado com esse tapas incessante, desenvolve-se momento aps momento no plano espiritual e ele acarreta a manifestao de todos os poderes, podendo mesmo desenvolver os chamados taumatrgicos, se esse for o tipo do nosso prarabdha. No h diferena entre um Jnani e um siddha mesmo em conceder benefcios, incluindo Atma Labha (autorrealizao). A ltima estncia de Sri Ramana Gita, Cap. XVIII, diz: A glria dos siddhas est alm da imaginao; eles so iguais ao prprio Siva no fato de serem capazes de conceder benefcios. Tudo isso est explicado no cap. XI de Sri Ramana Gita e aps a sria 57 das Conversar com Sri Ramana Maharishi. O Mukticopanishad diz: O estado de ausncia de mente, que confere grande paz, surge quando a mente no emite pensamentos, estando completamente privada de vasanas.Pode ocorrer a pergunta de como algum poderia atuar sem a mente. Tal como um pote que tendo estado cheio de gros, e embora esvaziado de seu contedo, continuou cheio de akasa (ter) que sempre l esteve, do mesmo modo a mente, esvaziada dos pensamentos, o prprio Chit que conhecimento infinito.

Com a destruio da mente, kartritwa (idia de ser o agente) se extingue. Todas as palavras proferidas e todas as aes executadas so de Deus.

Com relao a isto ser interessante rememorar o que Sri Ramakrishna disse certa vez: Como um negociante de cereais que com uma pilha de gros empurra-os gradualmente para o homens que o mede, eu sinto algum atrs de mim suprindo-me com uma torrente de idias a serem transmitidas.

Em resposta a uma pergunta de um devoto advogado, que se o exame dele, durante todo o dia, por uma comisso de inqurito sobre os negcios do Ashram, causara muita tenso em Bhagavan Sri Ramana, ele replicou: Eu no usei a minha mente e desse modo no houve tenso. Deixe-os examinar-me por milhares de dias, no tem importncia. A inferncia bvia. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T 281)

Conquanto a articulao mental de Quem sou eu? ou Fique quieto seja til nos estgios iniciais, esforos devem ser despendidos para abandon-la totalmente, uma vez que tal articulao obstrua o caminho da concentrao e do silncio da mente. Do mesmo modo, a restrio da respirao deve ser abandonada quando se sentir que possvel concentrar-se sem sua ajuda. Naturalmente, pode-se recorrer a eles todas as vezes que a mente estiver agitada e descontrolada por qualquer razo. Horas fixas e regulares so necessrias para os novatos. Os aspirantes srios, caso no estejam presos a atividades, devem utilizar todo o tempo disponvel para a prtica. Estes devem aumentar o perodo da mesma at atingir cerca de 10 horas ou mais. Este aumento deve ser gradual e no abrupto. A partir dos 66 anos de idade, o autor desta obra utilizava a maior parte das horas matinais na prtica, meditando das 2 s 6 e das 8 s 11 pela manh, e das 2 s 3, das 4 s 6, e das 8 s 9 pela tarde. Inicialmente seria difcil meditar por perodos to longos; mas se houver seriedade, no se sentir dificuldade pois a Graa do Guru o ajudar encorajando-o. J que a meditao da madrugada muito importante, o aspirante deveria ser regular na sua prtica. Manter-se acordado nessa hora difcil e meditar ainda mais. Por isso o autor, para tentar dominar o sono, recorria a vrios artifcios, tendo descoberto, mais tarde, que uma decoco com iguais pores de ch de hortel seca com leite era eficaz. Uma pequena quantidade disso num cantil, para sorver 2 goles todas as vezes que comear a bocejar, repele o sono. O ch puro, embora impea o sono, faz com que surjam ondas e mais ondas de pensamentos, perturbando a meditao; a mistura de ch com hortel no entanto, embora mantenha o aspirante acordado, domina a ao turbulenta da mente e acalma-a, tornando a meditao fcil.Fora da meditao, a mente deve ser mantida ocupada, lendo Sri Ramana Gita, Quem sou eu?, Autopesquisa, Vivekachudamani, e outros livros que tratem desta sadhana. Outras horas tambm podem ser utilizadas na repetio da Japa quem sou eu?.A Japa Quem sou eu? pode, no comeo, parecer ridcula para aqueles habituados a Siva, Rama, Krishna, etc.; deve-se compreender, no entanto, que a japa Quem sou eu? faz com que involuntariamente fixemos a mente no Corao, que o objetivo da sadhana. Demais, Sri Bhagavan diz que Quem sou eu? a melhor de todas as japas. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T. 72)

Quando bem adiantado na prtica do passo 4, digamos aps 5 anos, o aspirante deveria tentar praticar com os olhos abertos ocasionalmente, j que isso ajuda a meditar andando ou sentado nas horas de lazer. Isto deve ser tentado tambm quando deitado do lado esquerdo.

A seguinte passagem, selecionada da introduo a Vivekachudamani por Sri Bhagavan, de grande significado para sadhakas srios nos ltimos estgios, digamos, aps dez anos ou mais de prtica do 4 passo, e quando for capaz de meditar com os olhos abertos.

Tal como a manteiga retirada do coalho batendo-o sem cessar, a mente, usada como se fosse uma vareta para bater, deveria ser fixada no Corao vibrando-o incessantemente. Este resoluto e contnuo movimento, como o ininterrupto fluxo do fio do azeite acarreta o Sahaja Nirvikalpa Samadhi

Deve-se com frequncia repetir mentalmente essa passagem em nossa prpria lngua, e cada uma de suas palavras deve ser bem compreendida e meditada. A frequente repetio desse trecho entusiasma e estimula o aspirante a um esforo efetivo nesse sentido.

Assim como uma bola de ferro incandescente pode comportar-se como o prprio fogo, a mente absorta na autoinvestigao no se diferencia do Ser.

Os aspirantes no deveriam permitir que a mente, mesmo por um instante seguer, se encaminhe para terrenos materiais ou sensuais. Vivekachudamani diz que tal coisa, mesmo por um lapso de segundo, lana o sadhaka abruptamente no abismo da matria; tendo despender muito tempo e prtica para reaver o estgio anteriormente atingido. Oraes frequentes dirigidas ao Ser para evitar este relapso realizam o efeito desejado. Vasanas adquiridas e acumuladas em muitos nascimentos s podem ser erradicadas atravs de longa e contnua meditao por perodos de algumas dcadas, dependendo do espao de tempo que se fixe a mente com firmeza no Corao. Embora no comeo o sadhaka se impaciente para obter resultado, posteriormente ele se concentra mais na sadhana do que nos seus frutos.No se deve ficar desencorajado por parecer que seus esforos e sadhana para a obteno da autorrealizao possam ser desperdiados, caso esta no seja alcanada no presente nascimento.

O sbio Vidyaranya diz que quando a meditao no se tornou madura nesta vida, ela poder amadurecer no momento da morte ou no mundo de Brahman, onde se emancipa ao alcanar o seu conhecimento direto (Panchandasi, IX, 136).

No Bhagavad Gita, captulo VI 40-46, Sr. Krishna, em resposta a Arjuna, afirmou que aqueles que executarem tais sadhanas venham a morrer antes de atingir seus objetivos, sero reencarnado em famlias com mentes altamente espiritualizadas e, partindo donde pararam em seus nascimentos anteriores, completam as suas sadhanas.

pergunta semelhante de Sri Rama, concernentes ao destino daqueles que morreram tendo alcanado o primeiro, segundo ou terceiro bhumikas, o sbio Vasishta respondeu: Aquele que satisfizer as qualificaes necessrias aos trs estgios da jnana ver cessado todos os seus karmas. Ento, os Devas conduzi-lo-o, em seu veculo divino, ao Devaloka e outros lugares onde ele deleitar seus olhos com as vistas maravilhosas de Meru, jardins celestiais, e belas donzelas. Com a expirao dos prazeres, todos os karmas duplos perecero completamente, e ele ento descer na terra como um jnani. Encarnar numa famlia repleta de ricas e boas qualidades, de pureza mental e corporal, seguindo ento o caminho da jnana infalivelmente, de vez que j se submeteu a rigorosa disciplina.Tal como o portador de uma passagem para Delhi, que j se encontra no correio dessa cidade, ter atingido o seu destino, no importando o que possa ocorrer aos trilhos ou ao prprio correio, assim um homem pode ter certeza de sua final libertao, uma vez que tenha atingido primeiro bhumika da jnana-yoga.Para os jnana-yogis cujo objetivo somente a libertao da samsara, e que no estejam ansiosos pela autorrealizao, h o outro caminho fcil de escapar, pela meditao no Corao, no momento da morte. A fora do hbito de rejeitar pensamentos mundanos e de facilmente meditar no Senhor no recesso de seus coraes, torna fcil a esses yogis nEle meditar mesmo no momento da morte.

No Srimad Bhagavatham cap. XII, Livro 3, o sbio Suka diz ao rei Parikshit: Com todo o seu ser meditando nEle em seu corao, com a mente concentrada no momento da morte, atingir o supremo objetivo. Aqueles que nEle meditarem ao morrer, por Ele sero conduzidos unidade com Ele.

Em estgio algum da sadhana dever-se-ia forar o passo, pois este deve ser gradual. No se deve ficar impaciente por causa do progresso. Sri Bhagavan usava dizer que o fato de algum persistir na sadhana era por si s um indcio do progresso e da Graa do Guru.

Se a prtica de qualquer estgio for perfeita, o sadhaka ser automaticamente lanado no seguinte. Deve-se entender que a Graa do Guru absolutamente necessria para o progresso e, se ele for regular e srio na prtica, no ser abandonado, mas encorajado de muitas maneiras sutis, perceptveis e inteligveis.

Perguntado sobre a concesso dessa Divina Graa para o sadhaka, Sri Bhagavan, com a face envolta por divina luz, declarou em inequvoca linguagem: A Divina Graa essencial para a realizao. Ela conduz a realizao de Deus. MAS TAL GRAA CONCEDIDA SOMENTE PARA AQUELE QUE UM VERDADEIRO DEVOTO OU UM YOGIN, QUE SE ESFOROU DURA E INCESSANTEMENTE NO CAMINHO DA LIBERTAO. (Talks with Sri Ramana Maharishi, T.29)No se deve sentir desencorajado pela idade avanada para comear sua sadhana na Maha yoga. Sri Bhagavan expressou frequentemente que a idade no obstculo para esta sadhana, ao passo que para a Raja Yoga h restrio de idade.

Aqueles que se dedicam a esta Maha Yoga devem tentar afastar a mente do culto de deuses externos desde o comeo como as imagens de vrios deuses hindus e transferir tal devoo para o Ser interno. No princpio poder ser um pouco difcil, com a prtica e a Graa do Guru, no entanto, gradualmente habituar-se- a olhar o Ser como Deus Supremo. Devoo e orao ao Ser mais eficaz que uma imagem.

medida que se avana nesta Maha Yoga, tambm se comea a sentir e compreender que todos os rituais e cerimnias so comparativamente de menor valia, e que o tempo despendido neles mais bem empregado na Atma-Vichara.23. TATWA JNANA

Desde o comeo da sadhana, simultaneamente com a prtica da autoinvestigao, e bhavana (visualizao mental) de: Toda a manifestao, inclusive o mundo, Atman. Eu sou esse Atman nico, deveria ser praticado diariamente, uma vez que, aps a realizao, v-se que todos os objetos so superposies no substratum, o Atman. O sbio Vasishta, instruindo Sri Rama na Yoga Vasishta, e Sri Rama insturindo Hanuman em Muktikppanishad, dizem: A prtica do Tatwa Jnana e a extino das vasanas e da mente devem ser simultneas, no devem ser realizadas em perodos diferentes, ou feitas separadamente. A prtica do bhavana acima tem um outro efeito benfico. Os sastras dizem e Bhagavan tambm disse que: A prtica do bhavana Eu sou o Ser tem a mais alta virtude. Mesmo um instante de dhyana com esse propsito o bastante para destruir todo o Sanchita Karma. Ela funciona como o sol diante do qual a escurido dispersada. Se algum permanecer sempre em tal dhyana poder algum pecado por mais infame que seja sobreviver a ela? (Talks with Sri Ramana Maharishi, T. 536)O estado de smritis que, mesmo um momento de Atma Vichara tal qual um banho em todos os rios sagrados, e tem o efeito do mrito da execuo de milhares de yogas e o de ter libertado nossos ancestrais de nascimentos.Mesmo o prarabdha, para aquele que pratique a Maha Yoga, muito mitigado em seus efeitos e o indivduo no os sente muito, embora para o observador parea estar ele padecendo.

Sri Krishna, exaltando, no Bhagavad Gita, o caminho da jnana para Arjuna, no captulo IV 35-37 diz: De todos os pecadores, se acontecer que voc seja o maior, supere os pecados pela jnana. Tal como o fogo reduz a madeira a cinzas, a jnana tambm a isso reduz todo o karma. CONCLUSOEmbora tenha sido dado, nesta obra, um esboo esquemtico da prtica da Maha Yoga, o aspirante no precisa seguir rigidamente o esquema pois, uma vez que se tenha estabelecido no 4 passo, e que o tenha praticado por uma dcada ou mais, ele ser guiado mais pela experincia ganha e pelo Ser Interno, o Guru. No deve pairar nenhuma dvida a respeito.

surpreendente como, no devido tempo, voc se depara com livros tratando dos aspectos particulares das sadhanas que est praticando, parecendo o acaso, m