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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign Mestrado em Construção Sustentável Diana Cristina Nogueira Campos Ana Teresa Vaz Ferreira Ramos Rufino Javier Hernández Minguillón Orientadores Julho, 2014. Instituto Politécnico de Castelo Branco Escola Superior de Tecnologia

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

Mestrado em Construção Sustentável

Diana Cristina Nogueira Campos

Ana Teresa Vaz Ferreira Ramos

Rufino Javier Hernández Minguillón

Orientadores

Julho, 2014.

Instituto Politécnico

de Castelo Branco

Escola Superior

de Tecnologia

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

Diana Cristina Nogueira Campos

Orientadores

Ana Teresa Vaz Ferreira Ramos

Rufino Javier Hernández Minguillón

Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Construção Sustentável, realizado sob a orientação científica da Professora Doutora Ana Teresa Vaz Ferreira Ramos, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Julho, 2014.

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Composição do júri

Presidente do júri

Professora Doutora Cristina Calmeiro dos Santos,

Professor Adjunto da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Vogais

Professor Doutor Luis Miguel Barros Moreira Pinto,

Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da Universidade da Beira Interior.

Professora Doutora Ana Teresa Vaz Ferreira Ramos,

Professor Adjunto da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Professora Doutora Maria Constança Simões Rigueiro,

Professor Adjunto da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

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Dedicatória

Dedico este trabalho a Edite Nogueira Campos, Maria Nogueira do Nascimento (Muleca) e Edilson Campos.

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Agradecimentos

Isabel Rolo, Aneliya Georgieva, Sayume Umehara, Lorraine Egito, Maria Jesus Gil Arriaga, ah asociados¦Pamplona e, acima de tudo, Edilson Campos.

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Resumo

Desde a implementação do conceito do Novo Urbanismo, há mais de 50 anos até aos dias de hoje, arquitetos, projetistas e engenheiros têm vindo a adaptar a forma de pensar e projetar as construções futuras de modo a suprir as necessidades da presente geração sem comprometer as gerações subsequentes.

Procura-se, portanto, contribuir para o bem-estar social e garantir a capacidade de regeneração dos recursos naturais, através de uma reconciliação entre o habitat humano e a natureza. A ideia é reduzir os impactos ambientais e melhorar, de forma contínua, o desempenho ambiental do produto, seja este um bem ou serviço.

A utilização de elementos arquitetónicos passivos vernaculares para o aproveitamento das condições climáticas locais ou mesmo a implementação de técnicas mais avançadas devem ser integradas nos concei o ecodesenho como necessidade humana de responder rapidamente às atuais mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, integrar funcionalidade, tecnologia, biologia e forma, introduzindo a natureza nos edifícios e os edifícios na natureza.

A fim de integrar os conceitos da Sustentabilidade, bem como, adquirir novos conhecimentos a respeito de sistemas, tecnologias e métodos construtivos aplicados em determinadas regiões, optou-se por realizar um estágio, durante os meses de fevereiro a junho do presente ano, em uma empresa de arquitetura que abordasse os conceitos do ecodesenho.

Através de uma interação participativa e colaborativa, foram analisados dois projetos em países distintos (Panamá e Qatar) e, desta forma, foram registadas as informações mais pertinentes, expondo as técnicas aplicadas e divulgando as propostas, soluções e tecnologias sustentáveis relacionadas com os projetos arquitetónicos em questão.

Como resultado, observou-se que o projeto desenvolvido em Panamá foi de fundamental relevância no sentido de familiarização com o sistema empregado pela empresa, bem como, proporcionou um melhor entendimento das etapas necessárias para projetar tendo como base os conceitos da sustentabilidade. Com relação ao projeto em desenvolvimento no Qatar, observa-se um caráter mais colaborativo no âmbito do estágio, abordando-se questões relacionadas com as medidas ambientais propostas para o projeto, sugerindo-se novas medidas ambientais e algumas soluções construtivas, bem como, sugerindo-se alguns critérios sustentáveis de modo a contribuir para uma melhor seleção dos produtos especificados para a obra.

Observa-se, portanto, que esta forma de pensar está a ganhar grande dimensão no mercado, independente do produto, bem ou serviço, confirmando o fato de que cada vez mais empresas e profissionais autónomos reconhecem a necessidade de incluir o desempenho ambiental no desenho de seus produtos a fim de reduzir os efeitos negativos sobre o meio ambiente.

Conclui-se que em paralelo ao seu propósito inicial de diminuir o impacto ambiental dos produtos, o ecodesenho contribui substancialmente para uma maior perceção ambiental da sociedade ao estabelecer a criação de valores entre todas as partes envolvidas no processo, estimulando, desta

Palavras chave Ecodesenho, Meio Ambiente, Sustentabilidade, Imapcto Ambiental, Ecocomportamento.

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Abstract

Since the implementation of the concept of New Urbanism, for over 50 years until the present day, architects, designers and engineers have adapted the way of thinking and designing future buildings in order to meet the needs of the present generation without compromising the future ones.

The aim, therefore, is to contribute to social well-being and ensure the regeneration capacity of natural resources through reconciliation between nature and human habitat. The idea is to reduce environmental impacts and improve continuously the environmental performance of the product, be it a good or service.

The use of vernacular passive architectural elements for the use of local thermal environment conditions or even the implementation of more advanced technologies must be integrated with the

the ecodesign as a human need to respond quickly to the current climate changes and, at the same time, to integrate functionality, technology, biology and form, introducing the nature into buildings and buildings into nature.

In order to integrate the concepts of sustainability, as well as acquire new knowledge about systems, technologies and construction methods applied in some regions, it was decided to undertake an internship, from February to June of the present year, in an architectural company that addressed the concepts of ecodesign.

Through a participatory and collaborative interaction, two projects in different countries (Panama and Qatar) were analyzed and thus the most relevant information was documented, exposing the applied techniques and disseminating proposals, solutions and sustainable technologies related to those two architectural projects.

As a result, it was observed that the project developed in Panama was of major importance in order to get familiarized with the system used by the company, and it has provided a better understanding of the steps required to design based on the concepts of sustainability. With respect to the project under development in Qatar, it can be observed a more collaborative feature under the internship, approaching issues related to environmental measures proposed for the project, suggesting new environmental measures and some constructive solutions, as well as suggesting some sustainable criteria in order to contribute to a better selection of products specified for the project.

It can be observed, therefore, that this way of thinking is gaining large influence in the market, regardless of the product, good or service, confirming the fact that more and more companies and independent professionals recognize the need to include environmental performance in the design of their products in order to reduce the negative effects on the environment.

It can be concluded that in parallel to its initial purpose of reducing the environmental impact of the products, the ecodesign contributes substantially to greater environmental awareness of the society through the establishment of values between all parties involved in the process, hence

Keywords Ecodesign, Environment, Sustainability, Environment Impact, Ecobehavior.

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Índice geral

Introdução ....................................................................................................................11.

1.1. Contextualização ............................................................................................................................. 1

1.2. Objetivo .......................................................................................................................................... 2

1.3. Estrutura do Relatório ..................................................................................................................... 3

Descrição da Empresa...................................................................................................42.

2.1. ah asociados|Pamplona .................................................................................................................. 4

2.2. ah asociados|Pamplona e a Sustentabilidade................................................................................... 5

2.2.1. O Manual de Ecodesenho ........................................................................................................ 6

2.2.2. O Rótulo de Ecodesenho ......................................................................................................... 9

2.3. ah asociados|Pamplona e a Política de Qualidade e Ecodesenho ................................................... 10

Referencial Teórico .....................................................................................................113.

3.1. Arquitetura Passiva........................................................................................................................ 11

3.1.1. Elementos de arquitetura passiva para os ganhos energéticos ............................................... 11

3.1.2. Elementos de arquitetura passiva para a proteção solar ........................................................ 15

3.1.3. Elementos de arquitetura passiva para aproveitamento da ventilação natural ....................... 15

3.1.4. Elementos de arquitetura passiva para aproveitamento da iluminação natural ...................... 17

3.2. Arquitetura Ecológica (e o Ecodesenho) ......................................................................................... 18

3.2.1 Ecodesenho ........................................................................................................................... 18

3.3. Norma UNE-EN-ISO 14006:2011 .................................................................................................... 20

3.3.1 Diretrizes para a incorporação do ecodesenho em um SGA .................................................... 21

3.3.2 Processo de ecodesenho ........................................................................................................ 22

Projeto um: Panamá Familiarização com o sistema.................................................234.

4.1. Medidas Ambientais Propostas...................................................................................................... 25

4.1.1. Extração e fabricação de produtos utilizados [F] .................................................................... 26

4.1.2. Execução do edifício [E]......................................................................................................... 26

4.1.3. Uso e manutenção do edifício construído [U] ........................................................................ 27

4.1.4. Desconstrução do edifício [D]................................................................................................ 32

4.2. Análise crítica de participação........................................................................................................ 33

Projeto dois: Qatar Pesquisa Científica ....................................................................345.

5.1. Medidas ambientais Propostas ...................................................................................................... 36

5.1.1. Global Sustainability Assessment System GSAS 1ª Etapa da Pesquisa Científica................. 37

5.1.2. Comparação: LEED vs. GSAS 2ª Etapa da Pesquisa Científica................................................ 39

5.1.3. Novas Medidas Ambientais Propostas 3ª Etapa da Pesquisa Científica ................................ 41

5.1.4. Materiais Sustentáveis 4ª Etapa da Pesquisa Científica........................................................ 44

5.2. Análise crítica de participação........................................................................................................ 47

Conclusões..................................................................................................................496.

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XIV

6.1. Breve descrição do trabalho realizado............................................................................................49

6.2. Conclusões Gerais..........................................................................................................................49

6.3. Conclusões Específicas...................................................................................................................50

6.4. Trabalhos futuros...........................................................................................................................51

Referências Bibliográficas .......................................................................................... 537.

APÊNDICES...................................................................................................................... 56

APÊNDICE A - Peso de cada categoria e critério, segundo o GSAS, referente às tipologias Unidade Residencial e Grupo Residencial .................................................................................................................57

APÊNDICE B - Lista comparativa dos critérios abordados pelos sistemas de certificação LEED New

Constructions e GSAS para Grupos Residenciais..........................................................................................58

APÊNDICE C - Lista comparativa entre os métodos de cálculos e requisitos exigidos pelos sistemas de Certificação LEED New Constructions e GSAS para Grupos Residenciais ......................................................60

APÊNDICE D Primeira Lista de Proposta de Medidas Ambientais desenvolvida....................................62

APÊNDICE E Cálculos auxiliares ..........................................................................................................63

APÊNDICE F Lista Final das Medidas Ambientais Propostas.................................................................64

APÊNDICE G Listas de Especificações de Materiais Resumidas ............................................................68

ANEXOS........................................................................................................................... 81

ANEXO A Certificado de Sistema de Gestão de Ecodesenho para a empresa ah asociados ..................82

ANEXO B Lista referente às Propostas de Medidas Ambientais ...........................................................83

ANEXO C Lista de Medidas Ambientais de Projeto..............................................................................84

ANEXO D PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Extração e Fabricação dos produtos utilizados [F]........................................87

ANEXO E PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Execução do Edifício [E]...............................................................................88

ANEXO F PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Consumo de Energia..............................89

ANEXO G PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Consumo de Água e Emissões Atmosféricas..............................................................................................................................................90

ANEXO H PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Geração de Resíduos e Descargas de Água..................................................................................................................................................................91

ANEXO I PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Impacto Visual e Uso do Solo .................92

ANEXO J PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Biodiversidade.......................................93

ANEXO K PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Desconstrução do Edifício [D]......................................................................94

ANEXO L - Categorias e critérios de avaliação da sustentabilidade e tipologias dos edifícios abordados pelo GSAS ..................................................................................................................................................95

ANEXO M Descrição da nova medida ambiental a ser acrescentada ao Manual de Ecodesenho ..........96

ANEXO N Propostas de sustentabilidade (Sustainability Proposals)...................................................101

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XV

Índice de figuras

Figura 1 - Escritório de ah asociados em Pamplona, Espanha................................................................................................................ 4

Figura 2 - Corte transversal do escritório de ah asociados em Pamplona ........................................................................................ 5

Figura 3 - Rótulo de Ecodesenho obtido após uma auditoria satisfatória realizada pela AENOR............................................ 9

Figura 4 - Desenhos esquemáticos de superfícies envidraçadas............................................................................................................. 12

Figura 5 - Desenhos esquemáticos de uma Parede de Trombe................................................................................................................ 12

Figura 6 - Desenhos esquemáticos de uma Parede de Água...................................................................................................................... 12

Figura 7 - Desenhos esquemáticos de um espaço envidraçado................................................................................................................ 13

Figura 8 - Desenhos esquemáticos de uma dupla fachada de vidro e o princípio de funcionamento de uma Parede de Trombe........................................................................................................................ .......................................................................... 13

Figura 9 - Desenho esquemático de um espaço envidraçado com um componente ativo............................................................ 13

Figura 10 - Desenhos esquemáticos de uma lagoa de gelo radiativa........................................................................................................ 14

Figura 11 - Desenhos esquemáticos do sistema Skytherm Cobertura Úmida................................................................................... 14

Figura 12 - Desenhos esquemáticos: Pátio interno e de um sistema Cool Pool................................................................................ 14

Figura 13 - Desenhos esquemáticos: efeito das dimensões das aberturas em paredes opostas.................................................. 16

Figura 14 - Princípio de funcionamento de um sistema de ventilação com aspirador estático e desenho esquemático de um aspirador estático de seção quadrada............................................................................................ ................................. 16

Figura 15 - Exemplo de uma Torre de Vento e esquema das divisórias verticais internas............................................................ 16

Figura 16 - Desenhos esquemáticos: princípio de funcionamento de uma torre de vento............................................................. 17

Figura 17 - Relação entre o edificado e o meio circundante......................................................................................................................... 19

Figura 18 - Relação entre as Normas Internacionais ISO 14001, ISO 9001, ISO/TR 14062, IEC 62430 e ISO 14006......... 20

Figura 19 - Imagem ilustrativa do projeto desenvolvido em Panamá e seu entorno........................................................................ 23

Figura 20 - Imagem ilustrativa do projeto da ONU em Panamá e seu entorno.................................................................................... 23

Figura 21 - Imagem ilustrativa do projeto desenvolvido em Panamá e seu entorno, referenciando algumas das medidas ambientais implementadas............................................................................................................................................. 24

Figura 22 - Imagem ilustrativa mostrando algumas propostas ambientais relacionadas com a sustentabilidade............. 33

Figura 23 - Perspetiva ilustrativa do projeto em desenvolvimento no Qatar....................................................................................... 34

Figura 24 - Parcela um: perspetiva ilustrativa das unidades residenciais e dos edifícios públicos do projeto Compound................................................................................................................................................................................................... 34

Figura 25 - Parcela dois: perspetiva ilustrativa das unidades residenciais para VIP do projeto Compound.......................... 35

Figura 26 - Residência com estilo contemporâneo na área VIP Parcela dois (Projeto no Qatar)............................................. 35

Figura 27 - Apartamentos Parcela um: edifício com aparência limpa e de fácil manutenção (Projeto no Qatar)................................................................................................. ........................................................................................................... 35

Figura 28 - Hotel St. Regis em Doha, Qatar..................................................................................................... ...................................................... 35

Figura 29 - Impactos em áreas ao norte e nordeste da África e ao sudoeste da Ásia e imagem aérea da região de Qatar.............................................................................................................................................................................................................. 36

Figura 30 - Formulação inicial do GSAS/QSAS................................................................................................................................................... 37

Figura 31 - Comparação entre os sistemas de avaliação LEED e GSAS.................................................................................................... 40

Figura 32 - Comparação entre os métodos de cálculo e pontuação mínima requeridos pelos sistemas LEED e GSAS........................................................................................................................................................................ ....................................... 40

Figura 33 - Exemplos de Rótulos de Certificação para produtos com critérios ambientais........................................................... 45

Figura 34 - Nível de Certificação das empresas especificadas na Lista de Materiais....................................................... .................. 46

Figura 35 - Porcentagem de empresas recomendadas para atuarem na execução do projeto em análise de acordo com a variante de serviço/produto oferecido.................................................................................. ........................................... 46

Figura 36 - Quantificação das empresas, associadas aos nove grupos pré-estabelecidos, que aplicam critérios ambientais na fabricação de seus produtos.................................................................................... ............................................. 47

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XVII

Lista de tabelas

Tabela 1 - Identificação dos aspetos ambientais em cada fase do ciclo de vida................................................................................ 6

Tabela 2 - Fragmento da tabela Datos del Proyecto referente a um projeto desenvolvido em Panamá.................................. 7

Tabela 3 - Fragmento da tabela Identificación y Evaluación de aspectos ambientales referente a um projeto desenvolvido em 8

Tabela 4 - Fragmento da tabela Seguimiento y Medición referente a um projeto desenvolvido em Panamá....................... 9

Tabela 5 - Objetivos da Política de Qualidade e Ecodesenho - Valores acumulados pela empresa ah em 2013 e 2012. 10

Tabela 6 - Objetivos da Política de Qualidade e Ecodesenho Valores objetivados pela empresa ah em 2014................. 10

Tabela 7 - Impactos ambientais dos edifícios.................................................................................................................................................. 18

Tabela 8 - Fragmento da Tabela PC.04.1.5 - Ecodesenho: Monitoração e Medição - Medidas ambientais implementadas no projeto desenvolvido em Panamá............................................................................................................. 25

Tabela 9 - Exemplo de uma categoria (Urban Connectivity) do GSAS e seus respetivos critérios de avaliação associados a cada tipologia de projeto....................................................................................... .................................................... 38

Tabela 10 - Peso de cada categoria do GSAS associado à respetiva tipologia de projeto...................................................... ........... 38

Tabela 11 - Níveis de certificação do GSAS associados à respetiva pontuação acumulada............................................................. 39

Tabela 12 - Medidas ambientais acrescentadas e posteriormente avaliadas pelo coordenador do projeto........................... 42

Tabela 13 - Soluções construtivas sugeridas a serem discutidas posteriormente entre o coordenador do projeto e o cliente...................................................................................................................... ...................................................................................... 43

Tabela 14 - Exemplo de duas categorias de materiais carpintaria para acabamentos interiores e revestimento cerâmico contidas na Lista resumida................................................................................................... ....................................... 44

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Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos

ah Alonso, Hernández (& asociados)

ACV Análise do Ciclo de Vida

AENOR Asociación Española de Normalización y Certificación

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method (Sistema de Certificação Britânico)

CASBEE Comprehensive Assessment System for Built Environment Efficiency (Sistema de Certificação Japonês)

CE Conformité Européenne (Conformidade Europeia)

CEEQUAL Civil Engineering Environmental Quality Assessment (Sistema de Certificação Britânico)

CEPAS Comprehensive Environmental Performance Assessment Scheme for Buildings (Sistema de Certificação Chinês)

CTE Código Técnico de la Edificación

C2C The Cradle to Cradle Certified Products Program (Certificação para produtos sustentáveis)

EN European Normalization (Associado ao Comité Europeu de Normalização)

FSC Forest Stewardship Council (Certificação para produtos orgânicos)

FHS Fluxo no Hemisfério Superior

GBGI Green Building Certification Institute

GORD Gulf Organization for Research and Development

GSAS Global Sustainability Assessment System (Sistema de Certificação Qatari)

IEC 62430 Desenho ecológico de produtos elétricos e eletrônicos

ISO International Organization for Standardization

ISO 9001 Sistema de Gestão de Qualidade

ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental

ISO 14006:2001 Sistema de Gestão Ambiental Diretrizes para incorporação do ecodesenho

ISO/TR 14062 Gestão Ambiental Integração dos aspetos ambientais no desenho e desenvolvimento de produtos

LED Lighting Emitting Diode

LEED Leadership in Energy and Environmental Design (Sistema de Certificação Americano)

NSF National Sanitation Foundation (International) (Certificação para produtos e serviços)

PEFC Programme for the Endorsement of Forest Certification (Certificação para produtos orgânicos)

QCS Qatar Construction Specifications

QSAS Qatar Sustainability Assessment System (Outra denominação para o GSAS - Sistema de Certificação Qatari)

RD 1890/2008 Real Decreto Reglamento de eficiencia energética en instalaciones de alumbrado exterior y sus instrucciones técnicas complementarias EA-01 a EA-07

SBTooL Sustainable Building Tool (Sistema de Certificação Internacional)

SGA Sistema de Gestão Ambiental

SGQ Sistema de Gestão de Qualidade

UNE Una Norma Española (Associada à AENOR, Espanha)

USGBC United States Green Building Council

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

1

Introdução 1.

1.1. Contextualização

No decorrer da história da Arquitetura e Urbanismo várias vertentes foram criadas no intuito de auxiliar o planeamento de um sistema urbano coerente e que atendesse às necessidades de uma população dada uma determinada época.

Nos últimos anos passamos pela época modernista na qual a casa era uma máquina de morar, a função era mais importante que a forma e o progresso das cidades era o líder. Em seguida, e mais recentemente, houve uma reavaliação destes valores e os pós-modernistas introduziram uma nova forma de pensar, resgatando o lado humano, trazendo à tona a memória das velhas casas com tijolos e janelas recortadas nas fachadas. A função e a forma dos edifícios eram importantes e a questão agora era integrá-los no meio, racionalizar os recursos e melhorar nossa qualidade de vida, tornando-nos

humanos outra vez.

Artendo em mente o desenvolvimento sustentável. E, neste contexto, impõe-se a questão: Como suprir as necessidades das gerações presentes sem comprometer o desenvolvimento das gerações futuras ?

Uma nova visão é incorporada à realidade e paralelo ao conceito de Novo Urbanismo surge o Urbanismo Sustentável, visando contribuir para o bem estar social de forma a não prejudicar a capacidade de regeneração dos recursos naturais a longo prazo. Conservar a cultura atual, mas em contrapartida apresentar tendências de ações alternativas que irão minimizar os impactos causados ao meio ambiente em consequência da energia incorporada nas construções.

O Urbanismo Sustentável baseia-se nos ideais do Novo Urbanismo, do Crescimento Inteligente (Smart Growth) e do Edifício Verde (Green Building), visando o Desenvolvimento Sustentável. Estes conceitos são atingíveis e operacionalizáveis, desde que em sua implementação sejam integradas as três componentes da sustentabilidade: social, ambiental e económica mais a cultural (a quarta componente) quando referido a um sistema de sustentabilidade.

Ao longo dos anos, muitos esforços têm sido empreendidos para definir os princípios do Desenvolvimento Sustentável, porém estes conceitos ainda não estão implantados dentro dos valores da sociedade, considerando todo o avanço tecnológico atual.

Quite often, when people think of green building, what comes to mind is the use of recycled-content building materials - insulation made from recycled newspaper, floor tiles made out of ground-up light bulbs, and so forth. Materials are indeed an important component of green construction, but this way of building goes much further (1 p. 2).

As cidades são um coquetel de impactos que geram uma enorme quantidade de resíduos e que, por sua vez, aumenta mais e mais à medida que a densidade populacional também aumenta progressivamente.

ão entre o ambiente construído e a envolvente onde está implantado. Considera que os edifícios não representam apenas uma combinação de uso e tecnologia, como também de biologia e forma. Deste modo, é definitivamente um paradigma da arquitetura que irá finalmente reconciliar o habitat humano e a natureza. Mas, para tanto, é necessário ter certeza a respeito da percepção ambiental do cliente relacionada à eficiência energética, reciclagem e biodiversidade, caso contrário, o edifício não vai atingir o comportamento esperado devido à atividade do utilizador ou, mais especificamente, ao modo com que os mesmos tentam adaptar o ambiente interior para satisfazer as suas próprias necessidades.

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Diana Cristina Nogueira Campos

2

Algumas pessoas estão dispostas a investir em novas tecnologias ecológicas, cujos benefícios devem ser notados agora e no futuro. Dito isto, e tendo em consideração que a vida útil de um edifício é elevada, resulta evidente que é necessário pensar além, mantendo o equilíbrio entre o capital investido e o valor dos ativos fixos a longo prazo. As pessoas querem pagar mais por um serviço de boa qualidade, não o contrário.

O desafio enfrentado pelos projetistas é o de como utilizar a tecnologia e como ajudar a indústria da construção a desenvolver novas técnicas sustentáveis. Se esta nova abordagem ecológica não mudar o espaço social e a forma da cidade, terá falhado na sua missão de se tornar a tendência predominante e a ecoarquitetura corre o risco de se transformar em ecotecnologia - dependendo exclusivamente da tecnologia (2).

O ecodesenho pode ser entendido como um processo integrado no desenho e desenvolvimento, a fim de reduzir os impactos ambientais e melhorar, de forma contínua, o desempenho ambiental dos produtos, através de seu ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima até o fim de sua vida útil (3).

Neste contexto, é de grande relevância que as empresas integrem um sistema de gestão ambiental e/ou de qualidade, com o objetivo de auxiliar e orientar o processo, considerando o fato de que o ecodesenho é compatível com os conhecimentos abordados por estes dois sistemas (como exposto no subcapítulo 3.3.). Consequentemente, no processo do ecodesenho, as empresas devem ter o conhecimento para desenvolvê-lo e geri-lo.

1.2. Objetivo

A fim de integrar os conceitos da Sustentabilidade, aplicar o conhecimento teórico e as competências práticas adquiridas ao longo da frequência da parte curricular do curso e estimular o contato com uma empresa, permitindo uma inserção profissional enriquecedora através da experiência a ser adquirida neste setor, optou-se por realizar um estágio, com duração de quatro meses, em uma empresa de arquitetura que abordasse os conceitos do ecodesenho.

A ah asociados¦Pamplona é uma empresa de arquitetura que possui implementado um Sistema de Gestão de Qualidade através da norma ISO 9001, bem como, um Sistema de Ecodesenho através da norma UNE-EN-ISO 14006, estando, atualmente, certificada pela AENOR Associação Espanhola de Normalização e Certificação. Desta forma, a ah asociados¦Pamplona, juntamente com o Programa Erasmus Estágio, tornaram a realização do estágio possível.

O objetivo deste programa de estágio em questão é desenvolver atividades no campo da Arquitetura, de modo a adquirir novos conhecimentos a respeito de sistemas, tecnologias, técnicas e métodos construtivos aplicados em determinadas regiões e que estejam relacionados com a Sustentabilidade. Estas atividades serão realizadas a partir de uma integração participativa e colaborativa, através de discussões e reuniões em conjunto com a equipa de projeto, bem como através da investigação científica a respeito de novas soluções e tecnologias sustentáveis conectadas aos projetos arquitetônicos desenvolvidos pela empresa.

Segundo a Universidade do Minho (4), o objetivo de um relatório de estágio é registar informações a respeito de uma situação decorrente através de uma análise mais ou menos aprofundada, expondo técnicas aplicadas na investigação e divulgando propostas e conclusões resultantes do estudo realizado.

Portanto, o objetivo deste presente relatório de estágio é relatar todas as atividades realizadas na empresa ah asociados, no âmbito do Programa Erasmus Estágio, durante os meses de fevereiro a junho do presente ano, e a estrutura do mesmo está descrita no subcapítulo 1.3. a seguir.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

3

1.3. Estrutura do Relatório

No Capítulo Dois será feita uma apresentação da empresa na qual o estágio foi realizado, descrevendo sua relação com a sustentabilidade e o sistema utilizado no desenvolvimento de seus projetos, bem como sua política de qualidade e ecodesenho. No seguimento, o Capítulo Três fará uma breve explanação a respeito do referencial teórico que serviu de embasamento para a elaboração do presente relatório, almejando que seu conteúdo contribua para uma melhor compreensão do mesmo. Assim, serão abordados alguns conceitos relativos à Arquitetura Passiva e Arquitetura Ecológica (e o Ecodesenho), como também os fundamentos da Norma UNE-EN-ISO 14006:2011, bastante referenciada no decorrer do trabalho.

Para uma melhor compreensão e familiarização com os princípios do Ecodesenho, o Capítulo Quatro apresentará um projeto desenvolvido pela empresa ah, descrevendo todas as medidas ambientais sustentáveis implementadas no mesmo e a sua relação com o sistema internacional de certificação LEED, concluindo com uma breve análise crítica a respeito do projeto e da colaboração empreendida no âmbito do estágio realizado.

O Capítulo Cinco consiste na base deste relatório: descrição dos resultados provenientes das investigações científicas realizadas no decorrer dos quatro meses de estágio, tendo como referência um projeto de urbanização que será implementado em Qatar Médio Oriente. Abordando-se, assim, questões relacionadas com as medidas ambientais propostas para o projeto, a utilização de um sistema de certificação direcionado para o Qatar, a relação e comparação entre dois métodos de avaliação da sustentabilidade (GSAS e LEED) e a viabilidade da utilização de materiais sustentáveis em detrimento dos especificados na Lista de Especificações de Materiais durante a fase de desenvolvimento do projeto. Em seguida, e de forma similar ao Capítulo Quatro, será feita uma análise crítica da participação, apontando as principais contribuições, tanto para o projeto em desenvolvimento no Qatar, como para o próprio escritório da ahasociados|Pamplona.

De forma a realizar uma sinopse das investigações realizadas, bem como efetuar uma análise a respeito do tema do presente relatório, o Capítulo Seis abordará uma breve descrição a respeito do trabalho desenvolvido, apresentando algumas conclusões gerais e específicas, bem como, expondo brevemente alguns aspeecodesenho tanto para a indústria da Construção Civil, como para o meio ambiente em si. E, em seguida, será feita uma abordagem relativamente à possibilidade de futuras investigações científicas relacionadas ao conteúdo exposto neste relatório de estágio.

Para facilitar o acesso às fontes que serviram de apoio e que complementaram o desenvolvimento deste relatório, o Capítulo Sete expõe, de acordo com as Normas Portuguesas NP 405, uma lista com todas as referências bibliográficas que foram utilizadas, desde livros acadêmicos até documentos de posse do escritório ah.

Por fim, nos Apêndices e Anexos, estão contidos os documentos referentes à investigação científica realizada, e desenvolvidos durante o programa de estágio, que servirão de base para uma melhor compreensão do exposto ao longo dos capítulos citados anteriormente.

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4

Descrição da Empresa 2.

Alonso, Hernández & asociados (ah asociados) é uma empresa espanhola de arquitetura, fundada em 1989, e que possui, atualmente, escritórios consolidados em Pamplona, Bilbao, Barcelona e Qatar (Médio Oriente).

Através da longa experiência em programas habitacionais, instalações públicas e urbanização de áreas comprometidas, o objetivo inicial é de fornecer planeamento, desenho, projeto, liderança e gestão de obras dos edifícios.

Atualmente, a ah possui uma grande equipa, especializada em diversas áreas projeto de habitações coletivas; instalações culturais, de saúde e de desporto; reabilitação e restauração; especificações técnicas; medições e orçamentos; gestão de projeto e obras tendo alargado a sua área de abrangência, através da participação em programas, fóruns e projetos internacionais associados a organizações regionais, nacionais e internacionais, tais como a Câmara do Comércio, ICEX (Exportação e Investimento da Espanha), Banco Mundial, Banco Asiático de Desenvolvimento, Organizações das Nações Unidas (ONU), entre outros.

Seus projetos ganharam inúmeros prêmios em concursos nacionais e internacionais e têm sido amplamente divulgados em exibições, bienais e publicações arquitetónicas, sendo os membros integrantes da equipa constantemente convidados para ministrar palestras em Universidades, Escolas de Arquitetura e Faculdades de Arquitetura (5).

2.1. ah asociados|Pamplona

O escritório (Figura 1) está localizado em Pamplona, Navarra, e consiste em um projeto de reabilitação de uma antiga serraria.

Figura 1 Escritório de ah asociados em Pamplona, Espanha (6).

O grupo ah possui uma organização estável, baseada na colaboração interdisciplinar e da equipa, de modo a obter resultados adaptáveis a cada cliente. A equipa é constituída, maioritariamente, por arquitetos e cada um é responsável por uma área específica: ecodesenho, pesquisa, desenvolvimento técnico, informática, inovação, gestão de qualidade, consultoria, urbanismo, etc.

O escritório é gerido por dois arquitetos renomados de Pamplona (7):

Miguel Alonso del Val Arquiteto Doutorado, Professor e sócio fundador de ah asociados;

Rufino Hernadez Minguillón - Arquiteto Doutorado, Professor, sócio fundador de ah asociados e coorientador deste relatório de estágio.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

5

2.2. ah asociados|Pamplona e a Sustentabilidade

ah asociados ha mostrado siempre especial preocupación por la mejora de la calidad de la arquitectura y su entorno, social y medioambiental, así como por la innovación edificatoria, el consumo eficiente de la energía y la sostenibilidad edificatoria (8).

No primeiro contato com o cliente, o ah procura sugerir uma abordagem sustentável ao projeto a ser desenvolvido, que poderá ser alcançada mediante a percepção ambiental do cliente. Entretanto, independentemente das medidas ambientais consentidas pelo dono da obra, há sempre uma preocupação em aplicar as boas práticas de projeto, como ventilação e iluminação naturais, correta orientação do edifício, isolamento térmico das fachadas e coberturas, etc.

E, como exemplo, pode-se mencionar o próprio escritório da empresa que foi concebido segundo os conceitos das boas práticas: reabilitação de um edifício antigo (mantendo a estrutura original e alguns acabamentos existentes), isolamento térmico dos pavimentos e cobertura, aplicação de fachada e cobertura ventiladas, iluminação natural, envidraçados com vidro duplo e caixa-de-ar, brises soleilnas fachadas, entre outros, como mostrado na figura 2 a seguir.

Figura 2 Corte transversal do escritório de ah asociados em Pamplona (9).

Visando aprimorar a imagem da empresa e a qualidade de seus projetos, a ah

associados|Pamplona implementou um Sistema de Gestão de Qualidade através da norma ISO 9001 e está certificada pela AENOR (ver Anexo A-). Embora não tendo implantado um sistema de gestão ambiental, a empresa emprega todos os conceitos presentes na norma UNE-EN-ISO 14006 (Sistema de Gestão Ambiental Diretrizes para a incorporação do Ecodesenho), de modo a direcioná-los para a obtenção da Certificação em Ecodesenho nos seus projetos.

Portanto, para garantir a sustentabilidade de seus projetos, foi desenvolvido pela empresa um Manual de Ecodesenho (descrito no subsubcapítulo 2.2.1. a seguir), baseado em Normas, Manuais e Sistemas de Gestão e de Certificação existentes, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais, orientando para a Análise do Ciclo de Vida (ACV), sistematizando a melhoria e favorecendo a distinção da empresa, obtendo vantagens competitivas, que são elementos essenciais para o sucesso a longo prazo.

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6

2.2.1. O Manual de Ecodesenho (10)

A fim de integrar o processo de ecodesenho no Sistema de Gestão de Qualidade da empresa, os Procedimentos, Protocolos e Registros existentes referentes ao desenvolvimento de projetos foram modificados, e, além disso, novos documentos foram criados neste contexto, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais, de modo a garantir a Certificação em Ecodesenho e obter um Controle Operacional:

1) PC.04.3.2 ntificação e Avaliação dos Aspe

A metodologia utilizada para identificar e avaliar os aspetos ambientais consiste, basicamente, em duas fases:

Identificação dos aspetos ambientais em cada fase do ciclo de vida (conforme Tabela 1) - para cada uma das quatro fases da ACV:

1- Extração e Fabricação dos produtos utilizados [F] (inclui-se o processo de transporte); 2- Execução do Edifício [E] (aplicação em obra dos produtos utilizados); 3- Uso e Manutenção do Edifício Construído [U]; 4- Desconstrução do Edifício [D].

Tabela 1 Identificação dos aspetos ambientais em cada fase do ciclo de vida de um edifício (A partir de 10).

Avaliação dos aspetos ambientais através da definição do nível de significância, que segue dois critérios:

- Magnitude critério de caráter quantitativo e que dependerá, principalmente, da dimensão da obra a ser realizada e da porcentagem de ocupação do empreendimento, da quantidade de materiais necessários e os tipos de trabalhos a serem desenvolvidos para sua construção, da quantidade de resíduos gerados, entre outros fatores presentes no Manual de Ecodesenho desenvolvido pela empresa;

FEXTRAÇÃO E FABRICAÇÃO DE PRODUTOS UTILIZADOS

Consumo de matérias primas

Consumo de energia

E

EXECUÇÃO DO EDIFÍCIO

Consumo de energia

Consumo de água

Emissões Atmosféricas

Geração de resíduos

Emissão de ruídos

U

USO E MANUTENÇÃO DO EDICÍCIO CONSTRUÍDO

Consumo de energia

Consumo de água

Emissões atmosféricas

Geração de resíduos

Descarga de água

Emissão de ruídos

Impacto visual

Uso do solo

Biodiversidade

D

DESCONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO

Consumo de energia

Geração de resíduos

Emissão de ruídos

Emissões atmosféricas

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

7

- Criticidade (toxicidade, gravidade ou perigosidade) critério de caráter , definido em função da zona pluviométrica, das condições do vento (nível de exposição), da localização do edifício, dos tipos de materiais selecionados, do rendimento das instalações, da tipologia do edifício, entre outros fatores, também presentes no referido Manual.

Para cada aspeto ambiental identificado, estes dois critérios devem ser avaliados com referência às circunstâncias específicas dos impactos ambientais associados. A pontuação de cada critério será entre um e cinco pontos.

Da pontuação obtida para Magnitude (M) e Criticidade (C), obtém-se a significância de cada aspeto ambiental, através do produto de ambos: S = M x C.

Desta forma, primeiramente é preenchida a tabela PC.04.3.1 Ecodiseño: Datos del Proyecto(marcação com na Tabela 2. Em seguida, através dos recusros disponíveis no programa Excel, uma segunda tabela(PC.04.3.2 Identificación y Evaluación de aspectos ambientales) é automaticamente preenchida,mediante os dados fornecidos na tabela anterior. Estes dados são associados aos seus respetivos valores de Magnitude e Criticidade e, desta forma, obtêm-se os resultados finais de Significância de cada aspeto ambiental, referente a cada fase de análise do ciclo de vida do edifício, exemplificado na Tabela 3.

Se S 10, o aspeto ambiental é considerado significativo e, portanto, deverão estabelecer-se objetivos para minimizar seu impacto. Entretanto, se S <10, o aspeto ambiental analisado não é considerado significativo, logo não é necessário estabelecer objetivos de melhoria imediatos, porém, estes podem ser sugeridos voluntariamente mediante a decisão da direção do estúdio e/ou do cliente.

Tabela 2 Fragmento da tabela Datos del Proyecto referente a um projeto desenvolvido em Panamá (11).

REFERENCIA:

PROYECTO:

SITUACIÓN:CLIENTE:

MARCAR X

x

x

x

x

x

x

W1105

HUB REGIONAL DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LATINOAMERICA Y EL CARIBE

PANAMÁUNITED NATION OFFICE FOR PROJECT SERVICES

DATOS GENERALES

TIPO DE OBRAMagnitud: E.5 /

Rehabilitación o reforma

Obra nueva

USO DEL EDIFICIO(marca en rojo opciones posteriores)

Oficinas

Dotacional

Vivienda

Industrial

ACTIVIDAD REALIZADA EN EL EDIFICIOMagnitud: U.6 /

Actividad servicios o residencial

Actividad comercial

Actividades deportivo-recreativas y de ocio en espacios cerrados

Actividad industrial

Actividades deportivo recreativas en espacios abiertos

CARACTERÍSTICAS AMBIENTALES DEL SUELOCriticidad: U.8

Suelo ocupado previamente y clasificado como suelo contaminado

Suelo ocupado previamente por un inmueble pero NO clasificado como suelo contaminadoSuelos libres no costeros ni de alto valor ambiental,

Suelos libres de alto valor ambiental: zonas llanas y zonas costeras (distancia < 3km)

Suelo libres perteneciente al primer kilómetro de costa

USO DE LA ZONA DONDE SE UBICACriticidad: E.5 / U.6 / D.3

Sectores de territorio con predominio de suelo industrial

Sectores de territorio con predominio de suelo terciario

Sectores de territorio con predominio de suelo residencial

Sectores de territorio con predominio de suelo de uso sanitario, docente y cultural que requiera especial protección contra la contaminación acústicaEspacios naturales que requieran una especial protección contra la contaminación acústica

CALIFICACIÓN SUELO Y PERFIL URBANOCriticidad: U.7

Suelo urbanizado calificación uso industrial

Suelo urbanizado otras calificaciones, sin impacto en perfil urbano

Suelo urbanizado otras calificaciones, con impacto en perfil urbano

Espacio natural protegido, sin impacto en perfil urbano

Espacio natural protegido, con impacto en perfil urbano

PC.04.3.1R00 ECODISEÑO: DATOS DEL PROYECTO

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Tabela 3 Fragmento da tabela Identificación y Evaluación de aspetos ambientales, preenchida automaticamente através do programa Excel mediante os dados fornecidos na tabela Datos del Proyecto, e na qual são obtidos os resultados finais de Significância de cada aspeto ambiental (11).

2)

Uma vez identificados os aspetos ambientais significativos, deve-se preencher dois documentos. O primeiro, i Requisito contém dados do cliente, dados e localização da obra, dados gerais do projeto (tipologia, áreas e custos totais), valores normativos de urbanização, características normativas de edificação, informações complementares, identificação de serviços a serem terceirizados, prazos de entrega dos planos de trabalho e, por fim, outros requisitos adicionais fixados pela ah ou por outro interveniente da obra. O segundo documento, denominado PC.03.1.4 - Propuesta de Medidas Ambientales , lista todas as medidas propostas pela equipa de projeto, segundo os resultados de Significância obtidos, para que o cliente possa, então, aceitá-las ou rejeitá-las (Anexo B-).

3) PC

Para a definição dos objetivos ambientais, muitas medidas ambientais foram recolhidas (entre 2008 e 2013), num total de 84 medidas (ver Anexo C-), a fim de diminuir o impacto ambiental dos aspetos ambientais avaliados como significativos.

4) PC.04.1.5

Através deste documento é possível analisar as medidas a serem aplicadas, assim como seu desenvolvimento e controle (Seguimiento y Medición) (ver Tabela 4).

5) Memória anexa ao projeto de execução: Medidas de ecodesenho implementadas no projeto:

Neste documento deverão ser explicados, para cada uma das quatro fases do ciclo de vida, os aspetos ambientais que foram identificados e as medidas ambientais adotadas.

6) Documentos de recomendações para os agentes envolvidos na obra:

Contém as recomendações e condições que fabricantes, construtores, utilizadores e intervenientes devem ter em consideração no processo de desconstrução do edifício.

O procedimento é aplicável a qualquer projeto do ah, descrevendo as ações que devem ser tomadas a fim de identificar e avaliar os aspetos ambientais de cada projeto através da determinação dos aspetos ambientais significativos. Esta determinação é feita pela Direção, juntamente com o coordenador do projeto, através da seleção, de acordo com o cliente, das medidas ambientais convenientes que devem ser introduzidas em cada projeto, e estabelece a melhoria dos objetivos ambientais.

F

1 1 x 0 1

2 2 0 0

3 3 0 0

4 4 0 0

5 x 5 5 0

1 1 0 0

2 20 0

3 3 x0 3

4 40 0

5 x 5 5 0

PC.04.3.2R01 IDENTIFICACIÓN Y EVALUACIÓN DE ASPECTOS AMBIENTALES

FASE

F.1

F.2

CRITERIO

SI

NO

Consumo de energía

Reabilitación/reformas>= 2.000m2,Obra nueva <2.000 m2

Albañileria seca- Fachada industrializada

Obra nueva 2.000 m2- 10.000m2

Reabilitación/reformas<= 2.000m2 Fachada tradicional-estructura de hormigón o fábricas

15

Obra nueva 10.000 m2- 15.000m2

Obra nueva>= 15.000m2

SIGNIFICANCIAM*C SI/NO

Seleccionar la opción que corresponda marcando con una X Seleccionar la opción que corresponda marcando con una X

Estas columnas se

cumplimetan de forma

automática

CRITERIO MMAGNITUD CRITICIDAD

CASPECTO AMBIENTAL

Extracción y Fabricación de productos utilizados

Consumo de materias primas

5

Albañileria seca- Fachada mixta

Albañileria seca- fachada tradicional/ Albañileria tradicional- Fachada industrializada

Albañileria tradicional- Fachada mixta

Albañileria tradicional- Fachada tradicional

Reabilitación/reformas>= 2.000m2,Obra nueva <2.000 m2

Obra nueva 2.000 m2- 10.000m2

Reabilitación/reformas<= 2.000m2

Obra nueva 10.000 m2- 15.000m2

Obra nueva>= 15.000m2

Fachada industrializada metálica- Estructura de hormigón o fábricas/ Fachada tradicional- Estructura madera tratada

Fachada indus. Mat. Pétreos o similares-Estructura de hormigón o fabricas/ Fachada indus. metálica- Estructura madera tratada/

Fachada tradicional- Estructura metálica

Fachada indus. Mat. Pétreos o similares-Estructura madera tratada/Fachada indus. metálica- Estructura metálica

Fachada indus. Mat. Pétreos o similares- Estructura metálica

REFERENCIA:PROYECTO:SITUACIÓN:CLIENTE:

W1105HUB REGIONAL DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LATINOAMERICA Y EL CARIBE

PANAMÁUNITED NATION OFFICE FOR PROJECT SERVICES

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

9

Tabela 4 Fragmento da tabela Seguimiento y Medición referente a um projeto desenvolvido em Panamá (11).

2.2.2. O Rótulo de Ecodesenho

Ter o Certificado em Ecodesenho indica que a organização trabalha com um sistema que permite identificar, controlar e melhorar os aspetos ambientais de seus produtos e assegura que o produto (projeto) foi ecodesenhado e, portanto, incorpora melhorias que reduzem o seu impacto no meio ambiente.

Deste modo, para obter um Rótulo de Ecodesenho (Figura 3) em um projeto, há duas condições que devem ser cumpridas:

1) Pelo menos uma medida de ecodesenho deve ter sido aplicada em cada fase: Extração e Fabricação dos produtos utilizados; Execução do Edifício; Uso e Manutenção do Edifício construído; Desconstrução do Edifício. Bem como, os objetivos estabelecidos devem ter sido cumpridos;

2) O projeto deve ter sido satisfatoriamente auditado pela AENOR ou por outra entidade de Ecodesenho reconhecida.

Figura 3 Rótulo de Ecodesenho obtido após uma auditoria satisfatória realizada pela AENOR (10).

Após o cumprimento destas duas condições, de acordo com a AENOR Associação Espanhola de Normalização e Certificação, o projeto será incluído no Anexo de Certificação de Ecodesenho e, em seguida, terá permissão para utilizar este Rótulo, provando que o projeto é certificado em ecodesenho,

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10

e, desta forma, poderá usufruir dos benefícios do mesmo melhor posicionamento ante os competidores, incentivo e acesso a novos mercados mais exigentes e melhoria da imagem do produto e da empresa como um todo.

2.3. ah asociados|Pamplona e a Política de Qualidade e Ecodesenho

Como foi mencionado anteriormente, o ah estabeleceu um Sistema de Gestão de Qualidade através da Norma ISO 9001. Desta forma, a fim de permanecer alerta às necessidades e expectativas dos clientes, bem como aos requisitos legais e regulamentares, o departamento de gestão estabeleceu os seguintes objetivos da Política de Qualidade e Ecodesenho:

- Aperfeiçoar a fiabilidade para um, três e dez anos;

- Aprimorar a satisfação do cliente externo/interno;

- Cumprir prazos;

- Ter acesso a mercados/clientes mais exigentes;

- Reduzir os custos de não qualidade devido às repetições de trabalhos;

- Desenvolver um Sistema de Gestão de Qualidade e Ecodesenho específico e adequado às necessidades da empresa, dando especial relevância ao sistema de gestão empregado pelos fornecedores no desenvolvimento de seus produtos.

- Garantir aos funcionários da empresa um nível de participação, formação, motivação e os meios técnicos necessários para a eficiente realização de suas atividades;

- Propor aos clientes, e melhorar, a aplicação de critérios de ecodesenho e desenvolvimento de projetos;

- Compromisso de cumprir com a Legislação e Regulamentação ambiental aplicável a seus produtos, bem como outros requisitos que a organização subscreva.

Deste modo, os valores acumulados nos anos de 2013 e 2012, bem como os valores definidos como objetivos para o ano de 2014 são mostrados nas tabelas 5 e 6 a seguir:

Tabela 5 Objetivos da Política de Qualidade e Ecodesenho - Valores acumulados pela empresa ah em 2013 e 2012, respectivamente.

Tabela 6 Objetivos da Política de Qualidade e Ecodesenho Valores objetivados pela empresa ah em 2014.

Estes valores refletem o quanto a empresa se preocupa com a satisfação tanto de clientes como de funcionários e, ainda, com a sustentabilidade, tentando inovar a cada ano como uma estratégia para melhorar a qualidade dos projetos e participar na mudança do modo de projetar.

OBJETIVOS VALOR VALOR ACUMULADO 2013 VALOR ACUMULADO 2012

Reduzir o número de reclamações dos clientes 0.35 0.04 0.37

Aumentar satisfação dos clientes externos 8.25 8.14 8.21

Aumentar satisfação dos clientes internos 7.30 6.63 7.26

Melhorar a sistemática de Ecodesenho Três fichas Duas fichas Três fichas

Inovação 90% 100% 100%

OBJETIVO - 2014 VALOR

Reduzir o número de reclamações dos clientes 0.18 (reclamações por contrato)

Aumentar satisfação dos clientes externos 8.25

Aumentar satisfação dos clientes internos 7.00

Melhorar a sistemática de Ecodesenho Duas fichas de medidas ambientais modificadas ou novas

Inovação 90% (dos projetos por ano)

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

11

Referencial Teórico 3.

Atualmente, quando nos referimos à arquitetura, este substantivo sempre vem acompanhado de um adjetivo: arquitetura passiva, arquitetura ecológica, arquitetura verde, arquitetura sustentável, arquitetura biológica, entre outros.

Alguns destes termos, muito frequentemente utilizados como sinônimos, apresentam algumas pequenas características específicas que os diferenciam na maneira como são abordados.

Entretanto, de modo a obter um sistema sustentável eficiente, as questões não podem ser abordadas isoladamente, ou seja, todos estes termos/conceitos devem ser agrupados e integrados em uma única intervenção, sempre que seja possível sua implementação, e justamente por isso são considerados sinônimos, pois há uma correlação entre eles, uma vez que apresentam como características de funcionamento a relação entre o ambiente edificado e o meio.

Na concepção deste relatório, alguns termos, conceitos e normas foram utilizados para exemplificar, descrever e identificar métodos e processos abordados nos projetos analisados. Desta forma, será feita uma breve abordagem a respeito do referencial teórico que serviu de base para uma melhor compreensão das medidas difundidas e amplamente empregadas pela ah.

3.1. Arquitetura Passiva

A forma geral de uma edificação autóctone resulta da sua relação com o entorno, a fim de obter um equilíbrio climático.

A tipologia construtiva se define mais pelas zonas climáticas que pelas fronteiras territoriais, desta forma, não é casualidade que grupos de diferentes crenças e culturas tenham estabelecido características regionais básicas e soluções similares, com estruturas que reduzem as tensões desnecessárias através do aproveitamento dos recursos naturais que favorecem o conforto humano (12).

Portanto, o termo arquitetura passiva remete a uma preferência em utilizar (imitar) estas antigas soluções construtivas utilizadas durante milénios pela espécie humana. Neste contexto, de acordo com Moore (13) e segundo o Manual de Ecodesenho (10), dentre os sistemas mais difundidos de

condições térmicas ambientais pode-se citar os seguintes elementos:

3.1.1. Elementos de arquitetura passiva para os ganhos energéticos

São elementos arquitetónicos projetados com o objetivo de obterem o máximo aproveitamento dos ganhos energéticos, seja de forma direta e/ou indireta, e caracterizam-se, principalmente, pelo fato de que a transferência de calor, ou seja, as trocas de energia térmica entre as superfícies e o meio se realizam por meios naturais: radiação, condução, convecção.

Aquecimento Solar Passivo:

Superfícies envidraçadas (ganhos diretos):

Janelas orientadas a Sul que admitem a insolação de inverno diretamente para o espaço ocupado (ver Figura 4). A radiação atinge paredes interiores de grande massa (geralmente piso de betão e paredes de alvenaria), é absorvida e em seguida convertida em calor, liberada. Portanto, neste tipo de sistema com ganhos diretos, a absorção, o armazenamento e a libertação de energia são feitos diretamente no compartimento útil a ser ocupado.

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12

Figura 4 Desenhos esquemáticos de superfícies envidraçadas: a presença de uma massa armazenadora interna e de elementos de sombreamento são vitais para a eficiência do sistema (A partir de 13).

Parede Térmica de Armazenamento (ganhos indiretos):

A massa térmica é posicionada entre o envidraçado e o espaço interior. Esta grande massa, da própria parede, serve para armazenar a energia solar e é, geralmente, construída de alvenaria sólida (Parede de Trombe) ou de contentores cheios de água (Paredes de Água). Nas figuras a seguir sãoapresentados, de forma esquemática, os princípios de funcionamento de uma Parede de Trombe (Figura 5) e de uma Parede de Água (Figura 6).

Figura 5 Desenhos esquemáticos de uma Parede de Trombe: durante os dias de verão a massa armazenadora deve ser sombreada e o envidraçado deve conter aberturas para garantir a circulação do ar (A partir de 13).

Figura 6 Desenhos esquemáticos de uma Parede de Água: durante o inverno, à noite, o aparato com superfície de alumínio é posto em vertical para evitar as perdas de calor por condução (A partir de 13).

Espaço Envidraçado (combinação de ganhos diretos e indiretos):

É um espaço de ganho direto no qual o calor é utilizado diretamente para manter uma temperatura em ambientes com funções secundárias (tais como espaços interiores ocasionais, hortas, jardins). Mas o objetivo principal deste espaço envidraçado, como um sistema de aquecimento solar, é fornecer calor para os quartos adjacentes. Pode ser por condução, através de uma parede de alvenaria, e por convecção natural, através de aberturas (portas, janelas ou aberturas especiais) na parede comum (ver Figura 7). Outros termos para esse tipo de energia solar passiva são: "solário", "átrio", "jardim de inverno" e "sala de sol".

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Figura 7 Desenhos esquemáticos de um espaço envidraçado: dispositivos para isolamento do envidraçado quase nunca são utilizados por serem difíceis de instalar e operar. Entretanto, durante o verão é essencial que a massa armazenadora seja sombreada e ventilada para evitar o sobreaquecimento (A partir de 13).

Dupla Fachada de Vidro (Fachada Ventilada):

Este tipo de elemento construtivo pertence ao mesmo tipo que a Parede de Trombe, já que se trata

de um elemento de envolvente duplo, composto por duas folhas de vidro separadas por um espaço intermédio, que geralmente se encontra ventilado, como exemplificado na figura oito.

Figura 8 Desenhos esquemáticos de uma dupla fachada de vidro (à esquerda) e o principio de funcionamento de uma Parede de Trombe (á direita), no inverno e verão, cujo conceito também se aplica à dupla fachada de vidro.

Sistema Híbrido:

É predominantemente um sistema passivo de aquecimento solar que utiliza um componente ativo, tal como um ventilador elétrico, para forçar que seja conduzido para o interior do edifício, como esquematizado na figura 9 a seguir.

Figura 9 Desenho esquemático de um espaço envidraçado com um componente ativo (ventilador).

É conveniente referir que todos estes elementos de aquecimento passivo, durante o verão, devem possuir sistemas (aberturas, ventanas superiores e inferiores) que permitam a ventilação fluir do interior para o exterior de modo a obter-se o efeito de arrefecimento, como também, conter elementos (marquises, persianas móveis) que permitam o sombreamento da massa armazenadora, de forma a evitar um sobreaquecimento indesejado.

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Refrigeração Passiva:

Ventilação:

A refrigeração do edifício depende da introdução de ar exterior, enquanto a refrigeração do ambiente pode ser realizada apenas pela circulação do ar interior (com um ventilador de teto, por exemplo).

Radiação:

É a transferência de calor de uma superfície mais quente para uma superfície circundante mais fria (ou um espaço exterior), e isto pode ser feito através de: Lagoas de gelo radiativas (Figura 10); Coberturas inundáveis (sistema Skytherm - Cobertura Húmida (Figura 11) e sistema Cool Pool), e Pátios internos (Figura 12).

Figura 10 Desenhos esquemáticos de uma lagoa de gelo radiativa. Em climas com variações bruscas de temperaturas, como Índia e Qatar, este sistema é muito eficaz (A partir de 13).

Figura 11 Desenhos esquemáticos do sistema Skytherm. Este sistema é mais eficaz em clima ameno.

Figura 12 Desenhos esquemáticos: Pátio interno (à esquerda) estratégia eficaz em climas quentes e áridos; e de um sistema Cool Pool (à direita) (A partir de 13).

Efeito da Massa:

Utiliza recursos de armazenamento térmico para alcançar arrefecimento de três maneiras: pelo amortecimento das oscilações diárias da temperatura interior ou pelo atraso nos extremos diários de temperatura (gradualmente absorvendo e liberando calor, através de construções condutoras massivas betão ou alvenaria); pela ventilação do edifício à noite; e pelo contato com a terra, para atingir armazenamento sazonal.

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3.1.2. Elementos de arquitetura passiva para a proteção solar

O sombreamento durante o verão dos elementos construídos, sejam eles internos (massas armazenadoras) ou externos (envidraçados, fachadas), é um fator de grande relevância e significância para que o edifício atinja um comportamento térmico desejável e adequado.

Este sombreamento pode ser obtido através da concepção arquitetônica (orientação apropriada dos vãos, forma e volumetria da construção, bem como sua posição relativamente a outras edificações do entorno); de elementos construtivos e acessórios, móveis ou fixos; ou, até mesmo, por meio de elementos naturais vegetação de folha caduca, por exemplo (14).

Dentre estes elementos construtivos e acessórios pra controle da insolação, pode-se citar (10):

Reticulados e Saliências: A profundidade e a distância destes elementos construtivos devem ser estudadas por meio de cartas solares, tendo em conta as diferentes alturas e azimutes do Sol durante todo o ano, bem como, devem ser dimensionados de forma que não haja perda excessiva da luz natural;

Persianas com lâminas orientáveis: Permitem um controle sobre a radiação solar incidente no ambiente interno, de acordo com as necessidades dos ocupantes;

Varandas ou aumento da espessura em fachadas orientadas a Sul e Oeste: A adição de varandas promove o sombreamento da parede comum dos ambientes internos adjacentes, como quartos e salas, por exemplo. Já o aumento da espessura das envolventes exteriores orientadas a Sul e Oeste, onde há uma concentração maior de energia em virtude do ângulo de incidência (quase perpendicular) dos raios solares, faz com que o calor seja absorvido e liberado gradualmente,mantendo a temperatura média interior quase inalterada.

Vidro de baixa emissividade: Elementos de baixa emissividade diminuem a radiação transferida para o ambiente, ou seja, aumenta a reflexão de calor e, consequentemente, aumenta a capacidade de isolamento térmico.

Eliminação e controle das pontes térmicas: O isolamento da envolvente exterior deve ser realizado de forma que não haja descontinuidade do isolante térmico em elementos estruturais heterogêneos ou nos vãos envidraçados, nomeadamente, nas caixas de estore, pois isto pode dar origem a eventuais pontes térmicas, zonas onde há um fluxo de calor indesejado, ou seja, que não estão isoladas termicamente. Portanto, durante a fase de construção, deve-se ter atenção a todos os detalhes de execução de modo a avaliar e eliminar qualquer possibilidade de pontes térmicas para garantir a eficiência do comportamento térmico do edifício.

Barreiras refletoras móveis nos vazados exteriores: Ao se estudar a inserção de cortinas, estores ou persianas a fim de reduzir a luminosidade excessiva, também deve-se ter em consideração, na eleição destes acessórios, a seleção de materiais com cores claras de modo a refletir a radiação solar.

3.1.3. Elementos de arquitetura passiva para aproveitamento da ventilação natural

O movimento do ar através de um edifício promove a substituição do ar quente e húmido, existente no interior deste, por ar fresco e seco, contribuindo, portanto, para uma renovação do ar e melhorando o conforto térmico dos ocupantes.

Dentre os elementos arquitetónicos que promovem diferença de pressão e, desta forma, favorecem a ventilação natural, pode-se citar:

Aberturas em paredes opostas (ventilação cruzada): A forma mais usual de criar movimento de ar é abrindo portas e janelas. Entretanto, a disposição e dimensionamento destas aberturas são fatores determinantes para se atingir uma ventilação adequada, mediante o objetivo pretendido.

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Portanto:

1. Se a Entrada de ar = Saída de ar: o objetivo é o arrefecimento do ambiente (Figura 13.1); 2. Se a Entrada de ar < Saída de ar: a prioridade é o arrefecimento dos usuários (velocidade

do ar interior máxima) - ver Figura 13.2; 3. Se a Entrada de ar > Saída de ar: o objetivo é arrefecer uma área exterior específica

(velocidade do ar interior mínima) - ver Figura 13.3.

Figura 13 Desenhos esquemáticos: efeito das dimensões das aberturas em paredes opostas (A partir de 13).

Aspiradores estáticos: São dispositivos, variáveis em forma e tamanho, instalados na cobertura que fazem com que o ar de renovação, introduzido no interior do edifício através de uma abertura inferior, seja aspirado ao exterior (Figura 14) por causa do efeito Venturi, pois o ar quente, menos denso, ao passar por este dispositivo de menor seção, provoca uma variação de pressão e, consequentemente, a velocidade do ar no interior do conduto aumenta, provocando, portanto, uma sucção do ar quente (14).

Figura 14 Princípio de funcionamento de um sistema de ventilação com aspirador estático (A partir de 14), à esquerda, e desenho esquemático de um Aspirador Estático de seção quadrada, à direita.

Torres de vento: Consiste numa torre, que se eleva além do nível da cobertura, com abertura em uma ou mais faces e com divisões verticais internas (Figura 15) que lhe permitem tanto coletar como extrair o ar (Figura 16). Em algumas concepções arquitetónicas é comum que a saída de ar, do canal de colheita, para o interior do edifício coincida com uma superfície com vegetação ou com água, tal como um pequeno lago ou uma fonte, de forma a arrefecer e humidificaredifício. Em seguida, o ar quente é expelido através do outro canal, que se encontra exposto às incidências solares. É um sistema muito indicado para países com climas quentes e com ventos frequentes e intensos (15).

Figura 15 Exemplo de uma Torre de Vento e esquema das divisórias verticais internas (A partir de 16).

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Figura 16 Desenhos esquemáticos: Princípio de funcionamento de uma torre de vento durante o dia (desenho à esquerda) e à noite (imagem ao centro). A adição de componentes ativos (ventiladores) na torre de vento (imagem à direita) contribui para um aumento do fluxo do ar.

3.1.4. Elementos de arquitetura passiva para aproveitamento da iluminação natural

O aproveitamento da luz natural, além de reduzir o consumo de energia elétrica, contribui para o bem estar dos ocupantes através do contato visual direto com o exterior. Entretanto, estes elementos e acessórios devem ser bem dimensionados e projetados adequadamente de forma a não comprometer a segurança e o conforto visual dos utilizadores para cada uma das atividades interiores. Dentre os elementos arquitetónicos que favorecem a incidência da luz natural no interior dos edifícios, pode-se citar (10):

Aberturas verticais: A disposição de aberturas verticais, em detrimento das horizontais, permite uma maior entrada de luz tanto no inverno, quando os raios solares são mais horizontais, como no verão (raios mais verticais), favorecendo, portanto, um aproveitamento energético e lumínico.

Reticulados e Saliências: A profundidade e a distância destes elementos construtivos devem ser estudadas por meio de cartas solares e devem ser dimensionados de forma que haja um melhor aproveitamento da luz natural, sem comprometer o conforto visual e a segurança dos ocupantes.

Recomenda-se a utilização de beirais e saliências horizontais fixas a Sul; e dispositivos com lâminas orientáveis a Oeste e Noroeste.

Persianas de lâminas orientáveis: Permitem um controle sobre a radiação solar incidente sem

perda excessiva da iluminação natural.

Barreiras refletoras móveis nos vazados exteriores: A inserção de cortinas, estores ou

persianas visam reduzir a luminosidade excessiva, bem como contribuir para a privacidade dos ocupantes.

Clarabóias: Elementos, transparentes ou translúcidos, implementados na cobertura com o

objetivo de promover a entrada e distribuição uniforme da luz natural no interior do edifício e, em algumas concepções arquitetónicas, também podem contribuir com a ventilação natural, através de aberturas.

Observa-se, portanto, que de um modo generalizado a arquitetura passiva visa a poupança do consumo energético, aumento do conforto dos utilizadores e, em parte, a redução de recursos não renováveis.

Entretanto, pode-se constatar, através de uma análise dos elementos mencionados, como também através da história da evolução da atividade humana, que a arquitetura não pode ser classificada por si só, uma vez que as atitudes de seus ocupantes são determinantes na definição do comportamento do edifício. Portanto, pode-se dizer que não existe arquitetura passiva ou ativa. Existem, sim, arquiteturas dinâmicas e estáticas, compactas e amplas, simples e complexas, caras e baratas, mas não somente passivas (17 p. 3).

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3.2. Arquitetura Ecológica (e o Ecodesenho)

Os edifícios provocam impactos significativos ao ambiente no qual estão inseridos, como mostrado

na tabela 7 a seguir:

Tabela 7 Impactos ambientais dos edifícios (A partir de 2).

Neste contexto, e de modo a determinar antecipadamente estes impactos (fluxo de materiais, energia e resíduos) gerados pelo edifício em toda sua vida útil, atualmente muitos estudos, pesquisas e investigações têm sido feitos na área da ecologia, nomeadamente, na Análise do Ciclo de Vida (ACV) dos materiais e produtos, estejam eles relacionados ou não à construção civil.

Desta forma, combinando a tecnologia e a ecologia, é possível projetar uma nova geração de edifícios que produzam um menor impacto ambiental em todas as vertentes e, neste sentido, a ecologia oferece um modelo acertado para os projetistas. O fundamental é alcançar um equilíbrio entre a poupança energética, a ecologia e o meio ambiente, evitando privilegiar um só aspeto em detrimento dos demais.

Baixo consumo de energia, menos materiais utilizados, maiores possibilidades de reciclagem e a forma de projetar em conjunto com a natureza surgem da necessidade humana de responder rapidamente às mudanças climáticas e isto é o que caracteriza a arquitetura ecológica, produzindo como resultado um edifício eficiente, elegante, equitativo e, claro, ecológico (2).

El edificio ecoeficiente que construiremos mañana se parecerá mucho al edificio que construimos ayer y es posible que incluso los que construyan en la siguiente generación tampoco resulten radicalmente diferentes; aunque su concepción y tecnología difieran profundamente de los que utilizamos en la actualidad (17).

3.2.1 Ecodesenho

Segundo a Norma UNE-EN-ISO 14006 (3), o ecodesenho consiste na integração dos aspetos ambientais no processo de desenho e desenvolvimento de um produto, seja ele um bem ou serviço, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais adversos ao longo de seu ciclo de vida. E, portanto, ainda segundo esta Norma, o ecodesenho pode ser designado também como: desenho ecológico, desenho para o meio ambiente, desenho verde, ou desenho ambientalmente sustentável.

A palavra Ecologia oíkos , que significa casa, logos ca estudo. Portanto, por analogia, pode-se dizer que a ecologia é o estudo da casa, ou, de uma forma mais científica e abrangente, a ciência que estuda as interações entre os organismos e o seu entorno, o meio ambiente. Desta forma, os arquitetos recorrem à ecologia para dar legitimidade e expressão a um projeto, integrando funcionalidade, tecnologia, biologia e forma, introduzindo a natureza nos edifícios e os edifícios na natureza.

La naturaleza utiliza patrones y órdenes que pueden aplicarse al proyecto arquitectónico. El proyecto ecológico es un intento de introducir estos sistemas en las ecuaciones lineales y funcionales que normalmente emplean los arquitectos. (2).

RECURSO IMPACTOS

Materiais 60% de todos os recursos naturais se destinam à construção

Energia50% da energia gerada é utilizada para aquecimento,

ventilação e iluminação dos edifícios

Água50% da água utilizada no mundo é destinada às instalações

sanitárias e outros

Terra80% da terra cultivável é utilizada pela indústria da construção,

ao invés de ser utilizada na agricultura

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Portanto, o desenho ecológico, ou o ecodesign, se preocupa com a relação entre o edificado e o meio que o rodeia e, pode-se dizer que, é uma vertente fundamental (além das vertentes social, económica e cultural) ao processo para se atingir a sustentabilidade de um conjunto/sistema como um todo, e, consequentemente, obter um designsustentável (ver figura 17).

Figura 17 Relação entre o edificado (o edifício ecológico) e o meio circundante: projeto, construção, conforto dos ocupantes e funcionamento do edifício (A partir de 2).

Neste contexto, os arquitetos reconhecem a importância de conectar as pessoas com o exterior através do desenho do edifício e, adicionalmente, através de uma orientação apropriada, da forma do edifício, da localização e seleção dos envidraçados e da incorporação de ventilação, iluminação, aquecimento e arrefecimento naturais, muitos edifícios poderiam reduzir consideravelmente o seu consumo de energia (18).

Portanto, a fim de reduzir os impactos negativos, resultantes do edificado, no meio ambiente e nos seus utilizadores, o ecodesenho deve abranger estas cinco grandes áreas:

1. Planeamento sustentável do local de implantação do edifício;

2. Racionalização, reaproveitamento e conservação dos recursos hídricos;

3. Eficiência energética e energias renováveis;

4. Racionalização do uso de materiais e de fontes de matéria-prima;

5. Qualidade do ambiente interior.

Estes conceitos devem estar bem integrados e implementados dentro do sistema da empresa, embora suas aplicações sejam múltiplas, pois cada área abrange diversas medidas ambientais. Adicionalmente, o processo de ecodesenho pode variar mediante o objetivo da equipa de projeto, em conjunto com o dono da obra, de acordo com as características do entorno, podendo haver um enfoque maior na utilização de materiais locais, por exemplo, ou no aproveitamento da energia solar para ganhos energéticos, ou ainda no reaproveitamento das águas pluviais.

Muitos projetos têm sido desenvolvidos baseando-se nos conceitos do ecodesenho e é possível encontrar desde edifícios sustentáveis construídos com poucos recursos económicos a partir de resíduos e materiais locais e que empregam, pelo menos, uma medida ambiental de cada uma das cinco grandes áreas, até edifícios sustentáveis que são considerados modelos da arquitetura ecológica, integrando muitas das diversas medidas ambientais.

A sustentabilidade de um edifício através do ecodesenho pode ser conseguida desde que haja um conhecimento, de todos os envolvidos na obra, a respeito do tema. De forma a orientar os projetistas e suavizar o desenvolvimento, existem diversos guias, manuais, normas e sistemas que auxiliam neste processo a fim de obter-se um edifício ecológico.

Observa-se, contudo, que a grande maioria sempre associada a um sistema de avaliação, seja ele nacional ou internacional, como uma forma de comprovar, através de

impactos ambientais.

Muitos são os sistemas internacionais de avaliação da sustentabilidade de um edifício existentes no mercado: LEED, BREEAM, CEEQUAL, CASBEE, SBTooL, Green Globes, GSAS, entre outros, e todos englobam as mesmas vertentes da sustentabilidade (social, económica, cultural e ecológica), porém

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abordam de uma forma distinta cada uma das medidas relacionas, mediante as especificidades de cada país no qual o sistema será aplicado.

A utilização de um destes sistemas contribui para que haja um equilíbrio entre todas as áreas abordadas, entretanto depende muito dos objetivos a serem alcançados, como citado anteriormente, e podem representar uma elevação nos custos totais, uma vez que os processos de certificação de conformidade são exaustivos e dispendiosos, quanto mais elevado for o nível de certificação em vista.

Desta forma, se o objetivo da empresa é desenvolver projetos ecológicos, independentemente de obter um rótulo de certificação conhecido, isto pode ser feito através da utilização de um manual que auxilie na implementação dos conceitos de ecodesenho no processo de desenvolvimento. E se este manual estiver associado a um sistema de gestão interno, como, por exemplo, o manual desenvolvido e utilizado pela ah asociados, mais eficaz será o processo.

3.3. Norma UNE-EN-ISO 14006:2011 (3)

A UNE-EN-ISO 14006:2011 foi elaborada pelo Comitê Técnico ISO/TC 207 - Gestão Ambiental, subcomitê SC 1 - Sistemas de Gestão Medioambiental, desta forma, esta norma proporciona, principalmente, diretrizes para as etapas de desenho, desenvolvimento e para a integração do

processo de ecodesenho dentro de um sistema de gestão ambiental de uma organização, independentemente da sua atividade, tamanho e produto suministrado.

Entretanto, a mesma não estabelece, por si só, critérios específicos ou desempenho ambiental e, portanto, não deve ser utilizada isoladamente com o intento de obter-se uma certificação.

Contudo, esta é a primeira norma que contempla e relaciona as três áreas de conhecimento requeridos para o ecodesenho dentro de um SGA:

- A Norma ISO 14001: relaciona a gestão dos processos de uma organização com os impactos ambientais, entretanto não inclui os processos de gestão de desenvolvimento de projetos;

- A Norma ISO 9001: contempla o processo de gestão de desenho, entretanto não inclui, explicitamente, os impactos ambientais;

- A Informação Técnica ISO/TR 14062 e a Norma IEC 62430: tratam no que respeita àincorporação da avaliação dos aspetos ambientais e seus impactos no processo de desenho e desenvolvimento.

A figura 18 a seguir mostra a relação entre a Norma ISO 14006 e as três normas referidas acima,mediante suas áreas de conhecimento: Meio Ambiente, Desenho e Sistema de Gestão.

Figura 18 Relação entre as Normas Internacionais ISO 14001, ISO 9001, ISO/TR 14062 e IEC 62430; suas áreas de conhecimento; e a Norma ISO 14006, que relaciona as três áreas e os documentos associados (A partir de 3).

ISO 9001

ISO 14006

Meio Ambiente

Sistemas de Gestão

Desenho

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Embora esteja direcionada para organizações que tenham um sistema de gestão ambiental de acordo com a Norma ISO 14001, estando ou não associado a um sistema de gestão de qualidade, a Norma ISO 14006 é de grande valor para as empresas que tenham apenas um SGQ e também pode ser útil para as que não possuem um SGA ou um SGQ formalizado, mas que estão interessadas em reduzir os impactos ambientais de seus produtos.

3.3.1 Diretrizes para a incorporação do ecodesenho em um SGA

De uma forma geral, a organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuadamente um sistema de gestão, seja ele ambiental ou de qualidade.

A Direção deve definir a política ambiental da empresa e assegurar que o ecodesenho está adequadamente incorporado ao sistema, através da sua integração e implementação em todos os procedimentos, programas e planificações pertinentes, podendo o mesmo ser comprovado, opcionalmente, por meio do estabelecimento de um sistema de acompanhamento e aferição do desempenho do processo.

O método de trabalho pode variar substancialmente devido à diversidade das atividades das empresas, bem como às limitações financeiras e tecnológicas. Desta forma, a seleção do método, ou da ferramenta, depende da estratégia da organização, o tipo de produto, a experiência e o orçamento, entretanto, qualquer que seja o método escolhido, este não deverá afetar os benefícios que potencialmente podem ser obtidos.

Portanto, na fase de Planificação, é necessário identificar todos os aspetos ambientais para cada etapa do ciclo de vida, tanto com relação às entradas (consumo de materiais, de energia e de água) como às saídas (resíduos, emissões), avaliando a significância de cada um, a fim de desenvolver medidas preventivas e/ou corretivas para minimizar seus impactos.

É importante salientar que estes processos devem ser abordados na fase preliminar de desenho e desenvolvimento, pois é quando existem mais oportunidades de alterar e melhorar o desempenho ambiental final do produto.

A avaliação da significância dos aspetos ambientais pode ser realizada tendo como base um modelo prévio do produto, um produto similar existente no mercado ou uma referência hipotética.

Ainda nesta fase, devem-se identificar também os requisitos legais aplicáveis, bem como os objetivos, metas e programas da empresa, focando-se sempre na redução dos impactos ambientais e assegurando o comprometimento da organização com as normas e regulamentos, sejam estes internos ou externos.

De modo a monitorizar e medir a evolução do desempenho ambiental, como parte do processo da fase de Verificação, pode-se fazer uso de duas categorias de indicadores:

1) Indicadores de desempenho de gestão: mostra a evolução relativamente à gestão do ecodesenho ou à resposta de empresa para com este;

2) Indicadores de desempenho operacional: indica a evolução no desempenho ambiental dos produtos da empresa.

Como último processo desta fase de Verificação, a organização deve estabelecer e manter todos os registos que sejam necessários para demonstrar conformidade com os requisitos do seu Sistema de Gestão de Qualidade, bem como deve efetuar auditorias internas, proporcionando informações sobre os resultados relevantes à Direção, que serão posteriormente revistos por esta de modo a avaliar as oportunidades de melhoria do desempenho ambiental de seus produtos e do seu processo de ecodesenho.

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3.3.2 Processo de ecodesenho

Como citado anteriormente, o objetivo do ecodesenho é reduzir os impactos ambientais adversos de um dado produto ao longo do seu ciclo de vida. Ou seja, o processo de ecodesenho baseia-se no conceito da Análise do Ciclo de Vida, desta forma, este enfoque deve ser abordado durante toda a fase de desenvolvimento do produto.

Portanto, o processo de ecodesenho consiste em:

1) Especificar as funções do produto; 2) Definir os parâmetros ambientais significativos; 3) Identificar estratégias pertinentes de melhoria ambiental para o produto, em função dos

aspetos e dos parâmetros ambientais identificados nas etapas anteriores; 4) Desenvolver objetivos e metas ambientais baseados nas estratégias de melhoria; 5) Estabelecer uma especificação ambiental do produto; 6) Desenvolver soluções técnicas para cumprir com os objetivos e metas ambientais, sem

desmerecer outras considerações do desenho.

O ecodesenho irá variar de acordo com o produto ou a organização, uma vez que há enfoques distintos para incorporar os aspetos ambientais no processo de desenvolvimento.

La elección de una solución de diseño debería lograr un equilibrio entre los distintos aspectos ambientales y otras consideraciones pertinentes, tales como la función, los requisitos técnicos, la calidad, el desempeño, los riegos del negocio y los aspectos económicos (3).

Entretanto, ao estabelecer as estratégias de ecodesenho é importante considerar dois fatores externos: aqueles que impulsionam as organizações a melhorar o desempenho ambiental de seus produtos (legislação ambiental, percepção ambiental dos clientes, requisitos ambientais definidos); e aqueles que proporcionam o apoio financeiro, tecnológico ou de recursos necessário para a melhoria do desempenho ambiental dos produtos (contribuições de fornecedores e de agentes responsáveis pela reciclagem, o interesse do mercado financeiro em matéria ambiental, os desenvolvimentos tecnológicos).

Uma vez atingido o objetivo, a organização pode usufruir de múltiplos benefícios, tanto para a própria empresa, como para os seus clientes e outros interessados, como por exemplo:

Vantagens económicas;

Atrair financiamentos e investimentos;

Promover a inovação, a criatividade e a identificação de novos modelos de negócios;

Melhorar a imagem pública, entre outros.

Esta forma de pensar está a ganhar grande dimensão no mercado, independentemente do produto produzido. Ou seja, além de obter potenciais benefícios, cada vez mais as organizações reconhecem a necessidade de incluir o desempenho ambiental no desenho de seus produtos a fim de reduzir os efeitos negativos sobre o meio ambiente.

Portanto, em paralelo ao seu propósito inicial de diminuir o impacto ambiental dos produtos, o ecodesenho contribui substancialmente para uma maior percepção ambiental da sociedade ao estabelecer a criação de valores entre todas as partes envolvidas no processo.

No Capítulo Três a seguir será exposto um projeto elaborado por ah associados|Pamplona e cujo princípio de desenvolvimento teve como base a aplicação dos conceitos do ecodesenho presentes no Manual de Ecodesenho, elaborado pela empresa através da Norma UNE-EN-ISO 14006:2011, bem como, também considerou as medidas abordadas pelo Sistema LEED, a ser explicado adiante.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Projeto um: Panamá Familiarização com o sistema 4.

Projeto: HUB Regional da Organização das Nações Unidas para América Latina e Caribe

Localização: Clayton, Distrito de Panamá

Data: 2009

Figura 19 Imagem ilustrativa do projeto desenvolvido em Panamá e seu entorno (19).

O projeto consiste em quatro blocos de escritórios, de cinco a seis pavimentos, interligados por uma área comum ao nível inferior - na qual há outros serviços, incluindo garagens - num total de 35.000 m² de área construída e $44.000.000 de custo global. A área total é de aproximadamente 63.919 m².

O que mais chama a atenção neste projeto são os níveis mais baixos dos edifícios, com suas fachadas e coberturas verdes; os blocos de escritórios, com seus brises soleils na fachada e os painéis fotovoltaicos na cobertura; além do modo como o projeto foi integrado ao ambiente, tornando-o parte do entorno (ver Figura 20). Outros critérios adicionais também poderiam ser mencionados, como, por exemplo, os espaços disponíveis para o lazer, os espaços internos de convívio previstos e a redução da poluição luminosa e sonora.

Figura 20 Imagem ilustrativa do projeto da ONU em Panamá e seu entorno (19).

Como requisito do cliente, o projeto foi desenvolvido seguindo os critérios estabelecidos no Sistema LEED com o objetivo de obter uma Certificação LEED Ouro - segundo o LEED (20), há quatro níveis de certificação: Certificado, 40-49 pontos; Prata, 50-59 pontos; Ouro, 60-79 pontos; e Platina, +80 pontos. Adicionalmente, foi considerada a aplicação da UNE-EN-ISO 14006:2011, para Certificaçãoem Ecodesenho, segundo a AENOR.

Desta forma, foram aplicadas tanto as medidas consideradas, pelo LEED, como pré-requisitos e créditos obrigatórios, a fim de obter a Certificação Ouro, como também algumas medidas excedentes , ou seja, não obrigatórias, o que rendeu ao projeto a obtenção de seis pontos extras por desempenho exemplar e mais um por inovação no design, nomeadamente:

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EAc1 (Optimize Energy Performance) Painéis fotovoltaicos nas fachadas e coberturas;

EAc2 (On-site Renewable Energy) Painéis fotovoltaicos = 58.81% de economia de energia;

Wec2 (Innovative Wastewater Technologies) Reutilização da água da chuva e águas cinzentas em descargas de casas de banho, sistema de rega de jardins;

Wec3 (Water Use Reduction) 45% de economia de água para fins não potáveis;

Pilot Credit 16 Gestão de águas pluviais;

IDc2 Profissional acreditado pelo LEED, com uma certificação de acreditação fornecida pela GBCI ou USGBC, o qual seja participante principal no projeto;

Employee Wellness Fornecimento de um conjunto de serviços que incluem usos como academia, berçário, centro de bem-estar, instalados dentro área de abrangência considerada pelo LEED, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar sendo esta medida referente ao ponto extra obtido por inovação no design.

Todo o processo foi documentado, comprovado e afirmado através de cartas de compromisso e o projeto atingiu uma pontuação final de 87 pontos, possibilitando, portanto, a tentativa de obtenção do Certificado LEED Platina (+80 pontos). Esta é primeira vez que ah asociados¦Pamplona solicita a avaliação de um projeto através do LEED, desta forma, este resultado ultrapassou as expetativas tanto dos clientes (que almejavam uma Certificação Ouro), bem como da empresa, uma vez que seus projetos são normalmente avaliados por uma Associação Nacional, a AENOR, de modo a obterem o Rótulo deEcodesenho.

A utilização de uma ferramenta, LEED ou o Manual do Ecodesenho, guia o caminho e ajuda a equipa de projeto a integrar as questões de sustentabilidade à fase de desenvolvimento, enquanto ainda é possível alterar o layout (ver Figura 21).

Figura 21 Imagem ilustrativa do projeto desenvolvido em Panamá e seu entorno, referenciando algumas das medidas ambientais implementadas visando reduzir os impactos ambientais do empreendimento (19).

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4.1. Medidas Ambientais Propostas

Como já foi exposto anteriormente, o projeto foi satisfatoriamente avaliado pelo USGBC, obtendo a

Certificação LEED Platina. Portanto, de modo a integrar no SGQ da empresa o processo de desenho ecológico empregado, o projeto em questão foi submetido a todos os procedimentos presentes no Manual de Ecodesenho (descritos no item 2.2.1. do Capítulo 2) e, consequentemente, obteve também o Rótulo de Ecodesenho, após auditoria satisfatória realizada pela AENOR.

Para cada uma das quatro fases do Ciclo de Vida do empreendimento (Extração e Fabricação dos produtos utilizados [F]; Execução do Edifício [E]; Uso e Manutenção do Edifício construído [U]; e Desconstrução do Edifício [D]) foram identificados aspetos ambientais significativos dependendo da existência ou não de impactos no projeto em análise. Desta forma, foram adotadas medidas ambientais que permitiram, ainda em projeto, minimizar estes impactos, como exemplificado na Tabela 8, referente à primeira fase do ciclo de vida do empreendimento: Extração e Fabricação dos produtos utilizados [F].

Tabela 8 Fragmento da Tabela PC.04.1.5 - Ecodesenho: Monitoração e Medição - Medidas ambientais implementadas no projeto desenvolvido em Panamá na fase de Extração e Fabricação dos produtos utilizados (11).

Os critérios relacionados a cada etapa do ciclo de vida do edifício, bem como os aspetos ambientais avaliados serão descritos e estão definidos com base no Manual de Ecodesenho (10). Serão listadas a seguir apenas as Medidas e Submedidas ambientais implementadas no projeto de Panamá.

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4.1.1. Extração e fabricação de produtos utilizados [F]

Esta etapa faz referência à extração e fabricação dos produtos e materiais utilizados no projeto, incluindo a fase de transporte. Para esta fase, são considerados os consumos de matérias-primas e de energia (ver Anexo D-).

[F.1] Consumo de matéria prima: Para este aspeto ambiental, as medidas adotadas estão orientadas de modo a priorizar a seleção de materiais que apresentem critérios ambientais em sua produção, visando contribuir para uma redução no consumo dos recursos naturais, bem como evitar produtos que possam ser prejudiciais ao meio ambiente.

F.1_01: Utilização de materiais com rótulo ecológico

Submedida: Utilização de ecomateriais;

F.1_02: Utilização de materiais reciclados

Submedida: Utilização de materiais reciclados;

F.1_03: Utilização de materiais recicláveis ao seu fim de vida

Submedida: Utilização de materiais recicláveis ao seu fim de vida;

F.1_04: Utilização de materiais livres de produtos tóxicos ou contaminantes

Submedida: Utilização de materiais livres de produtos tóxicos ou contaminantes;

F.1_05: Desenho do edifício de forma que seja fácil a incorporação de novas instalações futuras

Submedida: Desenho do edifício de forma que seja fácil incorporar instalações futuras;

F.1_06: Aligeiramento da construção

Submedida: Aligeiramento da construção;

F.1_07: Seleção de materiais com critérios ambientais

Submedida: Seleção de materiais com critérios ambientais.

[F.2] Consumo de Energia: O uso de energia para a fabricação de materiais de construção não está associada apenas à energia consumida ao longo do processo produtivo, como também está relacionada ao processo de extração e transporte. Portanto, as medidas aqui abordadas visam diminuir a utilização

de recursos energéticos não renováveis ou de lenta regeneração, bem como reduzir as emissões atmosféricas de substâncias nocivas, como o CO2 (responsável pelo efeito estufa), e o SO2 e Nox (responsáveis pela chuva ácida).

F.2_01: Utilização de materiais com baixo consumo energético

Submedida: Utilização de materiais com baixo consumo energético;

F.2_02: Seleção de materiais com critérios ambientais

Submedida: Seleção de materiais com critérios ambientais.

4.1.2. Execução do edifício [E]

Nesta fase do ciclo de vida do empreendimento são abordados os processos referentes à execução do edifício, desde os movimentos de terra, demolições/desconstrução até a finalização da construção do mesmo. Para tanto, são considerados os consumos de energia e de água, as emissões atmosféricas, a geração de resíduos e a emissão de ruídos (ver Anexo E-).

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[E.1] Consumo de Energia: As medidas referentes a este aspeto ambiental visam reduzir o consumo energético durante a fase de execução do edifício através de uma redução e reutilização dos resíduos de construção gerados, diminuindo, portanto, o transporte destes a aterro, bem como o consumo de matérias-primas.

E.1_01: Minimização do movimento de terras e demolições para diminuir o trabalho de

maquinaria pesada

Submedida: Reutilizar os restos de terraplenagem.

[E.2] Consumo de Água: Nos trabalhos realizados durante esta fase do ciclo de vida de um edifício há um consumo considerável de água, principalmente quando os elementos estruturais são desenvolvidos in situ. Desta forma, priorizam-se os sistemas de montagem a seco que não requeiram água para a sua implantação em obra, como, por exemplo, estruturas metálicas, de madeira ou de betão pré-fabricado.

E.2_01: Incluir elementos pré-fabricados e construção seca

Submedida: Incluir elementos pré-fabricados e construção seca.

[E.3] Emissões Atmosféricas: Este aspeto ambiental está relacionado aos produtos que durante seus processos de secagem podem vir a emitir substâncias tóxicas, nocivas para a saúde. Procura-se, portanto, utilizar produtos de base aquosa, em substituição aos dissolventes orgânicos.

E.3_01: Não utilizar tintas nem vernizes que emitam Compostos Orgânicos Voláteis (COV)

Submedida: Não utilizar tintas nem vernizes que emitam Compostos Orgânicos Voláteis (COV).

[E.4] Geração de Resíduos: As medidas aqui referidas visam diminuir a geração de resíduos, bem como, promover a reutilização destes em obra quando possível, através da seleção de sistemas construtivos onde haja um maior rendimento dos materiais.

E.4_01: Coordenação dimensional

Submedida: Coordenação dimensional;

E.4_02: Eleição de sistemas construtivos com materiais recuperáveis

Submedida: Seleção de sistemas construtivos com materiais recuperáveis;

E.4_03: Incluir elementos pré-fabricados e construção seca

Submedida: Incluir elementos pré-fabricados e construção seca;

E.4_04: Reutilizar a terra procedente da escavação, evitando levá-la a aterro

Submedida: Reutilizar a terra procedente da escavação, evitando levá-la a aterro.

[E.5] Emissão de Ruídos: Procura-se implementar sistemas construtivos que proporcionem uma redução dos ruídos produzidos durante a fase de execução do edifício, bem como, sugere-se um horário fixo de trabalho e uma seleção de mão-de-obra especializada, de modo a minimizar as horas de exposição a ruídos indesejados no entorno.

E.5_01: Adequar os sistemas construtivos e metodologias de execução à zona acústica da obra

para tentar minimizar o impacto acústico

Submedida: Utilização de sistemas pré-fabricados.

4.1.3. Uso e manutenção do edifício construído [U]

Como o próprio nome sugere, este critério aborda a fase de utilização do edifício, ou seja, desde a finalização de sua construção até o final de sua vida útil, o equivalente a 50 anos, segundo construtores. Portanto, aborda os aspetos ambientais relacionados ao consumo de energia e de água, às emissões

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atmosféricas, à geração de resíduos, às descargas de água, à emissão de ruídos, ao impacto visual, ao uso do solo e, por fim, à biodiversidade (ver Anexos F-, G-, H-. I- e J-).

[U.1] Consumo de Energia: Este aspeto ambiental visa, de uma forma generalizada, a redução do consumo energético. Para tanto, procura-se efetuar um estudo detalhado da orientação do edifício, a possibilidade de implementação de elementos de arquitetura passiva para os ganhos energéticos, para a proteção solar e aproveitamento da ventilação e luz naturais, a utilização de sistemas construtivos adequados às condições climáticas locais, o uso de energias renováveis, bem como a seleção de

U.1_01: Análise climática prévia do entorno

Submedida: Coletar dados climáticos;

U.1_02: Análise da orientação mais adequada do edifício

Submedidas: Energia incidente e temperaturas frontais;

Pressão do vento;

U.1_03: Utilização de elementos de arquitetura passiva para os ganhos energéticos

Submedidas: Coberturas úmidas;

Coberturas ajardinadas;

Cor dos materiais;

U.1_04: Utilização de elementos de arquitetura passiva para a proteção solar

Submedidas: Grades ou saliências;

Balcões ou espessura nas fachadas Sul e Oeste;

Eliminação e controle das pontes térmicas;

Barreiras refletoras móveis;

U.1_05: Definição de maior resistência térmica na envolvente do edifício e controle das

condensações

Submedidas: Redução da transmitância térmica máxima;

Redução da transmitância térmica limite;

Aumento da estanqueidade da carpintaria;

U.1_07: Aproveitamento e regulação da luz natural

Submedidas: Reticulados e saliências;

Barreiras refletoras móveis;

Fator de luz natural;

U.1_08: Otimização e regulação da iluminação artificial

Submedidas: Estudo lumínico;

Cores claras;

Sistemas de regulação e controle;

Ajustar níveis de produção de CO2 derivados da iluminação;

U.1_09: Emprego de coberturas adaptadas às condições climáticas

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Submedidas: Cobertura ajardinada;

Cobertura inundável;

Cobertura invertida;

Coberturas com painéis fotovoltaicos e/ou térmicos integrados;

U.1_10: Emprego de fachadas adaptadas às condições climáticas

Submedidas: Fachada ajardinada;

Fachada ventilada;

U.1_12: Emprego de energias renováveis superiores aos níveis normativos

Submedidas: Aumentar níveis de exigência normativos;

U.1_13: Melhoria do rendimento das instalações energéticas

Submedidas: Rendimento energético mínimo;

Redução de perdas em tubulações;

U.1_16: Melhorar os requisitos mínimos de eficiência energética do RD 1890/2008, eficiência

energética nas instalações de iluminação exterior

Submedidas: Melhorar os requisitos mínimos de eficiência energética da envolvente exterior;

U.1_19: análise da seleção do envidraçado segundo a orientação

Submedidas: Análise da seleção do envidraçado segundo a orientação;

U.1_20: Desenho de coberturas vegetais-ajardinadas

Submedidas: Desenho de coberturas vegetais-ajardinadas.

[U.2] Consumo de água: As medidas listadas visam reduzir o consumo de água, bem como promover a sua reutilização, através de dispositivos e acessórios de economia de água e sistemas eficientes.

U.2_01: Dispositivos de economia de água em torneiras e cisternas

Submedidas: Dispositivos de economia de água em torneiras;

Dispositivos de economia de água em cisternas;

Dispositivos de economia de água em mictórios;

U.2_02: Dispositivos de recolha da água da chuva. Coberturas inundáveis ou cisternas cobertas

Submedida: Recolha de águas pluviais;

U.2_03: Depuração de águas cinzentas

Submedidas: Reutilização de águas cinzentas;

Tratamento da água através de vegetação;

Rega para jardim;

Uso na edificação.

[U.3] Emissões atmosféricas: Relaciona as medidas que procuram reduzir as emissões atmosféricas prejudiciais à saúde e ao meio, através da seleção de sistemas eficientes que possuam uma certificação

bem como promover a plantação de vegetação e a utilização de meios de transporte não poluentes, como a bicicleta.

U.3_03: Plantação de vegetação

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Submedida: Definir um projeto de jardim e/ou paisagismo;

U.3_04: Disponibilizar estacionamento para bicicletas

Submedida: Disponibilizar estacionamento para bicicletas;

U.3_05: Diminuição de emissões de gases do efeito estufa nas instalações de iluminação

exterior

Submedida: Diminuição de emissões dos gases de efeito estufa nas instalações de iluminação

exterior.

[U.4] Geração de resíduos: Propõe-se o aumento, em área, das superfícies destinadas à seleção de resíduos, bem como, a utilização de sistemas que resultem numa redução de resíduos, quer seja por versatilidade espacial ou construtiva.

U.4_01: aumento de áreas e superfícies para cada um dos resíduos obrigatórios segundo o CTE

e maior seleção de resíduos

Submedida: Estabelecer espaços e contentores específicos e diferenciados para resíduos

adicionais aos obrigatórios;

U.4_02: Desenho de divisões interiores para espaços modificáveis em superfície e uso

Submedidas: Uso de painéis secos (pré-fabricados)

Uso de painéis móveis;

Uso de telas ou painéis modulares;

U.4_03: Definição de sistemas e espaços que permitam incorporar novas instalações no futuro

Submedidas: Agrupamento de instalações e núcleos úmidos;

Aumento dos espaços de teto falso, eixos de utilidades e uso de tetos registráveis.

[U.5] Descargas de água: Neste aspeto, as medidas têm como objetivo melhorar a quantidade e a qualidade das descargas de água que se produzem nos edifícios, através da redução do volume de água contaminada ou utilizada e, por outro lado, promover uma separação e controle das mesmas, visando uma melhoria ambiental associada ao controle e gestão das descargas de água.

U.5_01: Redução dos caudais de descarga no caso de não existir sistema de saneamento

exterior

Submedidas: Dispositivos de economia de água em torneiras;

Dispositivos de economia de água em cisternas;

Dispositivos de economia de água em mictórios;

Recolha de águas pluviais;

Potencializar a infiltração de águas pluviais no território através de pavimentos permeáveis;

U.5_02: Melhorar a qualidade das descargas em lugares que não seja obrigatório

Submedida: Sistemas de depuração de água e tratamento de águas cinzentas.

[U.7] Impacto visual: Através de estratégias de integração, camuflagem ou ocultação, as medidas deste aspeto visam reduzir o grau de alteração que uma edificação pode provocar no entorno natural e, consequentemente, diminuir o impacto visual.

U.7_01: Diminuição do volume na encosta

Submedidas: Diminuição do volume na encosta (Medida rejeitada pelo cliente);

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Agrupar superfícies que não requerem ventilação e iluminação natural subterrânea (instalações e/ou garagens) (Medida rejeitada pelo cliente);

U.7_02: Utilização de volumetrias e cores de acordo com as condições do entorno

Submedidas: Realizar uma leitura e interpretação do lugar;

Imitar os materiais e cores existentes.

[U.8] Uso do solo: Procura-se reduzir a ocupação do solo em planta baixa, bem como incentivar a utilização de zonas degradadas recuperadas para a proposta de urbanização ao invés de utilizar áreas verdes, através de estratégias de desenho e planificação adequadas, otimizando, assim, o uso do solo.

U.8_02: Mínima ocupação em planta baixa

Submedidas: Cálculo da porcentagem de ocupação do solo, pelos edifícios, vias, etc., com relação

ao total da zona a urbanizar;

Tratamento dos espaços urbanos;

U.8_03: Desenho de coberturas vegetais/ajardinadas

Submedida: Incorporação de coberturas ajardinadas;

U.8_07: Ter em conta o transporte dos residentes ao escolher o local de um edifício ou área

residencial

Submedida: Na hora de escolher a localização de um edifício ou zona residencial, dever-se-ão

analisar os deslocamentos associados às atividades habituais dos residentes.

[U.9] Biodiversidade: O cumprimento destas medidas resulta na conservação do ecossistema, evitando a perda e melhorando a funcionalidade das áreas naturais, de maneira a permitir um aumento da biodiversidade no entorno do empreendimento a ser desenvolvido.

U.9_01: Minimização e reutilização da terra vegetal procedente do entorno

Submedidas: Planificar o destino dos movimentos de terra para aproveitamento interno ou

externo;

Possibilitar que a maior parcela de terra vegetal utilizada na envolvente do novo edifício e/ou nas instalações de coberturas ajardinadas tenham sido provenientes do local onde foi construído;

U.9_03: Diminuir o escoamento superficial

Submedidas: Realizar estudos hidro geológicos;

Realizar uma análise das superfícies pavimentadas;

Avaliar a proporção de água de escoamento superficial que pode ser capturada por bacias de infiltrações;

Considerar a utilização desta água para outros usos;

Incorporar sistemas de tratamento passivo das águas;

U.9_04: Controle da iluminação exterior

Submedidas: Utilização de elementos de baixo consumo ou de energias renováveis nas ruas e

elementos comuns (Medida rejeitada pelo cliente);

Selecionar luminárias que evitem, por seu desenho, a contaminação lumínica ascendente (Medida rejeitada pelo cliente);

Não utilizar luminárias com FHS superior a 50% (Medida rejeitada pelo cliente);

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U.9_05: Assegurar que o edifício e o seu entorno não gerem um gradiente de temperatura que

possa dar lugar a um microclima

Submedidas: Proporcionar áreas de sombras;

Utilizar materiais de cores claras reflectância > 40;

Utilizar pavimentos de malha abertas nas superfícies impermeáveis do local;

Situar zonas de estacionamento subterrâneo ou cobertas por estruturas;

Utilizar coberturas ajardinadas;

Substituir as superfícies construídas com vegetação.

4.1.4. Desconstrução do edifício [D]

Esta categoria corresponde à última fase do ciclo de vida do edifício e, portanto, aborda os trabalhos que serão executados para a desconstrução do mesmo. Nesta fase, estão relacionadas as medidas ambientais referentes ao consumo de energia, à geração de resíduos, à emissão de ruídos e às emissões atmosféricas (ver Anexo K-).

[D.1] Consumo de Energia: A redução do consumo de energia na fase de desconstrução do edifício está diretamente associada aos sistema de demolição a ser empregado, bem como à possibilidade de recuperação/reutilização de parte, nada ou a totalidade dos materiais do edifício, uma vez que a reutilização destes materiais para outros fins contribui para uma economia energética.

D.1_01: Emprego de sistemas construtivos de construção a seco para evitar a utilização de

maquinaria pesada de demolição

Submedida: Emprego de sistemas construtivos de construção a seco para evitar a utilização de

maquinaria pesada de demolição.

[D.2] Geração de Resíduos: Os tipos de resíduos gerados na desconstrução de um edifício dependem da tipologia do mesmo, bem como dos sistemas construídos utilizados. Desta forma, de modo a reduzir a geração de resíduos, procura-se sugerir materiais e sistemas recicláveis ou que possam ser reutilizados posteriormente, minimizando também o consumo de matéria-prima.

D.2_04: Utilização de materiais recicláveis no seu fim de vida

Submedida: Utilização de materiais recicláveis no seu fim de vida.

[D.3] Emissão de Ruídos: Do ponto de vista acústico, as medidas deste aspeto ambiental visam diminuir os focos de ruído procedentes dos trabalhos de desconstrução, resultando numa consequente melhoria ambiental com relação ao controle e gestão das emissões de ruídos.

D.3_01: Planificação e gestão dos processos de construção e demolição de modo a implicarem

em um mínimo impacto e nas menores alterações do entorno

Submedida: Planificação e gestão dos processos de construção e demolição de modo a implicarem

em um mínimo impacto e nas menores alterações do entorno (Medida rejeitada pelo cliente).

[D.4] Emissões Atmosféricas: Assim como no aspeto anterior, através de um processo de controle e gestão, procura-se reduzir as emissões atmosféricas de CO2 e outros compostos que são prejudiciais à saúde.

D.4_01: Planificação e gestão dos processos de construção e demolição de modo a implicarem

em um mínimo impacto e nas menores alterações do entorno

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Submedida: Planificação e gestão dos processos de construção e demolição de modo a implicarem

em um mínimo impacto e nas mínimas moléstias ao entorno (Medida rejeitada pelo cliente).

Todas as propostas ambientais relacionadas com a sustentabilidade foram apresentadas aos clientes de um modo interativo (ver figura 22), através de imagens, vídeos, textos, apresentações em Power Point, a fim de assegurá-los de que as questões sustentáveis são importantes para a empresa e, portanto, comprovar os benefícios do ecodesenho.

Figura 22 Imagem ilustrativa mostrando algumas propostas ambientais relacionadas com a sustentabilidade e empregadas no projeto desenvolvido em Panamá (19).

Todo o projeto é exaustivamente bem detalhado (desde o estudo dos envidraçados, pormenores dos pavimentos/coberturas/paredes, até o projeto de sinalética); muito bem apresentado (excelentes imagens e vídeos interativos) e bem projetado através dos conceitos da sustentabilidade e do ecodesenho, atendendo ao compromisso com o sistema de gestão de qualidade implantado na ah

asociados¦Pamplona.

4.2. Análise crítica de participação

Esta primeira abordagem visou realizar uma integração entre os objetivos deste relatório de estágio ao sistema utilizado pela empresa ah asociados¦Pamplona. Desta forma, tomou-se conhecimento dos documentos internos (normas da política de qualidade, manual de ecodesenho), do modelo de apresentação dos projetos, bem como as técnicas de desenho utilizadas, num processo de familiarização somente, uma vez que a fase de desenvolvimento do projeto já estava encerrada , estando à espera do início da fase de construção.

Contudo, a análise deste projeto foi enriquecedora, sendo possível obter-se uma noção das etapas necessárias para projetar tendo como base os conceitos da sustentabilidade e revelando que, para um projeto deste porte, o processo de avaliação por um sistema de certificação pode ser considerado de custo neutro. Tal pode ser afirmado porque a certificação auxilia, de forma significativa, a suavizar (e orientar) o processo de planeamento e demonstra a elevada qualidade que uma empresa, juntamente com o cliente, podem alcançar com um projeto que possui a certificação como objetivo.

O projeto HUB Regional das Nações Unidas para a América Latina e Caribe afirma o quanto é relevante um Sistema de Gestão Ambiental ou de Qualidade em uma empresa, e, principalmente, quando a empresa tem incorporado um sistema interno de ecodesenho (possuindo o conhecimento para desenvolvê-lo e administrá-lo). Entretanto, é ainda relevante que todos os projetistas envolvidos compreendam como empregar este sistema durante a fase de desenvolvimento do projeto, a fim de utilizá-lo da forma mais coerente possível e sempre que aplicável.

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Projeto dois: Qatar Pesquisa Científica5.

Projeto: COMPOUND

Localização: Al Kisha Area, Ald Dayyan (Qatar)

Date: 2013

Figura 23 Perspetiva ilustrativa do projeto em desenvolvimento no Qatar (21).

O projeto consiste em um conjunto residencial luxuoso com diferentes tipos de unidades habitacionais, delimitado por muros em todo seu perímetro.

A área total é de 117.483.66 m² e está dividida em duas parcelas: uma maior, com diversos tipos de unidades residenciais e cuja zona central é ocupada por uma área de lazer com diversas atrações para o entretenimento dos residentes; e outra menor, restrita para Very Important People (VIP):

Parcela um (Figura 24): com área total de 78.475,40 m² e composta por:

264 unidades de edifícios residenciais (Habitações, Habitações conjugadas, Casas isoladas e Apartamentos);

Clube, com 1.742 m², para entretenimento social;

Centro de Desporto, com 2.801 m²;

Mesquita (orientada à Meca);

Sala de oração, com 163 m²;

Guarita, com 260 m²;

Mercado, com 833 m²;

Lago e paisagismo.

Figura 24 Parcela um: perspetiva ilustrativa das unidades residenciais e dos edifícios públicos do projeto Compound (21).

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Parcela dois (Figura 25): com uma área total de 39.008,26 m², consistindo em:

42 unidades residenciais para VIP;

Clube VIP, com 470 m²;

Guarita, com 260 m².

Figura 25 Parcela dois: perspetiva ilustrativa das unidades residenciais para VIP do projeto Compound (21).

Tendo em consideração as exigências do cliente, decidiu-se projetar as unidades residenciais num estilo contemporâneo, com traços retos e poucos detalhes, transmitindo uma imagem limpa e de fácil manutenção dos edifícios (ver Figuras 26 e 27), contrastando com o estilo arquitetônico tradicional característico do Médio Oriente (ver Figura 28).

Figura 26 Residência com estilo contemporâneo Figura 27 Apartamentos Parcela um: edifício com na área VIP Parcela dois (21). aparência limpa e de fácil manutenção (21).

Figura 28 Hotel St. Regis em Doha: exemplificação de um edifício contemporâneo com características da arquitetura árabe, com fachadas adornadas com motivos geométricos decorativos (22).

Os materiais e sistemas foram especificados, de um modo geral, com referência aos padrões britânicos ou americanos, entretanto, todo o projeto está sujeito ao cumprimento das normas contidas nas Especificações de Construção do Qatar (QCS Qatar Construction Specifications 2010), que, em caso de discordância, esta deverá prevalecer (23).

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5.1. Medidas ambientais Propostas

Uma vez que no Qatar os requisitos legais não são tão rígidos, bem como os clientes não

demonstraram interesse com relação aos aspetos ambientais, a ah asociados não persistiu, inicialmente, em aplicar os conceitos do ecodesenho. Entretanto, houve uma preocupação em aplicar as boas práticas de projeto, nomeadamente, iluminação natural, orientação do empreendimento, e isolamento térmico das fachadas e coberturas. A princípio houve uma proposta de reciclagem de águas cinzentas, porém, como o projeto ainda se encontrava em fase de planeamento e de tomada de decisões durante a elaboração deste relatório, não é possível afirmar que tal medida venha a ser implementada. Desta forma, não houve ênfase nem na sustentabilidade nem no ecodesenho.

Porém, a implementação de sistemas construtivos que visam atingir a sustentabilidade deveria ser uma prioridade em regiões com tais especificidades: por exemplo, 23% da área territorial do Qatar está situada numa Zona Costeira de Baixa Altitude (24). Isto significa que, em projetos com tempo de vida de 50-100 anos, haverá impactos em áreas rurais, em extensões urbanas, em zonas úmidas, etc. (ver figura 29), resultando evidente a necessidade de tal modelo de desenho, nomeadamente, o ecodesenho.

Figura 29 Impactos em áreas ao norte e nordeste da África e ao sudoeste da Ásia (à esquerda) e imagem aérea da região do Qatar (à direita) (24).

Entretanto, para se estabelecer um modelo de desenho de projetos com a incorporação de medidas ambientais fundamentadas na sustentabilidade não é um processo fácil em países com tantas tradições culturais, tanto para as empresas como para todos os intervenientes da obra, uma vez que ainda há

muitas barreiras para esta adaptação, designadamente:

1) Falta de incentivos por parte dos construtores; 2) Escassez de produtos, sistemas de informação e mão de obra locais; 3) Conhecimento equivocado ou insuficiente por parte dos clientes; 4) Aumento da qualificação e dos custos; 5)6) Os custos de certificação/documentação; 7) Falta de regulamentos e códigos de construção de apoio.

Desta forma, com o propósito de obter uma referência em projetos futuros, uma vez que a empresa possui um escritório sediado no Qatar, a ah asociados|Pamplona decidiu desenvolver uma análise com o objetivo de tomar conhecimento de quais seriam os requisitos mínimos exigidos para obter-se uma certificação através de um sistema de avaliação da sustentabilidade.

Entretanto, os métodos existentes não podem ser aplicados a todas as regiões, por diversas razões, sendo uma delas a variante regional, como mencionado anteriormente. Portanto, para esta primeira etapa da pesquisa científica, foi necessário recorrer a um método de avalição eficiente e adequado à Arábia Saudita: Global Sustainability Assessment System GSAS, desenvolvido pela GORD Gulf Organization for Research and Development (25). Desta forma, através de um estudo do Manual de

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Treinamento do GSAS para projetos Comerciais e Residenciais (Commercial & Residential GSAS Training Manual), observou-se como funciona este sistema de avaliação da sustentabilidade: suas categorias, critérios, sistema de pesos, pontuação e níveis de certificação.

5.1.1. Global Sustainability Assessment System GSAS 1ª Etapa da Pesquisa Científica

performance, and was developed based on local needs while leveraging best practices which is a definite advantage, especially for regions where environmental, economic, social, and cultural conditions are unlike other areas in the world such as desertification, scarcity of water and the cultural an (26).

Na formulação inicial do GSAS, também referenciado como QSAS (Qatar Sustainability Assessment System), foram realizadas investigações a respeito de métodos de avaliação da sustentabilidade e outros sistemas existentes em todo o mundo (ver figura 30). Desta forma, para o processo de seleção, foram considerados os seis métodos mais consolidados e reconhecidos no mercado atualmente com o objetivo de, através de uma combinação de todos eles, fornecer um sistema para avaliar a sustentabilidade dos projetos desenvolvidos no Qatar. Portanto, os 140 métodos e sistemas iniciais foram cuidadosamente avaliados e reduzidos aos seguintes seis métodos (27):

BREEAM (UK);

Green Globes (Canadá);

CASBEE (Japão);

SBTooL (Internacional);

CEPAS (Hong Kong);

LEED (USA).

Figura 30 Formulação inicial do GSAS/QSAS (28).

Ao analisar o sistema, observou-se que o GSAS é fortemente influenciado pelo sistema britânico BREEAM. Não abrange alguns critérios de sustentabilidade, como: Controle do sistema e Manutenção do desempenho (Qualidade do Serviço), Guia para os utilizadores, Impactos da construção, Segurança, entre outros aspetos. No entanto, aborda uma categoria particular: Valor Económico e Cultural (Cultural & Economic Value) Herança & Identidade Cultural e Apoio à Economia Nacional (25).

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38

23).

O Global Sustainability Assessment System pode ser aplicado à (29):

Edifícios Comerciais;

Estrutura Principal e Envolvente;

Edifícios Residenciais (Individuais ou Grupo);

Edifícios Educacionais;

Mesquitas;

Hotéis;

Indústrias de Pequeno Porte;

Instalações Desportivas.

Cada tipologia de edifício está associada às categorias e seus critérios, mediante sua significância. Algumas tipologias, por causa de suas características específicas, não abordam certos critérios pelo fato de nem sempre ser possível medí-los (Tabela 9). No total são oito categorias e cinquenta e oito critérios de avaliação (ver a lista completa de categorias no Anexo L-).

Cada categoria e critério têm um peso associado baseado nos seus impactos ambiental, social e económico relativos (ver exemplo no Apêndice A-). Uma vez que a pontuação de cada critério é obtida pelo sistema de avaliação, os valores são multiplicados pelos seus pesos específicos e uma pontuação cumulativa final é determinada (Tabela 10).

Tabela 9 Exemplo de uma categoria (Urban Connectivity) do GSAS e seus respetivos critérios de avaliação associados a cada tipologia de projeto (A partir de 29).

Tabela 10 Peso de cada categoria do GSAS associado à respectiva tipologia de projeto (A partir de 29).

Co

mm

erc

ial

Co

re +

Sh

el

Sin

gle

Resid

en

tial

Gro

up

Resid

en

tial

Ed

ucati

on

Mo

sq

ue

Ho

tels

Lig

ht

Ind

ustr

y

Sp

ort

s

UC Urban Connectivity

UC.1 Proximity to InfrastructureUC.2 Load on Local Traffic ConditionsUC.3 Public TransportationUC.4 Private TransportationUC.5 Sewer & Waterway ContaminationUC.6 Acoustic ConditionsUC.7 Proximity to AmenitiesUC.8 Accessibility

GSAS 2013 - Criteria Scope

No Category/Criteria

Co

mm

erc

ial

Co

re +

Sh

el

Sin

gle

Resi

den

tial

Gro

up

Resi

den

tial

Ed

uca

tion

Mosq

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Ho

tels

Lig

ht

Ind

ust

ry

Sp

ort

s

UC Urban Connectivity 8,00% 8,00% 9,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00%

S Site 9,00% 9,00% 10,00% 9,00% 9,00% 9,00% 9,00% 9,00% 9,00%

E Energy 24,00% 24,00% 25,00% 24,00% 24,00% 24,00% 24,00% 24,00% 24,00%

W Water 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00%

M Materials 8,00% 8,00% 9,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00%

IE Indoor Environment 16,00% 16,00% 17,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00% 16,00%

CE Cultural & Economic Value 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00%

MO Management & Operations 6,00% 6,00% 0,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00%

100,00% 100,00% 99,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

No Category/Criteria

GSAS 2013 - Criteria Scope

Max. Attainable Score

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Existem seis níveis de certificação no GSAS (ver Tabela 11): sendo o Nível Um (de 0 a 0.50 pontos) referente ao mínimo que um projeto pode atingir para ser aprovado e adquirir a certificação (equivalente a uma estrela) e sendo o Nível Seis o nível mais elevado (de 2.50 a 3.00 pontos) equivalente a seis estrelas. Um projeto que obtém uma pontuação cumulativa abaixo de zero não preenche os requisitos e, consequentemente, terá a certificação através do GSAS negada (25).

Tabela 11 Níveis de certificação do GSAS associados à respetiva pontuação acumulada (A partir de 29).

5.1.2. Comparação: LEED vs. GSAS 2ª Etapa da Pesquisa Científica

Tendo em vista que o GSAS é um sistema de avaliação relativamente novo no mercado do Qatar, desenvolveu-se, como uma segunda interação, uma comparação entre este sistema em questão e um sistema de avaliação internacional reconhecido, a fim de analisar suas similaridades e dissonâncias, bem como os pontos positivos e negativos de cada método.

O método selecionado para realização das comparações foi o Leadership in Energy & Environmental Design LEED, considerando o fato de que o ah asociados aplicou-o recentemente no projeto desenvolvido no Panamá, a fim de obter uma Certificação Platina, como mencionado no Capítulo Quatro.

Para a apreciação das exigências inerentes às medidas ambientais requeridas para o projeto em análise (Compound) foram considerados somente os aspetos relacionados a Grupos Residenciais, presentes no Commercial & Residential - Training Manual - GSAS 2013, dando ênfase às categorias Energia, Água e Valor Cultural e Econômico, que também são abordadas pela Seção 7 do QCS 2010, nomeadamente o QCS Green Construction. Bem como, para o sistema LEED, foram considerados apenas os requisitos e critérios especificados para construções novas, designadamente o LEED New Constructions 2009.

Assim sendo, foi elaborada uma lista com os critérios de avaliação da sustentabilidade abordados atualmente pelos sistemas mais conhecidos (BREEAM, LEED, SBTooL) associando-os aos sistemas em análise. Em seguida, foi feita uma ligação entre estes critérios gerais e os abordados pelo GSAS, referenciando as categorias e os critérios.

A Figura 31 exemplifica como foi feita a comparação entre ambos os métodos (ver lista completa no Apêndice B-), os requisitos abordados, sendo os mesmos diferenciados da seguinte forma:

X iderados pelo GSAS para Grupos Residenciais e que exigem pontuação mínima;

Xa Grupos Residenciais;

Residential Compounds Qatar Green Building2010).

GSAS Cumulative or Aggregated Score (X)

- x < 01 0 23456

GSAS Certification

Certification denied

Certification achieved

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Figura 31 Comparação entre os sistemas de avaliação LEED e GSAS.

Através desta análise, pôde-se observar que nas categorias referentes à energia e água ambos os sistemas abordam quase a totalidade dos critérios requeridos, enquanto que com relação aos aspetos económicos e de gestão, tanto o LEED quanto o GSAS são restritos, abordando apenas um ou dois critérios. Entretanto, estando direcionado para regiões do Médio Oriente, o GSAS aborda de forma muito interessante os aspetos relacionados ao valor cultural, nomeadamente à Identidade Cultural, que, para este sistema, possui um peso mais elevado que os aspetos de Gestão e de Materiais, por exemplo.

Observa-se também que o GSAS, de uma forma generalizada, é completo e abrange a grande maioria dos critérios listados, independente da tipologia. Entretanto, quando referido apenas aos Grupos Residenciais, constata-se que este sistema de avaliação do Qatar pode ser considerado

e, consequentemente poderá provocar um desequilíbrio entre as cinco áreas mencionadas no Capítulo Três, principalmente no que se diz respeito à Qualidade do ambiente interior e Racionamento de materiais e fontes de matéria-prima, uma vez que a Análise do Ciclo de Vida consta no Manual do GSAS, porém ainda não há pontuação associada a esta, ou seja, não pode ser avaliada.

Em seguida, elaborou-se uma segunda lista (ver Apêndice C-) que contém, em resumo, os métodos de cálculo, juntamente com os requisitos exigidos, empregados por ambos os sistemas para analisar e medir os critérios abordados, como exemplificados na Figura 32 a seguir:

Figura 32 Comparação entre os métodos de cálculo e pontuação mínima requeridos pelos sistemas LEED e GSAS.

xx

x or N/A

Sustainable site and ecology criteria.Sustainable site and ecology LEED QSASConstruction site planningSite selection x x (S.1) Land PreservationSite protection x x (S.1) Land PreservationEcological valueContaminated land x x (S.1) Land PreservationMitigation ecological impact x x (S.2) Water Body Preservation; (S.5) Desertification; (S.7) Heat Island EffectEnhance site ecology x x (S.3) Habitat PreservationBiodiversity protection x x (S.3) Habitat PreservationTransportAccessibility x x (S.15) Pathways; (UC.8) AccessibilityDensity development xCommunity connectivity x x (UC.7) Proximity to AmenitiesPedestrian and cyclist safety x x (S.15) Pathways; (UC.8) AccessibilityCar parking capacity x

Water efficiency and waste management criteria.Water efficiency and waste management LEED QSASWater Water consumption x x / (W.1) Water ConsumptionRain water haversting x x / (W.1) Water ConsumptionGrey water recycling x x / (W.1) Water ConsumptionInnovative wastewater technology x x / (W.1) Water ConsumptionWater fixture and conservation strategy x x / (W.1) Water ConsumptionIrrigation system x x / (W.1) Water ConsumptionRecharge of ground waterWasteConstruction waste management xWaste treatment x x (MO.2) Organic Waste ManagementRecycling facilities x x (MO.3) Recycling Management

Rated for Residential Compound - QCS Green Building 2010Non applicable for Group Residential - GSAS 2013

GSAS 2013 - GROUP RESIDENTIALCOMPARISON BETWEEN LEED AND GSAS Rated for Group Residential - GSAS 2013

Recommended Minimum Score - GSAS 2013

Acoustic Conditions (UC.6)

QSAS: Measure the average combined Day-Night Average Sound Level (DNL) exposure of the site.LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.

(Minimum score: GSAS: 0 (to 3) / LEED: ----)Noise Pollution (S.9)

COMPARISON BETWEEN LEED AND GSASCALCULATION METHODS AND REQUIREMENTS

At least ninety percent (90%) of all buildings in the mixed development must be assessed in order to be certified.

Fossil Fuel Conservation (E.3)

QSAS: Based on the primary energy factor for each energy carrier used. It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) Eref_p = 179 kWh/m2/yr)

LEED: Calculate project performance by expressing the energy produced by on-site renewable system as a % of the building annual cost.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 1 to 7 / QCS Green Building: 1 to 3)

Energy Delivery Performance (E.2)

Both calculation methods are similar: based on building data, HVAC specifications, lighting system, DHW system, and energy generation.QSAS: It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) Eref_del = 98 kWh/m2/yr)LEED: Based on ASHRAE 90.1 - 2007 (Appendix G)

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N / QCS Green Building: 1 to 3)

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Os requerimentos exigidos para avaliar um projeto através de um sistema de avaliação são sempre exaustivos e complexos e ambos os sistemas apresentam muitos métodos de cálculo semelhantes. Entretanto, após uma comparação entre estes dois sistemas em questão, observou-se que o LEED apresenta algumas vantagens em detrimento do GSAS.

O sistema de avaliação utilizado pelo LEED consiste em três etapas:

1) Pré-requisito: critério obrigatório que deve ser cumprido antes do projeto ser avaliado; 2) Créditos obrigatórios: créditos que são acumulados por atender ou exceder os requisitos; 3) Créditos por inovação: créditos extras dados por performances exemplares.

Desta forma, se uma empresa decide certificar um projeto através do LEED, os pré-requisitos são claros e, mediante o processo de desenvolvimento empregado, antecipa a decisão de aplicar ou não este sistema de avaliação, uma vez que, o não cumprimento de um pré-requisito afetará todos os critérios subsequentes relativos a este. Consiste, portanto, em um sistema objetivo e claro.

Para os métodos de cálculo do sistema GSAS, observou-se que o princípio de avaliação de alguns

critérios, principalmente os referentes à categoria de Localização (Site), consiste na apresentação de um Plano extenso e detalhado (com muitos diagramas, especificações, pormenores arquitetónicos) que deve mostrar conformidade com os requisitos exigidos. Poderia até ser considerado um pré-requisito, entretanto não está associado a uma categoria como um todo e, sim, a um critério específico. Para estes critérios a pontuação é muito restrita: se o Plano cumpre conformidade, obtém-se três pontos, se não cumpre, obtém-se -1 ponto. Dependendo do nível de exigência do avaliador, o projeto, mesmo tendo a equipa dispendido tempo para elaborar exaustivos Planos para cada critério, como exige o sistema, poderá ser prejudicado na pontuação final e obter um nível de certificação de uma estrela, por exemplo. Neste contexto, pode-se dizer que é um sistema algo subjetivo e de aplicação complexa.

Contudo, observa-se que o GSAS é um sistema de avaliação relativamente novo, com poucas aplicações e resultados concretos, e está direcionado para regiões do Médio Oriente e Norte da África, onde as práticas sustentáveis de racionalização dos recursos naturais são incomuns. Desta forma, terá um longo caminho a percorrer até atingir um nível de organização e aplicação competitivo com os métodos internacionais existentes.

A criação de um sistema que pudesse avaliar a sustentabilidade dos projetos foi um passo muito importante para estas regiões com tamanhas barreiras e uma estratégia muito interessante, uma vez que Qatar será sede da Copa do Mundo de Futebol em 2022 (embora muitos projetos dos estádios já tenham sido desenvolvidos e certificados por outros sistemas internacionais que não o GSAS). Entretanto, este sistema abre as portas para arquitetos, construtores e investidores locais, estimulando e fornecendo diretrizes para o desenvolvimento de outras tipologias de projetos, uma vez que o país está em fase de grande crescimento e desenvolvimento, sendo que o mercado da Construção Civil desempenha um papel central neste processo.

5.1.3. Novas Medidas Ambientais Propostas 3ª Etapa da Pesquisa Científica

Visando melhorar o desempenho do projeto de urbanização em estudo, foi solicitado, pelo departamento de Gestão de Qualidade e Ecodesenho, a elaboração de uma lista de propostas ambientais que pudessem ser implementadas no projeto, a PC.03.1.4 - Proposta de Medidas Ambientais, para uma posterior avaliação (aceitação ou recusa) por parte do cliente.

Desta forma, tendo como base o documento interno Índice de Medidas Ambientais de Ecodesenho (Índice Medidas Ambientales ecodiseño 2013 Anexo C-), foram selecionadas, inicialmente, 53 medidas ambientais com potencial para serem implementadas no Compound (ver Apêndice D-). E, através da análise do Commercial & Residential GSAS Training Manual 2013, da pesquisa de trabalhos de mestrado e artigos científicos existentes em repositórios on-line a respeito das características

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inerentes ao Qatar, bem como do conhecimento de outros sistemas de avaliação, foram acrescentadas criadas 14 novas medidas ambientais. Entretanto, das medidas novas, apenas seis foram

consideradas significativas e exequíveis pelo coordenador do projeto, visto que a fase em que o projeto se encontrava não permitiria a implementação de algumas destas medidas sugeridas, como demonstradas e justificadas na Tabela 12 a seguir:

Tabela 12 Medidas ambientais acrescentadas e posteriormente avaliadas pelo coordenador do projeto.

MEDIDAS AMBIENTAIS ACRESCENTADAS CONSIDERADA? JUSTIFICATIVA

Adição de componentes ativos (pequenos ventiladores) na torre de vento para aumentar a quantidade de fluxo de ar e promover a ventilação natural.

NÃO O edifício será climatizado.

O desenho das paredes exteriores difere em espessura e material de acordo com a orientação e a carga térmica (por exemplo, a construção de superfícies rugosas e desiguais expostas ao sol).

NÃO Envolvente exterior já definida.

O desenho de diferentes partes do edifício tendo em conta o vento predominante (janelas pequenas ao oeste e este, orientação da torre de vento, etc.).

NÃO Envolvente exterior já definida.

Sensores de qualidade do ar Monitorização de CO2 SIM Pode ser feito através do sistema de domótica.

Gestão da água/recursos hídricos Criação de um Plano SIMEscassez de água no Qatar é um problema corrente.

Utilização de barreiras de vento para proteger a paisagem das tempestades de areia e outras condições adversas de vento (para a prevenção da desertificação).

SIM Barreiras arquitetónicas já definidas previamente.

Proporcionar vias acessíveis com sinalização adequada entre todos os edifícios, áreas de estacionamento e outras instalações no local. SIM A sinalização das vias não

tinha sido considerada.

Planificação para o uso de materiais do Médio Oriente (ou proximidades) e mão de obra local.

NÃO Não há oferta de materiais e mão de obra locais.

Beneficiar, quando aplicável, a economia do Médio Oriente com os gastos relativos à construção, incluindo: a) Trabalhadores e Empreiteiros; b) Materiais dos edifícios; c) Materiais de Construção; d) Ferramentas e Equipamentos de construção; e) Espaços de aluguertemporários.

NÃO Só seriam possíveis o (d) eo (e).

Acessibilidade de aluguer das unidades residenciais. NÃO O cliente não teria interesse.

O risco de investimento. NÃOO cliente não teria

interesse.

Custos da construção. NÃOO cliente não teria

interesse.

Implementação de sistemas de domótica. SIM Controle dos sistemas de refrigeração, entre outros.

Sistema de Refrigeração de Distrito (District Cooling System). SIM Já foi proposto informalmente ao cliente.

É importante salientar que, numa primeira abordagem com o arquiteto responsável, foi discutida a possibilidade de utilização de painéis solares ou fotovoltaicos para reduzir o consumo energético, assim como foi analisada a utilização de coberturas ajardinadas a fim de diminuir a transmissão de calor, uma vez que no Qatar há uma predominância de dias ensolarados, podendo atingir temperaturas de 49°C. Entretanto, ambas as medidas foram descartadas pelas seguintes razões: com relação à primeira, as comuns e constantes tempestades de areia poderiam danificar as instalações dos painéis, prejudicando seu desempenho; e, com relação à segunda medida, esta não seria viável, pois a vegetação local é muito seca e, caso fosse empregado outro tipo de vegetação, o consumo de água e os gastos para manter a eficiência das coberturas seriam elevados.

Adicionalmente, também foram sugeridas doze soluções construtivas de modo a contribuir para a concretização de cinco, das 67 medidas ambientais propostas, como exposto na Tabela 13.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Tabela 13 Soluções construtivas sugeridas a serem discutidas posteriormente entre o coordenador do projeto e o cliente.

MEDIDA AMBIENTAL RELACIONADA SOLUÇÃO CONSTRUTIVA SUGERIDA

Utilização de materiais reciclados Substituição de 5% até 50% de cimento por cinzas volantes ou escória granulada de alto forno na fabricação do betão.

Definição de maior resistência térmica da envolvente do edifício e controle das

condensações

Bloco de betão celular curado em autoclave (600 kg/m3) Reduz em 66.67% o valor de U das paredes recomendado pelo QCS

0,60 W/m2°C) (ver Apêndice E-).

Bloco de betão com argila expandida sem outros agregados (600 kg/m3) Reduz em 65% o valor de U das paredes recomendado pelo QCS

2°C) (ver Apêndice E-).

Uma camada de argila expandida (8 cm) por cima da camada de betão Reduz em 18% o valor de U da cobertura recomendado pelo QCS

2°C) (ver Apêndice E-).

Utilização de dispositivos de vedação em portas e janelas.

Isolamento do envidraçado com gás de baixa condutividade, como argônio ou criptônio.

Emprego de coberturas adaptadas às condições climáticas (cobertura invertida

isolamento sobre camada de impermeabilização)

Lâmina betuminosa com revestimento acrílico branco ultra reflectante: r = 81%;

Lâmina betuminosa auto protegida com revestimento mineral em substituição ao revestimento de zinco definido no projeto.

Betume modificado, na cor branca, sobre uma camada mineral:r = 60 a 75%.

Sistemas urbanos de drenagem sustentável

Ecopavimento com agregado de borracha de pneu aglutinado com resina.

Pavimento de betume resinoso (com ou sem coloração).

Proporcionar vias acessíveis com sinalização adequada entre todos os edifícios, áreas de

estacionamento e outras instalações

Apresentar detalhes arquitetônicos de: passeios, com rampas para pessoas com mobilidade reduzida; e sistemas utilizados na pavimentação dos percursos pedonais.

Apresentar sinalização em/de: Ruas, passeios, sinalizações direcionais e de segurança, contentores de lixo e reciclagem, e sinais indicativos de instalações construtivas e atrações.

Apresentar sinalizações visíveis e adaptadas às línguas oficiais, quando aplicável. Os modelos serão apresentados posteriormente, de acordo com as normas locais.

Portanto, após revisão por parte do arquiteto responsável, do coordenador do projeto e do departamento de qualidade e ecodesenho, as propostas ambientais sugeridas foram reduzidas a 51 medidas no total e a lista foi redefinida (ver Apêndice F-), sofrendo as seguintes alterações:

Foi acrescentado um texto introdutório, explicando a que se refere esta lista de propostas

ambientais, bem como a criação de uma legenda explicando o significado das cores dos textos empregadas no layout da lista;

Dando continuidade a cada medida, foram acrescentadas referências ao QCS 2010 indicando as

medidas recomendadas por este;

Foram acrescentadas referências aos critérios existentes no GSAS, demonstrando a possibilidade

de aplicar este sistema de avaliação e obter uma certificação no Qatar.

Foi proposto pelo departamento de qualidade e ecodesenho o emprego de sistemas sustentáveis,

que não utilizassem cloro, para o tratamento das piscinas e do lago existentes no Compound. Desta forma, foi realizada uma pesquisa a respeito dos diversos tratamentos de água para estes fins (sendo posteriormente convertida em uma nova medida ambiental a ser acrescentada no Manual de Ecodesenho ver Anexo M-) e, em seguida, foram selecionados sete tipos de tratamentos em que o

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consumo de cloro fosse mínimo ou nulo, como uma medida de preservar a saúde dos utilizadores (piscinas) e promover a biodiversidade.

Portanto, no momento oportuno, a lista será encaminhada ao dono da obra e este poderá avaliá-la e, em seguida, tomar as devidas decisões a respeito das medidas ambientais propostas para que estas possam ser implementadas no projeto em desenvolvimento.

5.1.4. Materiais Sustentáveis 4ª Etapa da Pesquisa Científica

Muitas das medidas propostas consistem na utilização de materiais sustentáveis, nomeadamente:

- Materiais com Rótulo ecológico;

- Materiais reciclados;

- Materiais recicláveis no seu fim de vida;

- Materiais livres de produtos tóxicos;

- Materiais com critérios ambientais.

Desta forma, e de modo a favorecer realizou-se um estudo das Listas de Especificações de Materiais, analisando os requisitos de qualidade e desempenho obrigatórios contidos nestas, com o objetivo de apontar algumas medidas ambientais que visam impulsionar um caráter sustentável ao empreendimento e, consequentemente, poderão colaborar para a obtenção de um Rótulo de Certificação Sustentável.

Para tanto, teve-se acesso à Lista de Especificações de Materiais do projeto Compound, nomeadamente aos documentos: General, Architectural & I.D. (Specification Vol. 1); Landscape (Specification Vol. 2); e Mechanical, Electrical & Plumbing (Specification Vol. 3).

Em seguida, elaborou-se uma lista (ver Apêndice G-), na qual constam, resumidamente, os tipos de materiais a serem empregues em obra (segundo as suas categorias), alguns critérios sustentáveis como sugestões para uma melhor seleção dos produtos e, por fim, algumas breves observações a respeito das empresas/marcas especificadas, a nível de certificação ambiental/qualidade e área de abrangência de vendas, como exemplificado na Tabela 14.

Em algumas categorias procurou-se sugerir empresas (destacadas na cor azul) que apresentassem

critérios ambientais na fabricação de seus produtos e, sempre que possível, que possuíssem sede ou distribuidores próximos ao Qatar ou no entorno. O objetivo desta lista não é promover estas empresas e, sim, analisar o nível de qualidade e consciência ambiental destas na fabricação dos seus produtos, sejam organizações de grande ou pequeno porte.

Tabela 14 Exemplo de duas categorias de materiais carpintaria para acabamentos interiores e revestimento cerâmico - contidas na lista resumida presente no Apêndice G-.

Dentre os critérios sustentáveis sugeridos para uma melhor seleção dos produtos, pode-se citar:

SECTION 062023 INTERIOR FINISH CARPENTRY (p. 330)

Requirements: Interior trim and hardwood plank paneling shall comply with "FSC Principles and Criteria for Forest Stewardship".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: Fritz Kohl GmbH & CO - FSC Certification and PEFC (Pan-European Forest Certification Council) (Germany).

SECTION 093013 CERAMIC TILING (p. 552)

Requirements: Obtain tile of each type and color or finish (and other materials) from single source or producer.

Provide tile that complies with ANSI A 137.1.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products with FloorScore Certification.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Daltile - certified and USGBC member.

Porcelanosa - Ecolabel certification (There is an office in Qatar).

Johnson Tiles - certified by ISO 14001 (% of recycled content) (There are offices in Middle and Far East).

Consentino - Eco collection - NSF and GreenGuard certification (There are offices in Turkey and Iran).

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Escolher empresas que trabalhem com materiais reciclados; Utilizar materiais/produtos que apresentem uma porcentagem de conteúdo reciclado; Se aplicável, optar por estruturas pré-fabricadas para os elementos de concreto; Escolher produtos orgânicos com Rótulo FSC para as madeiras; Selecionar materiais/produtos que possam ser reciclados ao fim de sua vida útil; Ligações a seco e não solidárias são preferíveis; Escolher materiais/produtos livres de contaminantes e de substâncias tóxicas; Escolher vidros duplos com o espaço intermédio preenchido com gás de baixa emissividade; Escolher produtos com Rótulo FloorScore para revestimentos cerâmicos; Escolher produtos com Rótulo CE ou equivalente; Escolher sistemas eficientes para o sistema de irrigação e de gás; Instalar detectores de vazamento/escoamento; Instalar reguladores de pressão; Instalar dispositivos economizadores de água e energia; Instalar um sistema de domótica para controle e otimização dos sistemas; Escolher produtos de alta eficiência e com Rótulo Energy Star; Escolher um tratamento de piscina que reduza ou elimine o uso de cloro; Utilizar luminárias do tipo LED sempre que possível.

Adicionalmente, ao realizar esta pesquisa a respeito das empresas, obteve-se conhecimento de outros rótulos sustentáveis (ver Figura 33), utilizados por estas, que valorizam a imagem da organização e favorecem a seleção de seus produtos, bem como, estes critérios poderão ser levados em conta pela empresa ah asociados como requisitos na elaboração de uma futura lista de especificação de materiais. São eles:

PEFC Sustainable Forest Management Certification para madeiras;NSF National Sanitation Foundation International para produtos e serviços;Institut für Bauen und Umwelt (IBU) Produtos sustentáveis (Alemanha); C2C The Cradle to Cradle Certified Products Program Produtos sustentáveis;Ceiling to Ceiling Materiais reciclados (Programa interno desenvolvido por uma das

empresas pesquisadas); GreenGuard Certification (formalmente conhecido como GreenGuard Indoor Air Quality Certification) Padrões de baixas emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COV s) e outras emissões químicas para o ar interior.

Figura 33 Exemplos de Rótulos de Certificação para produtos com critérios ambientais (A partir de 30, 31, 32, 33 e 34, respetivamente).

É importante salientar que, para esta pesquisa mais detalhada acerca dos certificados, sejam eles de gestão ou de sustentabilidade, foram consideradas apenas as empresas contidas nas Listas originais referentes aos materiais especificados para os serviços de Arquitetura e Paisagismo (General, Architectural & I.D. e Landscape), tendo em vista que as Especificações Volume 3 (serviços Mecânicos, Elétricos e Hidráulicos), além de ser relativamente extensa, contêm, em alguns casos, mais de cinco sugestões de empresas para cada categoria de serviço, enquanto que para outros serviços não há recomendação alguma de fabricantes.

Portanto, os 32 fabricantes recomendados nas Especificações Volumes 1 e 2 (especificados inicialmente pela equipa de projeto) através do conteúdo disponibilizado em suas páginas oficiais online, considerando que os dados ali expostos são fidedignos, bem como, em alguns

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casos, através do contato indireto via e-mail, procurando-se sempre filtrar todos as informações referentes à política de gestão das empresas, suas preocupações com o meio ambiente e os critérios ambientais empregados no desenvolvimento de seus produtos.

Desta forma, dentre as 32 empresas recomendadas analisadas, constatou-se que 72% destas possuem alguma certificação ou rotulagem ecológica reconhecidas (ISO 9001, ISO 14001, LEED, FSC, Ecolabel, entre outras), bem como, 91% das empresas certificadas levam em consideração critérios ambientais na fabricação de seus produtos: porcentagem de conteúdo reciclado, economia de água e energia, ausência de contaminantes, baixa quantidade de Compostos Orgânicos Voláteis, entre outros critérios. Os restantes 28% do total das empresas analisadas não apresentavam informações suficientes com relação a estes aspetos (Figura 34).

Figura 34 Nível de Certificação das empresas especificadas na Lista de Materiais: das 32 empresas analisadas, mais da metade (21 empresas) consideram o emprego de critérios ambientais na fabricação de seus produtos. Segundo informações obtidas em suas páginas oficiais, 23 empresas estão certificadas por algum órgão reconhecido, enquanto que, apenas 09 delas não forneciam informações concretas ou relevantes.

No seguimento desta investigação, observou-se quais eram os materiais aos quais foram listadas mais opções de empresas, mediante as variações de serviços a serem executados em obra tendo como base um mesmo material. Para tanto, os materiais foram subdivididos em nove grupos: Cimento, Metal (alumínio e aço), Madeira, Lâminas Impermeáveis, Isolantes (térmicos e acústicos), Vidro, Pedras & Cerâmicas, Tintas & Afins (tintas, vernizes, colas, selantes), e Outros (acessórios para casas de banho, cozinha e área de serviços).

Desconsiderando os valores quantitativos destes (não se obteve acesso a este documento), porém, analisando as variantes das categorias cujos materiais serão empregues, pode-se perceber, através da Figura 35, como também através da lista contida no Apêndice G-, que há uma predominância de serviços nos quais serão utilizados variantes de produtos metálicos (aço e alumínio), lâminas impermeáveis, revestimentos de pedra e cerâmicos, e isolantes térmicos resultado este que vai de encontro às informações fornecidas inicialmente (informalmente) pelo coordenador do projeto.

Figura 35 Porcentagem de empresas recomendadas para atuarem na execução do projeto em análise de acordo com a variante de serviço/produto oferecido.

É importante reforçar que estes resultados não refletem os valores quantitativos dos materiais

a serem utilizados na execução da obra. O objetivo da figura é chamar a atenção para o fato de que, atualmente, as empresas procuram especializar-sem em determinados serviços de modo a garantir a

0

5

10

15

20

25

EMPRESASCERTIFICADAS

EMPRESAS COMINFORMACAOINSUFICIENTE

EMPRESAS COMCRITÉRIOS

AMBIENTAIS

0%

5%

10%

15%

20%

25% CIMENTO

METAL

MADEIRA

LÂMINAS IMPERM.

ISOLANTES

VIDRO

PEDRAS E CERÂMICAS

TINTAS E AFINS

OURTOS

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qualidade final dos seus produtos, mesmo que um serviço semelhante tenha como base o mesmo material, como é o caso, por exemplo, dos elementos metálicos em que há uma empresa recomendada para executar grades decorativas em metal, entretanto esta mesma empresa não é recomendada para executar escadas decorativas em metal. Ou mesmo nos serviços de paisagismo, onde são indicadas quatro empresas diferentes para o fornecimento dos revestimentos cerâmicos, de modo a combinar a pavimentação projetada pelo arquiteto com a gama de produtos específicos oferecidos por cada empresa.

Ainda neste contexto de investigação das empresas com relação ao nível de consciência ambiental destas, associando-as aos nove grupos de materiais citados anteriormente, observou-se que a totalidade das empresas sugeridas para os grupos Madeira, Vidro, Tintas & Afins, e Outros têm em consideração critérios ambientais na fabricação de seus produtos, bem como, as empresas indicadas para executar os serviços que têm como base os grupos Lâminas Impermeáveis e Pedras & Cerâmicas aproximam-se muito desta realidade (ver Figura 36).

Figura 36 Quantificação das empresas, associadas aos nove grupos pré-estabelecidos, que aplicam critérios ambientais na fabricação de seus produtos.

Após estas investigações e análises, foi realizada uma reunião com o coordenador do projeto na qual foi solicitada a elaboração de uma lista contendo as vantagens sociais e económicas (sem especificar valores) de se aplicarem os critérios sustentáveis sugeridos de modo a dissuadir o cliente. Dentre as vantagens apontadas para o empreendimento, pode-se citar, de um modo geral:

Melhorar a imagem do empreendimento com relação à sustentabilidade; Melhorar o conforto dos utilizadores; Contribuir de modo a preservar a saúde dos utilizadores; Beneficiar a economia local; Promover uma economia de energia; Promover uma economia de água.

Portanto, através do conteúdo exposto nos documentos elaborados, e já citados anteriormente no decorrer deste Capítulo, nomeadamente, a Lista Final de Medidas Ambientais Propostas (Apêndice F-) e as Listas de Especificações de Materiais Resumidas (Apêndice G-), bem como através das informações verbais fornecidas ao coordenador do projeto, elaborou-se outro documento (Sustainability Proposals) que aborda, resumidamente, todos estes dados referidos de modo a contribuir para uma melhor compreensão, por parte dos clientes e de outros envolvidos no projeto do Compound, das vantagens e desvantagens de se adotar tais medidas especificadas (Anexo N-).

5.2. Análise crítica de participação

Nesta segunda etapa do programa de estágio realizado na empresa ah asociados¦Pamplona, houve uma maior interação com a equipa de projeto do Compound, através de reuniões e conversas informais, possibilitando uma participação no desenvolvimento do mesmo.

CIMENTO METAL MADEIRALÂMINASIMPERM.

ISOLANTES VIDROPEDRAS E

CERÂMICASTINTAS E

AFINSOUTROS

Empresas "Verdes" 0 3 1 5 2 3 5 1 3

Empresas Especificadas 1 7 1 6 4 3 6 1 3

02468

1012

Empresas com critérios ambientais

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Desta forma, através da análise de dois sistemas de avaliação da sustentabilidade, nomeadamente o GSAS e o LEED, demonstrou-se a possiblidade do projeto vir a obter um certificado de sustentabilidade, desde que haja interesse por parte dos clientes em aplicar as medidas ambientais propostas.

Adicionalmente, foram sugeridas novas medidas ambientais (além das 84 medidas já existentes no Índice de Medidas Ambientais) e algumas soluções construtivas que visam contribuir para a concretização dos objetivos ambientais traçados, bem como, promover uma imagem sustentável autêntica do empreendimento. Ainda neste contexto, foram sugeridos alguns critérios sustentáveis de modo a colaborar para uma melhor seleção dos produtos especificados e, felizmente, muitas das sugestões, como também algumas medidas ambientais e soluções construtivas, foram consideradas pela equipa de projeto, favorecendo o caráter colaborativo no âmbito do estágio.

Para tanto, foram realizadas diversas investigações científicas, de modo a fornecer informações concretas e relevantes, que resultaram úteis para a criação de uma nova medida ambiental, designadamente, a D.9_07 (Reducción de la utilización de cloro en los tratamientos de piscinas y estanques para preservar la salud de los usuarios y promover la biodiversidad), bem como, para a elaboração do documento Sustainability Proposal, ambos citados anteriormente.

Pode-se dizer, portanto, que os trabalhos realizados, associados ao projeto a ser implementado no Qatar, contribuíram de forma eficaz para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos neste relatório de estágio: desenvolvimento de atividades no campo da Arquitetura e a aquisição de novos conhecimentos a respeito de sistemas, tecnologias, técnicas e métodos construtivos aplicados em determinadas regiões (Médio Oriente) e que estão relacionados com a Sustentabilidade.

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Conclusões6.

6.1. Breve descrição do trabalho realizado

Este relatório teve como objetivo integrar os conceitos da sustentabilidade e proporcionar a obtenção de novos conhecimentos a respeito do tema, através de investigações científicas e de uma integração numa equipa de projeto. Consiste num relatório de estágio, no qual o Capítulo Um refere-se à Introdução. No Capítulo Dois foi feita uma breve descrição da empresa ah asociados¦Pamplona e do sistema utilizado para o desenvolvimento de seus projetos, dando maior ênfase ao Manual de Ecodesenho, elaborado pela própria empresa.

No Capítulo Três foram abordados alguns conceitos relacionados e integrados no Ecodesenho, constituindo um embasamento teórico e contribuindo para uma melhor compreensão do exposto no presente relatório.

Através da análise do projeto desenvolvido em Panamá, pôde-se obter uma familiarização com os princípios do Ecodesenho e sua relação com o Sistema Internacional de Certificação LEED, como exposto no Capítulo Quatro.

O Capítulo Cinco, como citado anteriormente, consistiu na base deste relatório. Portanto, foram realizadas exaustivas atividades de investigações tendo como base o projeto em desenvolvimento no Qatar. Foram abordadas as medidas ambientais propostas para o projeto, o que permitiu sugerir-se novas medidas ambientais, bem como, algumas soluções construtivas que foram posteriormente consideradas pela equipa de projeto. Em seguida, foi feita uma análise comparativa entre dois sistemas de avaliação da sustentabilidade, nomeadamente o LEED e o GSAS, apenas com o intuito de tomar conhecimento sobre quais seriam os requisitos mínimos exigidos para obter-se uma certificação através de um destes sistemas. Analisou-se também a viabilidade de utilização de materiais sustentáveis em detrimento dos especificados na Lista de Especificações e, portanto, foram sugeridos alguns critérios ambientais de modo a contribuir para uma melhor seleção dos produtos sendo estes critérios tidos em consideração pela empresa, de forma a contribuir para a elaboração de outros documentos.

6.2. Conclusões Gerais

Ao longo da história das civilizações pôde-se observar que à medida que o homem molda o habitatno qual está inserido, este mesmo ambiente, uma vez alterado, molda o comportamento humano, quer seja para uma vertente positiva, quer seja negativa. Entretanto, independente do resultado obtido, observa-se também que este contato direto com o meio que o rodeia favorece um aprofundamento, uma maior compreensão de como a natureza se comporta e reage diante de tais mudanças.

Independente do tipo de edifício a ser construído, sempre haverá impactos ambientais associados à construção do mesmo, porém, através do ecodesenho, ou seja, através de uma análise mais aprofundada de todos os elementos que compõem o edificado e a sua inserção no meio ambiente, compreende-se como um edifício deve ser projetado, construído, reformado e operado e, consequentemente, contribui-se para uma educação ecológica, uma maior conscientização ambiental

da sociedade, principalmente para os ocupantes do edifício, tendo em vista que um edifício

que este alcance os objetivos outrora almejados.

A principal barreira tem sido os elevados custos relativos à incorporação das medidas de ecodesenho em um determinado projeto. Entretanto, este paradigma tem sido alterado: entre os anos de 2005 e 2009, por exemplo,

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2010. Esta situação verificou-se devido ao fato de que, entre 2000 e 2010, foi necessária uma transição para se implementar estes novos métodos de projetar e construir e, consequentemente, este processo envolveu uma grande aprendizagem social resultante de erros de construção, projetos poucos detalhados, produtos novos com comportamentos indesejáveis ou inesperados, entre outros fatores que, ao longo da vida útil do edifício, ao invés de reduzir os custos, aumentava-os ainda mais.

Felizmente, o mercado da arquitetura e construção vem avançando satisfatoriamente neste contexto e o ecodesenho tem-se mostrado eficaz e eficiente para muitos edifícios projetados, contribuindo, desta forma, para uma redução dos custos a níveis convencionais viáveis. É óbvio que este decréscimo é muito relativo e depende também de vários outros fatores: qual o objetivo da equipa de projeto e do dono da obra, em que etapa do projeto os conceitos de ecodesenho são implementados e, finalmente, depende ainda, do conhecimento e da experiência dos envolvidos na obra, uma vez que, os primeiros trinta dias de planeamento são cruciais para obter-se uma economia no orçamento total da obra, podendo este valor chegar a uma economia de mais de 30% (tendo em vista que 15-20% dos custos da construção estão relacionados com sistemas de AVAC, iluminação, eletricidade, entre outros; e mais 15-20% são referentes a custos de construção civil no exterior do edifício) (18).

Sabe-se que os gastos de construção representam apenas uma fração dos gastos do edifício ao longo dos anos, com sistemas operacionais e manutenção, por exemplo. E, ainda neste contexto, o ecodesenho tem como principal vantagem económica o baixo custo operacional e promete continuar

as próximas décadas.

6.3. Conclusões Específicas

Muitos projetos têm sido desenvolvidos baseando-se nos conceitos do ecodesenho e é possível encontrar desde edifícios sustentáveis construídos com poucos recursos económicos, a partir de resíduos e materiais locais, até edifícios sustentáveis que são considerados modelos da arquitetura ecológica.

A grande maioria sempre associada a um sistema de avaliação, seja ele nacional ou internacional, como uma forma de comprovar, através de dados concretos e

e, reduz os impactos ambientais.

Muitos são os sistemas internacionais de avaliação da sustentabilidade de um edifício existentes no mercado: LEED, BREEAM, CEEQUAL, CASBEE, SBTooL, Green Globes, GSAS, entre outros, e todos englobam as mesmas vertentes da sustentabilidade (social, económica, cultural e ecológica), porém abordam de uma forma distinta cada uma das medidas relacionadas, mediante as especificidades de cada país no qual o sistema será aplicado.

No presente relatório foram analisados dois sistemas de avaliação da sustentabilidade: LEED e GSAS. Com relação ao projeto desenvolvido no Panamá, a certificação foi uma exigência do cliente e, tendo a empresa conhecimento e experiência para aplicar os conceitos do ecodesign, a utilização do LEED contribuiu para que houvesse um equilíbrio entre todas as vertentes abordadas por este sistema internacional de avaliação e garantiu o caráter sustentável do empreendimento.

Relativamente ao projeto em desenvolvimento no Qatar, a implementação de medidas ambientas sustentáveis não foi uma exigência dos clientes, uma vez que os mesmos demonstraram pouco conhecimento e quase nenhum interesse nestas questões. Tal pode até ser justificável por causa das

equivocado), económicas (falta de incentivos, escassez de produtos, aumento da qualificação e dos custos) e políticas (falta de regulamentos e códigos de construção). Outro ponto adicional refere-se ao fato de que os sistemas de avaliação existentes atualmente não podem ser considerados adequados na sua totalidade para serem aplicados em regiões como o Qatar, por exemplo, principalmente por causa

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da variante regional. Desta forma, entre 2012 e 2013, o Qatar desenvolveu um método de avaliação adequado e coerente às especificidades da região: o GSAS. Embora seja um sistema de avaliação que abrange diversas categorias, observou-se, após uma análise do mesmo, que o princípio de avaliação de alguns critérios são exaustivos e complexos (com muitos diagramas, pormenores arquitetónicos) e depende muito do nível de exigência do avaliador, admitindo um caráter algo subjetivo. Portanto, além da subjetividade e complexidade, o GSAS é relativamente novo e com poucas aplicações concretas, o que justifica a preferência (quando existente) por sistemas internacionais mais conhecidos (LEED, BREEAM) de forma a orientar o processo de planeamento e desenvolvimento de projetos sustentáveis.

Outro ponto analisado refere-se às empresas que fornecem os produtos e serviços a serem empregues na obra. Uma vez que os sistemas de avaliação exigem documentos comprobatórios da

as empresas que fornecem estes tipos de materiais desempenham um papel fundamental para a obtenção da certificação. Desta forma, constatou-se que a grande maioria das empresas atualmente possuem alguma certificação ou rotulagem ecológica reconhecidas (ISO 9001, ISO 14001, LEED, FSC, Ecolabel, entre outras), bem como, levam em consideração critérios ambientais na fabricação de seus produtos (porcentagem de conteúdo reciclado, economia de água e energia, ausência de contaminantes, entre outros). Observou-se também que estas mesmas empresas optam por especializarem-se em determinados serviços de modo a garantir a qualidade final e o caráter ecológico dos seus produtos.

Portanto, durante a análise de ambos os projetos (Panamá e Qatar), observou-se que, independente da utilização de um sistema de avaliação, a sustentabilidade de um edifício pode ser conseguida desde que haja, principalmente, o interesse envolvidos na obra, bem como, o conhecimento a respeito pelo tema. Além do mais, visando atingir o baixo custo operacional característico das construções ecodesenhadas, é de fundamental relevância que as medidas ambientais sejam implementadas de preferência nas fases preliminares de planeamento e desenvolvimento do projeto.

Desta forma, se o objetivo da empresa é desenvolver projetos ecológicos, independente de um rótulo de certificação conhecido, isto pode ser feito através da utilização de um manual que auxilie e oriente na implementação dos conceitos de ecodesenho no processo de planeamento e desenvolvimento.

6.4. Trabalhos futuros

Desenvolver um projeto baseado nos conceitos do ecodesenho requer tempo e conhecimentos específicos e, provavelmente, também serão necessárias ferramentas informáticas sofisticadas, de modo a obter um edifício eficiente energeticamente e integrado ao meio. Portanto, observa-se a necessidade de elaboração de um sistema informático (semelhante ao programa desenvolvido pela ah

asociados) que contribua para a implementação dos conceitos do ecodesenho no desenvolvimento dos projetos e que seja coerente para determinadas regiões com características climáticas tão específicas, como o Qatar, por exemplo.

Entretanto, um dos fatores decisivos é um edifício ainda será a forma como o mesmo é operado pelos seus utilizadores. Um mesmo edifício pode consumir muito mais energia quando habitado por distintos utilizadores, por exemplo, de acordo com os seus estilos de vida, suas conceções sobre o conforto, seus hábitos diários e o seu nível de consciência ambiental. Desta forma, torna-se evidente a importância de Palestras, Programas Sociais e Ambientais, Congressos relacionados à Sustentabilidade e que sejam realizados em tais regiões, onde existe uma maior resistência à mudança de comportamento, com o objetivo de estimular e disseminar o

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Observa-se ainda que a sustentabilidade de um edifício como parte do sistema no qual está inserido vai muito além do seu design e do comportamento dos seus ocupantes. Envolve a sua relação com o meio, com a sociedade, com a economia, com os interesses políticos, com a cultura, a compreensão, consideração e aceitação de seus sistemas, com o nível de consciência ambiental, entre outros fatores, e pode-se dizer que é um processo relativamente complexo de se atingir, tendo em consideração a sua área de abrangência e a pormenorização dos aspetos a serem considerados. Portanto, observa-se a urgência na elaboração de Leis Municipais e Normas mais restritas e diretas, a níveis econômicos convencionais, que obriguem todos os envolvidos na área da Construção Civil,

critérios ambientais no desenvolvimento de seus serviços.

Deste modo, é visível que o desenho ecológico, ou o ecodesign, possui um papel fundamental

neste processo, de modo a contribuir para um design sustentável e, consequentemente, visa atingir a sustentabilidade deste conjunto/sistema como um todo, suprindo as necessidades das geraçõespresentes sem comprometer o desenvolvimento das gerações futuras.

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(28) QATAR. Gulf Organization for Research and Development - GSAS/QSAS Technical Guide. V1.0.

2012. Acessível no escritório de arquitetura ahasociados, Pamplona, Espanha;

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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(29) ___Gulf Organization for Research and Development Commercial & Residential GSAS

Training Manual. 2013. Acessível no escritório de arquitetura ahasociados, Pamplona, Espanha;

(30) PROGRAMME FOR THE ENDORSEMENT OF FOREST CERTIFICATION Elements of the PEFC

Label [Em linha]. Switzerland: PEFC International, 2014. [Consult. 26 maio 2014]. Disponível em WWW: <URL:http://www.pefc.org/certification-services/logo-use/elements-of-the-pefc-label>;

(31) NATIONAL SANITATION FOUNDATION The NSF Mark [Em linha]. USA: NSF International, 2014. [Consult. Em 26 maio 2014]. Disponível em WWW: <URL:http://www.nsf.org/about-nsf/nsf-mark/>;

(32) INSTITUT BAUEN UND UMWELT E.V. Welcome to the database system of the Institut

construction and environment! [Em linha]. Berlin: Institut Bauen und Umwelt e.V. (IBU), 2014. [Consult. 26 maio 2014]. Disponível em WWW: <URL:https://epd-online.com/>;

(33) CRADLE TO CRADLE PRODUCTS INNOVATION INSTITUTE Product certification: The Cradle

to cradle Certified Product Standard [Em linha]. San Francisco CA: Celery Design Collaborative, 2014. [Consult. 26 maio 2014]. Disponível em WWW: <URL:http://www.c2ccertified.org/product_cer tification/c2ccertified_product_standard>;

(34) GREENGUARD CERTIFICATION FROM UL ENVIROMENT Greenguard Certification Program

[Em linha]. Marietta, USA: UL Environment, 2014. [Consult. 26 maio 2014]. Disponível em WWW:<URL:http://www.greenguard.org/en/CertificationPrograms/CertificationPrograms_indoorAirQuality.aspx>.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Peso de cada categoria e critério, segundo o GSAS, referente às tipologias Unidade Residencial e Grupo Residencial (A partir de 29)

UC Urban Connectivity 9,00% 8,00% 0 24 0,2400

UC.1 Proximity to Infrastructure 0,00% 2,10% 0 3 0,0006UC.2 Load on Local Traffic Conditions 4,00% 2,62% 0 3 0,0008UC.3 Public Transportation 2,88% 1,89% 0 3 0,0006UC.4 Private Transportation 0,00% 0,00% 0 3 0,0000UC.5 Sewer & Waterway Contamination 0,00% 0,00% 0 3 0,0000UC.6 Acoustic Conditions 0,58% 0,38% 0 3 0,0001UC.7 Proximity to Amenities 1,54% 1,01% 0 3 0,0003UC.8 Accessibility 0,00% 0,00% 0 3 0,0000

S Site 10,00% 9,00% -16 48 0,2700

S.1 Land Preservation 1,91% 0,99% -1 3 0,0003S.2 Water Body Preservation 2,55% 1,32% -1 3 0,0004S.3 Habitat Preservation 1,91% 0,99% -1 3 0,0003S.4 Vegetation 1,53% 0,79% -1 3 0,0002S.5 Desertification 1,53% 0,79% -1 3 0,0002S.6 Rainwater Runoff 0,00% 0,66% -1 3 0,0002S.7 Heat Island Effect 0,00% 0,32% -1 3 0,0001S.8 Adverse Wind Conditions 0,00% 0,50% -1 3 0,0002S.9 Noise Pollution 0,00% 0,00% -1 3 0,0000S.10 Light Pollution 0,00% 0,40% -1 3 0,0001S.11 Shading Adjacent Properties 0,00% 0,50% -1 3 0,0002S.12 Parking Footprint 0,00% 0,66% -1 3 0,0002S.13 Shading 0,57% 0,30% -1 3 0,0001S.14 Illumination 0,00% 0,39% -1 3 0,0001S.15 Pathways 0,00% 0,39% -1 3 0,0001S.16 Mixed Use 0,00% 0,00% -1 3 0,0000

E Energy 25,00% 24,00% -5 15 0,7200

E.1 Energy Demand Performance 5,42% 5,20% -1 3 0,0016E.2 Energy Delivery Performance 5,42% 5,20% -1 3 0,0016E.3 Fossil Fuel Conservation 3,78% 3,64% -1 3 0,0011E.4 CO2 Emissions 4,74% 4,55% -1 3 0,0014E.5 NOx, SOx, & Particulate Matter 5,64% 5,41% -1 3 0,0016

W Water 16,00% 16,00% -1 3 0,4800

W.1 Water Consumption 16,00% 16,00% -1 3 0,0048

M Materials 9,00% 8,00% -6 18 0,2400

M.1 Regional Materials 2,57% 2,29% -1 3 0,0007M.2 Responsible Sourcing of Materials 3,00% 2,67% -1 3 0,0008M.3 Recycled Materials 1,29% 1,14% -1 3 0,0003M.4 Materials Reuse 2,14% 1,90% -1 3 0,0006M.5 Structure Reuse 0,00% 0,00% -1 3 0,0000M.6 Design for Disassembly 0,00% 0,00% -1 3 0,0000M.7 Life Cycle Assessment (LCA) N/A N/A

IE Indoor Environment 17,00% 16,00% -10 30 0,4800

IE.1 Thermal Comfort 0,00% 0,00% -1 3 0,0000IE.2 Natural Ventilation 4,53% 4,27% -1 3 0,0013IE.3 Mechanical Ventilation 0,00% 0,00% -1 3 0,0000IE.4 Illumination Levels 0,00% 0,00% -1 3 0,0000IE.5 Daylight 4,53% 4,27% -1 3 0,0013IE.6 Glare Control 0,00% 0,00% -1 3 0,0000IE.7 Views 0,00% 0,00% -1 3 0,0000IE.8 Acoustic Quality 3,40% 3,20% -1 3 0,0010IE.9 Low-Emitting Materials 4,54% 4,26% -1 3 0,0013IE.10 Indoor Chemical & Pollutant Source Control 0,00% 0,00% -1 3 0,0000

CE Cultural & Economic Value 13,00% 13,00% -2 6 0,3900

CE.1 Heritage & Cultural Identity 8,13% 8,13% -1 3 0,0024CE.2 Support of National Economy 4,87% 4,87% -1 3 0,0015

MO Management & Operations 0,00% 6,00% 0 18 0,1800

MO.1 Commissioning Plan 0,00% 0,71% 0 3 0,0002MO.2 Organic Waste Management 0,00% 2,35% 0 3 0,0007MO.3 Recycling Management 0,00% 2,94% 0 3 0,0009MO.4 Leak Detection 0,00% 0,00% 0 3 0,0000MO.5 Energy & Water Use Sub-metering 0,00% 0,00% 0 3 0,0000MO.6 Automated Control System 0,00% 0,00% 0 3 0,0000MO.7 Hospitality Management Plan 0,00% 0,00% 0,0000MO.8 Sustainability Education & Awareness Plan 0,00% 0,00% 0,0000MO.9 Building Legacy 0,00% 0,00% 0,0000

Max. Attainable Score 99,00% 100,00% 6 STARS 3,0000

COMMERCIAL & RESIDENTIAL - GSAS TRAINING MANUAL 2013

WeightsSingle

ResidentialGroup

Residential

Compliance LevelScore (Min)

Score (Max)

Category / CriteriaNo Points

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APÊNDICE B - Lista comparativa dos critérios abordados pelos sistemas de certificação LEED New Constructions e GSAS para Grupos Residenciais

xx

x or N/A

Health of Indoor environment criteria.Health of indoor environment LEED QSASNoise and acousticsNoise level x x (UC.6) Acoustic Conditions; (S.9) Noise Pollution; (IE.8) Acoustic QualitySound insulation x (UC.6) Acoustic Conditions; (IE.8) Acoustic QualitySound absorption x (UC.6) Acoustic Conditions; (IE.8) Acoustic QualityLighting and IlluminationLighting controllability xView out x x (IE.7) ViewsGlare measure and control x x (IE.6) Glare ControlIllumination level x x (IE.4) Illumination LevelsDaylight factor (DF) x x (IE.5) DaylightVentilationPotencial for natural ventilation x x (IE.2) Natural VentilationVentilation system x x (IE.3) MechanicalVentilationAir purification - supply of fresh air x x (IE.2) Natural VentilationAir quality sensors - CO2 monitoring xContamination levelVolatile organic compounds (VOC) x x (IE.9) Low-Emitting MaterialsElectromagnetic pollutionMicrobiological contamination level x x (IE.10) Indoor Chemical & Pollutant Source ControlThermal comfortZoned control x x (IE.1) Thermal ComfortCooling/Heating humidity control x x (IE.1) Thermal Comfortand comfort

Management criteria.Management LEED QSASCommissioning x x (MO.1) Commissioning PlanConsultationConsiderate constructorsHome user guide x (MO.8) Sustainability Education & Awareness PlanConstruction process planningConstruction site planningSecurity

Sustainable site and ecology criteria.Sustainable site and ecology LEED QSASConstruction site planningSite selection x x (S.1) Land PreservationSite protection x x (S.1) Land PreservationEcological valueContaminated land x x (S.1) Land PreservationMitigation ecological impact x x (S.2) Water Body Preservation; (S.5) Desertification; (S.7) Heat Island EffectEnhance site ecology x x (S.3) Habitat PreservationBiodiversity protection x x (S.3) Habitat PreservationTransportAccessibility x x (S.15) Pathways; (UC.8) AccessibilityDensity development xCommunity connectivity x x (UC.7) Proximity to AmenitiesPedestrian and cyclist safety x x (S.15) Pathways; (UC.8) AccessibilityCar parking capacity x

Energy efficiency criteria.Energy efficiency LEED QSASEnergy performanceHVAC system x x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceVentilation rate x x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceLighting: internal x x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceLighting: external x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceHot water system x x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceHeat transmission xNatural resourcesRenewable energy technology x x / (E.3) Fossil Fuel ConservationEfficient operationEnergy monitoring x x / (E.1) Energy Demand Performance; (E.2) Energy Delivery PerformanceOptimum performance and energy saving x x / (E.2) Energy Delivery PerformanceCO2 mitigations strategy x x / (E.4) CO2 EmissionsInsulting GWP

Rated for Residential Compound - QCS Green Building 2010Non applicable for Group Residential - GSAS 2013

GSAS 2013 - GROUP RESIDENTIALCOMPARISON BETWEEN LEED AND GSAS Rated for Group Residential - GSAS 2013

Recommended Minimum Score - GSAS 2013

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Water efficiency and waste management criteria.Water efficiency and waste management LEED QSASWater Water consumption x x / (W.1) Water ConsumptionRain water haversting x x / (W.1) Water ConsumptionGrey water recycling x x / (W.1) Water ConsumptionInnovative wastewater technology x x / (W.1) Water ConsumptionWater fixture and conservation strategy x x / (W.1) Water ConsumptionIrrigation system x x / (W.1) Water ConsumptionRecharge of ground waterWasteConstruction waste management xWaste treatment x x (MO.2) Organic Waste ManagementRecycling facilities x x (MO.3) Recycling Management

Material criteria.Material LEED QSASMaterial with low environmental impact x x (M.1) Regional Materials; (M.3) Recycled MaterialsUse of non-renewable-virgin materials x x (M.3) Recycled MaterialsRe-use of structural frame materials x x (M.3) Structure ResuseUse of non-structural materials x x (M.4) Materials ReuseBuilding fabric component (insulation) xUse of finishing materialsResponsible source of materials x (M.2) Responsible Sourcing of MaterialsMaterial efficiency over its life cycle (LCA) x N/A (M.7) Life Cycle Assessment (LCA)

Economic Aspects.Economic aspects LEED QSASConstruction cost x / (CE.2) Support of National EconomyLife cycle costOperating and maintenance cost xInvestment riskAffordability of residential rental

Pollution and risks.Pollution and risks LEED QSASRefrigerant GWP - building services xNight light and noise pollution x x (S.9) Noise Pollution; (S.10) Light PollutionPreventing refrigerant leaks x (MO.4) Leak DetectionWatercourse pollution x x (UC.5) Sewer & Waterway ContaminationHeat Island effect x x (S.7) Heat Island EffectNOx emission from heating source x / (E.5) NOx, SOx, & Particulate MatterCO2 emissions x x / (E.4) CO2 EmissionsFire risk xNatural disaster (flooding, hurricanes, etc.) x x (S.8) Adverse Wind Conditions

Quality of service.Quality of service LEED QSASFunctionality and usability xFlexibility and adaptability x x (UC.3) Public Transportation; (UC.7) Proximity to AmenitiesDurability and reliability x x (MO.9) Building LegacyControllabitlity of system x x (MO.6) Automated Control SystemMaintenance of performance xImpact on quality of service and adjacent x x (MO.7) Hospitability Management Planproperty

Innovation.Innovation LEED QSASExemplary performance Innovation in design x

GSAS Final score from 0 to 3Each category and criterion has an associated weight based on its relative environmental, social, and economic impact;Once a score is assigned to each criterion in the assessment system, the values are multiplied by the weight and a cumulativefinal score is determined.

LEED: Final points from 40 to +80Prerequisite - criteria that must ne included before a project can be assessed;Core credtis - given for meeting or exceeding the requirements in the 5 categories;Innovation credits - given for exemplary performance, beyond core credits.

From 1 to 6 stars

From CERTIFIED to PLATINUM

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APÊNDICE C - Lista comparativa entre os métodos de cálculos e requisitos exigidos pelos sistemas de Certificação LEED New Constructions e GSAS para Grupos Residenciais

Acoustic Conditions (UC.6)

QSAS: Measure the average combined Day-Night Average Sound Level (DNL) exposure of the site.LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.

(Minimum score: GSAS: 0 (to 3) / LEED: ----)Noise Pollution (S.9)

QSAS: Determine the overall A-weighted day-night sound pressure level (DNL), pre- and post-development. The area for measurement isat the edge of the project site and 2 meters above ground.

LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----)

Acoustic Quality (IE.8)

QSAS: Develop a plan to meet minimum requirements for acoustic quality. The indoor level must meet the recommended noise level forspeech intelligibility as described in BS 8233:1999.

LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----)

Daylight (IE.5)

QSAS: Perform simulations to measure daylight level within the proposed building and input results into the Daylight Calculators. Theproject will identify the illuminance category for the typical occupancy areas and determine required light levels as found in theIESNA Lighting Handbook, 10th Edition.

LEED: Predict daylight factors via manual calculations or model daylighting strategies with a physical or computer model to assess footcandle levels and daylight factors achieved.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)

Natural Ventilation (IE.2)

Determined by the number of months that the typical occupancy areas can utilize natural ventilation by verifying minimum fresh air supply to guarantee indoor air quality. Both methods are based on ASHRAE 62.1 requirements. (Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N)

Low-Emitting Materials (IE.2)Both calculation methods are similar: chosen of materials and finishes that minimize Volatile Organic Compounds (VOC) emissions.

QSAS: a) Develop a plan to specify materials with low VOC emissions rate as found in the low-emitting Materials Calculator;b) Complete the Low-Emitting Materials Calculator to evaluate the measured VOC contents of specified indoor materials.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)

Commissioning Plan (MO.1)

QSAS: Engage an independent Commissioning Authority to develop a Commissioning Plan for all phases of the building process from pre-design to post-occupancy.

LEED: The calculation method is similar.(Minimum score: GSAS: 0 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N)

Land Preservation (S.1)

QSAS: Assess the site for its soil quality and contamination level and determine strategies to conserve, restore, or enhance the site.All projects will also develop a Soil Erosion Plan to identify the potencial for soil erosion as well to provide recommendations for acceptable ways to limit soil erosion during and after construction.

LEED: Create and implement an Erosion and Sedimentation Control (ESC) Plan for all consrtuction activities associated with the project.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N and 1 credit for Site Selection)

Water Body Preservation (S.2)

QSAS: Develop a Water Body Preservation Plan which will contain strategies and guidelines for the conservation, restoration, and/or enhancement of natural water bodies on or nearby the project site.

LEED: There are different requirements. See SS Credit 6.1 e 6.2.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)

Habitat Preservation (S.3)

QSAS: Create a Habitat Preservation Plan which will contain strategies to conserve, restore, or enhace habitats and biodiversity of the site.LEED: There are different requirements and also include a master plan. See SS Credit 5.1 e 5.2.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)Desertification (S.5)

QSAS: Complete the Desertification Calculator to determine the area of landscaped zones protected by wind barriers.LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect with the same approach.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----)Heat Island Effect (S.7)

QSAS: Calculate pre- and post-development albedo values to obtain the albedo difference caused by the new construction.LEED: Approach some of the same aspects, but the calculation method is different. See SS Credit 7.1 e 7.2.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)Pathways (S.15)

QSAS: Develop a plan to provide adequate signage and physical connections to ease travel between all building, parking areas, and otherfacilities on the site. Does not cover the cyclist safety. Only the pedestrian aspect.

LEED: LEED for New Cosntructions does not cover the pedestrian aspect. Only the cyclist safety.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----)

Proximity to Amenities (UC. 7)

QSAS: Identify on a site map all the amenities that are located within short walking distance or driving distance from the proposed site,measured from the entry/exit point of the project.

LEED: Is determined by drawing a 1/2 mile radius around a main building entrance on a site map and counting the services within that radius.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 5)

Energy Demand Performance (E.1)

Both calculation methods are similar: based on building data and cooling energy needs of the project.QSAS: It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) Qref_nd = 121 kWh/m2/yr)

LEED: Based on ASHRAE 90.1 - 2007 (Sections 5.4, 6.4, 7.4, 8.4, 9.4, 10.4)(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N / QCS Green Building: 1 to 3)

COMPARISON BETWEEN LEED AND GSASCALCULATION METHODS AND REQUIREMENTS

At least ninety percent (90%) of all buildings in the mixed development must be assessed in order to be certified.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Fossil Fuel Conservation (E.3)

QSAS: Based on the primary energy factor for each energy carrier used. It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) Eref_p = 179 kWh/m2/yr)

LEED: Calculate project performance by expressing the energy produced by on-site renewable system as a % of the building annual cost.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 1 to 7 / QCS Green Building: 1 to 3)

Energy Delivery Performance (E.2)

Both calculation methods are similar: based on building data, HVAC specifications, lighting system, DHW system, and energy generation.QSAS: It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) Eref_del = 98 kWh/m2/yr)LEED: Based on ASHRAE 90.1 - 2007 (Appendix G)

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N / QCS Green Building: 1 to 3)CO2 Emissions (E.4)

QSAS: Based on CO2 emission coefficient for each energy carrier used. It´s necessary the QSAS Energy Application document. (Baseline reference (residential) CO2ref= 39,597 g/m2/yr)

LEED: The building is not able to get a Target Finder score if the tool does not support the primary building type and/or the project is not located in the United States.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: required, but the values have no bearing on the prerequisite compliance [optional] / QCS Green Building: 1 to 3)

Water Consumption (W.1)

Both calculation methods are similar, determined by several input parameters: QSAS: a) The project site area and the number of full time staff, students, or residents and visitors occupying the building

b) Specifications for plumbing fixturesc) Landscaping and irrigation pland) Rain and storm water collection and reuse plane) Grey and black water treatment and reuse plan(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequesite / from 0 to 2 / from 2 to 4 / QCS Green Building: 1 to 3)

Organic Waste Management (MO.2)

QSAS: Develop and implement an Organic Waste Management Plan for the collection, storage, and composting of organic waste materials,on- or off-site.

LEED: LEED for New Cosntructions does not cover Organic Waste Management. Only Construction Waste Management.(Minimum score: GSAS: 0 (to 3) / LEED: ----)

Recycling Management (MO.3)

QSAS: Develop and implement a Recycling Management Plan for the collection, storage, and removal of recycling.LEED: Provide an easily accessible dedicated areas that serve the entire building for the collection and storage of materials for recycling.

(Minimum score: GSAS: 0 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N)Regional Materials (M.1)

QSAS: Complete the Regional Materials Calculator to compute a Performance Indicator based on the weight and sourcing distance of all applicable materials.

LEED: Percentage based on cost and weight of the products extracted, harvested or recovered, within 500 miles.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)

Responsible Sourcing of Materials (M.2)

QSAS: Determine the percent, by cost, of the imported materials that can be traced through the supply chain. Applicable materials includeall primary building elements that are imported.

LEED: This credit is undergoing a separate development process (Certified Wood).(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: -----)

Recycled Materials (M.3)

QSAS: Determine the percent, by cost, of the recycled content of all applicable raw materials used in the project.LEED: Determine the percentage of materials with recycled content used, based on cost.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)Materials Reuse (M.4)

QSAS: Determine the percent, by cost, of materials reused based on the following measures: the quantity of reused materials, the reusedmaterial cost, and the total cost of project materials. Materials may originate from on- or off-site sources.

LEED: Determine the percentage of materials reused, based on cost.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 1)

Support of National Economy (CE.2)

QSAS: Determine the amount of construction expenditures benefitting the National economy, as a percentage of total construction costs.LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ---- / QCS Green Building: from 2 to 3)Light Pollution (S.10)

QSAS: Determine the extend of Light Trespass and Upward Light Emission to complete the Light Pollution Calculator.LEED: The calculation method is similar. See SS Credit 8.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: prerequisite - Y or N)Adverse Wind Conditions (S.8)

QSAS: Calculate pre- and post-development wind conditions and determine the increase in wind speed. LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----)NOx, SOx, & Particulate Matter (E.5)

QSAS: Based on Nox andSOx emission coefficient for each energy carrier used.LEED: LEED for New Cosntructions does not cover this aspect.

(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: ----/ QCS Green Building: 1 to 3)Public Transportation (UC.3)

QSAS: Identify on a site map the public transport stops within 480 meters of the proposed siteLEED: Locate project within 1/2 mile walking distance of an existing or planned and funded, public transportation. Or Locate project within

1/4 mile walking distance of one or more stops for two or more public bus lines usable by building occupants.(Minimum score: GSAS: -1 (to 3) / LEED: from 0 to 6)

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62

APÊNDICE D Primeira Lista de Proposta de Medidas Ambientais desenvolvida

Primeira lista desenvolvida contendo as Medidas Ambientais propostas, com destaque (em marcação amarela) às medidas que foram desconsideradas pelo Coordenador do projeto e Arquiteto responsável, após 1ª revisão.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

63

Width Conductivity[m] [w/mK]

Outside air film 0,04Plaster 0,015 0,72 0,02Polystyrene insulation 0,14 0,04 3,50Hollow concrete block 0,2 0,45 0,44Interior plaster render 0,025 0,3 0,08Inside air film 0,13Total resistance R

Hence, the U-value of the facade is U=1/R= 0,24 W/m2.K

WALL TYPE 1 (EIFS STUCCO CLADDING) R [m2k/w]

4,22

Datos: CTE, Marzo 2010

Width Conductivity[m] [w/mK]

Outside air film 0,04Plaster 0,015 0,72 0,02Polystyrene insulation 0,14 0,04 3,50Hormigón celular curado en autoclave (600 kg/m3) 0,2 0,18 1,11Interior plaster render 0,025 0,3 0,08Inside air film 0,13Total resistance R

Hence, the U-value of the facade is U=1/R= 0,20 W/m2.K

WALL TYPE 1 (EIFS STUCCO CLADDING) R [m2k/w]

4,89

Width Conductivity[m] [w/mK]

Outside air film 0,04Plaster 0,015 0,72 0,02Polystyrene insulation 0,14 0,04 3,50Hormigón con arcilla expandida sin otros áridos (600 kg/m3) 0,2 0,19 1,05Interior plaster render 0,025 0,3 0,08Inside air film 0,13Total resistance R

Hence, the U-value of the facade is U=1/R= 0,21 W/m2.K

WALL TYPE 1 (EIFS STUCCO CLADDING) R [m2k/w]

4,83

Width Conductivity[m] [w/mK]

Outside air film (exterior surface resistance) 0,04concrete or stone paving 0,05 1,7 0,03

mortar 0,08 1,7 0,05

Geotextile 0,001 0,5 0,00

Polystyrene Insulation (Roof Mate or similar) 0,1 0,0284 3,52lightweight concrete screed 0,08 0,3 0,27roof slab 0,25 2,5 0,10Air cavity 50mm 0,18Gypsum board 0,015 0,06 0,25

Inside air film (interior surface resistance) 0,16Total resistance R

Hence, the U-value of the roof is U=1/R= 0,22 W/m2.K

ROOF TYPE 1 (GENERAL) R [m2k/w]

4,60

Datos: CTE, Marzo 2010

Width Conductivity[m] [w/mK]

Outside air film (exterior surface resistance) 0,04concrete or stone paving 0,05 1,7 0,03

mortar 0,08 1,7 0,05expanded clay 0,08 0,095 0,84

Geotextile 0,001 0,5 0,00

Polystyrene Insulation (Roof Mate or similar) 0,1 0,0284 3,52lightweight concrete screed 0,08 0,3 0,27roof slab 0,25 2,5 0,10Air cavity 50mm 0,18Gypsum board 0,015 0,06 0,25

Inside air film (interior surface resistance) 0,16

Total resistance R 5,44

Hence, the U-value of the roof is U=1/R= 0,18 W/m2.K

ROOF TYPE 1 (GENERAL) R [m2k/w]

APÊNDICE E Cálculos auxiliares

Cálculos auxiliares para comprovação das soluções construtivas sugeridas como metodologia para atingir-se a medida ambiental U.1 05 - Definição de uma maior resistência térmica da envolvente exterior do edifício e controle das condensações, para o projeto do Compound no Qatar.

Apêndice E Tabela 1 Definição da parede exterior especificada para o projeto.

Apêndice E Tabela 2 Primeira sugestão construtiva: substituição do Bloco oco de concreto por Bloco de Concreto Celular curado em autoclave na parede exterior.

Apêndice E Tabela 3 Segunda sugestão construtiva: substituição do Bloco oco de concreto por Bloco de Concreto com Argila Expandida, sem outros agregados, na parede exterior.

Apêndice E Tabela 4 Definição da cobertura especificada para o projeto.

Apêndice E Tabela 5 Terceira sugestão construtiva: acréscimo de uma camada de 8 cm de argila expandida, na cobertura.

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APÊNDICE F Lista Final das Medidas Ambientais Propostas

Segunda lista desenvolvida, a ser enviada ao cliente, contendo as Medidas Ambientais propostas após revisão pelo Coordenador do projeto, do Arquiteto responsável e do Departamento de Ecodesenho.

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APÊNDICE G Listas de Especificações de Materiais Resumidas

As listas a seguir apresentam os tipos de materiais a serem empregados em obra (segundo suas categorias), alguns critérios sustentáveis como requisitos para seleção dos produtos e, por fim, algumas breves observações a respeito das empresas/marcas especificadas, a nível de certificação ambiental/qualidade e área de abrangência de vendas.

NOTA 1: As empresas destacadas na cor azul referem-se à sugestões acrescentadas posteriormente pela autora deste relatório.

NOTA 2: O objetivo desta lista não é promover estas empresas e, sim, analisar o nível de qualidade e consciência ambiental

destas na fabricação de seus produtos.

NOTA 3: Esta lista foi elaborada tendo como base os seguintes documentos: General, Architectural & I.D. (Specification Vol. 1);

Landscape (Specification Vol. 2); e Mechanical, Electrical & Plumbing (Specification Vol. 3), disponíveis na ah asociados|Pamplona.

Apêndice G.1 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seções 03 e 04:

SPECIFICATION VOLUME 1 GENERAL, ARCHITECTURAL & ID. - Q1314 & Q1315 HORIZONS COMPOUND

SECTION 033000 CAST-IN-PLACE CONCRETE (P. 128)

Requirements: Aggregates shall consist of tough, hard, durable and uncoated particles containing no harmful material.

Aggregates shall comply with the requirements of BS 882 (Specifications for aggregates from natural

sources for concrete).

Ground granulated blast furnace slag (GGBS) shall comply with the requirements of BS 6699 (Specifications for GGBS

for use with Portland cement).

The % of GGBS shall not be less than 30% and not greater than 70% by total weight of cementitious material.

Pulverized fuel ash (PFA) shall comply with the requirements of BS 3892 Part 1 (Specification for use with

Portland cement).

The % of PFA shall not be less than 25% and not be greater than 35% by total weight of cementitious material.

Microsilica or condensed silica fume shall not exceed 10% by total weight of cementitious material.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

Use materials with % of recycled content - Cement replacement of 5% to 50% by fly ash or granulated blast furnace

slag in themanufacture of the concrete.

Precast structures are preferable.

Lightweight ceramic block (thermo clay) or lightweight cellular concrete block are preferable instead of hollow

concrete block.

Manufacturers: Portland -certified by ISO.

SECTION 034900 GLASS FIBER REINFORCED CONCRETE (P. 231)

Requirements: Shall comply with the requirements and recommendations in the PCI Manuals (Precast/Prestressed Concrete Intitute).

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

Use materials with % of recycled content.

Precast structures are preferable.

Manufacturers: Portland -certified by ISO.

SECTION 042000 UNIT MASONRY (P. 243)

Requirements: Obtain exposed masonry units from single source from single manufacturer for each product required.

Obtain mortar ingredients from single manufacturer for each cementitious component and from single source

or producer for each aggreagate.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

Use materials with % of recycled content.

Precast structures are preferable.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Portland -certified by ISO.

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Apêndice G.2 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 05:

Apêndice G.3 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 06:

SECTION 055000 METAL FABRICATIONS (P. 260)

SECTION 055113 METAL PAN STAIRS (P. 268)

Requirements: Allow for thermal movements from ambient and surface temperature changes.

Metal stairs and railings shall withstand the effects of gravity loads.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ????

SECTION 055213 PIPE AND TUBE RAILINGS (P. 276)

Requirements: Railings, including attachment to building construction, shall withstand the effects of gravity loads.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Fabricators inc. USA.

Tri tech inc. USA - certified by ISO 9100 (USA) and ENG9100 (Europe).

SECTION 055313 BAR GRATINGS (p.283)

Requirements: Gratings shall withstand the effects of gravity loads (as per requirements of Karhamaa).

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Any approved by Kahramaa (Qatar General Eletricity & Water Corporation).

????

SECTION 057000 DECORATIVE METAL (P. 288)

Requirements: -

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ???

SECTION 057100 DECORATIVE METAL STAIRS (p. 296)

Requirements: Comply with "Recommended Voluntary Minimum Standards for Fixed Metal Stairs".

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ???

SECTION 057313 GLAZED DECORATIVE METAL RAILINGS (p. 302)

Requirements: Railings, including attachment to building construction, shall withstand the effects of gravity loads.

Support each section of top rail by a minimum of three glass panels or by other means.

Allow for thermal movement from ambient and surface temperature changes.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals and glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Q-Railing - products with recycled content?? (There is an office in India).

VIVA Railings - certified - products with % of recycled content (There are offices in India and Asia).

CRL U.S. Aluminium - certified (There is an office in UK).

SECTION 057500 DECORATIVE FORMED METAL (p. 311)

Requirements: Decorative formed metal items, including anchors and connections, shall withstand the effects of gravity loads.

Seismic performance as defined by geotechnical report for climitalogical conditions in Qatar or as per QCS2010.

Allow for thermal movement from ambient and surface temperature changes.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Wilsonart - certified - with % of recycled content (There are offices in U.S. and Canada).

SECTION 061053 MISCELLANEOUS ROUGH CARPENTRY (p. 318)

Requirements: Lumber and plywood shall comply with "FSC Principles and Criteria for Forest Stewardship".

Lumber shall comply with "American Lumber Standard Committee", Incorporated (ALSC Board of Review).

Maximum moisture content of lumber: 15% for 38mm; 19% for more than 38mm.

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers:

Architectural Woodwork - KIREI.USA - Certified by FSC (USA).

Roseburg - Certified by FSC (USA).

Wood Panels - TRUPAN/ARAUCO - Certified by FSC (USA).

Pandapanels - Certified by FSC (Offices in Asia e Europa).

Lauzon - Certified by FSC (Canada).

Hardwood Lumber - Hardwoods - Certified by FSC (Canada e USA).

SECTION 062013 EXTERIOR FINISH CARPENTRY (p. 325)

Requirements: Exterior finish carpentry shall comply with "FSC Principles and Criteria for Forest Stewardship".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: ???

SECTION 062023 INTERIOR FINISH CARPENTRY (p. 330)

Requirements: Interior trim and hardwood plank paneling shall comply with "FSC Principles and Criteria for Forest Stewardship".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: Fritz Kohl GmbH & CO - FSC Certification and PEFC (Pan-European Forest Certification Council) (Germany).

SECTION 064113 WOOD-VENEER-FACED ARCHITECTURAL CABINETS (p. 339)

Requirements: Comply with "Architectural Woodwork Standards".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: Fritz Kohl GmbH & CO - FSC Certification and PEFC (Pan-European Forest Certification Council) (Germany).

SECTION 064116 PLASTIC-LAMINATE-FACED ARCHITECTURAL CABINETS (p. 344)

Requirements: Comply with "Architectural Woodwork Standards".

Plastic-laminated cabinets shall be made from wood products certified as "FSC Pure" or "FSC Mixed Credit".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: ????

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Apêndice G.4 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 07:

SECTION 071113 BITUMINOUS DAMPPROOFING (p. 349)

Requirements: Obtain primary dampproofing materials and primers from single source from single manufacturer.

Shall comply with VOC content limits of authorities.

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: BASF - Building Systems - Sonneborn Brand Products - Certified by ISO 9001 and LEED (Turkey and India).

ChemMasters, Inc.

Henry Company - Certified by LEED (USA and Canada).

SECTION 071326 SELF-ADHERING SHEET WATERPROOFING (p. 355)

Requirements: Obtain waterproofing materials and molded-sheet drainage panels from single source from single manufacturer.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Manufacturers: Grace, W. R. & Co. - certified by ISO 14001 - Some products are certified (There is an office in Dubai).

Henry Company - Certified by LEED (USA and Canada).

CETCO/AMCOL - Certified by LEED (Asia and Europe).

SECTION 071600 CEMENTITIOUS WATERPROOFING (p. 360)

Requirements: The manufacturer of the specific product shall be ISO 9001 certified.

Manufacturers: SIKA Corporation - certified products/ certified by ISO 9001 and 14001 and by UNE 14001 (There is an office in Qatar).

(SikaTop Seal 107 - conform to the requirements).

SECTION 072100 THERMAL INSULATION (p. 365)

Requirements: XPS: ASTM C 578, Type VI for Roofing applications.

XPS: ASTM C 578, Type IV for Facade applications (with carbon graphite and black colour).

Mineral-Wood Blankets: ASTM C 665, Type I for curtain wall.

Spray-Applied Cellulosic: ASTM C 1149, Type I.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers:

XPS - The Dow Chemical Company (USA).

Mineral-Wool Blankets - RockWool - certified by ISO 9001 and 14001 (There is an office in Turkey).

Central Fiber - certified? (USA).

International Cellulose Corporation - certified (USA).

SECTION 072413 POLYMER-BASED EXTERIOR INSULATION AND FINISH SYSTEM (EIFS) (p. 368)

Requirements: Based on BASF Senerflex Classic PB Wall System.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: BASF - Building Systems - Sonneborn Brand Products - Certified by ISO 9001 and LEED (Turkey and India).

SECTION 072727 VAPOUR PERMEABLE AIR BARRIERS (p. 380)

Requirements: Obtain materials from a single manufacturer.

Provide an air barrier membrane system. This system shall accommodate movements of building materials.

Use low VOC adhesive primer.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Henry Company - Certified by LEED (USA and Canada).

SECTION 075552 MODIFIED BITUMINOUS PROTECTED MEMBRANE ROOFING (p. 388)

Requirements: Approved by FM Global for roofing system.

Installed roofing and base flashing shall withstand specified uplift pressures, thermally induced movement,

and exposure to weather.

Roofing materials shall be compatibles with one another under conditions of service and application.

Roofing system shall have an initial solar reflectance of less than 0.70 and U=0,22 W/m2.k.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Manufacturers: GAF Materials Corporation - USGBC Platinum member - EC Certificate of Factory Production Control (USA).

Firestone - Building Products - LEED Certification (There are offices in Asia and Europe).

Soprema Group - certified (There is an office in Dubai).

Derbigum Eco Solutions and Derbigum Roofing Solutions - By Derbigum Ecolabel - certified (Belgica).

SECTION 076200 SHEET METAL FLASHING AND TRIM (p. 402)

Requirements: Comply with "The NRCA Roofing Manual".

Comply with "Architectural Sheet Metal Manual".

Sheet metal flashing and trim assemblies shall withstand with loads, structural movement, thermally induced

movement, and exposure to weather.

Allow for thermal movement from ambient and surface temperature changes.

Sustainability: Dry joints and not supportive joints are preferable.

Manufacturers: ???

SECTION 077100 ROOF SPECIALTIES (p. 414)

Requirements: "ANSI/SPRI Wind Design Standard" used with low sloped roof systems (ES-1).

Obtain roof specialites approved by manufacturer providing roofing-system warranty.

Roof specialities shall withstand exposure to weather and resist thermally induced movement.

Manufacture and install copings roof-edge specialities tested according to SPRI ES-1.

Allow for thermal movement from ambient and surface temperature changes.

Sustainability: Dry joints and not supportive joints are preferable.

Manufacturers: Firestone - Building Products - LEED Certification (There are offices in Asia and Europe).

SECTION 079100 PREFORMED JOINT SEALS (p. 421)

Requirements: Manufacturer's standard joint seal manufactured from urethane or EVA foam with min. Density of 160 kg/cu.m.

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Nullifire by Tremco illbruck Coatings Limited - not certified? (covers the Middle East).

SECTION 079200 JOINT SEALANTS (p. 426)

Requirements: Provide joint sealants that are compatible with one another and with joint substrates under conditions of service

and application.

Manufacturers: SIKA Corporation - certified products/ certified by ISO 9001 and 14001 and by UNE 14001 (There is an office in Qatar).

Pecora Corporation - certified by ISO 9001 and USBGC member (USA).

Bostik - certified by ISO 9001 and 14001 (There is an office in UK).

Spray-applied Cellulosic

Insulation -

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Apêndice G.5 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 08:

SECTION 081113 HOLLOW METAL DOORS AND FRAMES (p. 434)

Requirements: Obtain hollow-metal work from single source from single manufacturer.

Interior doors and frames with Level C according to SDI A250.4.

Exterior hollow-metal doors and frames with Level B according to SDI A250.4.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Framaco International, Inc. - certified? (There is an office in Qatar).

De La Fontaine - Associated to Qatar Metal Industries - certified by LEED (% of recycled content).

Stiles Doors - certified by LEED (% of recycled content) (Quebec).

SECTION 081416 FLUSH WOOD DOORS (p. 442)

Requirements: Obtain flush wood doors and wood paneling from single source from single manufacturer.

Flsuh wood doors shall be certified as "FSC Pure" or "FSC Mixed Credit".

Comply with "Architectural Woodwork Standards".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Manufacturers: Almuftah Carpentry - Almuftah Group - "certified by FSC?" (Qatar).

Shiv Hari Plywood Limiited - certified ISO (India).

SECTION 083213 SLIDING ALUMINUM-FRAMED GLASS DOORS (p. 448)

Requirements: Obtain sliding aluminum-framed glass doors from single source from single manufacturer.

Comply with AAMA/WDMA/CSA 101/1.S.2/A440 (NAFS - North American Fenestration Standard/Specification for

Windows, Doors, and Skylights) for minimum standards of performance.

Rated for not less than 28 STC (Sound Transmission Class).

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, aluminum and glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Doha Glass W.L.L. - not certified ? (Qatar).

SECTION 083613 SECTIONAL DOORS (p. 452)

Requirements: Obtain sectional doors from single source from single manufacturer.

Capable of withstanding the design wind loads.

Provide sectional doors that pass missile-impact and cyclic-pressure tests according to ASTM E 1996 for Wind Zone 4.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, aluminum and glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Hormann - certified by ISO 9001 and 14001 (International).

SECTION 084213 ALUMINUM-FRAMED ENTRANCES (p. 462)

Requirements: Structural test according to ASTM E 330/ Air filtration test according to ASTM E 283/ Water penetration under static

pressure test according to ASTM E 331/ Certify and label energy performance according to NFRC/ Noise reduction

test according to ASTM E 90/ PAss missile-impact and cyclic-pressure tests when tested according to ASTM E 1886/

Allow thermal movements resulting from ambient and surface temperature changes.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, aluminum and glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Technal - SAPA Group - certified by ISO 9001 (There are offices in Middle East).

Schuco - certified? (There is an office in Qatar).

SECTION 084226 ALL-GLASS ENTRANCES (p. 470)

Requirements: Comply with performance requirements specified, as determined by testing of all-glass entrances representing

those indicated for this projet.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Dorma - certified by ISO 9001 and 14001 and by "Institut für Bauer and Umwelt (IBU)" (There are offices in Middle East).

SECTION 08422923 SLIDING AUTOMATIC ENTRANCES (p. 475)

Requirements: A manufacturer with company certificate issued by AAADM (American Association of Automatic Door Manufacturers).

those indicated for this projet.

Obtain sliding automatic entrances from single source from single manufacturer.

Electrical Components, Devices, and Accessories listed and labeled as defined in NFPA 70 (National Fire Protection

Association).

Power-Operated Door Standard by BHMA A156.10 (Builders Hardware Manufacturers Association).

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, aluminum and glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Dorma - certified by ISO 9001 and 14001 and by "Institut für Bauer and Umwelt (IBU)" (There are offices in Middle East).

SECTION 084413 GLAZED ALUMINUM CURTAIN WALLS (p. 485)

Requirements: Comply with performance requirements specified, as determined by testing of glazed aluminum curtain walls

representing those indicated for this projet.

Structural rest according to ASTM E 330/ Air filtration test according to ASTM E 283.

Glazed aluminum curtain walls shall withstand the effects of earthquake motions determined.

Wind resistance/ Smoke and Fire resistance/ Certify and label energy performance/ Noise Reduction test according

to ASTM E 90/ Allow for thermal movement resulting from ambient and surface temperature changes.

Obtain all components of curtain wall system from single manufacturer.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Gutmann - certified? (% of recycled materials) (There is an office in Dubai).

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Apêndice G.5 (continuação) - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 08:

SECTION 085113 ALUMINUM WINDOWS (p. 495)

Requirements: Performance according to European standards and valid for CE marking Weatherproofing.

U-factor max. Of 1.6 W/sq.m x K/ Air permeability of class 4/ Watertightness of 900 Pa/ Wind resistance of C5/

38 dBa.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Technal - SAPA Group - certified by ISO 9001 (There are offices in Middle East).

Schuco - certified? (There is an office in Qatar).

SECTION 085200 WOOD WINDOWS (p. 502)

Requirements: Comply with AAMA/WDMA/CSA 101/1.S.2/A440 (NAFS - North American Fenestration Standard/Specification for

Windows, Doors, and Skylights) for minimum standards of performance.

Obtain wood windows from single source from single manufacturer.

Windows shall be certified as "FSC Pure" or "FSC Mixed Credit".

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: Gutmann - certified? (% of recycled materials) (There is an office in Dubai).

SECTION 088000 GLAZING (p. 510)

Requirements: Obtain glazing and glazing accessories from single source from single manufacturer for each glass type and for

each product and installation method.

Installed glazingsystems shall withstand normal thermal movement and wind and impact loads.

Exterior glazing shall comply with basic-protection testing requirements in ASTM E 1996 for windspeed as defined in

QCS2010 when tested according to ASTM E 1886.

Where safety glazing is indicated, provide glazing that complies with 16 CFR 1201, Category II.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Interspace with low emissivity gas, like argon or krypton.

Manufacturers: Saint Gobain - certified - interspace content with 90% argon (There are offices in Spain and Algeria).

SECTION 088300 MIRRORS (p. 520)

Requirements: Obtain mirrors and mirrors accessories from single source from single manufacturer.

Comply with ASTM C 1503.

Manufacturers: Nabina - not certified? (Qatar).

Qatar Glass Industries - not certified? (Qatar).

AGC - YourGlass.com - Cradle to cradle - C2C certification (There is an office in Dubai).

SECTION 089119 FIXED LOUVERS (p. 525)

Requirements: Obtain louvers from single source from single manufacturer.

Louvers shall pass enhanced-protection, large-missile testing requirements in ASTM E 1996 for Wind Zone 4 when

tested according to ASTM E 1886.

Allow for thermal movements from ambient and surface temperature changes.

Comply with recommendations in "Architectural Sheet Metal Manual".

To be fully approved by Kahramaa (Qatar General Eletricity & Water Corporation).

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Manufacturers: ???

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Apêndice G.6 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 09:

SECTION 092216 NON-STRUCTURAL METAL FRAMING (p. 529)

Requirements: Comply with ASTM C 754.

Sustainability: Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Manufacturers: Knauf - KC B001 Ceiling System - certified by ISO 14001(There is an office in Qatar).

SECTION 092300 GYPSUM PLASTERING (p. 534)

Requirements: Where indicated, provide gypsum plaster assemblies identical to those of assemblies tested for fire resistance

according to ASTM E 119 by a qualified testing agency.

Where indicated, provide gypsum plaster assemblies identical to those of assemblies tested for STC ratings

according to ASTM E 90 and classified according to ASTM E 413 by a qualified testing agency.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Knauf - certified by ISO 14001 (There is an office in Qatar).

Armstrong - certified by ISO 9001 and 14001 and USGBC member ("ceiling to ceiling" - recyclable materials)

(There is an office in Qatar).

SECTION 092400 CEMENT PLASTERING (p. 539)

Requirements: Where indicated, provide gypsum plaster assemblies identical to those of assemblies tested for fire resistance

according to ASTM E 119 by a qualified testing agency.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Portland -certified by ISO.

SECTION 092900 GYPSUM BOARD (p. 545)

Requirements: For fire-reistance-rated assemblies, provide materials and construction identical to those tested in assembly

indicated according to ASTM E 119 by an independent testing agency.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Knauf - certified by ISO 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 093013 CERAMIC TILING (p. 552)

Requirements: Obtain tile of each type and color or finish (and other materials) from single source or producer.

Provide tile that complies with ANSI A 137.1.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products with FloorScore Certification.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Daltile - certified and USGBC member.

Porcelanosa - Ecolabel certification (There is an office in Qatar).

Johnson Tiles - certified by ISO 14001 (% of recycled content) (There are offices in Middle and Far East).

Consentino - Eco collection - NSF and GreenGuard certification (There are offices in Turkey and Iran).

SECTION 093023 GLASS TILING (p. 563)

Requirements: Obtain tile of each type and color or finish (and other materials) from single source or producer.

Provide tile that complies with ANSI A 137.2.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: ???

SECTION 095123 ACOUSTICAL TILE CEILINGS (p. 570)

Requirements: Obtain each type of acoustical ceiling tile and supporting suspension system from single source from single

manufacturer.

Provide manufacturer's standard tiles of configuration indicated that comply with ASTM E 1264 classifications.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Pladur - certified by ISO 9001 and 14001.

Armstrong - certified by ISO 9001 and 14001 and USGBC member ("ceiling to ceiling" - recyclable materials)

(There is an office in Qatar).

Knauf - certified by ISO 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 096340 STONE FLOORING (p. 578)

Requirements: Obtain each variety of stone from single quarry.

Stone for floors shall comply with requirements of FloorScore Standard.

Sustainability: When possible, select local quarry.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Hard surface flooring with FloorScore label.

Manufacturers: ???

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Apêndice G.6 (continuação) - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seção 09:

Apêndice G.7 - Lista de Especificações de Materiais Volume 1 Seções 10, 11 e 12:

SECTION 099113 EXTERIOR PAINTING (p. 588)

Requirements: Products shall comply with MPI Standards (Master Painters Institute) indicated and shall be listed in its "MPI

Approved Products List".

Products shall comply with VOC limits of authorities.

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Jotun - certified by ISO 9001 and 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 099123 INTERIOR PAINTING (p. 596)

Requirements: Products shall comply with MPI Standards (Master Painters Institute) indicated and shall be listed in its "MPI

Approved Products List".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Jotun - certified by ISO 9001 and 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 099300 STAINING AND TRANSPARENT FINISHING (p. 604)

Requirements: Products shall comply with MPI Standards (Master Painters Institute) indicated and shall be listed in its "MPI

Approved Products List".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Jotun - certified by ISO 9001 and 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 099600 HIGH PERFORMANCE COATINGS (p. 610)

Requirements: Products shall comply with MPI Standards (Master Painters Institute) indicated and shall be listed in its "MPI

Approved Products List".

Products shall comply with VOC limits of authorities.

Interior coatings shall comply with the testing and product requirements of the California Department of Public

Health's "Standard Method for the Testing and Evaluation of Volatile Organic Chemical Emissions from Indoor Sources

Using Environmental Chambers".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: SIKA Corporation - certified products/ certified by ISO 9001 and 14001 and by UNE 14001 (There is an office in Qatar).

SECTION 102800 TOILET, BATH, AND LAUNDRY ACCESSORIES (p. 615)

Requirements: Obtain public-use washroom accessories from single source from single manufacturer.

Manufacturers: Noken - Porcelanosa Group (There is an office in Qatar).

Porcelanosa - Ecolabel certification (There is an office in Qatar).

SECTION 102819 TUB AND SHOWER DOORS (p. 620)

Requirements: Safety glazing materials complying with 16 CFR 1201, Category II.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ???

SECTION 112600 UNIT KITCHENS (p. 625)

Requirements: Cabinets shall comply with KCMA A161.1 (Performance Standard).

Cabinets shall be certified as "FSC Pure" or "FSC Mixed Credit".

Electrical components, devices, and accessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70 (National Fire

Protection Association).

Provide appliances that qualify for the EPA/DOE's Energy Star (Environmental Protection Agency) product labeling

program.

Sustainability: Choose organic products (wood and cork) with FSC Certification.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, glazing shall have a % of recycled content.

Choose products with CE label or equivalent.

Manufacturers: Gamadecor - Porcelanosa Group - FSC certification (There is an office in Qatar).

SECTION 123640 STONE COUNTERTOPS (p. 632)

Requirements: Obtain stone from a single quarry.

Granite shall comply with ASTM C 615.

Use only adhesives formulated for stone and ceramic tile.

Stone countertops shall comply with recommendations in MIA's "Dimension Stone - Design Manual VI".

Sustainability: When possible, select local quarry.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Eco by Cosentino - certified and the products have a % of recycled content (There is an office in Dubai).

Laticrete Rak Co. LLC.- certified products (There is an distributor in Qatar) - (Product: Latapoxy 300 Adhesive ).

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Apêndice G.8 - Lista de Especificações de Materiais Volume 2 Seção única:

Apêndice G.9 - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 01:

SPECIFICATION VOLUME 2 LANDSCAPE - Q1314 & Q1315 HORIZONS COMPOUND

SECTION 321400 HARD LANDSCAPE (P. 34)

Requirements: -

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Dry joints and not supportive joints are preferable.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Permeable pavement blocks are preferable.

Manufacturers: Pasco Paving Stones Co.- certified? - permeable pavements (There is an office in Abu Dhabi).

Rosagres - certified by ISO 9001, FSC and C2C Certification and GBC member (Spain).

Terram - certified - Declaration of Performance CE (There is an office in Middle East).

Porcelanosa - certified (There is an office in Qatar).

SPECIFICATION VOLUME 3 MECHANICAL, ELECTRICAL & PLUMBING - Q1314 & Q1315 HORIZONS COMPOUND

1. PLUMBING, DRAINAGE, AND IRRIGATION SYSTEMS

SECTION 02810 IRRIGATION SYSTEM (p. 05)

Requirements: Irrigation zone control shall be automatic operation with controller and automatic control valves.

Electrical components, devices, and accessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70

(National Fire Protection Association).

Drip Irrigation device to deliver water at approximately 100 kPa.

Sustainability: Choose an efficient irrigation system.

Install home automation system.

Install leak detectors in buried pipes.

Install pressure regulators.

Install water saving devices.

Manufacturers: Lee Brass Company - not certified? (USA).

Ford Meter Box Company, Inc. (The) - not certified? (USA) (There is a distributor r in Qatar).

James Jones Company - certified ISO (USA).

A. Y. McDonald Mfg. Co. - not certified? (USA).

Mueller Co. - Water Products Division - certified (There is a distributor in Qatar).

Red Hed Manufacturing & Supply - ???

Crane Co. - certified? (USA).

DynaQuip Controls - not certified? (USA).

, but is there any distributor in Qatar?

Is it economically viable? How about the amount of emissions to the atmosphere?

SECTION 15052 COMMON WORK RESULTS FOR PLUMBING (p. 29)

Requirements: Equipament of higher electrical characteristics may be furnished provided. If minimum energy ratings

or efficiencies are specified, equipment shall comply with requirements.

Connect equipment for ease of disconnecting.

Manufacturers: ???

SECTION 15057 COMMON WORK REQUIREMENTS FOR PLUMBING EQUIPMENT (p. 37)

Requirements: Comply with NEMA MG 1 (The National Electrical Manufacturers Association - Motors and Generators).

Sustainability: Choose products with CE label or equivalent.

Choose products with high performance.

Manufacturers: ???

SECTION 13921 ELECTRIC-DRIVE, CENTRIFUGAL FIRE PUMPS (p. 40)

Requirements: -

Manufacturers: AAA Technology & Specialities Co. Inc. - not certified? (USA).

Bergen-Power Pipe Supports - certified ISO (There is a distributor in Qatar).

B-Line System, Inc. - certified? (There is a distributor in Qatar).

Carpenter & Paterson, Inc. - certified ISO (UK and Asia).

Empire Industries, Inc. - not certified? (USA).

SECTION 15082 PLUMBING INSULATION (p. 49)

Requirements: Insulation and related materials shall have fire-test-response characteristics indicated, as determined

by testing identical products per ASTM E 84 (Testing Proves Low Flame & Smoke of Harvel CPVC Products).

Products shall not contain asbestos, lead, mercury, or mercury compounds.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Cell-U-Foam Corporation - ??

Foamglas Super K - Pittsburgh Corning Corporation - certified - ecoproducts (There is an office in Qatar).

Aeroflex USA, Inc. - not certified? (USA) (Does it delivery in Qatar?).

Armacell LLC - certified.

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Apêndice G.9 (continuação) - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 01:

SECTION 15111 GENERAL-DUTY VALVES FOR PLUMBING PIPING (p. 75)

Requirements: ASME B16.10 (Face-to-face dimensions of valves) and ASME B16.34 (Valves flanged, threaded and welding

end) for ferrous valve dimensions and design criteria.

NSF 61 (Drinking Water System Components - Health Effects) for valve materials for potable-water service.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Install pressure regulators.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Kitz Corporation - certified ISO (Japanese) (There is an office in Dubai).

Crane Co. - certified? (USA).

DynaQuip Controls - not certified? (USA).

SECTION 15126 METERS AND GAGES FOR PLUMBING PIPING (p. 75)

Requirements: ASME B16.10 (Face-to-face dimensions of valves) and ASME B16.34 (Valves flanged, threaded and welding

end) for ferrous valve dimensions and design criteria.

NSF 61 (Drinking Water System Components - Health Effects) for valve materials for potable-water service.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Ashcroft Inc. - certified ISO (There is an office in Saudi Arabia).

Marsh Bellofram - not certified? (There is a distributor in India).

Nanmac Corporation - not certified? (There is a distributor in Qatar).

SECTION 15140 DOMESTIC WATER PIPING (p. 95)

Requirements: Domestic water piping and support and installation shall withstand effect of earthquake motions

determined according to ASCE/SEI 7 (Seismic Design Provision).

Comply with NSF 14 for plastic, potable domestic water piping and components.

Comply with NSF 61 for potable domestic water piping and components.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Install leak detectors in buried pipes.

Install pressure regulators.

Install water saving devices.

Manufacturers: Elkhart Products Corporation - not certified? (USA).

NIBCO Inc. - certified ISO (USA and Poland).

Viega - certified ISO (There is an office in Qatar).

SECTION 13921 ELECTRIC-DRIVE, CENTRIFUGAL FIRE PUMPS

SECTION 15145 DOMESTIC WATER PIPING SPECIALTIES (p. 111)

Requirements: Minimum working pressure for domestic water piping specialties is 125 psig (860 kPa).

Comply with NSF 14 for plastic, potable domestic water piping and components.

Comply with NSF 61 for potable domestic water piping and components.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Install leak detectors in buried pipes.

Install pressure regulators.

Install water saving devices.

Manufacturers: Ames Co. - not certified? (USA and Canada).

Cash Acme. - not certified? (USA).

Rain Brid - certified (There is a distributor in Qatar).

SECTION 15150 SANITARY WASTE AND VENT PIPING (p. 115)

Requirements: Comply with NSF 14, "Plastic Piping Systems Components and Related Materials".

Use solvent and adhesive with little amount of VOC content.

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: ???

SECTION 15155 SANITARY WASTE PIPING SPECIALTIES (p. 123)

Requirements: -

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Josam Company - not certified? (USA).

Watts Drainage Products Inc. - not certified? (USA).

, but is there any distributor in Qatar?

Is it economically viable? How about the amount of emissions to the atmosphere?

SECTION 15160 STORM DRAINAGE PIPING (p. 133)

Requirements: Use solvent and adhesive with little amount of VOC content.

Comply with NSF 14, "Plastic Piping Systems Components and Related Materials".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Install pressure regulators.

Manufacturers: ???

SECTION 15165 STORM DRAINAGE PIPING SPECIALTIES (p. 140)

Requirements: -

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Install pressure regulators.

Manufacturers: Josam Company - not certified? (USA).

Watts Drainage Products Inc. - not certified? (USA).

, but is there any distributor in Qatar?

Is it economically viable? How about the amount of emissions to the atmosphere?

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Apêndice G.9 (continuação) - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 01:

SECTION 15410 PLUMBING FIXTURES (p. 152)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Comply with requirements in ICC A117.1, "Accessible and Usable Buildings and Facilities".

Comply with requirements in Public Laz 102-486, "Energy Policy Act", about water flow and consumption

rates for plumbing fixtures.

Comply with NSF 61, "Drinking Water System Components - Health Effects".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Install pressure regulators.

Install water saving devices.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Kohler - certified?

Delta Faucet Company - certified? - water saving products (There is an office in Qatar).

Bradley Corporation - certified (There is a distributor in Qatar).

SECTION 15441 DOMESTIC WATER PUMPS (p. 165)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Comply with UL 778, "Motor-Operated Water Pumps".

Sustainability: Install pressure regulators.

Install water saving devices.

Install home automation system.

Manufacturers: Armstrong Pumps Inc. - certified (There is an office in India).

Grundfos Pumps Corporation - certified? - products with environmental criteria.

Taco Inc. - certified? (There is an office in Qatar).

SECTION 15450 WATER TANKS (p. 170)

Requirements: Comply with NSF 14, "Plastic Piping Systems Components and Related Materials".

Comply with NSF 61, "Drinking Water System Components - Health Effects".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Install water saving devices.

Manufacturers: Associated Fiberglass Enterprises - not certified? (USA).

Raven Industries Inc. - not certified? (USA).

SECTION 15471 WATER FILTRATION EQUIPMENT (p. 174)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Comply with NSF 61, "Drinking Water System Components - Health Effects".

Sustainability: Install water saving devices.

Choose an efficient filtration equipament.

Install leak detectors.

Manufacturers: LAKOS - certified? (USA).

Puroflux Corporation - not certified? (USA).

SECTION 15475 SWIMMING POOLS (p. 179)

Requirements: Free residual Chlorine shall be not less than 0.7 ppm and not more than 1.5 ppm.

pH shall be not less than 7.2 and not more than 7.8.

Comply with NSF 61, "Drinking Water System Components - Health Effects".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Install water saving devices.

Install leak detectors.

Install home automation system.

Reduce the use of chlorine in treatments of pools and lakes. Choose an alternative and ecological treatment.

Manufacturers: Jacuzi Pool Equipament, Swimquip, Culligan, Seablue Pools,

SECTION 15485 ELECTRIC WATER HEATERS (p. 187)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Comply with requirements in ASHRAE/IESNA-90.1-2004, "Energy Standard for Buildings Except Low-

-Residential Buildings".

Comply with NSF 61, "Drinking Water System Components - Health Effects".

Sustainability: Choose products with CE label or equivalent.

Choose products with high performance in order to save energy.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Manufacturers: Bradford White Corporation (USA).

Lochinvar Corporation - high efficient products - products with environmental criteria (USA).

Ruud Water Heater Div. (USA).

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Apêndice G.10 - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 02:

Apêndice G.11 - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 03:

2. FIRE FIGHTING SYSTEMS (p. 193)

SECTION 10522 FIRE EXTINGUISHER CABINETS (p. 195)

Requirements: Listed and labeled to comply with requirements in ASTM E 814 (Standard Test Method for Fire Tests of

Through-Penetration Fire) for fire-resistance rating of walls where they are installed.

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Manufacturers: ???

SECTION 10523 FIRE EXTINGUISHERS (p. 199)

Requirements: Fabricate and label fire extinguishers to comply with NFPA 10, "Portable Fire Extinguishers".

Through-Penetration Fire) for fire-resistance rating of walls where they are installed.

Manufacturers: Amerex Corporation (There is a distributor in Qatar).

Ansul Incorporated - Tyco International Ltd. (There is a distributor in Qatar).

SECTION 13967 CLEAN-AGENT EXTINGUISHING SYSTEMS (p. 205)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Manufacturers: Cerberus Pyrotronics (USA).

Chemetron Fire Systems (USA).

Fike Corporation (There is an office in Dubai).

3. HEATING, VENTILATION AND AIR CONDITIONING SYSTEMS (p. 213)

SECTION 15053 COMMON WORK RESULTS FOR HVAC (p. 248)

Requirements: Comply with AWS D1.1, "Structural Welding Code-Steel".

Equipament of higher electrical characteristic may be furnished provided.

Connect equipament for ease of disconnecting.

Sustainability: Choose products with high performance in order to save energy.

Manufacturers: ???

SECTION 15062 HANGERS AND SUPPORTS (p. 256)

Requirements: Provide factory-fabricated vertical piping clamps and horizontal piping/duct hangers and supports

to suit piping systems.

Manufacturers: ???

SECTION 15074 VIBRATION AND SEISMIC CONTROLS FOR HVAC PIPING AND EQUIPMENT (p. 261)

Requirements: Comply with seismic-restraint requirements in the IBC, "International Building Code".

Comply with AWS D1.1, "Structural Welding Code-Steel".

Sustainability: Choose products with high performance in order to save energy.

Manufacturers: Amber/Booth Company Inc. (USA).

Kinetics Noise Control (USA and Canada).

Mason Industries (USA).

, but is there any distributor in Qatar?

Is it economically viable? How about the amount of emissions to the atmosphere?

SECTION 15083 HVAC INSULATION (p. 269)

Requirements: All insulation systems shall be fire rated with a maximum permanent flame flame spread rating of 25 and

smoke developed rating of 50 as per ASTM E84, "Standard test method for surface burning characteristics

of building materials".

Duct and pipe insulation shall have a maximum thermal conductivity rating of 0,036 W/m.k.

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

Manufacturers: Paroc - certified ISO (Northern Europe).

SECTION 15183 REFRIGERANT PIPING (p. 274)

Requirements: Conform to ASME B31.9, "Building Services Piping".

Comply with AWS D1.1, "Structural Welding Code-Steel".

Comply with ASME SEC 9, "Welding and Brazing Qualifications".

Products requiring electrical connection shall be listed and classified by UL (Underwriters Laboratories).

Sustainability: Install leak detectors.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Manufacturers: MG Metal Gems - certified ISO (India).

SECTION 15650 PACKAGED AIR CONDITIONING UNITS (p. 281)

Requirements: Cooling capacity rated in accordance with ARI 210/240, "Unitary Air-Conditioning and Air-Source Heat Pump

Equipment (ARI - Air-Conditioning, Heating, and Refrigeration Institute).

Sound rating measured in accordance with ARI 270, "Sound Rating of Outdoor Unitary Equipment".

Insulation and adhesives shall meet the requirements of NFPA 90A, "Standard for the Installation of

Air-Conditioning and Ventilating Systems".

Sustainability: Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Install high efficient equipments, in order to save energy.

Manufacturers: Aaon Incorporated - certified? (USA and Canada).

Carrier Corporation - Certified by LEED (There is a distributor in Qatar).

The Trane Company - certified? (There are offices in Dubai).

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Apêndice G.11 (continuação) - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 03:

SECTION 15725 HVAC-AIR HANDLING UNITS (p. 295)

Requirements: AMCA Standard 210, "Test Code for Air Moving Devices".

NFPA 90-A Standard for the Installation of Air Conditioning and Ventilating Systems.

ARI Standard 410-72, "Forced Circulation Air-Cooling and Air-Heating Coilsl.

Insulation and adhesives shall meet the requirements of NFPA 90A, "Standard for the Installation of

Air-Conditioning and Ventilating Systems".

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Install home automation system.

Manufacturers: Zeco Aircon - certified (India).

Johnson Controls - certified? (There is an office in Qatar).

SECTION 15738 SPLIT-SYSTEM AIR-CONDITIONING UNITS (p. 302)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Install home automation system.

Manufacturers: Rheem - certified? (There is a distributor in Qatar).

SECTION 15781 VARIABLE REFRIGERANT FLOW (VRF) UNITS (p. 306)

Requirements: The capacities of each model and size is in compliance with industry standard 440-89 for Indoor

Units certification.

Test and rate each model and size for sound in accordance with industry standard 443-71 for sound

ratings of Indoor Air Conditioners.

ARI 210, "Unitary Air-Conditioning Equipment", and ARI 270, "Sound Rating of Outdoor Equipment".

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Choose products with CE label or equivalent.

Install home automation system.

Manufacturers: Johnson Controls - certified? (There is an office in Qatar).

LG - certified (There is a distributor in Qatar).

SECTION 15815 METAL DUCTS (p. 323)

Requirements: Comply with SMACNA's (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors' National Association), "HVAC

Duct Construction Standards - Metal and Flexible".

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ???

SECTION 15820 DUCT ACCESSORIES (p. 329)

Requirements: Comply with NFPA 90A, "Installation of Air Conditioning and Ventilating Systems", and with NFPA 90B,

"Installation of Warm Air Heating and Air Conditioning Systems".

Comply with AMCA 500-D, "Air Movement and Control Association".

Comply with SMACNA's (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors' National Association), "HVAC Duct

Construction Standards - Metal and Flexible".

Sustainability: Choose products which can be recycled at its life ending.

Choose manufacturers who work with recycled materials.

When possible, metals shall have a % of recycled content.

Manufacturers: ???

SECTION 15836 AXIAL FANS (p. 338)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Products shall comply with performance requirements and shall be licensed to use the AMCA - Certified

Ratings Seal.

Motors and electrical accessories shall comply with NEMA standards (National Electrical Manufacturers

Association).

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Choose products with CE label or equivalent.

Install home automation system.

Manufacturers: ???

SECTION 15837 CENTRIFUGAL FANS (p. 342)

Requirements: Electrical components, devices, and acessories shall be listed and labeled as defined in NFPA 70, art. 100

(National Fire Protection Association).

Productsa shall comply with performance requirements and shall be licensed to use the AMCA - Certified

Ratings Seal.

Motors and electrical accessories shall comply with NEMA 1 (National Electrical Manufacturers

Association).

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Choose products with CE label or equivalent.

Install home automation system.

Manufacturers: ???

SECTION 15940 HVAC-AIR OUTLETS AND INLETS (p. 348)

Requirements: Unit rating shall be approved by ADC (Air Difusion Councel).

Manufacturer shall certify catalogued performance and ensure correct application of air outlet types.

Sustainability: Install high efficient equipments, in order to save energy.

Choose products with CE label or equivalent.

Install home automation system.

Manufacturers: ???

SECTION 15950 TESTING, ADJUSTING, AND BALANCING (p. 353)

Requirements: -

Manufacturers: -

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Apêndice G.12 - Lista de Especificações de Materiais Volume 3 Parte 04:

4. ELECTRICAL SYSTEMS (p. 357)

SECTION 16415 HOME AUTOMATION SYSTEM (p. 466)

Requirements: All required provisions shall be included in the Basic system such a way that all the "Options" mentioned

in the Home Automation Schedule shall be installed at the later stage.

Sustainability: Install home automation system.

Manufacturers: ABB Group - certified (Germany) (There is an office in Qatar).

Siemens - certified (Germany) (There is an office in Qatar).

Berker - certified? (Germany) (There is a distributor in Qatar).

SECTION 16511 LIGHTING (p. 509)

Requirements: Generally in accordance with the Schedule of Lighting Fixtures.

Comply with IEC 60598 ("Luminaires") and CISPR 15 ("Limits and Methods of Measurement of radio

disturbance characteristics of electrical lighting and similar equipment").

Lamps are to be type PL-C (free of lead and other contaminants, and contain low levels of mercury) with

warm color impression.

Sustainability: Install home automation system - for control and optimization of artificial lighting.

Use luminaires of LED type when possible.

Choose products free of contaminants and free of toxic substances.

Choose products which can be recycled at its life ending.

Manufacturers: Osram - certified - products with environmental criteria (There is a distributor in United Arab Emirates).

Philips - certified - products with environmental criteria (There is an office in Dubai).

5. LOW CURRENT SYSTEMS (p. 535)

Sustainability: Install home automation system.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

81

ANEXOS

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82

ANEXO A Certificado de Sistema de Gestão de Ecodesenho para a empresa ah asociados

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83

ANEXO B Lista referente às Propostas de Medidas Ambientais

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84

ANEXO C Lista de Medidas Ambientais de Projeto

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86

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87

ANEXO D PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Extração e Fabricação dos produtos utilizados [F]

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88

ANEXO E PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Execução do Edifício [E]

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

89

ANEXO F PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Consumo de Energia

U.1 _011. Recopilar datos

climát icos

Realización estudio

previoestudio por JG

Realización estudio

previo

1. Energia incidente y

temperaturas

fachadas

100%Según modelo

energét ico

2. Presión de viento 100%Según modelo

energét ico

5. Cubiertas

húmedas

LEED

cubierta aljibe

LEED

100% de cubierta

vegetal es cubierta

aljibe

6. Cubierta

ajardinada

LEED 50% cubierta

verde excluido

instalaciones

SSc7.2 51%

7. Color de

materiales

LEED

uso de colores

claros

pendiente desarrollo en

EJ

Se proponen

materiales claros para

fachada y acabados de

urbanización

LEED

uso de colores claros

1. Celosías o

voladizos

LEED

en las 3

orientaciones

en las 3 orientaciones

3. Balcones o

espesor en fachadas

sur y oeste

LEED

en las 3

orientaciones

en las 3 orientaciones

5. Eliminación y

control de puentes

térmicos

LEED

100%

Si bien LEED no lo

nombra explícitamente

afecta directamente en

el modelo energét ico 100%

6. Barreras

ref lectantes móviles

LEED

en las 3

orientaciones

pendiente desarrollo en

EJ

Se proponen estores

interiores en las 3

orientaciones de las

of icinas y exteriores en

la rambla 100%1. Reducción de

trasmitancia térmica

máxima

LEED

según ASHRAE

pendiente desarrollo en

EJ

2. Reducción de

trasmitancia térmica

límite

LEED

según ASHRAE

pendiente desarrollo en

EJ

4. Aumento de

estanqueidad de

carpinterias

LEED

según ASHRAE

pendiente desarrollo en

EJ

2. Celosías y

voladizos

LEED

100% de los huecos

En las 3 orientaciones

se proponen

protección solar 100%

4. Barreras

ref lectantes móviles

LEED

100% de los huecos

Se proponen estores

interiores en las 3

orientaciones de las

of icinas y exteriores en

la rambla 100%6. Factor de luz

natural

LEED

según ASHRAE

3. Estudio lumínico LEEDpendiente desarrollo en

EJ

4. Colores claros LEEDpendiente desarrollo en

EJ

6. Sisitemas de

regulación y controlLEEDIEQ 6.1

pendiente desarrollo en

EJ

7. Ajustar niveles de

producción de CO2

derivados de

iluminación

LEED

M odelo energéet ico

pendiente desarrollo en

EJ

1. Cubierta

ajardinada

LEED 50% cubierta

verde excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta 50%

2. Cubierta

inundable

LEED 50% cubierta

verde excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta verde

inundable excluido

instalaciones 50%4. Cubierta invert ida LEED 100% cubierta

Se propone

100% cubierta 100%5. Cubiertas con

paneles

fotovoltaicos y/o

térmicos integrados

LEED

13% fotovoltaico

ECODISEÑO

hasta 25%

Se propone sobre

marquesinas de

cubierta de bloques de

of icinas

LEED

13% fotovoltaico

ECODISEÑO

16,22%

3. Fachada

ajardinada

LEED

modelo energét ico

Se propone el zóclao

del edif icio con una

doble piel vegetal

6. Fachada vent ilada

LEED

modelo energét ico

fachada de grc

Fachada de grc

vent ilada

U.1 _12

2. Aumentar niveles

de exigencia

normativos

LEED

13% fotovoltaico

ECODISEÑO

hasta 25%

Se propone sobre

marquesinas de

cubierta de bloques de

of icinas

LEED

13% fotovoltaico

ECODISEÑO

16,22%%

1. Rendimiento

energét ico minimo

LEED

modelo energét ico

5. Reducción de

pérdidas en tuberías

LEED

modelo energét ico

U.1 _16

M ejorar los

requisitos mínimos

de ef iciencia

energét ica del

alumbrado exterior

LEED

modelo energét ico

U.1 _19

Análisis de la

selección del

acristalamiento

según la orientación

LEED

modelo energét ico

U.1 _20

Diseño de cubiertas

vegetales-

ajardinadas

LEED 50% cubierta

verde excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta verde

excluido instalaciones 50,76%

U.1 _10

U.1 _03

U.1_08

U.1 _13

U.1 _09

U.1 _02

U.1 _05

U.1_07

U.1 _04

Reducción del 32%

(LEED: EA C1)

Consumo de energíaU.1

Reducción demanda 37,73%

modelo

energético

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90

ANEXO G PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Consumo de Água e Emissões Atmosféricas

1. Disposit ivos

ahorradores para

consumo de agua en

grifos

LEED WEp1

Se propone:

- GRIFERIA con

aireadores 34,23%2. Disposit ivos

ahorradores en

cisternas

LEED WEp1

Se propone:

- CISTERNA con doble

descarga

3. Disposit ivos

ahorradores en

urinarios

LEED WEp1Se propone:

- URINARIOS sin agua

U.2 _021. Recogida de

aguas pluviales

LEED

90% sobre cubiertas

y urbanización

Se propone depósitos

de almacenaje de agua

dentro del edif icio,

SUDS y depuradora en

la urbanización 90%

1. Reut ilización de

aguas grises

LEED WE C2

0% uso agua potable

Se propone depósitos

de almacenaje de agua

dentro del edif icio y

depuradora en la

urbanización 100%

2. Depuración de

aguas mediante

vegetación

LEED

Hay una depuradora en

la urbanización. La

recogida de agua se

hace mediante sistemas

de drenaje sostenible

SUDS. Almacenaje

sostenible

4. Riego para jardínLEED WE C2

0% uso agua potable

Se propone depósitos

de almacenaje de agua

dentro del edif icio y

depuradora en la

urbanización

0% uso agua potable para riego

5. Uso en edif icación LEED

Se propone depósitos

de almacenaje de agua

dentro del edif icio y

depuradora en la

urbanización

U.3 _03

1. Def inir un

proyecto de

jardinería y/o

paisajismo

proyecto de

urbanización

Cubierta aljibe, plantas

autóctonas y drenaje

sostenible 100%

U.3 _04

Disponer de

aparcamientos para

bicicletas

Se proponen 55

plazas.

Se incluyen en el

aparcamiento interior

plazas y vestuarios 56 plazas

U.3 _05

Disminución de

emisiones de gases

de efecto

invernadero en las

instalaciones de

alumbrado exterior

LEED EA P2

Iluminación exterior con

LEDs y farolas

fotovoltáicas

88,13%

reducción

demanda

50,49% (100% agua no potable)

U.2 _03

U.2 _01

U.2

U.3 Emisiones atmosféricas

Reducción del 32%

(LEED: EA C2)

Consumo de agua

Reducción del 20%(LEED: WE PR1)

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91

ANEXO H PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Geração de Resíduos e Descargas de Água

alumbrado exterior

U.4 _01

1. Establecer

espacios y

contenedores

específ icos y

diferenciados para

residuos adicionales

a los obligatorios

según LEED M R P1

500 pies2 (46,40

m2)

Incluido en el acceso de

servicio al edif icio

50,67 m2

1. Uso de tabiquería

seca (prefabricada)ver E4.02 y E4.03

Se plantea

construct ivamente:

- DIVISIONES

INTERIORES

- ENVOLVENTE

- SOLADOS 2 sistemas

2. Uso de tabiquería

movil3% PEM

Para el área de

reuniones públicas 1,29 PEM3. Uso de mamparas

o tabiquería modular3% PEM

En las separaciones de

planta baja (rambla)1,29 PEM

2. Agrupación de las

instalaciones y

nucleos húmedos

si

Se agrupan núcleoos

húmedos con pat inillos

de instalacionessi

3. Aumento de los

espacioes de falso

techo , pat inillos y

uso de techos

registrables

si

si1. Disposit ivos

ahorradores en

grifos

LEED

Se propone:

- GRIFERIA con

aireadores

2. Disposit ivos

ahorradores en

cisternas

LEED

Se propone:

- CISTERNA con doble

descarga

3. Disposit ivos

ahorradores en

urinarios

LEEDSe propone:

- URINARIOS sin agua

4. Recogida de

aguas pluviales

LEED

90% sobre cubiertas

y pavimentos de

urbanización

Se propone depósitos

de almacenaje de agua

dentro del edif icio,

SUDS y depuradora en

la urbanización 90%5. Potenciar la

inf ilt ración de aguas

pluviales en el

territorio con

pavimentos

permeables

10% de la

pavimentación de la

urbanización exterior

pavimentación de las

plazas de aparcamiento

exteriores con material

permeable

10,88%

U.5_02

Sistemas de

depuración de aguas

y tratamiento de

aguas grises

LEED 100 % agua recogida

U.4 _02

U.4 _03

U.5 _01

U.4 Generación de residuos

Vert idos al aguaU.5

20% menos vertidos por

consumo90% por

escorrentía

Por objetivos parciales

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92

ANEXO I PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Impacto Visual e Uso do Solo

2. Diseño de

esquemas

aterrazados

bajo rasante

garaje aterrazado

se rechaza3. Agrupar

superf icies que no

requieran vent ilación

e iluminación natural

bajo rasante (

Instalaciones y/o

garajes)

100%

se agrupan en sótano -

4

se rechaza1. Realizar una

lectura e

interpretaciónd el

lugar

si

Se propone:

- fachada vegetal

- colores claros en

fachada

si2. M imetizar los

materiales y colores

existentes

si

Se propone:

- fachada vegetal

- colores claros en

fachada si1. Cálculo del % de

ocupación del suelo

por edif icios,

viales,etc, respecto

del total de la zona a

urbanizar

LEED <50%

ocupación

17%

4. Tratamiento de

espacios

urbanizados

LEED crédito SS 7.1

50 % pavimentos de

urbanización

Para evitar efecto de

isla de calor se incluyen

zonas de sombra y

materiales claros:

hormigón 50%

U.8 _031. Incorporación de

cubietas ajardinadas

LEED 50% cubierta

verde excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta verde

excluido instalaciones 50%

U.8 _07

1. A la hora de

escoger la ubicación

de un edif icio o zona

residencial seberán

analizarse los

desplazamientos

asociados a las

act ividades

habituales de los

residentes

LEED

Plan de movilidad

Compromiso

UPOS

U.7 _02

U.7 _01

U.8

U.7 Impacto visual

Uso del suelo

RECHAZADO

POR

EL CLENTE

Por objetiv os

parciales

Por objetivos parciales

U.8 _02

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

93

ANEXO J PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Uso e Manutenção do Edifício [U]: Biodiversidade

1. Ut ilización de

elementos de bajo

consumo o energias

renovables en calles

y elementos comunes

LEED

modelo energét ico

Iluminación exterior con

LEDs y farolas

fotovoltáicas

No procede2. Elegir luminarias

que eviten por su

diseño la

contaminación

lumínica ascendente

95% luminarias sin

f lujo superior

Iluminación exterior con

LEDs y farolas

fotovoltáicas

6. NO ut ilizar

luminarias FHS

superior 50%

si

Iluminación exterior con

LEDs y farolas

fotovoltáicas

1. Proporcionar

zonas de sombra

LEED SS C 7.1

dentro del 50% de

pavimentos

urbanización U.8_02

Diseño de arbolado en

la urbanización

50%

por

comportamient

o ejemplar se

puede obtener

1 punto más

2. Ut ilizar materiales

de colores claros;

ref lectancia>40

LEED SS C 7.1

dentro del 50% de

pavimentos

urbanización U.8_03

Uso de pavimentos

claros en la

urbanización: hormigón

y adoquín

100%

por

comportamient

o ejemplar se

puede obtener

1 punto más

3. Ut ilizar

pavimentos de malla

abierta en las

superf icies

impermeables del

emplazamiento

LEED SS C 7.1

dentro del 50% de

pavimentos

urbanización U.8_04

Uso de pavimentos de

adoquín con junta

vegetal en

aparcamientos

exteriores

100%por

comportamient

o ejemplar se

puede obtener

1 punto más4. Situar zonas de

aparcamiento

subterráneas o

cubiertas por

estructuras

LEED SS C 7.1

50% aparcamiento

bajo cubierta vegetal

Se incluye el mayor

número de plazas de

aparcamiento en garaje,

bajo edif icación 50%

5. Ut ilizar cubiertas

ajardinadas

LEED

50% cubierta verde

excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta verde

excluido instalaciones 50%6. Remplazar las

superf icies

construidas por

vegetación

LEED

50% cubierta verde

excluido

instalaciones

Se propone

50% cubierta verde

excluido instalaciones 50%

U.9 _04

U.9 BiodiversidadPor objetivos

parciales

U.9 _05

2. Planif icar el

dest ino de los

movimientos de

t ierras para

aprovechamiento

interno o externo

LLED 15 cm de t ierra

vegetal

ECO grava

procedente del

basalto excavado

Se propone:

- Reut ilizar la t ierra

vegetal

- Reut ilizar la grava

procedente del basalto

100% de la

grav a

de solera3. Posibilitar que la

mayor parte de la

t ierra vegetal

ut ilizada en el

acodicionamiento

del entorno del

nuevo edif icio y/o

instalación de

cubiertas

ajardinadas

provenga del

emplazamiento

donde se ha

construido

LEED

los primeros 15 cm

de t ierra vegetal se

reut ilizarán

Se propone:

- Reut ilizar la t ierra

vegetal

- Reut ilizar la grava

procedente del basalto

100% de los 15 cm

1. Realizar estudios

hidrogeológicosLEED crédito SS 6.1 100%

2. Realizar un

análisis de las

superf icies cubiertas

por pavimentos

LEED crédito SS 6.1

100%3. Evaluar la

proporción de agua

de escorrentía

superf icial que

puede ser capturada

por cuencas de

inf ilt ración

LEED

90% sobre cubiertas

y pavimentos de

urbanización

LEED crédito SS 6.290%

4. Considerar la

ut ilización de esta

agua para otros

usos

LEED crédito SS 6.1

Se propone el uso para

riego y la reut ilización

de aguas grises100% reutilizada

5. Incorporar

sistemas de

tratamiento pasivos

de las aguas

LEED crédito SS 6.1

SUDS recogida y

almacenaje

sostenibble

Se propone

SUDS recogida y

almacenaje sostenible

100%

U.9 _03

U.9 _01

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94

ANEXO K PC 04.1.5 Ecodiseño: Seguimiento y Medición - Medidas ambientais implementadas no projeto de Panamá na fase de Desconstrução do Edifício [D]

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

95

ANEXO L - Categorias e critérios de avaliação da sustentabilidade e tipologias dos edifícios abordados pelo GSAS

Co

mm

erc

ial

Co

re +

Sh

el

Sin

gle

Re

sid

en

tia

l

Gro

up

Re

sid

en

tia

l

Ed

uc

ati

on

Mo

sq

ue

Ho

tels

Lig

ht

Ind

us

try

Sp

ort

s

UC Urban Connectivity

UC.1 Proximity to InfrastructureUC.2 Load on Local Traffic ConditionsUC.3 Public TransportationUC.4 Private TransportationUC.5 Sewer & Waterway ContaminationUC.6 Acoustic ConditionsUC.7 Proximity to AmenitiesUC.8 AccessibilityS Site

S.1 Land PreservationS.2 Water Body PreservationS.3 Habitat PreservationS.4 VegetationS.5 DesertificationS.6 Rainwater RunoffS.7 Heat Island EffectS.8 Adverse Wind ConditionsS.9 Noise PollutionS.10 Light PollutionS.11 Shading Adjacent PropertiesS.12 Parking FootprintS.13 ShadingS.14 IlluminationS.15 PathwaysS.16 Mixed UseE Energy

E.1 Energy Demand PerformanceE.2 Energy Delivery PerformanceE.3 Fossil Fuel ConservationE.4 CO2 EmissionsE.5 NOx, SOx, & Particulate MatterW Water

W.1 Water ConsumptionM Materials

M.1 Regional MaterialsM.2 Responsible Sourcing of MaterialsM.3 Recycled MaterialsM.4 Materials ReuseM.5 Structure ReuseM.6 Design for DisassemblyM.7 Life Cycle Assessment (LCA) N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A

IE Indoor Environment

IE.1 Thermal ComfortIE.2 Natural VentilationIE.3 Mechanical VentilationIE.4 Illumination LevelsIE.5 DaylightIE.6 Glare ControlIE.7 ViewsIE.8 Acoustic QualityIE.9 Low-Emitting MaterialsIE.10 Indoor Chemical & Pollutant Source ControlCE Cultural & Economic Value

CE.1 Heritage & Cultural IdentityCE.2 Support of National EconomyMO Management & Operations

MO.1 Commissioning PlanMO.2 Organic Waste ManagementMO.3 Recycling ManagementMO.4 Leak DetectionMO.5 Energy & Water Use Sub-meteringMO.6 Automated Control SystemMO.7 Hospitality Management PlanMO.8 Sustainability Education & Awareness PlanMO.9 Building Legacy

Legend

Criteria Included in Scope of Ratinh SystemNot Currently Scored N/A

GSAS 2013 - Criteria Scope

No Category/Criteria

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96

ANEXO M Descrição da nova medida ambiental a ser acrescentada ao Manual de Ecodesenho

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97

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98

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99

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100

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

101

ANEXO N Propostas de sustentabilidade (Sustainability Proposals)

CIVIL, ARCHITECTURE AND ID

CONCRETE

Stipulate 5-50% recycled content for cements. Substitute with fly ash or granulated blast furnace slag Replace all cast-in-place lintels with precast units. Stipulate minimum 5% recycled content for GFRC pre cast units.

Impact: possible additional cost to be ascertained.

Benefits: complies with sustainability objective of QCS2010. Due to the extent of this material used in the project, the proposal saves a considerable amount of energy and water in concrete production and goes a long way to publicizing the project as sustainable.

Using precast elements for all lintels not only reduces energy and water consumption in fabrication, but may increase speed of execution and therefore costs.

MASONRY

Use lightweight cellular concrete block / autoclaved aerated block instead of conventional hollow concrete block.

Impact: possible additional cost studies suggest 15%

Benefits: Due to the extent of this material used in the project, the proposal saves a considerable amount of energy and water in concrete production and goes a long way to publicizing the project as sustainable.

The material has intrinsic insulation qualities: the U value of all facades will be reduced by up to 15% - this saves on HVAC costs and above all energy consumption.

The blocks have excellent acoustic insulation characteristics.

The blocks are much lighter than conventional hollow concrete block. This may help to increase speed of execution and therefore save in labour costs.

Some manufacturers fabricate precast lintels in autoclaved areated concrete with recycled content.

METALS

Metals shall have 50% recycled content. Includes all metal fabrications (louvers, railings, structural steel, and if possible all metal doors and windows.

Impact: possible additional cost to be ascertained.

Benefits: Due to the extent of this material used in the project, the proposal saves a considerable amount of energy and water in metal fabrications production and goes a long way to publicizing the project as sustainable.

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102

WOOD

should include all wood doors and windows as well as carpentry and other products.

Impact: probably none: most wood manufacturers can provide products that comply with this certification. Most of the specified wood materials already have this specification in the project. The proposed measure would apply this requirement to ALL wood products.

Benefits: selects woods from sources that apply sustainability criteria. Due to the extent of this material used in the project, this can be publicized as showing the project as sustainable.

THERMAL AND MOISTURE CONTROL

Specify products that can be easily recycled at their end of life Specify products free from contaminants and toxic substances

Impact: probably none: many products already specified have LEED certification or similar and therefore already apply this criteria

Benefits: the products can be easily separated from substrates and other constructive layers for recycling at demolition stage. This can be publicized as part of an overall sustainable strategy for the project.

FINISHES

For finishes involving metals and woods, see previous sections.

GYPSUM, GYPSUM BOARD AND ACOUSTIC CEILING PRODUCTS

Specify products that can be easily recycled at their end of life Specify products free from contaminants and toxic substances

Impact: probably none: many products already specified have LEED certification or similar and therefore already apply this criteria

Benefits: the products can be easily separated from substrates and other constructive layers for recycling at demolition stage. This can be publicized as part of an overall sustainable strategy for the project.

CERAMIC TILING

Specify products that can be easily recycled at their end of life Specify products free from contaminants and toxic substances

Impact: probably none: many products already specified have certification or similar and therefore already apply this criteria. Porcelanosa (most of ceramic products are specified as this make) already have ECOLABEL products

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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Benefits: the products can be easily separated from substrates and other constructive layers for recycling at demolition stage. This can be publicized as part of an overall sustainable strategy for the project.

STONE

Impact: This reduces the available products to the middle east region.

Benefits: reduced distances may help to reduce material costs as well as promoting the sustainability of the project.

WOOD

all wood products to have FSC certification

Impact: probably none: most wood manufacturers can provide products that comply with this certification. Most of the specified wood materials already have this specification in the project. The proposed measure would apply this requirement to ALL wood products.

Benefits: selects woods from sources that apply sustainability criteria. Due to the extent of this material used in the project, this can be publicized as showing the project as sustainable.

PLUMBING

IRRIGATION

Install smart watering system (linked to home automation) with moisture sensors to program the system to water only when required. Also linked to environmental (weather) sensors.

Reuse stormwater and site runoff water (grey water). Install leak detectors in buried pipes

Impacts:

Reuse of grey water requires separate storage and treatment.

Smart systems are more expensive to initially install than conventional systems.

Benefits:

The Irrigation tank can be smaller and irrigation system will have a reduced water demand and therefore energy costs.

High efficiency smart systems will reduce water demands further, and associated energy costs. Extra initial costs can be recuperated.

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Diana Cristina Nogueira Campos

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DOMESTIC WATER SUPPLY

Use water saving devices for taps and flush tanks

Install leak detectors in buried pipes

Impacts: water saving taps and flush tanks are not usually more expensive and can reduce water demand and associated energy costs. Leak detectors can pay for themselves in a short time by helping to reduce wasted water and its associated cost.

STORM WATER SYSTEM

Reuse stormwater and site runoff water (grey water) for irrigataion. Impacts:

Reuse of grey water requires separate storage and treatment.

Benefits:

The Irrigation tank can be smaller and irrigation system will have a reduced water demand. The system also reduces the required amount of soakaways.

SWIMMING POOLS

Connect to a home automation system for pumps, heaters, filters and lighting. Use an alternative to chlorine treatment, such as a copper ionization, chemical free system (ecosmart usa for example).

Impacts:

Added costs for incorporating home automation. Added initial costs for chemical free water treatment filters also require more space

Benefits:

Chlorine is toxic and cause health issues. The use of chemical free systems is completely safe. Eventually the initial costs of the ionisation treatment system can be recuperated given that no chemicals are required.

Links to home automation can treat, cool and heat the water only when required, giving energy savings.

ELECTRIC WATER HEATERS

Use energy star rated (from EPA) or equivalent, efficient heaters. Consider using Heat Pump Water Heaters (HPWH)

Impacts: possible higher initial costs for heat pump water heaters. Requires outdoor as well as indoor units (more space required).

Benefits: the system uses a heat pump exchanger to produce energy required and has a coefficient of performance of 3 to 4 and significant energy savings with respect to conventional electrical water heaters (COP = 1). Note that an air source heat pump is more efficient in hotter climates. The added initial costs of the installation are recuperable.

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A Sustentabilidade do edifício através do Ecodesign

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STORM WATER DRAINAGE

Divert some storm water (and road cleaning) runoff water to treatment and storage tanks for reuse in irrigation.

Impacts: previously discussed in irrigation

Benefits: previously discussed in irrigation

HVAC

Use only high efficiency units (energy star certified or equivalent). Energy Efficiency Ratio 0 btu/h size central air conditioner, seasonal energy efficiency ratio (SEER) minimum 14 and energy efficiency ratio (EER) 11.Consider specifying only energy star certified equipment (or equivalent). Connect to a home automation system

Impacts: package units, air handling units and split units with a higher efficiency rating can be more expensive

Benefits: reduced energy consumption and costs. The initial investment can be recuperated over time. By connecting to home automation, the system can reduce running costs by providing heating ventilation and cooling only when required on an intelligent basis.

ELECTRICAL

HOME AUTOMATION (BUILDING MANAGEMENT SYSTEMS)

Install BMS or home automation intelligent systems to manage: o Lighting o HVAC o Security and access control o Voice and data o Irrigation (where required) o Blind and curtains (where required)

expensive than conventional non-smart systems.

Benefits: reduced energy consumption and costs. Higher levels of contort and control. This state of the art technology can give the user remote control (iPad, iPhone apps etc.) of many aspects of the system. As such, this is a huge promotional tool as well as improving energy efficiency (more sustainable).