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Prof. lucasMarqui Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080 Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234 site: www.seja-ead.com.br Pagina: 1 Plantas com sementes As sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas no ambiente terrestre. Elas são responsáveis por proteger o embrião, além de garantir a dispersão das espécies pelo ambiente. Plantas com sementes surgiram há aproximadamente 365 milhões de anos, no período Devoniano. O surgimento das sementes conferiu vantagem evolutiva para muitas espécies, uma vez que elas são mais resistentes que os esporos das espécies ancestrais. As sementes podem ficar dormentes por um período de tempo superior ao dos esporos, além de apresentarem um suprimento nutricional que proporciona ao embrião a energia necessária para sobreviver em condições adversas. A semente e suas partes A semente é o óvulo desenvolvido e fecundado, ou seja, contém o embrião. Ela é formada basicamente por três partes básicas: embrião, suprimento nutricional e revestimento protetor. Nas gimnospermas, o óvulo é constituído pelo nucelo, que contém o megagametófito (formado por tecidos nutritivos e arquegônios), e pelo tegumento que o envolve. Nesse grupo de plantas, o óvulo, após fecundação, desenvolve-se, e o tegumento forma o revestimento protetor da semente. Nas angiospermas, o processo de fecundação é mais complexo. O zigoto origina o embrião; o núcleo primário do endosperma origina, após várias mitoses, o endosperma (tecido que acumula reservas); por fim, os tegumentos do óvulo formam o revestimento protetor da semente (testa da semente). O embrião maduro dessas plantas é formado por um eixo e cotilédones, que podem apresentar-se em número de dois (eudicotiledôneas) ou apenas um (monocotiledônea) Pode-se perceber, portanto, que a semente das gimnospermas e a da angiospermas diferenciam-se em razão da origem do material nutritivo. Nas gimnospermas, a reserva é proveniente do gametófito feminino; nas angiospermas, sua origem é do endosperma. Dispersão de sementes As sementes são as unidades de dispersão das plantas e, para exercerem seu papel, contam com uma variada gama de estratégias. Algumas sementes, por exemplo, são transportadas pelo vento; outras, pela água ou por organismos vivos. Existem ainda aquelas que são literalmente lançadas para fora do fruto por meio de processos explosivos.

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Page 1: A semente e suas partes - seja-ead.com.br · A semente e suas partes A semente é o óvulo desenvolvido e fecundado, ou seja, contém o ... literalmente lançadas para fora do fruto

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Plantas com sementes As sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas no ambiente terrestre. Elas são responsáveis por proteger o embrião, além de garantir a dispersão das espécies pelo ambiente. Plantas com sementes surgiram há aproximadamente 365 milhões de anos, no período Devoniano. O surgimento das sementes conferiu vantagem evolutiva para muitas espécies, uma vez que elas são mais resistentes que os esporos das espécies ancestrais. As sementes podem ficar dormentes por um período de tempo superior ao dos esporos, além de apresentarem um suprimento nutricional que proporciona ao embrião a energia necessária para sobreviver em condições adversas. A semente e suas partes A semente é o óvulo desenvolvido e fecundado, ou seja, contém o

embrião. Ela é formada basicamente por três partes básicas: embrião,

suprimento nutricional e revestimento protetor.

Nas gimnospermas, o óvulo é constituído pelo nucelo, que contém o megagametófito (formado por tecidos nutritivos e arquegônios), e pelo tegumento que o envolve. Nesse grupo de plantas, o óvulo, após fecundação, desenvolve-se, e o tegumento forma o revestimento protetor da semente. Nas angiospermas, o processo de fecundação é mais complexo. O zigoto origina o embrião; o núcleo primário do endosperma origina, após várias mitoses, o endosperma (tecido que acumula reservas); por fim, os tegumentos do óvulo formam o revestimento protetor da semente (testa da semente). O embrião maduro dessas plantas é formado por um eixo e cotilédones, que podem apresentar-se em número de dois (eudicotiledôneas) ou apenas um (monocotiledônea) Pode-se perceber, portanto, que a semente das gimnospermas e a da angiospermas diferenciam-se em razão da origem do material nutritivo. Nas gimnospermas, a reserva é proveniente do gametófito feminino; nas angiospermas, sua origem é do endosperma.

→ Dispersão de sementes As sementes são as unidades de dispersão das plantas e, para exercerem seu papel, contam com uma variada gama de estratégias. Algumas sementes, por exemplo, são transportadas pelo vento; outras, pela água ou por organismos vivos. Existem ainda aquelas que são literalmente lançadas para fora do fruto por meio de processos explosivos.

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As sementes transportadas pelo vento são leves e normalmente possuem estruturas que auxiliam o voo, tais como as alas. As sementes que são levadas pela água possuem tecidos que armazenam ar,

permitindo assim a flutuação e impedindo que essa substância cause danos ao embrião. As sementes que são transportadas por animais podem ter estruturas que facilitam a adesão (nos pelos, por exemplo) ou ainda contar com frutos deliciosos que servem de alimento para algumas espécies.

Plantas vasculares sem sementes

As plantas, como todos os seres vivos, possuem ancestrais aquáticos. A

história da evolução das plantas, portanto, está inseparavelmente relacionada

com a ocupação progressiva do ambiente terrestre e o aumento da sua

independência da água para a reprodução.

Embora o aparecimento das plantas aquáticas multicelulares tenha ocorrido há

mais de um bilhão de anos, o ambiente terrestre permaneceu despovoado por

várias centenas de milhões de anos. Foi somente com o aparecimento de

tubos especiais para a condução de água e de solutos orgânicos provenientes

do processo fotossintético, que as plantas terrestres puderam aumentar o seu

tamanho e afastar suas células clorofiladas do solo, de modo a captar mais

energia luminosa.

Segundo o registro paleontológico, o aparecimento de vasos condutores de

seiva desenvolvidos (xilema e floema) só aconteceu há cerca de 400 milhões

de anos (Período Siluriano, Era Paleozóica) com o aparecimento das plantas

vasculares sem sementes, também conhecidas genericamente como

pteridófitas (do grego pteron = pena e phyton = planta).

As plantas vasculares sofreram especializações evolutivas, onde surgiram

diferenças morfológicas e fisiológicas entre várias partes da planta. Surge a

diferenciação entre raízes, caule e folhas. OSISTEMA RADICULAR fixa a

planta ao substrato e também absorve água e nutrientes. O caule e as folhas

formam um único sistema, o SISTEMA CAULINAR, sendo as folhas os órgãos

fotossintetizantes especializados. O SISTEMA VASCULAR conduz a água, os

nutrientes e o produto da fotossíntese por toda a planta.

As plantas vasculares primitivas apresentam apenas o crescimento primário: as

células da raiz e do caule crescem em comprimento a partir do meristema

apical. Algumas outras podem apresentar o espessamento das paredes

celulares do caule e da raiz, caracterizando o crescimento secundário.

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Os elementos traqueais desse grupo de plantas são as traqueídes, que

também proporcionam a sustentação do caule.

As plantas vasculares sem sementes são vegetais bem diversificados, e

abrangem desde formas pequenas, de caules prostrados, rizomatosos, a

plantas herbáceas, arborescentes, epífitas e aquáticas flutuantes. Quanto à

distribuição geográfica, podem ser encontradas desde regiões úmidas até

desertos.

Raiz

A principal função da raiz é a absorção dos nutrientes minerais, sendo que, no solo, também é responsável pela fixação do vegetal ao substrato. Alguns tipos de raízes, no entanto, também desempenham outras funções:

Raizes tuberosas, como as da mandioca, da batata-doce e do nabo armazenam reservas alimentares, principalmente na forma de grãos de amido, utilizadas durante a floração e a produção de frutos pela planta. Os agricultores colhem essas raízes antes da planta tenha chance de consumir as reservas armazenadas, utilizando-as na alimentação humana e de animais.

Raízes respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas a realização de

trocas gasosas com o ambiente. Esse tipo de raiz é encontrado em plantas

como a Avicena tomentosa, que vive no solo encharcado e pobre em gás

oxigênio nos manguezais. As raízes principais dessa planta crescem rente à

superfície do solo e, de espaço em espaço, apresentam pneumatóforos, que

crescem para cima, perpendicularmente ao solo. Durante a maré vazante os

pneumatóforos ficam expostos e pode realizar trocas de gases com o ar.

Raízes-suportes, também chamadas raízes-escoras, aumentam a base de

fixação da planta ao solo. Algumas espécies de árvores possuem raízes

tubulares, em forma de pranchas verticais, que aumentam a estabilidade da

planta e fornecem maior superfície para respiração do sistema radicular.

Raízes sugadoras são adaptadas à extração de alimentos de plantas

hospedeiras, sendo características de plantas parasitas, como o cipó-chumbo e

a erva-de-passarinho. As raízes sugadoras possuem um órgão de fixação,

chamado apreensório, do qual partem finas projeções denominadas haustórios.

Os haustóriospenetram na planta hospedeira até atingir os vasos condutores

de seiva, de onde extraem água e nutrientes de que a planta parasita necessita

para sobreviver.

No caso de a planta ser hemiparasita, a exemplo da erva-de-passarinho (é

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clorofilada, e portanto autótrofa), somente a seiva bruta (água e minerais), que

transita pelos vasos lenhosos do xilema, é retirada da planta hospedeira.

Referências Bibliográficas

http://profaerica-ciencias.blogspot.com.br/2016/05/plantas-vasculares-sem-

sementes.html

https://belezavegetal.wordpress.com/2012/11/01/plantas-sem-semente/