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Setembro - 2016 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO AUTORES: Peter Senge Bryan Smith Nina Kruschwitz Joe Laur Sara Schley Professor: Arnoldo J. Hoyos Aluna: Fabiane Almeida Seminário: A Revolução Decisiva

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Setembro - 2016

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

AUTORES: Peter Senge

Bryan Smith

Nina Kruschwitz

Joe Laur

Sara Schley

Professor: Arnoldo J. Hoyos

Aluna: Fabiane Almeida

Seminário:

A Revolução Decisiva

Setembro - 2016

OS AUTORES

Peter Senge - conferencista senior do MIT (Massachusetts

Institute of Tecnology) e presidente-fundador da SoL (Society for

Organizational Learning), é autor ou co-autor de vários best-

sellers, como a Dança das Mudanças e A Quinta Disciplina.

Bryan Smith – co-autor com Senge de A Dança das Mudanças, é

membro docente da Sustainable Enterprise Academy, York

University, e presidente da Broad Rech Innovations, Inc.

Nina Kruschwitz – gerente do Fifth Discipline Fieldbook Project, é

editora de Reflections: The SoL Journal on Knowledge, Learning

and Change.

Joe Laur e Sara Schley – Co-fundaram o SoL Sustainable

Consortion em 1998. Joe é vice-presidente de conteúdo da

Greenopolis.com e Sara é mentora da Harold Grinspoon

Foundation.

Setembro - 2016

AS INSTITUIÇÕES

MIT (Massachusetts Institute of

Tecnology) Instituto de Tecnologia de

Massachusetts é uma universidade

privada de pesquisa localizada em

Cambridge, Massachusetts, Estados

Unidos.

SoL (Society for Organizational

Learning) Comunidade de aprendizagem

voltada a desvendar, integrar,

semear e implementar

conhecimentos e práticas para o

desenvolvimento consciente e

interdependente

Setembro - 2016

SUMÁRIO DO LIVRO

Parte 1: Términos, Novos Começos

Parte 2: O Futuro é Agora

Parte 3: Dando a Partida

Parte 4: Vendo os Sistemas

Parte 5: Colaboração Além-Fronteiras

Parte 6: Da Solução de Problemas para a Criação de Oportunidades

Parte 7: O Futuro

A REVOLUÇÃO DECISIVA - 2008

COMO INDIVÍDUOS E ORGANIZAÇÕES TRABALHAM EM

PARCERIA PARA CRIAR UM MUNDO SUSTENTÁVEL

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

“A Revolução Decisiva’ pretende através de exemplos de

atitudes sustentáveis servir de guia, oferecendo ideias,

práticas e pontos de partida.

• Energia e Transporte

• Alimentos e Água

• Materiais e Toxidade

O livro debate sobre os desafios enfrentados em três áreas

interligadas:

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

A Era Industrial trouxe melhorias notáveis em educação

pública, em direitos humanos e em bem-estar material,

mas também destruiu ecossistemas, engoliu culturas

tradicionais que floresceram durante séculos e criou um

estilo de vida que não perdurará durante muito tempo.

Alguns efeitos colaterais:

• Resíduos Industriais (de extração e de produção, poluentes,

etc) 70% dos resíduos industriais são lançados em rios,

lagos, oceanos e solo, sem qualquer tratamento).

• Resíduos e tóxicos gerados pelos consumidores e pelo

comércio (uso de veículos, computadores, embalagens, etc)

• Recursos não-renováveis (petróleo, minerais como zinco,

cobre, irídio e carvão).

• Recursos renováveis (água, solo, florestas, peixes)

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Como caímos nessa adversidade:

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Em meio a todas as incertezas atuais, três ideias norteadoras

se destacam como essenciais para a criação de um futuro

sustentável:

1. Nenhum caminho

para o futuro ignora

as necessidades das

gerações futuras.

As empresas não

podem mais esperar

competir no futuro sem

levar em conta os

problemas mais amplos

que se interpõem entre

o agora e o provir.

2. As instituições

importam

É loucura imaginar que as

mudanças necessárias nos

anos vindouros não

envolverão transformações

fundamentais no

funcionamento de

instituições governamentais

e não-governamentais.

3. Todas as mudanças

reais se fundamentam

em novas maneiras de

pensar e perceber

“Não podemos resolver

problemas seguindo o

mesmo tipo de raciocínio

que adotávamos quando

os criamos” Albert Einsten

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Embora os problemas da Era Industrial sejam evidentes há

décadas, uma nova realidade cada vez mais inquestionável

nos desperta a atuar de outra maneira:

A Mudança Climática

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Estabilizar os volumes de CO² na atmosfera de forma a minimizar a

ameaças ao meio ambiente exigirá uma redução de 80% das emissões

nas próximas duas décadas.

Isto não acontecerá sem uma transformação radical na mentalidade que

tanto contribuiu para o enorme sucesso da Era Industrial. Muito pouco

em nosso moderno estilo de vida não será afetado.

O Desafio 80-20:

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

A Bolha da Era Industrial:

Durante 2 bilhões de anos, a vida floresceu na Terra com base

numa fonte de energia: a radiação solar. Na natureza não há

desperdícios: todos os subprodutos de um sistema natural são

nutrientes de outros sistemas naturais.

90% ou mais da energia consumida pela Era

Industrial é produzida pela queima de combustíveis

fósseis. Dentro da bolha da Era

Industrial, a sociedade gera enormes quantidades de

resíduos. Os recursos naturais são

ilimitados.

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

As pessoas ou instituições que estão em busca de maneiras inovadoras

de construir um mundo sustentável, demonstram domínio em três áreas:

• Visualizam sistemas mais amplos

• Colaboração além das fronteiras

• Criação de futuros almejados

Nova Mentalidade, Novas Escolhas

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

A produção de bens e serviços amigáveis ao ambiente se converteu

em um atributo tão importante das marcas, quanto a qualidade e o

preço. Seguem alguns benefícios concretos de se praticar a economia

regenerativa:

• Economizar dinheiro.

• Ganhar dinheiro.

• Fornecer vantagem competitiva aos clientes.

• A sustentabilidade é ponto de diferenciação.

• Moldar o futuro da própria indústria.

• Tornar-se fornecedor preferido.

• Mudar a imagem e a marca.

Riscos e Oportunidades

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Diagrama “os quatro elementos do valor para os acionistas”,

desenvolvido por Stuart Hart e Mark Milstein.

Posicionamento para o futuro e para o presente

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Diagrama “os quatro elementos do valor para os acionistas”,

desenvolvido por Stuart Hart e Mark Milstein.

• As empresas que apresentam bom desempenho em todos os

quadrantes maximizam o valor para os acionistas ao longo do

tempo, ao pensar de maneira mais abrangente sobre seus

negócios, o que os capacita a atender a todos os stakeholders de

maneira mais eficaz.

• A concentração em um ou dois quadrantes pode resultar em mau

desempenho ou, no mínimo, em perda de oportunidades e em

incapacidade de construir valor duradouro no futuro.

Posicionamento para o futuro e para o presente

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Líderes são pessoas que “caminham para frente” e que estão

empenhadas em promover mudanças profundas em si mesmas e sem

suas organizações e que influenciam outras pessoas

espontaneamente, com base em sua credibilidade, capacidade e

compromissos. Os seguintes quatro tipos de líderes são necessários

quando se trata de lidar com questões de sustentabilidade:

• Líderes de linha locais

• Líderes de redes internas e construtores de comunidades.

• Gestores de funções especializadas com capacidade de iniciar ou

trabalhar com importantes processos transorganizacionais.

• Líderes executivos.

Engajamento das pessoas

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Como saímos dessa adversidade:

Nas economias circulares

regenerativas, os objetivos

são resíduo zero, energia

renovável, materiais

recicláveis, além de

responsabilidade e

prestação de contas por

todos os fluxos de

materiais no sistema.

Setembro - 2016

IDEIAS BÁSICAS DO LIVRO

Ao longo do livro aparecem “caixa de ferramentas” para serem

desenvolvidas:

• Usando a matriz de valor sustentável para elaborar a mudança.

• Usando o modelo de limites de crescimento para ver forças mais

profundas em atuação na sua organização

• Diretrizes para o desenvolvimento de um microcosmo estratégico

• Diálogos com os stakeholders.

• Protocolos para o equilíbrio entre defesa e questionamento.

• Modelo dos quatro atores: identificação dos padrões vigentes em

sua equipe de trabalho.

Guias para ajudar a fomentar ações de sustentabilidade

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

Nunca duvide do que é capaz uma pessoa isolada ou um

pequeno grupo de co-conspiradores

• Per Carsdelt, dono de uma concessionária Ford no norte da

Suécia.

• Morou no Brasil, participou da Eco92, conheceu o programa de

etanol brasileiro.

• Conseguiu mobilizar um pequeno grupo de interessados em

veículos flexíveis.

• Primeiros carros eram importados.

• Criou a Fundação do Combustível BioÁlcool

• Fomentou a instalação da distribuição do Combustível importado

primeiramente.

• Organizou a entrada de empresas para a produção do etanol de

fontes alternativas, como da celulose, extraído de resíduos da

indústria madereira.

Suécia

Agora (2007) o país depende do petróleo para suprir apenas

30% de suas necessidades de energia. Em 1970 era 77%.

Só para comparar, os EUA dependem 77%.

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

Nunca duvide do que é capaz uma pessoa isolada ou um

pequeno grupo de co-conspiradores

• Construiu a concessionária de automóveis mais amiga do meio

ambiente em todo o mundo, que evolui e passou-se a chamar de

Zona Verde.

• Um prédio de escritórios, um restaurante Mcdonald’s, um posto de

serviço. O projeto interligava os negócios. Ex. O excesso de calor

da cozinha do restaurante era usado para o aquecimento

ambiental da concessionária de automóveis. O consumo total de

energia dois reduzido em mais de 80%.

• Seu projeto chamou a atenção do mundo, que vinham ver uma

coisa mais paupável.

• Hoje(2007), ele ajuda a coordenar um projeto global no valor de 25

milhões de euros, patrocinado pela União Europeia envolvendo 10

regiões que buscam seguir os passos da Suécia

Suécia

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

Alinhamento Setorial

• David Gottfried, incorporador imobiliário em pequenas cidades e

Michael Italiano, ativista ambiental aregimentaram outros

interessados em enfrentar a questão do impacto total da

construção civil sobre o meio ambiente, sobre a saúde e bem-estar

do seres humanos e comunidades.

• Conseguiram desenvolver o USGBC (U.S. Green Building

Councils) e o sistema de certificação LEED (Leardship in Energy

and Environmental Design) para uma construção civil verde. Foi

lançado em 2000 e atualmente é uma certificação voluntária

utilizada em todo o mundo.

• Aproveitamento de água e energia solar para suprir as

necessidades da construção.

Estados Unidos

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIOS – A conta não fecha. Nas proximas duas

decadas o uso da água aumentará em 40% para o

consumo humano e mais 17% para o cultivo de

alimentos. Falta de água em 2004 e 2005 em Kerala -

India.

• Parceria com a WWF (World Wildlife Fund) – Aliado não-

convencional.

• Trabalhar com as comunidades locais para gerenciar

melhor os aquíferos.

• Cuidar da saúde geral das bacias hidrográficas onde

operam suas unidades de abastecimento.

• Combater o desperdício de água em suas unidades.

• Olhar a cadeia de valor, alumínio, acuçar, etc.

• Proteção das comunidades através de programas sustento

e preservação do meio ambiente.

Coca-Cola

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIOS – Outras parceria fomentadas:

• Unilever com a Rainforest Alliance estão trabalhando com a

cadeia do chá Lipton.

• Costco, gigante do varejo dos EUA e ONGs locais de

comunidades agrícolas na América Central estão

desenvolvendo parcerias em prol da agricultura

sustentável.

• BP e ONGs indianas estão conjugando esforços para levar

calor e eletricidade a aldeias que não possuem rede

elétrica.

• IKEA e ONGs do Brasil estão empenhadas em promover a

indústria madereira sustenável na Amazonia.

• Nike e ONGs da Tailândia estão tentando criar condições

para que fabricantes de roupas trabalhem em suas

próprias casas, em vez de migrar para fábricas urbanas.

Coca-Cola

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIOS – mudar a fonte energética. Em 1989

tachada pelo Greenpeace como a maior poluidora do

mundo, por ser a desenvolvedora e produtora do gás

fréon.

• Reputação sólida em inovações: nylon, lycra, celofane,

tefllon, derivados do petróleo.

• Inovação e reposicionamento: busca de materiais e

energias renováveis. Hoje fabrica 8 acessórios para

montagem de painéis solares, lidera esforços na Refinaria

Integrada de Bioprodutos de Milho (etanol), lançou o

biovutano, biocombustível que apresenta vantagens em

comparação com o etanol.

Dupont

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIOS – grandes e pequenos podem trabalhar

juntos. Investimento em pesquisa e desenvolvimento

de tecnologias mais limpas através da Ecoimagination.

• Energias renováveis: (eólica, solar biomassa e geotérmica).

• Energia de alta eficiências (sistemas avançados de

gasificação, que promovem a captura e o armazenamento

do carbono)

• Nova geração de motores a jato para aviação e sistemas

híbricos para locomotivas, ônibus e outros veículos.

• Sistemas avançados como diodos orgânicos emissores de

luz (OLEDs).

• Soluções para utilização, purificação e reutilização da água

em todo o mundo.

GE

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIO – O processo de fabricação de alumínio

consome muita água. Em 1990 enfrentaram problemas

com a escassez de água.

• Reduzir a zero o descarte de água

• Reformulação de processos fabris a fim de produzir

alumínio sem usar água.

Alcoa

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIO – Oferecer produtos com inovações

sustentáveis.

• Resíduos zero

• Toxidade zero

• Sem colas ou adesivos

• Fáceis de desmontar ao final da vida útil

• Algodão orgânico

• Iniciativas de recolhimento e reciclagem de produtosii

Nike

Setembro - 2016

EXEMPLOS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

DESAFIO – Reciclagem de sucata de automóveis

• Projeto de veículos mais fáceis para a desmontagem

e reciclagem.

• Dificuldades na implantação de uma fábrica

recicladora, pelos custos envolvidos na logística de

levar o veículo para a fabrica recicladora.

• Ainda não é uma realidade.

BMW

Setembro - 2016

A REVOLUÇÃO DECISIVA

Obrigada!