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A Revolta dos Boxers Stephanie Godiva e Fernando Falci Não é de hoje que a China chama a atenção das grandes potências mundiais em decorrência de seu extenso mercado. Desde meados do século XIX, o país encontra-se na rota de cobiça das potências ocidentais. Neste período, a dinastia reinante (Mandchu/ Qing) – muito contestada internamente, principalmente por não pertencer à maioria Han - começa a perder o controle do grande império e de seus reinos vizinhos e vassalos. Embora a China não tenha sido formalmente colonizada, havia simultaneamente uma penetração de valores ocidentais - desde as modernizações até o cristianismo - e a concessão de privilégios jurídicos e econômicos. Entre os mais notáveis podemos destacar o principio da extraterritorialidade, que isenta estrangeiros da lei chinesa, e a imposição de tarifas de importação artificialmente baixas que permitia aos produtos ocidentais competir favoravelmente no mercado chinês. Tais práticas desagradavam largos setores da sociedade chinesa, da elite até o campesinato. Aos descontentamentos soma-se a Guerra Sino- Japonesa (1894-1895), com a derrota da China para um ex-reino vassalo modernizado — que gera grande humilhação no antigo poderoso império, convertido em “homem doente da Ásia” —, começa uma nova etapa na desagregação política e social da China tradicional: indenização gigantesca devida ao Japão (além das devidas aos outros países ocidentais), bases militares em seu território, além de incentivos para outras potências pedirem novos privilégios. Figura 1: Os Boxers Tio Sam (para o Boxer turbulento). “Ocasionalmente eu também dou meus soquinhos por aí.” [Tradução dos autores] (William Allen Rogers, 9 de junho de 1900, New York Times)

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A Revolta dos Boxers Stephanie Godiva e Fernando Falci

Não é de hoje que a China chama a atenção das grandes potências mundiais em decorrência de seu extenso mercado. Desde meados do século XIX, o país encontra-se na rota de cobiça das potências ocidentais. Neste período, a dinastia reinante (Mandchu/ Qing) – muito contestada internamente, principalmente por não pertencer à maioria Han - começa a perder o controle do grande império e de seus reinos vizinhos e vassalos. Embora a China não tenha sido formalmente colonizada, havia simultaneamente uma penetração de valores ocidentais - desde as modernizações até o cristianismo - e a concessão de privilégios jurídicos e econômicos. Entre os mais notáveis podemos destacar o principio da extraterritorialidade, que isenta estrangeiros da lei chinesa, e a imposição de tarifas de importação artificialmente baixas que permitia aos produtos ocidentais competir favoravelmente no mercado chinês. Tais práticas desagradavam largos setores da sociedade chinesa, da elite até o campesinato. Aos descontentamentos soma-se a Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), com a derrota da China para um ex-reino vassalo modernizado — que gera grande humilhação no antigo poderoso império, convertido em “homem doente da Ásia” —, começa uma nova etapa na desagregação política e social da China tradicional: indenização gigantesca devida ao Japão (além das devidas aos outros países ocidentais), bases militares em seu território, além de incentivos para outras potências pedirem novos privilégios.

Figura 1: Os Boxers Tio Sam (para o Boxer turbulento). “Ocasionalmente eu também dou

meus soquinhos por aí.” [Tradução dos autores] (William Allen Rogers, 9 de junho de 1900, New York Times)

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Porém, não foram apenas as condições supracitadas do país que criaram o terreno ideal para florescer a revolta dos Boxers. A província de Shandong agregava outros fatores, embora específicos, contribuindo para o início e uma grande adesão ao levante. Estas sendo: 1) Suscetibilidade a catástrofes: secas e inundações.Além do assoreamento do Grande Canal que prejudicava o comércio tradicional; 2) Pobreza generalizada causada pelas mudanças na economia,pelos desastres ambientais já citados e pelo desemprego causado pela concorrência com os produtos importados(especialmente os têxteis); 3) Inabilidade do governo dos Qing em controlar a região,o que facilitava roubos e o banditismo,assim como a ação do Boxers; 4) Grande atividade de missionários cristãos, que gerava insatisfação nos nativos tradicionalistas. Insatisfação esta que era também agravada devido aos “Tratados Desiguais” que eram assinados com as potências ocidentais e a não obediência das leis chinesas por parte dos missionários, gerando assim toda sorte de abusos por parte dos mesmos e de seus protegidos. Shandong também tinha uma grande quantidade de convertidos. Em meio a essas tensões, o movimento dos Boxers começou a se expandir

atingindo todas as províncias do norte chinês.

Os Boxers surgiram junto com

várias outras seitas secretas após a

Guerra Sino-Japonesa. Suas raízes

estavam em seitas anteriores, tais como

A sociedade da grande faca1) que eram

Pro-chineses e anti-Mandchu. O

movimento possuía forte apelo nas áreas

rurais, principalmente em homens

jovens e desempregados devido à seca.

Segundo alguns autores, estes se

deslumbrariam com as apresentações

públicas de artes marciais feitas pelos

Boxers.

Buscando adesão ao movimento, os Boxers percorriam diversas províncias do Norte do país realizando apresentações de exercícios físicos e artes marciais para impressionar a população, aumentando assim o

1 Tradução livre dos autores.

Figura 2: Os Boxers (Autor: Koekkoek, 1900, Illustrated London

News).

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recrutamento. Assim, os fundamentos dos Boxers foram propagados juntamente com seu slogan “Apoiar a [dinastia] dos Qing, destruir o estrangeiro.”

Embora seu nome europeu seja o mais conhecido, principalmente devido a sua larga utilização em publicações ocidentais, o grupo se auto-intitulava Yihequan (Punhos da Justiça e da Concórdia). O movimento Boxer era de cunho religioso, popular, social, e ao menos indiretamente, antiimperialista. Como a maioria das sociedades secretas, seu passado está envolto em mitos e lendas, contudo há estudos que mostram sua presença no século XVIII durante a expulsão de alguns jesuítas. As irrupções de violência coletiva se iniciaram em 1899 com ataques a cristãos chineses, contudo ganham impacto ao atingir o primeiro estrangeiro no final do mesmo ano. Aqui é importante destacar um aspecto da crença tradicional: as ações terrenas causariam reações divinas. Assim, a penetração estrangeira (com suas inovações técnicas, igrejas etc) estaria ocasionando a seca daquele período: logo, a eliminação física e a expulsão dos “demônios brancos” acabariam com a seca. Os Boxers entendiam que para a efetiva expulsão ou extermínio dos “diabos estrangeiros” era necessário o uso dos rituais das artes marciais e das armas tradicionais chinesas. Eles pregavam que "verdadeiros crentes" seriam imunes a armas ocidentais e, de acordo com alguns pesquisadores, classificavam seus inimigos em classes distintas: os estrangeiros eram demônios “de primeira classe”, os chineses convertidos ao cristianismo a “segunda classe” e os que trabalhavam para os estrangeiros a “terceira classe” de demônios. Dentre as diversas formas de combate, a literatura também tinha espaço, como é o exemplo de uma publicação intitulada "Death to blow Corrupt Douctrines" (Morte como meio para destruir doutrinas corruptas2) e algumas propagandas, como esta que segue:

2 Tradução livre dos autores.

Figura 3: Soldado Boxer

(Royal Engineers, s/d, National Army Museum, London)

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...Sem chuva vinda do céu.

A terra está ressecada e seca. E tudo porque as igrejas Têm- na engarrafado no céu.

Os deuses estão com muita raiva. Os espíritos procuram vingança. Em massa que vêm do céu Para ensinar o caminho aos homens. [...]

Espíritos surgem das grutas; Deuses descem das montanhas, Para possuir os corpos dos homens, Transmitindo suas habilidades de luta3

Em pouco tempo de conflito, instalações (ferrovias, fábricas etc.), casas e estabelecimentos estrangeiros - e os próprios estrangeiros - tornam-se alvos dos Boxers. O Yihequan, dessa forma, começou a interferir nos interesses das potências e estas começam a cobrar do governo imperial uma atitude repressiva mais forte em relação aos Boxers. O que nos leva a duas ambigüidades referentes à relação entre os rebelados e o governo Mandchu.

Dentro do governo havia facções com opiniões divergentes em relação aos Boxers. Se por um lado um grupo, como, por exemplo, a imperatriz Cixi Tseu-Hi, motivado pela tentativa de eliminar a intrusão ocidental e japonesa no império e pelo resgate de seus valores tradicionais, se mostrava a favor do movimento, outro se opunha a ele na tentativa de não se indispor com as nações estrangeiras. Tal cisão expunha a fragilidade do governo Mandchu. Outra ambigüidade era o caráter anti-mandchu do movimento: os Mandchus eram vistos por muitos como os responsáveis pela invasão dos “demônios brancos”, seja

3 LANGE, Sven. Revolt against the West: a comparison of the Boxer Rebellion of 1900-1901 and the

current war against the west. California: Naval Postgraduate School, 2004, p.49-50.

Organização dos Boxers O movimento Boxer é

marcado pela ausência de grandes líderes para simbolizá-los. Suas unidades eram lideradas por um irmão (Discípulo Sênior) geralmente escolhidos por sua habilidade superior. As demais unidades se chamavam “discípulos irmãos”. Havia também diferenciação entre unidades militares (wu) e civis (wen).

Os Boxers se distinguiam das massas por usarem itens especiais de vestuário como, por exemplo, as “Red Lanterns” (Hongdenzhao), grupo composto pelas mulheres boxers, que se vestiam todas de vermelho e que foi encontrado principalmente na área em torno de Tientsin.

Já o triagrama Kan usava chapéus ou turbantes vermelhos, uma faixa ou lenço e leggings ou pulseiras da mesma cor, enquanto os quian preferiam amarelo.

(veja anexo2)

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por fraqueza, seja por conivência. Porém, com o desenrolar dos eventos e o posterior apoio da Corte aos rebelados, é difícil ser peremptório sobre a dimensão anti-Qing do levante. A reação das potências vem na forma de uma expedição multinacional, que mobilizou oito nações - Hungria, França. Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Rússia e os Estados Unidos, sem

contar as que participaram das negociações de paz com o objetivo de reprimir os Boxers, liderada pelo almirante inglês Edward Seymour: a expedição Seymour. E é a invasão e outros atos de desrespeito em território chinês que faz o governo apoiar os boxers e declarar guerra às potências.

Com o apoio do governo, os boxers, que já haviam se expandido para fora de Shandong para o eixo Pequim-Tianjin, área nevrálgica dos interesses imperialistas, entram em Pequim. E é na capital onde acontecem os ataques às embaixadas e aos embaixadores, com dois assassinatos de diplomatas mais marcantes: a do Barão von Ketteler, alemão, e a do japonês Sugiyama, ambos cometidos por soldados do exército chinês e não por Boxers. Com a declaração de guerra, o governo chinês dá um ultimato para todos os estrangeiros saírem de Pequim, ultimato este que é ignorado pelos diplomatas. Tal recusa motiva, então, o cerco de 55 dias empreendido pelos Boxers ao bairro das embaixadas. Com a declaração de guerra e o cerco, a expedição Seymour busca então tomar Pequim, encontrando resistência não apenas do exército chinês, como também dos Boxers. Reconhecendo a dificuldade, muda de estratégia e ocupa os fortes litorâneos para dali apoiar a tomada da cidade.

55 dias em Pequim (1963)

O filme, dirigido por Nicholas Ray,

tematiza o levante dos Boxers e

conseqüentemente o imperialismo europeu na

China. A obra não só destaca atuação norte-

americana como os eleva à única esperança

contra o perigo eminente: os Boxers.

Figura 4: Caminho percorrido pela Expedição Seymour (autor não identificado, 1900)

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Em 14 de agosto de 1900 a capital é tomada e saqueada pelos expedicionários,

inclusive a Cidade Proibida, sede do governo chinês. A imperatriz regente Cixi deixa a cidade para Xi’an, velha capital imperial. Em 7 de setembro de 1901, é firmado um tratado de paz entre a China e os aliados. O tratado, como todos os outros firmados com potências imperialistas, foi extremamente desvantajoso para a China. Determinava a execução dos políticos e militares ligados aos boxers; proibia qualquer atividade hostil aos estrangeiros; proibia a importação de armas; exigia o desmonte dos fortes de Dagu e a entrega de outros para o controle estrangeiro; estabelecia controle militar estrangeiro sobre a estradas de ferro Pequim-Tianjin e o envio de missões expiatórias aos países da aliança – medida particularmente humilhante.

Figura 5: Planta do bairro das embaixadas em Pequim

(Marine Corps, 1900)

Figura 6: Execução de Boxers

(autor desconhecido)

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A derrota na Guerra dos Boxers marca um novo estágio na sujeição aos estrangeiros. Possibilitou à Rússia ocupar a Mandchúria, no norte do país, e construir uma ferrovia, superando as resistências chinesas.

Figura 7: Ilustração da Época da Rebelião

(autor desconhecido)

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REFERÊNCIAS BODIN, Lynn E. The Boxer Rebellion.(Men- at-arms series). London: Osprey Publishing London, 1979.

COHEN, Paul A. “The Contested Past: The Boxers as History and Myth”. IN: The Journal of Asian Studies, Vol. 51, No. 1 (Feb., 1992), pp. 82-113. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/2058348. Acesso em 20 set. 2011.

GUO, XUEZHI. The Ideal Chinese Political Leader: A Historical and Cultural Perspective.Westport, CT: Praeger. 2002.

HARRINGTON, Peter. Peking 1900 – The Boxer Rebellion. (Campaign series). London: Osprey Publishing London, 2001.

KO, Walter. The Boxer Movement. In: Chinese American Forum - XVI. NO.4 - APRIL 2001.

LANDOR, Arnold Henry Savage. China and the Allies. London: William Heinemann, 1901.

LANGE, Sven. Revolt against the West: a comparison of the Boxer Rebellion of 1900-1901 and the current war against the west. California: Naval Postgraduate School, 2004.

MANNING, William R. China and the Powers Since the Boxer Movement. In: The American Journal of International Law, Vol. 4, No. 4, Oct. 1910, pp. 848-902.

NUSSBAUM, Lydia R. From Paternalism to Imperialism: the U.S. and the boxer Rebellion. Disponível em: http://www.arts.cornell.edu/knight_institute/ publicationsprizes/discoveries/discoveriesfall2002/12lydianussbaum.pdf. Acesso em 20 de set. 2011.

THE NEW YORK TIMES ARCHIVE. New York, 1895 - 1901 Disponível em: http://timesmachine.nytimes.com/browser

THORALF, Klein. “The Boxer War – The Boxer Uprising”. 23 jul.2008. Disponível em: http://www.massviolence.org/PdfVersion?id_article=152. Acesso em 20 de set.de 2011.

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ANEXO 1 - CRONOLOGIA

Cronologia 1899 Nov-Dez Boxer rebelam-se contra cristãos chineses. 30/Dez Reverendo Brooks é morto pelos Boxers. 1900 11/Jan Decreto da Imperatriz regente Cixi sobre as sociedades clandestinas Meio de Maio

Boxer riots in Pao Ting Fu.

27/Mai Embaixadores estrangeiros pedem intervenção do governo nas rebeliões 28/Mai Dois clérigos ingleses atacados em Pao Ting Fu. 31/Mai Tropas aliadas chegam a Pequim. 4/Jun Últimos homens dos aliados chegam à capital. 9/Jun Sir Claude MacDonald pede ao Almirante Seymour avançar para

Pequim com reforços. 10/Jun

Serviços telegráfico e postal de Pequim interrompidos. Prince Tuan appointed head of Tsungli Yamen. Coluna de Seymour sai de Tientsin.

11/Jun

Embaixador japonês Sugiyama é morto em Pequim por tropas chinesas.Coluna de Seymour alcança Lang Fang.

12/Jun Batedores de reconhecimento de Seymour recuam em An Ting. 15/Jun Boxers tomam Tientsin.Seymour é forçado a se retirar. 16/Jun Chinese colocam minas na entrada de Pei Ho. Chineses ocupam ferrovia

em Taku. 17/Jun Fortes de Taku são bombardiados e capturados pelos aliados. Chineses

atacam bairro estrangeiro de Tientsin. 19/Jun

Tsungli Yamen exige aos embaixadores a saída de todos os estrangeiros de Pequim.

20/Jun Baron von Ketteler assassinado por tropas chinesas em Pequim.Cerco às embaixadas e Pei T'ang começa.

21/Jun China declara guerra oficialmente contra os aliados. 22/Jun Coluna de Seymour captura arsenal de Hsiku. 23/Jun International Settlement of Tientsin relieved. 26/Jun Coluna de Seymour resgatada por Cossacos. 27/Jun Arsenal de Tientsin destruído pelos aliados. 9/Jul Arsena de Hsiku recapturado e destrído pelos aliados. 14/Jul Tientsin capturada pelos aliados. 17/Jul Cessar-fogo em Pequim. 27/Jul Segundo cessar-fogo em Pequim—dura até 4 de Agosto. 4/Ago Segunda coluna de apoio deixa Tientsin em direção a Pequim. 5/Ago Batalha de Pei Tsang. 6/Ago Batalha de Yang Tsun. 12/Aug Aliados ocupam Tungchow. 14/Ago Aliados entram em Pequim: fim do cerco às legações. 15/Ago Imperatriz regent deixa Pequim. Ataque Americano à Cidade Proibida. 16/Ago Fim do cerco à Catedral de Pei T'ang Cathedral.

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28/Ago Desfile da vitória aliado na Cidade Proibida. 21/Set General von Waldersee e a Brigada Alemã da Ásia Oriental chegam em

Taku. 20/Out Pao Ting Fu capturada pelos aliados. 26/Out Fuga da Imperatriz Regente acaba em Xi’an. 22/Dez Proposta de paz dos aliados apresentada à China. 1901 1/Fev Yihequan abolido. 29/Mai China oferece pagar £67.5 milhões de indenização aos aliados. 24/Jul Tsungli Yamen abolido. 7/Set Tratado de paz assinado pela China: fim official da revolta dos Boxers. 1902 7/Jan Imperatriz Regente volta à Pequim.

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ANEXO 2 - VESTUÁRIO

4 4 BODIN, Lynn E. The Boxer Rebellion.(Men- at-arms series). London: Osprey Publishing London, 1979 , p,28.

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ANEXO 3 – NEW YORK TIMES

Tradução:

Imperador favoreceu Boxers

São Peterburgo, 13 de Julho. – Longos conselhos oficiais foram recebidos aqui

sobre a disseminação do movimento revolucionário na Mandchúria.

Em 24 de junho um edital do Imperador da China foi interceptado. Neste ordenou que as

tropas chinesas se unissem aos Boxers.

Posteriormente, o Governador do Moukden informou ao chefe dos engenheiros que a

linha férrea deveria ser entregue aos chineses e que todos os russos deveriam deixar

permanentemente Manchúria. Protestos dos engenheiros insistiam que o governador

pedisse a ajuda aos russos em Port Arthur para aniquilar os Boxers, não em vão, e as

tropas chinesas, que continuaram em massa crescente culminando nos assassinatos e

ataques contra a estrada de ferro e cidades já notificados.

Publicado em 14 de Julho de 1900.