a revolta dos legumes 6ºb

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Page 1: A revolta dos legumes   6ºb

A revolta dos legumes: a era dos biológicos

6ºB

Era uma vez uma família de legumes, em que todos se davam bem uns com os

outros. Eram todos muito unidos.

Na família existiam os seguintes legumes: a batata, o alho francês, a beringela, o

tomate, a cenoura, o pepino e a alface. Eram sete legumes, todos muito inteligentes.

O pai era uma batata e chamava-se Rei Batatão; a sua esposa era uma beringela

e chamava-se Colorida; o filho mais velho era um alho francês, chamado France; a irmã

do meio era uma alface e chamava-se Polónia e a irmã mais nova era um tomate e

chamava-se Vermelhinha. Tinham, ainda ,dois tios, o Lados e a Soluções, que eram um

casal de pepinos.

Um dia, os seus donos esqueceram-se de regar os legumes e esta família quase

morreu de sede. Por milagre, começou a chover, uma chuva miudinha, era pouca, mas

melhor do que nada. Nesse dia, eles juraram vingança.

Uns amigos que estavam a fazer um trabalho em grupo, sobre os legumes, para a

disciplina de Ciências da Natureza, viram que eles estavam com sede e deram-lhes

água.

Os legumes ficaram muito agradecidos e conseguiram ouvir que eles estavam

com dificuldades em fazer o trabalho, por isso resolveram conversar com eles.

Ao ouvi-los falar, uma menina perguntou:

– Vocês falam?

-Sim, – respondeu o Rei Batatão – é claro que nós falamos. Todos os legumes

falam!

– Ainda bem… Então e podem ajudar-nos? – interrogou a menina.

– Claro que sim! – afirmaram os legumes.

Os legumes ajudaram-nos a fazer o trabalho, afinal eles também os tinham

ajudado.

Depois desse longo dia, foram todos para as suas casas.

No dia seguinte, os amigos foram dar uma volta à praia e entraram numa gruta.

De repente, a gruta fechou-se com pedras. Eles tentaram desviar as pedras, mas sem

sucesso. Continuaram a explorar a gruta, até que encontraram uma saída, mas antes

descobriram que aquela gruta tinha diamantes.

Então, eles levaram alguns, mas prometeram que só os usariam em caso de

emergência. Um dos meninos, o Afonso, teve uma ideia:

Page 2: A revolta dos legumes   6ºb

– Já sei! E que tal se os utilizássemos para comprar sementes e semeássemos

outra família de legumes?

– Boa ideia! – concordaram todos.

No dia seguinte foram à loja do senhor Ambrósio para comprar as ditas sementes.

O Afonso sugeriu que os plantassem na quinta do seu tio e todos concordaram.

Passaram-se dias, semanas, meses…

Finalmente os legumes, da nova família, nasceram. A família era constituída pelo

pai,o Sr. Broclini, pela mãe, a Sr. Couvina e pelos filhos, a Florbela, o Cenourinha e o

Nabinito.

As duas famílias encontraram-se, conversaram e surgiu-lhes uma ideia que

ninguém tinha tido antes:

– Já pensaram porque é que as crianças não gostam de legumes saudáveis,

como nós? – questionou o Nabinito.

– Por acaso, já tinha pensado nisso! – exclamou a Cenourinha.

– Eu sei porquê, – disse o rei Batatão – é por causa das gomas, um inimigo

açucarado. Estamos em guerra desde há muito tempo…

De repente, a Cenourinha exclamou:

– Está na hora de uma revolta! – gritou ela – Acabou o tempo em que os legumes

eram trocados pelas gomas. Vamos dar luta àqueles demónios cheios de açúcar! Viva a

era dos biológicos! Quem está comigo?

– Nós! – gritam todos, com entusiasmo.

Assim, recomeçou a guerra entre legumes e gomas.

A família das gomas tinha quatro elementos: o pai, chamado Gomanhão; a mãe

que se chamava Gomanhona; a filha que era a Gominha e o filho, de nome Goma

Açucarada. Esta família, também, era muito forte e preparou várias armas para a

batalha.

O rei Batatão disse para o Gomanhão:

– Nós somos os melhores! Connosco podem preparar-se imensas coisas e somos

muito mais saudáveis do que vocês.

Todos tinham os planos bem organizados.

Os legumes prepararam-se, muito bem, para a batalha:

– Temos que ser inteligentes para os derrotar. Metade, vai atacar pelo centro e a

outra metade, ataca pelas pontas do campo de batalha. Temos que destruir a casa onde

eles têm todas as suas armas. – afirmou o rei Batatão.

Assim se iniciou a batalha. Eles deram tudo, por tudo.

Page 3: A revolta dos legumes   6ºb

Os legumes estavam em vantagem, pois eram mais saudáveis. As gomas já

estavam cansadas e fracas.

Os meninos, que estavam a assistir, gritavam pelas gomas.

A batalha estava a terminar, mas de repente chegaram mais gomas e em boa

forma. Todos os legumes pensaram em desistir, mas recarregaram forças e continuaram

a lutar.

Esta luta parecia não ter fim, os legumes e as gomas lutavam cada vez, com mais

intensidade e força, pela preferência das crianças.

Quando todos se sentiram esgotados, pararam e disseram que tudo não passava

de um mal entendido. Mas, a meio da noite, os legumes decidiram atacar as gomas. A

batalha durou até ao nascer do dia.

– Estamos tão cansados! – reclamavam algumas gomas.

– Temos tanta sede! – gritavam alguns dos legumes.

Até que os legumes mais novos, que apenas estavam a assistir à batalha, tiveram

a ideia de ligar o sistema de rega.

Assim os legumes, cheios de força, venceram as gomas e ficaram muito

contentes.

Então, com esta vitória, as crianças passaram a consumir mais legumes. Por isso,

as gomas juraram vingança.

Passaram-se alguns dias e as gomas planearam uma tática para vencer os

legumes.

Planearam encher os legumes de açúcar, para eles verem o quanto isso era bom.

Atacaram. No entanto, os legumes venceram, mas disseram que nunca mais iriam lutar,

porque o que as crianças podiam e deviam fazer, era comer mais legumes do que

gomas. Claro que as gomas também se podiam comer, só que tinha que ser em menos

quantidade.

Assim foi. As gomas concordaram com os legumes e decidiram então fazer um

piquenique. Juntaram-se todos perto de uma árvore.

Estava tudo a correr muito bem, até que um dos legumes viu que uma das gomas

ia começar a comer um chupa.

– Não comas isso! – disse o legume – Tem muito conservantes e faz mal.

– Então, não nos vamos zangar agora, quando finalmente somos amigos!

respondeu a goma.

– Não. Eu não me quero zangar. Estou apenas a avisar-te de que isso faz muito

mal.

Page 4: A revolta dos legumes   6ºb

– Não quero saber! – disse a goma.

– Então come isso, depois vai-te doer a barriga. Mais tarde, não me venhas dizer

que não te avisei!

A goma comeu o chupa, sem preocupações. Mas acabou por ficar com dor de

barriga. Teve que dar razão ao legume que a tinha avisado e durante a noite pediu-lhe

ajuda.

– Eu não te avisei? – questionou o legume.

– Desculpa, devia ter-te dado razão. Ajuda-me por favor!

– Vá, eu ajudo-te. Bebe muita água e come alguns legumes. Vais ver que isso

passa.

A goma agradeceu. Fez então o que o legume lhe sugeriu. A dor de barriga

começou a passar.

No dia seguinte, foi ter com o legume para lhe agradecer.

– Muito obrigada, se tu não me ajudasses, eu poderia estar muito mal. – disse a

goma.

– Eu sei, por isso é que te ajudei.

– Bem, agora já sei que os legumes são melhores do que as gomas. Fazem bem!

As crianças deviam gostar mais de legumes.

– Infelizmente, não é assim…– admitiu a goma.

As outras gomas ficaram admiradas com aquilo. Mas tiveram que concordar.

Os legumes e as gomas, unidos, pediram às crianças comessem mais legumes e

menos gomas e explicaram-lhes porquê.

A partir desse dia, todas as crianças passaram a adorar os legumes e a comer

mais do que antes. Ficaram mais saudáveis. A revolta dos legumes, finalmente, deu

resultado.

FIM