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  • CLASSE TEJONOVOS PATRULHAS

    Revista da ARMADAN 509 ANO JULHO 2016 MENSAL 1,50XLVI

  • OFERTAARSENAL DO ALFEITE

    entrada das instalaes da nossa Revista est j coloca-da a placa com o novo logtipo, da autoria da Assistente Tcnica de Desenho Aida Cristina Medeiros Pinto Faria. Oferecida pela Arsenal do Alfeite, S.A., onde foi manu-faturada, constitui uma excelente obra, reveladora da qualidade do trabalho efetuado e da mestria que aquela empresa detm nesta rea especfica do tratamento do metal.A Revista da Armada agradece a oferta Administrao da AA, S.A., em particular ao CALM ECN Rapaz Lrias, bem como queles que contriburam para a materializa-o desta perfeita obra e que se encontram identificados no texto abaixo, que publicamos com gratido.

    Como tudo, comea um tempo de mudana e vai at luz!O smbolo, que sempre nos acompanhou, evolui, no muda na verdade, parte do esprito, da vida, (re)cria--se, estima-se e d-se luz.Este novo smbolo, entenda-se a placa, fruto da sensvel rudeza num gesto criador de formas perdurantes que so honradas, h-de honrar um tempo.Este o tempo.Em artes que se vo perdendo, mesmo nos resultados singelos como este exemplo, h sempre gente den-tro: Mrio Figueiredo, Balbino Escoval e Mrio Tiago na fatal modernizao tecnolgica, Antnio Varela Filipe na criao do estado da arte, Francisco Charrua (Xico) e Lus Chaves na transformao do metal moldado na ter-ra, aquela terra to simples, Carlos Fernandes e Carlos Romo Mendes (Romozinho) na imposio da beleza final, que resulta na luz da primeira frase. de gente e de metal que se trata.A gente vai, o metal, na sua humanizada forma, fica.Que fique! Fernando Cruz(gestor de projeto e coordenador da execuo)

  • REVISTA DA ARMADA | 509

    JULHO 2016 3

    Publicao Oficial da MarinhaPeriodicidade mensalN 509 / Ano XLVIJulho 2016

    Revista anotada na ERCDepsito Legal n 55737/92ISSN 0870-9343

    SUMRIO

    DiretorCALM Carlos Manuel Mina Henriques

    Chefe de RedaoCMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira

    Redatora1TEN TSN -COM Ana Alexandra G. de Brito

    Secretrio de RedaoSMOR L Mrio Jorge Almeida de Carvalho

    Desenho GrficoASS TEC DES Aida Cristina M.P. Faria

    Administrao, Redao e PublicidadeRevista da Armada Edifcio das InstalaesCentrais da Marinha Rua do Arsenal1149-001 Lisboa PortugalTelef: 21 159 32 54Fax: 21 193 84 69

    E-mail da Revista da [email protected]@marinha.pt

    Paginao eletrnica e produoMX3 Artes Grficas, Lda.

    Tiragem mdia mensal4000 exemplares

    Preo de venda avulso: 1,50

    06

    09

    NRP LVARES CABRAL 25 ANOS

    10 DE JUNHO. COMEMORAES

    12CAA-MINAS ROBERTO IVENS

    Oferta. Arsenal do Alfeite

    Strategia 23

    Fora Naval Portuguesa. Demonstrao de Capacidades

    CITAN

    Aumento ao Efetivo. NRP Tejo

    Navio de Patrulha Costeiro. Classe Tejo

    Tomadas de Posse

    Entrega de Comando / Revista da Armada. Prmios 2015

    Academia de Marinha

    Seminrio de Psicologia Seleo de Pessoal e Apoio Psicolgico

    Aniversrios / Saibam Todos

    Estrias (23) / Livros

    Vigia da Histria (85)

    Novas Histrias da Botica (54)

    Sade Para Todos (36)

    Desporto

    Convvios

    Quarto de Folga

    Notcias Pessoais / Convvios

    Smbolos Herldicos

    02041014161720212223242526282930313334CC

    Capa

    Primeira cerimnia do Iar da Bandeira no NRP TEJO.Foto 1SAR A Ferreira Dias

  • JULHO 20164

    REVISTA DA ARMADA | 509

    Stratgia 23

    Portugal na Ciberdefesa da NATO

    INTRODUO

    Nos ltimos dois artigos, abordmos a crescente utilizao e dependncia da sociedade atual relativamente ao ci-berespao; o bem-estar, mas tambm os riscos e as ameaas que da advm; e a consequente edificao de capacidades de ciberdefesa na Amrica do Norte e na Europa, com enfo-que nos desenvolvimentos a nvel nacional e na NATO.

    Encerramos agora esta Ciber-Trilogia com uma reflexo integrada sobre o contributo nacional para o desenvolvimen-to da Poltica Reforada de Ciberdefesa da NATO, o papel de liderana que Portugal vem assumindo no seio da Aliana na vertente da formao e treino em ciberdefesa, e o caminho a seguir para sustentar e reforar a posio nacional neste domnio.

    POLTICA REFORADA DE CIBERDEFESA DA NATO

    Perante o contnuo aumento da sofisticao, da frequncia e dos potenciais danos que os ciberataques podem provocar, os Chefes de Estado e de Governo dos 28 Aliados endossaram na Cimeira de Gales, em 2014, a Poltica Reforada de Ciberdefe-sa da NATO, que veio substituir a poltica de 2011. A ttulo de curiosidade, podemos identificar aqui uma tendncia da NATO rever a sua poltica de ciberdefesa (e respetivo plano de ao) a cada trs anos, o que poder constituir uma boa prtica a seguir nacionalmente.

    A atual poltica relembra que a responsabilidade fundamental da NATO proteger as suas prprias redes e que a assistncia aos Aliados (com meios da NATO) deve ser encarada dentro do esp-rito da solidariedade, salientando, contudo, a responsabilidade das naes desenvolverem as suas capacidades de ciberdefesa.

    Uma das novidades desta poltica o reconhecimento de que os ciberataques podem ter um impacto idntico ao de um ataque convencional, estabelecendo, por conseguinte, que a ciberdefesa se insere na tarefa de defesa coletiva e que um ciberataque a um Aliado pode levar invocao do artigo 5 do Tratado de Wa-shington. Outro aspeto inovador a afirmao de que o direito internacional, incluindo a carta das Naes Unidas e o direito dos conflitos armados, se aplica ao ciberespao.

    A poltica aprovada destaca, ainda, o conhecimento residente no setor privado e lana as bases para a NATO Industry Cyber Par-tnership (NICP)1. Salienta a necessidade de reforar a cooperao com a UE e de atribuir uma ateno especial formao, treino e exerccios, dando orientaes para a criao de novos cursos, em especial na Escola de Comunicaes e Sistemas de Informa-

    o da NATO (NCISS), em vias de ser transferida de Latina (Itlia) para Oeiras (Portugal). Neste mbito, determina a edificao da capacidade NATO Cyber Range2, com base numa infraestrutura j existente na Estnia e tendo tambm em considerao as valn-cias e as necessidades da NCISS.

    CONTRIBUTO DE PORTUGAL PARA A POLTICA DE CIBERDEFESA DA NATO

    Portugal empenhou-se, particularmente, na redao dos cap-tulos referentes assistncia aos Aliados, formao e treino, e cooperao com a UE.

    Relativamente ao primeiro tema, a ao nacional, concertada com outros Aliados, permitiu que a poltica consagrasse, pela pri-meira vez, as modalidades em que os meios da NATO, designada-mente as Equipas de Reao Rpida, podem ser empregues para prestar assistncia a Aliados alvo de ciberataques graves.

    No que respeita formao e treino, Portugal redigiu a base do texto refletido na poltica, dando relevo, tanto NCISS, como ao projeto Smart Defence3 Multinational Cyber Defence Education and Training (MN CD E&T), que abordaremos mais frente. As orientaes aprovadas (aps exigentes negociaes com a Est-nia) abriram portas a que a NCISS possa assumir um lugar de re-levo na formao e treino em ciberdefesa na NATO, demarcando o terreno face s capacidades j instaladas no Cooperative Cyber Defence Centre of Excelence, em Talin.

    O acordo de reforo da cooperao NATO-UE veio dar cober-tura poltica cooperao que Portugal tem vindo a encetar com a Agncia Europeia de Defesa (EDA), no quadro do projeto MN CD E&T e da potencial abertura UE dos cursos de ciberdefesa a ministrar em Oeiras.

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  • REVISTA DA ARMADA | 509

    JULHO 2016 5

    PORTUGAL NA LIDERANA DA FORMAO E TREINO EM CIBERDEFESA

    Em resultado do ambicioso programa de reformas de-cidido na Cimeira de Lisboa, em 2010, as Agncias e a Es-trutura de Comandos da NATO foram significativamente racionalizadas. Uma das decises consistiu em transferir a NCISS para Oeiras, instalando-a no Reduto Gomes Frei-re, outrora ocupado pelo Joint Force Command Lisbon. A escola passou a integrar a estrutura organizacional da Agncia de Comunicaes e Informao da NATO (NCIA).

    Desta forma, Portugal ir acolher, a partir de 2018, a escola tecnologicamente mais avanada da NATO, ca-bendo-lhe no s gerir o projeto do novo edifcio, cuja construo se iniciar j este ano, mas tambm contri-buir para o alargamento dos currculos e assim aumentar a atrativi-dade e competitividade da instituio, que ir funcionar no regime de financiamento pelo cliente (por contraposio ao regime ante-rior de financiamento comum da NATO).

    Para traduzir o aumento da oferta curricular e dos graus de for-mao, a escola passar a chamar-se Academia, estando ainda em discusso a designao final que melhor reflita a importncia acres-cida da componente ciberntica. Refira-se, a este propsito, que a Academia parte integrante da capacidade NATO Cyber Range, estando em curso o processo tendente modernizao do Cyber Lab da NCISS e sua federao com a Cyber Range da Estnia, que constitui a componente central daquela capacidade.

    Foi neste contexto que a NATO lanou o repto a Portugal para liderar o projeto Smart Defence MN CD E&T, que visa colmatar lacu-nas de formao e treino em ciberdefesa na Aliana, atravs da cria-o de novos cursos a ministrar na Academia de Oeiras ou aprovei-tando cursos existentes nas naes, passveis de serem acreditados pela NATO. O projeto tem como segundo objetivo providenciar uma plataforma web para a coordenao das atividades de formao na NATO, iniciativa que est a ser desenvolvida em estreita colabora-o com a EDA, que adjudicou a criao da plataforma a um consr-cio nacional e atribuiu a sua futura gesto a Portugal.

    A gesto do projeto MN CD E&T em que participam 18 pases, diversas entidades NATO, o Centro de Excelncia de Talin e empre-sas e universidades americanas e europeia