a questão do negro no brasil

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    A QUESTO DO PRECONCEITO, DA DISCRIMINAO E DO RACISMO NUMA DIMENSO CRTICA. Prof. Otaviano Afonso Pereira.

    Introduo.

    O Racismo no Brasil se apresenta com um dos grandes desafios a serem superados pela populao negra, j que esta condio, acrescida da distribuio injusta da riqueza e dos inmeros benefcios gerados pela poltica econmica classe dominante, notadamente branca, relega a grande maioria negra a condies extremamente precrias de sobrevivncia.

    Acredita-se que a luta poltica pela igualdade entre negros e brancos no est desconectada da luta pelo fim de uma sociedade que tende a homogeneizar culturas, hierarquizar e coisificar as relaes entre as pessoas que, em ltima instncia, esto condenadas a serem reduzidas simultaneamente a consumidores e mercadorias.Assim sendo, para que homens e mulheres sejam humanamente emancipados-j que a emancipao poltica j ocorreu- e tenham todos as mesmas condies de desenvolver suas potencialidades, uma autntica individualidade, se faz necessrio, antes de tudo, repensar radicalmente este modelo de organizao da vida econmica social e poltica.

    Nesta anlise parte-se do pressuposto de que a esfera da luta poltica expresso direta do modelo econmico adotado, sendo impossvel alterar quela significativamente de uma maioria subjugada, independentemente da cor da pele e do gnero, sem que o campo da reproduo da vida, ou seja, a estrutura econmica e produtiva seja alterada em profundidade.

    Desta forma, ao pensar na luta pela promoo da igualdade entre os seres humanos, e aqui especificamente entre negros e brancos, que tenham como principal parceiro o Estado burgus na luta contra a discriminao, deve-se levar em considerao que nenhuma medida estatal ser tomada contrariamente reproduo dessa lgica que se fundamenta pela explorao, dominao e acumulao de capital em escala planetria. Ou seja, esperar que o Estado nacional, por meio de medidas legais elimine de fato as injustias e discriminaes sociais, principalmente quelas ao acesso a postos de trabalho, no mnimo ingenuidade tendo em vista a natureza capitalista do Estado.

    Ao ser incomodado por um movimento social organizado, mesmo que desarticulado regionalmente ou nacionalmente como o movimento negro, mas que de alguma forma consegue dar visibilidade aos graves problemas dessa populao, que com base na Constituio Federal deveriam, mas no so tratados como cidados o Estado lhes d algumas concesses que permite, em ltima instncia, uma certa tranqilidade a efetivao do projeto poltico neoliberal.

    Estas concesses favorecem este ou aquele grupo social, mas no altera em definitivo a sua condio, pois nada pode interferir negativamente nos interesses da classe dominante e no seu projeto de acumulao.Estas medidas, como as aes afirmativas, a discriminao positiva em prol dos negros, que em muitos casos so tratadas como solues para os problemas das minorias, sero sempre paliativas, expresso de uma vontade poltica que jamais deve ser efetivada em sua totalidade.

    Em se tratando do racismo no Brasil, so utilizados todos os tipos de argumentos que dizem respeito habilidade, capacidade intelectual, formao,etc.,para legitimar a no insero do negro em ocupaes qualificadas no mercado de trabalho.A ausncia incontestvel da populao negra nos postos de trabalho mais qualificados e, por tanto,nas classes de nvel econmico mais elevado, e a divulgao destas informaes atravs da mdia, a academia e ao governo a emergncia moral, mesmo que superficial, de promover propostas que visem em longo prazo a promoo da igualdade nacional. No entanto, no deixam de ser aes imediatamente realizveis, escolhas possveis no interior das restritas alternativas socialmente criadas.

    DESENVOLVIMENTO.

    Vimos atravs desta introduo, vrios ngulos das medidas adotadas pelo Estado burgus, cuja intencionalidade manter o processo de discriminao e estratificao do elemento negro dentro da sociedade brasileira capitalista e neoliberal.Agora, veremos outros ngulos de como se d esse processo de marginalizao do negro, no contexto de sua vivncia social..

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    Assim, quando tomamos conscincia dos direitos humanos e da cidadania somos obrigados a reconhecer que eles ainda so extremamente desrespeitados, quando no ignorados. Basta olhar a nossa volta para perceber que no vivemos uma situao em que a igualdade , a liberdade, as oportunidades existem da mesma forma para todos.

    Muitos so os crimes cometidos contra a cidadania, e os piores e mais graves deles so: o preconceito; a discriminao; o racismo; a violncia; as desigualdades sociais; a violncia; a falta de acesso ao conhecimento e a informao; a corrupo; a impunidade; a indiferena e a falta de ao perante a prpria existncia desses crimes.

    E a, eu pergunto: o que na realidade o Preconceito? uma opinio, uma idia negativa sobre uma pessoa ou um grupo de pessoas, que se forma e se desenvolve mesmo antes de se conhecer os fatos e as razes do outro lado. Ou seja, feito um julgamento antecipado, geralmente baseado no fato daquela pessoa ou grupo serem diferentes de quem sente o preconceito. Essas possveis diferenas vo justificar que um grupo se sinta superior ao outro e se julgue com mais direitos e privilgios.

    O preconceito racial, por exemplo, teve origem em idias desenvolvidas principalmente na Europa, que considerava uma raa superior outra com base em diferenas fsicas, como cor da pele, formato do nariz, cabelo, tamanho do crnio.

    Segundo essas idias, as pessoas de pele alva (os brancos) seriam da raa superior, mais inteligentes, de melhor carter, mais preparados para comandar. E as pessoas de pele escura (os negros e outros povos no europeus) seriam da raa inferior, menos inteligentes, com menos valor moral e nascidos para obedecer.

    Porm, os cientistas j provaram que no h qualquer fundamento srio nessas opinies, pois as diferenas entre os grupos humanos so devidas a condies geogrficas, de clima, de cultura.

    A cor da pele, por exemplo, determinada pela maior ou menor presena de um pigmento chamado melanina, que existe em todos os seres humanos. Nas regies onde os raios do sol so mais fortes, a melanina se desenvolve mais e a pele fica mais escura, caracterizando um grupo humano e seus descendentes. Portanto, a cor da pele no tem nenhuma influncia no grau de inteligncia ou no carter das pessoas.

    Da mesma forma, os estudiosos sobre o assunto concluram que todos os homens pertencem mesma espcie humana. Existe apenas uma raa,a raa humana.No possvel a partir de traos fsicos, dividir a espcie humana em vrias raas. Existem vrios grupos dentro da espcie humana e cada um vai criar sua prpria cultura, sua linguagem, seus costumes.

    Diante do exposto, perguntamos mais uma vez: e o que discriminao? Discriminar quer dizer separar, isolar, marcar diferenas. Quando o preconceito deixa de ser s uma idia e se transforma em ato, em ao, acontece a discriminao. Por exemplo: algum est entrevistando dois candidatos a uma vaga. No gosta de nenhum dos dois, porque um deles, branco, est mal vestido e de barba por fazer, e o outro negro.No final, a vaga fica para o branco. Neste caso, o entrevistador sentiu preconceito contra os dois candidatos, mas praticou discriminao apenas contra o negro.

    Infelizmente, as idias preconceituosas sobre as diferenas raciais tiveram forte influncia em algumas pocas da histria da humanidade e deram origem a um dos mais terrveis crimes contra a dignidade humana: o racismo.

    Mas, o que o racismo? a idia em nome da qual uma raa se declara superior a outra e parte para domin-la, sentido-se no direito de conden-la ao isolamento e at ao extermnio.

    Foi em nome do racismo que Hitler, na dcada de 30, declarou a superioridade da raa branca na Alemanha nazista e condenou morte 6 milhes de Judeus. Foi tambm o racismo que justificou a escravizao de africanos em vrias partes do mundo, inclusive no Brasil.

    Faz muito pouco tempo que assistimos em 1994 o fim oficial do apartheid na frica do Sul. Esse regime racista, que comeou em 1948, condenava a populao negra, que era a grande maioria, a viver separada

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    dos brancos, a no participar da vida poltica e a no possuir propriedades. O poder e os privilgios eram todos da minoria branca. A luta contra o apartheid foi longa e intensa e teve em Nelson Mandela o seu principal lder.

    Em nome do racismo, a violncia e a crueldade foram e ainda so praticadas contra pessoas e grupos, como se nada houvesse de desumano nesse comportamento.A conscincia de que o preconceito uma coisa reprovvel e at vergonhosa vem aumentando. Por isso, ningum confessa que preconceituoso, fazendo parecer que s uma questo de preferncia: Eu no tenho preconceito, mas prefiro que minha filha se case com um branco.

    O preconceito e a discriminao esto mais presentes e so mais perigosos do que a gente pensa. As imagens negativas vo sendo criadas, vo se espalhando e se transformam em marcas.Tal grupo burro, outro violento, outro arruaceiro. A televiso, as revistas e o cinema repetem essas imagens e influenciam a opinio das pessoas. Nas escolas, h professores que tambm alimentam essas imagens, auxiliados por livros didticos que carregam vrias idias preconceituosas em suas pginas. As prprias pessoas que pertencem aos grupos vtimas de preconceito e discriminao podem se sentir diminudas e desvalorizadas.Costuma-se dizer que elas esto com baixa auto-estima. Isto , a pessoa no consegue gostar de si, apreciar a cultura de seu grupo, sentir-se com fora para lutar por seus direitos, expressar suas opinies e buscar a realizao de seus direitos.

    Outro aspecto importante: no ambiente de trabalho que os efeitos do preconceito mais aparecem. Nele, pessoas diferentes tm um contato mais prximo e permanente, podendo surgir situao e reaes entre essas mesmas pessoas, fazendo com que umas passem a discriminar as outras em funo da cor, do modo de pensar ou agir, da religio, da condio fsica etc.

    QUAL A SITUAO RACIAL NO BRASIL?

    Ns j vimos quais so os pensamentos e os sentimentos que fazem surgir o preconceito, a discriminao, o racismo.Mas como ser que eles se manifestam no Brasil, principalmente nas relaes sociais? Qual , por exemplo, a verdadeira situao do negro brasileiro? Existe preconceito racial, racismo, entre ns?

    Para compreender, o momento atual, precisamos, antes de tudo,relembrar um pouco da histria do Brasil e, dentro dela, o papel do povo negro. Isto importante, pois muitos dos preconceitos raciais tm origem no desconhecimento dos verdadeiros fatos que aconteceram desde que os primeiros africanos chegaram aqui.

    Infelizmente, a grande maioria de nossos livros de histria no mostram toda a verdade, falam muito nos brancos que realizaram coisas importantes, como Cabral, Tiradentes, mas praticamente ignoram os lderes negros, a participao do povo negro na construo do pas e a herica luta que enfrentaram, durante sculos, contra a escravido e a opresso.

    Felizmente existem muitos estudiosos preocupados em quebrar o silncio e recontar essa histria, mesmo enfrentando dificuldades como o desaparecimento de documentos e os poucos registros das marcas da escravido.

    RELEMBRANDO A HISTRIA.

    At 1530, os portugueses se dedicaram a explorar o pau-brasil, a madeira que eles tiraram daqui e levaram para a Europa. Por essa poca, a economia de Portugal comeou a entrar em crise. Para atender suas necessidades econmicas e para evitar que outras naes viessem explorar as riquezas da nova terra, a Coroa portuguesa decidiu transformar o Brasil em colnia. O Brasil foi loteado, doado, e tudo que aqui se produziu pertencia exclusivamente a Portugal.

    Para justificar os gastos com a colonizao, era preciso desenvolver uma atividade que garantisse uma boa renda e tivesse aceitao no mercado Europeu. A escolha foi o cultivo da cana e produo de acar.A necessidade de mo- de- obra aumentou. O trabalho livre era evitado pelos colonizadores,com receio de que trabalhadores assalariados resolvessem se apossar de pedaos de terra, que existia em abundncia.A mesma terra que est ainda hoje concentrada em poucas mos e falta para muitos brasileiros no campo. A escravizao de indgenas era complicada.

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    Sem brancos e sem ndios para enfrentar o batente, uma nova opo foi assumida pela Coroa portuguesa: usar o trfico de escravos africanos e trazer para a colnia essa mo-de-obra. Desde 1530 havia uns poucos escravos negros no Brasil, mas foi em 1550 que desembarcou em Salvador a primeira grande quantidade de africanos.Calcula-se que dessa data at 1850 mais de 3 milhes de escravos africanos foram trazidos para o Brasil.

    Desde quando pisavam nos chamados navios negreiros, os africanos escravizados passavam a enfrentar pssimas condies. Sujeitos a castigos fsicos, sem alimentao, em precrias condies de higiene, 100 negros embarcados 40 morriam durante a viagem. No trfico, suas vidas eram trocadas por armas, tecidos de algodo, aguardente, sal.

    Os laos de famlia e tribais no eram respeitados no momento de distribuir os escravos entre seus novos donos. Nos engenhos de acar, amontoavam-se nas senzalas midas, enfrentavam um trabalho exaustivo, por qualquer motivo eram aoitados. Para se ter uma idia, mesmo um negro em timas condies fsicas no sobrevivia mais do que 10 anos depois que era submetido ao trabalho escravo.

    E assim foi por quase 400 anos: nos engenhos de acar, nas fazendas de caf, nas minas de ouro, no tabaco, no algodo, era sempre o trabalho do negro escravo produzindo riquezas sem nenhum retorno.

    A histria do Brasil, do modo como ensinada nas escolas, quer dar a entender que o perodo da escravido no foi assim to ruim: os senhores de escravos eram bonzinhos, os negros aceitavam pacificamente sua situao, reinava uma certa harmonia entre a casa grande e a senzala. Esse modo de pensar levou um conhecido estudioso brasileiro, Gilberto Freyre, a defender a idia de que no Brasil sempre existiu uma democracia racial, j que os brasileiros so o resultado da mistura de trs raas: o branco, o negro e o ndio. Essa verso da histria no verdadeira, por vrios motivos, seno vejamos; 1. a escravido por si s j uma violncia contra o ser humano, no havendo a menor possibilidade de ser considerada como um sistema suave.2.os escravos eram tratados com crueldade, os castigos corporais eram rotina e nada materialmente ou como sentimento, vinha dos seus senhores que pudesse ser chamado de bondade ou gesto humanitrio.3. os negros nunca aceiram passivamente a escravido, e desde o incio tentaram livrar-se dela da nica forma possvel: por meio das fugas e rebelies.

    A reao dos negros escravido acontecia de modo individual e coletivo. A resposta dos senhores a qualquer ato de rebeldia era sempre terrvel: tortura, tronco, aoite, morte.A maior ameaa ao poderio de donos de escravos e coroa portuguesa eram as fugas em massa para os Quilombos, onde ex-escravos fugidos das fazendas e das cidades reorganizavam suas vidas de maneira semelhante como era na frica.

    Os Quilombos se espalharam por quase todo territrio brasileiro.Seu ponto alto era a organizao, tanto no trabalho coletivo na agricultura, que garantia a manuteno dos quilombolas (assim era chamados seus habitantes), como nas atividades militares. Existiram mais de 100 quilombos, que acolheram tambm ndios e brancos pobres, to oprimidos quanto os negros.

    CONCLUSO:

    Por tudo que vimos, fica evidente que, embora existam leis para combater a discriminao, estas no so suficientes. necessrio ampliar o conhecimento e a conscincia das pessoas, de forma a criar condies que reduzam os efeitos negativos do racismo. Atualmente, como as oportunidades de trabalho so escassas, a competio aumenta e, consequentemente, tambm a discriminao.Os grupos menos favorecidos ou diferentestm ainda menos chance de acesso s oportunidades,m em especial os que esto nas classes mais pobres da populao.

    Precisamos nos lembrar de que a populao negra no a nica excluda na nossa sociedade. H milhes de brasileiros na pobreza, negros, brancos, ndios,todos humanos e merecedores de uma vida melhor.

    Precisamos conscientizar todos os homens, mulheres, jovens, de todas as raas e religies, para os prejuzos que o racismo causa ao Brasil.Precisamos denunciar.O silncio fortalece o preconceito e o racismo. O movimento negro, que agrupa sindicalistas, trabalhadores rurais, pesquisadores, estudantes, em suas organizaes tem sido incansveis na luta contra o racismo.

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    Quando os oprimidos e marginalizados negros, brancos, amarelos exigirem e conquistarem sua plena cidadania, teremos a oportunidade de transformar nosso Brasil em uma nao mais justa, democrtica, embelezada pelas diferentes manifestaes culturais dos seus diversos grupos tnicos, habitada por uma gente trabalhadora,criativa saudvel e feliz.

    Animais-vos...que est por chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o tempo em que seremos todos irmos, o tempo em que seremos todos iguais (frase escrita nos muros e paredes de Salvador, anunciando a Conjurao)

    RESENHA BIBLIOGRFICA.

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