a psicodinâmica da dependência química segundo a psicanálise freudiana
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8/6/2019 A Psicodinmica Da Dependncia Qumica Segundo A Psicanlise Freudiana
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A Psicodinmica Da Dependncia Qumica Segundo APsicanlise Freudiana
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Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010 [13:11]
Neste material sobre a dependncia qumica ser feito uma leitura psicanaltica, partindo da
discusso terica freudiana.
A viso da Teoria Psicanaltica sobre o comportamento dos adictos em narcticos foi descrito
em termos de fixao libidinal com regresso em nveis pr-genitais, orais ou mesmo mais
arcaica do desenvolvimento psicossexual.
A necessidade de explicar a relao do abuso de drogas com mecanismos de defesa, controle
de impulsos, perturbaes afetivas e mecanismos de adaptao levou mudana das
formulaes psicossexuais para formulaes que salientavam a psicologia do ego.
Freqentemente, considera-se que uma sria patologia do ego, est associada com o abuso de
substncia, sendo considerada como indicativa de profundas perturbaes do
desenvolvimento. Problemas da relao entre ego e o afeto emergem como uma rea
problemtica fundamental.
As teorias psicodinmicas e psicossociais tm contribudo para a identificao da problemtica
em questo, a dependncia de drogas. Onde, o abuso de substncia seria um equivalente damasturbao, uma defesa contra impulsos homossexuais ou uma manifestao de regresso
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oral. As formulaes psicodinmicas recentes envolvem uma relao entre o uso de
substncias e depressores ou como um reflexo de uma perturbao das funes do ego.
Freud e o debate acerca da dependncia qumica consideravam as toxicomanias e o
alcoolismo como sucedneos da masturbao, que, para ele, constitua o "hbito primrio".
Depois, e com referncia especfica ao lcool, Freud afirmava, em seu estudo O chiste e suarelao com o inconsciente (1904),que, sob a influncia do lcool, [...] o homem adulto passaa comportarse cada vez mais como uma criana que encontra prazer tendo sua disposio,
livremente, o curso dos seus pensamentos, sem submeterse compulso da lgica Ou seja,
em 1904,Freud considerava que o alcoolismo manifestava impulsos regressivos que permitiamacreditar que o lcool, sem deixar de ser um sucedneo, no era j, primariamente, substituto
de necessidades masturbatrias adolescentes, mas sim infantis. E, na medida em que
relaciona as diferentes formas de drogadio com a satisfao de necessidades infantis
primrias, Freud pode afirmava que as origens da toxicomania deviam ser procuradas na fase
oral do desenvolvimento.
Para a psicanlise a regresso como um retorno a formas anteriores do desenvolvimento do
pensamento, das relaes e da estruturao do comportamento. Segundo Laplanche, um
processo psquico que contenha um sentido de percurso ou de desenvolvimento designa-se
por regresso um retorno em sentido inverso desde um ponto j atingido at um ponto situado
antes desses.
Em conseqncia, a partir de uma perspectiva rigorosamente freudiana, a drogadiopode ser interpretada em termos de fixao oral; ou seja, os fatores desencadeadoresdevem localizarse nesta rea de desenvolvimento da libido da pessoa em questo.
por isso que a grande contribuio de Freud neste campo relacionase com a teoria dadinmica da oralidade, com respeito qual salientou aspectos fundamentais, como aintolerncia espera na satisfao do desejo, a importncia da fixao, da regresso etc.
A fixao o processo pelo qual a psicanlise define como: manifestao da experincia
infantil, que se repetem dentro de um quadro patolgico, ou seja, influncia e a repetio das
experincias passadas. O fato de a libido se ligar fortemente a pessoas ou imagos, de
reproduzir determinado modo de satisfao e permanecer organizada segundo a estrutura
caracterstica de uma das suas fases evolutivas. A fixao pode ser manifesta e real ou
constituir uma virtualidade prevalecente que abre ao sujeito o caminho de uma regresso.
Auto-erotismo e a sensao de prazer em sentido amplo caracterstica de um comportamentosexual em que o sujeito obtm a satisfao recorrendo unicamente ao seu prprio corpo, sem
objeto exterior: neste sentido, a masturbao considerada como comportamento auto-ertico.
Segundo Freud os lbios da criana comportam-se como uma zona ergena e a satisfao
desta zona ergena deve ter se associado com a necessidade de alimento. Diramos que os
lbios da criana comportam-se como uma zona ergena, a estimulao pelo fluxo clido de
leite foi sem dvida a origem da sensao prazerosa. A princpio, a satisfao da zona ergena
deve ter-se associado com a necessidade de alimento. A atividade sexual apia-se
primeiramente numa das funes quer serve preservao da vida, e s depois se torna
independente delas.
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O auto-erotismo e o chucar. Freud aborda a questo do chucar que a criana pratica com o
prprio corpo, mas ainda aponta para a ausncia do chucar e a falta de reforamento dele, que
pode acarretar ao indivduo adulto um poderoso motivo para beber e fumar. Nem todas as
crianas praticam o chucar. de se supor que cheguem a faz-lo aquelas em que a
significao ergena da zona labial for constitucionalmente reforada. Persistindo essasignificao, tais crianas, uma vez adultas, sero apreciadoras do beijo, tendero a beijos
perversos ou, se forem homens, tero um poderoso motivo para beber e fumar (FREUD).
A partir do auto-erotismo o indivduo desenvolve o narcisismo. O termo narcisismo atitude de
uma pessoa que trata seu prprio corpo da mesma forma pela qual o corpo de um objeto
sexual comumente tratado. No processo de drogadio o indivduo pode apresentar certo
grau de narcisismo, pois a libido objetal dirigida para a droga que atravs do consumo retorna
para ele, afastando-o do mundo externo, ou seja, a energia libidinal dirigida para o ego dando
margem a uma atitude que pode ser de narcisismo. A introverso da libido conduz a uma
catexia do ego, o que possivelmente produz o resultado de uma perda da realidade.
Todo assunto discorrido at aqui vem aponta que a droga representa para o adicto:
comida e segurana/proteo, reconduzindo o dependente qumico aos estgios mais
primitivos de relacionamentos. Que precisa de amor para sobreviver. E na sua fantasia,
como na de criana, a demanda de amor e sinnimo de comida, j que um outro lhe
trazem a mesma sensao, to procurada de apaziguamento. um acordo de paz.
Conseguindo a preo de ouro em p, em troca de sorver o contedo mgico que supe
reconstruir um paraso perdido.